Jogadores do Sporting têm base legal para rescindir por justa causa

Depois das agressões em Alcochete, o regime jurídico laboral desportivo e o próprio código de trabalho podem ser invocados pelos jogadores do Sporting para a resolução dos contratos por justa causa.

Os jogadores do Sporting podem rescindir o contrato de trabalho depois das agressões de que foram alvo na academia do Sporting? Os advogados contactados pelo ECO admitem essa possibilidade, com base no artigo 23º do “Regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo”, mas não só: também o artigo 394º do Código de Trabalho, que define as condições para a “justa causa da resolução”.

Para Mariana Caldeira Saravia, da SRS Advogados, o que estará em causa é precisamente o que decorre do artigo 394º, nº 2, alinea d) do Código de Trabalho, que determina a justa causa por “Falta culposa de condições de segurança e saúde no trabalho”. É o que resulta da invasão da Academia de Alcochete por cerca de 50 adeptos do Sporting, e que levou a agressões físicas a jogadores e ao próprio treinador Jorge Jesus, e que já terá dado até lugar à diversas detenções.

Existe um regime jurídico específico para os contratos laborais desportivos, a lei 54/2017, e que dá a possibilidade de resolução por justa causa, no artigo 23º. No seu nº 3, refere-se o “incumprimento contratual grave e culposo que torne praticamente impossível a subsistência da relação laboral desportiva”. Depois de semanas de pressão pública, já este fim de semana, com a derrota na Madeira e a impossibilidade de acesso à Liga dos Campeões, a revolta dos adeptos obrigou a polícia a fazer uma rede de segurança para proteger os jogadores. Mesmo assim, alguns chegaram a entrar no estacionamento de Alvalade e ameaçarem a sua integridade física. Mas este regime laboral desportivo também diz outra coisa. Logo no seu artigo 3º, refere-se: “Às relações emergentes do contrato de trabalho desportivo aplicam-se, subsidiariamente, as regras aplicáveis ao contrato de trabalho que sejam compatíveis com a sua especificidade”.

É aqui precisamente que entra o Código de Trabalho. Mariana Caldeira Saravia sublinha a importância, para este caso, do seu artigo 394º, e o número e alínea que referem especificamente a segurança no trabalho.

Um outro advogado especialista em direito laboral, que pediu o anonimato, considera “que há razões suficientemente fortes, e públicas, que permitem invocar a negligência da entidade patronal na defesa dos jogadores“. “As agressões foram dentro das instalações laborais do clube, é certo que não foi o presidente da SAD a agredir os jogadores ou outros funcionários. Mesmo assim, os jogadores poderão invocar algum tipo de incentivo por ato ou omissão“, acrescenta o mesmo advogado. Além disso, refere, no último domingo, a própria polícia impôs um dispositivo de segurança para a chegada dos jogadores a Alvalade, o que torna possível dizer que existia um risco previsível de segurança que a entidade patronal deveria ter acautelado”.

Outro especialista nesta área, contudo, reconhece a dificuldade em fazer a prova da responsabilidade direta da entidade patronal, a SAD do Sporting. Mas reconhece que a segurança dos trabalhadores pode ser invocada para justificar precisamente o que diz o referido artigo do Código do Trabalho e que, de facto, “torne praticamente impossível a subsistência da relação laboral desportiva”.

O Sporting emitiu um comunicado minutos depois das agressões em que repudia o que sucedeu mas, na comunicação social, correm já informações sobre a intenção dos jogadores em rescindirem os contratos de trabalho. O presidente chegou a Alcochete por volta das 18h30 desta terça-feira, mas ainda não se conhecem os desenvolvimentos deste dia.

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Coreia do Norte ameaça anular cimeira de Kim Jong-un com Donald Trump

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

A Coreia do Norte ameaçou anular a cimeira prevista para 12 de junho, em Singapura, entre o seu líder e Donald Trump, devido aos exercícios militares conjuntos dos EUA e Coreia do Sul.

A Coreia do Norte ameaçou esta terça-feira anular a cimeira prevista para 12 de junho, em Singapura, entre o seu líder, Kim Jong-un, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, devido aos exercícios militares conjuntos dos EUA e Coreia do Sul.

