Bruxelas quer mais reformas em Portugal para assegurar pagamento da dívida a longo prazo

A capacidade de Portugal para pagar dívida a curto prazo está sólida. Mas os juros altos põem em risco o longo prazo. São precisas mais reformas e mais consolidação fiscal, avisa a Comissão Europeia.

Há “um sentimento desfavorável do mercado” para com Portugal, resultado da volatilidade global, das incertezas domésticas e das fraquezas nos próprios mercados financeiros. Por isso, e para assegurar que consegue pagar a dívida a longo prazo, Portugal deve implementar mais reformas estruturais e aumentar os esforços de consolidação fiscal.

O aviso vem da Comissão Europeia e consta do relatório da quinta avaliação pós-programa de ajuda financeira a Portugal, divulgado esta segunda-feira. No capítulo que dedica ao financiamento concedido a Portugal e à sua capacidade de pagar este financiamento, os técnicos de Bruxelas reconhecem que a capacidade do país para pagar “mantém-se sólida no curto prazo”, mas destacam os riscos resultantes da subida dos juros da dívida.

“Os custos de financiamento para a dívida a dez anos aumentaram no início de 2017. A primeira emissão de títulos de dívida a 10 anos, no montante de três mil milhões de euros, teve lugar a 11 de janeiro, com uma taxa de 4,2%. Entre outros fatores, este aumento parece ter refletido as expectativas em relação a possíveis mudanças na política monetária do Banco Central Europeu”, aponta o relatório da Comissão Europeia.

De um modo geral, continua a Comissão Europeia, “a taxa mais elevada retrata a tendência de aumento dos custos de financiamento de Portugal, desde agosto de 2016”. Nessa altura, lembra o relatório, os juros da dívida a dez anos estavam nos 2,7%, estando hoje na casa dos 4%. Um valor “muito superior” aos registados em Espanha e Itália, na casa dos 1,6% e 2%, respetivamente.

"Se se prolongarem, as taxas mais altas poderão representar riscos para a capacidade de repagar no curto e médio prazo e poderão limitar as opções de refinanciamento.”

Comissão Europeia

Relatório da quinta avaliação pós-programa

“Esta tendência no custo de financiamento denota um sentimento desfavorável do mercado, refletindo pressões da volatilidade global, incertezas domésticas e fraquezas nos mercados corporativos e financeiros“, explica Bruxelas. “Se se prolongarem, as taxas mais altas poderão representar riscos para a capacidade de repagar no curto e médio prazo e poderão limitar as opções de refinanciamento”, acrescenta.

Assim, e apesar de “a capacidade de médio e longo prazo para repagar se manter favorável”, a Comissão Europeia pede a Portugal “mais esforços na consolidação fiscal e reformas estruturais”, medidas “chave para assegurar uma capacidade sólida de pagar dívida no longo prazo”.

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PSI-20 começou mal, mas dá a outra face e acaba a vencer

  • ECO
  • 27 Março 2017

O dia pode ter começado mal na bolsa de Lisboa, mas não teve de terminar assim. No final da sessão, a maioria das grandes empresas estavam a subir, à exceção dos CTT, que corrigiram dos ganhos.

A primeira sessão desta semana da bolsa nacional terminou de forma positiva. O PSI-20 chegou ao fecho do dia a valorizar 0,70% para os 4.720,91 pontos, contrariando a tendência que se fez sentir lá fora, com a esmagadora maioria das bolsas no vermelho. O Stoxx 600 estava, à hora de encerramento da praça portuguesa, a descer 0,48% para os 374,70 pontos.

O nosso cenário verde é justificado pelas subidas generosas das principais cotadas. O BCP subiu quase 5% (4,76%) até aos 0,18 euros, no mesmo dia em que a agência internacional Moody’s considerou positiva a decisão de alargar o prazo do reembolso do empréstimo ao Fundo da Resolução.

