Depois da Febase, CGD chega a acordo com sindicato dos bancários para aumento salarial de 0,75%

Depois do acordo com a Febase, a CGD alcançou um entendimento com Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários quanto à revisão salarial de 2018. Salários sobem 0,75%, com mínimo de 18 euros.

Depois da Febase, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) também chegou a acordo com o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) quanto à revisão salarial de 2018, tendo ficado estabelecido um aumento da tabela salarial de 0,75%, com um aumento mínimo de 18 euros.

O acordo foi alcançado esta segunda-feira e inclui ainda “a revisão das cláusulas de expressão pecuniária, como as diuturnidades tipo A, abono para falhas, subsídio de refeição, subsídio de apoio ao nascimento/adoção, subsídio a trabalhador estudante e subsídio infantil“. Também foram revistos o valor máximo do crédito à habitação e a indemnização por morte em acidente de trabalho ou deslocação, adianta aquele sindicato em comunicado.

O acordo tem efeitos a partir de 1 de janeiro deste ano, sendo o pagamento feito já em dezembro.

“O SNQTB realizou sessões de esclarecimento com os seus associados da CGD, tendo estes aprovado unanimemente esta revisão salarial”, diz Paulo Gonçalves Marcos, presidente do sindicato. “Quanto ao novo Acordo de Empresa, acordamos prosseguir as negociações de boa-fé as propostas mutuamente apresentadas”, acrescentou o responsável.

Também a Febase tinha anunciado no final do mês passado que tinha alcançado semelhante com o banco público quanto à revisão dos salários dos trabalhadores.

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Inspeção-Geral de Finanças, Ministério da Defesa e Cruz Vermelha alvo de buscas. Há suspeitas de corrupção

  • ECO
  • 11 Dezembro 2018

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a realizar buscas na Inspeção-Geral de Finanças, no Ministério da Defesa e na Cruz Vermelha. Em causa estarão suspeitas de corrupção.

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF), o Ministério da Defesa e a Cruz Vermelha estão a ser alvo de buscas esta terça-feira, de acordo com a SIC Notícias e com a Rádio Renascença. Em causa estarão suspeitas de corrupção.

Mais concretamente, a SIC Notícias fala em suspeitas de irregularidades em contratações e deficiências na elaboração de relatórios. A rádio acrescenta que se trata de uma operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção que investiga suspeitas de quebra de segredo de funcionário por parte de elementos do Fisco.

Questionada pela Lusa sobre as buscas, a Procuradoria-Geral da República confirmou “a realização de uma busca no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa”.

Na manhã desta terça-feira, o Correio da Manhã deu conta da existência de uma onda de denúncias dentro da IGF, na sequência da alegada venda de informações confidenciais para o exterior por parte de inspetores. Segundo o jornal, já terão sido constituídos dois arguidos, numa nova operação de combate à corrupção que visa “altos responsáveis” da IGF.

Um dos visados, segundo o mesmo jornal, será o inspetor-chefe Vítor Braz, que acumula a função com a de presidente do conselho de auditoria da Santa Casa da Misericórdia. Haverá também a suspeita de que o IGF não está a cumprir com rigor a fiscalização do financiamento de milhões de euros do Estado à Cruz Vermelha, através do Ministério da Defesa, diz o Correio da Manhã.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h02)

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Aumento da despesa das famílias em saúde sugere restrições no SNS

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2018

Um aumento do rácio da despesa privada em saúde "sugere a existência de restrições efetivas no acesso da população aos cuidados de saúde disponibilizados no SNS", diz o Conselho das Finanças Públicas.

A despesa direta das famílias para a saúde passou de 25% em 2000 para 27,2% em 2017, enquanto a despesa pública em relação a Produto Interno Bruto (PIB) se manteve praticamente inalterada, segundo o Conselho das Finanças Públicas.

O documento “Sistemas de Saúde”, divulgado esta terça-feira pelo Conselho das Finanças Públicas, considera que um aumento do rácio da despesa privada em saúde “sugere a existência de restrições efetivas no acesso da população aos cuidados de saúde disponibilizados no SNS”. O documento mostra que “a despesa direta das famílias registou um aumento acumulado” de 2,2% entre os anos de 2000 e 2017, “passando de 25% para 27,2% da despesa corrente total”.

