Seis anos depois, ERSE volta a inspecionar contadores da luz

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

O regulador quer "garantir a supervisão adequada ao bom funcionamento dos contadores", depois de ter detetado anomalias em vários contadores da EDP Distribuição na última inspeção, há seis anos.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai voltar a inspecionar os contadores da eletricidade dos consumidores seis anos depois da última auditoria. O regulador diz querer garantir a “supervisão adequada ao bom funcionamento dos contadores”. Isto depois de na última inspeção ter detetado anomalias em vários aparelhos da EDP Distribuição.

“A ERSE prevê para breve a realização de novas auditorias aos contadores”, refere fonte oficial do regulador ao Jornal de Negócios, mas sem indicar uma data para esta inspeção. É a EDP Distribuição que detém quase todos os contadores de luz em Portugal continental: cerca de seis milhões de contadores. Já nas regiões autónomas, os contadores são detidos pela Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) e à Electricidade dos Açores (EDA).

"A ERSE prevê para breve a realização de novas auditorias aos contadores.”

Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Com esta nova auditoria, o regulador explica que quer “garantir a supervisão adequada ao bom funcionamento dos contadores, das leituras efetuadas, da correção de anomalias, do cumprimento dos procedimentos de reporte e registo interno de todas as situações relacionadas com anomalias de contagem e de medição e sua correção”.

A última inspeção decorreu entre 2011 e 2012. Nessa altura, a ERSE detetou anomalias em vários aparelhos da EDP Distribuição, o que levou o regulador a determinar que a empresa teria de devolver 11 milhões de euros aos consumidores. Desse montante, a EDP Distribuição acabou por devolver quatro milhões, contestando os restantes sete milhões em tribunal.

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Nos Globos, venceu um filme. Mas Oprah levantou a plateia

  • Lusa e ECO
  • 8 Janeiro 2018

“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” foi o filme que conseguiu arrecadar o maior número de Globos de Ouro. Oprah Winfrey recebeu só uma distinção, mas marcou a noite com o seu discurso.

O filme “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” triunfou na 75.ª edição dos Globos de Ouro, ao conquistar quatro galardões, roubando o brilho a “The Shape of Water”, favorito para os prémios de cinema e televisão. Mas a estrela da noite foi Oprah que, quando recebeu o prémio Carreira Cecil B. DeMille, mereceu um aplauso de pé pelo seu discurso.

Oprah Winfrey, uma das mulheres mais influentes do mundo, pôs de pé o auditório dos Globos de Ouro, com um discurso contra “os homens poderosos e brutais” que dominaram o mundo, afirmando que “o seu tempo chegou ao fim”.

Foi com um grande aplauso que foram recebidas as palavras da apresentadora de televisão e atriz norte-americana, a quem foi atribuído o Globo de Ouro Cecil B. DeMille, por ser “um exemplo a seguir para mulheres e jovens”, além de “uma das mulheres mais influentes” da atualidade, segundo a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês).

Já o filme vencedor foi “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, de Martin McDonagh, que se impôs em quatro das seis categorias para os quais estava nomeado: melhor drama, melhor atriz (Frances McDormand), melhor ator secundário (Sam Rockwell) e melhor argumento (Martin McDonagh). A película “The Shape of Water”, que somava sete nomeações para os Globos de Ouro, não foi, no entanto, além de dois prémios: o de melhor realizador (Guillermo del Toro) e o de melhor banda sonora (Alexandre Desplat).

O restante ouro distribuído

Já o britânico Gary Oldman confirmou os prognósticos, conquistando o prémio de melhor ator de drama pelo papel em “Darkest Hour”, enquanto James Franco foi distinguido como o melhor ator de comédia por “Um desastre de artista”.

Saoirse Ronan triunfou como melhor atriz de comédia por “Lady Bird”, filme realizado por Greta Gerwig que também venceu o prémio de melhor comédia/musical, ao passo que Allison Janney foi distinguida como melhor atriz secundária pela sua interpretação em “I, Tonya”.

O prémio de melhor canção foi para “This Is Me”, de “O grande showman”, escrita por Benj Pasek e Justin Paul, a dupla que deixou a sua marca no ano passado com “La La Land”. O galardão de melhor filme de animação foi para “Coco”, da Pixar, enquanto “In The Fade” (Alemanha e França), de Fatih Akin, arrecadou o de melhor filme estrangeiro.

