Governo abre a porta a novas soluções para captar poupança das famílias para o mercado de capitais

O ministro-Adjunto e da Economia alertou que o mercado de capitais não está a acompanhar o aumento do rendimento das famílias. Garantiu que o Governo está disponível para novas medidas de dinamização.

Apesar da recuperação da economia, o mercado de capitais ainda não está a captar as poupanças dos portugueses. Pedro Siza Vieira, ministro-Adjunto e da Economia, alertou para este entrave ao financiamento empresarial e garantiu que o Governo está disponível para trabalhar em conjunto com os intervenientes do mercado para contrariar a tendência.

Precisamos de mais investimento e de assegurar que o rendimento disponível das famílias e das empresas é aplicado em Portugal com segurança e retorno”, afirmou o ministro, na conferência anual da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que tem lugar esta sexta-feira, em Lisboa.

“O rendimento disponível das famílias cresceu muito significativamente”, lembrou, apontando para o crescimento do emprego e dos salários. “No entanto, a taxa de poupança está em queda e o consumo não está a crescer na mesma proporção que o rendimento. As famílias estão a aplicar as poupanças na amortização das suas dívidas“, alertou.

O ministro-Adjunto e da Economia considera que há a simultânea aplicação das poupanças dos portugueses na amortização de dívida ou em instrumentos financeiros estrangeiros a par da dependência do financiamento em banca ou em mercados de outros países.

Alertou que é necessário mudar a situação — e “é o Governo que tem de contribuir para a solução”, como disse — para que a economia continue a expandir. Não especificou se o Governo estava ou não a preparar medidas concretas, mas lembrou a criação, desde o início da legislatura, das Sociedades de Investimento para o Fomento da Economia (SIMFE) e das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI).

Siza Vieira lembrou que a economia portuguesa está a crescer acima da média europeia, o que vê como a primeira etapa de convergência e atribui à aposta das empresas na inovação e qualificações. “O investimento empresarial tem crescimento muito significativamente nos últimos três anos e precisa de continuar”, sublinhou, alertando para “desafios decisivos na próxima década” como a automação ou a transição energética.

“O crescimento sustentado da economia vai exigir a mobilização de recursos financeiros muito significativos. Há-de vir de muitas fontes [incluindo fundos comunitários], mas sabemos que também precisamos de fontes nacionais para acompanhar esse esforço. É importante que as fontes de financiamento ao serviço das empresas sejam o mais diversificadas possível. A poupança empresarial não vai ser suficiente, como até aqui, para acompanhar esse esforço“, acrescentou o ministro.

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CMVM quer descer taxas. Reforma da supervisão pode travar benefícios

Supervisor prepara proposta de taxas de supervisão zero no primeiro ano dos emitentes e redução para os restantes intervenientes. Por outro lado, o Parlamento poderá aprovar aumento dos custos.

Os custos da supervisão para as empresas cotadas poderão diminuir ainda este ano. É este o objetivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que se prepara para apresentar uma proposta ao Governo ainda este verão. No entanto, a proposta chega na mesma altura em que a reforma da supervisão financeira poderá aumentar as taxas para os supervisionados.

A presidente do supervisor dos mercados, Gabriela Figueiredo Dias afirmou que “a revisão das taxas, em curso, de modo a assegurar maior proporcionalidade e racionalidade” prevê “a apresentação de uma proposta ao Governo até ao verão, incluindo uma proposta de taxa zero para novos emitentes durante o primeiro ano em mercado”, na conferência anual da CMVM, que decorre esta sexta-feira, em Lisboa.

Não foi a primeira vez que Gabriela Figueiredo Dias definiu este objetivo. A presidente da CMVM já tinha falado em taxas zero para novos emitentes, no início do ano quando apresentou as metas para 2019. Mas entretanto foi apresentada a reforma da supervisão financeira, que poderá ter o efeito contrário.

Uma das principais críticas dos supervisores — CMVM, Banco de Portugal e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões — à proposta de lei é a possibilidade de o super-regulador ser financiado com maiores custos para os supervisionados.

A base da reforma é o reforço dos poderes do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF), que terá pessoal em permanência e exclusividade e cuja administração irá contar com dois elementos de cada supervisor e um administrador executivo. As três entidades vão ter de financiar as atividades, sendo que o projeto de lei prevê a possibilidade de serem cobradas taxas.

A proposta terá, no entanto, ainda de passar pelo Parlamento, onde começará a ser discutida a 7 de junho. E, apesar de querer baixar taxas, Gabriela Figueiredo Dias notou que “a regulação tem custos, mas é também um importante ativo quando gera qualidade e segurança. Temos todos de estar vigilantes, a supervisão e os restantes, para que seja sempre este o seu efeito”.

