Grupo RNM investe 15 milhões na construção de novas instalações

Empresa líder na distribuição de produtos químicos vai investir 15 milhões de euros e contratar mais 24 trabalhadores.

O grupo RNM-Produtos Químicos, líder de mercado na distribuição de produtos químicos, vai investir 15 milhões de euros na construção de novas instalações. O objetivo é concentrar a atividade industrial e comercial da empresa aumentando a eficiência e potencial de crescimento, revela a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

A empresa familiar, liderada por Ricardo Machado, que começou por estar ligada ao setor têxtil vai assim concentrar as suas quatro áreas de negócio (RNM Produtos Químicos, RNM Transportes Químicos, RNM Logística e Tuebingen Chemical Company, especializada em produtos que apoiam os processos têxteis) nas mesmas instalações na freguesia de Landim, Vila Nova de Famalicão.

O grupo assegura soluções integradas ao nível da produção distribuição, logística e transporte de produtos químicos para os mais diversos setores de atividade e é um dos dez maiores operadores químicos da Península Ibérica. As suas atividades estavam espalhadas por vários pontos, entre os quais Santo Tirso e havia inclusive instalações alugadas.

Com um volume de faturação, em 2017, de 135 milhões de euros, o grupo emprega 215 colaboradores e vai contratar mais 24 colaboradores. Um número que deverá aumentar com o crescimento previsto para a empresa com este investimento.

Posicionando-se entre os dez maiores operadores de produtos químicos da Península Ibérica, o Grupo RNM aposta em alianças estratégicas entre produtores e clientes e em soluções logísticas de armazenagem e transporte rodoviário, ferroviário e marítimo.

A apresentação do novo projeto terá lugar durante a tarde da próxima quinta-feira nas atuais instalações da empresa, em Famalicão. A autarquia liderada por Paulo Cunha vai apoiar este investimento declarando-o de interesse público municipal, classificando-o como Projeto 2IN.

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Bruxelas tira Portugal da categoria de desequilíbrios macroeconómicos excessivos

A Comissão Europeia divulga esta quarta-feira o Pacote de Inverno do Semestre Europeu com relatório por país e apreciações sobre os países com desequilíbrios macroeconómicos como é o caso de Portugal.

Portugal registou melhorias nos desequilíbrios macroeconómicos excessivos. O elogio é deixado pelo Bruxelas no Country by Country Report divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia no âmbito do Pacote de Inverno do Semestre Europeu. Apesar de continuar a precisar de mais esforços, o país está no bom caminho: Portugal saiu da lista de países que têm desequilíbrios macroeconómicos excessivos.

“Hoje a Comissão Europeia assinala que estes desequilíbrios estão a ser corrigidos graças às reformas em andamento e à recuperação económica, o que faz a Europa ficar mais forte. Isto são boas notícias! O número de países que está sob este procedimento tem caído entre a crise e hoje. Queremos recompensar o progresso na Bulgária, França, Portugal e Eslovénia com uma mudança positiva nesta categoria“, afirma a Comissão Europeia em comunicado. Ainda assim, Bruxelas assinala que são precisos mais esforços em todos os países, incluindo Portugal.

Na conferência de imprensa após a reunião dos comissários, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, garantiu que em Portugal “a tendência é incontestavelmente positiva”, confirmando que os desequilíbrios do país já “não são considerados excessivos”. Sobre Portugal, Moscovici assinalou que “a retoma acelerou fortemente no ano passado e o desemprego está abaixo da média europeia”. O comissário disse que “há progressos muito substanciais em Portugal”, algo que quer “salientar e encorajar”. “Estamos hoje perante um copo meio cheio“, insistiu.

Mas também notou que continuam a existir dificuldades no setor financeiro, na produtividade do trabalho, na desigualdade, na fragmentação do mercado de trabalho, no investimento que “melhora mas está ainda muito fraco”, referiu Moscovici. Ou seja, “não podemos ficar de braços cruzados dado que há ainda coisas que devem ser feitas”, vincou. O mesmo foi corroborado por Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, que revelou que vai “endereçar uma carta às autoridades portuguesas salientando a importância de implementar reformas” para resolver os desequilíbrios existentes.