Os Globos de Ouro, prémios do cinema e da televisão atribuídos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, são vistos habitualmente como uma antecâmara dos Óscares, cujas nomeações vão ser anunciadas no próximo dia 23, estando a cerimónia de entrega marcada para 4 de março.

E o Globo vai para…

Segue-se a lista dos vencedores da 75.ª edição dos Globos de Ouro, entregues na noite de domingo no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles:

Cinema

Melhor drama: “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”

Melhor comédia/musical: “Lady Bird”

Melhor ator de drama: Gary Oldman (“Darkest Hour”)

Melhor atriz de drama: Frances McDormand (“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”)

Melhor ator de comédia/musical: James Franco (“Um desastre de artista”)

Melhor atriz de comédia/musical: Saoirse Roan (“Lady Bird”)

Melhor ator secundário: Sam Rockwell (“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”)

Melhor atriz secundária: Allison Janney (“I, Tonya”)

Melhor realizador: Guillermo del Toro (“The Shape of Water”)

Melhor argumento: Martin McDonagh (“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”)

Melhor banda Sonora original: Alexandre Desplat (“The Shape of Water”)

Melhor canção original: “This is Me”, de Benj Pasek e Justin Paul (“O grande showman”)

Melhor filme de animação: “Coco”, de Lee Unkrich e Adrian Molina.

Melhor filme estrangeiro: “In The Fade”, de Fatih Akin (Alemanha/França)

Televisão:

Melhor série dramática: “The Handmaid’s Tale”

Melhor série de comédia/musical: “The Marvelous Mrs. Maisel”

Melhor minissérie: “Big Little Lies”

Melhor ator de série dramática: Sterling K. Brown (“This is Us”)

Melhor atriz de série dramática: Elisabeth Moss (“The Handmaid’s Tale”)

Melhor atriz de comédia/musical: Rachel Brosnahan (“The Marvelous Mrs. Maisel”)

Melhor ator de comédia/musical: Aziz Ansari (“Master of None”)

Melhor atriz de minissérie: Nicole Kidman (“Big Little Lies”)

Melhor ator de minissérie: Ewan McGregor (“Fargo”)

Melhor ator secundário de série televisiva: Alexander Skarsgård (“Big Little Lies”)

Melhor atriz secundária de série televisiva: Laura Dern (“Big Little Lies”)

Prémio Carreira Cecil B. DeMille: Oprah Winfrey

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Quotas na Função Pública adiadas… mais uma vez

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Proposta teria de ter sido apresentada pelo Governo até ao final de 2017, o que não aconteceu. Nas empresas públicas e cotadas, quotas entram em vigor já este ano.

O ditado fica assim provado: em casa de ferreiro, espeto de pau. Nas empresas públicas e nas cotadas, a renovação e substituição de administradores, de acordo com as novas regras sobre a representação equilibrada de géneros, entra em vigor este ano. Já a introdução dessas quotas no que diz respeito aos dirigentes da administração direta e indireta do Estado e às universidades foi adiada, mais uma vez, pelo Governo. A proposta teria de ter sido apresentada até ao final de 2017, o que não aconteceu.

Sobre o atraso, a secretária de Estado da Igualdade explicou ao Jornal de Negócios (acesso pago) que o Governo “está a trabalhar no processo”, mas que ainda não há previsões para a sua concretização.

Em fevereiro do ano passado — altura em que a lei sobre as empresas públicas e cotadas foi aprovada em Conselho de Ministros — o Executivo tinha justificado o adiamento das quotas na Função Pública com a necessidade de articular a nova lei com uma “reflexão mais ampla sobre o sistema de designação de dirigentes”.

Nessa ocasião, o Governo argumentou ainda que o Estado já tem uma representação de género mais igualitária do que as empresas privadas. De facto, 35% dos dirigentes superiores são mulheres, sendo essa taxa de feminização mais baixa entre os do topo (26,7%), segundo confirma a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público.

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Lisboa abre semana no verde. BCP puxa, CTT sobem mais 1%

  • Rita Atalaia
  • 8 Janeiro 2018

A praça portuguesa está a somar ganhos no início desta semana. O PSI-20 está a ser impulsionado pelo BCP, EDP e CTT, depois de ter disparado mais de 4% na primeira semana do novo ano.

