Sociedades de advogados vão pagar quotas à Ordem

A medida já estava prevista desde as alterações de 2015 mas não foi aplicada. Bastonário quer cumprir a lei e faz uma consulta pública sobre o tema. Valores das quotas variam entre 5 e 250 euros.

O bastonário ordenou uma consulta pública para que as sociedades de advogados portuguesas passem a pagar quotas à Ordem dos Advogados (OA). A ideia não partiu do bastonário, já que a lei já previa esse pagamento, desde 2015, mas a verdade é que não era cumprida. O bastonário sublinha que antes da lei ser aprovada, deveria ter sido feita uma consulta pública. Mas tal não aconteceu. Por isso, Guilherme de Figueiredo apela agora aos advogados que respondam.

No âmbito do processo de consulta pública, as pronúncias devem ser comunicadas, no prazo de 30 dias a contar da presente publicação, por correio eletrónico para o endereço ([email protected]), enviadas eletronicamente através do site da Ordem, remetidas sob correio registado ou entregues pessoalmente na sede da Ordem”, diz o aviso, publicado em Diário da República na sexta-feira, dia 26 de janeiro.

Pretendendo o atual Conselho Geral da Ordem dos Advogados, liderado pelo bastonário, dar cumprimento ao disposto no Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA) – relativo à obrigatoriedade de quotas para os escritórios e não só para os seus advogados – “encontra -se impedido de aplicar o referido Regulamento 25/2016 de 11 de janeiro, sob pena de ser ver confrontado com a legítima oposição dos interessados”. Pela falta de consulta pública que deveria ter sido feita em 2015.

O valor mensal dessa quota varia entre os 5 euros e os 250 euros, conforme a dimensão dos escritórios. Se for uma sociedade com dois sócios e sem associados, pagarão mensalmente 5 euros. Mais a meio da tabela, o valor é de 62,5 euros para sociedades compostas por 21 a 30 advogados, com sócios e associados. Os 250 euros mensais são para as que têm mais de 100 advogados (sócios ou associados).

O cálculo da quota baseia-se na existência de vários escalões, tendo em conta o número de sócios e de associados que prestam serviços na sociedade de advogados.

 

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Chivas Venture: Academia de Código está na corrida aos 850 mil dólares

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

Academia Portuguesa foi a grande vencedora da final portuguesa do Chivas Venture. Nesta primeira fase, levou para casa três mil e está agora na corrida ao grande prémio final: 850 mil dólares

está escolhida a startup portuguesa que vai defrontar as 26 outras pequenas empresas internacionais, na final do Chivas Venture, em Amesterdão. Será a Academia de Código a participar na última fase desta competição mundial de empreendedorismo, que atribui, todos os anos, até 850 mil dólares a projetos com impacto positivo na sociedade e no ambiente. Nesta primeira fase, a companhia portuguesa já levou para casa 3.000 euros.

Academia de Código foi a grande vencedora da final portuguesa do Chivas Venture.Chivas Venture

“É um orgulho imenso estar a representar a minha equipa aqui no Chivas Venture e é um privilégio poder representar o nosso país em Amesterdão“, assinalou, em comunicado, Diana Nunes. A responsável de Marketing e Business Development do projeto selecionado adiantou também que conquistar o prémio final seria “uma excelente alavanca” para que a empresa consiga transformar “mais vidas e ter um impacto positivo na sociedade”.

Na sua página de Facebook, a empresa deixou ainda uma nota a toda a sua equipa: “80% do sucesso é aparecer. Os outros 20% é ter uma equipa fabulosa, que sabe exatamente a razão pelo qual nós aparecemos: Todos pelo código e o código por todos”.

A Academia de Código oferece bootcamps de programação de 14 semanas aos cidadãos desempregados, para que estes desenvolvam competências técnicas e soft skills. Em Lisboa, os cursos custam 7.000 euros, que podem ser pagos em duas modalidades: a pronto (e nesse caso o preço é reduzido em mil euros) ou a crédito. Neste último cenário, ao ECO André Machado (representante desta startup) avançou que os alunos que se inscreverem no próximo bootcamp — em maio — vão beneficiar de uma nova parceria com o banco BMI Europa e ter acesso a crédito com condições vantajosas. Os interessados podem começar a pagar só seis meses depois do início do curso e durante cinco anos, com juros reduzidos.

