Créditos fiscais: Só Totta e BPI pagaram impostos em 2016

  • ECO
  • 18 Abril 2017

O nível de imparidades registadas pelos bancos ajudaram na fatura fiscal. Ao todo, a banca beneficiou em cerca de 1,6 mil milhões de euros. Só Totta e BPI é que pagaram imposto no ano passado.

A Caixa Geral de Depósitos foi o banco que mais beneficiou dos créditos fiscais. Em causa está o maior nível de imparidades de sempre do banco público, o que gerou um “ganho” fiscal para a instituição agora liderada por Paulo Macedo. Segundo o Jornal de Negócios (acesso pago), em 2016, apenas o Santander Totta e o BPI — entre os seis principais bancos do sistema bancário português — pagaram impostos. O BCP beneficiou também de um efeito fiscal positivo que permitiu-lhe ter lucros no ano passado.

Ao todo, o sistema bancário português ganhou cerca de 1,6 mil milhões de euros com impostos em 2016. Este valor permitiu que os seus resultados — no caso da CGD, Novo Banco e Montepio — não fossem tão maus como seriam sem a ajuda do IRC. Esse efeito para a Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, representou uma diminuição dos prejuízos em 865 milhões de euros. De acordo com o Negócios, esse valor resulta não só do maior registo de imparidades de sempre — o banco reconheceu perdas de 3.017 milhões de euros — como de exercícios anteriores.

No caso do BCP, foi uma clarificação das regras que permitiu grande parte dos 382 milhões de euros em “ganho” fiscal. Em causa esteve a utilização de prejuízos fiscais acumulados de anos anteriores que o banco pôde utilizar em 2016. Este impacto não esperado acabou por ajudar o banco a manter os lucros, apesar de ter registado imparidades e provisões elevadas.

O Novo Banco também beneficiou deste regime, o que permitiu ao banco agora vendido ao Lone Star melhorar os resultados em 2016. Ao todo, foram 227,6 milhões de euros que permitiram ao banco baixar os prejuízos de 929,5 milhões de euros em 2015 para 788,3 milhões de euros em 2016. No caso do Montepio, segundo o Negócios, o efeito fiscal reduziu as perdas antes de impostos para metade.

Este “ganho” fiscal traduz-se numa “perda” fiscal para o Estado. É que estes créditos fiscais de cerca de 1,6 mil milhões de euros poderão ser descontados pelos bancos quando tiverem resultados brutos positivos. Por isso, espera-se que a receita de IRC proveniente do sistema bancário diminua, caso a banca consiga gerar resultados positivos depois do recente período de ajustamento.

Recentemente soube-se que o Governo vai avançar com um modelo fiscal em que os bancos vão poder abater ao IRC as perdas pelo reconhecimento de imparidades. Deste total, 75% será reconhecido como imposto diferido. A dedutibilidade das imparidades será feita de forma faseada ao longo de 15 anos. O valor total, segundo a proposta de lei, poderá ser superior a nove mil milhões de euros.

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Voo direto entre China e Portugal arranca a 26 de julho

  • Lusa e ECO
  • 18 Abril 2017

O voo terá três frequências por semana entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim.

A ligação aérea direta entre a China e Portugal arranca a 26 de julho deste ano, anunciou, esta terça-feira, a companhia aérea Beijing Capital Airlines. Confirma-se, assim, que a rota Portugal-China arranca no verão, ainda que já tenham sido anunciadas outras datas. O Turismo de Portugal já tinha anunciado que os voos deveriam arrancar em junho deste ano.

O voo terá três frequências por semana — quarta-feira, sexta-feira e domingo — entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, avançou à agência Lusa o departamento de marketing da companhia aérea chinesa.

O voo entre a China e Portugal será feito pelo modelo 330-200 da Airbus, uma das maiores aeronaves comerciais de passageiros da construtora europeia, com capacidade para 475 passageiros.

A Beijing Capital Airlines quer iniciar uma quarta frequência, mas esta não foi ainda aprovada pelo ministério da Aviação chinês, disse a mesma fonte. A empresa é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

A Ctrip, o principal motor chinês de pesquisa de viagens, já incluía hoje o voo nos resultados, com o preço de ida e volta fixado em 6.400 yuan (870 euros).