Esta despesa direta não inclui pagamentos de impostos, sendo só o que as famílias gastam diretamente em saúde, como em seguros ou consultas e exames. O documento frisa que estes valores indicam “uma cada vez maior participação” das famílias na totalidade do sistema de saúde português, tal como sucede com a restante despesa corrente privada.

“O rácio da despesa corrente privada em relação à despesa corrente total passou de 29,5% em 2000 para 33,4% em 2017”, sublinha o documento do Conselho das Finanças Públicas. O documento assinala que Portugal mostra um comportamento divergente da média dos países da OCDE, onde a despesa corrente privada no PIB desceu 2,2%, passando de 29,1% em 2000 para 26,9% em 2017.

Aliás, Portugal teve uma redução acumulada de 3,9% no rácio da despesa corrente pública em relação à despesa corrente total da saúde entre 2000 e 2017, diminuindo de 70,5% para 66,6% no ano passado. “Apesar de o financiamento do sistema de saúde em Portugal ser maioritariamente público, o rácio da despesa corrente pública em relação à despesa corrente total é inferior ao observado na média da OCDE”, refere o Conselho das Finanças Públicas.

Enquanto a despesa direta das famílias aumentou, a despesa pública em saúde em Portugal em relação ao PIB (riqueza produzida no país) mantinha-se em 2017 quase no mesmo valor registado em 2000. A variação entre 2000 e 2017 foi de apenas 0,1%, passando de 5,9% da despesa pública em relação ao PIB em 2000 para 6,0% em 2017. Enquanto a variação em Portugal foi de 0,1%, para a média dos países da OCDE foi de 1,3 pontos percentuais. Já a despesa total corrente com saúde atingiu em Portugal 9% do PIB, aumentando 0,6% em relação aos 8,4% verificados em 2000.

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Lidl aumenta salário mínimo para 670 euros no primeiro ano de trabalho

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2018

A cadeia de supermercados garante ainda que todos os colaboradores na operação, até à categoria de chefe de loja, vão receber um aumento em 2019.

O Lidl Portugal anunciou, esta terça-feira, que decidiu aumentar “para 670 euros o valor do ordenado de entrada” no primeiro ano na empresa, acima do salário mínimo nacional, a partir do próximo ano fiscal, que arranca em março.

Em comunicado, a cadeia de supermercados de origem alemã adiantou que este é o montante do ordenado de entrada, “auferido no primeiro ano de trabalho”. Assim, “empenhado em estabelecer vínculos laborais e relações profissionais estáveis, o Lidl Portugal aumenta o ordenado mínimo acima dos 600 euros definidos pelo Governo para 2019. O valor representa um acréscimo de 70 euros”, acrescenta a empresa.

Há 23 anos no mercado, o Lidl Portugal tem, atualmente, mais de 6.500 trabalhadores.

“Depois da atribuição de benefícios valorizados em mais de cinco milhões de euros para todos os colaboradores mediante um prémio no valor de 400 euros, a todos os colaboradores na operação em março deste ano; um seguro de saúde de referência; e ainda, um cartão presente no valor de 30 euros, entre outros benefícios e acordos, a empresa anuncia agora o aumento do ordenado auferido no primeiro ano de trabalho”, resume a empresa.

“A partir do próximo ano fiscal da empresa, que se inicia em março 2019, o ordenado mínimo de entrada no Lidl Portugal, aumenta para 670 euros, um aumento de 70 euros. Adicionalmente a empresa garante que todos os colaboradores na operação, até à categoria de chefe de loja, recebem um aumento em 2019“, refere.

“O investimento nos nossos colaboradores é para nós uma prioridade, uma vez que são estes o motivo do nosso crescimento. No Lidl acreditamos que é construindo uma equipa de excelência, com empenho, capacidade e dedicação de trabalho que vamos crescer”, refere o presidente executivo do Lidl Portugal, Massimiliano Silvestri, citado no comunicado.

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Nova SBE… com novo ou “velho” dean?

O conselho geral da Nova SBE, composto por 14 membros, vai decidir esta quarta-feira quem será o próximo dean, Daniel Traça e Pedro Santa Clara são os candidatos.

