5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O dia desta terça-feira ficará marcado pela divulgação de indicadores económicos que permitirão saber como evolui o crédito em Portugal, a produção industrial e o volume de negócio dos serviços.

Esta terça-feira será um dia marcado pela publicação de indicadores económicos relevantes em Portugal e nos países da Zona Euro. Pelo meio, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 terminam uma reunião de dois dias numa conferência de imprensa. Segundo a imprensa internacional, buscam formas de pressionar a Rússia a cortar relações com o governo sírio.

Como evolui o crédito em Portugal?

O Banco de Portugal divulga os balanços das instituições financeiras monetárias relativos a fevereiro, que permitem analisar a evolução do saldo dos empréstimos às famílias e empresas nacionais. Em paralelo, o Banco Central Europeu divulga mais um relatório da Situação Financeira Consolidada do Eurosistema.

Eurostat divulga produção industrial

O Eurostat divulga esta terça-feira o nível da produção industrial nos países da União Europeia e da Zona Euro relativo a fevereiro. De recordar que a produção industrial em Portugal, no mês de janeiro, cresceu 3,1%, um valor acima da média europeia. O indicador ganha relevância numa altura em que se levantam questões sobre se a economia é suficientemente sólida para suportar o fim do programa de estímulos do Banco Central Europeu.

Qual o volume de negócio nos serviços?

O Instituto Nacional de Estatística revela os índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços, respeitantes a fevereiro. Estes indicadores, nomeadamente o do volume de negócios, são importantes para analisar o estado daquele que é um dos setor que mais contribui para o Produto Interno Bruto nacional. Em janeiro, o índice de volume de negócios nos serviços registou uma taxa de variação homóloga de 2,5%.

Ponto final na reunião de ministros do G7

Esta terça-feira haverá uma conferência de imprensa que marcará o final da reunião de dois dias entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 e da União Europeia, na cidade italiana de Lucca. Alemanha, EUA, Japão, Canadá, Reino Unido, França e Itália procuram pressionar a Rússia para que corte relações com o governo sírio de Bashar Al-Assad, no rescaldo do ataque a civis com armas químicas e dos bombardeamentos norte-americanos como retaliação, de acordo com a Reuters.

Confiança dos investidores alemães

Na manhã desta terça-feira vai conhecer-se a evolução do índice Zew, que mede a confiança dos investidores alemães. O índice manteve-se alto no primeiro trimestre deste ano e, segundo a Bloomberg, não existem motivos que levem a crer que isso vá mudar. Ainda assim, esta atualização irá fornecer pistas concretas sobre como os investidores alemães olham para cinco das principais economias do mundo, onde se inserem França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos da América.

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Abono de família alargado começa a ser pago esta semana

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 11 Abril 2017

Quem está no quarto escalão, entretanto reposto, só agora começa a receber a prestação, com retroativos. O aumento mais pronunciado para crianças entre um e três anos também se começa a sentir.

O abono de família atualizado começou a ser pago em março, com retroativos, mas há famílias que só este mês vão passar a receber a prestação.

Em causa estão, desde logo, as famílias enquadradas no quarto escalão de rendimentos, reposto este ano. Além disso, começam a sentir-se a partir de agora os efeitos do aumento mais pronunciado do abono de família dirigido a crianças entre os 12 e os 36 meses. Em qualquer caso, os pagamentos vão retroagir ao início do ano, explicava em fevereiro o Ministério do Trabalho ao ECO.

De acordo com o calendário da Segurança Social, o abono de família começa a ser pago a 13 de abril.

Estes são os valores que se aplicam em 2017, tendo em conta que o segundo semestre marca um novo aumento no caso de crianças entre um e três anos

Os valores serão majorados se em causa estiverem crianças entre 12 e 36 meses integradas em famílias mais numerosas. A tabela abaixo mostra os montantes a pagar nestes casos:

As famílias monoparentais têm direito a receber o abono majorado em 35%.

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Visa tem 50.000 euros para as melhores fintech da Europa

A Everywhere Initiative da Visa chega esta terça-feira à Europa. Há apoios de até 50.000 euros para empresas de fintech que melhorem as comunidades locais e a experiência de viagem.