O banco foi, de longe, a cotada com a subida mais expressiva da sessão, mas não foi a única. A Jerónimo Martins ganhou 1,27% até aos 15,97 euros e a Mota Engil chegou ao fim da sessão a valorizar 0,06% para os 1,75 euros.

E também as energéticas fizeram boa figura, independentemente de o petróleo continuar a cair lá fora: a EDP valorizou 0,45% para os 2,93 euros, a EDP Renováveis subiu 1,08% para os 6,27 euros, e a Galp Energias cresceu 0,15% para os 13,40 euros.

Mas o petróleo continua a afundar. Em Nova Iorque, o WTI está neste momento mais longe da fasquia de segurança dos 50 dólares por barril, encontrando-se a negociar nos 47,63 dólares, e o Brent, em Londres, está ligeiramente melhor, nos 50,61 dólares por barril, embora tenha chegado a este valor ao perder 0,37% no decorrer desta sessão.

Do lado negativo ficaram menos cotadas, sendo uma das mais expressivas os CTT, que, corrigindo dos ganhos de mais de 5% da última sessão, chegaram ao final desta a descer 1,54% para os 5,04 euros. Também a Corticeira Amorim, que tinha sido a única cotada a abrir a sessão de hoje no verde, terminou no vermelho, a perder 0,53% para os 9,83 euros.

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Apple e Facebook aceleram o passo na realidade aumentada

As duas tecnológicas estão a trabalhar para pôr no mercado óculos com capacidade de misturar elementos virtuais com a realidade. O objetivo é que sejam pequenos. E melhores do que os da Magic Leap.

O Facebook e a Apple estão a acelerar o passo no desenvolvimento de tecnologias de realidade aumentada. Ambas as firmas estão na corrida ao desenvolvimento de uns óculos que misturem elementos virtuais com a realidade e que poderão, no futuro, vir a substituir os telemóveis como o nosso principal dispositivo pessoal.

Não são, de longe, as únicas. Já ouviu falar da Magic Leap? É uma promissora empresa sedeada na Florida que trabalha na mesma área. Pouco se sabe acerca dela e é considerada uma das mais secretas do mundo. Estará a preparar qualquer coisa para lançar mais para o final deste ano, segundo fontes próximas citadas pelo britânico Financial Times. As expectativas estão em níveis máximos.

Mas acima do secretismo, o que aguça o apetite no setor são os 1,4 mil milhões de dólares de capital que a Magic Leap já angariou, sem sequer ter um produto no mercado. Entre os investidores estão nomes como a Alphabet (dona da Google) e a Alibaba (a gigante dos gigantes do comércio eletrónico na China). Para quê tanto dinheiro? Segundo informações apuradas pelo Financial Times, o objetivo é também o de fabricar os óculos de realidade aumentada.

Apesar de nova, é uma tecnologia que não é pioneira. A Microsoft lançou os HoloLens há dois anos, um produto igualmente prometedor e que o ECO já experimentou aqui. O desafio não é, por isso, desenvolver só uns óculos. O verdadeiro pote de ouro está em criar uns que sejam pequenos e mais semelhantes aos óculos ditos normais. Não é fácil. Se fosse, já estavam feitos.

Os HoloLens, da Microsoft, ainda não chegaram ao público em geral. Mas já estão disponíveis em edições para programadores e empresas.Kārlis Dambrāns/Flickr

Segundo o jornal britânico, o produto da Magic Leap será menor do que os HoloLens, com um maior ângulo de visão mas, ainda assim, maiores do que um par de óculos comuns. Deverá ainda ter uma pequena caixa com os módulos de bateria e processamento, alegadamente para pôr no bolso ou acoplar ao cinto. O preço não deverá ascender aos 1.000 dólares. Os HoloLens da Microsoft, que estão disponíveis em versões empresarial e para programadores, começam nos 3.000 dólares. Para já, os valores de ambos os produtos não são diretamente comparáveis.

