Os dez sucessos e as polémicas de Paulo Macedo no primeiro ano à frente da Caixa

Já passaram 365 dias desde que Paulo Macedo assumiu a liderança da CGD e encontrou os piores resultados de sempre. Agora, depois de polémicas e desafios, o banco está a caminho dos lucros.

12 meses, 365 dias, 8.766 horas. Foi este o tempo que passou desde que Paulo Macedo e a restante administração assumiram funções na Caixa Geral de Depósitos (CGD), substituindo António Domingues e a sua equipa. Os gestores encontraram prejuízos de 1.859,5 milhões de euros, que resultaram de um montante elevado de imparidades reconhecidas. A fatura ascendeu a três mil milhões. Agora, um ano depois, o cenário é diferente. Depois de várias polémicas e desafios, como o encerramento dos balcões um pouco por todo o país, o banco está a caminho dos lucros.

Paulo Macedo assume liderança da CGD

“O que se vê é que os clientes estão na Caixa, a Caixa mantém a sua liderança e, com certeza, quererá consolidá-la no futuro”, disse o novo presidente do banco público, quando visitou um balcão da CGD, apenas três dias depois de ter assumido funções. Após a passagem curta, mas turbulenta, de António Domingues pela CGD, o ex-ministro da Saúde arregaçou as mangas e pôs em prática o plano de reestruturação que tinha sido definido com Bruxelas ainda pela equipa anterior. Prioridade? A forte recapitalização do banco estatal.

Ao terceiro dia na liderança da CGD, Paulo Macedo visitou a primeira agência do banco público.Paula Nunes/ECO

Macedo deixou cinco promessas: manter a “confiança” dos clientes, o seu “papel decisivo” junto das empresas, continuar a “ser os melhores na área do crédito à habitação”, reforçar a presença junto de “segmentos de clientes muito importantes para a Caixa, como sejam os universitários mas, também, os seniores” e, por fim, assegurar “a sua solidez e uma reestruturação em termos das políticas de risco e de crédito, que permita à Caixa avançar de forma sólida e rentável”.

Primeira polémica: o salário de Macedo

“Os vencimentos estão fixados, a legislação está em vigor e não a vamos mudar”, afirmou o primeiro-ministro, António Costa, garantindo que Paulo Macedo ia receber o mesmo salário de António Domingues. Ou seja, 423 mil euros por mês. Um valor que só é possível depois de o Executivo ter alterado a lei, retirando a administração da CGD do estatuto do gestor público. Mas a questão gerou polémica.

O valor foi criticado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, assim como pelo PSD e CDS que apresentaram propostas no Parlamento. Mas as críticas acabaram por ceder aos argumentos de António Costa de que “pode ser muito impopular o vencimento [dos gestores da Caixa], mas não arrisco a má gestão na CGD”.

O balcão da CGD em Almeida

Foi no final de fevereiro que começou a nascer uma outra polémica: o encerramento de balcões previsto no plano de negócios definido com a Comissão Europeia e que permitiu que a injeção de capital público no banco não fosse considerada como ajuda de Estado. “Ninguém peça à CGD para ficar em todos os sítios onde os outros bancos não querem ficar. Se isso acontecesse, então a Caixa não saía dos seis anos de prejuízos que teve”, afirmou Paulo Macedo na divulgação das contas de 2016. Mas a implementação desta exigência — que inclui o despedimento de 2.200 trabalhadores e o fecho de 180 agências — foi contestada pelo poder político local.

Ninguém peça à CGD para ficar em todos os sítios onde os outros bancos não querem ficar. Se isso acontecesse, então a Caixa não saía dos seis anos de prejuízos que teve.

Paulo Macedo

Presidente da Caixa Geral de Depósitos

O caso mais polémico foi em Almeida. Desde que foi anunciado o encerramento da agência do banco público nesta localidade, que a população da autarquia se manifestou contra. Os protestos tiveram eco e levaram Marcelo Rebelo de Sousa a reunir-se com o presidente da autarquia, António Baptista Ribeiro, e ainda com a administração da CGD. Mais tarde, a Caixa Geral de Depósitos admitiu a prestação de serviços aos clientes “noutros moldes”. Ou seja, a prestação dos diversos serviços bancários é agora feita através da presença de uma funcionária do banco nas instalações da autarquia.

A carrinha móvel da CGD

Foi para responder aos protestos da população após o anúncio de que o banco público iria encerrar quase duas centenas de agências que o presidente da CGD decidiu criar um serviço móvel de balcões para servir as populações. Ou seja, uma carrinha que vai às zonas do país que não têm ou se preparam para perder uma agência da CGD. Neste apoio, incluem-se esclarecimentos, simulações, transferências, apoio em operações bancárias, desde que não envolvam numerário.