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Morningstar compra DBRS. Vai pagar 669 milhões

A Morningstar comprou a canadiana DBRS por 669 milhões de dólares, numa altura de viragem no mercado das obrigações soberanas. Fica com quota de 2%.

A DBRS é uma das quatro agências a merecer a atenção do BCE.DR

A Morningstar comprou a agência de rating canadiana DBRS por 669 milhões de dólares, um negócio que garante à gigante dos serviços financeiros uma “fatia” de 2% do mercado das notações financeiras, dominado em 96% por três empresas norte-americanas.

A incorporação da DBRS no atual negócio de avaliação de risco da Morningstar vai permitir à empresa uma expansão do portefólio ativos aos quais dá cobertura, tendo em conta que a agência canadiana conquistou uma “forte presença de mercado” nas últimas décadas, não só no Canadá como também nos EUA e na Europa.

O nome DBRS é bem conhecido por muitos portugueses. Durante vários anos, após a grande crise financeira, foi a única agência a não colocar a dívida pública portuguesa na categoria de “investimentos especulativos” — vulgo “lixo” —, o que permitiu ao país continuar a aceder aos mercados financeiros institucionais de dívida e ao programa quantitative easing do BCE, fator de grande relevo na recuperação financeira de Portugal.

A decisão da Morningstar surge numa altura em que o mercado secundário de dívida está num ponto de viragem, premiando as obrigações soberanas com maturidades mais curtas, como a dois e a três anos, o que pode indiciar que os investidores antecipam uma recessão global no curto prazo. Por norma, as obrigações com maturidades mais longas, a 5 e a 10 anos, têm yields mais elevadas, premiando os investidores por aplicarem o capital por um tempo mais elevado.

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É oficial. Fator de sustentabilidade corta 14,7% das novas reformas antecipadas

O INE confirmou, esta sexta-feira, que a esperança média de vida aos 65 anos é de 19,49 anos. Foi esse dado que ditou a subida do fator de sustentabilidade para 14,7%.

Estão confirmados os dados que ditaram a subida do fator de sustentabilidade para 14,7%. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta sexta-feira, as tábuas de mortalidade para 2016-2018, na qual se inclui a esperança média de vida aos 65 anos. O valor provisório desse indicador já tinha sido adiantado no final de 2018, tendo justificado a subida do corte a aplicável em 2019 às novas reformas antecipadas. Esta manhã, o INE confirmou-o.

A esperança média de vida aos 65 anos foi de 19,49 anos. Em 2000, tinha sido de 16,63 anos. A combinação destes valores permite calcular o fator de sustentabilidade a aplicar às novas pensões antecipadas atribuídas em 2019: 14,7%. O valor deste corte já tinha sido fixado em portaria pelo Executivo de António Costa, em fevereiro, tendo o Governo partido então dos dados provisórios. “Tendo sido apurado e publicitado pelo Instituto Nacional de Estatística o indicador da esperança média de vida aos 65 anos de idade relativo ao ano de 2018, está o Governo em condições de determinar o fator de sustentabilidade a vigorar durante o ano de 2019”, lê-se nesse diploma.

Além desta penalização, as pensões antecipadas são ainda alvo de um corte de 0,5% por cada mês de antecipação. Isto se o beneficiário não se enquadrar num dos regimes especiais que mitiga essa redução.

Em causa está, em primeiro lugar, o regime das muito longas carreias contributivas: desde outubro de 2017 que quem se reforma aos 60 anos com, pelo menos, 48 de descontos está isento de descontos; deste outubro de 2018, essa isenção foi alargada também a quem se reforma aos 60 anos com 46 de descontos (tendo iniciado a carreira com 16 anos ou idade inferior).

Livres do fator de sustentabilidade estão também, desde janeiro deste ano, todos aqueles que peçam a antecipação da reforma aos 63 anos, se aos 60 anos já tivessem 40 anos de contribuições. Em outubro, essa isenção deverá passar a abranger todos os que peçam reforma antecipada aos 60 anos com 40 de descontos.

Este regime aplica-se, por enquanto, apenas aos beneficiários da Segurança Social, estando prevista a apresentação de um projeto legislativo semelhante para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), até ao final deste semestre. Isso mesmo confirmou aos deputados o ministro do Trabalho. Os sindicatos ouvidos pelo ECO garantem, contudo, que ainda não receberam do Governo qualquer indicação ou documento, que sinalize avanços nesse sentido.

