Youtube investe 20 milhões de dólares em conteúdo educativo

O Youtube quer apostar na vertente educativa da plataforma de vídeos, e por isso vai investir nos criadores deste conteúdo. O investimento inclui também parcerias com instituições, e conferências.

Fazer o nó da gravata, cozinhar arroz ou atirar dardos, são tudo coisas que se pode aprender a fazer no Youtube. A plataforma de vídeos quer destacar a componente educativa do site, e, por isso, vai investir 20 milhões de dólares em iniciativas como bolsas para youtubers e a criação de novos canais e vídeos.

A empresa tinha já demonstrado interesse em investir nesta área, ao anunciar o YouTube Learning em junho. Agora, decidiram investir 20 milhões de dólares para expandir a iniciativa, escreve a CNN Business (acesso livre/conteúdo em inglês). Com este dinheiro, a plataforma vai investir nos canais e criadores de conteúdo educativo, realizar parcerias com instituições e desenvolver outros recursos e eventos para potenciar a área.

A primeira ronda de investimento já está completa, e envolveu nomes como a TED-Ed, cujo canal disponibiliza vídeos com lições sobre os mais variados temas, e o “Crash Course”, dos irmãos John e Hank Green. Para a nova ronda, os youtubers interessados podem candidatar-se até 30 de novembro, e os escolhidos serão conhecidos cerca de dois meses depois, a 31 de janeiro do próximo ano. Os canais devem preencher alguns requisitos como ter, pelo menos, 25 mil subscritores. Os valores das bolsas não foram revelados.

Um veterano de guerra, que passava as noites no posto a ver vídeos para aprender trigonometria e que acabou por se tornar um físico, é o exemplo dado pelo Youtube do tipo de impacto que querem ter com esta iniciativa. “Podemos prometer que qualquer pessoa que queira aprender e ensinar vai ter mais oportunidades para o fazer no Youtube“, diz Malik Ducard, que chefia a área de educação na empresa, num post no blog da Google, onde anunciam as medidas do Youtube Learning.

Está ainda nos planos lançar um canal, chamado Learning, com parcerias com instituições como a Goodwill e a Year Up, que vão curar listas de vídeos que expliquem ou ensinem habilidades importantes para o desenvolvimento da carreira profissional. E uma série de vídeos apelidada de “YouTube Originals”, em conjunto com a Vox Entertainment, onde respondem a perguntas dos utilizadores.

Também as conferências EduCon, que eram já realizadas nas Américas e que juntam os criadores de conteúdo que se dedicam a vídeos educativos, vão chegar a Europa e a Ásia. A estreia europeia será no Reino Unido, em fevereiro do próximo ano.

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Lisboa pode alargar zonas de contenção de alojamento local à Baixa, Graça, Ajuda e grandes avenidas

Zonas da Baixa, Avenida da Liberdade, Avenida da República, Avenida Almirante Reis, Graça, Colina de Santana, Ajuda, Lapa e Estrela vão estar sob monitorização da câmara.

A Câmara Municipal de Lisboa vota, na quinta-feira, uma proposta do executivo de Fernando Medina para suspender a autorização de novos registos de alojamento local em algumas das zonas mais pressionadas da cidade. Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria são, para já, os bairros onde, durante um ano, não serão emitidas novas licenças para a exploração de alojamentos locais. Mas as chamadas áreas de contenção poderão vir a ser alargadas. Baixa, Graça e Ajuda são algumas das zonas que estarão sob monitorização mais apertada da Câmara de Lisboa.

As zonas onde a suspensão de autorização de novos registos será proposta de imediato pela Câmara são aquelas onde se “considera estar em risco o limiar mínimo do uso habitacional”, explicita o “Estudo Urbanístico do Turismo em Lisboa”, divulgado, esta segunda-feira, pela autarquia.

Esse é o caso do Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria, zonas onde mais de um quarto dos alojamentos familiares clássicos existentes estão a ser utilizados como alojamento local. No Bairro Alto e Madragoa, 27% das casas são alojamento local, enquanto nos bairros do Castelo, Alfama e Mouraria este rácio sobe para 29%.