Na lista de países com desequilíbrios excessivos continuam a Croácia, Chipre e Itália. Tal como Portugal, França e Bulgária também saíram dessa categoria. Portugal continua a estar inserido no procedimento por desequilíbrios macroeconómicos, mas deixa de estar na categoria de desequilíbrios excessivos. Os desequilíbrios estão a baixar num contexto macroeconómico e condições financeiras favoráveis, mas a dívida pública e privada e a posição externa líquida negativa continuam em níveis elevados”, esclarece a Comissão no relatório específico sobre Portugal.

Contudo, nem tudo foi feito. “Para a Bulgária e Portugal, a Comissão sublinha que continuam a ser necessários mais esforços para alcançar uma correção sustentável dos desequilíbrios”, lê-se no documento divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia. Bruxelas espera por um pacote de reformas “ambiciosas” no Programa Nacional de Reformas e no Programa de Estabilidade que deverá ser divulgado pelo Governo em abril.

Quais são esses desequilíbrios? É o caso da dívida externa, tanto a pública como a privada, e o fardo de crédito malparado que constituem uma “vulnerabilidade num contexto de fraco crescimento da produtividade”, aponta a Comissão. Este é um elemento destacado pela Comissão Europeia: é necessário um crescimento maior da produtividade para melhorar as perspetivas de competitividade e aumentar o crescimento potencial da economia portuguesa.

“A adoção e implementação de vários planos de reformas, incluindo medidas para resolver a segmentação do mercado de trabalho e as reformas orçamentais estruturais, para melhorar a sustentabilidade das finanças públicas, terão de ser monitorizados”, refere a Comissão Europeia, assinalando que continuam a existir falta de medidas para reduzir o crédito malparado e para melhorar o ambiente empresarial.

Costa satisfeito com as “boas notícias”

O primeiro-ministro classificou como uma “boa notícia” Portugal ter saído da lista de Estados-membros com “desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, afirmando ser necessário continuar a apostar na inovação como motor de desenvolvimento. “Mais uma vez tivemos a boa notícia de Portugal ter sido reclassificado e ter saído da classificação de graves desequilíbrios para a situação de desequilíbrios, juntando-se à generalidade dos países da União Europeia”, afirmou António Costa, no Porto, citado pela Lusa.

Para o primeiro-ministro, se Portugal quer “continuar esta trajetória, continuar a ter níveis de crescimento” como os registados no ano passado, “continuar a reduzir o desemprego” como tem vindo a reduzir e continuar “a ter finanças mais sólidas”, é preciso “apostar na inovação como grande motor de desenvolvimento”.

“E para termos inovação precisamos de ter bom investimento, bom investimento estrangeiro e, para isso, é essencial investimento estrangeiro”, afirmou o primeiro-ministro, no âmbito da cerimónia de inauguração do Centro de Competências de Tecnologias de Informação da Natixis em Portugal.

Já o Ministério das Finanças emitiu um comunicado no qual garante que o Governo vai prosseguir com os “esforços de transformação estrutural da economia portuguesa”, visando um “equilíbrio das contas públicas” e um “crescimento sustentável”. “O Governo prosseguirá os esforços de transformação estrutural da economia portuguesa, garantido o equilíbrio das contas públicas, a promoção de um crescimento sustentável e inclusivo e incrementando a competitividade externa da economia”, assinala o Ministério das Finanças.

O Governo prosseguirá os esforços de transformação estrutural da economia portuguesa, garantido o equilíbrio das contas públicas, a promoção de um crescimento sustentável e inclusivo e incrementando a competitividade externa da economia.

Comunicado do Ministério das Finanças

De acordo com a tutela, “os desafios com que o país se depara e que merecem resposta estão identificados no Programa Nacional de Reformas, que continuará a guiar o esforço reformista do Governo”. Falando numa “evolução positiva”, o Ministério das Finanças realça que “a Comissão tomou em consideração a evolução muito positiva de indicadores específicos, tais como o endividamento do setor público, o endividamento do setor privado e a taxa de desemprego”.

Marcelo saudou reconhecimento da recuperação portuguesa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou o reconhecimento pela Comissão Europeia da evolução positiva da economia portuguesa, considerando que se trata de um passo importante do restabelecimento da credibilidade externa e do “acerto do processo” desenvolvido nos últimos anos.

