Dono da Zara já não é o homem mais rico da Europa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Abril 2018

Amancio Ortega foi destronado por um francês, mas o título mantém-se no setor da moda e retalho.

O espanhol Amancio Ortega foi destronado do lugar de mais rico da Europa, mas o título continua dentro do setor da moda e do retalho. O fundador da Inditex, casa-mãe da Zara, fui ultrapassado pelo francês Bernard Arnault, chairman do grupo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton.

Segundo o Bloomberg Billionaires Index, Arnault tem agora a sua riqueza avaliada em 70,7 mil milhões de dólares, deixando para trás os 79,2 mil milhões que perfazem a riqueza do espanhol.

Bernard Arnault está na liderança do grupo que detém marcas como a Louis Vuitton, TAG Heuer e Dom Perignon desde 1989 e detém quase metade do império, que fechou 2016 com receitas de 41,6 mil milhões de dólares.

O líder da Amazon, Jeff Bezos, continua a ser o mais rico do mundo.Bloomberg

Os três primeiros lugares da lista de milionários da Bloomberg continuam, no entanto, a ser ocupados por norte-americano. Jeff Bezos, presidente da Amazon, é o mais rico, com 121 mil milhões de dólares, seguindo-se Bill Gates, da Microsoft, com 91,3 mil milhões de dólares. Warren Buffet, o icónico investidor, ocupa o terceiro posto com 86,3 mil milhões na carteira.

O destaque desta lista vai, ainda assim, para a sétima posição. O criador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg tem a sua riqueza avaliada em 64,9 mil milhões, mas já viu o seu bolso mais magro em quase 8 mil milhões desde que começou o ano. Alguma da culpa será da Cambridge Analytica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump convencido de que será “alcançado um acordo” com a China

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

“A China vai retirar a suas barreiras aduaneiras porque é a coisa certa a fazer”, escreveu Trump este domingo de manhã na rede social Twitter.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou-se convencido de que será “alcançado um acordo” com a China para evitar uma guerra comercial. “A China vai retirar a suas barreiras aduaneiras porque é a coisa certa a fazer”, escreveu Trump este domingo de manhã na rede social Twitter.

Segundo Donald Trump, as taxas aduaneiras vão ser “recíprocas” e alcançar-se-á “um acordo sobre a propriedade intelectual”. O Presidente dos Estados Unidos prometeu também “um soberbo futuro para os dois países”.

Trump não explicou porque é que está tão otimista quanto à resolução da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Na quarta-feira, Donald Trump tentou suavizar esta situação e negou mesmo que houvesse uma guerra comercial. “Não estamos numa guerra comercial com a China, essa guerra foi perdida há muitos anos pelas pessoas tolas, ou incompetentes, que representavam os Estados Unidos”, escreveu no Twitter o presidente dos Estados Unidos.

E prosseguiu: “Agora temos um défice comercial de 500 mil milhões de dólares por ano, com o roubo de propriedade intelectual de mais 300 mil milhões de dólares”. Na altura tinha lembrado que os Estados Unidos não poderiam “deixar isto continuar”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo assinala “milagre a dois tempos” que permitiu a Portugal sair da crise

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

Em entrevista a um jornal espanhol, o Presidente da República elogia tanto Passos Coelho como António Costa, referindo que ambos protagonizaram o "milagre a dois tempos" da recuperação em Portugal.

O Presidente da República destacou o “milagre a dois tempos” que permitiu a Portugal ultrapassar a crise económica e começar a crescer, numa entrevista em que assume que a sua relação com o primeiro-ministro “foi sempre boa e igual”.

Numa entrevista ao jornal espanhol La Voz de Galicia, divulgada este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa aponta duas fases na recuperação económica portuguesa, elogiando a ação do anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na primeira, e do atual, António Costa, na segunda.

O “mérito” da “primeira fase”, em que houve necessidade de “tomar medidas muito impopulares e correr o risco de ser penalizado por isso”, foi de Passos Coelho. Quanto ao segundo, de manter o rumo na consolidação das finanças públicas, foi de António Costa, a quem Marcelo Rebelo de Sousa atribui o mérito pela “segunda fase do milagre”.

“Quando se esperava que o novo Governo [chefiado por António Costa], com uma composição oposta da composição anterior, e apoiado por partidos que tinham uma posição muito crítica em relação ao período anterior, quando muitos esperavam que esse Governo viesse romper com o caminho de recuperação das finanças públicas, isso não aconteceu”, assinalou, concluindo: “Houve essa determinação. Isso é mérito do primeiro-ministro António Costa e do seu Governo, é mérito dos partidos que apoiaram o Governo. Eu diria que foi um sinal de grande maturidade política”.