Depois de garantir 1,7 mil milhões de dólares em financiamento a quase 1.000 startups na América do Norte, América Latina e Ásia, o programa Everywhere Initiative da Visa chega também à Europa. A empresa lança esta terça-feira a edição europeia da iniciativa, para “incentivar a inovação associada aos pagamentos à medida que o setor transita rapidamente do tradicional rumo ao digital”.

Existem apoios de até 50.000 euros disponíveis aos concorrentes via programa de desenvolvimento com a Visa, ou através de parcerias comerciais com instituições financeiras clientes da Visa.

E quem pode candidatar-se? “Startups e empresas inovadoras de fintech de 19 mercados europeus, incluindo Portugal”, indica a empresa em comunicado. Acesso à Plataforma de Desenvolvimento da Visa e à rede de mentores executivos e tecnológicos também são mais-valias em cima da mesa para concorrentes “bem-sucedidos”.

As empresas concorrentes terão de apresentar “ideias focadas na melhoria das comunidades locais e em experiências de viagem” que deem resposta a um destes três desafios:

  1. “Como é que as tecnologias digitais de pagamento podem ajudar a criar produtos que liguem pessoas e melhorem as comunidades locais?”
  2. “Como é que as tecnologias móveis e dispositivos conectados podem transformar as experiências de viagens interurbanas?”
  3. “Como é que novos produtos e serviços, baseados em APIs [sistemas informáticos] da Visa, podem proporcionar uma experiência de viagem internacional mais dinâmica?”

As candidaturas podem ser feitas já a partir desta terça-feira e até 17 de maio. “Os finalistas farão a apresentação das suas ideias a um painel de jurados em Copenhaga, na Dinamarca, durante o Money 20/70, entre 26 e 28 de junho”, esclarece ainda a empresa. As candidaturas poderão ser submetidas no site da iniciativa.

“Através de competições como o Everywhere Initiative, estamos a estimular a inovação tecnológica para impulsionar a aceitação e promover uma maior convergência para os consumidores. Concentrando-nos na comunidade local e na experiência de viagem, esperamos facilitar e melhorar o quotidiano das pessoas, onde quer que elas estejam”, indica Bill Gajda, vice-presidente de inovação e parcerias estratégias da Visa.

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Dia calmo nas bolsas norte-americanas

A maré esteve calma em Wall Street, numa semana que voltará a ser marcada pelo aumento da tensão entre os Estados Unidos e países como a Síria e a Coreia do Norte. Petróleo voltou a valorizar.

Wall Street encerrou a sessão desta segunda-feira praticamente inalterado, com as principais bolsas a registarem ganhos ligeiros entre 0,01% e 0,07%. Ainda assim, a sessão foi especialmente positiva para o mercado das commodities, com o preço do petróleo a registar fortes ganhos em Nova Iorque.

Neste contexto, o S&P 500 encerrou a somar 0,07% para 2.356,75 pontos. O industrial Dow Jones avançou 0,01% para 20.659,80 pontos e o tecnológico Nasdaq registou ganhos de 0,04%, estando agora nos 5.878,68 pontos. Quanto ao petróleo, o barril WTI segue a registar fortes ganhos desde a última semana, estando agora a valer 53,05 dólares, uma valorização de 1,55%.

"Esta semana, serão a geopolítica e eventos fora dos Estados Unidos a direcionarem os mercados.”

Kit Juckes

Estratega da Société Générale

A valorização desta segunda-feira dá continuidade ao pulo de 3,2% que o preço da matéria-prima registou no conjunto das sessões da semana passada, depois de os Estados Unidos terem atacado bases militares do governo sírio como retaliação pelo uso de armas químicas em civis. Mas a dar força ao preço do crude está também uma interrupção num dos maiores campos de exploração de petróleo da Líbia.

Face à queda no valor do dólar e perante o crescendo de preocupações relativamente a situação geopolítica na Ásia e no Médio Oriente, os investidores movem-se com precaução. “A geopolítica ultrapassa a economia como o principal motor do mercado, face à tensa relação entre os Estados Unidos e a Rússia e ao envio de um porta-aviões dos Estados Unidos para a península coreana”, disse Kit Juckes, estratega do Société Générale, acrescentando que a geopolítica vai continuar a direcionar os mercados “esta semana”.