“A evolução positiva da análise da Comissão Europeia sobre a economia portuguesa, que acaba de ser anunciada em Bruxelas, no quadro dos desequilíbrios macroeconómicos do semestre europeu, constitui um novo passo importante do restabelecimento da nossa credibilidade externa e do acerto do processo levado a cabo ao longo dos últimos anos”, lê-se numa nota do Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, divulgada no site da Presidência da República.

(Notícia atualizada com declarações de António Costa)

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Em choque com a Pharol, Oi tem dois dias para se pronunciar

  • Lusa
  • 7 Março 2018

A Oi tem 48 horas para se pronunciar acerca da decisão arbitral que, sendo favorável à Pharol, propõe-se a travar o aumento de capital. Operadora brasileira considera que o procedimento é ilegal.

A operadora brasileira Oi tem dois dias para se pronunciar sobre a decisão da Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM), conhecida esta terça-feira, que impede a empresa de concretizar o aumento de capital aprovado na segunda-feira. Esta terça-feira, a Pharol PHR 1,57% comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Portugal, que a CAM impediu a Oi de concretizar o aumento de capital para capitalização de créditos aprovado na segunda-feira em reunião extraordinária do Conselho de Administração.

Porém, em comunicado divulgado horas depois ao mercado no Brasil, a operadora brasileira salienta que “tal manifestação foi proferida sem que a companhia fosse ouvida ou tivesse oportunidade de se manifestar, tendo sido concedido à Oi o prazo de 48 horas para prestar informações e para manifestar-se sobre as pretensões da Bratel [subsidiária da Pharol]”, que iniciou o procedimento arbitral.

A Oi considera que “tal procedimento arbitral, ao criar ilegais obstáculos à implementação do aumento de capital da companhia previsto no plano [de recuperação judicial], contraria a deliberação da assembleia-geral de credores que aprovou o plano, a decisão judicial que o homologou, bem como outras decisões proferidas pelo juízo da recuperação judicial, único juízo competente para decidir sobre a matéria em questão, conforme ratificado inclusive pelo Superior Tribunal de Justiça”.

“A companhia esclarece, finalmente, que julgou adequada a divulgação deste fato relevante, apesar do prazo de 48 horas concedido e necessário para a sua análise e aprofundamento do procedimento arbitral, em função da publicidade conferida por terceiros ao procedimento arbitral e à manifestação do árbitro de apoio”, adianta a Oi, assegurando que “tomará as medidas cabíveis para impedir qualquer prejuízo à implementação do plano”.

Esta posição já tinha sido transmitida através de uma informação escrita, na qual a operadora de telecomunicações brasileira insiste na concretização do aumento de capital aprovado, medida que a portuguesa Pharol, principal acionista, tentou travar, nomeadamente ao tentar impedir a reunião. A Oi está num processo de recuperação desde 2016, com o objetivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).

O Plano de Recuperação Judicial, aprovado no final do ano passado pelos credores, propõe-se reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros), através da conversão de 75% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia. A decisão de homologação deste plano foi, contudo, contestada pela Bratel, que alega que o documento não teve a “prévia aprovação” dos acionistas e do Conselho de Administração, mas o tribunal do Rio de Janeiro viria a rejeitar esta pretensão da subsidiária da Pharol.

Entretanto, a Pharol convocou para 7 de fevereiro passado uma assembleia-geral extraordinária de acionistas da Oi em que foi decidido processar o presidente e o diretor da empresa de telecomunicações, mas o tribunal do Rio de Janeiro acabou por considerar “inválida e ineficaz qualquer deliberação extrajudicial que atente contra as questões já homologadas no plano”. A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

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TdC pede ao Governo que se decida sobre extinção do Fundo de Pensões do INE

  • Lusa
  • 7 Março 2018

O Tribunal de Contas pediu ao Governo para que este decida se acaba, ou não, com o Fundo de Pensões do INE. Pois, diz, até 2016, o INE tem procedido "a reforços extraordinários" do fundo.