Na entrevista, o chefe de Estado assume que a sua relação com António Costa “foi sempre boa e igual”. “Em primeiro lugar, porque defendo que o Presidente deve dar-se bem com o primeiro-ministro, com os órgãos de soberania e com os partidos políticos. Estou permanentemente em contacto com o chefe do Governo, não só nas audiências semanais, em bons e maus momentos, como foi o caso das tragédias dos incêndios. Além disso, conhecemo-nos muito bem há décadas, já que ele foi meu aluno na Faculdade de Direito de Lisboa”, recordou.

O chefe de Estado português mostra a sua satisfação por o executivo de Costa ter convencido a União Europeia e os mercados e continuar estável a pouco mais de um ano das eleições legislativas. “É uma satisfação que esse Governo, no qual ninguém acreditava internacionalmente, tenha convencido Bruxelas, os mercados e continue estável a um ano e poucos meses de acabar a legislatura”, assume o Presidente, para quem o “ponto de inflexão” foi o “início de 2017”.

Marcelo congratula-se também pela solidez do sistema político, tanto à esquerda como à direita. “Temos um sistema político forte à esquerda e à direita, que oferece alternativas aos portugueses e evita o surgimento de populismos”, sublinha.

Congratula-se também por ter “desaparecido a crispação entre a esquerda e a direita” que surgiu após a eleições de 2015, ganhas por Passos Coelho, mas que não conseguiu formar Governo, dando lugar ao executivo socialista apoiado pelo PCP e BE.

Na entrevista, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que a visita de Estado que fará a Espanha entre 16 e 18 deste mês será “muito importante”. “Não foi por acaso que o rei de Espanha foi meu convidado especial na tomada de posse. Isso permitiu criar uma aproximação que corresponde à excelência atual das relações políticas entre o reino de Espanha e Portugal”, frisa.

O Presidente português lembra a visita dos reis de Espanha a Portugal, que foi “um grande sucesso”, e classifica o estado atual das relações bilaterais assinalando a “grande proximidade não intelectual e emotiva” e o “fenómeno espantoso de complementaridade e de colaboração constante”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abanca compra Deutsche Bank para crescer. Mas o que oferece aos clientes?

O Abanca comprou o negócio do banco alemão em Portugal com o objetivo de se expandir. Apesar de muitos poucos o conhecerem, o banco espanhol tem uma oferta de serviços e produtos apelativa.

Está em Portugal há vários anos, mas só nos últimos dias muitos terão sabido da existência do Abanca. As atenções voltaram-se para o banco espanhol após o anúncio da compra do Deutsche Bank, em Portugal. Com este negócio, o Abanca tem oportunidade de se expandir a partir dos quatro balcões que tem em território nacional. Apesar de estranho para muitos portugueses, uma análise mais em detalhe permite perceber que o Abanca disponibiliza aos clientes serviços e produtos com condições que podem ser consideradas atrativas face à generalidade dos concorrentes.

Os encargos associados à manutenção da conta bancária são exemplificativos disso mesmo. Há soluções mais em conta no mercado, sobretudo em bancos de menor dimensão e online, mas se formos comparar com a oferta das maiores instituições financeiras nacionais o Abanca apresenta custos, em média, mais baixos.

O encargo anual de ter uma conta bancária, cartões de crédito e de débito e realizar 24 transferências online por ano ascende a 80,08 euros no Abanca. Ou seja, 36% aquém face aos 124,72 euros cobrados, em média, pelo BCP, Novo Banco, Santander Totta e BPI.

Comissões no Abanca face aos maiores bancos

Tal deve-se em parte ao facto de, por exemplo, o Abanca não cobrar uma anuidade pelo cartão de crédito. Mas também o cartão de débito apresenta um custo mais baixo: 13,52 euros, valor que compara com anuidades entre 17 e 20 euros em vigor nos bancos maiores. Já a manutenção de conta representa um encargo anual de 41,6 euros no Abanca (saldos entre 1.000 e 2.500 euros). Nos quatro maiores bancos considerados na análise, os encargos cabem no intervalo entre 50 e 65 euros anuais.

Spreads mínimos da casa na concorrência

Fonte: Preçários dos bancos

Mas para quem pretenda fazer um crédito à habitação, o Abanca também apresenta um leque de spreads competitivo. A oferta de crédito à habitação do banco espanhol é composta apenas por uma solução de taxa fixa por um prazo de dois anos. Após os primeiros 24 meses do empréstimo, o banco aplica um spread a partir de um mínimo de 1,2%.

Ora, esse valor é inferior aos spreads mínimos disponibilizados não só pelos cinco maiores bancos portugueses, como pela quase totalidade dos bancos. Apenas o Bankinter tem um spread mínimo inferior a 1,15%.

