Ricardo Robles não é um caso isolado. As polémicas dos políticos à volta do imobiliário

Não é a primeira vez que um político se vê envolvido numa polémica ligada ao setor imobiliário. Antes de Robles, também Fernando Medina, Rui Moreira ou António Costa foram alvo de controvérsias.

Ricardo Robles comprou um prédio por 347 mil euros. A aquisição foi feita em hasta pública, tendo apresentado a proposta mais elevada para um imóvel que pertencia à Segurança Social. Uma transação transparente, mas que, agora, gerou polémica quando apareceu à venda por vários milhões de euros. É só mais uma polémica entre tantas outras que ao longo dos últimos anos têm envolvido os políticos e os seus investimentos em terrenos, apartamentos ou prédios.

Antes de Robles, já Fernando Medina, Rui Moreira ou mesmo António Costa foram “apanhados” em negócios controversos, tendo o primeiro-ministro, mas também o seu ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, sido os últimos visados por negócios com imóveis, ou associados ao imobiliário — numa altura em que os preços não param de aumentar. E recuando ainda mais no tempo, encontram-se nomes como os de Manuel Pinho e José Sócrates, mas também Cavaco Silva.

São vários os casos. Mas não são exclusivos de Portugal. Aqui mesmo ao lado, em Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, e a sua companheira Irene Montero, que é a porta-voz do partido, ficaram debaixo de fogo devido à aquisição de uma casa no norte de Madrid por 600 mil euros. Esta polémica ganhou relevo porque o líder do partido criticou duramente o ex-ministro da Economia, Luis de Guindos, por este ter comprado um apartamento de luxo, exatamente pelo mesmo valor.

Fernando Medina e o duplex nas Avenidas Novas

Foi no ano passado que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, se viu no centro de uma polémica. Neste caso estamos a falar de um duplex no centro da cidade que comprou, em conjunto com a mulher, em 2016. De acordo com a escritura que o Observador consultou na altura, Medina adquiriu um T4, com dois pisos, na Avenida Luís Bívar, nas Avenidas Novas, por 645 mil euros.

De acordo com a lei, os autarcas têm 60 dias para atualizar a declaração de rendimentos sempre que há qualquer alteração patrimonial superior a 50 salários mínimos (ou seja, 26.500 euros há dois anos). Mas o presidente da autarquia apenas informou o Tribunal Constitucional de que deu um sinal de 220 mil euros — pago pela mãe e sogros — e que era  “promitente-comprador” de uma casa, mas não de que já era efetivamente proprietário e tinha pago os restantes 445 mil euros através de um empréstimo bancário.

No entanto, Medina alegou não estar em incumprimento com a lei, uma vez que era “do conhecimento público esta transação, quer decorrente da declaração do Tribunal Constitucional, quer do registo predial feito, pelo que estão totalmente satisfeitos os valores que a norma constante da Lei n.º 4/83 se destina a proteger”.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.Paula Nunes / ECO

Rui Moreira e o terreno da Selminho

De Lisboa para o Porto. O presidente da Câmara da Cidade Invicta, Rui Moreira, também não declarou explicitamente as suas ligações à Selminho Imobiliária nas declarações de interesses que entregou no Tribunal Constitucional e que são obrigatórias por lei para quem desempenha cargos públicos, avançou, em junho do ano passado, o Diário de Notícias.

A empresa mantém há vários anos (ainda antes da tomada de posse como presidente da Câmara do Porto) um litígio com a autarquia por causa de um terreno junto à ponte da Arrábida, que foi registado por usucapião. De acordo com declarações do assessor do autarca ao jornal, Rui Moreira “não tinha, em 2013, qualquer participação direta na empresa e nunca fez parte dos seus órgãos sociais”.

Nas declarações apresentadas no tribunal, o presidente da Câmara fez referência à Morimor, sociedade detida pela família do autarca e que, por sua, vez detinha uma participação na Selminho. “A Selminho é uma gaveta da Morimor. O dr. Rui Moreira declarava todas as empresas que eram da Morimor”, referiu então a assessoria, em resposta à polémica.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.José Coelho / LUSA

António Costa e a casa no Sol ao Rato

O primeiro-ministro também esteve envolvido numa polémica. Foi no final de maio que o Observador avançou que António Costa comprou juntamente com a sua mulher, Fernanda Tadeu, uma casa perto do Largo do Rato (na rua do Sol ao Rato), em Lisboa, por 55 mil euros e, apenas dez meses depois, conseguiu vendê-la pelo dobro do valor: 100 mil euros.