A ameaça foi veiculada pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, que cita a sua congénere norte-coreana KCNA.

As autoridades norte-coreanas anularam já o encontro de alto nível que estava marcado para quarta-feira com a Coreia do Sul.

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Novo A330neo da TAP levantou voo pela primeira vez em Toulouse

A aeronave encomendada à Airbus no final de 2016, realizou esta terça-feira o primeiro voo, sendo o primeiro avião equipado com cabine Airspace.

O primeiro A330neo da TAP Air Portugal levantou voo pela primeira vez em Toulouse, juntando-se, assim, à frota de aviões de teste do modelo A330-900. Esta aeronave, encomendada em 2016, está equipada com instrumentos de teste de voo e é a primeira a contemplar a cabine Airspace da Airbus.

A companhia aérea nacional estreou esta terça-feira nas nuvens o seu A330neo – MSN1819, um dos 14 encomendados à Airbus no final de 2016, anunciou a TAP em comunicado. Concebida para voos de longo curso, a aeronave voou durante quatro horas e 32 minutos, somando-se agora aos restantes modelos A330-900 que estão a realizar voos de teste desde outubro do ano passado.

Equipado com vários instrumentos de teste, de maneira a verificar o funcionamento dos sistemas de cabine, do ar condicionado, dos espaços para descanso, etc., o A330neo – MSN1819 é ainda o primeiro a contemplar a cabine Airspace da Airbus, desenvolvida com base em quatro pilares: conforto, ambiente, serviço e design.

A aeronave oferece custos operacionais mais reduzidos, sendo o avião mais lucrativo e com melhor performance dentro da categoria dos de longo curso. Considerada uma das aeronaves mais populares de sempre, recebeu mais de 1.700 pedidos de encomendas, tendo sido entregues mais de 1.400 a mais de 100 clientes de todo o mundo.

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A app mais popular do iPhone já não é o WhatsApp

Whatsapp foi destronado pela chinesa Douyin, no ranking das aplicações mais populares no sistema iOS. Mais de 45 milhões de utilizadores descarregaram esta ferramenta de fazer "selfies musicais".

O WhatsApp acaba de perder o lugar mais alto do pódio das aplicações mais populares no sistema iOS para a chinesa Douyin (ou Tik Tok, como é conhecida fora da nação sínica). Nos primeiros três meses de 2018, mais de 45 milhões de utilizadores dos produtos Apple descarregaram esta aplicação, que permite gravar, ilustrar e partilhar “selfies musicais” de 15 segundos, colocando-a, assim, à frente do serviço de trocas de mensagem encriptadas detido pelo Facebook, nesta lista.

De acordo com o relatório da norte-americana Sense Tower, a aplicação criada em Pequim dominou o mercado asiático, o que acabou por lhe trazer a liderança global, no que diz respeito aos utilizadores dos produtos da companhia liderada por Tim Cook.

A Douyin foi criada em 2016 pela Bythedance, unicórnio mais conhecido pelo seu agregador de notícias baseado em inteligência artificial, o Toutiao.

Se juntarmos os dados da Google Play (loja de aplicações do sistema Android), o WhatsApp (em conjunto com o Instagram e o Messenger) mantém-se à frente da chinesa, que acaba por ocupar o sexto lugar nessa lista das apps mais populares. É, no entanto, importante referir que o uso da Google Play foi banido na China.

De acordo com o mesmo relatório, no primeiro trimestre do ano, registaram-se, no total, mais de 25,5 mil milhões de downloads em todo o mundo, o que representa um crescimento de 7,6%. Em termos de receitas, foi o Netflix a conquistar a coroa.

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Zuckerberg volta a dar nega ao Parlamento britânico. Respostas não convencem UE

  • Rita Frade
  • 15 Maio 2018

Facebook já respondeu às questões levantadas pela comissão parlamentar britânica, mas as respostas não convencem. Rede social diz também que Zuckerberg não tem intenções de se reunir com o Parlamento.