Nos Açores e no Fundão (as duas outras localidades onde a Academia de Código opera), as condições variam. No arquipélago, o curso é suportado pelo Governo Regional na sua totalidade. Já no Fundão, a participação é paga pela Câmara e por uma associação de empresas da região mas, caso o aluno encontre emprego numa dessas companhias depois de terminar o curso, é obrigatória a devolução de 2.500 euros, no prazo de 24 meses, a essa associação.

Três mil no saco. A jornada continua

Depois de ter vencido a final portuguesa do Chivas Venture, Diana Nunes vai agora juntar-se em Oxford, no Reino Unido, aos restantes 26 empreendedores selecionados nos seus respetivos países. Segue-se um curto Programa de Aceleração de três dias e, a partir de 4 de abril, a escolha do melhor projeto caberá ao público. Através de uma votação online, será selecionada uma startup à qual será entregue a primeira grande fatia do grande prémio: 50 mil euros.

Para conquistar o maior prémio possível (850 mil euros), os participantes têm não só de conquistar o público como também o júri. A última fase implica a realização de um pitch perante um painel de especialistas e dá direito aos restantes 800 mil dólares. Os critérios que vão reger a seleção do grande vencedor são o impacto social do projeto, a escalabilidade da empresa, o modelo de negócio e estratégia organizacional, a viabilidade financeira e a experiência e compromisso na gestão de equipa.

Nesta edição, a Chivas Regal (marca de whisky que promove este concurso) uniu-se ao festival de tecnologia TNW Conference para receber a final da competição.

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Bolsa lisboeta com ganhos ligeiros acompanhando Europa

  • Marta Santos Silva
  • 26 Janeiro 2018

As perdas da Sonae pesaram no PSI-20, que fechou a semana com ganhos modestos. As principais bolsas europeias registaram a mesma tendência de leve subida, mesmo após o discurso de Draghi.

A bolsa lisboeta terminou a semana com ganhos ligeiros, numa tendência generalizada nas principais praças europeias, que não mostraram uma reação profunda às declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que se mantiveram na mesma linha das suas últimas intervenções.

Em Portugal, o índice de referência PSI-20 fixou-se nos 5.766,67 euros, uma subida de 0,03% relativamente ao dia anterior. O principal peso nos ganhos foi a Sonae, que perdeu 1,7% esta sexta-feira. A retalhista tinha apresentado bons resultados preliminares das vendas de 2017, o que a levou a disparar 5% na quinta-feira, o que faz com que esta sexta seja um dia de correção, que deixou as ações da empresa nos 1,29 euros.

A ganhar, embora pouco, estiveram os CTT, a EDP e a Nos, embora também tenha havido outras grandes perdas. A Galp, por exemplo, deu por si a cair 1,22%, para os 16,35 euros. Também a Altri perdeu mais de 1% nesta sessão, fixando-se nos 5,02 euros por ação.

O euro continua em tendência de subida mas já ligeiramente abaixo da barreira dos 1,25 dólares. João Travassos, trader da Orey Trade que falou à Reuters, afirmou que “o fórum económico de Davos está a mexer com o mercado cambial”, especialmente no que toca ao euro e ao dólar: “O dólar tem caído bastante e, no lado oposto, o euro tem apreciado. Donald Trump já veio dizer que esta situação se alterará”.

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PLMJ dá formação na 2ª edição do Launch in Lisbon

  • ADVOCATUS
  • 26 Janeiro 2018

A PLMJ vai, mais uma vez, apoiar como expertise partner a 2ª edição do Launch in Lisbon, iniciativa da Startup Lisboa que pretende formar estrangeiros para lançarem novos negócios em Portugal.

A PLMJ vai, mais uma vez, apoiar como expertise partner a segunda edição do Launch in Lisbon, iniciativa da Startup Lisboa que pretende formar estrangeiros – empreendedores, empresas e investidores – para que estejam mais aptos no lançamento de novos negócios em Portugal.

O evento, que vai decorrer nos próximos dias de 7 a 9 de fevereiro, vai contar com workshops, atividades culturais e contacto com empresas parceiras, aceleradoras de startups e especialistas em diversas áreas essenciais para o desenvolvimento de novos negócios. Para mais informações sobre o programa e inscrição pode aceder ao site aqui.

A participação da PLMJ neste programa passa pela formação e prestação de assessoria nas áreas de Employment, Corporate e Immigration, com a presença dos advogados Nuno Morgado, Pedro Menezes Cardoso, Nuno Serrão Faria e Sara Estima Martins, que irão prestar o seu contributo no esclarecimento de matérias burocráticas, como o enquadramento fiscal e legislação laboral na constituição de uma empresa no mercado nacional.