Exige menos no crédito, paga menos nos depósitos

Menos apelativa será a sua oferta nos produtos de poupança: em específico de depósitos a prazo. Para o prazo de um ano, o Abanca apenas disponibiliza uma aplicação. Trata-se do depósito ON, cuja taxa de juro bruta é de 0,06%. Apesar de os bancos estarem a cortar cada vez mais a remuneração dos depósitos a prazo, é possível encontrar taxas de juro mais atrativas no mercado. De acordo com os dados mais recentes do Banco Central Europeu, os novos depósitos com prazo até um ano subscritos em janeiro ofereceram, em média, uma taxa de juro de 0,17%.

Será interessante perceber se, com a incorporação da atividade do Deutsche Bank em Portugal, aquele que será o futuro rumo a trilhar pelo Abanca. Uma coisa é certa: o banco já avisou que um dos seus objetivos é melhorar a sua estratégia com a banca de particulares. “A aquisição que hoje [terça-feira, 27 de março] se assinou permitirá ao Abanca reforçar a presença em Portugal (quatro balcões até à data) e permitirá melhorar a sua capacidade para negócios estratégicos para a entidade, como a banca de particulares e privada”, dizia o banco espanhol em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

GNR com quase 3.000 militares na prevenção e combate aos incêndios a partir de maio

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

O MAI indica que este reforço na GNR insere-se no modelo de articulação entre prevenção e combate aos incêndios aprovado no Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017.

Quase três mil militares da Guarda Nacional Republicana vão integrar, a partir de maio, o sistema de prevenção e de combate aos incêndios rurais da GNR, avançou este domingo à Lusa o Ministério da Administração Interna (MAI).

O sistema de prevenção e de combate aos incêndios rurais da GNR vai contar com 1.882 militares no Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) e 1052 militares e civis no Serviço da Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA).

Segundo o MAI, os 408 militares da GNR que vão reforçar os GIPS da GNR iniciaram na semana passada o curso no Centro de Formação da Figueira da Foz, tendo 16 militares já terminado o curso de GIPS para graduados.

O MAI indica que este reforço na GNR insere-se no modelo de articulação entre prevenção e combate aos incêndios aprovado no Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro de 2017.

No âmbito deste modelo, de acordo com o MAI, foram também alargadas as Equipas de Intervenção Permanente (EIPS) nas áreas consideradas de risco, sendo criadas, até ao final do ano, mais 40 EIPS num total de 1524 bombeiros profissionais nas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários.

Bombeiros vão estar presentes no Comando Nacional da Proteção Civil

O ministro da Administração Interna afirmou este domingo que, pela “primeira vez desde sempre”, a Liga dos Bombeiros estará presente no Comando Nacional de Operações e vai haver um aumento superior a 10% na remuneração dos operacionais.

“Teremos uma participação reforçada dos bombeiros no dispositivo, numa interligação que lhes permitirá estar, pela primeira vez desde sempre, presentes ao lado da Autoridade Nacional de Proteção Civil”, afirmou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Questionado pela agência Lusa sobre as negociações com a Liga dos Bombeiros para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2018, o membro do Governo sublinhou que a Liga dos Bombeiros vai estar presente no Comando Nacional e vai assumir funções de ligação “em todos os comandos distritais”.

Eduardo Cabrita informou ainda que a diretiva financeira que está a ser preparada determina “um significativo crescimento – superior a 10% – da remuneração dos bombeiros, quando integrados” no DECIF. O trabalho com a Liga dos Bombeiros, vincou, “tem corrido de forma exemplar”.

O ministro da Administração Interna falava aos jornalistas após presidir à comemoração do Dia da Unidade do Comando Territorial de Leiria da GNR, que decorreu hoje em Pedrógão Grande.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Christian Sewing deve ser o novo presidente executivo do Deutsche Bank

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

Em 2017, o maior banco alemão teve perdas de 735 milhões de euros. O Deutsche Bank é atualmente liderado por John Cryan.

O membro do conselho de administração do Deutsche Bank Christian Sewing deverá ser nomeado este domingo novo presidente executivo daquele que é o maior banco da Alemanha, substituindo John Cryan, noticia a imprensa alemã.

De acordo com a publicação Spiegel Online, Christian Sewing será nomeado durante uma reunião do conselho de administração este domingo à noite. No sábado à noite, o Deutsche Bank confirmou que o “conselho de supervisão vai discutir o cargo de presidente executivo do banco”, apontando para este domingo uma eventual decisão.

John Cryan lidera o maior banco da Alemanha desde julho de 2015. Este responsável tem vindo a apostar na redução de custos, desde logo deixando regiões menos lucrativas, e em simplificar sistemas informáticos.

Ainda assim, o progresso na melhoria dos lucros do Deutsche Bank tem sido lento. Em 2017, esta instituição bancária teve perdas de 735 milhões de euros.