Resposta à carta enviada pela comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto.Parlamento britânico

Os deputados britânicos perguntaram e o Facebook já respondeu. Em resposta à carta enviada pela comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto, a rede social volta a dizer que Mark Zuckerberg não tem intenções de se reunir com o Parlamento britânico ou sequer “viajar para o Reino Unido”.

A comissão reagiu, esta terça-feira, dizendo que “as respostas do Facebook não respondem totalmente a cada ponto, com detalhe suficiente” e que, por isso, “tem intenções de voltar a escrever para abordar falhas significativas nas respostas do Facebook, nos próximos dias.

O presidente da comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto, Damian Collins, diz em comunicado, inclusivamente, que “é dececionante que uma empresa com os recursos do Facebook escolha não fornecer um nível suficiente de detalhes e transparência em vários pontos“.

As questões (ao todo 39) foram colocadas pela comissão parlamentar, após uma audição com o responsável de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, por considerar que este não esclareceu todas as suas preocupações.

Recorde-se que Mike Schroepfer foi o representante escolhido pelo Facebook para responder às perguntas dos deputados sobre o escândalo que envolve a Cambridge Analytica (consultora que acedeu de forma indevida a dados de 50 milhões de utilizadores do Facebook), depois de Mark Zuckerberg recusar o “convite” feito pelo Parlamento britânico.

Entretanto, o fundador do Facebook já enfrentou o Congresso norte-americano, onde admitiu erros, abriu a porta à regulação e confessou ser uma das vítimas da Cambridge Analytica.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Félix Morgado, anterior presidente da Caixa Económica Montepio Geral, tinha apresentado lucros de 30,1 milhões. Carlos Tavares, atual presidente, diz que afinal os lucros foram de apenas 6,4 milhões. O que fez a diferença entre as contas auditadas e não auditadas? As imparidades. Os CTT assinaram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel na Rua da Palma, em Lisboa. A venda vai gerar mais-valia de 8,5 milhões de euros.

Saiu José Félix Morgado e entrou Carlos Tavares para a liderança do banco. A nova gestão resolveu rever os “critérios de prudência” das contas e os lucros que eram de 30,1 milhões afinal foram de apenas 6,4 milhões no ano passado. O que aconteceu?

Os CTT assinaram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel Rua da Palma, no Martim Moniz em Lisboa. O negócio está avaliado em 10,3 milhões de euros, sendo que a mais-valia para a empresa liderada por Francisco de Lacerda é de 8,5 milhões de euros.

O ministro-adjunto, Pedro Siza Vieira, pediu escusa ao Governo de intervir em “matérias relacionadas com o setor elétrico, que acompanhava juntamente com outros membros do Governo”. Este pedido dispensa o ministro no caso da OPA dos chineses à EDP.

No final de março, o Governo apresentou aos parceiros sociais um conjunto de 27 propostas para o mercado de trabalho, com o intuito de combater a segmentação do mercado do trabalho e dinamizar a contratação coletiva. Mas o tema continua à espera de novos desenvolvimentos em concertação social. Para a CGTP, existe “uma tentativa de protelar a resolução do problema”.

Governar é fazer escolhas, disse ao Diário de Notícias o primeiro-ministro António Costa. E havendo eventuais folgas orçamentais, o chefe do Governo prefere contratar funcionários públicos a aumentar salários. “Se me perguntar o que é mais importante, aumentar o número de funcionários ou o vencimento dos funcionários, respondo que aumento o número dos funcionários”, afirmou o primeiro-ministro.

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Adeptos do Sporting invadem Academia, jogadores e treinadores terão sido agredidos. Há 18 detidos

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

Cerca de 50 adeptos do Sporting, com a cara tapada, invadiram hoje a Academia de Alcochete e agrediram jogadores e equipa técnica.

Cerca de 50 adeptos do Sporting, com a cara tapada, invadiram esta terça-feira a Academia de Alcochete, enquanto decorria o treino da equipa principal, e agrediram jogadores e equipa técnica, a dias da final da Taça de Portugal de futebol. De acordo com a SIC Notícias, 18 pessoas terão sido detidas entretanto como consequência desta ação.

Em comunicado, o Sporting confirmou os acontecimentos registado na Academia de Alcochete, atitudes que “configuram a prática de crime e que em nada honram e enobrecem” o nome do clube.