O Tribunal de Contas (TdC) reitera ao Governo que decida sobre a extinção do Fundo de Pensões do INE ou eventual integração na Caixa Geral de Aposentações (CGA) ou na Segurança Social, segundo relatório divulgado, esta quarta-feira.

No relatório de auditoria de seguimento de verificação de contas do Instituto Nacional de Estatística (INE), o tribunal sublinha que se mantém “a indefinição quanto ao futuro do Fundo de Pensões” do instituto, insistindo para que o Governo avance para a extinção ou integração do fundo na CGA ou na Segurança Social. A decisão do Governo deve ser precedida “de estudos atuariais e de apreciação da sua conformidade com as normas jurídicas e com critérios prudenciais que disciplinam os regimes jurídico e financeiro dos fundos de pensões em geral pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões”, defende o TdC.

O tribunal sublinha ainda que o Governo deverá ter em conta “o princípio de igualdade de tratamento dado aos beneficiários dos fundos de pensões ainda em vigor, ou, entretanto, extintos no setor publico administrativo”, bem como os “impactos económicos intergeracionais na sustentabilidade das finanças públicas”. O TdC lembra que, em 2016, o INE e a Caixa Geral de Depósitos/Pensões (CGD) promoveram alterações aos contratos, constitutivo e de gestão do Fundo de Pensões “sem que tivessem sido apresentados argumentos concluindo sobre a necessidade das mesmas”.

A alteração ao contrato “não poderia ocorrer apenas com a intervenção do Conselho Diretivo do INE, mas, tendo em conta os impactos nas finanças públicas e na subsistência e destino do Fundo de Pensões”. Além disso, a alteração deveria ter tido parecer vinculativo dos ministros das Finanças e do Trabalho “e limitar-se a salvaguardar os direitos laborais constituídos ou em formação dos trabalhadores que integraram o Fundo de Pensões até 30 de setembro de 2015”.

O Fundo de Pensões do INE foi constituído em 21 de dezembro de 1999 e é gerido desde 1 de abril de 2004 pela CGD – Sociedade Gestora de Pensões. Com a revisão da carreira especial do INE, em setembro de 2015, o fundo fechou, ou seja, deixou de receber novas inscrições, mantendo-se os direitos constituídos até àquela data para os restantes beneficiários. O TdC recomendou então ao Governo que decidisse sobre o futuro do Fundo de Pensões do INE, tendo em conta “a prevista necessidade de reforços anuais crescentes para assegurar os direitos dos atuais beneficiários”.

No documento, o TdC revela que a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, informou que “em 30-06-2017 as responsabilidades estimadas com ativos e reformados totalizavam um valor estimado do património (…) de 7.056.012€”, financiadas com um grau de cobertura de 100,65%. No entanto, diz o TdC, até 2016 o INE tem procedido “a reforços extraordinários do Fundo de Pensões”, não existindo até agora o estudo atuarial referente a 2017.

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Trump ataca aço. UE responde e ameaça com taxas sobre manteiga de amendoim e jeans

Comissária europeia do Comércio anunciou que está a ser preparada lista de itens norte-americanos que poderão vir a ser sujeitos a taxas aduaneiras mais altas, em resposta às ameaças de Donald Trump.

Donald Trump ameaçou aumentar as taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio impostas à União Europeia e o bloco não se deixou ficar calado. Esta quarta-feira, a comissária europeia do Comércio garantiu que está a ser preparada uma lista provisória de itens norte-americanos sobre os quais poderão ser aumentados os impostos. Manteiga de amendoim, jeans, milho, sumo de laranja e bourbon, bem como aço e alumínio são alguns dos produtos que podem passar, assim, a ser sujeitos a taxas mais pesadas.

“Na lista constam produtos de aço, industriais e agrícolas”, explicou Cecilia Malmström, numa conferência sobre a resposta do bloco à posição protecionista de Donald Trump. De acordo com Bruxelas, essa lista está a ser agora discutida com os Estados-membros e será em breve tornada pública. Depois da sua divulgação, as indústrias terão tempo para responder, deixando-se em aberto a possibilidade de as tarifas serem posteriormente adaptadas.