A bolsa de Lisboa arrancou a semana no verde. Isto depois de o índice de referência nacional ter disparado mais de 4% na primeira semana do novo ano, graças ao BCP e à EDP. E são estas cotadas que continuam a dar gás à praça portuguesa na sessão desta segunda-feira. Os CTT estão a subir 1%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a sessão a valorizar 0,34% para 5.634,54 pontos. “Após os fortes ganhos alcançados nas primeiras sessões do ano, é expectável que as ações que lideraram a subida recuem um pouco, sem invalidarem a tendência positiva de fundo. Entre essas ações figuram a Sonae, os CTT e o BCP”, referem os analistas do BPI.

PSI-20 arranca semana no verde

A semana passada foi mais curta na bolsa que o normal pois não houve negociação na segunda-feira. Mas isso não impediu que, entre terça-feira e esta sexta-feira, o PSI-20 tivesse feito um sprint assinalável — ainda que tenha relaxado um pouco na última sessão da semana. Acumulou um ganho semanal de 4,22%. Foi a semana de abertura de um novo ano mais positiva de sempre por cá e foram precisas duas décadas para a bolsa portuguesa pulverizar o recorde de 4,17% com que iniciou o ano de 1998.

Mas a verdade é que estas cotadas mantêm a tendência de subida. Os CTT estão a avançar 1,08% para 3,7360 euros, enquanto o BCP sobe 0,37% para 29,88 cêntimos. A Sonae acompanha, valorizando 0,17% para 1,1920 euros.

Do lado da energia, a EDP está a valorizar 0,13% para 2,9980 euros. Isto mesmo depois de os analistas do CaixaBI terem cortado o preço-alvo da empresa liderada por António Mexia de 3,50 euros para 3,15 euros e descido a recomendação de “comprar” para “acumular”. Uma alteração que reflete “os resultados dos primeiros nove meses de 2017, as alterações no portfólio de ativos e o impacto negativo das recentes alterações regulatórias”, explicam os analistas numa nota. Ainda no setor energético, a Galp Energia avança 0,38% para 16,0150 euros.

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Reduz-se o IVA, disparam salários e empregos na restauração

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

O setor já está a crescer ao dobro do ritmo do resto da economia, tanto nos salários, como nos empregos. Para o Estado, a redução fiscal significou arrecadar menos 159 milhões de euros.

Nos restaurantes e cafés, pode-se brindar às subidas nos salários e empregos, que já crescem o dobro do resto da economia. Quem o diz é um grupo de trabalho do Governo e a AHRESP, a principal associação do setor.

O atual Governo ditou um corte do imposto da restauração de 23% para 13% e os resultados são bastantes positivos para os estabelecimentos. No primeiro semestre, foram contratados 19.573 profissionais — mais 9,4% do que no ano anterior. Esta percentagem compara aos 4,7% da restante economia, que se fica assim por metade da aceleração, nota a TSF.

Mas não são só mais funcionários. Os salários na restauração subiram 4% no espaço de um ano, quando os restantes setores de atividade registaram uma subida de apenas 1,7%. Apesar das melhorias, os ordenados destes trabalhadores continuam significativamente abaixo da média nacional, com um valor inferior em 31%.

Do lado do Executivo, contudo, contam-se perdas. Com a redução fiscal, o Estado arrecadou menos 159 milhões de euros em contribuições do setor da restauração, uma quebra de 47,9%. A contrabalançar, embora não haja um equilíbrio, os custos com os desempregados desceram 10,2%, o que se traduz numa poupança de quatro milhões de euros. As contribuições para a segurança social da parte dos trabalhadores também subiram 28,5 milhões de euros.

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Rio pronto para apoiar Governo minoritário do PS. Santana não

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Ao contrário de Santana Lopes, que sublinha que "não fará acordos de Governo com o PS", Rui Rio admite apoiar qualquer Governo minoritário que saia das eleições de 2019.

A uma semana das eleições diretas do partido social-democrata, Rui Rio admite apoiar um Governo minoritário do PS, após as eleições de 2019. “Aquilo que me parece mais razoável é nós estarmos dispostos para, a nível parlamentar, suportar um Governo minoritário, seja ele qual for, neste caso o do PS”, sublinhou o candidato à liderança dos laranjas, em entrevista ao Público e à Renascença. No domingo, Pedro Santana Lopes, que também está na corrida ao cargo referido, esclareceu, por outro lado, que “não fará acordos de Governo com o PS”.