Na semana passada foi conhecido que o banco espanhol ABanca acordou comprar o negócio de retalho do alemão Deutsche Bank em Portugal, sem ser conhecido o montante da compra, e que a operação deverá estar concluída no primeiro semestre de 2019, após aprovações dos reguladores.

Ainda assim, o Deutsche Bank vai manter uma presença em Portugal, através da sucursal Deutsche Bank Portugal, que desenvolverá atividade ao nível da banca corporativa e de investimento, segundo a informação dada na altura.

Durante as últimas semanas, começaram também a surgir rumores de que John Cryan seria substituído. O agora apontado como seu sucessor, Christian Sewing, é membro do conselho de administração do Deutsche Bank desde 2015 e é responsável pela divisão de bancos privados e comerciais da instituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Ramalho: “A viabilidade do Novo Banco está mais do que provada”

  • ECO
  • 8 Abril 2018

O presidente do Novo Banco diz que não existem dúvidas sobre a sustentabilidade do banco. Quanto ao futuro, Ramalho não descarta a hipótese do Fundo de Resolução ter de emprestar mais dinheiro.

António Ramalho garante que o Novo Banco é um banco sustentável e viável. Após ter apresentado prejuízos recorde de 1,39 mil milhões de euros, o presidente da instituição diz, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1 este domingo, que está numa “maratona de sustentabilidade” e não num “sprint de lucros”. Contudo, admitiu a hipótese de vir a ser necessário mais dinheiro do Fundo de Resolução.

“A viabilidade está mais do que provada”, garante António Ramalho, argumentando que “poucos bancos terão a capacidade para provar a viabilidade que provamos nos últimos três anos”. Para o presidente do Novo banco, apesar dos prejuízos, “as contas de 2017 são um sintoma de alguns elementos muitos positivos“. “Não julgo que haja dúvidas nenhumas sobre a sustentabilidade do Novo Banco”, insiste.

Ramalho revela que o “grosso dos problemas” está em “44 créditos fundamentais”. E acrescenta que “89% das imparidades são para empresas”, referindo que o setor da construção civil e das obras públicas é responsável por grande parte desse crédito mal parado. O presidente do Novo Banco diz que o banco estava “condenado”, mas agora é um “banco em reestruturação”. E a venda à Lone Star? “É o negócio possível, não há negócios perfeitos“, sintetiza.

Em relação ao futuro, António Ramalho admite que o Fundo de Resolução pode voltar a injetar dinheiro no Novo Banco, após a mais recente tranche de 450 milhões de euros. “Vai depender da conjugação entre os rácios e as perdas“, explica. Mas o presidente do banco tem uma missão perante os portugueses: “Os contribuintes querem que eu assegure a criação de valor deste banco para que os 25% que o Fundo de Resolução tem sejam valorizados o mais depressa possível”.

Para já continua a reestruturação do banco com a redução do número de trabalhadores e de balcões. Ramalho refere que desde que entrou houve uma redução de 160 balcões e de 1.823 trabalhadores. Neste momento o Novo Banco tem 5.457 trabalhadores, mas pretende chegar aos cinco mil. “Estamos com pressa de sermos um banco rejuvenescido“, concluiu.

(notícia atualizada a 9 de abril, às 8:38 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo deverá promulgar novo concurso de professores

  • ECO
  • 8 Abril 2018

O novo diploma foi aprovado na sexta-feira no Parlamento, mas o Presidente da República não deverá demorar muito tempo até promulgar para que o novo concurso seja feito ainda em abril.

Marcelo Rebelo de Sousa deverá promulgar a alteração aprovada na sexta-feira no Parlamento rapidamente, segundo o Público (acesso condicionado) deste domingo.

Em causa está um novo concurso que o Ministério da Educação terá de abrir para os professores dos quadros da zona pedagógica que, segundo o Governo, chegam aos 13 mil docentes. A rapidez do Presidente da República justifica-se pela necessidade de abrir o concurso o quanto antes para não prejudicar o início do próximo ano letivo.

A solução aprovada na Assembleia da República vai ao encontro do que Marcelo Rebelo de Sousa tinha evidenciado na nota de 1 de março onde promulgava a anterior solução arquitetada pelo Governo. Anteriormente, a solução passava por abrir um pequeno concurso para os docentes que se sentem prejudicados pelas alterações do concurso de 2017.

Contudo, o PCP, BE, PSD e CDS uniram-se para obrigar a realização de um concurso de mobilidades para todos esses professores. Os partidos acusaram o Governo de “arrogância” e o PCP chegou mesmo a dizer que “se atrasos houver, senhora secretária de estado e senhor deputado Porfírio Silva, terá de ser imputado ao Governo”.