De notar, por outro lado, que a esperança média de vida permite calcular o aumento da idade normal de acesso à pensão de velhice. Os valores provisórios indicavam que, em 2020, esse patamar etário se manterá nos 66 anos e cinco meses, tal como já acontece este ano, o que foi confirmado, esta manhã. “Tendo em conta os efeitos da evolução da esperança média de vida aos 65 anos verificada entre 2017 e 2018 na aplicação da fórmula prevista no n.º 3, do artigo 20.º, do Decreto-Lei n.º 187/2007, de 10 de maio, a idade normal de acesso à pensão em 2020 é 66 anos e 5 meses“, explica a portaria.

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Investimento recorde impede abrandamento da economia portuguesa

O investimento acelerou significativamente no primeiro trimestre do ano e compensou uma queda abrupta na procura externa líquida, permitindo à economia portuguesa acelerar ligeiramente.

O Instituto Nacional de Estatística confirmou esta sexta-feira a sua primeira estimativa para o crescimento da economia no primeiro trimestre do ano. O PIB terá crescido 0,5% no arranque do ano, apenas mais uma décima que o ritmo de crescimento verificado nos últimos três meses de 2018. Uma progressão de 1,8% quando se compara o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2018, também mais uma décima que o ritmo de crescimento verificado então, à boleia quase exclusivamente de um ritmo de crescimento historicamente alto do investimento.

De acordo com a série estatística disponibilizada pelo INE, o crescimento de 17,8% é o mais elevado de sempre (só há dados desde o início de 1996). O mais perto que a economia portuguesa esteve de ter um ritmo tão alto de crescimento do investimento em termos trimestrais foi nos primeiros trimestres de 1997, quando se intensificou a vaga de obras de preparação da Expo98, que incluiu entre outros investimentos, a construção da Ponte Vasco da Gama (inaugurada a 28 de março de 1998).

O crescimento da economia deve-se em grande parte a esta aceleração do investimento. A construção deu um impulso importante, passando de um crescimento de 2,8% para 12,4%, a taxa de variação homóloga mais elevada desde a primeira metade de 1997.

O INE destacou também um maior investimento em outras máquinas e equipamentos, e um aumento significativo de existências (como matérias-primas, produtos e trabalhos em curso, bens para revenda) que as empresas importaram e agora estão a acumular em stock.

O investimento justifica o aumento expressivo da procura interna, até porque o consumo privado (outra componente da procura interna) das famílias está a abrandar — passou de 2,9% para 2,5%.

Segundo o INE, a procura interna deu um contributo de 4,8% para o crescimento da economia no primeiro trimestre em termos homólogos (2,2% face ao último trimestre do ano), compensando o abrandamento das exportações, e consequentemente da procura externa líquida, cujo contributo para o crescimento da economia foi negativo em 3,1% em termos homólogos (1,7% face ao último trimestre do ano).

A evolução do investimento ficará a dever-se essencialmente a um aumento do investimento privado, já que o consumo público voltou a abrandar pelo terceiro trimestre consecutivo, tendo crescido apenas 0,4% no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos.

O Governo e as principais organizações internacionais atualizaram as suas projeções para o crescimento da economia este ano, tendo sido praticamente todas revistas em baixa. As tensões entre os Estados Unidos e a China, com a intensificação e o alastramento da guerra comercial a outros blocos além das duas maiores economias do mundo são uma das principais razões para o menor otimismo.

A incerteza relativamente ao Brexit também já estará a ter impacto na economia da zona euro, que se espera agora que venha a crescer apenas 1,2% este ano, com um abrandamento pronunciado das maiores economias do bloco que partilha a moeda única europeia, em especial a Alemanha e a Itália.

O Governo português reviu em baixa a sua previsão de crescimento para a economia portuguesa de 2,2% para 1,9% quando apresentou o Programa de Estabilidade em abril, mas é ainda assim o mais otimista. A OCDE, que reviu as suas previsões este mês, espera que a economia cresça 1,8%, enquanto FMI, Comissão Europeia e Banco de Portugal todos apontam para que a economia não cresça mais que 1,7% este ano. O mais pessimista é o Conselho das Finanças Públicas (que também é quem tem a previsão mais antiga, datada de março), que não antecipa um crescimento além dos 1,6%.

Governo fala em “crescimento da economia portuguesa mais sustentável desde 1995”

Em comunicado, o Ministério das Finanças destaca o papel do crescimento do investimento, que teve a taxa de crescimento homóloga mais elevada desde que há dados disponíveis (1996), e que este é o valor do investimento mais alto desde 2010 em termos reais.

Segundo o Governo, “o peso do investimento e das exportações no PIB atinge os 68% pela primeira vez”, defendendo que isto representa “o crescimento da economia portuguesa mais sustentável desde 1995”.