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CGD vai trabalhar para que plano de reestruturação, mesmo com desvios, seja cumprido

  • Lusa
  • 10 Abril 2017

Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou, em Santarém, que a sua equipa vai trabalhar para que o plano de reestruturação do banco seja executado "em termos globais".

O presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou hoje, em Santarém, que a sua equipa vai trabalhar para que o plano de reestruturação do banco seja executado “em termos globais”, apesar de inevitáveis desvios.

Paulo Macedo, que encerrou hoje, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, a sessão “Fora da Caixa” dedicada à agricultura e à região, no âmbito das comemorações dos 141 anos da CGD, declarou ter a certeza que o plano, “bastante ambicioso”, vai ser executado, sendo necessário acrescentar ao aumento de capital em curso a geração de lucro para poder pagar a remuneração desses capitais.

Questionado sobre se tem um “plano B” caso haja incumprimento do plano de reestruturação em curso, Paulo Macedo disse que o importante é saber que existe um plano e vontade para o executar.

O que os senhores jornalistas deviam gostar de saber é: há um plano ou não há? Há. Há vontade de o executar ou não? Há. Há uma monitorização ou não? É bom ter que prestar contas trimestralmente. Vai haver desvios ou não? Vai haver de certeza. Vamos conseguir depois em termos globais, ou não, atingir? É para isso que todos temos que trabalhar”, declarou.

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Pedro Rebelo de Sousa escolhido para presidente da assembleia geral do BCP

A próxima assembleia geral do BCP já tem data. Será a 10 de maio e Pedro Rebelo de Sousa é o nome proposto para presidente da mesa. Reunião vai confirmar também dois novos administradores.

O advogado Pedro Rebelo de Sousa é o nome proposto pelo Banco Comercial Português para presidente da Mesa da Assembleia Geral, enquanto Octávio Castelo Paulo deverá ficar como vice-presidente. Os nomes foram comunicados à CMVM esta segunda-feira e serão votados na próxima assembleia geral do banco, agendada para 10 de maio, sendo válidos para o triénio de 2017 a 2019.

Pedro Rebelo de Sousa, nascido em abril de 1955, é o irmão do atual Presidente da República. À data, exerce advocacia na empresa que fundou e ocupa cargos de administrador não executivo da Cimpor, presidente do conselho fiscal da Nova Base, entre outros. Somou ainda passagens pela Caixa Geral de Depósitos, pelo Banco Caixa Geral Brasil, pela Galp e pelo Banif. Octávio Castelo Paulo, nascido em março de 1964, também é advogado e administrador não executivo do Standard Bank de Angola.

Além de servir para aprovar e fechar as contas de 2016, a assembleia geral do BCP permitirá confirmar a cooptação do Conselho de Administração dos dois administradores escolhidos pela Fosun, o grupo chinês que é o maior acionista do BCP desde o início do ano. Linjiang Xu, gerente da Fosun Management em Portugal, deverá ocupar o cargo de vogal não executivo, enquanto João Nuno Palma, antigo vice-presidente do Banco Caixa Geral Brasil, ficará vogal executivo.

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Petróleo da Rússia dita aumento das importações em 2016

Em 2016, as importações russas aumentaram 86,4%. A razão tem um nome: petróleo. Contrariamente à evolução registada em 2015, o défice bilateral com a Rússia aumentou 565 milhões de euros.

A Rússia foi o país que maior contributo deu às importações portuguesas em 2016 devido à aquisição de combustíveis. A informação consta do destaque sobre as estatísticas do comércio internacional de fevereiro, divulgado esta segunda-feira pelo INE, onde o Instituto faz uma análise ao ano de 2016, “beneficiando da disponibilidade de informação adicional sobre os principais parceiros comerciais de Portugal”. Num ano que as importações de petróleo baixaram, as importações russas aumentaram de forma significativa devido à competitividade dos preços que as empresas russas praticaram em 2016. Assim, a Rússia foi o país que mais prejudicou o défice comercial português em 2016.

“A Rússia foi o que mais contribuiu para o crescimento global das importações, pelo que ascendeu de 14º maior fornecedor em 2015 para 9º em 2016 (peso de 1,9%, +0,9 p.p. face a 2015)”, adianta o INE no destaque. Em comparação com 2015, as importações russas aumentaram 86,4%, “devido quase exclusivamente à aquisição de combustíveis minerais”.

