Guterres, Costa, Medina e o pai da web. No dia do arranque, até Fernão de Magalhães esteve no palco do Web Summit

Com bilhetes esgotados, arranca esta segunda-feira a terceira edição do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo em Lisboa.

Podia bem ser um “até sempre”, mas é um “olá outra vez”. O Web Summit regressa, pelo terceiro ano consecutivo, a Lisboa. E agora, Paddy Cosgrave e a sua equipa vêm com planos a longo prazo: ficar até 2028. No arranque da edição da maior conferência do mundo de tecnologia e startups, o fundador do evento sobe ao palco para dar as boas-vindas aos cerca de 70 mil participantes, o que faz com que 2018 seja a edição mais concorrida de sempre do Web Summit.

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Tancos. PR garante que nem casa Civil nem Militar lhe relataram operação de descoberta de armas

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Marcelo Rebelo de Sousa garante que ninguém da Casa Civil ou Militar lhe "falou ou escreveu" sobre a operação de descoberta das armas de Tancos antes de ela ter ocorrido.

O Presidente da República assegurou, esta segunda-feira, que ninguém da Casa Civil ou Militar lhe “falou ou escreveu” sobre a operação da descoberta das armas de Tancos “antes dela ter ocorrido”, nem existe nestas estruturas qualquer documento relativo à mesma.

“Nenhum membro da Casa Civil ou da Casa Militar falou ou escreveu ao Presidente da República sobre a operação da descoberta das armas de Tancos, antes de ela ter ocorrido. Nem tão pouco falou ou escreveu sobre a operação, depois de vinda a público, nomeadamente como sendo ou podendo vir a ser ilegal ou criminosa, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados”, afirmou hoje Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota publicada na página da Presidência da República na Internet.

Na nota, que se destina a esclarecer “matéria objeto do programa da RTP ‘Sexta às 9’, do passado dia 02 de novembro”, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas assegura ainda que “não existe na Casa Civil ou na Casa Militar da Presidência da República qualquer documento relativo a operação de recuperação das armas de Tancos, antes ou depois de ter ocorrido, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados”.

“O Presidente da República nunca recebeu o Diretor da Polícia Judiciária Militar ou qualquer elemento dessa instituição”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, no primeiro de quatro pontos da nota hoje publicada, precisando que o coronel Luís Vieira se encontrava presente na visita que fez a Tancos em 04 de julho de 2017, poucos dias de ser conhecido o furto.

Durante essa visita, acrescenta, “o Presidente percorreu, com as entidades presentes, circunstanciadamente, a área em causa e teve uma reunião com todos os responsáveis” e “não teve qualquer reunião bilateral com nenhum deles”.

“Não existe registo de qualquer estafeta da Presidência da República a entregar ou receber documentação da ou na Polícia Judiciária Militar”, indica ainda o chefe de Estado.

O programa “Sexta às Nove”, da RTP-1, avançou há três dias com a notícia de que a Presidência da República teria sido informada da investigação da Polícia Judiciária Militar (PJM) ao furto de Tancos.

De acordo com a peça da RTP, o então diretor da PJM fez vários contactos com o ex-chefe da Casa Militar da Presidência, general João Cordeiro, antes e depois da recuperação das armas.

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BCP diz que resistiu melhor do que os bancos europeus nos testes de stress

O BCP diz que, num cenário adverso, o rácio de capital cai para 9,14% nos testes de stress levados a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE).

O BCP diz que resistiu melhor do que os bancos europeus, em média, nos testes de stress levados a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE), segundo um comunicado enviado esta segunda-feira ao mercado.

O banco português adianta que, num cenário adverso, o rácio de capital CET1 Phased-in (que têm em conta as regras atualmente em vigor) cai para 9,14%, “um agravamento de 384 pontos base face ao final de 2017, comparado favoravelmente com o impacto negativo médio de 410 pontos base para os 48 maiores bancos testados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA).

Em relação ao rácio CET1 Fully implemented (que leva em conta as todas regras previstas), o banco liderado por Miguel Maya indica que conseguiu um melhor desempenho que a média dos principais bancos europeus num cenário de adversidade: o rácio cai 300 pontos base no caso do BCP, enquanto cai 395 pontos base, em média, entre bancos analisados pela EBA.

