Nova era do smartphone é a dobrar. Na forma e no preço
Em poucos dias, quatro grandes marcas apresentaram telemóveis com o formato "livro". Com preços a rondar os 2.000 euros, estes telemóveis dobráveis são uma dupla dobradinha.
Há uma semana, a ideia do telemóvel em formato “livro” não passava de um rumor. Mas, em poucos dias, o mercado conheceu não um, não dois, não três, mas quatro telemóveis que dobram ao meio.
Samsung, Huawei, LG e Xiaomi apresentaram telemóveis dobráveis, uma resposta ao preconceito de que os smartphones já evoluíram o que tinham para evoluir. O preço, esse, também dobra. Passa para o patamar dos 2.000 euros, numa tentativa de inverter o arrefecimento das vendas, quando existem poucos incentivos para que o consumidor invista num equipamento novo.
O primeiro foi lançado na passada terça-feira pela sul-coreana Samsung, e chama-se Galaxy Fold. Tem um ecrã principal com 4,6 polegadas, que abre como se fosse um livro para dar lugar a um ecrã maior, com 7,3 polegadas. O preço deverá começar em 2.000 euros.
Este domingo, a chinesa Huawei contra-atacou. Apresentou o Mate X, com conectividade 5G e um ecrã único de 6,6 polegadas, que abre ao meio e se transforma num pequeno tablet de oito polegadas. O preço? Começa em 2.299 euros.
Como não há duas sem três, a sul-coreana LG concebeu um telemóvel flexível, o V50, que é composto, basicamente, por dois telemóveis acoplados por pequenas dobradiças, muito semelhante a uma consola de jogos. Deverá ser mais barato do que os equipamentos lançados pela Samsung e pela Huawei, mas a marca ainda não revelou o preço.
E há ainda uma quarta opção. A chinesa Xiaomi não quis ficar para trás e também apresentou um protótipo de smartphone dobrável, que não ficou pronto a tempo do Mobile World Congress (MWC), a maior feira de dispositivos móveis da Europa, que decorre esta semana em Barcelona e é rampa de lançamentos para algumas das principais fabricantes do ecossistema Android (tradicionalmente, a Apple não marca presença neste evento).
A próxima temporada servirá para avaliar a recetividade do público a este novo tipo de aparelho. E também para testar o apetite dos consumidores a toda uma nova gama de preços, com telemóveis a começarem muito próximo da fasquia dos 2.000 euros.
É que o iPhone já nem sequer é o smartphone mais caro do mercado. Até aqui, os preços-base da gama mais alta rondavam os 1.000 euros, valores só atingidos pelos flagships da Samsung e da marca da maçã, como é o caso do Xs Max, cujo preço de venda recomendado em Portugal é de 1.279 euros (um pouco acima dos 999 dólares que o aparelho custa nos EUA). Assim, o preço de 2.000 euros por um telemóvel dobrável representa uma dupla dobradinha.
Apesar dos quatro lançamentos, não deverá ver muitos foldable phones a passearem pelas ruas, pelo menos nos próximos meses. No caso do Samsung Galaxy Fold, o aparelho só chega em maio e não estará disponível em Portugal. No caso do Huawei Mate X, deverá chegar às lojas também no segundo trimestre e também não foi incluído no catálogo da Huawei Portugal para a próxima temporada. Já os restantes dois ainda não têm preço ou data prevista de lançamento.
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