A viatura diz especificamente que não transporta valores, uma medida de segurança.Paula Nunes/ECO

“Não é apenas em Inglaterra que há estes exemplos. Também há em Espanha”, salientou Paulo Macedo, considerando que este “é um dos instrumentos para combater a exclusão financeira”.

Emissão de dívida. Ainda falta uma tranche

O banco liderado por Paulo Macedo foi novamente a teste em março do ano passado. Isto quando teve de ir ao mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada, uma das condições impostas pela Direção Geral da Concorrência para a concretização do aumento de capital do Estado em dinheiro fresco. E foi um sucesso, pelo menos em termos de procura. No roadshow, a CGD registou “um forte interesse” dos 120 investidores institucionais com que se reuniu.

Mas o interesse do mercado não impediu um custo elevado nesta operação. A taxa final da operação foi de 10,75%. Esta taxa baixou face aos níveis iniciais, acima de 11%. O banco estatal terá agora de regressar ao mercado, no prazo de 18 meses, para obter os restantes 430 milhões de euros. Ou seja, até setembro deste ano.

“Há diariamente tentativas de politizar a Caixa”

Entre polémicas e emissões de dívida para cumprir as exigências das autoridades europeias, passaram 100 dias desde que Macedo assumiu a liderança da Caixa. Mas não foi por isso que os desafios diminuíram.

Para o presidente do banco estatal, “há diariamente essas tentativas de politizar ou trazer a Caixa para o centro do debate político, seja a nível nacional ou local”, referiu Macedo ao ECO, relembrando que “a Caixa não faz a reestruturação da sua rede por capricho, faz porque a relação com a banca, da maioria das pessoas, mudou”. Isto numa altura em que a CGD estava a ser criticada devido ao encerramento de balcões um pouco por todo o país.

Paulo Macedo, presidente da CGD.Paula Nunes / ECO

“Se a CGD não der lucro tem de ir pedir mais dinheiro aos contribuintes”

Foi assim que Paulo Macedo justificou o aumento das comissões bancárias cobradas aos clientes. “A CGD tem de ser igual aos outros na rentabilidade porque as regras são iguais para públicos e privados”, afirmou o gestor durante um almoço debate promovido pela Câmara de Comércio Americana em Portugal, em Lisboa.

“Temos a noção do que teria acontecido a um banco com sete anos seguidos de prejuízos se não fosse público”, realçou Paulo Macedo, vincando que “só com a reestruturação [em curso] a CGD pode voltar aos lucros”. E acrescentou: “Se a CGD não der lucro tem que ir pedir mais dinheiro aos contribuintes. E tenho uma ideia de qual será a resposta”.

Se a CGD não der lucro tem que ir pedir mais dinheiro aos contribuintes. E tenho uma ideia de qual será a resposta.

Paulo Macedo

Presidente da Caixa Geral de Depósitos

E, apesar de a CGD ter aumentado as comissões, Macedo garantiu que aCaixa tem as comissões mais baixas do mercado. E não cobra qualquer valor, ao contrário dos outros bancos, nos serviços mínimos bancários. A população mais vulnerável está abrangida por este segmento e, portanto, paga zero”.

Malparado? Vamos lá criar uma plataforma

A melhoria da rentabilidade foi um dos objetivos assumidos por Macedo quando assumiu a liderança da CGD. Mas, para que isto aconteça, era (e é) necessário resolver um problema: o peso do crédito malparado no balanço do banco. Para isso, a CGD juntou-se ao BCP e ao Novo Banco — os três bancos com níveis mais elevados destes créditos em incumprimento — e criaram uma plataforma para ajudar a resolver os chamados Non Performing Loans (NPL).

“Estamos com valores [de malparado] muito acima dos nossos concorrentes europeus” e “isto reflete-se no rating dos bancos. Temos de trabalhar nesse sentido”, salientou o presidente do banco público. Apesar de considerar esta iniciativa positiva, Macedo, assim como os presidentes dos outros dois bancos, considera que há que resolver uma outra questão: as empresas com créditos em incumprimento têm de perder rapidamente esse “carimbo” para que os bancos possam voltar a conceder crédito. E isso depende da validação do Banco Central Europeu.

Paulo Macedo, presidente da CGD, e Rui Vilar, chairman do banco estatal.Paula Nunes / Eco

Mais exigências, mais capital

“Daqui a seis meses, todos os bancos vão precisar de mais capital. O presidente da CGD salientou, numa conferência organizada pelo ISEG, que as instituições financeiras têm mais exigências em termos regulamentares. Recorde-se que o Banco de Portugal deu um ano aos maiores bancos para que constituíssem uma reserva adicional de capital. E este prazo acabou em janeiro, quando as novas regras entraram em vigor, com o objetivo de garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Mas esta realidade não se reflete na concessão de crédito às empresas, defendeu Macedo, que quer que a CGD volte a estar ao serviço da economia. A Caixa “quer” dar mais empréstimos, salienta. “Houve uma redução do crédito. Era o que se pedia ao país, às empresas e às famílias”. Isto não quer dizer que os “bancos não tenham capacidade para emprestar”. Pelo contrário, no caso da Caixa, o banco “tem claramente liquidez que permite ter uma concessão de crédito” muito além do que tem.