Na passada sexta-feira, a EBA revelou que nenhuma das 48 instituições financeiras chumbou nos testes de stress. Mas houve quem tivesse apresentado resultados menos positivos, casos do Barclays, Lloyds e do Banco Popolare di Milano.

Os bancos portugueses não fizeram parte desse teste feito pela EBA, mas o BCE decidiu, separadamente, fazer este teste de resistência a outros bancos da região, como foi o caso do BCP.

(Notícia atualizada às 18h10)

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Portugal é o melhor destino de Golfe do Mundo

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Portugueses conquistam há cinco anos o prémio atribuído nos World Golf Awards.

Portugal venceu na categoria de “Melhor Destino de Golfe do Mundo”, pelo 5.º ano consecutivo, nos World Golf Awards de 2018, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, o Turismo de Portugal anuncia que os greens (campos de golfe) também foram distinguidos com o galardão de “melhor destino de Golfe da Europa” nos World Golf Awards de 2018, cuja cerimónia decorreu no último fim de semana, em La Manga, Murcia (Espanha).

“O setor do turismo, através de ações concertadas entre as entidades públicas e privadas, tem apostado neste segmento procurando desenvolver uma experiência turística integrada, com boas acessibilidades aéreas e terrestres bem como excelentes infraestruturas desportivas e hoteleiras”, refere o Turismo de Portugal no comunicado.

O Turismo de Portugal precisa que “aspetos como o clima, a cultura, a gastronomia e os vinhos, as praias, a história, a variedade das paisagens, e sobretudo, a hospitalidade do povo português, são, certamente, elementos diferenciadores que fazem de Portugal um destino de excelência para a prática da modalidade e o seu reconhecimento tem-se verificado através dos vários prémios conquistados ao longo dos últimos anos.

O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, confirma o potencial turístico do produto, referindo que “a procura de golfe, maioritariamente internacional, contribui de forma significativa para a existência de atividade turística ao longo de todo o ano – um dos grandes objetivos da Estratégia 2027″.

Segundo dados do Turismo de Portugal, atualmente existem 91 campos de golfe em Portugal (dos quais 66 têm 18 ou 27 buracos) e o Algarve é a região que concentra o maior número de campos em Portugal seguido de Lisboa.

A entidade, responsável pela promoção, valorização e sustentabilidade da atividade turística em Portugal, refere que “o Reino Unido continua a ser o mercado emissor mais representativo, com cerca de 50% da procura, seguindo-se o mercado interno com 14% das voltas realizadas”.

A Suécia (11%), Alemanha (5%) e Irlanda (5%), completam o ‘top 5’, adianta.

Os World Golf Awards (worldgolfawards.com) visam estimular a indústria turística do golfe e resultam da votação online de profissionais ligados ao setor, a operadores turísticos especializados e a meios de comunicação dedicados ao golfe, mas também do público em geral.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

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70 mil pessoas e outros números do Web Summit

Setenta mil pessoas, 300 milhões em retorno, 11 milhões anuais em investimento. Estes e outros números que dão cor ao maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Web Summit, a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo, realiza-se em Lisboa. O que, no primeiro ano, eram cerca de 50 mil assistentes transformou-se numa casa cheia de 70 mil pessoas, entre startups, investidores e outros players do ecossistema.

Mas os números não ficam por aqui. Veja o vídeo:

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Eurogrupo espera que Roma apresente novo Orçamento

No que diz respeito ao Orçamento italiano, o Eurogrupo está com a Comissão Europeia, isto é, espera que Roma reveja a proposta dentro dos termos esperados, até dia 13 de outubro.

Depois da Comissão Europeia, também o Eurogrupo defende que Itália deve rever a sua proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, avança o Financial Times. O Executivo de Giuseppe Conte tem até à próxima semana para reenviar o seu plano orçamental a Bruxelas.

À chegada da reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, Mário Centeno disse esperar que Itália reveja o seu plano orçamental, apesar da atitude de resistência que tem sido demonstrada por Roma. O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo adiantou também que o seu homólogo italiano deverá aproveitar a reunião em causa para explicar a sua estratégia aos demais responsáveis europeus.