De acordo com imagens publicadas nas redes sociais e em algumas televisões, Bas Dost terá sido um dos jogadores agredidos, aparecendo com três golpes na cabeça, havendo também imagens com o balneário vandalizado, cheio de fumo e com alarmes a tocar.

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Carlos Tavares: Caixa Montepio pode mudar de nome, mas marca Montepio fica

Carlos Tavares admite a possibilidade de o Montepio mudar de nome, mas quer manter a marca Montepio. Os clientes valorizam a marca, diz o presidente do banco.

A marca Montepio é demasiado preciosa para o banco abdicar dela. Carlos Tavares, novo presidente da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), admite a possibilidade de a instituição que lidera poder mudar de nome, mas que a marca Montepio em si não é para cair.

Pode mudar de nome, mas mantém a marca Montepio”, afirmou Carlos Tavares num encontro com jornalistas que decorreu esta terça-feira à tarde. O presidente do banco disse que as pessoas perdem-se no meio das siglas CEMG e AMMG e que preferem um nome mais compacto.

Para suportar a vontade de não abdicar da marca Montepio, o ex-presidente da CMVM socorre-se de um estudo requerido pela anterior administração do banco. Nessa sondagem, os clientes da instituição financeira revelaram valorizar a marca Montepio. Daí a decisão de não abdicar da chancela.

A mudança de nome do Montepio tem estado em cima da mesa nos últimos anos, com os reguladores a apelarem para uma maior diferenciação entre o banco e o seu único acionista, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Mas tem havido muitas posições contraditórias não só do lado do banco, como do próprio Banco de Portugal.

“Há uma determinação do BdP, em 2015, para haver uma diferenciação e uma separação de marcas”, disse Félix Morgado, o anterior presidente do banco Montepio em entrevista ao ECO24. Recentemente, o diretor de supervisão prudencial do BdP, apesar de considerar fundamental que os clientes percebam os riscos associados aos produtos da Associação Mutualista e da Caixa Económica, afirmou que isso não implica necessariamente a alteração das marcas.

Carlos Tavares parece agora querer desfazer as dúvidas, demonstrando, contudo, a vontade de não abdicar da marca Montepio.

Capital Certo mudou para Poupança Mutualista. Regresso em 2019

Uma eventual mudança de nome do banco Montepio tem como objetivo que quando os clientes vão ao balcão não haja o risco de confundirem os produtos vendidos pelas duas entidades. Mas após a entrada de Carlos Tavares para a administração do banco Montepio já foram dados passos no sentido de uma maior distinção entre os produtos das duas instituições.

Uma situação que Carlos Tavares salientou, esta terça-feira, lembrando a mudança de nome do Capital Certo — um dos produtos financeiros da Associação Mutualista mais populares — para Poupança Mutualista, tal como O ECO avançou no início deste mês de maio.

A comercialização do Capital Certo foi suspensa pelo Montepio desde fevereiro, ainda durante a gestão de José Félix Morgado. A nova administração liderada por Carlos Tavares, que entrou em funções em meados de março, decidiu manter essa suspensão, para mais tarde optar por mudar o nome do Capital Certo para Poupança Montepio.

A comercialização deste produto da associação mutualista continua suspensa, mas deve ser retomada no início do próximo ano antecipou Carlos Tavares no encontro com os jornalistas que decorreu na tarde desta terça-feira.

Estes produtos são vitais para financiar a mutualista. A Caixa Económica tem de angariar quase mil milhões em produtos de poupança da Associação Mutualista este ano, noticiou o Público no início deste ano, citando o Programa de Ação e Orçamento para 2018 do banco.

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Nuno Artur Silva: “O grande problema da RTP é um problema de financiamento”

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

O administrador cessante da RTP, Nuno Artur Silva, disse esta terça-feira que defende o atual modelo do Conselho Geral Independente (CGI) da estação pública, mas denunciou a falta de financiamento.