"O Launch in Lisbon é uma grande oportunidade para jovens empreendedores, já que se trata de uma iniciativa que reúne um conjunto de aprendizagens fundamentais à implementação de qualquer negócio em Portugal e, como tal, PLMJ não podia deixar de se associar.”

Nuno Morgado

Nuno Morgado, sócio coordenador da Equipa de Laboral da PLMJ, refere que o Launch in Lisbon “é uma grande oportunidade para jovens empreendedores, já que se trata de uma iniciativa que reúne um conjunto de aprendizagens fundamentais à implementação de qualquer negócio em Portugal e, como tal, PLMJ não podia deixar de se associar.”

 

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Dinheiro fresco para casas. Dois anos depois, crédito cresce

Os bancos tinham em carteira 94.094 milhões de euros de crédito à habitação, em dezembro. É o primeiro aumento desde 2015 e mostra que a nova concessão foi superior ao crédito que venceu.

A banca está a apostar em força no crédito habitação. Essa realidade é de tal ordem que, em dezembro, o novo crédito concedido com esse fim mais do que superou os empréstimos que venceram naquele mês. É algo que já não acontecia desde 2015.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central Europeu, o stock de crédito para a compra de casa detido pelos bancos ascendia a 94.094 milhões de euros, em dezembro. Este valor supera em oito milhões de euros, o saldo total que se verificava no mês anterior. Representa a primeira subida mensal do stock de crédito à habitação desde setembro de 2015.

Stock de crédito sobe em dezembro

Fonte: BCE

Apesar de se tratar de um aumento relativamente baixo, tendo em conta o valor total do crédito existente em Portugal, surge em contraciclo com a tendência globalmente decrescente que se verifica desde a crise financeira. Nessa altura, os bancos fecharam a torneira do crédito, ditando um rumo descendente do respetivo stock. Atualmente o cenário é bastante distinto.

Os bancos estão sedentos para injetar liquidez no mercado, ao mesmo tempo que a recuperação da economia e a melhoria das perspetivas das famílias também está a levá-las a avançar com a decisão de procurar crédito comprar casa. Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, indicam que nos primeiros onze meses de 2017, os bancos disponibilizaram 7.441 milhões de euros em crédito à habitação. Este valor supera em mais de 1.600 milhões o montante total dos empréstimos disponibilizados em 2016 com esse fim. A concessão de crédito à habitação está assim em máximos da década.

Esse contexto suporta o aumento registado no stock de crédito em dezembro, com este a poder ser um primeiro sinal de uma nova tendência que se poderá instalar.

Saldo anual encolhe, mas menos

Os dados do BCE demonstram que no total do ano passado, o stock de crédito à habitação voltou a encolher face ao registado nos anos anteriores. No total, a redução foi de 1.283 milhões de euros. Ainda assim tratou-se da menor desde 2011, período em que se instalou a crise financeira.

Apesar de os alertas que têm surgido sobre um eventual facilitismo que os bancos estão a assumir na concessão de crédito, a expectativa é de que a procura de crédito por parte das famílias vai continuar a aumentar. O último inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito sinalizou isso mesmo, com quatro das cinco maiores instituições financeiras a anteciparem-no.

Esta perspetiva verifica-se num cenário em que a banca também está ao ataque na concessão de empréstimos para a compra de casa.

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Telles muda para a Rua Castilho

A Telles, sociedade de advogados, anuncia a inauguração do seu novo escritório de Lisboa, localizado na Rua Castilho, 20.

A Telles, anuncia a inauguração do seu novo escritório de Lisboa, localizado na Rua Castilho, 20. Num ano em que registou a continuação do crescimento da sua atividade e a chegada a novos mercados, esta mudança de instalações vem permitir à sociedade continuar o seu caminho firme de afirmação no nosso mercado.

Para Miguel Torres, managing partner da Telles, “acompanhar a evolução da nossa equipa, mantendo o foco nos desafios dos nossos clientes e parceiros, é o que está na base da decisão de um novo escritório para a Telles. Este é um momento importante após um ano em que mantivemos um crescimento firme na integração de advogados, na atividade e na faturação.”

“Entendemos que as instalações são fundamentais para a eficiência mas também para que todos os nossos colaboradores se sintam bem, pelo que procurámos um espaço que respondesse a estas necessidades. Por outro lado, mas igualmente importante, procurámos um edifício que estivesse situado no centro da cidade de Lisboa, com fácil e rápida acessibilidade para todas as pessoas que nos visitam diariamente”, conclui, em declarações à Advocatus.