O responsável francês pela pasta da Economia defendeu também que Itália deve aproveitar a oportunidade dada pela Comissão Europeia no sentido de negociar as despesas incluídos no seu Orçamento do Estado. “A França partilha da avaliação da Comissão Europeia, que ofereceu uma uma mão ao Governo italiano. Acho que seria inteligente aproveitar [essa oportunidade] “, notou o responsável. “O que está em risco é a moeda única”, sublinhou ainda.

Já o comissário europeu para os Assuntos Económicos reafirmou a necessidade do Governo italiano apresentar uma proposta reformulada. “Espero e acredito que a abordagem racional seria termos uma nova proposta orçamental em 13 de novembro”, considerou Pierre Moscovici. “As regras são muito claras: temos de garantir que a dívida italiana não cresce, e que o défice estrutural é reduzido, o que não era o caso da primeira proposta orçamental”, acrescentou.

Numa decisão inédita, a Comissão Europeia decidiu chumbar o Orçamento do Estado italiano. Bruxelas disse ter encontrado no plano apresentado um incumprimento particularmente grave da recomendação orçamental que foi dirigida a Itália pelo Conselho Europeu de julho deste ano”, notando também que o documento não estava em linha com os compromissos assumido no Programa de Estabilidade.

A Comissão Europeia avisou ainda que, caso Itália não altere o plano, deverá enfrentar uma penalização sob a forma de procedimento por défice excessivo. Ainda assim, o Governo italiano tem mostrado alguma resistência às exigências comunitárias. “O Orçamento foi feito para os italianos, não para Bruxelas”, respondeu o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio. Já o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini foi mais longe, avisando que o Orçamento não será mudado nem que Bruxelas envie “12 cartas”.

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Energia liga bolsa de Lisboa aos ganhos. BCP sobe com dividendos à vista

O PSI-20 registou ganhos, suportado no avanço das ações da Galp Energia e da EDP. Mas o destaque da sessão recaiu sobre o banco liderado por Miguel Maya.

A bolsa nacional encerrou a primeira sessão da semana em alta, recuperando de duas sessões negativas. O avanço das ações da Galp Energia e das cotadas do universo EDP foi o principal motor dos ganhos do PSI-20 que foi animado ainda pelo BCP.

O índice PSI-20 valorizou 0,16%, para os 4.987,67 pontos, com seis títulos positivos, três inalterados — REN, Semapa e Sonae Capital — e os restantes nove em queda.

A Nos liderou nas subidas, com as suas ações a somarem 1,59%, para os 5,12 euros. Contudo, o setor energético foi o principal responsável pelo fecho positivo da praça bolsista nacional.

Referência sobretudo para a Galp Energia, cujos títulos apreciaram 1,25%, para os 15,015 euros, num dia em que as cotações do petróleo também valorizaram nos mercados internacionais. O barril de Brent transacionado no mercado londrino progredia 0,58%, para os 73,25 dólares.

A valorização do grupo EDP também contribuiu, com as ações da EDP a ganharem 0,52%, para os 3,096 euros, e as da EDP Renováveis a avançarem 0,51%, para os 7,89 euros.

Contudo, o destaque da sessão recai sobre o BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya que até iniciaram a sessão a desvalorizar em torno de 1%, acabaram por dar a volta para terminarem a somar 0,21%, para os 24,33 cêntimos. Os títulos registaram uma subida mais expressiva durante a sessão, depois de ter sido conhecida a aquisição da unidade polaca do Société Génerale pelo Millennium Bank, banco controlado pelo BCP.

No seguimento desse negócio, o BPI antecipa que o banco liderado por Miguel Maya possa ver melhorado em entre 4% e 5% o seu lucro.

Ainda antes do fecho do mercado, foi sabido ainda que os acionistas do BCP reunidos em assembleia abriram a porta à possibilidade de serem distribuídos dividendos no próximo ano.

Em queda, referência para a Mota-Engil que foi o título mais penalizado, com uma desvalorização de 2,92%, para os 1,728 euros. No mesmo sentido, destaque ainda para a Sonae, cujas ações recuaram 1,97%, para os 87,25 cêntimos.