No Parlamento, a secretária de Estado da Educação tinha dito que “injusto é prejudicar as escolas, os alunos e cerca de 13 mil professores em nome de uma minoria”. Contudo, em declarações ao Público, Alexandra Leitão garantiu que o Governo “tudo fará para que os concursos decorram sem sobressaltos”. Terá de ser publicado um aviso de abertura de concurso após a promulgação e publicação em Diário da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Azores Airlines a voar ‘no vermelho’ sob turbulência financeira

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

O valor oferecido pelo potencial futuro acionista não pode ser inferior a 3,6 milhões de euros. Prejuízos até ao terceiro trimestre foram de 20,6 milhões de euros.

O Governo dos Açores decidiu abrir 49% do capital social da Azores Airlines aos privados, vinte e três anos depois da criação da companhia aérea e numa altura em que a transportadora enfrenta dificuldades financeiras. A empresa do grupo SATA possui atualmente 635 trabalhadores nos Açores, Lisboa e Porto, tendo iniciado a sua operação, ainda com a designação de SATA Internacional, em regime ‘charter’ (voos fretados) para os Estados Unidos e Canadá, países onde existe uma forte comunidade de origem açoriana.

Em 1999, a transportadora passou a assegurar as ligações aéreas entre Ponta Delgada e o continente, bem como para o Funchal, na sequência de um concurso público aberto pelo Governo da República. A Azores Airlines, que hoje opera para a Europa, Estados Unidos e África, fechou o último trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, desconhecendo-se ainda os valores totais do ano.

O passivo da empresa cujo capital social se pretende alienar de forma parcial é de 96,7 milhões de euros, enquanto o total do capital próprio é negativo em 45,4 milhões de euros. As vendas e serviços da Azores Airlines totalizaram 133,6 milhões de euros, tendo os gastos com pessoal gerado um valor negativo de 23,1 milhões, enquanto o resultado operacional antes de gastos de financiamento e impostos foi de 18,3 milhões de euros.

Para acompanhar o processo de alienação de capital da Azores Airlines o Governo Regional dos Açores nomeou uma comissão especial a quem compete “fiscalizar a observância dos princípios e regras consagrados na lei, bem como a rigorosa transparência do processo”.

A comissão é presidida pelo advogado Elias Pereira, responsável pela Ordem dos Advogados nos Açores, integrando ainda o economista António Martins Maio e o professor universitário da área da gestão de empresas João Carlos Teixeira.

Sem, contudo, revelar nomes ou o número de interessados, a administração do grupo SATA considera “um sucesso” a primeira fase de alienação de capital da Azores Airlines, de “análise e qualificação” das manifestações de interesse.

Novo acionista terá de respeitar plano de renovação da frota

O futuro acionista da companhia aérea Azores Airlines terá que “respeitar obrigatoriamente” a manutenção do plano de renovação da frota iniciado com o A321 NEO, foi anunciado este domingo. De acordo com o caderno de encargos da alienação de 49% do capital da transportadora do grupo SATA, a que a agência Lusa teve acesso, o candidato terá ainda de promover o “cumprimento da operação aérea regular mínima”.

A operação mínima contempla as ligações entre o continente e os Açores, nomeadamente as rotas liberalizadas entre Ponta Delgada e Lisboa, Ponta Delgada e Porto, Terceira e Lisboa e Terceira e Porto.

O potencial interessado tem ainda de assegurar as ligações de obrigação de serviço público entre Lisboa e Horta, Lisboa e Pico, Lisboa e Santa Maria, Ponta Delgada e Funchal, bem como a ligação de Ponta Delgada com Frankfurt, a par das rotas a partir da Terceira e Ponta Delgada com Boston e Oakland, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.

Instituindo a obrigatoriedade de a base da Azores Airlines se manter nos Açores, o caderno de encargos estabelece que o procedimento – que será conduzido de “forma aberta, transparente, concorrencial e não discriminatória” – assegura que as ações representativas de 49% do capital social da Azores Airlines serão contratadas com o potencial comprador.

O potencial comprador deve manter a identidade empresarial, a autonomia da operadora, a sua denominação social e a marca Azores Airlines, entre outros elementos de identificação, a par de um contributo para a empregabilidade local

Não podendo as ações serem alienadas durante um período de cinco anos, o grupo SATA reserva-se, no entanto, ao direito de “não proceder à conclusão do procedimento sempre que se sobreponham razões de interesse público que conduzam a esta decisão”.

Os potenciais interessados devem apresentar uma “única manifestação de interesse e uma única proposta vinculativa” e “não podem participar no procedimento, em simultâneo, individualmente e em agrupamento, nem participar em mais do que um agrupamento”.

