Entrada de novo acionista no Montepio seria positivo, dizem agências de rating

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

"A entrada de um novo acionista no Montepio poderia melhorar a governação do banco e trazer diversificação entre acionistas", acreditam os analistas das agências de rating.

A agência de rating DBRS admite que a entrada de um novo acionista no Montepio, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pode trazer melhorias ao banco, enquanto a Fitch defende que um aumento de capital seria positivo.

A Lusa contactou as três agências de rating que acompanham a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) para compreender como avaliam a eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no capital do banco, através de um aumento de capital, sendo que apenas a Moody’s considerou ser prematuro falar sobre o assunto.

A vice-presidente da DBRS com a pasta das instituições financeiras, Maria Rivas, disse à Lusa que a agência “vai acompanhar” qualquer entrada de novos investidores/acionistas no banco, considerando que “a entrada de um novo acionista [na CEMG] poderia melhorar a governação do banco e trazer diversificação entre acionistas“.

“Um aumento de capital no banco seria positivo porque pode aumentar as ‘almofadas’ para eventuais perdas”, disse à Lusa, por sua vez, Josu Fobu, diretor da análise a instituições financeiras da Fitch.

Questionados sobre a capacidade de a Associação Mutualista Montepio — acionista única do banco — recapitalizar a Caixa Económica, os dois analistas lembraram que a Mútua tem conseguido fazê-lo quando necessário. No entanto, o analista da Fitch afirma que a agência não está a considerar eventuais aumentos de capital extraordinários pela Mutualista no banco, porque “não existem compromissos formais” para o fazer.

Há vários meses que vem sendo noticiada a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do banco Montepio Geral, um investimento que, apesar da polémica suscitada, está a ser estudado pela entidade de solidariedade social depois de uma sugestão do atual Governo, como membros do Executivo já admitiram.

Vários órgãos de comunicação social noticiaram, entretanto, que a SCML pode investir cerca de 200 milhões de euros em troca de 10% do capital do Montepio (o que valoriza o banco em 2.000 milhões de euros), embora o provedor da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, tenha dito no parlamento que ainda nada está decidido sobre esse assunto.

Dado o estatuto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que é uma entidade tutelada pelo Estado, que faz parte do perímetro das Administrações Públicas e que gere dinheiro de um exclusivo legal (a concessão dos jogos sociais), alguns especialistas apresentaram, ao ECO, dúvidas se esta operação não poderá ser considerada uma ajuda de Estado a um banco.

Questionada sobre esta possibilidade, Maria Rivas, da DBRS, disse que “embora a estrutura da Santa Casa esteja ligada ao Estado de várias formas, a entrada na estrutura acionista pode não ser considerada ajuda de Estado, desde que a Santa Casa invista nas mesmas condições de um acionista privado”.

Caso a entrada da Santa Casa no capital da Caixa Económica se confirme, terá de ser o Governo português a notificar Bruxelas sobre quaisquer medidas que possam incluir auxílios de Estado, para que a Comissão Europeia as possa analisar.

Quanto ao impacto da entrada da Santa Casa no Montepio no rating do banco, tanto Fitch como DBRS concordam que ainda é cedo para fazer essa avaliação.

Estas duas agências de rating, tal como a Moody’s, atribuem à Caixa Económica o nível de investimento no ‘lixo’, embora em diferentes graus.

A Moody’s é a que atribui uma pior notação ao banco (‘B3’, a seis patamares do grau de investimento), seguida da Fitch (B+, a quatro notas de sair do ‘lixo’) e da DBRS, que avalia o banco no melhor nível entre as três (BB, a dois patamares do investimento).

A eventual entrada da Santa Casa no Montepio tem sido alvo do escrutínio do Parlamento, tendo já havido audições do provedor da Santa Casa, Edmundo Martinho, e do ministro da Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva. O CDS-PP pediu ainda que seja ouvido o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

A CEMG, detida na totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral, está ainda num período de mudança dos estatutos e mesmo da sua equipa de gestão, tendo a Associação Mutualista anunciado a entrada de Nuno Mota Pinto para presidente do banco, lugar ainda ocupado por Félix Morgado.