Quem vai ser o próximo dean da Nova School of Business and Economics (SBE)? Daniel Traça é o atual diretor e concorre a um novo mandato, Pedro Santa Clara era, até à formalização da sua candidatura, presidente da Fundação Alfredo de Sousa, são os dois responsáveis pelo que é o maior projeto universitário do país, a construção de uma nova escola, em Carcavelos (Cascais), que mobilizou a doação de cerca de 50 milhões de euros de privados. E esta quarta-feira, dia 12, um deles será escolhido para diretor, o outro (provavelmente) sairá da escola.

Quando, no dia 29 de setembro, o país conheceu a Nova SBE, dois homens protagonizaram aquela apresentação perante centenas de pessoas, doadores, alunos, convidados e o (inevitável) Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, já se sabia, nos bastidores que poderiam estar em confronto passadas algumas semanas. Confirmou-se. Daniel Traça é o diretor da escola, das mais reputadas do país, e Pedro Santa Clara foi o gestor do projeto que levantou a construção da nova escola. E, agora, há uma contagem de espingardas para se saber quem ganhará. E quem sairá. A decisão está nas mãos de apenas 14 nomes e, segundo o ECO apurou nos últimos dias, há neste momento um empate a sete.

Afinal, quem é que vota nestas eleições? Os 14 membros do conselho da escola, que é composto por oito docentes (eleitos por voto), um aluno (que representa o corpo estudantil) e cinco membros externos (detentores de cargos considerados relevantes na sociedade), formando, assim, o corpo central de governo. E quem são os seus nomes?

  1. Luís Amado é o presidente deste conselho
  2. Miguel Ferreira é o vice-presidente
  3. Maria João Carioca (membro externo)
  4. José Galamba de Oliveira (membro externo)
  5. José Soares dos Santos (membro externo em nome dos doadores)
  6. Sofia Tenreiro (membro externo)
  7. Álvaro Ferreira Silva (docente)
  8. José Crespo de Carvalho (docente)
  9. José Tavares (docente)
  10. Luís Almeida Costa (docente)
  11. Maria Carmo Seabra (docente)
  12. Pedro Pitta Barros (docente)
  13. Vasco Santos (docente)
  14. Filipe da Silva Lopes Berjano (representante dos alunos)

Nesta contagem, a decisão deverá cair para um dos lados por uma margem mínima, tendo em conta os alinhamentos já conhecidos, e que são notícia nos corredores da faculdade. Luís Amado, por exemplo, é tido como um voto certo em Daniel Traça, mas o próprio escusa-se a fazer quaisquer comentários sobre o assunto até à data da eleição. E há alinhamentos mais ou menos claros de professores que são da área da economia, e por isso próximos de Traça, enquanto Pedro Santa Clara terá o apoio de membros externos e de professores da área de finanças. Curiosa será a posição de José Soares dos Santos, presidente da Fundação Manuel dos Santos e representante dos doadores neste conselho.

Daniel Traça e Pedro Santa Clara apresentaram ao conselho os seus projetos para o próximo mandato, mas, entre os diversos doadores da nova faculdade, este confronto era desnecessário, e evitável. “Os dois complementam-se nas suas competências, não chegam sequer a ser concorrentes no respetivo perfil. E o modelo de gestão de uma faculdade deveria permitir um modelo de cooperação, sem hierarquias”, lamentou. O ECO sabe que há outros investidores que participaram neste processo que olham para esta corrida com preocupação. Com o futuro da escola, que tem o primeiro ano letivo nas novas instalações.

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TOMI: comunicação de proximidade

  • ECO + TOMI
  • 11 Dezembro 2018

O TOMI é um equipamento de informação urbana. Tem como objetivo disponibilizar informação de forma integrada e serviços relevantes e acessíveis a todas as pessoas.

Trata-se de uma solução inovadora de comunicação assente num critério de proximidade, no sítio certo e à hora certa. Desta forma, melhora a qualidade de vida dos seus habitantes e a experiência daqueles que visitam a cidade.

Está implementado em cerca de 100 cidades em Portugal, Brasil e no Chile. Com mais de 8 anos de investigação e desenvolvimento, e com mais de 6 anos em operação na rua, o TOMI tem uma tecnologia única no mercado mundial, em evolução contínua, para acrescentar cada vez mais valor às cidades.