Para passarem a fase posterior à manifestação de interesse, que terminou em 16 de março, os concorrentes têm de demonstrar ter capacidade financeira e experiência de gestão “adequadas à participação” no capital social da Azores Airlines.

O documento estipula que o valor oferecido pelo potencial futuro acionista não pode ser inferior a 3,6 milhões de euros, devendo-se apresentar um plano de capitalização proposto para a operadora, a par da vinculação a um suprimento mínimo de 10 milhões de euros.

O concorrente deve apresentar um projeto estratégico para a operadora aérea, bem como uma descrição de como a sua aquisição dos 49% do capital “beneficia a Azores Airlines e o grupo SATA” e “promove o reforço da sua posição concorrencial enquanto operador de transporte aéreo à escala global” nos atuais e futuros mercados.

O candidato deve também apontar como pode a sua proposta contribuir para o “desenvolvimento e reforço do ‘hub’ [centro de operações] dos Açores com o restante território nacional, europeu e norte-americano, bem como para a economia dos Açores. O capital social do grupo SATA é detido por um único acionista, a Região Autónoma dos Açores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antiga sede do OLX vendida por três milhões de euros

O OLX vai mudar-se este mês para um novo edifício no centro de Lisboa. Deixa um espaço na avenida Duque D'Ávila que já foi vendido por três milhões de euros.

Edifício na Duque D’Ávila vendido por três milhões de euros.Telmo Miller

Mais de um ano depois, está finalmente fechada a mudança dos escritórios do grupo OLX para um novo espaço numa zona central em Lisboa. A empresa deverá abandonar os dois edifícios que ocupava na Avenida Duque d’Ávila até ao final deste mês. Um deles já foi vendido pela consultora imobiliária Worx a um investidor nacional por cerca de três milhões de euros.

O ECO sabe que o OLX estava à procura de uma casa nova pelo menos desde abril de 2017. Até aqui, o grupo dividia operações entre espaços distintos, com os engenheiros e demais trabalhadores a frequentarem dois edifícios separados em lados diferentes da mesma rua.

Ora, um dos edifícios na Duque d’Ávila que o OLX vai abandonar já foi vendido pela consultora imobiliária Worx a um investidor nacional. O montante terá rondado os três milhões de euros, apurou o ECO junto de uma fonte ligada ao processo. Era nesse edifício que a Naspers — grupo internacional que detém o OLX –, mantinha um discreto centro de desenvolvimento de tecnologia para as operações do grupo a nível internacional.

O imóvel vendido tem 1.500 m2 e inclui 13 lugares de estacionamento. Alojava ainda vários escritórios de outras empresas, como Amen World, INP e Noreva.

“Esta operação mostra que para além dos investidores internacionais que começam a estar atentos ao nosso mercado, os investidores nacionais continuam a estar presentes e têm uma vantagem na rapidez de negócio, uma vez que quando encontram uma oportunidade que preencha os seus requisitos, avançam para a aquisição de forma muito célere”, refere Pedro Valente, responsável da Worx.

"Esta operação mostra que para além dos investidores internacionais que começam a estar atentos ao nosso mercado, os investidores nacionais continuam a estar presentes.”

Pedro Valente

Responsável da Worx

“Já encontrámos um escritório novo que vai ao encontro das necessidades do nosso grupo. Neste momento, ainda estamos em processo de mudança, mas o objetivo é concentrar todo o grupo nas novas instalações até ao final do mês”, revelou ao ECO fonte oficial do OLX.

A empresa não revelou onde se localiza esse novo espaço. Sabe-se apenas que é numa zona central da capital portuguesa. Entre as operações que vão mudar de localização estarão marcas bem conhecidas dos portugueses, para além do OLX: a Imovirtual, o Standvirtual, o Coisas, entre outras, operadas em Portugal pela FixeAds.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa vai ter renda acessível entre 150 e 600 euros para 1.100 pessoas

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

Os "valores médios de T0 e T1 em torno de 150/200 euros por mês e, no topo, valores de T4 que podem andar entre os 400 e os 600 euros", especificou Fernando Medina, presidente da autarquia de Lisboa.

A Câmara de Lisboa vai celebrar um protocolo com a Segurança Social para destinar o património desta entidade na capital ao arrendamento acessível, com valores entre 150 e 600 euros, tanto em apartamentos como em quartos para estudantes.

Em entrevista publicada este domingo pelo Diário de Notícias e pela TSF, o presidente do município lisboeta, Fernando Medina, anuncia que a autarquia e a Segurança Social “estão a trabalhar em conjunto para que o património da Segurança Social na cidade possa ser mobilizado para o Programa Renda Acessível”, visando “disponibilizar à cidade habitação para mais de 1.100 pessoas, entre habitação permanente e […] quartos para estudantes universitários”.