O caso tornou-se controverso depois de os vendedores, o casal de idosos Joaquim Rosa e Maria Rosa, ter dito ao jornal online que fechou o negócio com António Costa porque ficaram sensibilizados ao saberem que a casa era para filha do líder do Governo “morar perto do café do irmão”. Porém, em abril de 2017, António Costa vendeu a casa pelo dobro do preço. Maria Rosa disse estar em “choque”, lamentando que tenha havido quem lucrasse “à custa” do “trabalho de uma vida”.

Em reação, António Costa argumentou que o imóvel “foi adquirido pelo preço solicitado pela agência que o comercializava, a Remax, a mesma que no ano seguinte intermediou a sua venda equipada e mobilada, após pequenas obras de reparação”. O primeiro-ministro adiantou ainda que a mais-valia de 45 mil euros realizada com a transação foi “declarada para efeitos de liquidação do IRS relativo a 2017”.

António Costa, primeiro-ministro.Paula Nunes / ECO

Pedro Siza Vieira e a imobiliária

Enquanto alguns compram apartamentos, há quem abra imobiliárias. Como o ECO avançou em maio, o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, e ex-sócio da sociedade de advogados Linklaters, abriu uma imobiliária com a mulher, na qual ambos eram os únicos sócios gerentes. Uma empresa que foi criada um dia antes de Siza Vieira tomar posse no Governo de António Costa.

A informação sobre o registo desta sociedade consta da declaração de rendimentos que o governante entregou no Tribunal Constitucional e que o ECO consultou. Pedro Siza Vieira acabou por renunciar ao cargo de gerente “quando foi chamado à atenção para isso”, disse, mas manteve a quota, dizendo “não ter noção” da incompatibilidade de cargos.

Entretanto, o Ministério Público abriu uma investigação, pedindo ao Tribunal Constitucional para analisar as declarações de incompatibilidades e de rendimentos de Siza. Contudo, não deu um prazo para tomar uma decisão.

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira.Paula Nunes / ECO

Manuel Pinho e a casa de Almeida Garret

Manuel Pinho viveu vários anos no número 68 da Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique, num duplex com cinco quartos, pátio inglês, jardim e piscina, além de cinco lugares de estacionamento. Este empreendimento com quatro apartamentos luxuosos: dois T4, um T2 e o duplex de Pinho, foi construído no local onde antes era a antiga casa do escritor Almeida Garrett, edifício que acabou por ser demolido.

O ex-ministro da Economia comprou o prédio todo, em 2004, ao Banco Espírito Santo, por um valor inferior a 800 mil euros, de acordo com a revista Visão. Um valor considerado baixo, mas sobre o qual só se levantaram suspeitas anos mais tarde.

Este caso ganhou dimensão quando documentos do “Caso EDP” revelaram que o ex-ministro da Economia deteria três empresas offshore — Tartaruga, Blackwade e Mandalay — através das quais terá recebido mais de um milhão de euros do Grupo Espírito Santo, incluindo meio milhão em transferências mensais de cerca de 15 mil euros enquanto era ministro da Economia de Sócrates.

Manuel Pinho, ex-ministro da Economia.JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

 

José Sócrates e a rua Braamcamp

O ex-primeiro-ministro tinha um apartamento na rua Braamcamp, muito perto do Marquês de Pombal. Mas não foi José Sócrates que o comprou. Foi a sua mãe, Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, que adquiriu o apartamento a uma sociedade offshore, a Stolberg Investiments Limited, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.

Isto aconteceu em novembro de 1998, nove meses depois de Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho. O apartamento tinha um valor tributável de 44.923.000 escudos – cerca de 224 mil euros – e a mãe do ex-primeiro-ministro comprou-o sem recorrer a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças inferior a 250 euros (50 contos).