O administrador cessante da RTP Nuno Artur Silva afirmou que é defensor do modelo do Conselho Geral Independente (CGI), considerando que tal “veio trazer independência”, e apontou que o problema da empresa é o “financiamento”. Nuno Artur Silva falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito de um requerimento do grupo parlamentar do PS sobre as notícias relativas à exoneração do diretor de informação da RTP.

Numa “nota pessoal”, o administrador cessante reiterou que nunca lhe foi exigido que vendesse a sua participação na empresa que detém a não ser em janeiro deste ano. “Nunca me foi exigido, isso só aconteceu em janeiro de 2018”, altura em que apresentou uma solução de venda, mas que foi rejeitada, recordou. “Respeito totalmente as decisões, continuo a ser defensor do modelo do CGI, veio trazer independência”, afirmou o administrador cessante.

“O grande problema da RTP é um problema de financiamento”, salientando que a RTP deve ser comparada com os outros serviços públicos europeus e não com os privados. “A RTP cumpriria melhor se houvesse dinheiro para fazer melhor”, afirmou Nuno Artur Silva.

Por sua vez, a administradora cessante Cristina Vaz Tomé sugeriu que, face às mudanças que têm havido no setor, o contrato de concessão deveria ser revisto em 2019 para se adaptar à nova realidade. Gonçalo Reis, que foi reconduzido na presidência da RTP, sublinhou que o “financiamento é um tema que se coloca” à empresa, que “tem de fazer o máximo” com os meios que lhe são dados. “As iniciativas são completamente elásticas”, considerou, salientando esperar que seja possível realizar um aumento de capital.

Quando questionado sobre a eventual exoneração do diretor de informação da televisão, Paulo Dentinho, que foi noticiada há dois meses, o presidente da RTP citou as declarações dadas à Lusa exatamente há “60 dias”, onde afirmou que “eventuais ajustes em direções, de conteúdos e não só”, serão “sempre tratadas com toda a ponderação, no devido momento, que ainda não chegou, e cumprindo os procedimentos adequados”. “Valorizamos a estabilidade da direção de informação”, afirmou, sublinhando que “Paulo Dentinho é o diretor de informação com mais longevidade [na RTP], há 20 anos”.

Gonçalo Reis fez um balanço “muito positivo” da atual direção de informação da televisão da RTP, sublinhando que “estabilidade” não é sinónimo de “cristalização”, mas antes defendeu “estabilidade e ambição”. Relativamente à Eurovisão, o presidente da RTP sublinhou que o evento “foi um momento de projeção do país”, da “capacidade de organizar um evento de qualidade internacional” que “não fica a dever nada a ninguém”. “Foi um bom momento da RTP, da cidade e para a projeção do país”, concluiu.

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“Desapareceram” 24 milhões dos lucros do banco Montepio

Félix Morgado tinha apresentado lucros de 30,1 milhões. Tavares diz que afinal os lucros foram de apenas 6,4 milhões. O que fez a diferença entre as contas auditadas e não auditadas? As imparidades.

Não é inédito, mas não é comum. O anterior presidente da Caixa Económica Montepio Geral tinha anunciado que os lucros em 2017 foram de 30,1 milhões de euros, valor que comparava com prejuízos de 86,5 milhões de euros no ano anterior.

Saiu José Félix Morgado e entrou Carlos Tavares para a liderança do banco. A nova gestão resolveu rever os “critérios de prudência” das contas e os lucros que eram de 30,1 milhões afinal foram de apenas 6,4 milhões no ano passado. O que aconteceu? A história conta-se em quatro pontos:

  1. No dia 8 de fevereiro de 2018, José Félix Morgado apresenta as contas da Caixa Económica Montepio Geral. O banco justificava esta viragem de prejuízos a lucros com as “evoluções favoráveis do produto bancário, ao beneficiar da recuperação do negócio core, dos custos operacionais e das imparidades”.
  2. No dia 26 de abril, já com uma nova administração, o Público noticia que “Carlos Tavares vai rever em baixa os resultados do Montepio”. Fonte oficial do banco dava a seguinte justificação: “O atual conselho de administração, responsável pelo fecho das contas, após a devida audição dos auditores e da comissão de auditoria, está a rever as contas de acordo com os seus próprios critérios de prudência”.
  3. A 30 de abril, em comunicado enviado à CMVM, a Caixa Económica anuncia o adiamento da apresentação do relatório e contas — incluindo os pareceres obrigatórios e a certificação legal de contas –, e diz que, “no prazo máximo de duas semanas”, iria apresentar os números finais.
  4. Hoje, 15 de Maio, as contas foram publicadas na CMVM e confirma-se: em 2017, os lucros não foram de 30,1 milhões de euros, mas sim de 6,4 milhões. O que explica diferença de 24 milhões de euros? São sobretudo as imparidades.