Neste mesmo sentido, a União Europeia está também a preparar medidas para evitar que o seu mercado seja vítima de “uma inundação” de aço e alumínio, na sequência da imposição de restrições à importação destes produtos por parte dos Estados Unidos. Esta quarta-feira, a mesma comissária disse, por isso, ter dúvidas sobre a justificação para a imposição de tarifas aduaneiras e revelou que está a ser coordenada com outros parceiros a resposta na Organização Mundial de Comércio.

“Responderemos de forma proporcional e equilibrada”, sublinhou Cecilia Malmström face às declarações do líder norte-americano. Esta terça-feira, Trump defendeu que a União Europeia não “tratou bem” os Estados Unidos, no que diz respeito às relações comerciais entre estas duas potências.

“É praticamente impossível fazermos negócio com eles [UE]. No entanto, eles conseguem enviar viaturas e tudo o resto para os Estados Unidos”, fez questão de notar o empresário nova-iorquino, citado pela AFP. Neste ponto, a comissária europeia do Comércio respondeu ao líder americano, referindo que, todos os anos, são produzidos dois milhões de carros nos EUA por empresas europeias, o que garante trabalhos e receitas à sua economia.

Aço é um dos metais que Trump quer incluir ver sujeitos a mais taxas aduaneiras.Pixabay

Não há vencedores numa guerra comercial

“Entre a UE e os EUA não há tarifas muito elevadas”, enfatizou a comissária, que confessou ter esperança que o bloco não seja incluído neste agravamento das restrições à importação, uma vez que, nesse caso, as relações transatlânticas seriam danificadas.

Malmström assinalou, por outro lado, que o problema em causa tem origem no excesso de produção destes metais. “Podemos trabalhar com os nossos amigos americanos e com outros aliados no núcleo duro deste problema, a sobreprodução”, defendeu.

Cecilia Malmström lembrou, por fim, que estas medidas foram uma promessa eleitoral de Donald Trump. Ainda assim, a comissária deixou claro que espera que não avancem, até porque “uma guerra comercial não tem vencedores”. Mais, a responsável sublinhou que, no caso das propostas serem concretizadas, o bloco terá de preparar medidas para proteger os postos de trabalhos europeus.

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Ministério Público abriu inquérito sobre segunda parte do Estoril – FC Porto

  • Lusa
  • 7 Março 2018

O Ministério Público abriu um inquérito sobre a segunda parte do jogo disputado entre o Estoril e o FC Porto. Em causa estará uma reunião de um representante do Estoril e dois empresários dos dragões.

O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito à segunda parte do jogo de futebol entre Estoril Praia e FC Porto, disputada em 21 de fevereiro, confirmou esta quarta-feira à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“A queixa relacionada com a segunda parte do jogo Estoril Praia-FC Porto foi remetida ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde deu origem a um inquérito que se encontra em investigação”, disse fonte oficial da PGR. O FC Porto venceu o encontro da 18.ª jornada da I Liga frente ao Estoril Praia, por 3-1, num embate que estava a perder por 1-0 ao intervalo, quando, em 15 de janeiro, foi interrompido devido a problemas de segurança.

Em causa estará uma reunião de um representante da Traffic, empresa que detém a maioria do capital da SAD do Estoril, um empresário e um dirigente do FC Porto, antes da segunda parte do encontro, altura em que também foi feita uma transferência bancária de 730 mil euros dos ‘dragões’ para os ‘canarinhos’. Na semana passada, o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, afirmou que este montante se refere a dívidas para com o Estoril Praia, nomeadamente sobre a transferência do Carlos Eduardo para o Al Hilal e a cedência de Licá.

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Atrasos em voos com escalas? Transportadoras podem ser processadas pelo destino

  • Lusa
  • 7 Março 2018

Tribunal de Justiça da União Europeia acaba de clarificar que qualquer país europeu que seja o destino de uma viagem com escalas pode processar a transportadora aéreas pelos atrasos.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) considerou, esta quarta-feira, que, num voo com escalas, a companhia aérea de um Estado-membro responsável por atrasos numa viagem com escala pode ser processada no país da UE de destino final.

Num acórdão divulgado esta quarta-feira, o Tribunal de Justiça da UE (TJUE) conclui que “a companhia aérea que realizou num Estado-membro apenas o primeiro segmento de um voo com correspondência pode ser demandada perante os órgãos jurisdicionais do destino final situado noutro Estado-membro com vista ao pagamento de uma indemnização por atraso”.