Em contrapartida, a Apple terá criado uma equipa para estudar a possibilidade de entrar nesta área há mais de um ano. A conclusão terá sido positiva e, nos dias de hoje, o mercado vê como mais provável que a Apple apresente uns óculos de realidade aumentada antes mesmo de lançar, por exemplo, um carro sem condutor ou outra tecnologia semelhante.

O Facebook é um caso diferente. Óculos não são propriamente uma novidade, tendo em conta que a rede social detém a Oculus, uma empresa que há muito apresentou o Oculus Rift, um aparelho que usa uma tecnologia de realidade virtual, diferente e mais imersiva. Ainda assim, Mark Zuckerberg tem uma visão muito própria de como vai evoluir este segmento, tendo já dito que “o objetivo é fazer da realidade virtual e aumentada o que sempre quisemos que seja: óculos pequenos o suficiente para os podermos levar para qualquer lado”, escreveu o presidente executivo em fevereiro.

Segundo o Financial Times, tanto a Apple como o Facebook estarão bem posicionados para superar os esforços da Magic Leap. No entanto, não é certo quem irá competir com quem neste jogo. As movimentações nos bastidores decorrem longe de todos os holofotes e apenas se conhecem alguns pormenores. Como, por exemplo, o facto de Tim Cook, presidente executivo da Apple, ter visitado as instalações da Magic Leap e experimentado a tecnologia em desenvolvimento, de acordo com o jornal Business Insider. Como não é comum empresas concorrentes abrirem a porta umas às outras, surge a grande questão: o que estará Tim Cook a cozinhar?

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Execução orçamental condicionada por efeitos temporários

A execução orçamental até fevereiro está condicionada por efeitos temporários. Ainda assim, o Ministério das Finanças verifica uma recuperação da receita. O défice até fevereiro ficou em 19 milhões.

O Ministério das Finanças revelou esta segunda-feira os dados da execução orçamental até fevereiro. Os dois primeiros meses do ano mostram que a receita recuperou no segundo mês do ano, depois de uma queda de 5,7% devido a efeitos temporários. Segundo o comunicado da equipa das Finanças, a receita até fevereiro cai 1,1% enquanto a despesa regista um crescimento ligeiro de 0,1%. O défice ficou em 19 milhões de euros.

“Até fevereiro, as Administrações Públicas (AP) registaram um défice de 19 milhões de euros (ME), mantendo um excedente primário de 1 471 ME”, escreve o Ministério das Finanças, avisando que estes valores estão condicionados por efeitos temporários ou efeitos que não têm impacto no défice em contas nacionais de 2017. Segundo a equipa de Mário Centeno existem três fatores a pesar na execução orçamental até fevereiro:

  1. O aumento homólogo de 155 ME nos reembolsos de IVA;
  2. O registo em janeiro de 2016 em contabilidade pública de 149 ME de receita de ISP e IT, que respeitaram a 2015 em contabilidade nacional;
  3. A redução em cerca de 30 ME do volume de restituições da U.E..

Se comparado com o saldo das administrações públicas no ano passado, tendo em conta o mesmo período, o saldo até fevereiro de 2017 cai 151 milhões de euros. “Excluindo os efeitos mencionados, a receita das AP tem acompanhado o aumento da atividade económica“, argumenta a equipa das Finanças. Segundo o Ministério das Finanças existem dois fatores que se destacam: a receita bruta de IVA (+5,3%) e as contribuições para a Segurança Social (+4,5%), dois valores que estão acima da variação implícita inscrita no Orçamento de Estado para 2017.

“A despesa primária das AP apresentou um crescimento de 0,3%, explicado pelo aumento da despesa de capital sobretudo com investimento, já que a despesa corrente primária recuou 1,3%”, justifica ainda o Ministério das Finanças, indicando uma maior aposta no investimento público no início do ano. “Face ao mesmo período de 2016, a dívida não financeira nas AP – despesa sem o correspondente pagamento, incluindo pagamentos em atraso – reduziu-se em 324 ME, tendo os pagamentos em atraso registado um decréscimo de 36 ME”, conclui a equipa das Finanças.