Se esta transação levantou suspeitas, houve outras tantas anos depois que acabaram por ser investigadas no âmbito da Operação Marquês. Ao todo, foram cinco casas e um terreno pertencentes à mãe de José Sócrates, bem como uma casa que era de Sofia Fava (ex-mulher de Sócrates), que acabaram por ser vendidos a Carlos Santos Silva, em alguns casos por valores acima dos praticados pelo mercado, e cujos valores acabaram, na maioria dos casos, por ir parar aos bolsos do ex-primeiro-ministro, segundo a Sábado.

Além disso, citando peças processuais da Operação Marquês, a revista, diz que foi o amigo de Sócrates que financiou a compra do monte alentejano da ex-mulher do antigo primeiro-ministro. E foi também ele que comprou a casa de Paris onde este viveu após sair do Governo.

Ex-primeiro-ministro, José Sócrates.Paula Nunes/ECO

Cavaco Silva e a casa na aldeia BPN

Um dos casos mais antigos envolve o ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Foi em 1999 que deu entrada na Conservatória do Registo Predial de Albufeira a aquisição do lote 18 da Urbanização da Aldeia da Coelha, no que foi uma permuta entre o casal Aníbal e Maria Cavaco Silva e a empresa Constralmada – Sociedade de Construções.

Contudo, como a revista Visão avançou, em 2011, não existia no registo a escritura pública que contratualizava a permuta. Ou seja, não se pôde apurar de imediato, e Cavaco Silva não esclareceu na altura, o que deu em troca por este lote. Mais tarde soube-se que o antigo Presidente permutou a sua vivenda “Mariani”, em Montechoro, com a da Aldeia da Coelha, também em Albufeira.

Mas o caso ganhou outros contornos pelo facto de um terço do capital da Constralmada, sociedade dissolvida em 2004 e com quem Cavaco Silva fez a permuta, ter sido detido pela OPI 92 – Operações Imobiliárias, empresa de Fernando Fantasia, um dos acionistas da SLN. Ou seja, a antiga proprietária do BPN, banco liderado por Oliveira e Costa. O gestor, em conjunto com outros nomes ligados à instituição financeira que acabou por ser nacionalizada por Teixeira dos Santos, em 2008, também tinha uma casa no mesmo local, o que acabou por dar o nome de aldeia BPN a este empreendimento.

Cavaco Silva, antigo Presidente da República.Paula Nunes / ECO

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Estes são os 10 melhores lounges do mundo (e mais em conta). Veja a fotogaleria

  • ECO
  • 28 Julho 2018

Se vai viajar e tem pela frente escalas demoradas ou aviões atrasados, estes são dos melhores sítios para esperar nos aeroportos. Todos na lista são abaixo de 60 euros.

Vai viajar? Se tem uma espera pela frente, não é preciso ficar em cadeiras desconfortáveis. Existem lounges nos aeroportos que oferecem alternativas, sem ter de pagar balúrdios. Aeroportos indianos e londrinos aparecem duplamente nesta lista, mas o lugar do topo pertence ao aeroporto de Abu Dhabi.

Sofás e cadeirões, buffets, champanhe e massagens são algumas das regalias que pode ter. Para além disso, wi-fi e televisão para se distrair estão também disponíveis. O site de viagens Netflights compilou num ranking os lounges com a melhor relação qualidade/preço de aeroportos em todo o mundo.

Depois de compras no duty-free, é possível esperar em estilo por 22 euros. Já o lounge mais caro da lista não chega aos 60 euros. No Aeroporto de Lisboa também existem estas zonas, a maior parte apenas para clientes ou mediante pagamento à entrada. Há, por exemplo, um espaço da ANA, do Airport Business Center (ABC) e da TAP.

 

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Esquerda garante descida do IVA na eletricidade

  • ECO
  • 28 Julho 2018

O governo e os parceiros à esquerda já terão acordado a descida do IVA de 23% sobre o preço da eletricidade para o próximo orçamento, após várias rondas de negociação.

A descida da fatura da eletricidade já estará garantida para o próximo ano. O Governo e os partidos à esquerda já terão chegado a um acordo que permita a redução da atual taxa de IVA de 23% sobre o preço da eletricidade no Orçamento do Estado para 2019, avança o Expresso (acesso pago) neste sábado, confirmando a notícia já avançada pelo ECO há poucos dias que dava conta dessas negociações.

