Novo Banco fecha venda do Novo Banco Ásia por 145,8 milhões

O banco liderado por António Ramalho concretizou a venda de 75% do capital social do Novo Banco Ásia. A restante posição vai ser alienada ao longo dos próximos cinco anos.

O Novo Banco concretizou a venda de 75% do capital do Novo Banco Ásia, operação que vai render ao banco liderado por António Ramalho um montante de 145,8 milhões de euros. O remanescente vai ser alienado ao longo dos próximos cinco anos.

“No seguimento do comunicado de 4 de agosto de 2016, o Novo Banco informa que concretizou a venda de 75% do capital social do Novo Banco Ásia, S.A., a um grupo de investidores liderados pela Well Link Group Holdings, sociedade constituída em Hong Kong, por um valor de 145,8 milhões de euros”, refere o comunicado enviado à CMVM.

O banco refere que “o acordo de venda assinado prevê ainda um conjunto de opções de compra e venda, com condições já acordadas, que cobrem os restantes 25% e são exercíveis num prazo até 5 anos perfazendo um preço total para os 100% de 183 milhões de euros”.

Tendo em conta apenas esta “primeira fase da transacção, nos termos e condições agora definidos, terá um impacto positivo significativo, estimado de 25 a 30 pontos base no rácio de capital Common Equity Tier 1 do Novo Banco”.

O banco presidido por António Ramalho, que está em processo de venda ao Lone Star, diz que esta “transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico e ibérico“.

“No entanto, a manutenção de uma presença acionista do NOVO BANCO no capital do NOVO BANCO Ásia nos próximos 5 anos permitirá desenvolver o seu pilar estratégico de apoio à exportação e internacionalização das empresas portuguesas numa zona geográfica tão importante, designadamente em toda a sua componente do trade finance”, conclui.

(Notícia atualizada ás 17h47 com mais informação)

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Nuno Amado: “Todos temos capacidade para emprestar”

O presidente do BCP defendeu esta quarta-feira que a CGD deve continuar pública, mas recusou comentar a capitalização do banco. E mostrou-se desfavorável à solução do NB mas frisou: "É a vida".

Nuno Amado, presidente do Millennium BCP defendeu esta tarde, em Braga, que a banca portuguesa tem capacidade para emprestar.

O presidente do BCP falava no ECO Talks, inserido na 2ª Semana da Economia, organizada pela InvestBraga. Amado adiantou que se antes o rácio da banca era de 100 euros de depósito para cada 165 euros de crédito, o rácio atual é de 100 para 100. E isso são boas notícias.

"Todos temos capacidade para emprestar e houve um período em que não foi assim. ”

Nuno Amado

Presidente do BCP

Para Nuno Amado, o momento de normalização e de equilíbrio aconteceu quando o “BCE realizou os leilões a prazo”.

O homem forte do BCP frisou ainda que as empresas portuguesas financiam-se hoje em 40 pontos base abaixo da dívida pública portuguesa. Amado fez mesmo a comparação com as empresas espanholas que se “financiam acima da dívida pública espanhola em 30 pontos base”.

“O que eu digo [às empresas] é que não olhem só ao preço. O preço é importante, temos de ser concorrenciais, mas olhem a longo prazo às relações de parceria”, conclui.

Ainda na questão do financiamento à economia, o presidente do BCP frisou que “o crédito diminuiu onde tinha de diminuir e aumenta onde tem de aumentar”. Mas deixa um alerta: “Acredito que o stock de crédito pode diminuir porque temos que desalavancar a economia”.

De fora deste corte ao financiamento, garantiu Nuno Amado, está o crédito ao setor produtivo e, também, às exportações.

Sobre uma eventual bolha no sector do imobiliário, Amado descartou esta possibilidade e relembrou que os preços das casas em cidades europeias, inclusive em cidades secundárias, “é muito superior ao praticado em Portugal”.

Rating da República

Para Nuno Amado, a banca nacional já passou o cabo das Tormentas e está agora no cabo da Boa Esperança. Mas, para que essa passagem possa ser acelerada, frisou, falta um passo essencial: “Melhorar o rating da República”.

“É absolutamente essencial para o país, para as empresas e para a banca. Essa ainda é uma condição essencial e estou confiante que vai ser revisto, caso não se altere o rumo seguido nos últimos tempos”, sublinhou.