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Dona da Cabify fecha ronda de 160 milhões de dólares

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Janeiro 2018

A espanhola Maxi Mobility fechou uma ronda de investimento com a participação do Rakuten, do The Venture City, entre outros fundos. O montante será utilizado para "consolidar a liderança".

A Maxi Mobility, dona da plataforma digital Cabify, fechou uma ronda de financiamento de série E no valor de 160 milhões de dólares. A operação, avançada pelo Financial Times (acesso pago/ conteúdo em inglês), foi confirmada pelo ECO junto de fontes oficiais da empresa.

“Foi hoje anunciada, pelo grupo Maxi Mobility — o qual detém a Cabify e a Easy — , a ronda de investimento no valor de 160 milhões de dólares​”, afirmou a Cabify, em resposta ao ECO. “Entre os principais investidores estão a Rakuten Capital, TheVentureCity, Endeavor Catalyst, GAT Investments, Liil Ventures e WTI bem como investidores locais de Espanha e da América Latina.”

O montante será utilizado para “acelerar o crescimento” e “consolidar a posição global de liderança. Ao FT, Juan Antonio, CEO da empresa, avançou que está previsto o desenvolvimento de um método de pagamento virtual direto, que permita àqueles que não têm conta bancária utilizar os serviços da Cabify.

“Já somos conhecidos por sermos diferentes no que diz respeito à segurança e à qualidade da nossa rede, o que significa que quando um cliente entra num Cabify, o condutor foi escolhido e treinado pelos nossos funcionários”, afirmou Juan de Antonio, CEO da empresa, ao FT.

A Cabify conta já com 13 milhões de utilizadores nos mercados onde funciona — América Latina, Espanha e Portugal. Não são conhecidos os números relativos aos condutores.

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Católica Law Review disponível em Open Access

A Católica Law Review é uma revista bilingue, promovida pelo Católica Research Centre for the Future of Law e editada pela UC Editora.

No dia 19 de janeiro de 2017 foi lançado o primeiro número da Católica Law Review. Esta revista surgiu do desejo de criar na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa um fórum cosmopolita, no qual autores de diversas proveniências geográficas pudessem escrever e discutir sobre os temas mais relevantes da atualidade jurídica.

A Católica Law Review é uma revista bilingue, promovida pelo Católica Research Centre for the Future of Law e editada pela UC Editora. A revista conta com três números por ano: um de Direito Público, um de Direito Privado e um de Direito Penal. O seu conselho de direção é composto pelos Professores Rui Medeiros, Catarina Santos Botelho, Elsa de Vaz Sequeira, Gonçalo Almeida Ribeiro, Maria d’Oliveira Martins e Sofia Pais.

No dia em que a Católica Law Review celebra um ano de vida, o número 1 da revista é disponibilizado online, em open access. Foi esta a forma encontrada de partilhar com todos o sucesso do seu primeiro ano de vida, consubstanciado na elevada qualidade de artigos publicados, e de chamar toda a comunidade jurídica a participar neste projeto.

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Amazon Go. Neste supermercado não há caixas registadoras

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

Na Amazon Go, o cliente agarra nos produtos pretendidos e sai da loja, sem passar por qualquer caixa registadora. O segredo? Sensores, câmaras e a ligação ao perfil de utilizador na gigante de Bezos.

Ficar à espera numa fila interminável para pagar as suas compras é uma realidade obsoleta, neste supermercado. A primeira loja física da Amazon pretende revolucionar o sistema, acabando com as caixas registadoras. Neste estabelecimento, o cliente precisa, apenas, de passar por um torniquete — no qual identifica a conta que utiliza na plataforma digital de Jeff Bezos — agarrar nos artigos que deseja adquirir e sair. “Sem filas, sem checkout” é o mote do supermercado que abre ao público, esta segunda-feira, em Seattle, nos Estados Unidos, avança o The Guardian.

Na Amazon Go, um conjunto sofisticado de câmaras e sensores segue os movimentos dos visitantes e regista os itens que são retirados das prateleiras, colocando-os no carrinho de compras virtual do cliente. Se um artigo for devolvido à prateleira, é igualmente eliminado da conta a cobrar ao utilizador. O pagamento é feito automaticamente depois de o cliente sair da primeira experiência.