O défice de 2016 foi de 2,06%, segundo os dados divulgados na passada sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Em conferência de imprensa, no mesmo dia, Mário Centeno argumentou que não houve “habilidades” nem “milagres” na execução orçamental do ano passado. Para 2017 o Governo espera um défice de 1,6% em contas nacionais, a ótica que interessa para a Comissão Europeia. A esta meta está implícita uma variação positiva da receita corrente de 3,1% e da despesa corrente de 3%.

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Novo Banco: Acordo com Bruxelas é o “pior dos dois mundos”

O BE diz que o acordo que o Governo fez com Bruxelas para a venda do Novo Banco é o "pior dos dois mundos". Não se controla o banco e, diz Mariana Mortágua, fica-se corresponsável pelas decisões.

Mariana Mortágua defende que o acordo que o Governo fez com Bruxelas para ficar com uma participação de 25% no Novo Banco “é o pior dos dois mundos”. Isto porque para as autoridades europeias aceitarem esta venda, impuseram duas condições: que o Executivo fique sem poder de voto e sem administradores no banco de transição. A deputada bloquista diz que, neste caso, o Estado “não controla o banco, mas fica, ao mesmo tempo, corresponsável por uma política onde não há uma participação”.

O Bloco de Esquerda sempre se mostrou contra a privatização do Novo Banco por “não proteger os interesses do país nem do Novo Banco”, afirma Mariana Mortágua ao ECO. Por isso mesmo, nunca apoiou uma venda parcial. Mas, para a deputada do Bloco, “pior do que uma venda parcial, é uma venda parcial em que o Governo fica com a obrigação de acompanhar aumentos de capital” mas onde não “tem poder de decisão dentro do banco”. Sobretudo, no que toca às imparidades, relembra Mortágua.

O ECO avançou que, depois de vários meses de negociação com o Lone Star, o Governo conseguiu finalmente chegar a um meio-termo com Bruxelas: fica com 25% do capital, mas sem administradores no banco e sem poder de voto. Esta foi a condição das autoridades europeias para aceitar a participação do Estado na estrutura acionista em associação com o fundo norte-americano. Vai ter ações, a responsabilidade de capitalizar o banco no futuro caso venha a ser necessário, mas não vai ter direitos de participação na gestão.

É o pior dos dois mundos. Não se controla o banco, mas [o Estado] fica, ao mesmo tempo, corresponsável por uma política onde não há participação.

Mariana Mortágua

Deputada do Bloco de Esquerda

“É o pior dos dois mundos. Não se controla o banco, mas [o Estado] fica, ao mesmo tempo, corresponsável por uma política onde não há participação”, nota a deputada bloquista, que soube do acordo pelas notícias, não tendo ainda recebido um comunicado oficial da decisão. Marques Mendes avançou, no comentário habitual de domingo na SIC, que o Governo deve reunir-se esta semana com os partidos para lhes comunicar como está o processo de venda do Novo Banco e tentar ganhar o seu apoio para a solução conseguida. Mas a deputada diz que o Bloco de Esquerda ainda não recebeu qualquer convocatória.

“Se for este o caso, é mais um exemplo de como a Comissão Europeia tem sistematicamente imposto soluções para a banca portuguesa que entram em conflito com o interesse nacional“, remata Mariana Mortágua.

Contactado pelo ECO, o PCP também diz que não está prevista uma reunião com o Governo e reitera a sua oposição à privatização. “O Novo Banco deve ser integrado no setor público bancário“, refere o partido comunista, acrescentando que é “inadmissível a ingerência do Banco Central Europeu e da União Europeia em matérias que são do âmbito da decisão soberana do país”.