Mas a câmara também vai manter sob monitorização as zonas “onde se verifica a existência de fortes fatores de pressão ao uso habitacional”. Esse é o caso das zonas da Baixa, Avenida da Liberdade, Avenida da República, Avenida Almirante Reis, Graça, Colina de Santana, Ajuda, Lapa e Estrela.

Significa isto que, a agravar-se a pressão turística nestas zonas, a câmara estará pronta para suspender a atribuição de novas licenças de alojamento também nestas áreas.

É isto, aliás, que defende o Bloco de Esquerda, que já confirmou ao ECO que irá votar a favor da proposta do executivo de Medina, permitindo que seja aprovada, mas que também exige o alargamento das zonas de contenção, proposta que irá apresentar. “Sendo uma proposta positiva e um avanço, o Bloco considera que deveriam ser abrangidas mais áreas da cidade, onde existe um número de alojamento local que coloca em risco o direito à habitação. Por exemplo, não se entende que uma zona como a Baixa não esteja já incluída nesta limitação. A medida vem tarde, mas até agora não foi competência da CML. Agora que temos oportunidade de atuar, entendemos que a medida deve agir também preventivamente, de modo a evitar saturação de outros bairros lisboetas”, dizem os bloquistas.

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BMW vai chamar à revisão mais de 25 mil automóveis a gasóleo em Portugal

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

As viaturas a gasóleo produzidas entre agosto de 2010 e agosto de 2017 podem apresentar problemas no circuito de refrigeração dos gases do escape.

Quase 25.100 veículos BMW estão abrangidos pela chamada à revisão do fabricante alemão de automóveis, que no total envolve 1,6 milhões de viaturas devido a problemas no circuito de refrigeração dos gases do escape.

Fonte oficial da marca em Portugal referiu à Lusa que no país “estão afetados 25.084 veículos por esta ação técnica”, que, segundo a BMW, inclui as viaturas produzidas entre agosto de 2010 e agosto de 2017.

Em 8 de agosto foi dada a informação que quase 2.400 veículos BMW seriam chamados à revisão em Portugal, num total de 324 mil veículos com motor a gasóleo em toda a Europa, devido a perigo de incêndio.

“Não haverá custos para os clientes”, garantiu fonte oficial, na altura, acrescentando que o processo demora entre uma a três horas, “dependendo se a parte respetiva tem defeito e tem que ser mudada, ou não”.

Informação atualizada pela marca alemã, enviada hoje à Lusa, refere que uma investigação da BMW revelou que um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos com motores a gasóleo”.

“O Grupo BMW decidiu levar a cabo uma ação técnica para verificar o módulo EGR e substituir eventuais componentes danificados em possíveis veículos a gasóleo afetados”, segundo o mesmo texto, o qual indica que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode apresentar fugas de líquido de refrigeração que se acumula.

“Quando combinado com sedimentos de óleo e carvão, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou a marca.

"O Grupo BMW decidiu levar a cabo uma ação técnica para verificar o módulo EGR e substituir eventuais componentes danificados em possíveis veículos a gasóleo afetados.”

BMW

Depois das ações técnicas de agosto, a marca avançou com análises de casos individuais que não estavam incluídos inicialmente e que “não demonstraram possuir qualquer tipo de risco significativo para os clientes”.

“Ainda assim, foi decidido reduzir ainda mais qualquer tipo de risco, alargando as diferentes ações técnicas por país, de forma a manter a confiança dos clientes no nosso produto”, pelo que as duas ações técnicas envolvem 1,6 milhões de veículos em todo o mundo.

Na Europa estão afetados 1,18 milhões de veículos, sendo que em Portugal 25.084 veículos são afetados”, segundo a mesma informação da BMW, que garante que todos os clientes com veículos envolvidos nesta ação técnica serão contactados.

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Rendimento Social de Inserção chegou a mais 15 mil pessoas em doze meses

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

Até setembro, o Rendimento Social de Inserção abrangia 222 mil beneficiários em todo o país, o que representa uma subida de quase 15 mil pessoas, no prazo de um ano.