Neste supermercado, os clientes podem encontrar refeições prontas, bebidas frias e outros mantimentos igualmente disponibilizados por lojas convencionais, reporta a CNN Money. O seu fator distintivo é mesmo a tecnologia sem check-out, que pretende facilitar o processo de compra. Este domingo, a Amazon já avançou que outros estabelecimentos semelhantes podem estar no horizonte… mas por agora o foco está totalmente no desenvolvimento e sucesso desta loja.

Tempestade antes da abertura

Este primeiro supermercado de Bezos abriu em dezembro de 2016, numa fase de testes, exclusivamente para trabalhadores da gigante. Nessa altura, a tecnologia inovadora registou um bom desempenho, falhando apenas face ao caos infantil (quando foram convidadas crianças a testar o sistema, o facto de terem mudado tudo de lugar não permitiu ao sistema funcionar corretamente) e às semelhanças corporais entre clientes (pessoas com corpos parecidos foram confundidas). Talvez por isso a abertura oficial — que estava prevista para o início de 2017 e só acontece esta segunda-feira — tenha sido adiada.

Além disso, de acordo com o revelado pelo Wall Street Journal, a tecnologia subjacente a esta “pequena revolução” acabou por ser mais difícil de desenvolver do que o que se esperava, atrasando o processo e, consequentemente, a abertura final.

No ano passado, a Amazon comprou a cadeia de supermercados dedicada aos alimentos biológicos e de elevada qualidade Whole Foods por 13,7 mil milhões de euros (11,2 mil mil de euros). A multinacional já garantiu que não há planos para implantar esta nova tecnologia nessa cadeia.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 22 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A primeira reunião de Mário Centeno, como líder do Eurogrupo, está agendada para o início desta tarde. Centeno vai ser não só o presidente que zela pelo cumprimento das regras que favorecem toda a união monetária, mas também o destinatário final dos recados para Portugal. Em declarações escritas ao ECO, o vencedor do Nobel da Economia de 2017 alerta para a evolução do mercado das criptomoedas.

Pela primeira vez, esta segunda-feira vai ser Mário Centeno quem terá o poder de tocar o sino para dar início a mais uma reunião do Eurogrupo. E a estreia do ministro das Finanças português como líder dos países da moeda única começa logo por testar a capacidade de Portugal desempenhar um duplo papel: de controlador e controlado.

É mais uma personalidade da economia a juntar-se ao grupo de críticos das criptomoedas, desta vez um Nobel. Richard Thaler, vencedor do prémio Nobel da Economia em 2017, garante ao ECO que, olhando para os mercados, são as criptomoedas que mais se assemelham a uma bolha. Ainda assim, não prevê quando possam rebentar.

O julgamento da Operação Fizz teve início esta segunda-feira, no Campus da Justiça em Lisboa. O julgamento, mediático sobretudo pelo envolvimento de Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola, arranca sem a presença deste no banco dos réus.

Os Certificados do Tesouro continuam a ser o instrumento estrela do Estado de captação de financiamento junto das famílias. No ano passado, este produto de poupança do Estado engordou em quase quatro mil milhões de euros, segundo o boletim estatístico do Banco de Portugal divulgado nesta segunda-feira.

A Mota-Engil ganhou um contrato na Costa do Marfim para construção e operação de um aterro com capacidade de triagem e produção de energia proveniente de biogás na capital Abidjan. Negócio poderá valer 140 milhões de euros à construtora portuguesa liderada por Gonçalo Moura Martins.

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Paralisação do Governo assusta Wall Street. Bolsas em queda

As principais bolsas norte-americanas arrancaram a semana no vermelho. Isto numa altura em que os investidores temem o impacto da paralisação do Governo nos mercados.

Wall Street arrancou a semana no vermelho. As principais bolsas norte-americanas estão a ressentir os receios dos investidores em torno da paralisação do Governo. A Administração Trump está em shutdown desde as 24 horas de sexta-feira passada, quando os Republicanos falharam a aprovação de uma proposta de orçamento que permitiria alargar o financiamento dos serviços dos Estados Unidos da América (EUA) provisoriamente, até 16 de fevereiro.