Esta decisão deverá ser anunciada até ao final desta semana. Por um lado, porque esta foi a data limite acordada para as negociações exclusivas entre o Governo e o Lone Star. Mas, sobretudo, por pressão negocial de um dos fundos que compõem o fundo norte-americano, que quer uma decisão do governo.

(Notícia atualizada às 16h48 com a reação do PCP)

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Descubra o Anvil, um hotel hipster no Velho Oeste

  • Bloomberg
  • 27 Março 2017

A vila minúscula de Jackson, no estado de Wyoming, conhecido pelas quintas de celebridades e pelas pistas de esqui. E, agora, por este hotel.

Mas o hoteleiro Erik Warner, que este mês abriu o Anvil Hotel, com 49 quartos e a uma viagem de 20 minutos de autocarro dos teleféricos, quer que o esqui seja a última coisa a passar pela cabeça dos visitantes.

“Jackson é de uma beleza estonteante – olhe para onde olhar fica-se sempre maravilhado”, diz o hoteleiro sobre a cidade que adotou como segundo nome.

"É um dos lugares mais especiais do mundo.”

Erik Warner

Anvil Hotel

O pequeno hotel, um motel dos anos 1950 que foi totalmente recuperado e redecorado, pode ser agora o lugar mais especial de Jackson. Não há dúvidas de que certamente é o mais cool, a menos que tenha sido convidado para visitar a quinta de 320 hectares de Harrison Ford, perto dali.

O design de linhas definidas, inspirado no estilo Shaker, é obra de Jou-Yie Chou, do Studio Tack — um veterano de longa data dos hotéis Ace. Os quartos (disponíveis a partir de 195 dólares por noite) têm lambril em duas cores nas paredes e camas rústicas de ferro, um ‘olá’ aos trabalhadores da fronteira do Oregon Trail, que passava pelo Wyoming nos anos 1800.

O bar do hotel é administrado pela Death & Co., cuja instituição de Nova York apresenta aquele que vem sendo considerando o melhor menu de coquetéis do mundo. A loja de itens gerais, apesar de seus produtos estilo Velho Oeste, é gerida pela Westerlind, uma empresa especializada em itens para atividades ao ar livre com sede no Soho. O restaurante do antigo motel, o Nonni’s, reencarnou com um conceito italiano mais moderno com a ajuda do antigo subchef do Pok Pok, Troy Furuta.

Além disso, há outros pontos de interesse mais locais, como a cafetaria Snake River Roasters de Jackson, as receitas de pastelaria para o pequeno-almoço da padaria Persephone, perto dali, e os doces típicos dos minibares. Trata-se da mistura perfeita de gosto global e credibilidade local que torna o vilarejo atraente a aventureiros e também para moradores da região.

Nada disto aconteceu por acaso. De facto, a criação do hotel remonta ao verão de 1996, quando Warner, na época estudante de hotelaria de Cornell, fez um estágio no Spring Creek Ranch, nos arredores do vilarejo. Gostava do que fazia mas o trabalho não pagava o suficiente para que ele chegasse ao fim do mês, por isso Warner vasculhou a terra à procura de um rendimento extra. Foi assim que acabou por arranjar trabalho na receção do — sim, isso mesmo — Anvil Hotel.

“Conseguir comprar um sítio onde trabalhei quando era novo? É um pouco estranho”, disse Warner, que tem como próximos projetos o hotel Sound View, em North Fork of Long Island, o Grove Hotel, em Portland, Oregon, e um empreendimento em Napa Valley. “Mas é significativo em muitos sentidos.”

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Ronaldo e Mourinho foram os mais bem pagos em 2016/17

  • Lusa
  • 27 Março 2017

Os portugueses Cristiano Ronaldo e José Mourinho foram o futebolista e o treinador mais bem pagos na época 2016/17, de acordo com um estudo divulgado pela revista desportiva francesa France Football.

Os portugueses Cristiano Ronaldo e José Mourinho foram o futebolista e o treinador mais bem pagos na época 2016/17, de acordo com um estudo divulgado hoje pela revista desportiva francesa France Football.