"É absolutamente essencial para o país, para as empresas e para a banca. Essa ainda é uma condição essencial e estou confiante que vai ser revisto, caso não se altere o rumo seguido nos últimos tempos.”

Nuno Amado

Presidente do BCP

Amado relembra que existe um “preconceito significativo sobre o país face aos erros do passado” o que, do seu ponto de vista, “foi mais do que justificado”.

Mas a revisão do rating da República tem um pressuposto: a diminuição sustentável e permanente da dívida do Estado.

Ainda assim, Nuno Amado mostrou-se confiante de que o rating da República seja revisto.

“É expectável que haja uma revisão do rating quando a dívida descer, mas vai depender da rapidez com que esse passo seja dado, e é preciso uma evolução de alguns trimestres [e não apenas de um]”.

“Defendo uma CGD pública”

Nuno Amado confessou esta tarde, em Braga, que, se antes era defensor de uma Caixa Geral de Depósitos semi-pública, a sua opinião mudou entretanto.

"Hoje, conhecendo os mecanismos da União Bancária, sou favorável em manter uma CGD pública. Mas é bom ter o capital adequado e não ter mais do que o adequado.”

Nuno Amado

Presidente do BCP

Sobre as imparidades registadas pelo banco público, Amado adiantou que o BCP fez provisões de 1600 milhões de euros. “Fizemos as provisões que achámos que devíamos fazer”, garantiu.

A Fosun, que entrou recentemente no capital do BCP, foi também motivo de análise por parte do presidente do banco. Amado frisou que é preciso criar valor para os acionistas.

“Quer para os novos acionistas, a Fosun, quer para os antigos acionistas, o que tentamos demonstrar é o potencial a prazo do BCP”.

“O banco e os acionistas antigos e novos têm o objetivo de criar valor num modelo de governance adequado”, rematou.

De resto, Nuno Amado adiantou que “o mercado é pequeno, a concorrência é grande e a exigência dos reguladores sobre a bancos é enorme”. Por isso, “temos de ser muito mais eficientes e bastante próximos dos nossos clientes e parceiros”.

“A solução do Novo Banco não é a solução que eu goste”

Nuno Amado confessou que não é adepto da solução encontrada para o Novo Banco. “Não é uma solução que eu goste mas é a vida”, frisou.

O presidente do maior banco privado português salientou, contudo, que o encerramento do processo é importante e urgente. “O encerramento do dossiê é importante, é necessário e tem urgência”, sublinhou, para acrescentar: “Mas é uma opinião que, ao BCP, custa assumir, para ser claro”.

Banco mau: “É um tema que temos de analisar”.

O regulador europeu tem defendido a criação de um veículo que agrupe o crédito malparado da banca. Nuno Amado não fugiu ao tema para adiantar: “É um tema que temos de analisar”.

“Se eu puder ter uma solução económica viável e não disruptiva do capital, o BCP está totalmente interessado em avaliar”, garantiu o presidente do BCP.

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João Vasconcelos: “Governo já entregou 750 milhões às empresas”

Secretário de Estado da Indústria fez um balanço do valor entregue às empresas desde que o Governo tomou posse: 750 milhões, assegurou.

O Governo já entregou, neste mandato, mais de 750 milhões de euros para financiar as empresas portuguesas, assegurou esta tarde, em Braga, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos. Em Braga, a participar no Fórum Económico — que faz parte do programa da Semana da Economia de Braga –, Vasconcelos sublinhou que a capacitação dos recursos humanos, o apoio ao investimento e a adaptação legal de normas e leis a pensar nas empresas são algumas das “prioridades do Governo para a recuperação e sustentabilidade do crescimento económico” do país.

“A prioridade é fundamental: é a inovação. A chave da nossa indústria é a preparação para o que aí vem”, garantiu o secretário de Estado.

Desde março que Portugal faz parte da plataforma de 12 países que contam com uma estratégia para a Indústria 4.0. O esforço, assegura, faz parte do “novo posicionamento de Portugal” que “já tem reflexos profundos na nossa economia“.

Sobre as alterações recentes às condições para a obtenção de Vistos Gold, atribuídos a estrangeiros que invistam em Portugal, João Vasconcelos garante que “todo o investimento estrangeiro é bem-vindo” e que “Braga tem contribuído de maneira importante para a captação do tipo de investimento mais importante”, referindo-se ao captado pela indústria da região, uma das que maior impacto tem na balança das exportações nacionais.