Neste contexto, o tecnológico Nasdaq recuava ligeiramente para 7.335,40 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cedia 0,22% para 26.014,20 pontos. Apenas o S&P 500 escapava a esta tendência negativa, com o índice em alta de 0,44% para 2.810,30 pontos.

Segundo a Reuters, Democratas e Republicanos não se entenderam na discussão de matérias relacionadas com a imigração e a segurança das fronteiras do país e dos 60 votos necessários para aprovar o orçamento, os Republicanos só conseguiram 50. A agência explica que muitos Democratas recusaram a proposta porque o Presidente Donald Trump rejeitou incluir mecanismos de proteção dirigidos aos jovens imigrantes — conhecidos como os Dreamers (sonhadores).

O chumbo deste orçamento provisório quer dizer que, tecnicamente, a Administração Trump ficou sem verbas para funcionar a partir da meia-noite. Há assim mais de 800 mil funcionários públicos norte-americanos que poderão não ir trabalhar na próxima segunda-feira, sendo forçados a uma licença sem vencimento enquanto os congressistas não conseguirem fechar um acordo.

Apesar de os receios dos investidores em torno desta paralisação estarem a pressionar o desempenho dos mercados, a época de resultados ainda poderá animar as bolsas norte-americanas esta segunda-feira. Durante a sessão, vão ficar a conhecer-se os números da Halliburton, Netflix, TD Ameritrade e Brown & Brown.

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Chefe da diplomacia angolana diz que relações com Portugal são insubstituíveis

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

No dia do arranque do julgamento da Operação Fizz, o ministro das Relações Exteriores de Angola disse estar confiante num "desfecho favorável".

O chefe da diplomacia angolana garantiu esta segunda-feira que as relações com Portugal são insubstituíveis, acreditando num “desfecho favorável” no caso do julgamento, em Lisboa, do ex-vice-presidente da República Manuel Vicente, que diz ser um “problema interno de Portugal”.

Nós esperamos e acreditamos num desfecho favorável para aquilo que é o nosso entendimento deste caso. Não tenho a certeza se o julgamento vai ter mesmo lugar, de qualquer modo é um problema interno de Portugal, um problema da Justiça portuguesa“, disse hoje o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, na Suíça, em declarações aos jornalistas angolanos.

O governante acrescentou que esta terça-feira, à margem do arranque do Fórum Económico de Davos, na Suíça, o Presidente angolano, João Lourenço, deverá reunir-se com o primeiro-ministro português, António Costa. “No que nos diz respeito, continuamos a acreditar que as autoridades portuguesas, principalmente as autoridades judiciais, acabarão por compreender a nossa razão“, insistiu Manuel Augusto, aludindo à pretensão de ver o processo sobre Manuel Vicente – cujo julgamento arrancou hoje em Lisboa – a transitar para Luanda, à luz de acordos internacionais.

O chefe da diplomacia angolana manifestou a confiança em que “este episódio”, que diz ser “visto de diferentes formas”, “não venha a constituir-se num escolho naquilo que é um caminho harmonioso de relações entre os dois países”. “Que, como nós sempre dissemos, são relações importantes para nós. As relações com Portugal são relações únicas, são relações singulares, são relações que não podem nem devem ser substituídas, porque ligam-nos laços de vários tons e vários níveis. Por isso mesmo, a nossa mensagem é positiva”, disse ainda Manuel Augusto.

O Presidente angolano avisou a 8 de janeiro que as relações com Portugal vão “depender muito” da resolução do caso em torno do ex-vice-Presidente, Manuel Vicente, com João Lourenço a classificar a atitude da Justiça portuguesa como “uma ofensa” para Angola. “Nós não estamos a pedir que ele seja absolvido, que o processo seja arquivado, nós não somos juízes, não temos competência para dizer se o engenheiro Manuel Vicente cometeu ou não cometeu o crime de que é acusado. Isso que fique bem claro”, disse o Presidente da República, reafirmando a pretensão de o caso do ex-vice-presidente ser julgado em Luanda, ao abrigo dos acordos judiciários entre os dois países.