CGD no caminho dos lucros em 2018

Quando Paulo Macedo chegou à liderança da CGD encontrou prejuízos de 1.859,5 milhões de euros, que resultaram de montante elevado de imparidades reconhecidas. A fatura ascendeu a três mil milhões. Agora, um ano depois, o cenário é diferente.

Na apresentação dos resultados para os primeiros nove meses do ano passado, o gestor afirmou que os resultados dos últimos trimestres reforçam o cenário de que a Caixa vai regressar aos lucros já este ano. “É este o cenário que temos”, disse Macedo. A CGD apresenta os resultados referentes a 2017 já esta sexta-feira, depois do fecho do mercado.

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Advogados já têm o seu primeiro sindicato

Sindicato dos Advogados Portugueses (SAP) foi formalmente criado no dia 29 de janeiro para um mandato de três anos. Pretende reverter o "marasmo" da Ordem na defesa dos direitos da classe.

Os advogados já podem contar com o seu primeiro sindicato: o Sindicato dos Advogados Portugueses (SAP). Foi oficialmente registado no Boletim do Trabalho e do Emprego, na segunda-feira, dia 29 de janeiro.

O SAP tem como presidente da direção Fernando Brites, advogado há mais de 20 anos e que nas últimas eleições autárquicas foi candidato independente à autarquia de Benavente pelo CDS/PP. Brites admite que a solução tem vindo a ser pensada nos últimos quatro anos. Mas “agora é um momento especialmente sensível da advocacia em que somos verdadeiros escravos modernos e em que a Ordem dos Advogados não protege os interesses dos seus profissionais”, explica o próprio, em declarações ao ECO. “Estamos numa situação de total impasse em que a Ordem dos Advogados não faz nada de nada em representação dos interesses dos advogados”, acrescenta.

Guilherme de Figueiredo, o bastonário eleito em dezembro de 2016, sucedendo a Elina Fraga, prefere manifestar, “a seu tempo”, uma posição sobre o mais recente sindicato, o primeiro na história da advocacia portuguesa.

Mas a criação desta força sindical não é pacífica. E, como em quase tudo o que toca ao mundo jurídico, a doutrina diverge. “Para formar um sindicato é necessário uma escritura e que os estatutos não contrariem a lei e a Constituição da República Portuguesa. No caso português, terão de versar sobre trabalhadores com contrato de trabalho, isto é, com a designada subordinação jurídica”, explica, ao ECO, a advogada de Direito do Trabalho, Rita Garcia Pereira. “Um sindicato destina-se à defesa de trabalhadores por conta de outrem e tem como contrapeso as associações de empregadores, o que, no caso, não parece fazer muito sentido”.

A advocacia tem um estatuto próprio que não me parece que seja inteiramente compatível com o sentido útil de um sindicato. A demonstração do que acabo de referir surge nos próprios Estatutos do dito sindicato, a serem aplicáveis apenas a advogados com contratos de trabalho.

Rita Garcia Pereira

Advogada

Fernando Brites corrobora, ao ECO, que só são, e só serão, membros do sindicato os advogados que “estejam sujeitos a um contrato de trabalho”. O que excluiu, automaticamente, os advogados que exerçam em prática societária. Apesar de não serem a maioria, certo é que um número expressivo de advogados portugueses não está sujeito a um contrato de trabalho.

“Penso que faz tanto sentido existir um sindicato de advogados como de qualquer outra profissão”, defende, por seu turno, Pedro Antunes, advogado coordenador do Departamento de Laboral da CCA Ontier. “No entanto, de acordo com os estatutos que foram publicados no Boletim do Trabalho e do Emprego no dia 29/01/2018, e que foram aprovados em 15/12/2017, o Sindicato dos Advogados Portugueses é uma associação constituída por todos os advogados e advogados estagiários em regime de subordinação jurídica e afins, com exclusão das sociedades de advogados”, frisa. O advogado defende ainda que este sindicato, que foi recentemente criado, “será no imediato para intervir numa eventual revisão ao regulamento do CPAS, defendendo o interesse específico dos advogados em regime de subordinação jurídica”.

Penso que o principal objetivo da criação deste sindicato, mais do que defender ou promover a dignificação e prestígio dos advogados, nesta altura, será representar e defender os interesses profissionais, económicos e sociais dos seus associados, participando na elaboração de diplomas legais que afetem diretamente os advogados.