O acórdão especifica que tal acontece “quando os diferentes voos são objeto de uma reserva única para a totalidade do trajeto e o atraso importante à chegada ao destino final é devido a um incidente que se verificou no primeiro dos voos”.

O TJUE responde, com esta decisão, a uma dúvida de um tribunal alemão sobre a sua competência para julgar a companhia aérea espanhola Air Nostrum que, devido a atrasos nas primeiras escalas, foi processada por passageiros que chegaram aos destinos finais, na Alemanha, com quatro horas de atraso num dos casos e 13 no outro.

O tribunal da UE conclui que o destino final na Alemanha pode ser considerado o lugar de cumprimento das prestações a fornecer não só no que diz respeito ao segundo voo, mas igualmente no que diz respeito ao primeiro voo interno em Espanha.

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Portugal foi o país europeu que mais agravou as disparidades salariais nos últimos cinco anos

De acordo com os dados da Eurostat, na União Europeia, as mulheres receberam salários 16% inferiores aos dos homens em 2016. Em Portugal a diferença foi de 17,5%.

As discrepâncias salariais continuam. De acordo com os dados do Eurostat, na União Europeia, as mulheres receberam salários 16,2% inferiores aos dos homens em 2016. Mas em Portugal, nesse período, a diferença foi de 17,5% — a sétima maior da UE. Além disso, foi em Portugal que, entre 2011 e 2016, essa discrepância mais se agravou (4,6 pontos percentuais).

No ano de 2016, as mulheres continuaram em níveis salariais inferiores aos homens, revelam os dados do Eurostat (conteúdo em inglês). Na Estónia, República Checa e Alemanha foram os países onde as trabalhadoras mais sofreram com estas desigualdades — ordenados 20% inferiores aos dos homens. Na média da União Europeia, essas diferenças fixaram-se em 16,2%, com Malta a registar o valor mais baixo de todos os estados-membros (11%). Quanto a nós, portugueses, ficamos acima da média da UE, com uma discrepância de 17,5%, com Portugal a fixar-se em sétimo nos países com o valor mais elevado.

No entanto, nos dados publicados esta quarta-feira, há um valor que se destaca: entre 2011 e 2016, as disparidades salariais aumentaram mais em território nacional — um crescimento de 4,6%. Na maioria dos países da União Europeia, as discrepâncias salariais diminuíram, escreve o Eurostat, cabendo à Roménia (-4,4%) e à Hungria (-4%) as descidas mais acentuadas.

Mas as diferenças não se ficam pelos salários. Numa outra estatística, o Eurostat revela que há muito mais mulheres a trabalhar nas áreas como cuidados pessoais, limpeza e ensino. Por sua vez, os homens lideram na construção, na condução e na metalurgia. Nas três principais profissões da União Europeia, lideram as trabalhadoras — cuidados pessoais, limpezas e rececionistas.

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Centeno espera que a Grécia continue a “prosperar”. E Varoufakis respondeu-lhe

Após uma entrevista a uma agência de notícias grega, Mário Centeno escreveu no Twitter que quer que a "Grécia continue a prosperar". Quem não gostou muito foi Varoufakis, que não tardou em responder.

Recentemente, Mário Centeno falou sobre a crise na Grécia durante uma entrevista a uma agência de notícias do país. Momentos depois, o líder do Eurogrupo escreveu no Twitter que espera que a Grécia continue a “prosperar”. No entanto, parece que a entrevista concedida pelo português e esta declaração na rede social não agradaram a Yanis Varoufakis, que não demorou a responder.

Na entrevista concedida à Agência de Notícias de Atenas (ANA), Mário Centeno referiu que, na sua opinião, os “oito anos de ajustamento” para a Grécia foram “um processo demasiado longo” e “poderia ter dado resultados mais cedo”, escreveu o Jornal de Negócios. Isto tudo porque, uma vez que Atenas assumiu a propriedade das medidas a tomar, “ganhou a confiança dos investidores e dos parceiros europeus”. Assim, para Centeno, esta decisão adotada pelo Governo grego explica “a recuperação do crescimento”.