Nos últimos três anos, o número de turistas chineses que visitaram Portugal triplicou, para 183.000, e deverá aumentar “exponencialmente” com a abertura da ligação direta, afirmou no início deste mês a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

“Os chineses que chegam a Portugal são sempre canalizados através de outra porta na Europa, nomeadamente através de Espanha (…), o que leva a que passem poucas noites em Portugal”, disse à Lusa, em Pequim, Mendes Godinho, afirmando que o grande objetivo é “inverter essa tendência”.

A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo estatísticas oficiais, 135,1 milhões de chineses viajaram para fora da China continental, em 2016, num aumento de 12,5% em relação ao ano anterior.

O crescente poder de compra e maior facilidade em obter o visto para muitos países explicam o rápido aumento do número de turistas chineses.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo, os chineses são também os turistas que mais gastam: só no ano passado deixaram 246 mil milhões de euros além-fronteiras.

A acompanhar este fluxo crescente, o Turismo de Portugal tem, desde 2014, uma representação permanente em Xangai, a “capital” económica da China.

Portugal conta também com nove centros de emissão de vistos no país asiático, distribuídos pelas cidades de Pequim, Xangai, Hangzhou, Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou, Cantão (Guangzhou).

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Galp aumenta produção e vendas no primeiro trimestre

A petrolífera aumentou a produção de petróleo para 76,9 mil barris por dia no primeiro trimestre deste ano.

A Galp aumentou a produção de petróleo e as vendas de energia de gás e eletricidade no primeiro trimestre. Em contrapartida, na área de refinação e distribuição, a petrolífera registou quedas neste período, de acordo com os resultados operacionais preliminares divulgados, esta terça-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo os dados preliminares divulgados esta manhã, a Galp produziu um total de 76,9 mil barris por dia, um aumento de 45,5% face ao primeiro trimestre do ano passado e de 1,7% face ao último trimestre de 2016. No Brasil, a produção disparou 73,1% em termos homólogos e 4,6% em cadeia. A impedir melhores resultados da petrolífera esteve o mercado angolano, onde a produção caiu 12,9% face ao primeiro trimestre de 2016, aumentando apenas 0,8% em cadeia.

A área de refinação e distribuição teve um pior desempenho, com as vendas de produtos refinados a caírem 5% face ao final do ano passado. Já a distribuição de matérias-primas processadas recuaram 9,4% neste período.

Por fim, na área de gás e eletricidade, as vendas totais aumentaram em 7,8%.

A Galp apresenta os resultados definitivos do primeiro trimestre no dia 2 de maio, antes da abertura dos mercados.

(Notícia atualizada às 7h36 com mais informações)

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Pedro Marques no ECO Talks: “O maior desafio foi passar do powerpoint à obra”

Esta terça-feira o ministro do Planeamento, responsável pela elaboração do Programa Nacional de Reformas, é o protagonista do ECO Talks. Veja aqui quais são os principais números deste documento.

O Programa Nacional de Reformas (PNR) foi aprovado, em conjunto com o Programa de Estabilidade, na passada quinta-feira em Conselho de Ministros. Este é o documento que atualiza a estratégia do Governo para o período 2016-2021 e são vários os números que pontuam as 83 páginas do PNR. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, está esta terça-feira no ECO Talks, que se realiza no Altis Belém, para analisar as medidas que o Executivo tem preparadas para os próximos anos.

As medidas relacionadas com as pensões, por exemplo, vão implicar uma despesa de cerca de dois mil milhões de euros. Em 2017, no âmbito do Portugal 2020, será criado um novo Fundo de Capital de Risco, com uma dotação acumulada de 200 milhões de euros, direcionado para atrair investidores internacionais. Com os fundos comunitários, o Governo espera alcançar “um investimento previsto de mais de 4,2 mil milhões de euros a realizar maioritariamente até final de 2017”, refere o PNR. Para a qualificação dos portugueses estão destinados 109 milhões de euros.