(Notícia atualizada às 16h57 com mais informação)

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Ecossistema português de fintech está “mais diversificado”. E começa agora “a descolar”

O universo das fintechs em Portugal ficou "mais diversificado" este ano e o "crescimento veio para ficar", indica um relatório da Portugal Fintech. Banca já procura parcerias.

O termo “fintech” refere-se a startups tecnológicas do setor financeiro. E há cada vez mais empresas deste tipo a criarem inovação em Portugal.CafeCredit/Flickr

O ecossistema português de fintech “começa a descolar” e as empresas financeiras já estabelecidas estão cada vez mais interessadas em fechar parcerias com estas tecnológicas, reconhece o estudo Portugal Fintech Report 2018, elaborado pela Portugal Fintech. O relatório lança luz sobre o panorama nacional de fintech e alerta também para “novas regras europeias” que “prometem agitar as águas e criar mais concorrência no mercado”.

A Portugal Fintech não tem dúvidas de que “os inovadores estão a criar soluções disruptivas” que vão levar estas startups do setor financeiro “a rondas de financiamento recorde” e a operações de entrada em bolsa. “O talento está cá, as soluções são visíveis e os players do mercado estão preparados para os apoiar. O ecossistema português começa a descolar e o crescimento veio para ficar”, lê-se no relatório.

Em relação aos novos dados, o estudo descobriu que a maioria das fintechs de ADN português estão mais interessadas em desenvolver soluções para as áreas de atuação de “empréstimos e crédito” e “blockchain e criptomoedas”. O interesse divide-se, depois, pelas áreas de “financiamento alternativo”, “finanças pessoais”, “mercados de capitais e gestão de fortunas”, “pagamentos e transferências de dinheiro” e “regtech [tecnologia para melhorar os processos regulatórios]”. Uma percentagem mais reduzida de startups atua na área de “insurtech”, isto é, soluções inovadoras para o setor dos seguros.

O estudo aponta ainda que as fintechs portuguesas “têm beneficiado de algum sucesso” ao focarem-se em “segmentos menos lucrativos”, entregando “diretamente aos clientes experiências melhores e mais baratas”. São ainda identificadas as startups que mais estão a marcar o ecossistema nacional. A lista é encabeçada pela Feedzai, seguida da Loqr, Apiax, PPL Crowdfunding, Raize, Seeders, Hold, James, Parcela Já e Prazo.pt.

O Portugal Fintech Report 2018, que os promotores consideram ser “o primeiro relatório sobre a indústria de fintech em Portugal”, integra entrevistas a fundadores e figuras relevantes do ecossistema, bem como um artigo de opinião de António Horta-Osório, presidente executivo do grupo Lloyds Banking Group, que detém o Lloyds Bank, “o maior banco digital britânico”, garante o gestor português.

Nele, Horta-Osório diz que a “revolução” causada pelas fintechs “dá aos bancos a oportunidade de fornecerem um serviço que é simultaneamente mais pessoal e mais eficiente do que nunca”. “Para tornar isto uma realidade, os bancos devem estar abertos a formas diferentes de trabalhar, incluindo parcerias com empresas de fintech”, aponta o líder do Lloyds Bank. A opinião do banqueiro corrobora uma das conclusões do estudo da Portugal Fintech, que refere que “os incumbentes aumentam o interesse nas fintechs e a cooperação começa a emergir”.

Noutro artigo de opinião, Luís Pedro Duarte, managing director e financial services lead da Accenture Portugal alerta que o regulador “deve ser neutro”, tanto para os incumbentes como para as fintechs. Isto, como forma de “assegurar um desenvolvimento assente na relevância de mercado”. Ainda assim, considera que, em Portugal, “os reguladores já deram o passo em frente com a criação de novas ferramentas, novos canais, novos hubs e novos hotpoints, alavancando os players para um ecossistema de inovação”.

Nuno Sebastião, líder da Feedzai. A fintech portuguesa levantou 50 milhões de euros numa ronda de financiamento recorde, a maior de sempre protagonizada por uma startup portuguesa. A empresa criou um algoritmo de gestão de risco na concessão de crédito.DR

“É muito importante” o diálogo com reguladores

Marta Palmeiro, vice-presidente da Portugal Fintech, não tem dúvidas de que o mercado de fintech em Portugal já tem alguma maturidade. “Começamos a ver maturação do ecossistema, rondas de capital de montantes muito significativos”, diz, em conversa com o ECO. “Estes players vêm agarrar em tecnologias como a inteligência artificial e, em primeira mão, resolver problemas que estão a ser postos aos incumbentes”, refere.