30 milhões por semana

Nelson Souza, secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, acrescentou mais de 30 milhões aos números avançados por João Vasconcelos — e que correspondem aos valores da semana passada. Segundo o Nelson Souza, o Governo entrega mais de três dezenas de milhões de euros às empresas, todas as semanas. “São 780 milhões pagos efetivamente, às empresas. (…) Não são apenas incentivos às empresas, é investimento liquidado aos fornecedores”, explicou.

E salientou que, os resultados do crescimento do PIB estão relacionados com um trabalho “que é de todos”.

(Notícia atualizada às 18h36 com as declarações de Nelson Sousa)

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EDP e Nos apagam subida do BCP. PSI-20 inalterado

O BCP subiu pela segunda sessão consecutiva, mas não chegou para compensar a queda dos títulos da EDP e, principalmente, da Nos, que vai entregar dividendos na sexta-feira.

Portugal saiu do PDE, os juros da dívida desceram, mas voltaram a subir esta quarta-feira dado que Portugal quer pagar dez mil milhões de euros ao FMI antecipadamente. Depois de três sessões a subir, o PSI-20 ficou praticamente inalterado fruto da desvalorização da EDP e da Nos que anulou mais uma subida do BCP. As ações do banco valorizaram pela segunda sessão, depois de ter vendido a sua participação na Pharol.

No dia em que foi descontado o dividendo das respectivas ações da Nos e da Sonae Capital — que serão pagos na sexta-feira — as ações de ambas as cotadas desceram. As da Sonae Capital desvalorizaram 9% para os 89 cêntimos por títulos e as da Nos caíram 2,6% para os 5,36 euros por ação. A penalizar estiveram ainda os títulos da EDP e dos CTT.

Por outro lado, as ações do BCP, Corticeira Amorim e da Jerónimo Martins compensaram. Os títulos do banco valorizaram 2,25% para os 22,29 cêntimos por título, acumulando duas sessões de subidas. Esta terça-feira, o BCP anunciou que abandonou Pharol após vender 6% da empresa.

O BCP avançou apesar da subida dos juros da dívida nacional. Depois de saber que Portugal pediu autorização à Comissão para pagar dez mil milhões de euros antecipadamente ao FMI, os investidores passaram a pedir juros mais altos para comprarem dívida portuguesa uma vez que parte do pagamento ao Fundo será realizado por via da emissão de mais obrigações. Nas cinco sessões anteriores, os juros tinham descido, também pela notícia de que a Comissão Europeia recomendou a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos.

Também esta quarta-feira, o BCE alertou para o “efeito bola de neve” na dívida portuguesa. Porquê? Porque Portugal não vai conseguir crescer de forma suficientemente robusta nos próximos três para absorver os elevados custos de financiamento. Em último caso, o país pode voltar a criar um cenário insustentável que pode provocar uma nova crise.

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Fraude: QREN usado para comprar carros de alta cilindrada

  • ECO
  • 24 Maio 2017

A PJ deteve duas pessoas por fraude com apoios comunitários do Quadro de Referência Estratégica Nacional. Em causa estão cinco milhões de euros. Há 21 arguidos e foram apreendidos 12 carros de luxo.

O esquema era simples. Comprar maquinaria pesada, alegadamente destinada à inovação, mas impolando os preços, no âmbito de projetos financiados com apoios comunitários do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Os montantes cobrados em excesso eram desviados para comprar carros de alta cilindrada.

A Polícia Judiciária deteve duas pessoas por fraude na obtenção de subsídio, desvio de subsídio e falsificação de documentos no âmbito da investigação a este caso. A operação batizada “Operação Inovar”, levada a cabo pela Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária, resultou ainda na constituição de mais 21 arguidos, 12 pessoas e nove empresas, revelou a PJ em comunicado, mas também na apreensão de 12 veículos de luxo, entre os quais um Ferrari e um Mclaren, Porsche e BMW, avançam esta quarta-feira o Diário de Notícias e o Correio da Manhã.

A Polícia Judiciária explicou que a fraude consistia “essencialmente na sobrefaturação de máquinas e equipamento com vista ao inflacionamento de incentivos a receber no âmbito do QREN”. Segundo o Diário de Notícias, o organismo intermédio usado nesta fraude era o IAPMEI.