Lamentavelmente, [Portugal] não satisfez o nosso pedido, alegando que não confia na Justiça angolana. Nós consideramos isso uma ofensa, não aceitamos esse tipo de tratamento e por essa razão mantemos a nossa posição“, enfatizou João Lourenço. Mas, realçou, “a intenção não é livrar o engenheiro Manuel Vicente da acusação”.

Em causa está o caso “Operação Fizz”, processo em que o ex-vice-Presidente de Angola e ex-presidente do conselho de administração da Sonangol, Manuel Vicente, é suspeito de ter corrompido, em Portugal, Orlando Figueira, quando este era procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), do Ministério Público, que investiga a criminalidade mais grave, organizada e sofisticada, designadamente de natureza económica.

O tribunal decidiu esta segunda-feira separar o processo de Manuel Vicente no caso da Operação Fizz. Para justificar esta separação, o tribunal alegou que se “afigura que existe um interesse ponderoso e atendível que justifica a admissibilidade da separação de processo de Manuel Vicente”, dado que o arguido Orlando Figueira está sujeito a uma medida privativa da liberdade. O processo do Manuel Vicente continuará, contudo, adstrito ao mesmo coletivo de juízes do tribunal criminal de Lisboa, que é presidido por Alfredo Costa.

À entrada do julgamento, o advogado de Manuel Vicente tinha afirmado que lhe parecia inevitável a separação dos processos. Questionado pelos jornalistas sobre o porquê da ausência de Manuel Vicente, Rui Patrício disse que o ex-vice-Presidente de Angola não comparece “porque não pode”. “Não comparece porque não pode. A questão da imunidade não está na disponibilidade e vontade de Manuel Vicente, é um assunto de Estado”, afirmou. Rui Patrício insistiu que, neste processo, Manuel Vicente não foi notificado da acusação e nem sequer chegou a ser constituído arguido.

O julgamento da Operação Fizz, que começou esta segunda-feira, tem como arguidos o ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, o ex-procurador Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires.

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Advogado de Manuel Vicente satisfeito com separação do processo na Operação Fizz

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

À saída do tribunal durante a hora de almoço, Rui Patrício disse aos jornalistas estar satisfeito com a separação de processos. Acrescentou que irá ser criado um novo processo.

O advogado do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente mostrou-se esta segunda-feira satisfeito com a separação de processos na Operação Fizz, dizendo que era um caminho inevitável e que requereu essa solução ao tribunal no domingo.

Fiquei satisfeito com a separação do processo de Manuel Vicente, o que considerava ser o caminho inevitável, e foi isso que ontem mesmo [domingo] o requeri ao tribunal e que hoje foi secundado pela procuradora do Ministério Público”, disse Rui Patrício na pausa para almoço do julgamento da Operação Fizz, que hoje começou no tribunal criminal de Lisboa.

O tribunal decidiu hoje separar o processo do ex-vice-presidente de Angola no caso da Operação Fizz, alegando que se “afigura que existe um interesse ponderoso e atendível que justifica a admissibilidade da separação de processo de Manuel Vicente”, dado que o arguido Orlando Figueira está sujeito a uma medida privativa da liberdade.

O advogado Rui Patrício explicou que agora vai ser criado um novo processo, que tem Manuel Vicente como arguido, e que o futuro deste caso será o tribunal a decidir, lembrando que há dois recursos pendentes no Tribunal da Relação. “Neste momento há recursos pendentes no Tribunal da Relação sobre esta questão e também recursos interpostos noutras instâncias”, referiu, acrescentando que “nada impede que este tribunal, no âmbito do novo processo, tome as decisões que soberanamente entender”. À saída para almoço, o ex-procurador Orlando Figueira disse que iria continuar a rebater “toda a acusação”, remetendo esclarecimentos para a audiência de julgamento.

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FMI revê crescimento europeu em alta. Espanha fica de fora

  • Margarida Peixoto
  • 22 Janeiro 2018

O Fundo Monetário Internacional antecipa um crescimento mais rápido para a economia global. A generalidade do euro também vai crescer mais depressa do que o previsto, mas Espanha piora perspetivas.