O semanário cita fontes da “geringonça” que terão confirmado que a descida do IVA na eletricidade, apesar de ainda estarem a ser acertados pormenores, foi a primeira medida para o próximo Orçamento do Estado a ser acordada entre o Governo e os partidos à esquerda. O Governo e os parceiros estarão agora a estudar o melhor modelo para fazer baixar o IVA sobre a eletricidade.

Na última semana, o ECO já tinha dado conta de que o Governo mantém conversações com Bloco e PCP sobre descida do IVA na energia. Explicava ainda que a primeira avaliação apontava para um custo de 170 milhões de euros associados à implementação deste corte de IVA.

A taxa de IVA da energia subiu de 6% para 23% a 1 de outubro de 2011. A medida fazia parte do memorando da troika assinado pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, mas foi o seu sucessor Pedro Passos Coelho que a aplicou, antecipando a sua entrada em vigor ainda para o último trimestre de 2011.

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“As notícias são falsas, isto é um absurdo”, diz Catarina Martins sobre o caso Robles

Catarina Martins defende o vereador da Câmara de Lisboa Ricardo Robles no caso do prédio em Alfama. Aproveitou ainda para lançar críticas ao PSD, falando em hipocrisia e cinismo

As notícias são falsas, isto é um absurdo“. Foi desta forma que Catarina Martins reagiu esta manhã às notícias relacionadas com o caso Robles. A coordenadora do Bloco de Esquerda falou no acampamento de jovens do Bloco, ocasião que aproveitou para defender o vereador da Câmara de Lisboa Ricardo Robles no caso do prédio em Alfama. Aproveitou ainda a ocasião para lançar críticas ao PSD, falando em hipocrisia e cinismo.

Catarina Martins disse que o vereador do seu partido “já explicou a situação familiar, explicou tudo o que tinha a a explicar”. E defendeu ainda que não houve especulação imobiliária porque o prédio não foi vendido, acrescentando que os jornais fizeram “manchetes falsas ontem, que hoje repetem”.

Em causa está uma notícia avançada na sexta-feira pelo Jornal Económico, que dá conta de que o bloquista Ricardo Robles, também vereador da Câmara Municipal de Lisboa adquiriu, em 2014, um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado, avaliado em 5,7 milhões de euros e posto à venda em 2017.

Relativamente aos esclarecimentos prestados por Ricardo Robles nesta sexta-feira à tarde, Catarina Martins diz que este “fez bem em prestar os esclarecimentos”. “Esta compra não foi uma operação especulativa”, afirmou na ocasião o bloquista aos jornalistas. “Não houve nenhuma mais-valia, não houve nenhum lucro”, acrescentou.

A Coordenador Nacional do Bloco, disse ainda que o pedido de demissão feito pelo PSD Lisboa ao vereador Ricardo Robles era incoerente, lançando algumas “farpas” ao partido liderado por Rui Rio, falando em hipocrisia e cinismo. “Acho que sobre a hipocrisia e sobre o cinismo estamos conversados”, disse Catarina Martins, revelando alguma estranheza com o timing em que as notícias surgiram.

Catarina Martins lembrou que “o PSD, que está a ser investigado por problemas tanto de vistos golds, como de financiamento ao partido através de negócios ligados a obras e autarquias decidiu, em vez de tirar consequências investigações de que está a ser alvo, perseguir o Bloco de Esquerda”.

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CGD denuncia acordo de empresa e quer acabar com progressões obrigatórias

  • ECO
  • 28 Julho 2018

A administração do banco público terá entregue aos sindicatos uma nova proposta de acordo de empresa, onde não prevê diuturnidades nem promoções automáticas.

Diuturnidades e promoções automáticas. A Caixa Geral de Depósitos pretende acabar com estas duas categorias de regalias aos seus funcionários. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios, neste sábado, onde diz que o banco público denunciou ao acordo de empresa terá entregue uma nova proposta aos sindicatos, onde prevê acabar com as diuturnidades e promoções automáticas. O objetivo da CGD é que as novas condições entrem em efeito a partir de 2020.

Com a denúncia, terá seguido para os quatro grupos de sindicatos a nova proposta para negociação. Tem, agora, de ser trabalhado um entendimento comum para o desenho do novo acordo de empresa.

Em causa está o processo de negociações com as federações ou sindicatos alinhados com UGT, CGTP, independentes e ainda os sindicatos da Caixa.