Espero que esta tendência permaneça, quero que a Grécia continue a prosperar. Vejo um enorme potencial na Grécia“, referiu na entrevista o líder do Eurogrupo, citando as declarações depois, no Twitter. No entanto, parece que esta entrevista não agradou a todos, principalmente a Yanis Varoufakis. Esta terça-feira, o ex-ministro das Finanças grego não tardou em deixar uma resposta ao português, através da mesma rede social: “Continue a prosperar? Já ouvi falar da expressão ‘acrescentar um insulto à injúria’?”.

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Portugal cresceu muito. Mas estes 17 Estados-membros cresceram mais

Em 2017, Portugal registou o maior crescimento económico desde 2000. Contudo, em comparação com os parceiros europeus, no mesmo ano, houve 17 Estados-membros a crescer mais.

É uma constante em toda a União Europeia: são muitos os Estados-membros que registaram em 2017 o maior crescimento da última década. Em Portugal, o marco remonta a 2000. No ano passado todos os países da UE registaram crescimento económico. Uns mais do que outros: a Irlanda e a Roménia lideram a tabela enquanto Grécia e Itália estão no fundo. Portugal foi o nono Estado-membro que menos cresceu, à frente da Alemanha, França ou Reino Unido.

Crescimento económico na União Europeia em 2017

Fonte: Dados recolhidos pelo ECO. Não foi possível encontrar o número da Bulgária e Luxemburgo.

As variações do PIB são mais expressivas na Irlanda e Roménia — com crescimentos de 7% –, mas também em Malta (6,9%) e Eslovénia (5%). Espanha, o principal parceiro comercial de Portugal, ficou no meio da tabela com um crescimento económico de 3,1%, o mesmo registado pela Holanda.

Por outro lado, Portugal registou um melhor crescimento económico em 2017 do que as principais economias da União Europeia. Entre essas, a Itália foi a que menos cresceu (1,5%), seguida do Reino Unido (1,7%), França (2%) e Alemanha (2,2%). Portugal ficou também acima de países nórdicos como a Dinamarca (2,1%) ou a Suécia (2,4%).

Mas Portugal figura bem quando comparado com a média. O PIB aumentou 2,3% na Zona Euro e 2,4% na União Europeia, segundo os dados revelados esta quarta-feira pelo Eurostat, o que mostra que Portugal cresceu a um ritmo superior à média da UE.

4.º trimestre dá bons sinais para a economia portuguesa

Em 2018, segundo as projeções da Comissão Europeia, Portugal deve ficar aquém da média de crescimento do PIB da Zona Euro e da União Europeia. Contudo, os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) — quando revelou o maior crescimento dos últimos 17 anos — mostravam que o 4.º trimestre tinha dado sinais positivos quanto ao ritmo a economia portuguesa.

Os dados em cadeia, que comparam o 4.º trimestre com o 3.º, mostram uma ligeira aceleração: “Comparativamente com o 3º trimestre, o PIB aumentou 0,7% em volume (0,6% no trimestre anterior)“, assinalava o INE. Além desse crescimento em cadeia, é de notar que o contributo da procura externa líquida passou de negativo a positivo uma vez que as exportações aceleraram mais do que as importações.

No entanto, o final do ano de 2017 também foi o que registou menos crescimento do investimento (5,9% face a 10,3% no 3.º trimestre). Ao mesmo tempo, o consumo privado também abrandou no quarto trimestre do ano passado. Tudo junto fez com que a contribuição da procura interna para a variação em cadeia do PIB fosse muito reduzida nos últimos três meses do ano.

Os dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira revelam que o crescimento em cadeia de Portugal está a meio da tabela em comparação com os outros Estados-membros. Neste caso, a Estónia e a Eslovénia lideram a tabela. Já na comparação homóloga do quarto trimestre, Portugal cresceu 2,4% enquanto a média da UE foi de 2,6%.

As Previsões de inverno da Comissão Europeia melhoraram as perspetivas económicas de Portugal para 2018, mas, mesmo assim, deverá crescer menos do que a média da Zona Euro e da União Europeia. Bruxelas espera que Portugal cresça 2,2% em 2018 e 1,9% em 2019, sendo que a Zona Euro deverá crescer 2,3% em 2018 e 2% em 2019.