O Rendimento Social de Inserção (RSI) chegou a quase mais 15 mil pessoas no prazo de um ano, uma média de 41 por dia, com mais de 222 mil beneficiários registados no mês de setembro.

Os dados são do Instituto de Segurança Social, atualizados a 19 de outubro, e mostram que o mês de setembro terminou com 222.555 pessoas a receberem esta prestação social, o que significa que, em doze meses, 14.840 beneficiários passaram a ter direito ao RSI.

Um aumento que representa uma variação percentual de 7,14%, bem acima dos 0,5% na comparação entre os meses de agosto e setembro e que representam 1.218 pessoas que começaram a receber a prestação social. Num ano, houve, em média, mais 1.236 beneficiários por mês, ou 41 pessoas por dia.

Uma tendência também verificada entre as famílias, já que em setembro do ano passado havia 94.859 agregados com direito ao RSI e agora há registo de 101.905, ou seja, mais 7.046 famílias, um salto de 7,42%.

Na comparação entre agosto e setembro, o aumento é bastante inferior, mas ainda assim houve mais 290 famílias a receber o RSI.

Olhando para a distribuição geográfica, a concentração de beneficiários está sobretudo nos distritos do Porto (60.765), Lisboa (36.909), Setúbal (18.070) e na Região Autónoma dos Açores (17.422).

O mesmo se passa nas famílias, com a maioria dos agregados que recebe o RSI a viver nos distritos do Porto (28.663), Lisboa (16.675), Setúbal (8.169) e Região Autónoma dos Açores (6.000).

Já no que diz respeito à caracterização dos beneficiários, é possível constatar que os 222.555 se dividem entre 114.398 mulheres e 108.157 homens, maioritariamente com menos de 18 anos (71.335).

Em média, os beneficiários recebem 115,03 euros por mês, já o valor por família chega aos 258,20 euros mensais.

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Turistas da China e dos EUA são os que mais gastam em Portugal

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

Que turistas abrem mais os cordões à bolsa quando visitam Portugal? Os chineses e os norte-americanos, garante a secretária de Estado do Turismo.

Os turistas chineses e os norte-americanos são aqueles que mais gastam em Portugal, disse esta terça-feira a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que participa em Macau num evento mundial dedicado ao setor.

“Estamos a falar de turistas [os chineses] que gastam bastante, a par do mercado norte-americano”, disse Ana Mendes Godinho, no âmbito do Fórum de Economia de Turismo Global que teve hoje início em Macau e que termina na quarta-feira.

Em 2017, as receitas turísticas relativas ao mercado chinês aumentaram 80%, em relação ao período homólogo do ano anterior, atingindo os 130 milhões de euros, sublinhou a governante.

O enoturismo é algo a que o mercado chinês responde muito bem”, adiantou a secretária de Estado, defendendo a aposta na diversificação da oferta turística, em produtos que promovam um turismo em todo o território e ao longo de todo o ano.

“Tal como Macau é uma plataforma de entrada na China, Portugal quer ser a plataforma de entrada na Europa”, afirmando-se como um país para “visitar, investir e estudar”, concluiu.

As declarações da secretária de Estado do Turismo de Portugal foram feitas no Fórum de Economia de Turismo Global que vai debater “o impacto da cooperação estratégica de turismo China-União Europeia”, segundo a organização.

A sétima edição do evento conta com mais de mil participantes e reúne autoridades e líderes de empresas privadas de vários países do mundo.

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Belim distinguida no Woman Tax Leader em Portugal

O reputado diretório da International Tax Review destacou Catarina Belim, e Raquel Petisca, advogadas da Belim, uma boutique especializada em direito fiscal.

Catarina Belim e Raquel Petisca, respetivamente sócia e consultora do escritório Belim, foram distinguidas, no Woman Tax Leader, o diretório da International Tax Review.

Com uma carreira consolidada na área fiscal, Catarina Belim passou pela Deloitte e pela sociedade de advogados Vieira de Almeida & Associados, na qual desempenhou funções de associada coordenadora da área fiscal, até que em 2016 lançou o seu próprio escritório — uma boutique de direito fiscal. A sua experiência em assuntos relacionados com o IVA, Impostos Especiais de Consumo e o Direito Aduaneiro tem permitido uma presença assídua no acompanhamento de operações nacionais e transfronteiriças.