Um dos objectivos da CGD será aliviar os encargos com os custos com pessoal, para além da redução de pessoal que já levou a cabo, explica o jornal. O banco público tem defendido que tem um custo salarial acima da concorrência, o que leva Paulo Macedo a dizer que está em desvantagem competitiva face aos concorrentes. Daí que pretenda mexer em aspectos para lá do vencimento base.

As promoções automáticas ocorrem por antiguidade, com a subida dos níveis em que os funcionários se encontram, sendo que a CGD também tem promoções obrigatórias por mérito. Já as diuturnidades  são valores pagos por anos de serviço onde o banco liderado por Paulo Macedo também pretende mexer.

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PSD de Rio votou mais de metade das vezes com PS no Parlamento

  • Lusa
  • 28 Julho 2018

O partido de Rui Rio, esteve ao lado do PS em 52% das votações no parlamento. Já o PS alinhou mais vezes com o Bloco de Esquerda do que com o PCP e o PEV.

O PSD, liderado por Rui Rio, esteve ao lado do PS em mais de metade das votações no parlamento (52%), percentagem idêntica à dos anos em que Passos Coelho liderou o partido, indica o índice de concordância do site www.hemiciclo.pt.

Apesar de já não terem uma coligação, PSD e CDS-PP concordaram em muitos projetos, propostas de lei e resoluções, cerca de 80% das vezes, de acordo com o índice criado pelo hemiciclo, ‘site’ independente que faz uma análise estatística e escrutínio dos trabalhos dos deputados e da Assembleia da República.

Segundo as contas feitas pelo ‘site’, o índice de concordância do PSD liderado por Rui Rio está na média da taxa de concordância geral dos sociais-democratas (51%) no período em análise, desde 2008, sob a direção de Manuela Ferreira Leite, até hoje.

Quando se desdobram as votações, num total de 916 no tempo da liderança de Rio, para os projetos e propostas de lei, a percentagem baixa para 49% (em linha com os 48% do PSD desde 2008) e quando se analisam apenas as votações das matérias mais polémicas e em que não houve unanimidade, o número desce ainda mais, para uma taxa de concordância PSD-PS em torno dos 37%.

E foi o PSD que mais vezes votou ao lado do PS na aprovação de propostas de lei, 61 vezes (53,5%).

Neste índice de concordância foi Manuela Ferreira Leite a líder que menos concordou com os socialistas (43% no geral) e apenas 31% relativamente a projetos e propostas de lei.

Olhando a toda a sessão legislativa, em que o PSD foi liderado por Pedro Passos Coelho e, depois, por Rui Rio, conclui-se que os sociais-democratas acompanharam o sentido de voto dos socialistas em 29,7% das iniciativas – projetos, propostas de lei, propostas e projetos de resolução e todo o tipo de votos.

De setembro até julho, o índice de concordância do PSD ficou abaixo dos 46% (45,9%), menos do que na segunda sessão legislativa, 54,8%, e muito abaixo, 29,7%, do primeiro ano (2015/16) do Governo PS com o apoio da esquerda.

Relativamente aos seus ex-parceiros de coligação, foi nesta terceira sessão legislativa da XIII Legislatura que PSD e CDS-PP menos alinharam nas votações (73,9%), depois de ter registado 81,8% na segunda e 88,3% na primeira sessão, após as eleições legislativas de 2015.

PS e BE votaram mais vezes do que com PCP e PEV

O índice de concordância mostra ainda que o PS, partido do Governo, alinhou mais vezes nas votações ao lado do BE (54%) do que com o PCP e o PEV (53%), na terceira sessão legislativa, no parlamento.

Em 524 votações, os socialistas votaram 283 vezes com os bloquistas e 278 com comunistas e Os Verdes, os três partidos com quem firmou um acordo de base parlamentar após as eleições de 2015.

Ainda assim, de setembro de 2017 até julho, a bancada socialista alinhou votações com o PSD 241 vezes, 45,9%, de acordo com o índice de concordância deste site independente que faz uma análise estatística e um escrutínio aos trabalhos dos deputados e da Assembleia da República.

Com o CDS-PP, partido mais à direita no hemiciclo, o PS coincidiu em 40% das votações feitas.