 

O TOMI recebeu recentemente o sexto reconhecimento, no espaço de um ano, relativa à sua contribuição para as Smart Cities. O TOMI já ganhou o Smart 50 Awards (Kansas, USA); o Smart Cities UK Awards (Reino Unido); o InovaCidade (São Paulo, Brasil), e conquistou o primeiro lugar no Global Smart Cities Contest, da World’s Smart City Organization (WSCO), na categoria da E-Gov. O TOMI também foi selecionado para apresentar a sua solução inovadora em duas principais conferências de smart cities internacionais: Smart Cities Connect (Kansas City, EUA) mais recentemente na Evolve Arena (Noruega), que ocorreu a 5 e 6 de dezembro.

A rede TOMI / MOP em Lisboa já registou mais de 5 milhões de interações e mais de 216 mil fotos enviadas em 2018. Descubra mais sobre o TOMI

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Grupo Hi Fly investe 30 milhões em hangar para manutenção de aviões em Beja

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2018

As obras de construção arrancam no início do próximo ano e o hangar deverá começar a funcionar no terceiro trimestre de 2020.

A empresa Mesa vai investir 30 milhões de euros na construção de um hangar para manutenção de aviões no aeroporto de Beja, que deverá começar no primeiro trimestre de 2019, revelou à Lusa, esta terça-feira, o presidente do grupo proprietário.

Segundo Paulo Mirpuri, presidente do grupo Hi Fly, o proprietário da Mesa, as obras de construção deverão começar “no primeiro trimestre de 2019” e durar 18 meses, devendo o hangar começar a funcionar “no terceiro trimestre de 2020”. A Mesa prevê investir “30 milhões de euros” na construção do hangar, que deverá criar “cerca de 150 postos de trabalho ao longo dos três primeiros anos de atividade“, acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Beja, Luís Miranda, indicou que a autarquia “já aprovou o projeto de arquitetura e concedeu uma licença parcial para a montagem do estaleiro e a movimentação de terras” para a construção do hangar de manutenção de aviões da Mesa. Segundo o autarca, o município prevê aprovar os projetos de especialidades do hangar “em breve” e, depois de aprovados, a licença parcial concedida tornar-se-á “definitiva e sem condicionantes” e as obras poderão avançar.

De acordo com informações da ANA – Aeroportos de Portugal, que gere o aeroporto de Beja, o hangar irá servir para manutenção de base da frota de aviões Airbus da companhia aérea Hi Fly — que também pertence ao grupo Hi Fly e, desde 2016, usa o aeroporto de Beja para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões — e de aviões de outras companhias aéreas com contrato de manutenção com a Mesa.

O projeto prevê a construção de um hangar, oficinas e arranjos exteriores, com uma área total de 9.500 metros quadrados, um centro técnico com capacidade para aviões de grande porte, incluindo os modelos airbus A330, A340, A350 e A380.

Paulo Mirpuri disse que a Mesa decidiu construir o hangar em Beja porque, atualmente, é “o único” aeroporto português que “pode acomodar todos os tipos de aeronaves que constituem a frota da Hi Fly, incluindo o airbus A380”, o maior avião comercial do mundo, e “tem espaço disponível” para estacionamento de aeronaves e instalação de hangares.

Segundo Paulo Mirpuri, “com o acréscimo da capacidade” de manutenção, através do novo hangar no aeroporto de Beja, a Mesa espera “não só acompanhar o forte crescimento da frota da Hi Fly como captar novos clientes oriundos principalmente da Europa e de África”.

O desenvolvimento e a expansão da atividade da Mesa vai incluir também “um novo centro logístico de suporte às atividades acrescidas de manutenção”, cuja localização “será decidida no segundo semestre de 2019” e poderá ser em Lisboa, Palmela ou Beja, disse o mesmo responsável.

Segundo o administrador da ANA Thierry Ligonnière, o projeto da Mesa “corresponde ao objetivo” da empresa gestora “de desenvolver o aeroporto de Beja e o seu potencial enquanto unidade para atividades a montante ou a jusante da aviação e atividade aeroportuária”.

O projeto “materializa a aposta” da ANA na implantação de atividades de manutenção e desmantelamento e no desenvolvimento do segmento de estacionamento de média-longa duração de aviões no aeroporto de Beja, segundo Thierry Ligonnière.

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“Montijo é muito pequeno” para a TAP, diz Antonoaldo Neves

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2018

Portugal "tem de fazer uma escolha: se quer se um hub global ou um hub secundário global", considera o presidente executivo da TAP.

