Apple com lucros recorde, mesmo com menos iPhone

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2018

Venderam-se 77,3 milhões de iPhones nos últimos três meses de 2017, 1% a menos do que em 2016, mas com os consumidores a apostarem nos modelos mais caros.

A Apple revelou lucros de 20 mil milhões de dólares no último trimestre do ano, um valor recorde. Apesar deste valor inédito, que fez aumentar ainda mais o dinheiro em caixa da gigante norte-americana, houve números que ficaram um pouco abaixo das expectativas dos investidores, especialmente devido a uma época natalícia que resultou na venda de menos iPhones do que o esperado.

A maior tecnológica do mundo destacou ainda as suas expectativas de lucros para o primeiro trimestre de 2017, que são de entre 60 mil milhões e 62 mil milhões de dólares — números que seriam altos para qualquer outra empresa mas que, no caso da Apple, ficam abaixo do que esperavam os investidores. De acordo com os analistas que falaram à Bloomberg, a média esperada estava próxima dos 65,9 mil milhões de dólares.

Nos últimos três meses de 2017 foram vendidos 77,3 milhões de iPhones, 1% menos do que no ano anterior e três milhões a menos do que era projetado pelos analistas. No entanto, o preço médio de venda era alto, sugerindo que o iPhone X, o modelo mais caro lançado pela empresa em 2017, foi o preferido dos consumidores, que negligenciaram os iPhones mais baratos.

Reservas em níveis recorde

As reservas financeiras da empresa liderada por Tim Cook atingiram níveis recorde em dezembro. De acordo com a CNBC, os resultados da empresa mostram reservas de 285,1 mil milhões de dólares no quarto trimestre do ano passado, o que mostra que a empresa jogou bem em apostar em smartphones mais caros, assim como reflete a mudança fiscal nos Estados Unidos.

Com as reservas reforçadas, a Apple tenciona fazer vários investimentos, incluindo, ao longo dos próximos cinco anos, aumentar os seus gastos nos Estados Unidos. Segundo a CNBC, a empresa fundada por Steve Jobs contribuirá 350 mil milhões de dólares para a economia norte-americana ao criar empregos, investimentos na área fabril e pagamentos a fornecedores dentro do país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova Iorque encerra no vermelho com investidores expectantes

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2018

Antecipação nas tecnológicas da revelação dos resultados de várias grandes empresas puxou para baixo o Nasdaq, enquanto o S&P 500 perdeu os ganhos do dia.

Em época de resultados, a bolsa de Nova Iorque acabou a quinta-feira no vermelho com o peso das expectativas dos investidores relativamente às revelações que viriam aí depois do soar da campainha de fecho. Entre as empresas que apresentam resultados esta noite está incluída a Apple, assim como a Amazon e a dona da Google, a Alphabet.

O S&P 500, o principal índice de referência da bolsa norte-americana, fechou a cair 0,06% para os 2.821,98 pontos. A pressão veio principalmente das subidas generalizadas de juros das dívidas soberanas, após mudanças de tom tanto da Fed, esta semana, como do Banco Central Europeu, na semana passada, que colocaram em cima da mesa a possibilidade de vir a aumentar as taxas de juro.

Também a cair, o índice das tecnologias, o Nasdaq, onde os investidores venderam em antecipação de alguns grandes resultados que ainda falta conhecer. Se ontem a Microsoft e o Facebook mostraram o que valeram em 2017, com a Microsoft a dar prejuízo, hoje a Apple, a Amazon e a Alphabet também prestam contas. O Nasdaq caiu 0,7%, para os 6.901,504. O industrial Dow Jones salvou-se do vermelho por um triz, ganhando 0,14% para se fixar nos 26.186,71 pontos.

Para Stephen Massocca, analista da Wedbush Securities que falou à Reuters, os últimos dias não marcam necessariamente uma tendência para manter. “Esta venda é só para deixar sair o vapor da chaleira”, afirmou. “Mesmo depois de serem propostas mudanças de política [monetária], continuamos a ter uma política monetária acomodatícia”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-administrador da CGD vai ser novo presidente da Centromarca

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2018

Antigo vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos vai tomar as rédeas da Centromarca, substituindo João Paulo Girbal, que ocupava esse cargo desde 2010.

Nuno Fernandes Thomaz vai ser o novo presidente da Centromarca. De acordo com o Jornal de Negócios, o antigo vice-presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos vai substituir João Paulo Girbal (cujo mandato terminou em 2017) na liderança da associação que representa as empresas de produtos de marca. A 8 de março, data em que acontecerá o ato eleitoral, a candidatura do gestor será oficializada.