O índice de concordância do ‘site’ Hemiciclo tem em conta as votações efetuadas na Assembleia da República – projetos e propostas de lei, projetos e propostas de resolução, apreciações parlamentares e todo o tipo de votos, de pesar, condenação e outros, que muitas vezes unem os deputados.

Por isso, os dinamizadores da página, David Crisóstomo e Luís Vargas, optaram por desagregar essas votações unânimes e nesse subíndice “sem aprovação por unanimidade” que dá nota de maiores divisões.

Olhando apenas às votações de projetos de lei no último ano parlamentar, BE e PCP votaram com o PS em 226 votações (61%), mais três do que o PEV (60%).

E, contando apenas as propostas de lei, não foi nenhum dos parceiros do PS a votar ao lado dos socialistas, mas sim o PSD o partido que mais vezes votou com a bancada do Governo – 66 vezes (53,5%).

Já os bloquistas, ainda nas propostas de lei, votaram ao lado do PS 55 vezes (48,2%), mais uma do que o PEV (54) e mais cinco do que o PCP, 50 vezes ou 43,8%.

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Tecnológicas arrastam Wall Street. Twitter afundou mais de 20%

O Nasdaq foi o índice mais penalizado na última sessão da semana (-1,47%) penalizado pelo tombo de mais de 20% das ações do Twitter. Foi um dia negro para as tecnológicas.

Wall Street entrou com o pé direito na última sessão da semana, mas saiu com o esquerdo. Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em queda, num dia marcado pela negativo para os títulos do setor tecnológico. O Twitter foi o que mais se eclipsou em bolsa, sofrendo um tombo de mais de 20%. Não resistiu à quebra do número dos seus utilizadores.

O S&P 500 desvalorizou 0,65%, para os 2.818,99 pontos, enquanto o Dow Jones deslizou 0,29%, para os 25.452,14 pontos. Bem mais extensa foi a quebra do Nasdaq: 1,47%, para os 7.736,81 pontos, com vários títulos de referência a terem uma sessão muito negativa.

Foi o que aconteceu com o Twitter. Depois do Facebook, foi a vez das ações da rede social afundarem mais de 20%, com os investidores a reagirem negativamente ao número de utilizadores mensais ativos revelado pelo Twitter. Ficaram aquém do esperado, tendo a empresaalertado para a possibilidade do número cair ainda mais à medida que forem sendo eliminadas as contas falsas.

Mais houve mais destaques negativos. A Intel derrapou perto de 9%, depois de ter anunciado que uma nova tecnologia-chave para os chips só estará pronta a sair para o mercado em finais do próximo ano, o que não agradou aos investidores.

Nem os dados positivos sobre o PIB dos EUA foram suficientes para ditar um fecho positivo de Wall Street. É que apesar de a economia norte-americana ter registado a maior taxa de crescimento em quase quatro anos no segundo trimestre, não foi tanto quanto era esperado pelo mercado.

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Amorim sai definitivamente do capital do BPI. Encaixa 2,84 milhões de euros

A Amorim – Sociedade Gestora de Participações Sociais vendeu as 1,96 milhões de ações que tinha no BPI. Com a saída do banco, encaixou 2,84 milhões de euros.

A Amorim – Sociedade Gestora de Participações Sociais saiu totalmente do BPI. A empresa vendeu as 1,96 milhões de ações que detinha do banco liderado por Pablo Forero, numa operação que permitiu encaixar 2,8 milhões de euros.

De acordo com o comunicado enviado pelo BPI à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, cada ação foi vendida a 1,45 euros — foram realizadas quatro operações distintas, mas todas concretizadas ao mesmo valor em bolsa. Ou seja, a Amorim – Sociedade Gestora de Participações Sociais encaixou 2.844.192,4 euros com esta operação.

Ao mesmo tempo que a Amorim saiu totalmente do capital da instituição financeira, sem anunciar quem foi o comprador das ações, o CaixaBank, dono do BPI, tem vindo a reforçar a sua participação no banco, detendo já praticamente 95% dos títulos.

O banco catalão já veio dizer, durante a apresentação das contas para os primeiros seis meses do ano — quando lucrou 1,29 mil milhões de euros à boleia do aumento das receitas com o negócio bancário –, que quer retirar a entidade da bolsa de Lisboa até ao final do ano. 