Pedro Antunes

Advogado da CCA Ontier

Sofia Mateus, sócia do departamento de Laboral da CMS Rui Pena & Arnaut, não concorda com a criação de um sindicato. “Não faz sentido que os advogados tenham um sindicato. A Lei portuguesa restringe a criação de sindicatos a trabalhadores por conta de outrem. Ora, os advogados, por regra, não poderão ter contrato de trabalho – por forma a preservarem a sua independência e isenção”, explica a advogada ao ECO. “Existem alguns advogados (por exemplo, os designados “advogados de empresa”) com contrato de trabalho, mas não representam a maioria da profissão, mas, no limite, a admitir-se a existência de um sindicato terá de se circunscrever a advogados com contrato de trabalho. Concordo e advogo a defesa dos interesses dos advogados portugueses, desde que tal ocorra por forma a que as bases da advocacia, atividade de natureza independente, não sejam colocadas em causa no processo”, concluiu.

Concordo e advogo a defesa dos interesses dos advogados portugueses, desde que tal ocorra por forma a que as bases da advocacia, atividade de natureza independente, não sejam colocadas em causa no processo.

Sofia Mateus

Advogada da CMS Rui Pena & Arnaut

No passado, já existiram tentativas prévias de instituir sindicatos mas que nunca chegaram a vingar. “Presumo que a origem deste se possa explicar no facto de os advogados não se reverem na atual Ordem dos Advogados, ainda que me pareça que o caminho a percorrer não seja este”, defende Rita Garcia Pereira. Ainda na passada sexta-feira, cerca de três mil profissionais manifestaram-se à porta da Ordem dos Advogados e da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores. Em causa a insatisfação perante os aumentos graduais das contribuições à Caixa de Previdência, de forma a garantirem uma reforma no futuro.

O advogado Pedro Antunes diz ainda que “o principal objetivo da criação deste sindicato mais do que defender ou promover a dignificação e prestígio dos advogados, nesta altura será representar e defender os interesses profissionais, económicos e sociais dos seus associados, participando na elaboração de diplomas legais que afetem diretamente os advogado”.

Fernando Brites defende ainda que muitos advogados portugueses estão numa situação de “pagar para trabalhar” e de “total desespero” e que não sabem o que a OA pode fazer por eles. Apenas sabem que “têm de pagar uma quota no final do ano”.

O novo líder sindical tem ainda uma “particularidade” no currículo de mais de 20 anos de advocacia. Em 2010, a Ordem dos Advogados — na altura liderada por António Marinho e Pinto — suspendeu preventivamente Fernando Brites, por alegada procuradoria ilícita já que o advogado era o dono da empresa de cobranças coercivas “Os Senhores do Fraque”. “A atividade em causa [cobranças difíceis] é, de todo, incompatível com a profissão de advogado”, revelou ao ECO fonte envolvida nessa decisão disciplinar, da altura já que “o advogado não pode cobrar quaisquer dívidas. Para isso há solicitadores de execução”. Fernando Brites é ainda pós-graduado em Direito Administrativo e em Direito da Comunicação.

Muitos advogados estão numa situação de total desespero, em que pagam para trabalhar e só sabem o que esperar da Ordem dos Advogados no que toca ao pagamento da quotas.

Fernando Brites

Líder do Sindicato dos Advogados Portugueses

No resto do corpo diretivo — eleitos a 15 de dezembro para um mandato de três anos — estão ainda Maria Paula Gouveia Andrade, Sandra Quintino e Patrícia Ling.

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Facebook: vendas disparam 47% à boleia da publicidade no mobile

A tecnológica reportou 12,78 mil milhões de dólares de receitas nos três últimos meses de 2017, acima do previsto. O mobile contribuiu com 89% do total das receitas publicitárias.

O facebook soma e segue nas receitas publicitárias. A empresa fundada por Mark Zuckerberg encerrou o último trimestre do ano passado com um forte crescimento das vendas, devido sobretudo às receitas angariadas no segmento móvel. As receitas nesta área representaram 89% do total angariado.

A tecnológica reportou após o fecho do mercado bolsista norte-americano, os seus resultados do último trimestre do ao passado. A empresa reportou um lucro por ação de 2,21 dólares e um total de 12,97 mil milhões de dólares em receitas.

Esses números comparam com estimativas de 1,95 dólares por ação e 12,55 mil milhões de dólares em receitas que eram antecipadas numa sondagem da Reuters. No mesmo período do ano anterior, o Facebook tinha registado um lucro por ação de 1,41 dólares e receitas de 8,81 mil milhões de dólares. Ou seja, houve um aumento de 47% nas receitas.

As receitas totais com publicidade ascenderam a 12,78 mil milhões de dólares no último trimestre de 2017, sendo que 89% desse montante vieram do segmento de publicidade no móvel.

Segundo as contas da empresa de social media, por mês, cerca de 2,13 mil milhões de pessoas usavam os seus serviços no final de dezembro. Ou seja, 14% acima do verificado no mesmo período de 2016.