Também não duvida que as fintechs nacionais estão a trabalhar ao nível do que de melhor se tem feito lá fora. “Olhando para o que se está a desenvolver em fintech em Portugal, são projetos ao nível dos melhores que estão a ser desenvolvidos a nível internacional e que estão mais preparados para competir. São projetos globais, apoiados por investidores internacionais”, destaca Marta Palmeiro, ressalvando que muitas fintechs já estabeleceram contratos com algumas das “melhores empresas globais”. “Não há razão nenhuma para estes projetos não estarem ao nível dos melhores”, reitera.

Encarando uma das principais questões levantadas no relatório — a relação entre os reguladores e a inovação –, a vice-presidente da Portugal Fintech garante que tem havido “diálogo” e que os empreendedores já começam a desenvolver produtos que são “regulated by design“. Ou seja, que são desenvolvidos já em conformidade com as leis. Por norma, as fintechs são reguladas em Portugal pela CMVM, Banco de Portugal e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

Não há razão nenhuma para estes projetos não estarem ao nível dos melhores.

Marta Palmeiro

Vice-presidente da Portugal Fintech

Outro dos pontos é a procura cada vez maior por parcerias com fintechs por parte da banca tradicional. Marta Palmeiro nega que, atualmente, os bancos as vejam como uma forma de sobrevivência. E argumenta que vários modelos de negócio na área das fintechs estão a ser desenhados já a pensar nessas parcerias e na prestação de serviços aos bancos. “Há uma vontade muito real de cooperar. Mais de 60% das startups [de fintech] que mapeámos têm modelos de negócio B2B [business to business, isto é, serviços a pensar primeiro nas empresas como clientes, em vez de nos consumidores] e que são modelos intrinsecamente desenhados para cooperar com os incumbentes”, indica.

Este ano, o ecossistema nacional goza de uma maior “diversidade” e as perspetivas são de crescimento, conclui a responsável: “Comparando 2017 com 2018, há muito mais players no ecossistema e muito maior diversidade. No ano passado, estava muito concentrado nos setores mais tradicionais, de pagamentos e lending. Neste momento temos um ecossistema muitíssimo diversificado, com praticamente todas as áreas de atuação.”

O relatório da Portugal Fintech mapeou o ecossistema de startups financeiras em Portugal. Quase metade tem entre um e dez trabalhadores.Portugal Fintech/Accenture

Fintechs estrangeiras estão interessadas em Lisboa

Num mercado global como é o da tecnologia, as startups portuguesas também começam a enfrentar a concorrência vinda de fora. Uma das mais recentes entradas no país foi a da Monese, que está entre as maiores e mais mediáticas fintechs da Europa. Como noticiou o ECO no final de outubro, a empresa abriu recentemente um escritório em Lisboa, que é o terceiro da empresa a nível global, depois de Tallinn (Estónia) e Londres (Reino Unido).

A Monese criou uma tecnologia que permite abrir uma conta bancária digital em menos de 120 segundos. O foco são os telemóveis e a solução está disponível em duas dezenas de países europeus. A empresa garante ter 600 mil utilizadores registados e estar a crescer a um ritmo de 2.000 novos registos por dia.

Outra fintech estrangeira a içar bandeira em território nacional foi a Revolut. O lançamento foi anunciado há pouco mais de um ano, com a promessa de agitar o setor da banca tradicional no país. Na altura, o fundador e CEO da Revolut, Nikolay Storonsky, disse ao ECO que “ninguém gosta dos grandes bancos”. “São notoriamente mais caros, oferecem tecnologia pobre e veem os clientes como nada mais do que números numa base de dados”, referiu o empreendedor britânico.

A Revolut é como uma carteira digital semelhante a uma conta bancária e que tem um cartão bancário físico da MasterCard associado. Também suporta algumas criptomoedas. Com 33 meses de história, a empresa revelou em abril ter fechado com sucesso uma nova ronda de financiamento Series C, no valor de 250 milhões de dólares. A ronda pôs a startup a valer 1,7 mil milhões de dólares. Storonsky tem presença marcada no Web Summit esta semana. Vai estar em Lisboa para falar em painéis esta quarta e quinta-feira.