“São rendas verdadeiramente acessíveis, calculadas em função da capacidade de pagamento das famílias” com “valores médios de T0 e T1 em torno de 150/200 euros por mês e, no topo, valores de T4 que podem andar entre os 400 e os 600 euros”, precisa o responsável. Em causa estão “zonas nobres da cidade”, como as avenidas Estados Unidos da América, da República, e áreas como Entrecampos, onde existem 10 prédios da Segurança Social.

“No global, 10 prédios nas zonas nobres e centrais de Lisboa vão permitir que tenhamos mais de 200 apartamentos e cerca de 200 quartos para estudantes universitários”, aponta. Fernando Medina assinala que a Câmara de Lisboa pretende fechar este protocolo “muito em breve”, para depois fazer a requalificação dos fogos.

São rendas verdadeiramente acessíveis, calculadas em função da capacidade de pagamento das famílias.

Fernando Medina

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

O financiamento será suportado pelo município, “num valor que está estimado […] em 17 milhões de euros” para as obras. O objetivo é que as primeiras casas ou quartos estejam disponíveis no próximo ano, estimou o autarca.

Em causa está o Programa Renda Acessível, apresentado em abril de 2016 e que prevê parcerias do município com o setor privado: enquanto o primeiro disponibiliza terrenos e edifícios que são sua propriedade, ao segundo cabe construir ou reabilitar. Ao todo, o programa prevê o arrendamento de 6.000 habitações em 15 zonas.

Na entrevista, Fernando Medina informou que, na próxima semana, o executivo (de maioria PS) vai discutir e, possivelmente, aprovar em reunião o primeiro contrato, referente à Rua de São Lázaro, na qual será feita uma “adjudicação a um investidor privado que vai fazer a requalificação e, depois, a gestão do empreendimento”.

Questionado sobre a polémica envolta na nova linha circular do Metro de Lisboa, Fernando Medina recusou que se percam ligações diretas.

Segundo o novo plano de expansão do Metro, a linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.

“Hoje, uma parte das pessoas que utilizam essa linha [amarela] já faz o transbordo para poder mudar para a linha verde, por isso, essas pessoas não têm nenhuma alteração. O máximo que se estará a fazer é a alteração do transbordo e, como digo, a informação de que disponho, quando este processo foi negociado [com o Governo] não é essa”, referiu Fernando Medina.

O autarca deu ainda conta do trabalho que a autarquia está a fazer com o Governo para expandir a linha vermelha até às Amoreiras e a Campo de Ourique.

Quanto ao chumbo pelo Tribunal Constitucional da taxa de proteção civil, no âmbito da qual a autarquia da capital terá de devolver um total de 58 milhões de euros, Fernando Medina não especificou como é que o município vai colmatar esta verba, que seria destinada a investimentos no setor.

Ainda assim, salientou que “a palavra está devolvida à Assembleia da República”, que a seu ver deve decidir “como financiar um sistema de proteção civil eficaz no país”, desde logo após os incêndio do ano passado e depois da proibição de os municípios criarem este tipo de taxas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lula entrou na prisão para cumprir pena de 12 anos e um mês

  • Lusa
  • 8 Abril 2018

Lula da Silva ficará preso numa “sala especial de 15 metros quadrados, no 1.º andar do prédio” da Polícia Federal (PF), “com cama, mesa e casa de banho”, tendo sido autorizada a instalação de uma TV.

Lula da Silva à saída do Sindicato dos Metalúrgicos após ter discursado perante os seus apoiantes. O ex-presidente brasileiro deixou críticas à justiça, mas proclamou esperança no futuro. “Eu não sou um ser humano, eu sou uma ideia”, disse.EPA/Sebastiao Moreira´© 2018 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O ex-presidente brasileiro Lula da Silva entrou na noite de sábado na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde vai ficar preso para cumprir uma pena de 12 anos e um mês de prisão.

Segundo o portal de notícias da Globo, G1, o avião que transportava o ex-chefe de Estado do Brasil aterrou no aeroporto Afonso Pena às 22:01 de sábado (mais quatro horas em Lisboa), tendo Lula da Silva seguido daqui de helicóptero para as instalações da Polícia Federal naquela cidade.

Lula da Silva ficará preso numa “sala especial de 15 metros quadrados, no 1.º andar do prédio” da Polícia Federal (PF), “com cama, mesa e casa de banho”, tendo sido autorizada a instalação de televisão, informa o mesmo ‘site’.

A agência Efe noticia que centenas de cidadãos, a favor e contra a prisão de Lula da Silva, estavam no local, mas separados por numa distância de cerca de 30 metros. A PF foi obrigada a usar gás lacrimogéneo contra apoiantes de Lula que protestavam junto às instalações no momento em que aterrou o helicóptero que transportava Lula da Silva.