Antes de passar pela Caixa, o ex-administrador tinha já cofundado e assumido a posição de líder executivo do grupo ASK. Com a saída do banco público, Fernandes Thomaz criou um fundo de capital de risco, o CoRe Restart, para PME com endividadas ou com problemas de gestão, em parceria com Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá.

João Paulo Girbal ocupava o cargo de presidente da Centromarca deste 2010.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Gaia quer pagar PAEL com empréstimo de 15 milhões de euros

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2018

Presidente da autarquia revelou esta quinta-feira que vai pedir um empréstimo para pagar antecipadamente o Programa de Apoio à Economia Local.

A câmara de Vila Nova de Gaia vai pedir um empréstimo de 15 milhões de euros para pagar antecipadamente o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), revelou hoje o presidente.

A câmara de Gaia, distrito do Porto, recorreu ao empréstimo no âmbito do PAEL em 2011, sendo que as primeiras verbas chegaram em 2012. Foi pedido um montante de 21 milhões de euros.

As prestações têm vindo a ser pagas, mas o presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, considera, conforme explicou à Lusa, que são “excessivamente elevadas”, lamentando que “neste caso não exista direito de renegociação”.

“Se fosse um empréstimo bancário, podia tentar baixar as taxas. Mas no caso do PAEL não se pode renegociar as taxas. Então vamos contrair um empréstimo do exato valor do que falta pagar do PAEL e pelo mesmo prazo para ficar a pagar ao banco uma mensalidade menor”, explicou o autarca.

Eduardo Vítor Rodrigues tem expectativa de que a taxa de juro baixe dos atuais 2,6% para cerca de 1,1%, pelo que perspetiva uma poupança superior a um milhão de euros.

“E ficamos livres das obrigações do PAEL, sendo que, por exemplo, uma delas é não poder descer o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de forma mais acentuada, algo que vou fazer, algo que é um compromisso meu de campanha”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

O empréstimo de médio/longo prazo no valor de 15 milhões de euros é uma das propostas da próxima reunião de câmara agendada para segunda-feira, somando-se outras como a atribuição de 55 mil euros a cada corporação de bombeiros voluntários – Avintes, Aguda, Coimbrões, Crestuma, Valadares e Carvalhos – do concelho, num total de 330 mil euros.

Na segunda-feira também será discutido um protocolo entre a câmara e a Direção Geral da Justiça que visa obras de reparação no edifício do tribunal, as quais estão a ser realizadas pela autarquia. O investimento deverá rondar os 120 mil euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa de doces de Coimbra já é dona de 2% do capital do Benfica

A Quinta de Jugais passou a deter 2,004% do capital do Benfica, informou a SAD benfiquista ao mercado.

O Benfica passou a ter um novo acionista qualificado — a Quinta de Jugais, uma empresa de doces da zona de Coimbra. Num comunicado enviado ao mercado, a SAD do Benfica informou que esta empresa de produtos alimentares passou a deter uma participação qualificada de 2,004% dos direitos de voto.

A Quinta de Jugais “adquiriu 1.300 ações ordinárias, nominativas e escriturais, com o valor nominal de cinco euros, no dia vinte e três de janeiro de 2018, em mercado regulamentado, e que passou a deter uma participação qualificada de 2,004% dos direitos de voto na sociedade aberta Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, correspondente à detenção de 460.926 ações”, avança o comunicado publicado esta quinta-feira na CMVM.

De acordo com o mesmo comunicado, estes direitos de voto “são imputáveis à Quinta de Jugais, Lda., sendo que o capital social desta sociedade é detido em 50% por António Manuel Alves Martins e em 50% por Pedro Luís Alves Martins”.

A Quinta de Jugais, que além de doces também comercializa cabazes de Natal, tem sede na zona industrial de Oliveira do Hospital e conta com um capital social de um milhão de euros. Segundo o Diário de Coimbra, esta empresa tinha 26 trabalhadores em 2016, e registou no ano anterior um volume de negócios na casa dos 21,5 milhões de euros.

De acordo com o relatório do governo de sociedade publicado em outubro do ano passado, a SAD tem 66,93% do capital, José António dos Santos tem 12,71% das ações, José da Conceição Guilherme tem 3,73% e a Olivedesportos 2,66%. O remanescente do capital está disperso no mercado. Agora, entre os acionistas com uma posição qualificada passa a estar também a Quinta dos Jugais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo sobre as comissões na Caixa: recuperação do banco “exige sacrifícios”

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2018

O Presidente da República considerou que a recuperação do banco público "exige sacrifícios" que "se justificam, em geral".