O diretório destaca também Raquel Petisca, cuja área de atuação se foca maioritariamente na tributação direta e pessoal.

Ainda este ano, Catarina Belim foi distinguida pela International Tax Review como Indirect Tax Leader — onde tem sido recomendada desde 2012 — e Controversy Tax Leader, recomendada desde 2016. Foi igualmente distinguida pela primeira vez pelo guia Expert Guide na área fiscal em Portugal.

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Portugueses gastaram mais de mil milhões nas férias de verão no estrangeiro

Entre julho e setembro, os portugueses gastaram 1.093 milhões de euros em compras com cartões no estrangeiro, revela o Banco de Portugal. Ou seja, 24% acima do registado no período homólogo.

Os portugueses não parecem ter olhado a despesas nas férias de verão no estrangeiro. De acordo com o Banco de Portugal (BdP), entre julho e setembro deste ano, desembolsaram mais de mil milhões de euros com os respetivos cartões bancários nas viagens para fora de Portugal. Ou seja, mais 24% face ao verificado no verão do ano passado.

“Nos últimos cinco anos, as compras efetuadas com cartões portugueses no estrangeiro têm crescido progressivamente”, começa por dizer a instituição liderada por Carlos Costa. Relativamente a este ano, é salientado um novo recorde das compras no estrangeiro: 22,2 milhões de operações, no valor de 1.093 milhões de euros, nos meses de julho, agosto e setembro.

Estes números representam “o maior crescimento relativamente ao período homólogo” dá conta o BdP: 34% em quantidade e 24% em valor.

Evolução das operações com cartões e montantes

Nestes meses, em cada compra no estrangeiro com um cartão português foram gastos, em média, 49 euros, tendo o pico das compras no estrangeiro acontecido em agosto. Nesse mês ocorreram 7,7 milhões de operações, no valor global de 384 milhões de euros.

Nos três meses do verão, a maior parte das compras foram efetuadas no Reino Unido, em Espanha e nos Países Baixos, representando um peso de 22%, 18% e 14% do número total de compras efetuadas no estrangeiro, respetivamente.

Em valor, os portugueses gastaram mais em Espanha, no Reino Unido e em França. Esses países representaram, respetivamente, 25%, 20% e 11% do montante total de compras efetuadas no estrangeiro com cartões emitidos em Portugal, adianta o BdP.

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BMW chama à revisão 1,6 milhões de automóveis com motor a diesel

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

A BMW vai chamar 1,6 milhões de automóveis com motor a diesel à revisão, em todo o mundo. Em causa estão problemas no circuito de refrigeração dos gases do escape.

O construtor automobilístico alemão BMW anunciou, esta terça-feira, que vai chamar para revisão 1,6 milhões de veículos com motor a diesel em todo o mundo devido a problemas no circuito de refrigeração dos gases do escape.

A BMW explicou que nos veículos afetados, produzidos entre agosto de 2010 e agosto de 2017, o líquido de refrigeração pode escapar-se e em casos extremos causar um incêndio.

Em meados de agosto deste ano, a BMW tinha chamado para a revisão na Europa e na Ásia 480.000 veículos mas, depois de novas investigações a motores similares, a companhia alemã identificou mais veículos com problemas.

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BPI usa Sara Sampaio para promover crédito a habitação de taxa fixa

  • ECO
  • 23 Outubro 2018

Vários bancos estão a começar a oferecer taxas fixas nos empréstimos à habitação, mas o BPI é o primeiro, neste ciclo, a oferecer um juro que não mexe durante todo o prazo do crédito.

Todos os bancos estão a apostar no crédito para a casa. O BPI não é exceção. O banco liderado por Pablo Forero lançou uma campanha para promover a sua oferta de crédito à habitação de taxa fixa, recorrendo para tal à “cara” da instituição — Sara Sampaio — para a promover.

A famosa modelo internacional dá corpo a uma campanha publicitária que tem como mote “A vida muda. A taxa não”. A campanha estará presente em televisão, digital, rádio, imprensa, mupis e decoração da rede de balcões do Banco. A criatividade é da responsabilidade da Partners, agência criativa do BPI, e a produção da Big Family.