Na madrugada de quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou um ‘habeas corpus’ apresentado pela defesa de Lula da Silva, que visava evitar a sua prisão antes de se esgotarem os recursos na Justiça. Na sequência da decisão do STF, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão de Lula da Silva e deu como prazo a tarde de sexta-feira para o ex-Presidente brasileiro se apresentar voluntariamente à Polícia Federal na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, sul do Brasil.

No sábado, quase 26 horas depois do prazo dado pelo magistrado, Lula da Silva saiu a pé, rodeado de seguranças, do Sindicato dos Metalúrgicos onde se encontrava desde quinta-feira, em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, para se entregar à PF.

Poucos minutos passados das 18:30 (22:30 em Lisboa), terminado o prazo de meia hora que lhe foi dado pela PF para abandonar o edifício, e após uma primeira tentativa de saída impedida pelos seus apoiantes que cercavam o local, Lula da Silva “saiu andando” e entrou num veículo da PF que o aguardava nas imediações. Depois de conduzido para a sede da PF em São Paulo, foi levado de helicóptero para o aeroporto de Congonhas, onde embarcou para o Paraná.

Juiz proíbe protestos junto à Polícia Federal de Curitiba onde está preso Lula

Um juiz brasileiro proibiu no sábado protestos e acampamentos nas imediações da sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde o ex-Presidente Lula da Silva começou a cumprir uma pena de 12 anos e um mês de prisão. Segundo fontes oficiais, a decisão foi tomada na noite de sábado no pelo juiz Ernani Mendes Silva Filho, após constatar a “concentração de pessoas e movimentos que podem causar perturbações aos residentes” e causar problemas à segurança.

Centenas de pessoas, contra e a favor da prisão do ex-chefe de Estado, concentraram-se nos arredores do edifício da Polícia Federal num clima de tensão que obrigou ao estabelecimento de um cordão policial de 30 metros para separar as duas fações.

Na decisão, o magistrado judicial proibiu a entrada de pessoas e viaturas não autorizadas nas ruas próximas da zona do edifício onde Lula da Silva está preso, para “garantir a segurança da população” e “evitar acontecimentos violentos”. No auto, o juiz proíbe igualmente a montagem de estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade sem prévia autorização municipal.

Entretanto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central sindical do Brasil, emitiu uma nota no seu ‘site’ dando orientações para que as suas estruturas desenvolvam imediatamente várias ações na sequência da “prisão política do companheiro Lula”. Entre as ações está o “total apoio à vigília permanente em frente” ao prédio da Polícia Federal em Curitiba, indicando que “serão necessárias barracas, alimentação e infraestrutura”.

Nove feridos em incidentes à chegada de Lula da Silva à prisão

Nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança e um polícia, em incidentes no exterior da sede da Polícia Federal brasileira em Curitiba na noite de sábado, durante a entrada do ex-Presidente Lula da Silva para cumprir pena de prisão.

De acordo com fontes da Polícia Militar citadas pelo portal de notícias da Globo, G1, e pela agência Efe, os incidentes ocorreram quando aterrou nas instalações da sede da Polícia Federal (PF) o helicóptero que transportava Lula da Silva, tendo explodido dois supostos petardos no meio da concentração de simpatizantes do antigo chefe de Estado.

Os agentes federais que se encontravam no interior das instalações da PF responderam lançando gás lacrimogéneo, obrigando os apoiantes de Lula da Silva a dispersarem-se pelas ruas. As forças de segurança também usaram balas de borracha contra os manifestantes que apoiavam Lula da Silva, mas nenhuma dos feridos se encontra em estado grave, embora alguns tenham sido transportados para hospitais.

Segundo a Polícia Militar, as balas de borracha foram usadas para afastar os manifestantes que, alegadamente, teriam agredido elementos desta força de segurança. A poucos metros destes incidentes estavam dezenas de pessoas a favor da prisão de Lula que, de forma pacífica, foram obrigadas a abandonar o local, medida também aplicada para os jornalistas.

Antes da chegada do ex-presidente brasileiro a Polícia Militar estabeleceu um cordão policial entre manifestantes pró e contra Lula da Silva, afastando-os cerca de 30 metros para evitar confrontos. Ainda assim, registaram-se discussões e insultos, assim como empurrões, incluindo contra jornalistas.

Incidentes idênticos repetiram-se em concentrações noutras cidades, como em São Paulo, Brasília ou São Bernardo do Campo. A presidente do Partido dos Trabalhadores, o partido de Lula da Silva, disse hoje aos jornalistas que vai começar uma “vigília cívica que só terminará quando Lula” sair da prisão. “Vamos ter várias manifestações de apoio, de solidariedade, caravanas”, declarou Gleisi Hoffmann.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.