O Presidente da República considerou, esta quinta-feira, questionado sobre o novo aumento de comissões cobradas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que a recuperação do banco público “exige sacrifícios” que “se justificam, em geral”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à margem da visita a uma associação, em Lisboa, não se pronunciou especificamente sobre a questão do aumento das comissões de manutenção de conta.

“Eu não me pronuncio sobre questões concretas, vejo só o panorama global”, frisou. O chefe de Estado referiu que “faz agora um ano, precisamente, que iniciou funções a nova administração da CGD, presidida por Paulo Macedo, “numa situação muito difícil”.

No seu entender, este “tem sido um processo que tem corrido bem, mas é um processo de recuperação difícil, e que exige sacrifícios de vária natureza: sacrifícios aos contribuintes, em primeiro lugar, sacrifícios àqueles que, de uma forma ou de outra, têm uma ligação com essa instituição”.

O Presidente da República argumentou que “a alternativa era ou deixar morrer a Caixa, o que era péssimo para a economia e para o país, ou fazer um esforço coletivo, partilhado por muitos” para que o banco público tivesse futuro. “Portanto, no dia-a-dia, há desses sacrifícios, e ao longo deste ano, para não falar no período anterior, que se justificam, em geral”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que foi feita uma escolha de modelo para a CGD, optando-se por um banco nacional, público e forte. “Essa escolha está feita, o caminho tem de ser seguido. É um caminho com dificuldades, é. É um caminho que tem custos, tem. Mas é um caminho que é importante para a economia portuguesa”, defendeu.

Segundo o Presidente, num primeiro momento, conseguiu-se garantir “a sobrevivência da instituição”, e agora é preciso assegurar “o crescimento, a consolidação e o peso que é muito importante para a economia portuguesa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tem duas semanas para confirmar faturas para o IRS

Até 15 de fevereiro, os contribuintes podem registar e confirmar faturas no site e-fatura, para garantir as respetivas deduções à coleta no IRS. Sabe o que tem de fazer?

Não se esqueça: tem duas semanas para confirmar as faturas pedidas ao longo do ano passado para beneficiar das deduções à coleta. O prazo termina no dia 15 de fevereiro.

O primeiro passo é aceder ao site e-Fatura. Se encontrar faturas em situação “pendente”, deve complementar a informação em falta. É o que acontece por exemplo quando o emitente da fatura está enquadrado em mais do que um setor de atividade. Em cada uma das faturas deverá então selecionar a atividade em causa, para que essa despesa seja considerada no respetivo grupo de deduções. Quem tem rendimentos de categoria B também tem de indicar se as despesas foram feitas a título pessoal ou no âmbito da atividade profissional.

Que tipo de despesas estão em causa?

  • Despesas gerais familiares
  • Saúde
  • Educação
  • Imóveis
  • Lares
  • Reparação de automóveis
  • Reparação de motociclos
  • Restauração e alojamento
  • Cabeleireiros
  • Veterinários
  • Passes mensais de transportes públicos coletivos

É importante reter que só são consideradas faturas com número de contribuinte. Mas também é possível que não encontre já algumas despesas. Por exemplo, taxas moderadoras ou encargos com lares podem ser comunicados até ao fim de janeiro e, por isso, o montante pode não estar ainda disponibilizado. O mesmo acontece com rendas ou propinas de escolas públicas. Esta informação surgirá mais tarde.

Atenção às despesas de saúde

No caso de despesas de saúde, há cuidados adicionais a ter em conta. Se surgirem gastos à taxa normal de IVA (23%), é preciso associar uma receita médica para que estes possam ser incluídos na dedução à coleta como despesa de saúde. Se o contribuinte tiver receita, deve então dar essa indicação.

Estes são alguns passos a dar, tendo por base um documento das Finanças:

E as refeições escolares?

Depois de aplicado um regime transitório, as faturas de refeições escolares referentes a 2017 “constam no e-fatura nas despesas com educação”, afirmou ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças. “No entanto, poderá haver despesas com refeições escolares de fornecedores que tenham CAE Restauração que ficarão pendentes, podendo o contribuinte alocá-las ou a Restauração ou a Educação (dedução de despesas de educação)”, continuou a mesma fonte. A dedução diverge consoante o grupo em que for enquadrado.

O contribuinte também pode alterar o setor de atividade da fatura, para educação, caso esta surja enquadrada noutra atividade.