No cenário macroeconómico internacional, o Governo espera que o preço médio do Brent (petróleo) se fixe nos 56,60 dólares em 2017. O Executivo espera que a procura externa “relevante” cresça 4% ao ano até 2021 e que o investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) atinja suba 4,8% em 2017, depois de uma ligeira descida de 0,1% em 2016. Estas são algumas das previsões sobre as quais os ministros traçaram o futuro do país. Pedro Marques vai responder esta terça-feira a questões sobre esta estratégia que vai para além da atual legislatura, a qual termina a 2019. Acompanhe aqui o live blog, a partir das 9h00.

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Dívida pública afunda em 2021. Duas pistas explicam mistério

  • Margarida Peixoto
  • 18 Abril 2017

No Programa de Estabilidade, o Governo diz que vai cortar mais de 18 pontos à dívida pública, em apenas cinco anos. O segredo está na gestão da almofada de liquidez e numa medida extraordinária.

No Programa de Estabilidade, há um número que salta à vista: 109,4% do PIB — é o valor do rácio da dívida pública projetado para 2021, o último ano do horizonte apresentado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. Ao contrário do que tem vindo a ser hábito, desta vez o número surpreende por ser pequeno: fica 13,4 pontos percentuais abaixo do que espera o Conselho das Finanças Públicas e 15,9 pontos aquém da projeção do FMI. Seja bem-vindo ao mistério da redução da dívida pública.

A machadada na dívida

Acordamos em 2021. A economia portuguesa está a crescer, tem um superavit orçamental e alguém deu uma machadada na dívida pública: está abaixo dos 110% do PIB. De um ano para o outro encolheu 8,2 pontos percentuais — e isto depois de estar a diminuir a bom ritmo desde 2017. Este é o país que Mário Centeno perspetiva para daqui a quatro anos, no Programa de Estabilidade entregue à Assembleia da República na semana passada.

A projeção do ministro das Finanças é, no mínimo, intrigante. Mário Centeno revê em alta os valores até 2020 (ou seja, face ao que estava planeado na versão do ano passado do Programa de Estabilidade, o Governo assume agora expectativas mais negativas) mas ainda assim chega ao final do horizonte de projeção com um valor ainda mais otimista.

O gráfico seguinte mostra a dimensão da proeza a que Mário Centeno se propõe: o ministro diz que chega a 2021 com a dívida mais baixa da década, um número menor do que o verificado em 2011.

Dívida pública abaixo dos 110% do PIB

Valores de 2017 a 2021 são projeções. Fonte: Banco de Portugal até 2016, Ministério das Finanças para o período entre 2017 e 2021

O cenário

A descida da dívida pública prometida pelo ministro surge num contexto em que o PIB português cresce (em termos nominais, aumenta entre 3% e 4% ao ano) e o défice encolhe — dois fatores que, de facto, concorrem para a melhoria do rácio.

Apesar de melhorias constantes no saldo primário (que desconta os gastos com os encargos da dívida) não há medidas de austeridade claramente identificadas, antes pelo contrário: há uma promessa de continuidade da política de reposição dos rendimentos. Destaca-se o descongelamento das progressões para a função pública, o subsídio para os baixos rendimentos em sede de IRS, a atualização das pensões e, até, a eliminação das taxas contributivas extraordinárias para a banca, energia e farmacêuticas, a partir de 2019.

É certo que há a promessa de reequilibrar o peso dos impostos diretos versus o dos indiretos, mas aqui a meta para o aumento da receita não vai além de 90 milhões de euros por ano, através de “outros impostos sobre a produção e importação”.

Os suspeitos

Para encontrar a explicação para a redução do rácio da dívida há quatro suspeitos:

  1. O PIB: sempre que o valor nominal do PIB aumenta, o peso da dívida diminui;
  2. O saldo primário: sempre que há excedente, este abate à dívida;
  3. Os juros: a diferença entre receita e despesa pública primária até pode ser positiva, mas esse excedente pode ser todo consumido a pagar os juros da dívida, impedindo que esta seja amortizada;
  4. A almofada de liquidez: o Estado mantém uma reserva de dinheiro em depósitos para fazer a gestão diária das administrações públicas, mas não só. Procura também, através da acumulação destes depósitos, diluir a pressão da ida aos mercados para obter financiamento no tempo. Se evitar picos de necessidades de financiamento, fica menos sujeito ao apetite dos investidores pela dívida da República portuguesa.