O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, afirmou, esta terça-feira, que o “Montijo é muito pequeno” para a companhia aérea, pelo que é preciso “resolver” o problema da Portela, que “vai ser sempre o hub de Lisboa” na próxima década.

Antonoaldo Neves falava na conferência “Sucesso Made in Portugal”, organizado pelo Dinheiro Vivo, por ocasião do seu sétimo aniversário, que está a decorrer em Lisboa. O gestor começou por dizer que “o país tem de fazer uma escolha: se quer ser um hub global” ou um “hub secundário global”.

“Estamos muito atrasados” e a questão principal não é se a a escolha [para o aeroporto] é o Montijo ou não, continuou. “É tudo, o investimento em controlo do tráfego aéreo, o investimento em legislação, temos uma legislação muito atrasada em diversos aspetos”, apontou Antonoaldo Neves. Além disso, o investimento em infraestruturas “leva tempo a maturar”, sublinhou.

Antonoaldo Neves disse que a questão do aeroporto de Lisboa não é como um casamento que não resulta e, perante isso, uma das partes escolhe um novo ou nova parceira. O gestor disse que a questão não é “namorar” o Montijo, mas antes o “casamento” com a Portela, atual Aeroporto Humberto Delgado.

Eu preciso de resolver o meu problema com a Portela, o Montijo é muito pequeno para a TAP“, salientou. O Montijo é “uma solução pontual, a Portela vai ser sempre o hub de Lisboa nos próximos 10 anos”, prosseguiu o presidente executivo da TAP.

“O que sei é que o investimento na Portela é maior do que no Montijo, mas a realidade é que o nosso desafio enquanto país é a Portela”, disse, salientando, porém, que construir a estrutura aeroportuária do Montijo é importante como apoio ao aeroporto de Lisboa.

“A Portela transporta mais passageiros do que o Galeão. O país precisa de discutir a Portela e eu não sei quais os planos da Portela”, comentou.

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Criar o próprio emprego foi a opção de 15% dos portugueses que não encontravam trabalho

Em Portugal, 15% das pessoas que criaram o seu próprio emprego fizeram-no porque não conseguiam encontrar trabalho. A Roménia foi, contudo, o país da UE onde o desemprego mais influenciou a decisão.

A União Europeia (UE), em 2017, contava com 228 milhões de pessoas empregadas, das quais cerca de 33 milhões criaram o seu próprio emprego. Essa decisão, de abrir um negócio próprio, é a opção de muitas pessoas, motivadas pelas mais diferentes razões: desde a vontade de ter um horário flexível até à continuação de um negócio que vem de família. Contudo, muitas vezes, a motivação vem de uma necessidade, a de encontrar uma alternativa para o desemprego.

Foi precisamente o que aconteceu a alguns portugueses. Em Portugal, 15% das pessoas que criaram o seu próprio emprego fizeram-no porque não conseguiam encontrar trabalho, revelam os dados do Gabinete de Estatísticas da UE, o Eurostat.

Contudo, foi na Roménia que esta razão mais pesou, com 38% dos romenos a justificarem a abertura de um negócio próprio pela dificuldade que sentiam em encontrar emprego, seguindo-se a Croácia (23%). Por outro lado, na Áustria, o desemprego foi algo que quase não teve influência no momento da decisão. Apenas 4% das pessoas disseram que criaram o seu próprio emprego por não encontrarem trabalho.

Mas, voltando ao nosso país, há mais razões que os portugueses apontam para justificarem a decisão de criar o seu emprego. Primeiro — e a mais indicada (28%) — é a identificação de uma oportunidade de negócio, seguindo-se depois a continuidade de um negócio familiar (17%).

Já a possibilidade de fazer horário flexíveis, já que muitas vezes são decididos pelo próprio, é um fator ao qual os portugueses não recorreram com expressão significante (apenas 3% apontou este como o motivo para a criação do seu trabalho). Aliás, neste ponto, Portugal é o segundo país com a percentagem mais baixa. Apenas os gregos dão ainda menos importância ao horário flexível (1%).

E há também diferenças de género neste tópico. É que as mulheres privilegiam o facto de terem alguma flexibilidade de horário, mais do que os homens.

Uma vez criado, como vai o negócio?