Prazo termina a 15 de fevereiro

Se verificar que há despesas que já deviam estar identificadas mas ainda não constam do e-fatura, o contribuinte pode fazer o respetivo registo — terá depois de guardar as faturas por quatro anos. Lembre-se, porém, que há despesas que não surgem já.

Também podem aparecer faturas no estado “divergente”. É o que acontece quando o valor comunicado pelo comerciante não coincide com o registado pelo consumidor. Se o valor correto for o do consumidor, é o comerciante que tem de regularizar a situação. Caso contrário, o consumidor pode corrigir o montante.

O prazo para registar e confirmar faturas termina a 15 de fevereiro. Não se esqueça que para aceder ao site e-fatura, tal como ao Portal das Finanças, precisa de senha de acesso. Se não tem uma, terá de fazer o pedido — a senha será enviada nos cinco dias úteis seguintes. Lembre-se também de confirmar as faturas dos seus dependentes, nas respetivas páginas.

Prazo para reclamar

Terminado o processo de confirmação de faturas, o valor das deduções será disponibilizado até ao final do mês de fevereiro. O contribuinte pode depois — até 15 de março — reclamar das deduções quando estão em causa despesas gerais e familiares e benefício fiscal do IVA (abrange despesas com alojamento e restauração, mecânicos, cabeleireiros, veterinários e passes). Nos restantes casos, os contribuintes poderão alterar o valor na declaração de IRS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos já reagiram às novas regras do crédito: BdP está a ser preventivo

A APB salienta o "caráter mais preventivo" das novas medidas, enquanto o CEO do Totta classifica como "positivas" a recomendação do regulador.

Os bancos estão a reagir com tranquilidade às novas regras para o crédito que o Banco de Portugal pretende aplicar a partir do segundo semestre. Depois de o presidente executivo do Santander Totta, Vieira Monteiro, ter classificado como “positivas” as recomendações do regulador, a APB salienta o “caráter mais preventivo” das novas medidas.

Em causa está a recomendação do regulador para os bancos, que pretende estabelecer limites máximos para os rácios entre o crédito e a avaliação do imóvel, exigidos no novo crédito à habitação, mas também a limitação no que respeita à taxa de esforço das famílias nos diferentes tipos de crédito, e da maturidade dos financiamentos.

“Entendemos que a recomendação do Banco de Portugal é feita com um caráter mais preventivo e não pela probabilidade de materialização iminente dos riscos que a mesma pretende acautelar”, explicou a Associação Portuguesa de Bancos (APB), em declarações ao ECO.

Neste âmbito, a entidade liderada por Faria de Oliveira diz que, relativamente a esta iniciativa, que se enquadra no âmbito do mandato do Banco de Portugal enquanto autoridade macroprudencial de supervisão, “a APB teve, em devido tempo, oportunidade de se pronunciar”.

Já Vieira Monteiro, à margem da apresentação de resultados do Santander Totta, ao início da tarde desta quinta-feira, afirmou que os novos limites na concessão de crédito são “positivos”. Para o presidente executivo do Totta, esta recomendação mostra que as autoridades estão a acompanhar a evolução do crédito. “As novas regras são positivas porque mostram que as autoridades estão atentas”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 1 Fevereiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O processo que envolvia o ministro Mário Centeno e alegados benefícios em troca de bilhetes para ver o Benfica na tribuna presidencial foi esta tarde arquivado pelo Ministério Público (MP). A Fundação Calouste Gulbenkian está a negociar a venda das suas participações no negócio dos petróleos aos chineses que compraram os seguros ao Montepio.

O Ministério Público (MP) decidiu arquivar o processo que envolvia Mário Centeno e o alegado recebimento indevido de vantagem após os bilhetes que o ministro das Finanças pediu para ir ver um jogo do Benfica na tribuna presidencial.

Segundo um comunicado, a Fundação Calouste Gulbenkian está a vender a posição que detém na Partex. De acordo com o jornal Expresso (acesso pago) os interessados são os chineses da CEFC China Energy, que tem sede em Xangai e que compraram os seguros ao Montepio.

O Banco de Portugal está preocupado com a evolução da concessão de crédito às famílias e decidiu, assim, recomendar aos bancos a imposição de limites a alguns dos critérios usados na avaliação de solvabilidade dos clientes. Em causa estão três medidas preventivas da iniciativa do regulador a aplicar nos novos contratos de crédito.