Contributo das importações russas no total das importações de Portugal mudou radicalmente.INE

Contudo, o Instituto Nacional de Estatística faz um reparo quando se refere ao petróleo: “De notar que nas importações deste tipo de bens se verificam muitas alterações nos países fornecedores, já que as empresas recorrem a um cabaz de crudes de diversas origens, adquirindo aqueles que a cada momento se encontram disponíveis em condições económicas mais competitivas”. Ou seja, em 2016 a Rússia fez a oferta mais competitiva de crude, pelo que as importações de Angola, Cazaquistão, Arábia Saudita, Congo e Argélia diminuíram significativamente.

Terá sido isso o que aconteceu com a Galp, a principal importadora portuguesa de petróleo. Em resposta oficial ao ECO, a Galp explica apenas que “adquire as matérias-primas de que necessita para o aprovisionamento das suas refinarias – e do país – de acordo com as oportunidades proporcionadas pelo mercado a cada momento”.

Desde 2014 que a União Europeia tem um embargo comercial à Rússia depois da invasão na Crimeia, Ucrânia. Seria, por isso, estranho ver este aumento das importações russas para Portugal, certo? Nem por isso. É que os Estados-membros têm dependência energética face aos russos, um problema que tem vindo a ser discutido no seio do executivo comunitário. A sanção da UE prevê impedimentos em relação aos bancos e ao armamento. Do lado da Rússia o embargo está relacionado com produtos alimentares. Contudo, o petróleo continua a circular sem barreiras.

Contributo para o saldo da balança comercial da Rússia passou de positivo em 2014/2015 para mais de -500 milhões de euros em 2016/2015.INE

E a circulação foi de tal forma grande para Portugal em 2016 que a Rússia foi o país que mais contribuiu para a degradação do saldo comercial de Portugal. “Os países que mais contribuíram para o crescimento global do défice da balança comercial de bens foram a Rússia, Alemanha e Angola”, explica o INE, referindo que, “contrariamente à evolução registada em 2015, o défice bilateral com a Rússia aumentou 565 milhões de euros, essencialmente em resultado do acréscimo das importações de combustíveis minerais.”

Esta é uma tendência que continuou a verificar-se este ano. Segundo o INE, “nas importações, em fevereiro de 2017 e no âmbito dos maiores países fornecedores em 2016, o maior destaque vai para o acréscimo registado nas importações com origem na Rússia (justificado pela importação de Óleos brutos de petróleo e Fuelóleo)”.

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Lesados do Banif vão entregar mil reclamações na CMVM esta terça-feira

  • Lusa
  • 10 Abril 2017

A associação de lesados do Banif entrega esta terça-feira mil queixas na CMVM, com a intenção de que o regulador conclua que houve vendas enganosas ou fraudulentas aos balcões da instituição.

A associação que representa os lesados do Banif (ALBOA) entrega esta terça-feira mil reclamações de clientes na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), com o objetivo de provar que houve venda fraudulenta de produtos pelo banco. As reclamações feitas são de clientes do Banif em Portugal (sobretudo na Madeira e nos Açores, onde o banco era muito forte), mas também de lesados que vivem nas comunidades portuguesas no estrangeiro, nomeadamente na Venezuela, e serão entregues na tarde desta terça-feira na sede do regulador dos mercados financeiros, em Lisboa.

O objetivo é que as reclamações sirvam de suporte para que CMVM emita um parecer de que houve no Banif uma “operação global de ‘misseling’” no Banif, ou seja, de que houve vendas enganosas ou fraudulentas. A ALBOA estima que há 3.500 clientes lesados pelo Banif que perderam 265 milhões de euros em investimentos de produtos no banco e esperam que esta ação impulsione o encontrar de uma solução para os seus casos.

A associação considera que os produtos foram vendidos usando argumentos enganosos, como o de que o Banif era do Estado (quando este tinha, de facto, a maioria do capital), o que dava garantia extra sobre os produtos, existindo também situações em que era dito aos clientes que havia uma garantia da CMVM ou que eram como depósitos a prazo, mas com juros mais altos.