A economia global vai crescer mais depressa do que o previsto, o grupo das economias avançadas também, os EUA idem e a zona euro também melhora expectativas. Mas nas revisões em alta do crescimento do PIB, Espanha fica de fora. A culpa é da incerteza política ou, por outras palavras, das tensões na Catalunha. A atualização das projeções foi revelada esta segunda-feira pelo Fundo Monetário Internacional, no World Economic Outlook update.

A economia global deverá ter crescido 3,7% em 2017 e o FMI espera que acelere para 3,9% este ano, um ritmo que se deverá manter em 2019. As perspetivas são mais otimistas: face às projeções de outubro o Fundo fez uma revisão em alta de dois pontos percentuais em cada ano.

O FMI adianta que este crescimento “é generalizado, com notáveis surpresas na Europa e na Ásia”. Mas, “cerca de metade da revisão acumulada do crescimento global em 2018 e 2019” deve-se ao pacote fiscal dos Estados Unidos, lê-se no relatório. Os EUA deverão crescer 2,7% este ano e 2,5% no próximo, o que corresponde a revisões em alta na ordem dos 0,4 pontos e 0,6 pontos respetivamente.

Crescimento mundial

Fonte: FMI

Na Zona Euro, o crescimento será também mais forte do que o antecipado há três meses, subindo 0,3 pontos, para 2,2% este ano e 2% no próximo. De entre as quatro maiores economias — as únicas cujas previsões são revistas no âmbito desta atualização — só Espanha tem uma revisão em baixa, de 0,1 pontos percentuais, para 2,4%. Mas para o próximo ano as perspetivas já são mais positivas.

"O crescimento em Espanha (…) foi revisto em baixa ligeiramente em 2018, refletindo os efeitos da acrescida incerteza política na confiança e na procura.”

Fundo Monetário Internacional

World Economic Outlook update, janeiro 2018

Para justificar a revisão em baixa do crescimento espanhol em 2018, o Fundo não fala explicitamente da Catalunha, mas não deixa de ser claro: “O crescimento em Espanha, que tem sido bem acima do potencial, foi revisto em baixa ligeiramente em 2018, refletindo os efeitos da acrescida incerteza política na confiança e na procura.”

Espanha é o maior parceiro comercial de Portugal, pelo que a economia nacional tende a ser beneficiada — ou prejudicada — pelos desenvolvimentos do lado de lá da fronteira.

Crescimento da Zona Euro e maiores economias

Fonte: FMI

Que mensagens políticas?

Com expectativas mais otimistas, o FMI sublinha duas mensagens fundamentais.

  1. As economias têm de aproveitar o bom momento do ciclo para implementar reformas estruturais e melhorar o seu potencial de crescimento;
  2. Devem também aproveitar para reforçar a sua resiliência financeira e orçamental.

Especificamente para as economias avançadas, a mensagem difere consoante o momento que atravessam os respetivos mercados de trabalho e o comportamento da inflação. Nos casos em que a taxa de desemprego já está suficientemente baixa, antecipando-se a continuidade dessa redução, como acontece nos EUA, há que manter o foco na inflação. Se houver sinais de que está a acelerar, a política monetária deverá normalizar a um ritmo também ele mais rápido.

"Onde a consolidação orçamental seja necessária, o seu ritmo deve ser calibrado de forma a evitar travagens bruscas no crescimento.”

Fundo Monetário Internancional

World Economic Outlook update, janeiro 2018

Já nos países em que estas circunstâncias ainda não se verificam — como é o caso de Portugal e da inflação no euro — “é desejável a continuidade de uma política monetária acomodatícia”, diz o Fundo.

Além disso, os países devem aproveitar para calibrar um ajustamento orçamental continuado, focado no médio prazo, “mas que evite travagens bruscas no crescimento”, lê-se no documento.

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Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, saúda “desenvolvimentos da economia portuguesa”

O ministro das Finanças português vai estar no Eurogrupo esta segunda-feira, mas para presidir a reunião pela primeira vez. À chegada deixou elogios... a si próprio.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e Mário Centeno, presidente do Eurogrupo.