Os tripulantes de cabine da TAP acabam de anunciar que a greve prevista para o período das férias de Carnaval (9, 10 e 11 de fevereiro) já não vai acontecer. O recuo foi decidido esta quinta-feira, na assembleia-geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

O Fundo de Pensões do banco BPI está a vender um quarteirão inteiro, delimitado por quatro das mais históricas ruas da Baixa de Lisboa. Com cerca de 11 mil metros quadrados, os edifícios permitem conjugar habitação, retalho e hotelaria, com potencial para acolher um dos maiores empreendimentos imobiliários do centro histórico de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo apresenta diferenciação da TSU “entre este mês e o próximo”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Fevereiro 2018

António Costa promete apresentar em breve "o conjunto de iniciativas legislativas que tem a ver com o mercado de trabalho".

O Governo vai apresentar “entre este mês e o próximo” a medida que diferencia as contribuições para a Segurança Social consoante o tipo de vínculo, bem como o Contrato-Geração, afirmou esta quinta-feira o Primeiro-Ministro no Parlamento.

De acordo com António Costa, o Executivo prepara-se para apresentar “entre este mês e o próximo, o conjunto de iniciativas legislativas que tem a ver com o mercado de trabalho, designadamente aquele que diferencia a contribuição para a Segurança Social em função da natureza do contrato ser a prazo ou sem ser a prazo e a introdução da figura do Contrato-Geração”. O Primeiro-Ministro respondia assim a Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, apontando para a necessidade de responder às novas gerações, bem como às antigas.

Na semana passada, o ministro do Trabalho discutiu com os parceiros sociais o Livro Verde das Relações Laborais, e o Governo prometeu medidas para combater a segmentação do mercado de trabalho nas próximas reuniões. No entanto, não se comprometeu com datas de entrada em vigor.

A diferenciação da TSU em função do tipo de contrato é uma das medidas admitidas, mas há outras para limitar a contratação a termo. O Código Contributivo já prevê um aumento, em três pontos percentuais, da taxa contributiva a cargo do empregador quando estão em causa contratos a prazo (excluindo situações específicas) e, em contrapartida, também define uma descida dos descontos, em um ponto, no caso de contratos permanentes. Mas a medida está por regulamentar e nunca teve aplicação prática. Por outro lado, o ministro Vieira da Silva também já disse que é preciso revisitar a norma.

Por outro lado, o Contrato-Geração — medida também elencada hoje por António Costa — abre a porta à reforma a tempo parcial de trabalhadores mais velhos, tendo como contrapartida a contratação de jovens. O Primeiro-Ministro já tinha dito que a medida seria apresentada até março.

Para o governante, esta medida permite responder a duas realidades: combater o desemprego jovem e encontrar resposta para quem está “há mais anos a trabalhar”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público arquiva inquérito que envolvia Centeno e os bilhetes para o Benfica

Foi arquivado o processo que envolvia o ministro Mário Centeno e alegados benefícios em troca de bilhetes para ver o Benfica na tribuna presidencial. Ministério Público concluiu que não houve crime.

O Ministério Público (MP) decidiu arquivar o processo que envolvia Mário Centeno e o alegado recebimento indevido de vantagem após os bilhetes que o ministro das Finanças pediu para ir ver um jogo do Benfica na tribuna presidencial. Segundo o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), a decisão foi tomada “por inexistência de crime”.

Num comunicado enviado às redações, o MP assume que “ordenou a instauração do processo-crime na sequência da publicação nos órgãos de comunicação social de notícias sobre a solicitação de bilhetes para assistência a jogo de futebol (…) em tribuna presidencial”. As notícias, recorda a mesma nota, apontavam que “no mesmo período temporal, veio a ser concedida uma isenção de IMI a um familiar do presidente do clube que tinha oferecido os bilhetes ao Ministro das Finanças”.

A nota, enviada esta quinta-feira à tarde, diz ainda: “Realizado o inquérito, recolhida prova documental e pessoal necessária ao apuramento dos factos, o MP concluiu pela não verificação do crime de obtenção de vantagem indevida ou qualquer outro, uma vez que as circunstâncias concretas eram suscetíveis de configurar adequação social e política própria de previsão legal”.

No início do ano, o jornal Observador avançou que o ministro das Finanças, Mário Centeno, pediu para ver uma partida entre o Benfica e o Porto na época passada, a 1 de abril de 2017, na tribuna presidencial. Em causa, dois lugares, solicitados junto do clube da Luz pelo assessor diplomático do governante, André Costa Monteiro.