No Programa de Estabilidade e Crescimento, Mário Centeno explica assim a variação dos 18,4 pontos percentuais do rácio da dívida entre 2017 e 2021: “Para esta trajetória contribui, essencialmente, o efeito do saldo primário, crescente ao longo do período de projeção.”

De facto, de acordo com os números apresentados, o excedente primário obtido será, ano após ano, cada vez maior. Em 2017 dá um contributo de 2,5 pontos percentuais para reduzir o rácio da dívida pública, mas em 2021 esta ajuda já será de 4,9 pontos percentuais.

O ministro das Finanças completa a sua explicação: “O efeito dinâmico, composto pelos efeitos conjugados dos juros e do PIB, torna-se benéfico para a diminuição da dívida a partir de 2018, o que significa que o crescimento da economia portuguesa permite compensar o impacto negativo do peso dos juros.”

Traduzindo, quer dizer que a partir de 2018, inclusive, o rácio da dívida passa a descer não só porque as administrações públicas geram um excedente que abate ao valor nominal da dívida, mas também porque o valor do denominador, o PIB, aumenta em valor suficiente para cobrir a variação dos custos com os juros. Resultado: o peso do endividamento no PIB diminui.

Este “efeito dinâmico” ainda vai penalizar o rácio da dívida este ano em 0,1 pontos percentuais, mas já contribui para a sua redução de 2018 em diante. Em 2021 ajuda em 0,7 pontos.

Por fim, o Programa de Estabilidade soma uma última explicação: “Os outros ajustamentos défice-dívida (stockflow) têm contributos diferenciados ao longo do período, sendo de destacar a maior utilização de depósitos bancários entre 2018 e 2019 e um aumento dos mesmos em 2020, antecipando as amortizações de dívida que irão ocorrer em 2021.”

Esta é a explicação mais hermética, mas está relacionada com o impacto que a almofada de liquidez tem no rácio da dívida. Desde que a dívida superou os 120% do PIB, um patamar importante para os investidores em dívida pública, que os governos passaram a fazer questão de distinguir entre dívida líquida de depósitos da administração central e dívida bruta — a que corresponde ao critério de Maastricht.

Esta distinção também ganhou relevância desde que o valor nominal da dívida e as necessidades de financiamento anuais aumentaram de tal forma que se tornou relevante ter uma almofada de liquidez guardada para diminuir a pressão dos mercados. Quanto maior for esta almofada, mais tempo Portugal aguenta sem pedir financiamento, caso as condições se revelem demasiado adversas.

O Programa de Estabilidade mostra que só este efeito contribui com 2,6 pontos para a redução do rácio da dívida. Mas como é que isto é possível?

Os culpados

Os números deixam poucas dúvidas: para a redução anormal da dívida em 2021, Mário Centeno está a contar de forma determinante com esta ajuda do ajustamento défice-dívida. Repare-se que em 2020, este efeito contribui negativamente para o objetivo de redução do endividamento, provocando um aumento do rácio na ordem dos 2,4 pontos percentuais.

O calendário de amortizações do IGCP ajuda a esclarecer o mistério: as necessidades de financiamento para amortização da dívida em 2021 são enormes: mais de 21 mil milhões de euros. E em 2020 caem abruptamente para cerca de dez mil milhões de euros.

Quando é que Portugal tem de pagar o que deve?

Nota: a maturidade dos empréstimos do MEEF será estendida por um prazo de sete anos em média. A extensão de cada empréstimo será operacionalizada próximo da respetiva data de amortização, não se esperando que Portugal venha a ter de refinanciar qualquer empréstimo do MEEF antes de 2026. Pode anular o MEEF no gráfico, clicando em cima da legenda. Fonte: IGCP

Como explica o gráfico, está prevista a amortização de 4,3 mil milhões de euros de um empréstimo do FMI, e 17 mil milhões de outra dívida de médio e longo prazo. Trata-se de uma linha de obrigações do Tesouro no valor de 13,64 mil milhões de euros que vence em abril desse ano, e das três primeiras Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) que vencem em maio, agosto e novembro desse ano. No total são 3,45 mil milhões de euros neste instrumento.