Ainda que disposto a suportar um Governo da oposição, o atual presidente da Câmara do Porto deixa um nota ao partido socialista: “[Apoiar qualquer governo minoritário] é aquilo que o PS deveria ter feito, suportar de forma crítica naturalmente, mas deixar passar e governar o partido mais votado“.

Já sobre a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio faz um balanço positivo, mas diz que preferia que tivesse “mais recato”. O candidato à liderança do PSD afasta a possibilidade de ser conseguido o consenso sobre a descentralização pedido pelo Presidente da República e defende que será “muito difícil” fazer acordos sobre reformas estruturais até 2019.

Além disto, o social-democrata recusa revelar se mantém ou não a confiança no atual líder parlamentar. “Esta campanha é demasiado absorvente para pensar num problema que posso nem ter, se não ganhar”, realça. Ainda sobre a Assembleia da República e caso vença as eleições diretas, Rio diz não considerar uma desvantagem o PSD ter um líder que não está presente no Parlamento. Em matéria de reforma do sistema político, defende ainda a redução do número de deputados, deixando a ressalva de esse cenário só poderá ser concretizado se respeitar o pluralismo democrático.

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Merkel e Schulz prometem “nova política” ao iniciarem conversações para tentar formar governo na Alemanha

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

Numa altura em que retomam as negociações para tentarem formar Governo na Alemanha, Merkel e Schulz defendem que os "tempos mudaram" e que é necessária "uma nova política".

A chanceler alemã Angela Merkel e o chefe dos sociais-democratas Martin Schulz prometeram “uma nova política” na Alemanha, no início das negociações para formar Governo e terminar com o impasse político.

“Não podemos simplesmente continuar como antes, os tempos mudaram e esta nova época apela a uma nova política”, declarou no final do primeiro dia de discussões em Berlim um responsável do Partido social-democrata (SPD), Lars Klingbeil.

Os contactos entre os conservadores de Merkel (CDU), os seus aliados bávaros da CSU e o SPD para a eventual formação de um governo de coligação devem prolongar-se até quinta-feira, após as três formações terem manifestado compromisso por “um novo estilo político” no país, e após a emergência da extrema-direita nas eleições de setembro.

"Não podemos simplesmente continuar como antes, os tempos mudaram e esta nova época apela a uma nova política.”

Lars Klingbeil

Responsável do Partido Social-Democrata

O resultado das últimas eleições legislativas, assinaladas por um recuo dos partidos tradicionais, não permitiu a formação de uma maioria clara no Bundestag (parlamento). Após uma vitória pouco convincente, a chanceler Angela Merkel, no poder há 12 anos, e a sua área democrata-cristã tentaram de início uma aliança com os liberais e os ecologistas, mas sem sucesso.

Na presente situação, Merkel apenas tem a possibilidade de garantir uma coligação maioritária com os sociais-democratas do SPD, com quem já governou no anterior executivo (2013-2017), e que continua a gerir os assuntos correntes do país. As negociações preveem-se particularmente difíceis, em particular devido às divergências sobre a política migratória ou a Europa entre a CSU, mais à direita que a CDU de Merkel, e o SPD.

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Depois das autárquicas, 52 concelhos baixam IMI

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Além da redução do imposto, a larga maioria dos concelhos concede ainda o benefício fiscal do IMI familiar. Em 2018, só nove autarquias optaram por subir a taxa.

Já eram a maioria as autarquias que cobravam o mínimo de IMI que a lei permite. Das poucas que fixavam os IMI acima dos 0,3%, 52 decidiram baixar o valor deste imposto, este ano, depois das autárquicas. Para além destas descidas, há 232 concelhos a aderirem ao IMI familiar, que beneficia os residentes com dependentes.

Foram 295 os municípios que comunicaram à Autoridade Tributária e Aduaneira a taxa de IMI que pretendem praticar em 2018, dentro do prazo definido. Destes, 234 não alteraram as taxas, e entre os restantes 61, só nove conselhos optaram por subir este imposto: 52, baixaram-no, avança o Diário de Notícias.

No caso de Celorico da Beira, os contribuintes que possuam um imóvel de 85 mil euros verão o imposto descer de 425 para 340 euros, devido a um decréscimo de 0,5% para 0,4% na taxa. Contudo, nem todas as descidas serão expressivas. Em Arruda dos Vinhos, por exemplo, o abatimento de 0,389% para 0,385% significa apenas um benefício de três euros para um imóvel do mesmo valor.