“Vamos obviamente saudar os desenvolvimentos da economia portuguesa”. A frase é de Mário Centeno, mas enquanto presidente do Eurogrupo. À chegada da sua primeira reunião como líder do grupo informal de ministros das Finanças da Zona Euro, Centeno afirmou que esta é a altura de “pôr as mãos à obra”. Para o ministro das Finanças português estes “são tempos interessantes no processo de construção da Europa e temos de os aproveitar”.

“Vamos ouvir seguramente palavras de grande encorajamento porque é isso que temos ouvido ultimamente. É o resultado dos resultados que temos apresentado. Há um sentimento muito positivo da economia e das finanças públicas em Portugal. Vamos obviamente saudar, o Eurogrupo no seu conjunto, esses desenvolvimentos da economia portuguesa”, afirmou Mário Centeno no seu novo papel de presidente do Eurogrupo. A receber os elogios — uma vez que o Eurogrupo discute hoje o relatório da sétima avaliação pós-programa a Portugal — vai estar Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças.

Em Bruxelas, o ministro das Finanças português admitiu que a “agenda [das reformas da Zona Euro] é muito exigente, mas muito interessante”, assinalando que estes “são tempos interessantes no processo de construção da Europa e temos de os aproveitar”. Após a cimeira de dezembro, a nova meta é ter “decisões para tomar” em junho quando se realizar outra cimeira centrada no euro. “É uma construção que eu não diria difícil, mas corajosa“, classificou Centeno.

O ministro das Finanças considera que, neste momento, estão conjugados vários fatores que contribuem para o avanço dos países da moeda única: “a coordenação dos ciclos políticos em vários países da Europa, o que não aconteceu no passado”; “o período de maior expansão da área do euro desde que ela existe com 18 trimestres consecutivos de crescimento económico“; e “um apoio bastante alargado para a construção europeia”. “Isso só pode ser aproveitado por quem lidera a Zona Euro”, defende.

Esta segunda-feira os ministros das Finanças da Zona Euro vão discutir os avanços na Grécia. “Vamos ouvir do lado das instituições qual é o avanço e o ponto de situação relativamente ao programa grego. Esperamos concluir a terceira revisão desse programa com a informação que hoje receberemos”, explicou Mário Centeno, destacando que existe “grande otimismo” do lado das autoridades gregas e que vão existir “boas notícias” para os gregos.

De manhã, Centeno esteve com Juncker, o atual presidente da Comissão Europeia que foi o primeiro presidente do Eurogrupo. Jean-Claude Juncker afirmou que espera “arranjar o telhado [da zona euro] enquanto o sol está a brilhar“. Mário Centeno esteve também reunido com Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu.

À chegada à reunião do Eurogrupo, o ministro das Finanças recebeu também os parabéns de Valdis Dombrovskis, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro e o diálogo social. Dombrovskis desejou “todo o sucesso” a Centeno, assinalando que já teve oportunidade de falar com o novo presidente do Eurogrupo em reuniões bilaterais.

(Notícia atualizada às 14h23 com mais informação)

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Ocupação nos hotéis sobe para 61% em novembro com preço a crescer e estada a cair

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

A taxa de ocupação na hotelaria em Portugal cresceu 4 pontos percentuais, o destaque vai para os hotéis de duas estrelas. O preço médio por quarto fixou-se nos 74 euros.

A taxa de ocupação na hotelaria em Portugal cresceu 4,0 pontos percentuais (p.p.) em novembro, face ao período homólogo, com os preços a subirem e a estada a cair, segundo o AHP Tourism Monitors.

Neste crescimento, o estudo da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) destaca os hotéis de duas estrelas, que subiram 11 p.p. em novembro do ano passado, face ao mesmo período de 2016, com destaque para os destinos Alentejo (mais 14,5 p.p.), Viseu (mais 9,9 p.p.) e Oeste (mais 7,8 p.p.). Madeira (81%), Lisboa (75%) e Grande Porto (66%) registaram a ocupação mais elevada.