A ideia do Executivo é pré-financiar as necessidades de financiamento de 2021 logo em 2020. Esta estratégia impede que a dívida pública caia tanto em percentagem do PIB como poderia cair, uma vez que o IGCP passará a gerir uma almofada de liquidez superior. Mas em 2021, estes depósitos acumulados são utilizados para amortizar dívida e não será feito o esforço de repor os níveis da almofada de liquidez, uma vez que no ano seguinte se perspetivam necessidades mais baixas, apurou o ECO.

Por fim, há um último trunfo na manga: o contributo do saldo primário — na ordem dos 4,9 pontos percentuais, mais 0,5 pontos do que o esperado para 2020 — conta com uma medida one-off que será totalmente dirigida ao abatimento da dívida. Trata-se do recebimento de 948 milhões de euros de pre-paid margins do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, previsto para esse ano e fundamental para engordar o excedente primário.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A liquidez está de volta aos mercados internacionais, com as principais praças do Velho Continente a reabrirem após a Páscoa. Destaque ainda para o World Economic Outlook do FMI.

O dia será marcado pelo aumento da liquidez nos mercados europeus, com as principais praças do Velho Continente a reabrirem depois de uma pausa para a Páscoa. Os investidores também estarão atentos ao Fundo Monetário Internacional, que vai divulgar o World Economic Outlook, poucos dias antes de arrancarem as reuniões que o fundo realiza em conjunto com o Banco Mundial. Na banca, os resultados estão de volta, com o Goldman Sachs e o Bank of America a marcarem o ritmo.

Mercados regressam das férias da Páscoa

As principais praças do Velho Continente estão de regresso da pausa na Páscoa. O mesmo acontece na bolsa nacional, depois de ter encerrado no vermelho na quinta-feira passada. Mas hoje a negociação deve ser dominada pela cautela nos mercados internacionais. Os receios geopolíticos estão a manter os investidores à margem, depois de a Coreia do Norte ter tentado lançar um míssil… e falhado. Esta tentativa acabou por aumentar a tensão entre o país e os EUA. Donald Trump já afirmou que “a Coreia do Norte é um problema” e que “o problema será tratado”.

FMI revela o World Economic Outlook

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai divulgar o World Economic Outlook, poucos dias antes de arrancarem as reuniões que o fundo realiza em conjunto com o Banco Mundial. No dia 21 de abril, as duas entidades reúnem ministros, banqueiros e jornalistas para falarem sobre a economia global e, potencialmente, sobre os impactos da saída do Reino Unido da União Europeia. Isto depois de o fundo ter assumido que está a trabalhar sobre areias movediças com a eleição de Donald Trump nos EUA.

Ministro das Finanças britânico no Parlamento

Philip Hammond vai responder aos deputados no Parlamento do Reino Unido. O ministro das Finanças poderá dar mais pistas sobre como vão decorrer as negociações para a saída do país da União Europeia, que devem durar cerca de dois anos. Hammond já disse que “irá reforçar e fazer o que tiver de fazer para garantir que a economia britânica seja competitiva e que o país tenha um futuro grande e de sucesso“.

O que há de novo, Facebook?

O Facebook dá hoje início a uma conferência onde vai juntar programadores e empresários. Neste evento, será discutido o futuro da tecnologia. Podem também ser apresentadas novidades, como novos produtos no campo da realidade virtual. Mark Zuckerberg tem uma visão muito própria de como vai evoluir este segmento, tendo já dito que “o objetivo é fazer da realidade virtual e aumentada o que sempre quisemos que seja: óculos pequenos o suficiente para os podermos levar para qualquer lado”. As ações da empresa vão, por isso, estar em foco.

Resultados da banca estão de volta

O Goldman Sachs e o Bank of America marcam o compasso no início da época de resultados no setor bancário nos EUA. Os analistas consultados pela Bloomberg estão otimistas, prevendo um aumento das receitas mas também dos lucros no primeiro trimestre deste ano. Para o Goldman Sachs, os investidores projetam mesmo que o lucro líquido duplique em comparação com o período homólogo, para os 2,27 mil milhões de dólares. No caso do Bank of America, o lucro deve ter crescido para os 3,76 mil milhões.