A Telles é uma sociedade de advogados nacional que, a partir dos seus escritórios em Lisboa e no Porto, acompanha clientes em diversos mercados.

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Defesa do ex-presidente do BPP pede absolvição

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2018

A advogada de João Rendeiro conclui que “não se fez prova da grande maioria" dos factos descritos na acusação do MP, “nem se provou, sequer, que João Rendeiro tivesse conhecimento ou praticado”.

A defesa do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro pediu a absolvição do seu constituinte de todos os crimes pelos quais está a ser julgado, alegando falta de provas.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), em causa está a adulteração de contabilidade pelo banco BPP, entre 2001 e 2008, e crimes de falsidade informática e falsificação de documentos. Na segunda sessão de alegações finais, Joana Fonseca, advogada do antigo banqueiro, disse que “não se fez prova da grande maioria” dos factos descritos na acusação do MP, “nem se provou, sequer, que João Rendeiro tivesse conhecimento ou praticado” os mesmos.

Nenhum crime se provou aqui”, defendeu a mandatária do arguido, perante o coletivo de juízes, presidido por Emília Costa, nas suas alegações finais, que decorreram durante esta manhã, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

Joana Fonseca procurou desmontar, segmento a segmento, a acusação do MP: sustentou que o seu cliente “não acompanhava de perto a gestão corrente do BPP, não dava instruções diariamente” e “não controlava tudo o que se passava no BPP, como se de uma mercearia de bairro se tratasse”, ao contrário do que refere o MP, na acusação.

A advogada deixou ainda críticas aos reguladores, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Banco de Portugal, e aos auditores. Joana Fonseca lamenta que estes não sejam arguidos no processo, pois tinham conhecimento da realidade e dos produtos comercializados pelo banco e “nada fizeram”. Depois da defesa de João Rendeiro, começou a alegar a advogada de Salvador Fezas Vital, que, até ao momento em que a sessão foi interrompida para almoço, indicava que também vai pedir a absolvição do seu constituinte.

Sofia Caldeira negou que os arguidos “tivessem ocultado ou falsificado” contas ou produtos de retorno absoluto com garantia de capital “durante tantos anos”, e corroborou muito do que a advogada de João Rendeiro havia defendido minutos antes, partilhando, nomeadamente, as críticas ao regulador e aos auditores.

“Os arguidos não podem ser condenados por falhas na supervisão bancária ou por falta de auditorias que, à data, existiam”, sustentou a advogada, negando que os arguidos “tenham criado uma realidade paralela”, como entende o MP. As alegações vão ser retomadas pelas 14h30, mas está marcada nova sessão para a continuação, para as 09h30 de 16 de fevereiro.

Há exatamente uma semana, a procuradora do MP, Isabel Valente, pediu pena de prisão efetiva entre sete e nove anos para João Rendeiro, e uma pena de prisão efetiva entre seis e oito anos para os ex-administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital. Nas alegações finais, a procuradora considerou que estes três administradores são “as peças-chave, os líderes” de um esquema fraudulento, “predominantemente o Dr. Rendeiro”.

Para os ex-administradores Fernando Lima e Paulo Lopes foi pedida pena suspensa. O BPP foi um banco ‘private’ (dedicado a clientes de mais elevado património) fundado por João Rendeiro. A grave situação do banco, nomeadamente por falta de liquidez, motivou a intervenção do Banco de Portugal no final de 2008, sendo neste momento uma entidade em liquidação.

Durante os cerca de 17 meses em que durou a intervenção do supervisor da banca na instituição, antes de determinar a sua liquidação, a principal preocupação das autoridades (Governo, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Banco de Portugal) esteve centrada no problema dos clientes que investiram em produtos financeiros que diziam ser de ‘retorno absoluto’, mas que acabaram por acarretar elevadas perdas.

A solução encontrada passou pela criação de um ‘mega fundo’, em 2010, que recebeu a adesão da quase totalidade dos clientes, bem como pela ativação do Fundo de Garantia de Depósitos e do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII), o que permite à maior parte dos clientes reaverem o capital investido naqueles produtos. Quanto ao Estado, este deu aquando da intervenção pública no BPP uma garantia de 450 milhões de euros que o atual Governo diz que espera reaver na totalidade.