Poucos dias depois, o Correio da Manhã relacionava o caso com um alegado perdão fiscal aos filhos do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que terá ocorrido na mesma altura. Terá sido esta a notícia a desencadear o inquérito por parte do MP, que agora é arquivado por “inexistência de crime”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h14, com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gulbenkian prepara venda do negócio do petróleo a uma empresa chinesa

A Fundação Calouste Gulbenkian está a negociar a venda das suas participações no negócio dos petróleos aos chineses que compraram os seguros ao Montepio.

O negócio ainda não está ultimado, mas já estará em fase adiantada. Segundo um comunicado a Fundação Calouste Gulbenkian está a vender a posição que detém na Partex. De acordo com o jornal Expresso (acesso pago) os interessados são os chineses da CEFC China Energy, que tem sede em Xangai e que compraram os seguros ao Montepio. O semanário acrescenta ainda que o valor do encaixe financeiro será reinvestido noutros ativos.

“A Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a equacionar a alienação dos investimentos nos combustíveis fósseis (que representam cerca de 18% dos ativos em 2017), tendo em conta uma nova matriz energética e os seus objetivos em prol da sustentabilidade, na linha do movimento internacional seguido por outras fundações”, escreve a fundação em comunicado enviado às redações.

O interesse na posição que a fundação tem na Partex não é de agora. Segundo o mesmo comunicado, a Gulbenkian “tem recebido, ao longo dos anos, várias manifestações de interesse para a alienação da sua participação na Partex, traduzindo o reconhecimento internacional da qualidade da empresa”. Mas, segundo apurou o ECO, essas manifestações de interesse não estavam à altura da qualidade da Partex. Agora, os chineses da CEFC China Energy apresentaram uma proposta, confirmou também o ECO, que vale a pena considerar.

[A Fundação] recentemente, recebeu uma oferta de compra e encontra-se neste momento em processo de negociações com o grupo interessado.

Comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian

Para já não há timings para a negociação, apenas conversas, que já se arrastam há alguns meses. O conhecimento destas negociações por parte de vários players do mercado levou a Fundação a avançar com o comunicado desta tarde. O documento confirma que a Fundação “recentemente, recebeu uma oferta de compra e encontra-se neste momento em processo de negociações com o grupo interessado”. “Findo o processo de análise de todas as condições, será tomada uma decisão de acordo com a defesa dos melhores interesses da Fundação”, acrescenta o mesmo press.

Recorde-se que em junho do ano passado, a Gulbenkian avançou que estava a avaliar a entrada de grupos internacionais, com interesses no Médio Oriente, na petrolífera Partex.

A Fundação Calouste Gulbenkian detém 100% do capital da Partex, que é liderada por António Costa Silva. A petrolífera foi fundada em 1938, por Calouste Gulbenkian, que até então “tinha sido o grande promotor da criação da Iraq Petroleum Company, uma empresa que reuniu os interesses das empresas que hoje se chamam BP, Shell, Total, Exxon Mobil, e onde ficou com 5%, passando a ser conhecido como o “Mister Five Per Cent”. Foi a Iraq Petroleum Company que iniciou toda a atividade da indústria petrolífera no Médio Oriente, juntando como parceiros o Iraque, Qatar, Abu Dhabi e Omã.

A Calouste Gulbenkian entrou na Iraq Petroleum Company em nome individual, mas depois criou a empresa Participations and Explorations, daí o nome Partex, que assinou em 1939 a primeira concessão com Abu Dhabi.

Com a nacionalização de 60% da concessão em 1971, surgiu a empresa nacional ADNOC em Abu Dhabi, diminuindo a participação de todos os acionistas, o que no caso da Partex representou uma redução de 5% para 2%. A ADNOC produz cerca de 1,5 milhões de barris de petróleo por dia, sendo a Partex titular de cerca de 30 mil barris de crude por dia.

A Gulbenkian garante que “em caso de acordo nas negociações” — que não é garantido –, “a recomposição do património da Fundação continuará, como no passado, a garantir a realização de todas as atividades filantrópicas da instituição que Calouste Gulbenkian quis ver como perpétua e destinada ao bem da humanidade”.

Em caso de acordo nas negociações a recomposição do património da Fundação continuará, como no passado, a garantir a realização de todas as atividades filantrópicas da instituição que Calouste Gulbenkian.

Comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian

Isabel Mota, quando assumiu a presidência da Fundação Calouste Gulbenkian, em maio do ano passado, elegeu a ação social como uma das prioridades para o seu mandato à frente da instituição sem fins lucrativos com 60 anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.