De acordo com a informação publicada no sítio oficial da France Football na Internet, o avançado do Real Madrid ‘encaixou’ 87,5 milhões de euros (ME), superando pela primeira vez o argentino Lionel Messi, do rival FC Barcelona, o segundo mais bem pago, com 76,5 ME.

O brasileiro Neymar, também do FC Barcelona, e o galês Gareth Bale, colega de Ronaldo no Real Madrid, receberam 55,5 e 41 ME, respetivamente, com o argentino Ezequiel Lavezzi, avançado dos chineses do Hebei Fortune, a fechar a lista dos cinco primeiros, com 28,5 ME.

Entre os treinadores, Mourinho, técnico do Manchester United, foi o que mais viu a conta bancária aumentar, com um ‘encaixe’ de 28 ME, entre salário bruto, prémios de desempenho e rendimentos provenientes de publicidade.

O italiano Marcello Lippi, atual selecionador chinês, é o segundo treinador mais pago, com 23,5 ME, à frente do francês Laurent Blanc (antigo técnico do Paris Saint-Germain), com 20 ME, do italiano Carlo Ancelotti (Bayern Munique), com 15,8 ME, e do espanhol Pep Guardiola (Manchester City), com 14,5 ME.

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easyJet desiste dos Açores, Ryanair lança promoção para Ponta Delgada

A easyJet deixa de voar para Ponta Delgada no final de outubro. A Ryanair responde com voos a 28,99 euros para Ponta Delgada.

Dias depois de a easyJet ter anunciado que vai deixar de operar a rota Lisboa — Ponta Delgada, a Ryanair reage com uma “promoção de resgate” para compensar os passageiros afetados pela decisão da concorrente.

A lowcost irlandesa lançou uma promoção para ligar Lisboa a Ponta Delgada, com voos em outubro e novembro. Os voos custarão a partir de 28,99 euros e as reservas poderão ser feitas até à meia-noite de quarta-feira, dia 29 de março.

A easyJet deixa de voar para os Açores no final de outubro, argumentando que não conseguiu entrar no mercado açoriano “com a oferta mínima de qualidade”.

“Nós não saímos por o tráfego de Ponta Delgada estar a baixar — estava a crescer — mas, na nossa conjuntura, não conseguimos ter a oferta que queríamos, que era, no mínimo, ter dois voos diários. Não tendo essa capacidade, preferi retirar e transformar essas rotas em rotas diárias em outros destinos”, justificou José Lopes, diretor da easyJet em Portugal.

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“Problema gravíssimo de tesouraria” leva AIMinho a avançar com PER

  • ECO e Lusa
  • 27 Março 2017

A Associação Industrial do Minho culpa o Estado pela sua situação financeira. Em abril, vai avançar com um ação contra o Estado, exigindo o pagamento de uma dívida de milhões.

O Novo Banco, juntamente com outros credores, pediu, em tribunal, a insolvência da Associação Industrial do Minho (AIMinho), por falta de pagamento de créditos. Para evitar a insolvência, a AIMinho entregou um Processo Especial de Revitalização (PER) no Tribunal de Comércio de Famalicão, com o objetivo de renegociar as taxas de juro e os prazos de pagamento das dívidas ao setor financeiro.

A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que dá conta de que as dívidas aos bancos, onde se incluem a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco, ascendem a “vários milhões de euros”, não especificando o montante exato.

António Marques, presidente da AIMinhoAlexandre Ribeiro / Lusa

A AIMinho, por seu lado, culpa o Estado pela sua situação financeira, mas está convicta de que será encontrada uma solução “a curtíssimo prazo”.

"A AIMinho tem, neste momento, um problema gravíssimo de tesouraria, que resulta do desfasamento entre aquilo que temos de pagar e aquilo que não nos pagam.”