Sem dificuldades”. Esta foi a reposta que 26% dos portugueses nesta situação deram ao inquérito do Eurostat. A resposta vai ao encontro do sentimento vivido nos restantes países da União Europeia e fica, ainda assim, um pouco abaixo da média registada na União Europeia (28%).

O país onde o negócio parece que corre melhor é a República Checa, onde 44% das pessoas diz que não sente qualquer dificuldade. Contudo, nesse mesmo país, por outro lado, os processos administrativos apresentam-se como uma dificuldade maior.

Os auto empregados de Portugal, por sua vez, não sentem os processos administrativos como um grande fardo. Já os períodos em que não há clientes ou projetos são uma grande dificuldade para o negócio (21%), tal como os atrasos de pagamentos ou, mesmo, a falta deles (19%).

Já na Suécia e na Roménia, atrasos nos pagamentos é algo que, de maneira geral, não se apresenta como um problema para o negócio, sendo que apenas 4% das pessoas admitiu que era, de facto, uma dificuldade.

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Após três meses de quebra, novo crédito para a casa volta a acelerar

Os bancos disponibilizaram 811 milhões de euros em novos empréstimos para a compra de habitação, em outubro. Mais 22 milhões que no mês anterior e 105 milhões acima do registado no período homólogo.

Após três meses de quebras em resultado do travão do Banco de Portugal, o mês de outubro foi marcado por uma aceleração da concessão de novos empréstimos para a compra de casa. Foram mais 22 milhões de euros face à concessão registada em setembro e 105 milhões acima do período homólogo.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, indicam que em outubro foram concedidos em Portugal 811 milhões de euros em novo crédito à habitação. Este montante supera em 22 milhões de euros o valor registado no mês de setembro. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, observa-se um aumento de 105 milhões de euros, ou de 15%, com o valor a ser o mais elevado dos últimos oito anos.

No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as novas operações de crédito à habitação totalizaram 8.104 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2010. Face ao mesmo período do ano passado, o montante concedido acresceu 21,7%.

Crédito da casa acelera em outubro

Fonte: Banco de Portugal

Constata-se assim, de setembro para outubro, uma pausa no movimento de quebra dos níveis de disponibilização observados nos três meses anteriores. Em julho, agosto e setembro tinham sido disponibilizados 919, 810 e 790 milhões de euros, respetivamente, em crédito à habitação.

Reduções que surgiram no seguimento da entrada em vigor, em julho, das recomendações da entidade liderada por Carlos Costa aos bancos no sentido de estes terem em conta três tipos de limites na hora de dar crédito às famílias com vista a prevenir situações de sobreendividamento.

Entretanto, o Banco de Portugal veio reconhecer no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado já neste mês de dezembro que as suas recomendações já estavam a ser cumpridas por todos os bancos. Na primeira avaliação que fez à implementação destas novas regras, o regulador disse ver “melhorias na avaliação de solvabilidade” dos clientes por parte dos bancos.

Tal como na habitação, também no crédito ao consumo, alvo também das recomendações do Banco de Portugal, se observou uma subida dos níveis de concessão. Em outubro, as instituições financeiras disponibilizaram 397 milhões de euros em empréstimos para consumo. Ou seja, mais 44 milhões de euros quando comparados com o registado no mês anterior. Face ao período homólogo também se verificou um crescimento, mas mais curto: sete milhões de euros (1,8%). Ainda assim, o suficiente para sinalizar um novo máximo desde o mesmo mês de 2004.

No acumulado do ano, as novas operações de crédito ao consumo totalizam 3.882 milhões de euros, 14% do verificado no período homólogo.

Quanto ao crédito para outros fins, as novas operações de outubro ascenderam a 154 milhões de euros, valor similar ao registado no mês anterior. Face ao mesmo mês do ano passado, foram menos dois milhões de euros.

Em resultado do observado no mês de outubro, nos primeiros dez meses do ano os novos empréstimos às famílias ascenderam a 13.480 milhões de euros, mais 15,3% do que em igual período do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h42 com mais informação)

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Vista Alegre dispara 7% após cancelar aumento de capital

Depois de ter cancelado o aumento de capital, numa operação avaliada em 17 milhões de euros, a Vista Alegre avança na bolsa. Sobe quase 7% em sessão de baixa liquidez.