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Wall Street sobe ao quarto dia, resultados das empresas ajudam

Netflix valorizou 3% e esteve em destaque nas bolsas norte-americanas antes de reportar contas. Investidores regressaram do fim-de-semana prolongado com maior apetite pelo risco.

Wall Street colocou esta segunda-feira um ponto final a três sessões no vermelho, com os investidores a prestarem maior atenção à temporada de resultados trimestrais, em detrimento dos receios geopolíticos que retiraram algum o apetite pelo risco na última semana.

De acordo com as estimativas da Thomson Reuters, as empresas do S&P 500 deverão ter visto os lucros subir mais de 10% no primeiro trimestre deste ano. Será a primeira vez que os resultados crescem a dois dígitos desde o terceiro trimestre de 2014.

Neste cenário, o índice de referência mundial fechou com um ganho de 0,86% para 2.349,01 pontos. O S&P 500 foi acompanhado pelo industrial Dow Jones e pelo tecnológico Nasdaq, que avançaram 0,9% e 0,89%, respetivamente.

“Viemos de um fim de semana prolongado sem grandes novidades ou polémicas na frente política”, disse Art Hogan, estratego da Wunderlich Equity Capital Markets, à Reuters. “A antecipação de melhores resultados empresariais no primeiro trimestre poderá ajudar a mudar o sentimento a favor do mercado pelo menos no curto prazo”, acrescentou.

As ações da Netflix estiveram em destaque. Subiram 3% para 147,25 dólares antes de a empresa de vídeos em streaming apresentar contas. Analistas apontam para lucros de cerca de 200 milhões de dólares nos três primeiros meses do ano.

Também a MoneyGram International disparou 7,75% para 17,79 dólares depois de a Ant Financial ter decidido subir a proposta de compra para 18 dólares por ação. É um aumento de 36% num acordo de compra que avalia a MoneyGram em 1,2 mil milhões de dólares.

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Trump diz a líder norte-coreano que “tem de se portar bem”

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

Presidente norte-americano avisa que "terminou a era da paciência estratégica" no dia em que Mike Pence, de visita à Coreia do Sul, se deslocou à zona desmilitarizada que faz fronteira com o Norte.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu esta segunda-feira o líder norte-coreano de que “tem de se portar bem”, enquanto o vice-Presidente dos EUA avisou, na Coreia do Sul, que “terminou a era da paciência estratégica”.

Prosseguindo com a troca de ameaças dos últimos dias, o vice-embaixador norte-coreano junto das Nações Unidas acusou os Estados Unidos de transformarem a península coreana no “ponto mais quente do mundo” e de criar uma “situação perigosa em que uma guerra termonuclear pode rebentar a qualquer momento”.

A visita do vice-Presidente norte-americano à tensa Zona Desmilitarizada Coreana, que separa as Coreias do Norte e do Sul, marca o início de uma visita de dez dias de Mike Pence à Ásia, e pretende vincar a posição dos Estados Unidos.

Na deslocação à zona, Mike Pence fitou os soldados norte-coreanos de frente, através de uma fronteira marcada por arame farpado.

Enquanto Pence recebia informações dos militares perto da linha de demarcação, dois soldados norte-coreanos observavam-no, a uma curta distância, enquanto um deles tirava várias fotografias ao político norte-americano.

Pence disse aos jornalistas que o Presidente Donald Trump tem esperança que a China utilize a sua influência para pressionar o Norte a abandonar o programa de armamento, um dia depois de Pyongyang ter falhado uma tentativa de lançar um míssil.

No entanto, o vice-Presidente norte-americano demonstrou impaciência face à resistência do regime liderado por Kim Jong-Un para abandonar as armas nucleares e mísseis balísticos.

Recordando que já passaram 25 anos desde que Washington confrontou, pela primeira vez, a Coreia do Norte sobre as suas tentativas para construir armas nucleares, Pence comentou que se seguiu um período de paciência.