Esta intenção já tinha sido expressada pelo presidente Pablo Forero na apresentação dos resultados para o primeiro semestre, quando o BPI passou de prejuízos a lucros de 366,1 milhões de euros. Uma recuperação que se justifica não só pela venda de ativos, mas também pela melhoria da atividade em Portugal e Angola.

(Notícia atualizada às 20h27 com mais informação)

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Arauco puxa pelas contas da Sonae Indústria. Lucros crescem para 19 milhões

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

O lucro da Sonae Indústria aumentou 34,6% nos primeiros seis meses do ano. Paulo Azevedo diz que os resultados são "encorajadores".

A Sonae Indústria fechou o semestre com lucros de 18,9 milhões de euros. Conseguiu um aumento de 34,6% dos resultados líquidos que Paulo Azevedo atribui, em grande medida, à Sonae Arauco.

“A Sonae Indústria registou, no primeiro semestre deste ano, um resultado líquido consolidado de 18,9 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 34,6% quando comparado com o mesmo período do ano anterior”, diz, em comunicado, a empresa.

“É encorajador o facto de, durante o primeiro semestre de 2018, a Sonae Indústria ter gerado um resultado líquido de 18,9 milhões de euros, significativamente superior ao do ano passado, devido principalmente à forte contribuição da Sonae Arauco, mas beneficiando também de uma contribuição positiva do nosso negócio na América do Norte com uma melhoria no desempenho no segundo trimestre, quando comparado com o primeiro trimestre do ano”, diz Paulo Azevedo.

Nos primeiros seis meses do ano, o volume de negócios consolidado atingiu 111,8 milhões de euros, menos 10 milhões em comparação com o mesmo semestre do ano anterior.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recorrente atingiu 14,1 milhões de euros, uma redução de 6,7 milhões de euros, em comparação com o período homólogo.

Por sua vez, os custos fixos representaram cerca de 16,9% do volume de negócios, um aumento de 1,4 pontos percentuais, quando comparado com o mesmo período de 2017. Já a dívida líquida, em junho de 2018, situou-se nos 207,7 milhões de euros, um recuo de 5,1 milhões de euros, face ao valor registado em junho de 2017.

No mesmo mês, o número de colaboradores da Sonae Indústria era de 493, que compara com os 484 que a empresa tinha no mesmo mês em 2017.

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Governo já entregou oficialmente em Bruxelas a reprogramação do Portugal 2020

Bruxelas pretende entregar a decisão formal antes do final de 2018, apurou o ECO junto de fonte comunitária.

O Governo português já entregou formalmente o exercício de reprogramação do atual quadro comunitário de apoio à Comissão Europeia, confirmou ao ECO fonte oficial do Ministério do Planeamento e Infraestrturas. Em causa está a reafetação de 2,93 mil milhões de euros, que passam de umas gavetas para outras, ou seja de áreas com pouca execução para outras onde já faltam fundos comunitários.

“A documentação seguiu na sexta”, dia 20 de julho, avançou a mesma fonte. “A expectativa é de que só haja desenvolvimentos em setembro”, acrescentou.

O porta-voz da Comissão Europeia confirmou, esta segunda-feira, ao ECO a receção de todos os programas alterados da Política de Coesão enviados pelas autoridades portuguesas.

O ECO apurou junto de fonte comunitária que Bruxelas pretende entregar a decisão formal antes do final de 2018. As regras determinam que a Comissão depois de receber as propostas — as primeiras a chegar foram as do Programa Operacional da Madeira, Po Açores e o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), sabe o ECO — tem um mês para fazer comentários e pedir esclarecimentos adicionais, aos quais os Estados membros são obrigados a dar resposta. Mas em agosto os serviços da Comissão estão praticamente fechados devido às férias. Contudo, como houve uma negociação informal entre o Governo português e os serviços da comissária da Política Regional, Corina Cretu, ao longo dos últimos meses, é previsível que o exercício de reprogramação esteja mais ou menos limpo.

Recorde-se, tal como o ECO avançou, que Bruxelas pôs em causa várias opções do Executivo nacional, nomeadamente em termos de mobilidade urbana — o projeto de mobilidade do Mondego, que começou por ser no papel um papel, mas agora passou a ser um autocarro, foi dos que mais controvérsia gerou –, tendo mesmo sugerido que o Plano Juncker seria mais indicado para financiar alguns depois projetos e não os fundos estruturais do Portugal 2020.