Apesar do anúncio de lucros de 15,9 mil milhões de dólares (12,8 mil milhões de euros), uma subida de 56% em relação aos valores do ano precedente, que superou as expectativas dos analistas, as suas ações caíram mais de 3% em Wall Street, nas operações posteriores ao fecho da sessão, depois de anunciar que a mudança que fez na sua plataforma reduziu o tempo que as pessoas passam nesta rede social.

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Fed trava ganhos em Wall Street

Os índices bolsistas norte-americanos fecharam em alta, mas com ganhos mais contidos face à abertura. A perspetiva de subida da inflação e dos juros por parte da Fed conteve o ânimo dos investidores.

As ações norte-americanas encerraram em alta, mas a travar os ganhos que vinham a registar ao longo da sessão, e após o sell-off que marcou os dois dias anteriores. Os principais índices seguiam animados pelos resultados empresariais, mas o resultado da reunião da Fed “arrefeceu” os ânimos dos investidores, perante a perspetiva de subida da inflação e dos juros na maior economia do mundo.

O S&P 500 subiu uns ligeiros 0,08%, para os 2.824,81 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq somaram 0,3% e 0,17%, respetivamente, para os 26.153,94 e 7.414,84 pontos.

Registo que fica aquém dos ganhos que se verificaram até à divulgação do comunicado da reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, onde foi confirmado que os juros se mantêm, mas onde o banco central também disse esperar futuras subidas “graduais” da taxa diretora, face à perspetiva de aceleração da inflação.

Os bons resultados empresariais ajudaram assim os principais índices bolsistas a manterem-se acima da linha de água. Referência para a Boeing que somou 5%, apoiada no bom conjunto de resultados trimestrais, que surpreenderam pela positiva os analistas e o mercado. Os lucros da Boeing quase duplicaram no último trimestre de 2017, para 3,13 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros).

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Nova política do Facebook proíbe anúncios a criptomoedas

  • Rita Frade
  • 31 Janeiro 2018

O Facebook anunciou a criação de uma nova política que proíbe anúncios a "opções binárias, ofertas iniciais de moedas e criptomoedas", como forma de evitar publicidade enganosa.

O Facebook anunciou esta terça-feira a criação de uma nova política que irá “proibir anúncios que promovam produtos financeiros e serviços que são frequentemente associados a práticas promocionais enganosas, como opções binárias, ofertas iniciais de moedas e criptomoedas“.

Isto significa que nenhum anunciante poderá promover moedas digitais, como bitcoin ou Ethereum, ou fazer anúncios a ICO (initial coin offering). Caso esta política seja violada, a empresa será banida do Facebook, bem como das restantes plataformas onde a rede social vende anúncios, o que inclui plataformas como o Instagram e respetiva rede de anúncios e Audience Network (rede de aplicações do Facebook).

Prohibited Financial Products and Services, Facebook

Na publicação colocada na rede social, o diretor de produtos da rede social, Rob Leathern, diz que “dois dos principais princípios de publicidade baseiam-se na crença de que os anúncios devem ser seguros e que são feitos para as pessoas, em primeiro lugar” e que “não há espaço para publicidade enganosa no Facebook“.

Com esta política, a Facebook pretende fazer com que as pessoas “continuem a descobrir e a saber mais sobre novos produtos ou serviços através de anúncios do Facebook sem terem medo de serem enganadas ou defraudadas“, precisamente numa altura em que cada vez mais surgem mais moedas digitais e o grau de desconfiança perante as mesmas aumenta.

Rob Leathern termina a publicação dizendo que “esta política faz parte de um esforço contínuo para melhorar a integridade e a segurança dos anúncios e fazer com que se torne difícil para os burlões de lucrar com a presença no Facebook“.

Esta medida surge depois de Mark Zuckerberg ter dito, no início de janeiro, que gostava de saber mais sobre os “aspetos positivos e negativos destas tecnologias [encriptação e criptomoedas] e qual a melhor forma de as usar nos seus serviços“.

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O Estado da União de Trump em seis “great” números

  • Juliana Nogueira Santos
  • 31 Janeiro 2018

Trump falou a economia, da imigração e do novo momento da América. Mas há (seis) números para além das palavras.

Na noite passada — madrugada em território nacional — Donald Trump foi ao Congresso fazer o seu primeiro discurso sobre o Estado da União. Falou da economia, de imigração, dos mercados e das epidemias internas. Acabou por afirmar que este é um novo momento para a América. Um momento “grande”.

Mas para além das palavras do Presidente dos Estados Unidos, que continuam a ecoar neste dia de quarta-feira pelos meios de comunicação e pelas redes sociais, há números que também valem a pena serem analisados. O ECO escolheu seis.

38% de aprovação

Donald Trump pisou o chão do Congresso para o seu primeiro Estado da Nação com uma aprovação de 38%, segundo dados da Gallup. Os últimos escândalos relacionados com a investigação da interferência russa nas eleições norte-americanas e os esforços do Presidente para manter uma guerra aberta com o FBI têm impedido os cidadãos de verem com melhores olhos a governação de Trump. Ainda assim, o nível de aprovação não está em mínimos, tendo atingido os 35% em agosto do ano passado.