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SIC suspende terceiro episódio de “Supernanny”

Após o Ministério Público ter pedido ao tribunal que retirasse os episódios já emitidos e que proibisse a emissão do próximo episódio, agendado para domingo, a SIC anunciou a suspensão do mesmo.

O terceiro episódio de “Supernanny” vai ser suspenso pela SIC, avança o Expresso. Antes, já o Ministério Público pedira ao Tribunal da comarca de Lisboa Oeste que decrete que os episódios do programa “Supernanny” já emitidos sejam retirados e bloqueados e que o próximo programa não seja exibido. A informação foi comunicada pela Procuradoria-Geral da República, em comunicado enviado às redações esta sexta-feira.

“O Ministério Público da área cível da comarca de Lisboa Oeste, em representação de crianças e jovens participantes no [programa], interpôs uma ação especial de tutela da personalidade”, pode ler-se no comunicado.

Nessa ação, o Ministério Público pede ao tribunal que decrete, “a título provisório e de imediato”, duas medidas:

  • “Que seja retirado ou bloqueado o acesso a qualquer conteúdo dos programas já exibidos”;
  • “Que o programa a emitir no próximo domingo não seja exibido ou, caso o tribunal julgue mais adequado, que essa exibição fique condicionada à utilização de filtros de imagem e voz que evite a identificação das crianças”.

A PGR esclarece ainda que esta é “uma decisão provisória e urgente” e que o Ministério Público “pede que, no final do processo, a mesma seja convertida em definitiva e que todos os eventuais futuros programas apenas possam ser exibidos nos moldes que o tribunal venha a determinar”.

O Ministério Público também já instaurou “processos de promoção e proteção a favor das crianças participantes no programa, cuja identidade já se conhece”. Quanto ao primeiro programa emitido, o ministério Público “instaurou um inquérito para investigar factos suscetíveis de integrarem o crime de desobediência”.

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Madrid autoriza Atlantia a acelerar na corrida à Abertis

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2018

Com a luz verde da parte do Governo, o grupo italiano cumpre agora todas as condições requeridas para concorrer ao negócio.

Madrid autorizou o grupo italiano Atlantia a comprar a operadora de autoestradas espanhola Abertis no que diz respeito às vias com portagem de titularidade pública, anunciou esta sexta-feira o porta-voz do Governo espanhol.

Méndez de Vigo explicou em conferência de imprensa que a autorização foi dada porque o grupo italiano cumpre agora todas as condições requeridas para concorrer ao negócio.

Em dezembro passado, Madrid tinha comunicado que tanto a Atlantia como a sua concorrente Hochtief, filial alemã da construtora espanhola ACS, precisavam de obter a autorização do Governo para comprar a Abertis, porque esta empresa é acionista de referência de Hispasat, uma companhia que opera num setor considerado estratégico.

A Atlantia anunciou em 15 de maio do ano passado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) “amigável” sobre 100% do capital da Abertis a um preço de 16,5 euros por ação. A ACS apresentou em 18 de outubro do mesmo ano, através da Hochtief, uma OPA concorrente a 18,76 euros por ação, preço que supera em 17% o oferecido pela Atlantia.

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Pipedrive quer chegar aos 100 colaboradores em Portugal até ao final do ano

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

Líder executivo da Pipedrive considera que equipa de que a startup dispõe em Lisboa é um "pilar forte" do trabalho. Até ao final do ano, empresa estónia quer contar com 100 colaboradores, em Lisboa.

Há menos de um ano em Portugal, a Pipedrive está satisfeita com a sua expansão para terras lusitanas… tanto que a startup insiste no desejo de chegar aos 100 colaboradores na capital portuguesa, durante este ano. A empresa volta a sublinhar esse objetivo, no momento em que anuncia a concretização de um novo marco no seu negócio: ultrapassou os 70 mil clientes empresariais em mais de 170 países.

A Pipedrive oferece um software de vendas focado nos comerciais de empresas em crescimento. Em Portugal, a startup estónia, fundada em 2010, tem escritórios no Atrium Saldanha, em Lisboa, e faz um balanço positivo dos seus meses na capital. “A empresa continua a crescer localmente as operações e oferece condições atrativas para engenheiros e equipa de apoio ao cliente”, assinala a companhia em comunicado.

“É um orgulho termos alcançado o marco dos 70.000 clientes e um testemunho da nossa fenomenal equipa em todo o mundo”, reforça o líder executivo da empresa. Timo Rein considera também que a equipa de especialistas de que a Pipedrive dispõe na capital portuguesa “é um pilar forte e estratégico do trabalho, no que toca ao suporte fornecido e a capacitar as empresas ao nível das vendas”.