O Banif foi alvo de resolução em dezembro de 2015 por decisão do Governo e Do Banco de Portugal, com a venda da atividade bancária ao Santander Totta por 150 milhões de euros e a criação da sociedade-veículo Oitante para a qual foram transferidos os ativos que o Totta não comprou. Continua a existir ainda o Banif, agora ‘banco mau’, no qual ficaram os acionistas e os obrigacionistas subordinados, que provavelmente nunca receberão o dinheiro investido.

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António Costa: Cidadãos devem estar “no centro” do projeto europeu

O primeiro-ministro português, António Costa, falou em Madrid no final da cimeira dos países do sul da Europa. E considerou que os cidadãos devem estar "no centro" do projeto europeu.

O primeiro-ministro António Costa defendeu esta segunda-feira que os cidadãos têm de estar “no centro” do projeto europeu. O chefe do Governo português discursava à saída da cimeira dos países do sul da Europa, que decorreu em Madrid, perante os presidentes de França e do Chipre e dos primeiros-ministros de Espanha, Itália, Grécia e Malta.

António Costa enalteceu o facto de “países tão diversos” serem capazes de ter “uma visão tão comum em relação ao futuro da Europa”, um dos pontos principais desta reunião de líderes. Outro tema quente foi a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e, sobre isso, o primeiro-ministro disse ser necessário defender os interesses dos “cidadãos europeus que querem permanecer no Reino Unido”.

Para o governante, é necessário dar aos cidadãos “confiança no futuro da Europa através de uma política comercial ativa, que vença a ideia do protecionismo e nos permita dialogar com outras regiões do mundo”. “Temos de dar a garantia de que somos capazes de regular de forma eficaz o fluxo migratório” e dar a garantia “de prosperidade assente na energia e no novo mercado digital”, disse. E acrescentou: “É para nós muito claro que o futuro da Europa e do desenvolvimento exige bases sólidas. A base mais sólida exige a estabilização da Zona Euro e a consolidação do euro.”

“Coordenámos a nossa posição com vista à cimeira do Brexit no final do mês”, disse, por sua vez, Paolo Gentiloni, primeiro-ministro de Itália. “Falámos muito de como tornar mais forte o crescimento da macroeconomia, que deve continuar, que se deve acelerar”, referiu. Ainda assim, os números não chegam por si só: “A nossa mensagem é a de que o crescimento deve vir acompanhado de políticas de emprego, de um debate fundamental sobre o pacto de estabilidade e das suas regras”, sublinhou.

Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, apostou num discurso positivista, agradecendo aos seis países “todo o apoio e solidariedade” para que a Grécia consiga ultrapassar a crise. “A Grécia conseguiu no último período alcançar objetivos económico, como o objetivo de um superavit primário de 3,96%. Chegamos ao momento de alcançar uma solução substantiva em relação à dívida grega que ofereça uma perspetiva de saída da crise”, indicou.

“No final da segunda avaliação, chegaremos à conclusão que a Grécia ultrapassou a crise, a Zona Euro ultrapassou a crise, e os países do sul colocarão em cima da mesa uma série de pedidos que deverão ir ao encontro da coesão económica e da coerência social”, avançou o líder grego, falando ainda na “necessidade de restringir os riscos e a falta de sensibilidade. “Cervantes, que lutou no nosso país, disse que o que é absurdo é ver o mundo só como é e não como deveria ser. Nós, o que desejamos, é ver a Europa como uma Europa que poderia ser e não como uma Europa que é, e trabalhar nesse sentido”, conclui Tsipras.

No geral, os líderes dos sete países viram como justificável os ataques lançados pelos Estados Unidos contra bases militares na Síria como retaliação pelo uso de armas químicas por parte de Bashar Al-Assad. Foram ainda consensuais na condenação do terrorismo, na necessidade de regular as migrações no Mediterrâneo e no apoio ao processo de reunificação do Chipre. “Avaliamos muito positivamente o Plano Juncker”, disse também Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol e anfitrião da cimeira. Rajoy salientou ainda a necessidade de “completar o mercado único digital e o mercado único da energia”.

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REN afunda 5% e arrasta bolsa

O PSI-20 começou a semana em queda, penalizado pelas perdas de quase 5% da REN. Lá fora, o petróleo sobe e já está quase na casa dos 56 dólares por barril.