80 minutos

Após um discurso em Davos que demorou pouco mais de 20 minutos, Trump decidiu que o seu primeiro Estado da Nação deveria incluir tudo aquilo que havia a dizer sobre este último ano e os tempos que se seguem. Assim, o republicano falou durante uma hora e 20 minutos, tornando-se este o terceiro maior discurso da história — o primeiro lugar pertence a Bill Clinton, com uma hora, 28 minutos e 49 segundos, em 2000. Barack Obama, por outro lado, tinha fixado a sua média de discursos nos 63 minutos.

28 “greats”

A utilização do adjetivo “grande” é já uma tradição nas declarações de Trump, sejam elas discursos ou simples comentários. Assim, neste Estado da União os “great” não faltaram. Foram 28 ao longo dos 80 minutos, utilizados para falar de personalidades, medidas, sem esquecer o lema principal “Make America Great Again”.

Sete afirmações duvidosas

Assim que o discurso acabou, os jornais apressaram-se a fazer uma “prova dos nove” às afirmações do Presidente. Do The Washington Post, ao The New York Post, passando pelo Vox, os meios de comunicação social encontraram sete afirmações que suscitaram dúvidas: Trump ficou com os créditos pela redução do desemprego entre os cidadãos afro-americanos, disse que a sua Administração está a fazer tudo para resolver a crise dos opioides, reiterou a promessa de baixar os preços dos medicamentos, repetiu informações erradas sobre o sistema de emigração, entre outros.

40 milhões de espetadores

Parece que não foram muitos os interessados em ver o Estado da União. A audiência do discurso foi de 40 milhões de espetadores, ficando atrás de discursos como o de Obama em 2009, o de Bush em 2003 ou Clinton em 1993. No ano passado, quando Trump se dirigiu ao Congresso — não sendo este um discurso de Estado da União, visto que um Presidente não o faz no primeiro ano de mandato — as audiências chegaram aos 47,7 milhões de pessoas.

4,5 milhões de tweets

Quem não podia falhar eram os utilizadores da rede social preferida do Presidente, o Twitter. Este discurso tornou-se no mais tweetado da história, com 4,5 milhões de mensagens. Os números, divulgados pela rede, agrupam os posts feitos com os hashtags #SOTU — a sigla inglesa de Estado da União — e #jointsession, visto que esta era a sessão em que ambas as câmaras estavam presentes.

O recorde anterior era de três milhões de tweets e era detido por… Donald Trump. Há um ano atrás, quando se dirigiu ao Congresso, o recém-eleito Presidente conseguiu suscitar todas estas interações. O Twitter só tem a agradecer.

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Trabalhadores da Ricon já sem garantia de pagamento do salário de janeiro

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2018

O administrador de insolvência da empresa vem assim contrariar uma garantia dada na manhã desta quarta-feira a cerca de 350 trabalhadores.

O salário do mês de janeiro não está garantido para todos os trabalhadores do grupo Ricon, de Vila Nova de Famalicão, disse esta quarta-feira à tarde o administrador de insolvência, durante a assembleia de credores da Delvest.

“O que se passava é que havia uma conta comum de onde as várias empresas faziam tesouraria. Acabei de perceber que a fonte seria a Delvest. O dinheiro pertence à Delvest e não às outras marcas. Se não foi possível fazer o fluxo financeiro que sempre se fez, as outras empresas não vão poder receber”, afirmou Pedro Pidwell, durante a referida assembleia de credores daquela empresa do grupo.

A afirmação do responsável contraria, assim, a garantia que tinha sido dada esta manhã aos trabalhadores da Ricon SA (outra das empresas do grupo), cerca de 350, de que lhes seria pago o salário do mês de janeiro.

Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que a massa salarial do grupo chega aos 700 mil euros mensais.

Questionado à saída da sala de tribunal, Pedro Pidwell não quis prestar declarações, nem explicar o que havia afirmado durante a sessão.

Segundo concluiu o presidente do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, pela voz do dirigente Francisco Vieira, em declarações aos jornalistas, no final da sessão desta tarde, “os únicos que podem ter a certeza que vão receber o salário do mês de janeiro são os trabalhadores da Delvest S.A“.

Da assembleia de credores da Delvest SA, uma das oito empresas do grupo Ricon, saiu ainda a aprovação da proposta de Pidwell de encerramento e liquidação dos ativos da empresa, sendo que o mesmo destino já foi decretado pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Famalicão relativamente à Ricon S.A, à Delcon e, terça-feira, às holdings do grupo, a Nevag SGPS, a Nevag II SGPS e a Ricon Serviços.