No decurso da operação, que envolveu 160 elementos da PJ, um juiz de instrução criminal e uma procuradora da República, foram realizadas 53 buscas nas áreas de Leiria, Coimbra, Lisboa e Porto, das quais vinte domiciliárias, duas em escritórios de advogados e trinta e uma não domiciliárias. Segundo a PJ, foram também realizadas duas buscas não domiciliárias na Alemanha.

A PJ refere ainda que a investigação vai prosseguir com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento dos benefícios económicos ilegitimamente obtidos em prejuízo do Estado português, cujo valor global ultrapassará os cinco milhões de euros.

Os detidos serão presentes ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial no Tribunal Central de Instrução Criminal.

Segundo o Correio da Manhã, o principal suspeito é o advogado Luís Filipe Alves Lourenço, de Leiria, que foi detido em conjunto com a sua secretária. Ambos, alegadamente, levavam a cabo este esquema de desvio de fundos do QREN através da empresa Silora, de consultoria e gestão, que ajuda as empresas a aceder aos fundos, nomeadamente na área da reciclagem. De acordo com o CM, alguns dos projetos em causa eram fictícios. O advogado tinha um esquema montado com uma empresa na Alemanha, que faturava a venda de máquinas de trabalho à Silora, mas, de facto, vendia e enviava para Leiria carros de luxo, pagos com fundos comunitários.

A operação, que contou com a colaboração de várias unidades orgânicas da PJ, foi feita pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

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Sistema fiscal português “beneficia os mais ricos e prejudica os pobres”

  • Lusa
  • 24 Maio 2017

Manuela Ferreira Leite, ex-ministra das Finanças, defendeu esta quarta-feira que o sistema fiscal português é demasiado complexo e que isso "beneficia os mais ricos e prejudica os pobres."

A antiga ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite defendeu esta quarta-feira que o sistema fiscal em Portugal deve ser simplificado, uma vez que a sua complexidade “beneficia os mais ricos e prejudica os pobres”.

“O grande problema que se nos vai pôr é a questão fiscal. Vai ser premente em termos de discussão política e europeia”, disse a economista na 5.ª Edição do Fórum das Políticas Públicas realizado no ISCTE – IUL, em Lisboa, lembrando que o sistema fiscal português “é altamente complexo” e que “grande parte dos países que fazem reformas fiscais é para simplificar o sistema”.

E prosseguiu: “A complexidade do sistema fiscal é cada vez maior e o aumento do número de conflitos significa uma máquina fiscal que não funciona, que não permite maior redistribuição, equidade e melhor eficiência”. “Os sistemas fiscais mais complexos beneficiam os mais ricos e prejudicam os pobres”, advertiu a economista, lembrando também que a questão da harmonização fiscal na União Europeia em relação ao IRC, “não existe e é um grande problema de concorrência”.

Manuela Ferreira Leite considerou também que “é injusto e inaceitável” que parte dos rendimentos das empresas “não sejam tributados no país onde são gerados”, dando como exemplo o Luxemburgo.

Para a antiga ministra isso cria “uma distorção na concorrência, que é verdadeiramente inaceitável” e lembrou que aqueles países que “são muito rígidos” e por isso menos abertos à harmonização fiscal “são os que mais beneficiam”.

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Centeno espera crescimento acima de 3% no segundo trimestre

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Maio 2017

Em entrevista à Reuters, o ministro das Finanças garantiu que a economia vai crescer mais de 3% no segundo trimestre deste ano, culminando num crescimento anual de mais de 2%.

Enquanto as previsões apontam para que a economia portuguesa avance 1,8% em 2017, Mário Centeno está convicto que o valor será mais alto. Em entrevista à agência Reuters, o ministro das Finanças afirmou que está confiante que a economia avance mais de 3% no segundo trimestre deste ano, culminando num crescimento anual de mais de 2%.

“A mensagem do Governo é de que o crescimento económico é forte e sustentado e que está a acelerar”, declarou Mário Centeno. “A realidade é que estamos a convergir com a União Europeia, estamos finalmente a convergir.” Em termos homólogos, o segundo semestre irá registar um crescimento de “mais de 3%, dada a aceleração que estamos a observar”, e que, em termos anuais, “não há dúvida” que este será acima dos 2%.