“Mas a era da paciência estratégica acabou”, declarou.

“O Presidente Trump deixou claro que a paciência dos Estados Unidos e dos nossos aliados nesta região se esgotou e nós queremos ver mudanças. Queremos ver a Coreia do Norte a abandonar o seu percurso imprudente no que toca às armas nucleares. Além disso, o seu uso contínuo e testes de mísseis balísticos é inaceitável”, afirmou.

"O Presidente Trump deixou claro que a paciência dos Estados Unidos e dos nossos aliados nesta região se esgotou e nós queremos ver mudanças. Queremos ver a Coreia do Norte a abandonar o seu percurso imprudente no que toca às armas nucleares. Além disso, o seu uso contínuo e testes de mísseis balísticos é inaceitável.”

Mike Pence

Vice-Presidente norte-americano

O próprio Presidente norte-americano reforçou a mesma mensagem, na Casa Branca.

Quando questionado por um jornalista da CNN sobre que mensagem tem para Kim Jong-Un, Trump respondeu: “Tem de se portar bem”.

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Odebrecht condenada nos EUA a pagar 2,4 mil milhões por escândalo dos subornos

  • Lusa
  • 17 Abril 2017

Sanção multimilionária resultou de um acordo negociado pela construtora brasileira com o Departamento de Justiça norte-americano no âmbito do escândalo dos subornos em África e América do Sul.

Um juiz federal de Nova Iorque condenou esta segunda-feira a construtora brasileira Odebrecht a pagar uma multa de 2,6 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros), pelo escândalo dos subornos em países de África e América do Sul.

A empresa brasileira vai ter de pagar 2,39 mil milhões de dólares no Brasil, 116 milhões na Suíça e mais 93 milhões nos EUA em resultado da sentença ditada pelo juiz Raymond Dearie, confirmou à agência EFE um porta-voz da procuradoria federal do distrito leste de Nova Iorque.

A sanção multimilionária, que foi conhecida num tribunal de Brooklyn, resultou de um acordo negociado pela construtora brasileira com o Departamento de Justiça, bem como com as autoridades de Brasil e Suíça.

Segundo o Departamento de Justiça, a Odebrecht pagou cerca de 788 milhões de dólares em subornos em 12 países de África e América do Sul, incluindo o Brasil, onde anda a ser investigada há mais de dois anos no quadro da corrupção na petrolífera estatal Petrobras.

Em dezembro último, um tribunal de Nova Iorque já tinha condenado a petroquímica brasileira Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht, a pagar uma multa de 632,6 milhões de dólares.

O pagamento de subornos foi feito a propósito de “mais de 10 projetos em 12 países: Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela”, segundo os documentos do tribunal.

A maior construtora do Brasil fez um acordo de colaboração com a justiça brasileira em 10 de dezembro no qual, além de admitir a sua culpa e pagar uma multa, também estão incluídas delações de 77 quadros superiores em troca da redução de condenações futuras.

Estes testemunhos envolvem cerca de 200 políticos em desvios da Petrobras e o financiamento ilegal de campanhas eleitorais, incluindo o atual Presidente de Brasil, Michel Temer, segundo referiram diferentes meios.

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Levantar dinheiro no Multibanco sem cartão? Já é possível

Para levantar dinheiro no Multibanco tem de inserir o cartão. Ou melhor, tinha... porque agora já não é preciso. Basta, para isso, ter a aplicação MB Way. Veja, passo a passo, como fazê-lo.

A partir desta segunda-feira passou a ser possível levantar dinheiro em qualquer caixa Multibanco, usando apenas o telemóvel. Trata-se de uma nova funcionalidade da aplicação MB Way, desenvolvida pela SIBS e disponível para clientes com telemóvel Android ou iOS. A opção está “escondida” na tecla verde do Multibanco. Ao carregar, basta introduzir o código fornecido pela aplicação.

Aprenda o procedimento, passo a passo, neste vídeo do ECO:

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Acha que o mercado dos smartwatches perdeu a bateria? Engana-se

Há razões para esperar 70 milhões de relógios inteligentes vendidos até 2021, a uma taxa de crescimento anual de vendas na ordem dos 18%. Apple lidera, mas o sistema Android está a ganhar terreno.