Houve também exigências em termos de criar novos indicadores e objetivos de empregabilidade para os projetos apoiados com verbas de Bruxelas, nomeadamente através do Programa Operacional Capital Humano (POCH). “A Comissão Europeia encorajou Portugal a rever, e quando relevante, definir novos indicadores e objetivos de empregabilidade, tal como especificado nas atuais regras do Fundo Social Europeu”, disse ao ECO, fonte comunitária. Ou ainda as opções que punham em causa o equilíbrio entre o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e o Fundo Social Europeu, o respeito da concentração temática, etc.

Mas apesar de este exercício não ter conclusão prevista nas próximas semanas, isso não significa que o Governo não possa lançar novos concursos, nomeadamente para empresas, cuja aprovação de candidaturas é feita em regime de overbooking há pelo menos cinco meses, segundo os últimos dados disponíveis. Isto porque as despesas são elegíveis desde o momento de lançamento do concurso. “A dotação dos fundos que apoiam o investimento empresarial será reforçada em 650 milhões de euros”, no âmbito deste exercício de reprogramação, de acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Ou seja, o sistema de incentivos ficará com uma dotação global de 4.633 milhões de euros.

(Notícia atualizada segunda-feira 30 de julho com a confirmação oficial do porta-voz da Comissão Europeia)

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Navigator ajuda lucros da Semapa. Secil perde menos

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

A Navigator deu um contributo de 79,1 milhões de euros para os lucros da holding, enquanto a Secil registou um prejuízo de 10,2 milhões de euros.

A Semapa fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 59,1 milhões de euros. Registou um aumento de 36,4% face ao período homólogo, beneficiando do contributo da Navigator. A Secil também ajudou ao registar um prejuízo menos acentuado.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no período de referência, a Navigator deu um contributo de 79,1 milhões de euros para os lucros, enquanto a Secil registou um prejuízo de 10,2 milhões de euros, uma redução face aos 12,4 milhões do período homólogo.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou cerca de 9,1%, face a igual período do ano anterior, atingindo 269,3 milhões de euros.

O volume de negócios consolidado do grupo atingiu 1.068,7 milhões de euros, que compara com 1.076,3 milhões de euros registados no mesmo semestre de 2017. Por setor, no segmento de pasta e papel, o volume de negócios totalizou 816,9 milhões de euros, 0,5% acima do semestre homólogo, enquanto o dos cimentos, a Secil, registou um volume de negócios de 240,7 milhões de euros, menos 3,5% do que o verificado no mesmo período do ano anterior.

Em junho, a dívida líquida consolidada da Semapa totalizou 1.628,6 milhões de euros, menos 45,1 milhões de euros, face ao valor apurado no final do exercício de 2017.

Na sessão de hoje, a Semapa avançou 0,73% para 20,70 euros.

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Sonae Capital agrava prejuízo para mais de dez milhões

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

A Sonae Capital agravou o prejuízo no primeiro semestre do ano. De 3,93 milhões de euros em 2017, passou para os 10,06 milhões em 2018.

A Sonae Capital terminou o primeiro semestre com um prejuízo de 10,06 milhões de euros, que compara com os 3,93 milhões de euros registados em período homólogo, comunicou a empresa ao mercado. De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no período de referência, o volume de negócios consolidado totalizou 92,55 milhões de euros, mais 27,8% do que em igual período do ano anterior.

O resultado líquido foi, principalmente, impactado pelo maior nível de amortizações (+3,2 milhões de euros), fruto das aquisições da cadeia de ginásios Pump, no valor de 8,4 milhões de euros, e do início do processo de investimento no projeto de desenvolvimento de uma cogeração alimentada a biomassa, no valor de 6,4 milhões de euros, refere a empresa no comunicado ao mercado. Por sua vez, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado avançou 21,7% para 6,71 milhões de euros.

Já o capex (investimento) cedeu, no período em causa, 81,4% para 7,15 milhões de euros. A dívida da líquida fixou-se, em junho, em 144,4 milhões de euros, o que se traduziu numa subida de 32%, em comparação com o mesmo mês de 2017.

Na sessão desta sexta-feira, a Sonae Capital perdeu 0,98% para 0,91 euros.

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