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Revista de imprensa internacional

Enquanto Donald Trump perde mais um dos seus homens, desta vez o assessor económico, Theresa May poderá ver os seus planos irem por água abaixo.

Nos Estados Unidos, Donald Trump perde mais um dos seus soldados, enquanto no Reino Unido, Theresa May poderá perder o seu desejo de ver um acordo especial para a cidade de Londres. De França chegam boas notícias, o país deverá abandonar a lista de países com “desequilíbrios macroeconómicos”. Em Espanha chegam-se a acordos salariais no setor da polícia e, na Nova Zelândia, há uma empresa que oferece bónus aos trabalhadores que usem bicicletas para se deslocarem para o trabalho.

Reuters

Conselheiro económico de Trump demite-se

Gary Cohn, o principal assessor económico do presidente norte-americano e diretor do Conselho Económico Nacional, apresentou esta terça-feira a sua demissão, uma decisão que surge na sequência de uma discussão com Donald Trump sobre as tarifas aplicadas no aço e no alumínio importado, com as quais este não concorda. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Bruxelas e Paris acabam com as esperanças de Theresa May

A primeira-ministra britânica pretende que Londres se mantenha como capital dos serviços financeiros depois do Brexit, mas a ideia poderá cair por terra devida às cidades de Paris e Bruxelas. Se assim se mantiver, as instituições britânicas vão continuar a desfrutar de um acesso alargado ao mercado, algo que a Comissão Europeia se prepara para travar. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Le Monde

França deverá deixar a lista dos países com desequilíbrios macroeconómicos

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia deverá confirmar que a França abandonará a lista de países com “desequilíbrios macroeconómicos”. Bruxelas baseia-se em três parâmetros: nível de desequilíbrio, tendências que afetam o país e as políticas implementadas. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

The Guardian

Empresa oferece bónus aos trabalhadores para incentivar o uso de bicicleta

A empresa de publicidade Make Collective, na cidade de Christchurch na Nova Zelândia, oferece bónus diários de cinco dólares aos funcionários para estes se deslocarem para o trabalho de bicicleta. O valor poderá crescer para dez dólares se estes se mantiverem na empresa por mais de meio ano. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Polícias e guardas civis aceitam proposta salarial do Ministério do Interior

Os sindicatos dos polícias e dos guarda civis aceitaram a proposta oferecida pelo Ministério do Interior para a equiparação de salários com os Mossos d’Esquadra (Polícia da Catalunha). A decisão foi tomada horas após terem sido impedidos de votar através do portal que criaram especificamente para isso, devido a um ataque informático. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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“Ninguém ganha” numa guerra comercial, diz Lagarde

  • Lusa
  • 7 Março 2018

FMI considera que a "guerra comercial" provocada pela tributação norte-americana sobre as importações de aço e alumínio é desanimadora para o crescimento.

A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse esta quarta-feira que “uma guerra comercial” provocada pela tributação norte-americana sobre as importações de aço e alumínio seria desanimadora para o crescimento económico mundial.

“Se o comércio internacional for posto em causa por este tipo de medidas (tributação) pode gerar uma quebra do crescimento e uma redução de intercâmbios que seriam desanimadores”, disse Lagarde em entrevista à estação RTL.

Numa guerra comercial – que seria alimentada por uma argumentação sobre tarifas aduaneiras – ninguém ganha”, acrescentou a diretora do FMI.

“Nós estamos bastante preocupados e defendemos um acordo entre as partes. Negociações e consensos”, disse ainda Christine Lagarde.

Mesmo assim, Lagarde refere que – “de certa maneira” – o presidente norte-americano, Donald Trump tem algumas razões para protestar contra a situação atual sublinhando que há países que não respeitam os acordos no quadro da Organização Mundial do Comércio, que estabelece exigências ao nível da transferência de tecnologias.

“Pensamos naturalmente na China, mas a China não é o único país a adotar este tipo de práticas”, disse.

Donald Trump anunciou na semana passada que pretende agravar os impostos sobre a importação do aço (25%) e o alumínio (10%).

Esta quarta-feira espera-se uma posição formal da União Europeia sobre a questão.

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