Os relógios da Apple lideram o mercado, mas os smartwatches Android estão a ganhar terreno.Pixabay

Sejamos francos: os relógios inteligentes não valem o entusiasmo com que começámos a ouvir falar deles em 2013 ou 2014. Prometeram-nos um canivete suíço com ferramentas para tudo e mais alguma coisa, mas o compromisso saiu furado. Por isso, o mercado cresceu… devagar. E, pior, desacelerou. Porém, o futuro pode ser promissor — pelo menos segundo um estudo elaborado pela unidade e pesquisa e análise da Business Insider.

O relatório explica como os consumidores perderam o apetite pelos smartwatches muito graças à falta de funcionalidades distintivas, como a possibilidade de funcionarem de forma independente ou a inexistência de muitas aplicações. No entanto, o mercado estará pronto para oferecer essas novidades, pelo que há razões para esperar 70 milhões de unidades vendidas até 2021, a uma taxa de crescimento anual de vendas na ordem dos 18%.

Ou seja, o mercado deverá voltar a ganhar fôlego face às novidades apresentadas recentemente por marcas como a Huawei e a LG — ambas marcas já vendem smartwatches que podem ligar-se à rede móvel 4G. Atualmente, de acordo com a Business Insider, ainda é a Apple quem lidera o mercado. Mas o relatório também traz um alerta a Tim Cook: os relógios da gama Android Wear estão a ganhar terreno face ao aumento da procura nos mercados emergentes.

Não surpreende saber que o segmento dominante entre os smartwatches é o da “Saúde e Fitness“, com a Business Insider a referir que os benefícios destes aparelhos neste campo vão tornar-se “ainda mais robustos”. Escusado será dizer, também, que a ausência das funcionalidades que os utilizadores mais enaltecem representa uma oportunidade de entrada no mercado para novos developers.

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Bloco admite aumento de escalões de IRS feito em mais do que um Orçamento

"O caminho tem de ser iniciado no OE/2018", disse Catarina Martins. Mas o elevado custo da medida -- dois mil milhões -- obriga a que aumento do número de escalões seja feito em vários em vários OE.

A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, revelou esta segunda-feira, à saída do encontro com o Presidente da República, que o aumento da progressividade do IRS custa dois mil milhões de euros, por isso, para aumentar o número de escalões face aos atuais cinco vão ser necessários mais do que um Orçamento do Estado.

“A posição conjunta assinada em novembro de 2015 defendia o aumento da progressividade do IRS. Uma medida cujo custo ascende a dois mil milhões de euros, por isso terá ser ser adotada em mais do que um Orçamento”, disso Catarina Martins à saída do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, que esta tarde recebe os partidos para analisar o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade.

Contudo, alertou, “o caminho tem de ser iniciado no Orçamento do Estado para 2018“.

A responsável do Bloco reconheceu que os 200 milhões que estão inscritos no Programa de Estabilidade não se destinam ao aumento do número de escalões. Presentemente, a tributação das famílias é feita através de cinco escalões, uma redução introduzida pelo então ministro das Finanças, Vítor Gaspar para ajudar a aumentar a receita. “O enorme aumento de impostos reside naquilo que foi a concentração em cinco escalões“, disse Catarina Martins. O Bloco tem como prioridade o regresso aos oito escalões, o número anterior à troika.

Outra das preocupações do Bloco reside nas “prestações sociais e no acesso às reformas por inteiro”.

Catarina Martins lamentou que o Programa de Estabilidade represente uma “enorme contração de despesa pública e não prevê soluções para pensões antecipadas e carreiras contributivas muito longas“. Problemas para os quais, a líder bloquista já tinha alertado esta manhã, e insistiu que “é preciso encontrar uma solução antes do Orçamento do Estado”.

O partido garante que vai trilhar o mesmo caminho do ano passado, ou seja, não vai querer votar o Programa Nacional de Reformas que é “da exclusiva responsabilidade do Governo”.O Bloco está concentrado na negociação do Orçamento do Estado para 2018, esse sim votado na Assembleia da República”, frisou a responsável.

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