 

Já ontem, em declarações à Bloomberg TV, o ministro das Finanças tinha afirmado que não ia rever em alta as projeções para o crescimento, mas que “estamos a olhar certamente para números melhores do que o esperado”. Centeno aproveitou também para descartar o cenário de renegociação de dívida após Portugal ter saído do Procedimento do Défices Excessivos.

No primeiro trimestre deste ano, a economia cresceu 2,8%, o melhor registo desde o quarto trimestre de 2007, tendo superado todas as estimativas dos analistas.

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Centeno é o Ronaldo do Ecofin? “Quem disse isso, por uma vez não pensou mal”, diz Marcelo

  • Lusa e ECO
  • 24 Maio 2017

O Presidente da República comentou a comparação que o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, terá feito sobre Mário Centeno.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou esta quarta-feira a comparação que o ministro das Finanças alemão terá feito entre Mário Centeno e Ronaldo, considerando que “quem quer que disse isso, por uma vez não pensou mal”.

Em conferência de imprensa após um almoço com o primeiro-ministro luxemburguês, Marcelo referiu que a saída de Portugal do Procedimento de Défice Excessivo “é comparável ao mérito de Cristiano Ronaldo”.

“Já tive ocasião de felicitar todos os portugueses pela saída do Procedimento por Défice Excessivo, pela consistência, pelo trabalho. Se o resultado é comparável ao mérito de Ronaldo, sim“, afirmou o Presidente português. “Ninguém consegue ser tantas vezes campeão da Europa ou do mundo sem consistência, sem trabalho e capacidade de visão do que é essencial”, acrescentou.

De acordo com a newsletter da versão europeia do jornal norte-americano Politico, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, terá comparado o ministro das Finanças português, Mário Centeno, ao jogador de futebol Cristiano Ronaldo, na última reunião do Ecofin, na quinta-feira.

Por seu lado, o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, disse que a substituição do atual presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijesselbloem, “não se coloca por enquanto” porque o Governo holandês não mudou, escusando-se assim a responder se estaria disponível para apoiar o nome de Centeno para a presidência do Eurogrupo. Bettel considerou que foi todo um país que fez um esforço para estes resultados, “não é graças a um ministro ou a um Governo.”

Sobre a comparação de Centeno a Ronaldo, disse que Ronaldo foi bola de ouro, mas espera que Centeno “jogue de maneira mais refletida com os números” do que com uma bola “que tanto pode cair para a direita como para a esquerda”.

Portugal e o Luxemburgo têm uma visão comum sobre a UE

Na conferência de imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a visão comum que Portugal e o Luxemburgo têm sobre a União Europeia, mas ressalvou que “não há dados adquiridos, é preciso lutar todos os dias”. “É preciso reforçar a Europa todos os dias, é preciso refazê-la a 27. Espera-se uma Europa mais ativa”, com criação de emprego, crescimento económico, diplomacia, segurança, negociações comuns com o Reino Unido e relações transatlânticas, disse.

Marcelo considerou que é preciso “trabalhar para o futuro da Europa com paixão, é a paixão que mobiliza as pessoas, a tecnocracia não mobiliza ninguém”.

Por seu lado, o primeiro-ministro luxemburguês elogiou Portugal por ter abandonado o Procedimento por Défice Excessivo, acrescentando que os portugueses podem ter um papel de destaque na Europa porque são “perseverantes e trabalhadores”. Sobre os portugueses que vivem no Luxemburgo, cerca de 100 mil, considerou que são “parte da família”. “Têm coração português, mas estão bem integrados e permitiram a construção do nosso país”, disse.

O Presidente português termina hoje uma visita de Estado ao Luxemburgo, mas a deslocação continua na quinta-feira a título privado para participar na 50.ª peregrinação a Nossa Senhora de Fátima, em Wiltz, a cerca de 65 quilómetros da capital luxemburguesa, e para contactos com a comunidade portuguesa.

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Draghi não vê razões para subir juros antes de terminar estímulos

Presidente do Banco Central Europeu reiterou o compromisso com o guidance que tem anunciado aos mercados. Juros só subirão assim que o plano de estímulos terminar. Palavra de Draghi.

Mario Draghi não vê ainda razões para alterar o rumo da política monetária na zona euro. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) reiterou esta quarta-feira o compromisso de terminar o programa de estímulos antes de começar a subir as taxas de juro diretoras. Mesmo depois de o Relatório de Estabilidade Financeira ter alertado para um aperto das condições monetárias na zona euro, que pode comprometer a sustentabilidade da dívida pública da região.