Esta irá promover a solução de crédito à habitação de taxa fixa que o banco já disponibilizava e que pode ir até aos 30 anos do empréstimo.

A solução de “Crédito Habitação Taxa Fixa a 30 anos”, conta com uma taxa anual nominal fixa “desde 2,95%, para quem quer comprar ou trocar de casa, com a segurança de ter a mesma prestação ao longo de toda a vida do empréstimo”, refere o banco, notando que é “o único dos maiores bancos em Portugal que dispõe de uma solução de crédito habitação com taxa fixa a 30 anos”.

O banco liderado por Pablo Forero enquadra a aposta em promover essa solução de crédito com o atual cenário de juros historicamente baixos, explicando que se há 10 anos a Euribor a 12 meses era de 5,33% e atualmente é de -0,156%.

Face a este cenário considera que “este é o momento certo para as famílias analisarem todas as opções para proteger o seu património futuro”, desta forma “assegurando a previsibilidade de uma das suas principais despesas” e “mantendo a estabilidade do orçamento familiar a longo prazo”.

O lançamento desta solução acontece num contexto de acentuado crescimento dos níveis de concessão de crédito para a compra de casa. No que respeita ao BPI, nos primeiros nove meses de 2018 foram disponibilizados 1.050 milhões de euros em empréstimos com esse fim. Ou seja, 36% acima do nível de concessão verificado no mesmo período de 2017.

(Notícia atualizada às 12h08 com alteração do título, já que a solução de taxa fixa já era disponibilizada pelo banco que está essencialmente a relançá-la agora numa nova campanha em que a modelo Sara Sampaio dá a “cara”)

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Revista de imprensa internacional

Ainda não é claro se o Governo italiano irá ceder à pressão da Comissão Europeia para ajustar o Orçamento do Estado. Na Uber, o CEO indica que a cultura no local de trabalho precisa de melhorar.

O Orçamento de Itália continua a dar que falar, e ainda não se sabe se o Governo italiano irá ceder à pressão da Comissão Europeia para ajustar as previsões, ou se vai manter os planos. Pela Uber, o CEO indica que ainda existe espaço para melhorar, no seguimento de continuadas alegações de assédio sexual na empresa. Um estudo noticiado no The Wall Street Journal alerta para que o assédio que as mulheres sofrem no local de trabalho pode estar ligado com a desigualdade de género. Estas e outras notícias marcam as manchetes internacionais.

The Wall Street Journal

Itália diz que não vai ceder no Orçamento

O Governo italiano diz que se vai manter fiel ao plano de gastos do Estado, apesar de avisos da Comissão Europeia de que o Orçamento viola as regras europeias. Mesmo depois de receber uma carta de Bruxelas, Roma disse que ia manter a estimativa para o défice nos 2,4%. No entanto, a imprensa italiana dá conta da possibilidade de o Governo de Itália fazer ajustamentos no Orçamento do próximo ano, indica a Reuters. O recuo deverá aplicar-se no caso de os mercados reagirem negativamente e o spread entre a taxa de juro da dívida a dez anos italiana e a das bunds alemãs dispare.

Leia as notícia completa em The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês), e na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Cultura no local de trabalho deve melhorar, diz CEO da Uber

O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, indica que “mudaram enquanto empresa”, mas que a cultura no local de trabalho precisava de melhorar. As declarações foram feitas no mesmo dia em que um executivo da plataforma de transporte entregou a demissão, no seguimento de relatos de que tinha sido disciplinado por alegações de má conduta sexual. Tendo em conta as denúncias de sexismo e assédio que assolaram a Uber, enquanto era liderada por Travis Kalanick, Dara Khosrowshahi diz que ainda há trabalho a fazer.