Quando a 8 de fevereiro tinha apresentado as contas referentes a 2017, o banco tinha anunciado uma descida no valor das imparidades de 182,5 milhões para 138 milhões de euros. Mas agora com Carlos Tavares, os tais “critérios de prudência” levaram a que o valor das imparidades subisse dos 138 milhões para os 160,7 milhões de euros.

“O mais relevante foi o ajustamento das imparidades”

Num encontro com jornalistas a propósito da apresentação das contas, Carlos Tavares justificou assim a diferença de resultados: “o mais relevante foi o ajustamento das imparidades, juntamente com os auditores, de alguns dossiês de crédito, numa ótica de prudência acrescida”.

Além das imparidades para o crédito, o banco reviu os valores das ‘imparidades para outros ativos financeiros’ (de 6,7 para 7,8 milhões), das ‘imparidades para outros ativos’ (de 11,7 para 12,6 milhões) e das ‘outras provisões’ (que baixaram de 11,4 para 10,3 milhões). A certificação das contas foi feita pela KPMG.

Neste exercício de revisão e auditoria das contas, até a margem financeira do banco mudou: era de 263,9 milhões e passou para 266,2 milhões de euros, um valor que representa uma melhoria de 5,1% face aos valores de 2016. Já o produto bancário quedou-se em 505,3 milhões de euros.

Em termos de solidez, o rácio common equity Tier 1 aumentou dos 10,4% para 13,2%. Carlos Tavares, no encontro com jornalistas, diz que o Montepio “não precisa de capital. Neste momento, não é preciso capital fresco”. Sobre o futuro, o ex-presidente da CMVM aponta como grandes prioridades “a recuperação de crédito e redução de exposição ao mercado imobiliário”, numa altura em que o preço é convidativo a alienações.

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Esta app permite fazer apostas futebolísticas e ganhar prémios

Na Kiss My Score, pode fazer apostas sobre jogos de futebol e ganhar prémios, se participar nas ligas patrocinadas. Aplicação está à procura de marcas para apoiar grupos de apostas focados no Mundial.

Em jeito de preparação para o Mundial de Futebol deste ano, a Kiss My Score está a mudar de cara e a preparar algumas novidades. Esta plataforma, onde se podem registar apostas sobre os jogos do desporto rei, vai lançar novas funcionalidades para a ocasião e está à procura de marcas que estejam dispostas a patrocinar algumas das suas ligas, isto é, dos pequenos grupos de fãs que utilizam a aplicação.

“As ligas públicas têm um chat e podem ser patrocinadas por marcas, que podem falar com os integrantes diretamente“, explica Zé Maria Alarcão, em declarações ao ECO. Segundo o representante da Kiss My Score, esta é uma estratégia de marketing “um bocadinho diferente”, que permite às empresas criarem uma comunidade dentro da aplicação e lançar ofertas especiais.

“As marcas podem ainda oferecer prémios aos melhores ‘treinadores de bancada’, isto é, aos melhores jogadores da sua comunidade dentro da app e chegar a públicos mais vastos, através de, por exemplo, de campanhas nas redes sociais”, acrescenta a startup.

Com esta campanha especial, a Kiss My Score espera chegar aos 120 mil utilizadores (atualmente conta com 77 mil). Os seus mercados mais fortes têm sido Portugal, Brasil e Itália.

A aplicação é gratuita, mas oferece funcionalidades pagas, nomeadamente o acesso a estatísticas mais profundas.