Não há razões para qualquer desvio face às indicações que temos consistentemente fornecido nas declarações introdutórias das nossas conferências de imprensa”, referiu Draghi, num discurso em Madrid. “O programa de compra de ativos está inevitavelmente mais difícil de calibrar, torna-se mais complexa a sua implementação e é mais provável que produza efeitos colaterais do que outros instrumentos, incluindo as taxas moderadamente negativas”, frisou.

Com o programa de aquisição de títulos no setor público previsto para terminar no final do ano, o líder do BCE deixa um importante sinal ao mercado de que a normalização da política monetária só acontecerá mais lá à frente, tal como tem sugerido o forward guidance do BCE, apesar das insistências de alguns responsáveis alemães para começar a subir os juros numa altura em que a retoma da economia e da inflação começa a cimentar na região.

No Relatório de Estabilidade Financeira publicado esta quarta-feira, a instituição frisou os riscos da subida dos juros em várias partes do mundo para a sustentabilidade do endividamento público do bloco da moeda única.

“Os riscos para a estabilidade financeira decorrentes dos mercados financeiros continuam a ser significativos, sobretudo devido à possibilidade de uma nova reavaliação rápida nos mercados globais das obrigações”, frisou a instituição liderada por Mario Draghi.

"Não há razões para qualquer desvio face às indicações que temos consistentemente fornecido nas declarações introdutórias das nossas conferências de imprensa.”

Mario Draghi

Presidente do BCE

A próxima reunião de política monetária do BCE acontece no dia 8 de junho, em Tallinn, capital da Estónia. Além dos juros, o banco central vai atualizar as projeções económicas para a região.

Draghi considerou que “o ambiente macroeconómico está a melhorar” graças às “medidas de política monetária colocadas no terreno nos anos mais recentes” que provaram ser “eficazes na sustentação de uma retoma resiliente”.

Inflação escassa, diz Praet

Na parte da manhã, Peter Praet, membro da comissão executiva e economista chefe do BCE, deixou pistas no mesmo sentido em relação à manutenção dos juros. Aquele responsável declarou que “as pressões na inflação subjacente continuam a deixar poucas indicações de uma tendência de subida convincente”.

“A recuperação económica e o outlook para a estabilidade dos preços permanecem condicionadas a um grau de política acomodatícia muito substancial”, disse.

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Marcelo espera que agências de rating revejam avaliação sobre Portugal

  • Margarida Peixoto
  • 24 Maio 2017

O Presidente da República defende que a melhoria de Portugal não é "fogo de vista" e que, por isso, as agências de notação financeira devem rever a sua posição sobre a economia portuguesa.

“Não é um fogo-de-vista passageiro” e por isso as agências de rating devem rever a avaliação que fazem da economia portuguesa. Quem o diz é o Presidente da República, numa entrevista ao jornal em português no Luxemburgo Contacto. Marcelo Rebelo de Sousa diz que nunca utiliza a palavra “geringonça”, mas reconhece que é “uma surpresa agradável e que tem funcionado muito acima das expectativas.”

Marcelo considera legítima a espera das agências de rating para mudar a nota que atribuem a Portugal — todas, à exceção da DBRS, consideram o investimento em dívida pública portuguesa como especulativo — mas agora, que os resultados estão a aparecer, espera que a avaliação seja revista.

“Tenho a esperança que perante estes dados, a posição da Comissão Europeia e a saída do PDE, e perante a ideia que há uma sustentabilidade neste processo, as agências de rating percebam que esta situação ‘não é um fogo de vista’ passageiro, que reconheçam a realidade e revejam as suas posições”, diz o Presidente da República.

Seja como for, “mais importante que as agências de notação são os investidores”, argumenta Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando o “sinal positivo” que têm vindo a dar, de forma cada vez mais clara.

Marcelo frisa que o conjunto de notícias positivas sobre a economia portuguesa — o corte do défice para 2%, a saída do PDE, o crescimento económico no primeiro trimestre de 2,8% — “não são um estado de graça que tenha caído do céu”, mas antes um resultado que “deu muito trabalho aos portugueses”. Fala de “cinco anos e meio” de “sacrifícios pesados”, referindo-se desta forma tanto ao mandato de Passos Coelho, como de António Costa, mas frisa que “valeram a pena.”