O ARR (preço médio por quarto ocupado) fixou-se nos 74 euros, o que se traduz num crescimento de 8% face ao período homólogo. Os destinos turísticos Beiras (mais 15%), Lisboa (mais 11%) e Grande Porto (mais 9%) “registaram os maiores crescimentos neste indicador”, enquanto por categorias, destacaram-se as unidades cinco estrelas, ao registaram uma subida de 11%.

O RevPAR (Preço médio por quarto disponível) “registou um crescimento expressivo de 15%”, face ao período homólogo de 2016, fixando-se nos 45 euros, com os destinos turísticos Lisboa, Madeira e Grande Porto a conseguirem os valores mais elevados. Já a estada média fixou-se nos 1,90 dias a nível nacional, menos 1% do que em igual período do ano anterior. “Dos 13 destinos turísticos analisados pelo Hotel Monitor, neste mês de novembro, seis registaram um crescimento neste indicador: Leiria/Fátima/Templários (mais 8%), Minho (mais 5%), Alentejo (mais 4%), Lisboa e Algarve (mais 3%) e Grande Porto (1%)”, refere a AHP.

“Como se esperava, o mês de novembro confirma a excelente performance da hotelaria nacional em 2017. No entanto temos de continuar a trabalhar, sobretudo para conseguirmos inverter o ciclo da estada média, estamos a cair há quatro meses consecutivos, e continuarmos a posicionarmo-nos em preço. Este mês de novembro mostra-nos um crescimento de todos os indicadores, à exceção da já referida estada média, mas a questão da sazonalidade em muitos destinos ainda é uma preocupação, pois se olharmos para o mês de outubro, a nível nacional, tivemos uma taxa de ocupação a rondar os 80% e em novembro ficámos nos 61%”, refere a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, no comunicado.

A responsável sublinha ainda “o crescimento extraordinário das duas estrelas sobretudo em taxa de ocupação (mais 11 p.p.)” em novembro, que “consequentemente levou ao crescimento do RevPAR (mais 28%)”. No que se refere aos destinos do Hotel Monitor, Cristina Siza Vieira realça “o acentuado crescimento homólogo” da taxa de ocupação e do RevPar no Alentejo (mais 14,5 p.p. e 48%, respetivamente), que é “um sinal muito relevante: não apenas se conseguiu recuperar a quebra que se tinha verificado em 2016, como se ultrapassou largamente todos os valores até à data registados nesse mês.”

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Madeira queimada rende 1,5 milhões de euros ao Estado

  • ECO
  • 22 Janeiro 2018

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas começou a vender a madeira queimada pelos incêndios que afetaram o pinhal de Leiria.

A madeira queimada pelos incêndios que devastaram a zona centro de Portugal está a ser vendida em hasta pública e pode render cerca de 1,5 milhões de euros ao Estado.

A venda está a ser feita pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas que colocou em hasta pública, um total de 61 lotes de madeira queimada pelos incêndios que afetaram o Pinhal de Leiria. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias desta segunda-feira. Os incêndios que afetaram o pinhal de Leiria em 2017 consumiram 80% da mata nacional, cerca de 9.000 dos 11 mil hectares.

Os 61 lotes de madeiras correspondem a uma área superior a 1700 hectares e cerca de meio milhão de árvores. O plano de corte será anunciado, esta segunda-feira, pelo presidente do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas na Marinha Grande, um dos concelhos afetados pelo incêndio. A cerimónia conta ainda com a participação do primeiro-ministro, António Costa.

Segundo o Jornal de Notícias, numa primeira fase serão aproveitadas árvores de maior porte e mais valiosas, seguindo-se as árvores de menor porte, que serão encaminhadas para centrais de biomassa. Cidália Ferreira, presidente da Câmara da Marinha Grande, pediu um reforço orçamental do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, bem como o reforço dos recursos humanos afetos ao pinhal de Leiria. Simultaneamente um grupo de cidadãos organizou uma petição para exigir ao Governo que o dinheiro resultante da venda da madeira queimada seja todo aplicado no pinhal de Leiria.

Entre as espécies mais vendidas estão o pinheiro-bravo, que constitui a grande maioria do lote.

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