Leia a notícia completa em Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

El Mundo

Telemóveis Android podem ficar mais caros por causa da Google

A Google vai passar a cobrar aos fabricantes de telemóveis para instalarem o pacote de aplicações da empresa, incluindo, por exemplo, a Play Store. Esta decisão vem no seguimento da multa da Comissão Europeia. Esta taxa pode fazer subir os preços dos telemóveis Android, como da Samsung, Huawei ou LG, já que os fabricantes vão passar a ter custos acrescidos com a instalação de serviços da Google. Os fabricantes na Europa terão de pagar até 40 dólares por dispositivo, e a quota varia de acordo com o país e o aparelho.

Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Assédio sexual no local de trabalho e desigualdade salarial estão ligados

O movimento #MeToo tem levado a revelar muitos casos de mulheres que se sentiram desconfortáveis e que foram assediadas no seu local de trabalho, principalmente por figuras numa posição de poder. Esta atitude para com as mulheres pode ser um efeito secundário de um ambiente de trabalho onde a desigualdade de género persiste, e as promoções e salários são mais inalcançáveis para o sexo feminino, revela um estudo da Lean In e da McKinsey. “Continua a existir um desequilíbrio de poder dramático no local de trabalho”, diz Rachel Thomas, presidente da Lean In.

Leia a notícia completa em The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

El Mundo

WhatsApp estreia uma nova maneira de reproduzir áudios

Na plataforma do WhatsApp é muito comum trocar mensagens de áudio, para além das mensagens de texto. Mas quando alguém envia vários clips de áudio seguidos, é necessário iniciar manualmente cada um deles. Uma nova atualização do WhatsApp, que deve estar disponível brevemente, quer corrigir isto, e vai permitir ouvir os áudios sucessivamente. Depois de se ouvir dois ou mais clips seguidos, a aplicação assume que quer ouvir os restantes e começa a tocar automaticamente. Para saber que outro áudio foi iniciado, vai ouvir um som para avisar de que passou para “outra faixa”.

Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Governo de Costa está a “beneficiar do trabalho” de Passos Coelho, diz Weber

  • ECO
  • 23 Outubro 2018

O alemão Manfred Weber está na corrida para ser candidato do PPE à Comissão Europeia. Elogia Centeno e diz que Costa está a "beneficiar" das decisões de Passos Coelho.

Manfred Weber veio a Portugal pedir o apoio de Rui Rio e Assunção Cristas mas, foi de António Costa, Pedro Passos Coelho e Mário Centeno que falou ao Observador. O candidato a candidato do PPE à presidência da Comissão Europeia desvaloriza os feitos do atual primeiro-ministro, elogia o anterior e diz “respeitar muito” o ministro das Finanças.

“Tenho de dizer que este Governo está a governar com base nas decisões anteriores, não tanto nas decisões atuais”, sublinha o alemão, considerando que António Costa está a “beneficiar” das escolhas feitas pelo Executivo de Pedro Passos Coelho, sobretudo no que diz respeito à economia.

Apesar de desvalorizar os “feitos” do atual Governo, Weber salienta que Portugal fez uma “evolução positiva ao longo dos últimos anos”, tendo conseguido “cumprir os compromissos com a União Positiva”. “É uma coisa positiva”, nota, mas rapidamente avisa: “A parte mais problemática é que o que Portugal terá de fazer para essa percentagem [de défice]”.

O atual líder da bancada do PPE no Parlamento Europeu aconselha, neste contexto, o Governo português a “criar melhores infraestruturas” de modo a “captar investimentos estrangeiros”. “Portugal poderia estar muito melhor do que está hoje e deveria estar à frente de qualquer um outro, porque estamos num período de baixos custos com energia, baixas taxas de juro e num período de estabilidade do crescimento a nível global. Mas este tempo parece estar a acabar, se fizermos uma análise global”, enfatiza ainda.

O político realça ainda que “não podemos esperar que a situação atual se mantenha sempre”, pelo que é preciso aproveitar para “incrementar a capacidade de investimento” e “conseguir ir mais além”. Isto para “criar um futuro para as gerações vindouras”.

Já sobre Mário Centeno, Manfred Weber diz ter “muito respeito” pelo seu trabalho enquanto presidente do Eurogrupo, mas recusa especular sobre se seria ou não um bom candidato à vice-presidência da Comissão Europeia. “Penso que ele tem uma linha clara de agir, porque conseguiu compreender as últimas crises na zona euro e está a dar todos os passos para que os países cooperem mais com os outros”, conclui.