“Tem sido possível compatibilizar o que parecia difícil de conciliar, que era, por um lado, uma política apertada, muito rigorosa em termos financeiros e, por outro, haver condições para que as empresas exportadoras investissem, para que o investimento interno e externo surgisse e para que se traduzisse em crescimento”, acrescenta o Presidente, elogiando o contributo do setor do Turismo. “Hoje [segunda-feira] é um dia de alegria, mas é um processo contínuo que exige ainda muito a fazer“, diz, reforçando a mensagem que tinha deixado em Portugal.

Confrontado com a “geringonça” formada entre os socialistas, o BE e o PCP para sustentar o atual Governo, o Presidente responde: “Nunca utilizo essa palavra, mas reconheço que é uma surpresa agradável e que tem funcionado muito acima das expectativas.” Já para Paulo Portas, vice-primeiro-ministro do Governo de Passos Coelho, para o próprio Pedro Passos Coelho e para António Costa, Marcelo deixa um “obrigado”. E diz: “Obrigado por terem contribuído, de formas diversas, em tempos diferentes, com estilos muito variados, para o objetivo que hoje começou a ser atingido.”

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Nuno Amado: “Solução para o Novo Banco não é solução de que eu goste”

O ECO está em Braga, onde transmitirá mais uma edição do ECO Talks. Desta vez, o convidado é Nuno Amado, presidente executivo do BCP, que falará sobre perspetivas futuras, banca e financiamento.

Nuno Amado, do BCP, no ECO TalksAdelino Lima/CMBraga

É a partir do Theatro Circo, em Braga, que o ECO transmite e acompanha mais uma edição do ECO Talks. Desta vez, o convidado é Nuno Amado, presidente executivo do BCP. António Costa, publisher do ECO, abordará temas como o do financiamento, perspetivas futuras para a banca, capacidade da banca para financiar a economia e o estado do setor bancário em Portugal. São esperadas cerca de 500 pessoas no local, num painel inserido no Fórum Económico de Braga que, por sua vez, faz parte da Semana da Economia. Acompanhe aqui em direto.

 

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Youngnetwork entra na Colômbia

O grupo de comunicação entra oficialmente no mercado colombiano em julho, onde irá ter uma equipa de 12 a 13 pessoas. A entrada neste mercado marca a entrada do grupo na América Latina.

O grupo YoungNetwork acaba de entrar no mercado da Colômbia onde irá ter uma equipa de 12 a 13 pessoas, entre os quais dois portugueses.

João Duarte, CEO do grupo em declarações ao ECO adianta que “escolheram o mercado da Colômbia como o nosso 11.º mercado onde o grupo terá atividade, devido à dimensão e ao desenvolvimento do país”.

"Escolhemos o mercado da Colômbia como o nosso 11º mercado onde o grupo terá atividade, devido à dimensão e ao desenvolvimento do país.”

João Duarte

Presidente da YoungNetwork

O CEO do grupo sublinha ainda que “a Colômbia é um país amigo do investimento e onde já operam as principais multinacionais de todo o mundo”.

Em estudo estiveram ainda os mercados do Peru e do Chile, mas a escolha acabou por recair na Colômbia, onde há forte presença de empresas portuguesas.

João Duarte adianta que estão “ativamente a apresentar propostas a eventuais clientes e que passam por empresas portuguesas, colombianas e multinacionais”. Apesar de a empresa já estar a operar no mercado colombiano, a inauguração oficial deve acontecer apenas em julho.

A ida para a Colômbia marca a entrada da YoungNetwork na América Latina e acarreta um investimento de 250 mil euros. O CEO do grupo frisa que “o objetivo é, em 2020, faturar um milhão de euros”.

“Queremos que este novo mercado possa situar-se, a par de Portugal, Espanha, Angola e Moçambique como um dos nossos mercados mais fortes”, acrescentou.

"Queremos que este novo mercado possa situar-se, a par de Portugal, Espanha, Angola e Moçambique como um dos nossos mercados mais fortes.”

João Duarte

Presidente da YoungNetwork

O YoungNetwork Group prestará serviços de relações públicas, criatividade, digital e ativação de marca e quer ser transversal a todos os setores de atividade. Em Portugal o grupo tem escritórios no Porto e em Lisboa e conta com 200 profissionais.

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