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Concurso de inovação leva dois projetos ‘startup’ de Macau a Lisboa

  • Lusa
  • 15 Maio 2018

Os dois projetos de Macau vencedores do prémio "Fosun Protechting" foram hoje eleitos e vão poder participar num programa acelerador de 'start up' durante três meses em Lisboa.

Os dois projetos de Macau vencedores do prémio “Fosun Protechting” foram eleitos esta terça-feira e vão poder participar num programa acelerador de ‘startup’ durante três meses em Lisboa.

“O concurso atraiu vários projetos talentosos, 60% dos quais vêm de Macau, o que demonstra um grande investimento na inovação por parte da Região”, afirmou o diretor executivo da Parafuturo de Macau, Chui Sai Peng, durante o discurso de abertura do Concurso de Inovação e Empreendedorismo daquela empresa.

Estes prémios foram atribuídos no âmbito de um concurso geral de inovação e empreendedorismo e do Fórum da Mesa Redonda de Tecnologia lançados pela Parafuturo de Macau.

Os projetos vencedores do prémio foram a “An ambient cell-tranpostation System” e o “Next generaton Analytical Products and Services for Clinical and Research Markets”, dedicados às novas tecnologias, à análise de dados e marketing.

A iniciativa foi coorganizada com a Aliança de Educação da Inovação e Empreendedorismo da China, a Fundação Fosun e o Centro de Inovação e Qualidade Alibaba.

“Este ano resolveu incluir-se também Macau selecionando duas ‘startup’ para poderem participar no programa”, declarou à Lusa, o fundador e presidente executivo da Beta I, Pedro Rocha Vieira, à margem do Fórum da Mesa Redonda de Tecnologia.

“Somos parceiros da Fosun e da Fidelidade neste programa de aceleração Protechting, um programa de invocação aberta que nós desenvolvemos em conjunto”, disse ainda o presidente da organização dedicada a apoiar ‘startup’ e a fomentar ecossistemas empresariais.

Entre muitos oradores no Fórum da Mesa Redonda de Tecnologia, destacam-se a vice-presidente da Fosun Internacional, Julia Gu, o diretor adjunto do Departamento para os Assuntos Económicos do Gabinete de Ligação da China em Macau, Xu Jun, e o diretor de operações da Alibaba Innovation Center.

Além do “Fosun Protechting”, foram atribuídos mais dois prémios a equipas de Macau, no valor de dez mil patacas (cerca de mil euros) cada.

O prémio de Inovação e Empreendedorismo da Parafuturo de Macau (IEEAC), escolheu dois projetos para participar no “Pequim, Tianjin e Hebei – Concurso de inovação e empreendedorismo de juventude de Guangdong, Hong Kong e Macau” e o prémio “Competição de Start up Alibaba Cloud”, que também selecionou dois vencedores para participar num concurso da Create@Alibaba Cloud (CACSC), a realizar em Hangzhou, na China.

Foram atribuídos ainda três prémios no valor de 30 mil patacas, 20 mil e dez mil, respetivamente, às três melhores propostas de entre 16 selecionadas por um júri.

À margem do evento, Pedro Rocha Vieira defendeu haver espaço para as empresas tecnológicas portuguesas entrarem no mercado chinês, dando ênfase à ligação entre as ‘startup’ e as grandes empresas portuguesas.

“Há espaço para as empresas tecnológicas portuguesas, através de parcerias integradas, entrarem no mercado chinês”, afirmou.

Pedro Rocha Vieira referiu a importância da ligação entre as ‘startup’ e as grandes empresas “nos vários setores de atividade”.

Devido “ao incrível crescimento” da China nos últimos anos, Pedro Rocha Vieira defendeu a importância que Macau pode ter como porta de entrada para as empresas europeias.

“Tudo o que tem acontecido nos últimos anos na China é incrível e esta zona do Delta das Pérolas, vai ser umas das principais zonas da China e Macau tem um papel a desempenhar nesta zona e acho que para a Europa é muito interessante poder explorar melhor o mercado chinês também através de Macau”.

Além das nove províncias da região (Fujian, Jiangxi, Hunan, Guangdong, Guangxi, Hainan, Sichuan, Guizhou, Yunnan) a Região do Delta das Pérolas inclui ainda Macau e Hong Kong.

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