António Marques

Presidente da AIMinho

“A AIMinho tem, neste momento, um problema gravíssimo de tesouraria, que resulta do desfasamento entre aquilo que temos de pagar e aquilo que não nos pagam”, explicou à Lusa o presidente da associação, escusando-se a revelar o valor da alegada dívida por parte do Estado. “É robusta”, diz apenas.

Por isso mesmo, a AIMinho vai avançar com uma ação contra o Estado, na primeira quinzena de abril, exigindo o pagamento de uma dívida que ascenderá a milhões de euros. Assim, os problemas financeiros resolver-se-ão muito em breve, “quando as coisas forem normalizadas com o Estado”, acredita António Marques.

O responsável acrescenta ainda que a associação tem “um património que responde por toda a atividade da AIMinho”, sublinhando que só os centros empresariais de Braga e de Viana do Castelo poderão valer cinco milhões de euros.

O pedido de PER terá sido entregue na semana passada. Uma pesquisa no portal Citius permite apurar que, a 23 de março, Nuno Carlos Lamas de Albuquerque foi nomeado administrador judicial provisório do PER. A partir desta data, os credores da AIMinho têm 20 dias para reclamar os créditos concedidos.

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Wall Street abre no vermelho, empurrado pelo petróleo

  • ECO
  • 27 Março 2017

A primeira sessão desta semana começa vermelha nos Estados Unidos e nas praças europeias. Petróleo volta a cair.

A primeira sessão desta semana não começou bem em Wall Street e nas praças europeias. O Stoxx 600 abriu a sessão a valorizar 0,78% para os 373,59 pontos, no começo de uma semana que virá revelar as repercussões do chumbo do plano de saúde de Donald Trump no Congresso.

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque abriram a descer, na sétima queda em oito sessões. O Nasdaq desvaloriza neste momento 0,95% para os 5.773,30 pontos e o S&P 500 desce 0,68% para os 24.193,70 pontos.

O industrial Dow Jones está, por sua vez, a descer 0,85% para os 20.422,41 pontos, num dia em que o petróleo continua em queda. O West Texas Intermediate (WTI) a negociar nos 47,27 dólares em Nova Iorque, a continuar a afastar-se da fasquia de segurança dos 50 dólares, e o Brent a chegar pouco acima dela, nos 50,28 dólares por barril em Londres.

“O falhanço de Trump em conseguir a aprovação do novo plano de saúde com uma maioria republicana no Congresso levantou alguma preocupação sobre a sua capacidade enquanto Presidente de implementar os seus planos de reduzir os impostos e promover os gastos com a melhoria das infraestruturas”, explicou Ole Hansen, chefe do departamento de análise de bens do Saxo Bank, num email enviado à Bloomberg. “O falhanço vai impulsionar a deflação que já se vem a sentir há meses ao mesmo tempo que vai reduzir a necessidade de a Reserva Federal entrar em ação nos próximos tempos. O resultado tem sido que o dólar, as ações e as obrigações têm estado em baixo, tudo boas notícias para os investidores que olham para o ouro como uma alternativa”., acrescenta o mesmo analista.

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Moody’s: Alargar prazo para pagar ao Fundo de Resolução protege os bancos da perda com Novo Banco

Agência de notação financeira considera positiva decisão de alargar prazo do reembolso do empréstimo ao Fundo de Resolução porque protege os bancos da perda com a venda do Novo Banco.

Para a Moody’s, o alargamento da maturidade dos empréstimos estatais concedidos ao Fundo de Resolução é positivo para os bancos portugueses, porque “protege as instituições de uma perda para este fundo com a venda do Novo Banco“.

O Novo Banco recebeu uma injeção de capital de 4,9 mil milhões de euros do Fundo de Resolução em 2014. Esta injeção foi financiada em 4,5 mil milhões em empréstimos do Estado português. Atualmente, o Fundo de Resolução deve ao Governo 3,9 mil milhões de euros e se a venda do Novo Banco não cobrir, como tudo indica, este montante, os bancos portugueses terão de suportar parte desta perda dado que são responsáveis pelo financiamento do Fundo de Resolução.