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Tesla estaciona no Porto. Abre nova loja no El Corte Inglés de Gaia

O novo espaço da Tesla fica no piso zero do El Corte Inglés, "um local altamente visível, que proporciona uma visão aos compradores e transeuntes casuais de como é a vida para quem possui um Tesla".

Primeiro chegaram ao El Corte Inglés de Lisboa, depois estiveram temporariamente, durante o verão, em Braga e no Algarve. Agora, os carros elétricos da Tesla estacionaram no Porto, mais propriamente no El Corte Inglés de Gaia. Além da loja permanente da capital, a empresa liderada por Elon Musk abriu agora uma nova loja permanente a norte.

O novo espaço da Tesla fica no piso zero do El Corte Inglés, “um local altamente visível, que proporciona uma visão aos compradores e transeuntes casuais de como é a vida para quem possui um Tesla”, pode ler-se num comunicado da empresa.

Quem visitar a Tesla do Porto poderá ficar a conhecer o Model S, o primeiro sedan premium 100% elétrico capaz de fazer até 632 quilómetros com um único carregamento, e o Model X, “o veículo utilitário desportivo mais seguro, mais rápido e com a maior eficiência da história”. O Model X foi o primeiro SUV a receber a classificação de segurança de cinco estrelas nos EUA.

Se o cliente quiser pode marcar, junto dos trabalhadores da loja, test drives e demonstrações para experimentar os carros da Tesla. Graças a esta abordagem de vendas, que permite que os clientes comprem diretamente na Tesla, em vez de comprarem através de concessionários representantes, a marca “é capaz de educar potenciais proprietários sobre os muitos benefícios de possuir um veículo elétrico”, reforça a empresa.

A Tesla tem vindo a demonstrar a sua expansão em todo o país. Além das lojas, a marca está empenhada na expansão da rede supercharger para que os condutores destes carros, totalmente elétricos, possam fazer viagens mais longas. Em Portugal, quem tem um automóvel Tesla tem acesso a cinco estações supercharger, com 44 superchargers individuais, sendo que a mais recente abriu há cerca de dois meses em Alcácer do Sal.

A rede de superchargers da Tesla é um sistema de estações de carga rápida, construídos pela empresa americana, para permitir que os seus veículos totalmente elétricos possam fazer viagens mais longas. Quanto ao carregamento no destino, ou destination charging, em inglês, que pode chegar aos 80 quilómetros de autonomia numa hora, existem 100 locais distribuídos pelo país, localizados em centros comerciais, parques de estacionamento e hotéis.

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Portugal já atraiu 873 milhões em investimento este ano

"Os regimes contratual e geral de apoio ao investimento garantiram a atração de investimentos no montante global de 873 milhões de euros, com a criação de 3.684 empregos", revela o MNE.

A Aicep conseguiu atrair, até outubro, investimento num montante global de 873 milhões de euros, revela a apresentação que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, preparou para os deputados, no âmbito das discussões na especialidade do Orçamento do Estado para 2019. Estes investimentos, segundo o mesmo documento, permitiram a criação de 3.684 postos de trabalho.

“Os regimes contratual e geral de apoio ao investimento garantiram a atração de investimentos no montante global de 873 milhões de euros, com a criação de 3.684 empregos”, pode ler-se no documento que Santos Silva discutiu esta segunda-feira no Parlamento.

Recorde-se que em março, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhantes Dias, revelou que o conjunto de investimentos sob análise com um valor superior a 25 milhões de euros (que encaixam no âmbito do regime contratual, ou seja, negoceiam apoios comunitários, mas também incentivos fiscais e outro tipo de apoios) ascende a 1,6 mil milhões de euros.

Já o presidente da Aicep sublinhou que o pipeline da agência estava avaliado em 2,4 mil milhões de euros, sendo que 70% destes investimentos eram estrangeiros. “O setor automóvel continua a ser o ‘top’ de angariação de investimento, mas também são importantes a pasta e papel, os setores farmacêutico, químico, aeronáutico e cada vez mais software, disse, nessa altura, Luís Castro Henriques.