Numa sessão de baixa liquidez, as ações da Vista Alegre dispararam esta terça-feira quase 7% na bolsa de Lisboa, isto depois de fábrica de porcelanas ter cancelado o aumento de capital devido às condições do mercado pouco favoráveis.

Os títulos valorizaram 6,92% para 1,39 euros, seguindo a disparar pela segunda sessão consecutiva — esta segunda-feira tinham somado 6,56%. E, assim, recuperaram parte do valor perdido na semana passado, quando acumularam uma perda de 24%.

Foram trocados apenas 4.500 papéis da Vista Alegre esta manhã. Foi uma liquidez acima do habitual, tendo em conta a média de 1.180 ações transacionadas diariamente nos últimos seis meses. Ainda assim, trata-se de um baixo volume de transações que tem implicações ao nível da formação dos preços, ou seja, tende a originar oscilações mais acentuadas nas cotações.

Este desempenho bolsista surge depois de a empresa ter deixado cair o aumento de capital perante as condições do mercado adversas. Em cima da mesa estava a colocação em bolsa de mais de 21 milhões de títulos da Vista Alegre.

“Apesar de diversos investidores nacionais e internacionais terem participado no roadshow recentemente realizado, em resultado da conjuntura adversa nos mercados internacionais que se tem verificado, a oferta institucional de distribuição de ações da sociedade não se concretizará”, informou a Vista Alegre nas primeiras horas desta terça-feira.

Vista Alegre em alta na bolsa

Fonte: Reuters

Mais concretamente, a operação era composta por duas partes: pela venda de 8.709.094 ações da Vista Alegre já existentes, representativas de 5% do capital social, alienadas pela Visabeira Indústria (principal acionista), bem como pela admissão à negociação em mercado regulamentado de 21.772.735 novas ações, representativas de 12,5% do capital social. O aumento de capital serviria para reforçar o capital disperso em bolsa (free float) para 25%, dos atuais 2,5%.

O ECO sabe que perante o insucesso da operação, o grupo Visabeira, que controla a Vista Alegre, vai agora avaliar alternativas à Oferta Pública de Venda (OPV) de ações e Oferta Pública de Subscrição de novas ações da empresa para obter o financiamento. Esta operação iria render cerca de 17 milhões de euros.

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Mais de 150 “super ricos” compraram casas de mais de 20 milhões

  • ECO
  • 11 Dezembro 2018

No ano terminado em agosto de 2018, as pessoas mais ricas do mundo gastaram, em conjunto, 6,6 mil milhões de dólares em 153 casas, que foram, cada uma, vendidas por mais de 25 milhões de dólares.

Mais de 150 casas por todo o mundo foram vendidas por, pelo menos, 25 milhões de dólares (o equivalente a perto de 22 milhões de euros) ao longo do último. A conclusão é da agência imobiliária britânica Knight Frank, que atribui este movimento à “criação implacável de riqueza privada”.

Segundo o relatório desta imobiliária, durante o ano terminado em agosto de 2018, as pessoas mais ricas do mundo gastaram, em conjunto, 6,6 mil milhões de dólares em 153 casas, que foram, cada uma, vendidas por mais de 25 milhões de dólares. Ao todo, a Knight Frank identifica 17 mercados que podem ser descritos como de “ultra luxo” — nestes mercados, foram feitas pelo menos três transações imobiliárias de valor superior a 25 milhões de dólares, ao longo dos últimos três anos.

Hong Kong é o mais luxuoso destes mercados. Nesta região, foram vendidas 47 casas por mais de 25 milhões no ano passado. Nova Iorque surge em segundo lugar, com 39 transações, e Londres, que em 2015 liderava este ranking, está agora em terceiro, com 38 vendas. A justificar esta queda da capital britânica estão um aumento de impostos e as preocupações dos investidores em torno do Brexit.

Estas três cidades são líderes “incontestados” do ranking dos mercados imobiliários mais luxuosos, mas a tendência é de proliferação por todo o mundo. “A criação implacável de riqueza privada a nível global, ao longo da última década, fomentou o crescimento dos mercados residenciais ultra luxuosos“, aponta Liam Bailey, responsável de investigação da Knight Frank, citado pelo The Guardian.

Num ranking que não conta com Portugal, o top 6 é fechado por Singapura, Los Angeles e Sydney, embora com um número de transações que fica muito abaixo daqueles que são registados pelas três primeiras cidades.

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