A Pipedrive ganhou o prémio de Melhor Empregador na Estónia em 2016. A startup tem escritórios em Tallin, na Estónia, em Nova Iorque, nos EUA, e em Lisboa.

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Lei da Uber deverá ir a votos em fevereiro

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

A regulamentação das plataformas como a Uber deverá ser votada no Parlamento já em fevereiro, segundo informações do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

José Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, dá como certo que a nova lei que vai regulamentar a atividade da Uber será votada em fevereiro. A hipótese também já tinha sido avançada por Hélder Amaral, presidente da comissão que está a trabalhar no dossiê no Parlamento. José Mendes falava na iniciativa Lisbon Mobi Summit, que decorre esta sexta-feira em Lisboa e discute a mobilidade urbana.

Em declarações citadas pelo Dinheiro Vivo, o secretário de Estado afirmou: “A proposta de lei para o transporte em veículos descaracterizados vai ser votada em fevereiro no Parlamento. É mais uma alternativa para os utentes viajarem de porta a porta e queremos complementar a cadeia da mobilidade.” A proposta do Governo está em cima da mesa há praticamente um ano, tal como as propostas de alteração e projetos de lei dos demais partidos.

"A proposta de lei para o transporte em veículos descaracterizados vai ser votada em fevereiro no Parlamento. É mais uma alternativa para os utentes viajarem de porta a porta e queremos complementar a cadeia da mobilidade.”

José Mendes

Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente

José Mendes foi ouvido no Parlamento em meados de janeiro, depois de ter afirmado numa entrevista ao Expresso que defendia um perdão das coimas aplicadas aos operadores deste tipo de plataformas, que se encontram ilegais à luz de uma lei aprovada em novembro de 2016. A 10 de janeiro, o secretário de Estado afirmou: “Sou da opinião de que se trata de um momento zero. (…) Se houvesse regulamentação, não fazia sentido que estas propostas fossem apresentadas.”

lA regulamentação que sair da Assembleia da República irá regular aplicações como a Uber, Cabify e Taxify, que servem de intermediárias e ligam motoristas a passageiros, cobrando uma comissão por isso e viabilizando o pagamento eletrónico do serviço. No entanto, este segmento tem enfrentado oposição por parte do setor do táxi, que acusa a Uber de concorrência desleal e já veio alertar para possíveis ações de protesto para as próximas semanas.

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Governo: Google não negociou contrapartidas para vir para Portugal

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2018

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que "a Google não negociou contrapartidas e não foi essa a questão chave" que levou a gigante tecnológica a mudar-se para terras lusas.

O ministro da Economia afirmou esta sexta-feira que a Google “não negociou contrapartidas” para a instalação de um centro de serviços (‘hub tecnológico’) em Oeiras, mas que a “questão-chave” foi o talento, a formação e os bons engenheiros no país.

Em 24 de janeiro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou em Davos (Suíça) que a tecnológica norte-americana Google vai instalar a partir de junho, em Oeiras, um centro de serviços para a Europa, Médio Oriente e África, criando 500 empregos qualificados.

Questionado pelos jornalistas sobre que contrapartidas foram dadas à Google para vir para Portugal, o ministro da Economia disse que no caso da tecnológica “a questão-chave não foi as contrapartidas”.

A Google não negociou contrapartidas e não foi essa a questão chave, a questão chave foi trabalhar com esta empresa para lhe demonstrar que o melhor sítio onde esta empresa podia expandir as suas atividades era Portugal

Caldeira Cabral

Ministro da Economia

A Google não negociou contrapartidas e não foi essa a questão chave, a questão chave foi trabalhar com esta empresa para lhe demonstrar que o melhor sítio onde esta empresa podia expandir as suas atividades era Portugal“, prosseguiu Manuel Caldeira Cabral, à margem da assinatura de um protocolo de 250 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) com a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), que decorreu no Ministério da Economia, em Lisboa.

Isto “porque Portugal tem talento, Portugal tem bons engenheiros, tem bons programadores, tem muita qualidade da formação ao nível de ‘software’ e, nesse sentido, tem muitas possibilidades de dar à Google aquilo que hoje é escasso em todo o mundo”, concluiu. Fonte oficial do executivo português disse que Portugal conseguiu este investimento da Google “no quadro de uma competição internacional muito forte”.

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