O IMI familiar é outra prova da generosidade dos autarcas em 2018. Este desconto para as famílias, que existe desde 2016, atingiu agora uma adesão recorde. São ao todo 232 que agora o concedem. Este benefício fiscal dá um desconto atualmente um desconto de 20, 40 ou 70 euros, consoante o número de filhos: um, dois e três ou mais.

 

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Fundo de Resolução com buraco de 4,8 mil milhões de euros

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

A entidade reconheceu uma imparidade de 4,9 mil milhões ainda antes de concluir a venda do Novo Banco. Resultado? Recursos próprios afundaram para 4,8 mil milhões negativos.

O Fundo de Resolução reconheceu como perdido o montante que injetou no Novo Banco em 2014. O valor, que ascende a 4,9 mil milhões de euros, foi reconhecido mesmo antes de ter sido formalizada a venda do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo. Em resultado, e de acordo com o relatório e contas referente a 2016 publicado pela entidade liderada pelo vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos, o Fundo registou um buraco de 4,8 mil milhões de euros.

“No final do exercício de 2016, os recursos próprios do Fundo de Resolução apresentavam um saldo negativo de 4.760 milhões de euros, o que representa uma redução de 4.648 milhões de euros face ao nível de recursos próprios observado no ano anterior”, lê-se no documento publicado no site oficial, como já tinha sido avançado pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

"No final do exercício de 2016, os recursos próprios do Fundo de Resolução apresentavam um saldo negativo de 4.760 milhões de euros, o que representa uma redução de 4.648 milhões de euros face ao nível de recursos próprios observado no ano anterior.”

Relatório e contas referente a 2016 do Fundo de Resolução

Segundo o Fundo de Resolução, “esta variação é justificada, essencialmente, pelo reconhecimento, com base em critérios de prudência, de uma imparidade correspondente a 100% da participação detida pelo Fundo de Resolução no capital social do Novo Banco (-4.900 milhões de euros)”. Além disso, a entidade liderada por Máximo dos Santos acrescenta que o valor da participação — 4,9 mil milhões de euros — “não corresponde ao valor da receita a receber pelo Fundo de Resolução pela venda da participação no Novo Banco”.

A venda do Novo Banco só aconteceu em outubro do ano passado e incluiu a venda de 75% ao fundo norte-americano Lone Star. Os restantes 25% ficam nas mãos do Fundo de Resolução. Nessa venda, o Fundo não registou perdas, uma vez que já estava reconhecido em antecipação por via de imparidades constituídas em 2016. “Foi reconhecida, por prudência e para efeitos contabilísticos, uma imparidade a 100% da participação.”

Bancos podem ter de pagar 16,5 milhões por venda do Novo Banco

No relatório e contas referente a 2016, o Fundo de Resolução refere ainda que os bancos arriscam pagar, através da entidade liderada por Máximo dos Santos, mais de 16,5 milhões de euros pela venda do Novo Banco. “Poderá, eventualmente, resultar que o Fundo venha a incorrer numa despesa de 16.503,5 milhares de euros (dos quais 9.671,4 milhares de euros se referem a encargos respeitantes a 2014 e 2015, e 6.832,1 milhares de euros a encargos respeitantes a 2016)”, assinala o relatório.

Em causa está o pagamento de assessorias financeiras e jurídicas associados ao processo de venda da instituição financeira liderada por António Ramalho. Quem contratou este tipo de serviço foi o Banco de Portugal, mas estes serviços foram integrados no regime que implica que as despesas decorrentes da aplicação das medidas de resolução fiquem a cargo do Fundo de Resolução.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta segunda são conhecidos dados como o desemprego em Portugal e o sentimento económico na UE. Macron começa visita à China enquanto nos EUA discute-se a inflação. A Mercedes revela números de 2017.

No campo internacional, Emmanuel Macron vai à China e nos EUA dois governadores da Fed discutem sobre a inflação. Na Europa vai ficar a saber-se o pulsar da economia europeia no final de 2017. Já a Mercedes vai apresentar os resultados do ano passado. Por fim, o INE divulga os números do desemprego em outubro e novembro.