A mesma assembleia de credores da empresa do grupo que gere rede de lojas da marca Gant em Portugal, que se encontram encerradas desde segunda-feira, depois do despedimento de todos os funcionários, ficou ainda marcada pela discussão do futuro a dar ao material que está em stock nas lojas.

Nesse sentido, a juíza que presidiu à assembleia concedeu ao administrador de insolvência “cinco dias para ver a possibilidade de escoamento da mercadoria nas lojas“, que poderá ser concentrada e posta à venda numa dos estabelecimentos da rede.

O grupo Ricon apresentou-se à insolvência em finais de 2017, tendo os trabalhadores recebido segunda-feira as respetivas cartas de despedimento.

Em comunicado, a administração da Ricon explicou que a atividade do grupo “dependia de forma significativa da Gant, quer na vertente do retalho, cuja dependência era total, quer na vertente da indústria, cuja dependência era superior a 70% e que aquela marca “se mostrou totalmente intransigente e indisponível para negociar e/ou mesmo abordar e analisar” as propostas apresentadas.

Pedro Pidwell confirmou as tentativas de negociação com a GANT, afirmando na assembleia de credores desta tarde que a “derradeira tentativa” deu-se na segunda-feira ao final do dia, com a intervenção de dois grupos de investidores, mas que a GANT recusou as propostas em cima da mesa.

Segundo a representante daquela marca sueca afirmou na referida assembleia “a GANT tem uma estratégia para Portugal que não passa por nenhuma das propostas apresentadas.

O grupo Ricon empregava perto de 800 trabalhadores.

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Fundo alemão fica com lojas da Zara em Portugal e Espanha

  • ECO
  • 31 Janeiro 2018

A Inditex vendeu ao fundo Deka as 16 lojas que tinha à venda na Península Ibérica. Negócio terá rendido o pretendido: 400 milhões de euros.

O grupo Inditex já encontrou um novo dono para as 16 lojas da Zara à venda na Península Ibérica, duas das quais em Portugal. A concretização desta venda está a ser avançada pelo Cinco Días (conteúdo em espanhol), com base em informação avançada pela empresa espanhola que confirmou ter chegado a acordo com o fundo alemão Deka. Segundo fontes do mercado, o negócio terá rendido 400 milhões de euros, o montante que Inditex pretendia angariar com esta operação.

O acordo inclui um contrato de arrendamento, pelo que a empresa fundada por Amancio Ortega manterá nesses espaços nesse regime. As lojas eram propriedade direta da Inditex, e não da Pontegadea Inmobiliaria, a sociedade de investimentos de Ortega.

No caso de Portugal, as duas lojas que foram vendidas situam-se em Lisboa, na Rua Augusta (Baixa) e na Rua António Augusto de Aguiar (S. Sebastião). Em Espanha, as lojas estão situadas em Madrid, Barcelona, Valência, Córdoba, Palma de Maiorca, Zamora, entre outros.

Esta alienação surge no âmbito de uma nova estratégia do grupo espanhol que pretende reduzir o número de imóveis de que é proprietário, e substituí-las por arrendamento. O objetivo é homogeneizar a sua política comercial.

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Yellen despede-se da Fed e mantém juros. Inflação vai subir este ano

A Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu não mexer na taxa de juro de referência, apesar de antecipar um aumento da inflação este ano.

Tudo na mesma na despedida de Janet Yellen dos comandos da Fed. A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos decidiu manter a taxa de juro de referência, nesta quarta-feira, mas antecipou que este ano a inflação deverá acelerar. É um sinal de que o banco central norte-americano mantém o objetivo de aumentar o custo do dinheiro novamente em março, já com Jerome Powell aos comandos da Fed.

Tal como já era antecipado, a Fed deixou inalterada a taxa dos fundos federais, que se mantém no intervalo compreendido entre 1,25% e 1,5%. Mas o objetivo de novas subidas do preço do dinheiro nos EUA, este ano, mantém. O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Fed fez saber disso mesmo.

“O Comité espera que as condições económicas evoluam de modo a garantir mais subidas graduais da taxa dos fundos federais”, refere o FOMC no seu comunicado.

Citando sólidos ganhos no emprego, gastos das famílias e investimento em capital, a Fed disse esperar que a economia cresça a um ritmo moderado e que o mercado de trabalho permaneça forte em 2018. “A inflação numa base anual é esperado que acelere este ano e estabilize” à volta do objetivo de 2% no médio prazo, diz a declaração da FOMC.

O banco central dos EUA decidiu assim não mexer na atual política três dias antes de Jerome Powell assumir a presidência da Fed: a 3 de fevereiro.

Tudo indica que Powell não mude drasticamente a política seguida pela primeira mulher a assumir a liderança da Fed. Após quase uma década sem subir juros, foi sob a presidência de Janet Yellen que, em 2015, foi assumido o primeiro aumento do preço do dinheiro.