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Pacote de habitação adiado. Helena Roseta bate com a porta do grupo do trabalho

O PS pediu para adiar a votação do pacote do arrendamento, um requerimento rejeitado por Bloco e PCP e que levou Helena Roseta a renunciar à coordenação do grupo de trabalho da habitação.

As alterações ao regime do arrendamento urbano, bem como a introdução de incentivos fiscais ao arrendamento e a implementação de um programa de rendas acessíveis, voltaram a ser adiadas. O pedido de adiamento foi feito pelo Partido Socialista (PS), que quer que as votações deste pacote legislativo sejam empurradas para depois do Orçamento do Estado para 2019. Bloco de Esquerda e PCP rejeitaram a proposta, mas o pedido de adiamento foi acompanhado pelo PSD.

A votação indiciária do requerimento decorreu, esta terça-feira, no grupo de trabalho parlamentar que desde maio está a discutir as alterações à lei do arrendamento. A votação ainda terá de ser repetida esta tarde, na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, mas o adiamento deverá ser confirmado, já que o PS conta com o apoio do PSD. Assim, só em dezembro é que o Parlamento voltará a discutir esta pasta. Isto porque os trabalhos parlamentares serão interrompidos na próxima semana, quando arranca a votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019. A votação final global do Orçamento só terá lugar a 27 de novembro e os trabalhos parlamentares recomeçam na primeira semana de dezembro.

Tanto o PCP como o Bloco de Esquerda se opuseram a este adiamento, levantando questões quanto ao prazo de implementação da lei. “A legislação que estamos a discutir tem implicações orçamentais, o que significa que, se não aprovarmos estas medidas antes do orçamento, corremos o risco de estas medidas não entrarem em vigor antes da próxima legislatura”, apontou o deputado bloquista Pedro Soares. “Este processo não começou ontem. Já vem desde maio, devido a uma situação de grande instabilidade para as famílias. O que se exigia da Assembleia da República era uma resposta a estas famílias”, disse, por seu lado, a deputada comunista Paula Santos.

O PS garante, contudo, que a legislação poderá estar pronta para entrar em vigor já no arranque do próximo ano. “Estas são propostas da iniciativa do Governo e, na proposta do Orçamento do Estado, o mapa de receita e de despesa já prevê estas alterações. Da nossa parte, não colocaremos obstáculos à entrada em vigor destas leis no dia 1 de janeiro de 2019”, referiu o deputado socialista João Paulo Correia, em declarações aos jornalistas.

Seja como for, o pedido de adiamento causou desconforto, mesmo dentro do PS. A deputada Helena Roseta, até agora coordenadora do grupo de trabalho da habitação, renunciou às suas funções neste grupo, por discordar da posição do seu grupo parlamentar. “Quando há um conflito entre a disciplina partidária e o dever de consciência — neste caso, não adiar uma coisa que considero urgentíssima — entendo que um deputado vota de acordo com a sua consciência”. A deputada critica ainda o facto de o PS ter pedido um terceiro adiamento das votações. “O PS pede o adiamento porque não conseguiu maioria. Isto põe em causa o funcionamento democrático dos órgãos eleitos. Adiar sucessivamente porque não se conseguiu maioria é um mau princípio“.

O pedido de adiamento do PS surge depois de ter sido noticiado que os socialistas não conseguiram reunir apoio à esquerda para aprovar o novo programa de arrendamento acessível e a introdução de incentivos fiscais para promover o arrendamento de longa duração. O objetivo será, assim, ganhar tempo para chegar a um entendimento com os restantes partidos. “Continuamos a olhar para este como um tema urgente, mas a pressão não pode ser inimiga da boa lei. E estas nunca serão boas leis se não forem primeiramente aprovadas”, referiu o deputado João Paulo Correia. “Estamos a falar de áreas distintas, em que os partidos têm opiniões muito próprias. É difícil conseguir uma maioria por cada tema que é proposto. Isso requer tempo e precisamos de mais algumas semanas”, resumiu.

Notícia atualizada pela última vez às 11h40 com mais informação.

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