Lisboa arrancou a semana no vermelho, penalizada pela REN. A empresa liderada por Rodrigo Costa afundou quase 5%, depois de, na sexta-feira, ter anunciado um aumento de capital de 250 milhões de euros para financiar a compra da EDP Gás. A energética registou a maior queda em dez meses e penalizou o PSI 20, que acabou por desvalorizar 0,38%.

Nos mercados internacionais, destaque para o petróleo, que está a valorizar mais de 1% com a expectativa do prolongamento de cortes de produção.

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Imperial espera aumento de 40% do volume de negócios até 2020

Aumento de faturação deverá chegar aos 9% este ano, depois de, em 2016, a empresa portuguesa ter registado 28 milhões de euros.

A Imperial espera aumentar a faturação em 9% este ano, depois de em 2016 ter registado 28 milhões de euros, e estima um crescimento de 40% do volume de negócios até 2020, anunciou hoje a produtora de chocolates.

Em comunicado, a empresa refere que terminou o ano passado com “um volume de negócios na ordem dos 28 milhões de euros, tendo como objetivo aumentar a faturação em 9% em 2017”.

A Imperial explica que “resultante da grande aposta” que fez na internacionalização, os seus chocolates estão presentes em 50 países, “numa rota que foi ampliada, durante o ano passado, com a conquista de novos mercados como a Austrália, a Rússia e o Médio Oriente”.

Para este ano, “prevê-se que o mercado externo represente 25% do volume de negócios da empresa, e que até 2020 permita um crescimento do volume de negócios de mais de 40%”, adianta a Imperial.

No ano passado, o volume das exportações da fabricante de chocolates Imperial foi de 20%, “sendo que os países da Europa são responsáveis por quase metade desse valor (48% das vendas), seguida de África (36%), América (9%) e Ásia (7%)”.

A empresa de Vila do Conde, que refere que o período da Páscoa é responsável por 35% do volume de vendas e o Natal por 30%, detém as marcas Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel e Allegro, entre outras.

A Imperial é detida pelo Fundo Vallis Sustainable Investments I.

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BCE justifica menos compras de dívida portuguesa com ajuda prestada no passado

  • Lusa
  • 10 Abril 2017

O vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, justificou esta segunda-feira as menores compras de ativos de Portugal com as aquisições de dívida pública já realizadas em 2010 e 2011.

Vítor Constâncio esteve esta segunda-feira a ser ouvido na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas, e foi questionado pelo eurodeputado Pedro Silva Pereira, do PS, quanto à redução pelo Banco Central Europeu (BCE) do montante de compras de ativos em alguns Estados-membros.

Em resposta, o vice-presidente do BCE afirmou que não há diferenças entre os Estados-membros e que para cada um é definido um volume de aquisição para o total do programa, realçando que o que acontece no caso de alguns países, como Portugal, é que as compras de dívida já feitas em 2010 e 2011 “contam para o ‘stock’” total.

Assim, o volume comprado é “recalibrado” de modo ao volume máximo não ser excedido e poder haver compras de ativos até ao fim do programa, previsto para final de 2017.

O BCE comprou, em março, 663 milhões de euros em dívida pública portuguesa, recuperando ligeiramente face a fevereiro (656 milhões), quando adquiriu o valor mais baixo desde o início do programa de compra de ativos.

Desde março de 2015, quando o BCE iniciou o programa de compra de ativos (o chamado ‘quantitative easing’), Frankfurt já adquiriu um montante de 26.617 milhões de euros em ativos da dívida pública de Portugal.

No total, em março, o banco central adquiriu cerca de 80.286 milhões de euros em ativos da Zona Euro, sendo que a compra de títulos públicos representou a maior fatia: 68.814 milhões de euros.

Em dezembro passado, a instituição financeira liderada por Mario Draghi decidiu prolongar até final de 2017 o programa de compra de dívida pública, mas com um abrandamento mensal já a partir deste mês de abril (60.000 milhões de compras por mês, contra os 80.000 milhões anteriores).

Os juros da dívida portuguesa estavam esta manhã a subir a dois, cinco e dez anos, face a sexta-feira, no mercado secundário. Os juros dos títulos a dez anos transacionavam a 3,889%, a cinco anos a 2,193% e a dois anos a 0,429%.

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