No ano passado, esse movimento de subida intensificou-se com três aumentos de juros até ao atual intervalo entre 1,25% e 1,5%. Para este ano, são esperadas também três mexidas nas taxas de juro.

(Notícia atualizada às 19h29 com mais informação)

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 31 Janeiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Mariana Mortágua, deputada bloquista, confrontou esta quarta-feira o ministro das Finanças sobre a questão dos aumentos salariais em 2019. Mário Centeno respondeu que os salários já estão a crescer. A Autoridade da Concorrência (AdC) levantou “sérias dúvidas” ao negócio de compra da Media Capital pela Altice, a qual se mostrou disponível para desfazer qualquer preocupação.

A discussão tinha sido lançada pelo deputado socialista João Galamba: dificilmente haverá margem para aumentos salariais para a função pública em 2019. Mariana Mortágua confrontou o ministro das Finanças. Centeno usou a matemática para demonstrar que os salários já estão a crescer.

A Autoridade da Concorrência (AdC) levantou “sérias dúvidas” sobre a compra da Media Capital, dona da TVI, mas o grupo francês Altice relativiza esses receios e mostra-se disponível para colaborar com as autoridades no sentido de desfazer qualquer preocupação com o negócio.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) pode voltar a ter nos seus cofres, todos os anos, uma percentagem do valor que o Estado cobra aos cidadãos que queiram ir a tribunal.

Blockchain, Initial Coin Offering (ICO), tokens, criptomoedas… ainda que os reguladores de todo o mundo olhem com alguma desconfiança para o novo mundo das moedas digitais, para Gabriela Figueiredo Dias, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), estes novos conceitos pouco mais vão ser do que “formas banais do investimento” no futuro.

Quatro anos depois, Janet Yellen vai abandonar a Reserva Federal. É um mandato único que termina pela vontade de Donald Trump. Esta quarta-feira é a sua última reunião à frente da Fed. Para o lugar, o Presidente dos EUA nomeou Jerome Powell.

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APA: Foram as indústrias do papel a poluir o Tejo

  • ECO
  • 31 Janeiro 2018

Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente os níveis de celulose estavam cinco mil vezes acima dos níveis recomendado, revelaram as análises. A Celtejo será responsável por 90% das descargas.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) confirma que terão sido as indústrias de pasta de papel acima do açude de Abrantes as responsáveis pela poluição do Tejo, com a Celtejo a contribuir para a maioria das descargas, avança o Observador.

A carga orgânica que se tornou visível no rio Tejo, na zona de Abrantes, foi provocada pelas indústrias de pasta de papel acima do açude, confirmou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em conferência de imprensa. As análises detetaram níveis de celulose cinco mil vezes acima dos níveis recomendados.

Nuno Lacasta, presidente da APA, responsabiliza todas as fábricas de papel da região, mas reconhece que a Celtejo é responsável por 90% das descargas deste tipo de indústrias que chegam ao rio na zona em causa.

Durante dez dias, a Celtejo terá de reduzir as descargas a metade. Passado este período, a 5 de fevereiro, será feita uma reavaliação da poluição no rio. Só nesta altura ficará definido o volume de reduções necessário, a atribuir tanto à Celtejo como às restantes papeleiras.

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Web Summit volta a lançar 10 mil bilhetes exclusivos para mulheres

  • ECO
  • 31 Janeiro 2018

Web Summit continua a apostar na diversidade de géneros e, por isso, volta a lançar dez mil bilhetes especiais que só podem ser comprados por mulheres. Há desconto para quem levar amigas.

Paddy Cosgrave continua empenhado na luta pela igualdade entre géneros… tanto que o Web Summit volta este ano a lançar dez mil bilhetes especiais, que só podem ser comprados por mulheres. Se recomendar duas amigas, pode ainda ganhar um desconto de 765 euros no preço da entrada na maior feira de tecnologia do mundo.

“Estamos a lançar um número limitado de bilhetes especiais women in tech, como parte do nosso compromisso à mudança do rácio“, explicam os responsáveis pelo evento, em comunicado. O Web Summit avança, ainda, que já foram adquiridos dez mil bilhetes com as mesmas condições para a Collision, uma das conferências com fortes ligações àquela que se realiza em Lisboa.

No seu site, a conferência fundada por Paddy Cosgrave explica que estes bilhetes especiais foram criados em 2016 como o objetivo de equilibrar o número de homens e mulheres que têm acesso ao evento. Nesse ano, dez mil bilhetes foram vendidos e, em 2017, 14 mil bilhetes voaram.

“Este ano, queremos continuar o nosso compromisso com a mudança e aumentar a diversidade de géneros nos nossos eventos ainda mais“, enfatiza o Web Summit. Por isso, além dos dez mil bilhetes para o evento em Portugal, há outros cinco mil para as conferências que lhe são próximas: a MoneyConf, em Dublin e a RISE, em Hong Kong.

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