A Aicep, que funciona como “porta única de acesso aos incentivos públicos das empresas estrangeiras e das empresas nacionais com investimentos superiores a 25 milhões de euros ou volume de negócios consolidado superior a 75 milhões de euros”, serve de intermediário na disponibilização de subsídios, créditos e benefícios fiscais ao investimento português e ao investimento direto estrangeiro.

Por outro lado, o documento do MNE entregue no Parlamento revela que “o sistema de apoio à internacionalização das empresas portuguesas disponibilizou fundos na ordem dos 73 milhões de euros, de que beneficiaram quase 500 empresas exportadoras e associações, e realizando um investimento total de 196 milhões de euros”.

De acordo com o Boletim de Outono do Banco de Portugal, o investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) registou um aumento homólogo de 3,7% no segundo trimestre deste ano, depois do crescimento de 4,3% nos três meses anteriores.

Vistos Gold são instrumento “útil, mas limitado”

Os “vistos gold” são um “instrumento útil”, mas limitado, e deve servir para captar investimento em “áreas decisivas” para Portugal, afirmou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros, esta segunda-feira, em resposta a questões do PSD e do Bloco de Esquerda.

O ministro precisou que, em seis anos, os “vistos gold” permitiram atrair 4.000 milhões de euros de investimento, um número reduzido face aos 1.000 milhões de euros de investimento captado só este ano pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

O ministro admitiu que o regime provou sobretudo a sua utilidade na angariação de investimento na aquisição de imobiliário, mas sublinhou que isso tem também um impacto positivo ao “favorecer a atividade da construção civil e gerar emprego”.

Por outro lado, disse, os “vistos gold” também permitiram, em menor escala, atrair capital, também importante dado “o nível de descapitalização” da economia portuguesa que decorre da baixa taxa de poupança.

O regime não correspondeu, no entanto, às expectativas, disse Santos Silva, em termos de “apoio ao investimento produtivo gerador de emprego”.

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Rio mantém confiança política no secretário-geral do PSD

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Rui Rio diz manter a confiança política em José Silvano e considera polémica em torno das presenças alegadamente falsas uma "pequena questiúncula".

O presidente do PSD, Rui Rio, manteve, esta segunda-feira, a confiança política no secretário-geral do partido, José Silvano, depois da notícia de que este assinou presenças em sessões plenárias do parlamento em que esteve ausente.

“Claro que mantenho a confiança política. O caso não é agradável, como é evidente, não é um caso positivo, mas acha que ter uma proposta para o país, discutir o país, debater o país pode ser anulado pelas pequenas questiúnculas que estão constantemente a surgir neste partido e nos outros partidos. Não pode ser, temos de estar um bocadinho acima disso”, acentuou.

O líder do maior partido da oposição, que falava à margem de uma reunião com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal (Confagri), no Porto, esclareceu que o secretário-geral do PSD já lhe explicou o que se passou e que este deverá ainda hoje “repor a verdade”.

“O deputado José Silvano já me explicou o que se passou e vai fazer hoje ainda, penso eu, um direito de resposta ao jornal no sentido de que seja reposta a verdade daquilo que aconteceu. A ele lhe compete fazer isso como deputado, eu nem sequer deputado sou e, portanto, verão a explicação que ele vai dar”, afirmou.

Citando o registo oficial das sessões plenárias da Assembleia da República, o jornal Expresso de sábado noticiou que José Silvano não faltou a qualquer das 13 reuniões plenárias realizadas no mês de outubro, apesar de em pelo menos um dos dias ter estado ausente.

Uma informação falsa, conforme o próprio admitiu ao Expresso. Na tarde de 18 de outubro, o dirigente do PSD andou pelo distrito de Vila Real ao lado de Rui Rio, cumprindo um programa de reuniões que teve início às 15h30. Apesar disso, nessa quinta-feira, alguém registou a presença do secretário-geral social-democrata logo no início da sessão plenária, quando passavam poucos minutos das três da tarde.

José Silvano assumiu o cargo de secretário-geral do PSD em março deste ano após a demissão de Feliciano Barreiras Duarte na sequência de notícias sobre irregularidades no percurso académico e com a morada para efeitos de cálculo de abonos das deslocações como deputado.

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