A agência de notação financeira diz, contudo, que a decisão do Ministério das Finanças em prolongar o prazo de maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução até 2046 não altera as responsabilidades dos bancos portugueses em relação ao Fundo de Resolução.

“Em vez disso, a extensão visa preservar a estabilidade financeira do país e reforça a capacidade dos bancos portugueses de se recapitalizarem”, argumenta a Moody’s. “O anúncio vem também numa altura em que os bancos portugueses enfrentam requisitos regulatórios e de capital mais exigentes que vai forcar a melhoria dos níveis de solvência face aos níveis atuais”, acrescenta.

"A extensão visa preservar a estabilidade financeira do país e reforça a capacidade dos bancos portugueses de se recapitalizarem. O anúncio vem também numa altura em que os bancos portugueses enfrentam requisitos regulatórios e de capital mais exigentes que vão forçar a melhoria dos níveis de solvência face aos níveis atuais.”

Moody's

Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou a decisão de alargar o prazo de maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução para dezembro de 2046. O objetivo da alteração é garantir que o esforço das contribuições exigidas aos bancos se mantém “ao nível atual”, explicou o Governo.

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WhatsApp: Enviou mensagem para a pessoa errada? Vai poder apagar

A aplicação de mensagens rápidas WhatsApp estará a testar uma função para permitir anular mensagens já enviadas. Período máximo deverá ser de dois minutos, exceto se já tiver sido lida.

Há mais novidades que podem estar na calha. Mas não há garantias.Pixabay

O WhatsApp estará a testar uma funcionalidade que deverá resolver os problemas dos mais distraídos ou indecisos. A ideia é permitir que uma mensagem enviada pela aplicação possa ser revertida e apagada até um período máximo de dois minutos. Tempo suficiente para o arrependimento germinar, ou para se aperceber de que enviou aquele “amo-te” para a pessoa errada.

Alegadamente, o aplicativo, detido pelo Facebook, está já a testar a função há alguns meses, pelo que a novidade aqui é a redução do tempo dado ao utilizador para apagar uma mensagem enviada. Anteriormente, seria de 29 minutos. Agora, resta apenas um par deles, segundo uma conta no Twitter que acompanha estas evoluções há algum tempo, citada pela imprensa especializada.

Com a nova opção, que deverá ser integrada no menu secundário do WhatsApp (aquele onde se adiciona mensagens aos favoritos), os utilizadores passarão a poder anular uma mensagem enviada, se esta ainda não tiver sido lida. O destinatário receberá a indicação de que a mensagem foi cancelada, mas não o seu conteúdo.

Importa salientar que o facto de esta funcionalidade estar a ser testada não é garantia de que vá, efetivamente, chegar ao público. Tudo depende do feedback do grupo restrito de utilizadores que testa as versões mais recentes da aplicação e, em último caso, dos responsáveis pelo WhatsApp. Além disso, não há qualquer referência oficial à mesma, nem tampouco uma data para o lançamento da opção.

Esta não é a única funcionalidade que pode estar na calha. Em janeiro, o jornal The Telegraph dava conta de que o WhatsApp também estaria a testar uma opção para reuniões entre vários utilizadores e um serviço de partilha de localização em tempo real. Esta última deverá permitir que o utilizador partilhe a sua localização ao vivo com um ou mais utilizadores e por um período limitado de tempo.

Além disso, a avançar, o WhatsApp não será a primeira ferramenta de comunicação eletrónica a permitir desfazer o envio de uma mensagem. No ano passado, o serviço de correio eletrónico da Google, o GMail, passou a incluir uma opção que permite cancelar o envio de um email ao fim de alguns segundos após se ter carregado no botão “Enviar”. Uma funcionalidade que pode dar muito jeito.

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