INE revela desemprego de novembro

Esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística vai revelar as estimativas mensais do emprego e desemprego relativos a novembro de 2017. No último destaque semelhante, o INE revelava que a taxa de desemprego recuou para os 8,5% em setembro, prosseguindo para uma estabilização em outubro. No novo destaque o Instituto irá revelar os valores definitivos de outubro e a estimativa provisória para novembro.

Qual é o pulsar da economia europeia?

A fechar o ano, qual é o sentimento económico e o clima de negócios na União Europeia? Os indicadores da Comissão Europeia vão ser atualizados esta segunda-feira, sendo relativos a dezembro. As previsões das principais instituições apontam para uma desaceleração da economia da Zona Euro e da União Europeia em 2018. Contudo, é de realçar que 2017 foi um ano de recuperação económica para a maior parte dos Estados-membros, incluindo Portugal.

Macron vai à China

O presidente francês vai encontrar-se com o seu homólogo chinês para reforçar os laços comerciais entre França e China. Esta é a primeira visita de Estado de Emmanuel Macron à China desde que venceu as eleições em 2017. O encontro com Xi Jinping só acontece a 9 de janeiro, terça-feira. Além da relação económica, Macron irá focar-se nas relações com a Coreia do Norte, a luta contra o financiamento do terrorismo e os esforços internacionais para conter as alterações climáticas.

Do que falam dois governadores da Fed? Inflação

A inflação vai chegar à meta? Eis a questão. A respondê-la estarão dois atuais governadores da Reserva Federal, John Williams e Eric Rosengren. A discussão estará à volta da meta de perto de 2% para a inflação, nomeadamente a necessidade de repensar essa mesma meta no futuro. O debate conta ainda com um antecessor de Janet Yellen no cargo de presidente da Fed, Ben Bernanke.

Mercedes divulga resultados de 2017

A fabricante de automóveis vai revelar as contas relativas ao ano passado esta segunda-feira em conferência de imprensa. Esta manhã a Mercedez- Benz Cars faz a apresentação de resultados de 2017. A marca de carros está a recrutar engenheiros informáticos e frontend developers em Portugal. Recentemente, a empresa filmou a sua nova campanha internacional na capital portuguesa.

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Negócio Santa Casa/Montepio “pode acabar em gestão danosa”

Marques Mendes defende que 10% do banco Montepio não valem 200 milhões de euros. E diz que o “dinheiro dos pobres na banca é uma aventura”.

É um dos temas que está a marcar a campanha interna para a liderança do PSD. Ainda este domingo, Rui Rio veio pedir a Pedro Santana Lopes (o anterior Provedor da Misericórdia de Lisboa) que explicasse a entrada da Santa Casa no banco do Montepio, a Caixa Económica Montepio Geral.

O antigo líder do PSD Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, manifesta-se contra este negócio e considera que os valores que estão em cima da mesa — 10% do capital do banco em troca de 200 milhões de euros — são demasiado elevados.

Luís Marques Mendes vai mais longe e diz mesmo que o negócio, caso se concretize por aqueles valores, “vai acabar num inquérito parlamentar e numa investigação”. Que investigação? “Uma investigação judicial por gestão danosa” vaticina o comentador.

Marques Mendes considera legítimo que os vendedores peçam aquele valor, mas não é legitimo que os compradores, neste caso a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o paguem.

“Não deveria entrar, o negócio da banca é arriscado. Meter dinheiro dos pobres nos bancos é uma aventura”, afirma Marques Mendes que estranha ainda o facto de um Governo de esquerda “autorizar que o dinheiro dos pobres, da ação social, vá para os bancos”.

Défice de 2017 terá ficado em 1,2%

No comentário da SIC, este domingo, Marques Mendes revelou que o défice do ano passado terá ficado em 1,2%, e que o rácio da dívida púbica sobre o PIB terá ficado em 126,2%.

No passado dia 21 de dezembro, António Costa já tinha revisto em baixa as previsões para o défice de 2017: “Tivemos no ano passado [2016] o menor défice da nossa democracia. Este ano [2017] vamos ter um défice que, hoje já se pode dizer sem causar arrepios ao ministro das Finanças, será inferior a 1,3%”, afirmava na altura o primeiro-ministro que já tinha antecipado também um rácio da dívida que “não superará os 126,2%”.

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? Cinco minutos à conversa com Álvaro Covões

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