“Estes dados traduzem o aumento da confiança na evolução da economia portuguesa, que vinha já sendo refletida nos indicadores coincidentes do Banco de Portugal, nos indicadores de confiança divulgados recentemente pelo INE, reforçando as bases para um saudável crescimento futuro do país”, diz o gabinete de Mário Centeno.

(Artigo atualizado às 13h14 com o comentário do Governo aos dados)

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Gasóleo e gasolina descem na próxima semana. Diesel baixa dois cêntimos

  • ECO
  • 31 Maio 2019

Há boas notícias para quem precisa de abastecer o depósito do automóvel. Preços dos combustíveis vão descer na próxima semana, com o gasóleo a registar uma redução mais expressiva.

Se precisa de abastecer o depósito do automóvel, espere pelo início da próxima semana. É que com a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais, os preços dos combustíveis vão baixar a partir de segunda-feira, com o gasóleo, o mais utilizado pelos portugueses, a registar a descida mais expressiva.

O petróleo continua a ser penalizado nos mercados internacionais. Depois dos máximos recentes, o barril a chegar perto dos 80 dólares, as tensões comerciais entre EUA e China, que fazem aumentar os receios de abrandamento da economia mundial, têm pesado nas cotações. O Brent está nos 67 dólares.

Perante esta queda do petróleo, os derivados da matéria-prima também cederam, levando a uma descida dos preços do combustíveis nos postos de abastecimento nacionais. De acordo com fonte do setor, o preço do gasóleo simples deverá ficar dois cêntimos mais barato com a atualização semanal feita pelas petrolíferas em Portugal. A gasolina também vai descer, mas a redução poderá ser inferior, com uma descida de preços entre 1,5 e dois cêntimos por litro.

No caso do diesel, tendo em conta os dados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), esta descida será a segunda consecutiva, corrigindo de máximos. O preço médio de venda do gasóleo simples fixou-se, esta semana, em 1,396 euros por litro, podendo agora recuar para 1,376 euros.

A gasolina, por seu lado, deverá inverter a tendência recente, recuando dos 1,581 euros atuais para um valor que poderá variar entre os 1,561 euros e os 1,566 euros.

(Notícia atualizada às 11h11 com mais informação)

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“Ambrósio apetece-me algo”. À Ferrero apeteceu os gelados da Highestimes

  • ECO e Lusa
  • 31 Maio 2019

O fabricante de chocolates, e outros doces, notificou há uma semana o controlo exclusivo da holding do Grupo Highestime.

O Grupo Ferrero notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do produtor de gelados Highestime, segundo um aviso publicado.

O fabricante de chocolates, e outros doces, notificou há uma semana o controlo exclusivo da holding do Grupo Highestime, segundo o aviso publicado na página da AdC na internet.

A Ferrero International dedica-se à produção de alimentos, fabrico e venda de produtos de confeitaria e outros produtos doces e, desde 2013, também à aquisição e fornecimento de frutos secos.

A Highestime XXI produz gelados e opera principalmente como fornecedora de produtos de marca do distribuidor a retalhistas e operadores no setor dos serviços alimentares. É uma empresa criada em 2002, com cerca de 250 trabalhadores e um volume de negócios de 50 milhões de euros.

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Carlton International aposta no imobiliário de luxo em Portugal

  • Lusa
  • 31 Maio 2019

Reconhecendo "maturidade e qualidade ao imobiliário português" no segmento de luxo, o grupo diz que pretende atrair não só clientes nacionais, mas também a nível internacional.

O grupo Carlton International anunciou esta sexta-feira que vai apostar na mediação imobiliária de luxo em Portugal, considerando que é um mercado “cada vez mais reconhecido” a nível internacional.

“A nova etiqueta no segmento de luxo, que quer marcar o imobiliário português de forma indelével, conta com uma experiência de 40 anos a nível global e com uma forte vocação para os mais charmosos e exclusivos mercados imobiliários do mundo, assumindo-se como uma referência na Riviera Francesa e nos mais distintos segmentos do Reino Unido, Caraíbas e Estados Unidos”, refere em comunicado.

A Carlton International salienta que pretende atrair não só clientes nacionais, mas também a nível internacional, explicando que vai apresentar um conjunto de serviços, como a gestão das propriedades, os serviços personalizados de decoração dos imóveis, além de consultoria financeira e o aconselhamento fiscal.

“Reconhecendo maturidade e qualidade ao imobiliário português neste segmento, a Carlton International chega ao país para atrair não só os clientes nacionais, mas também todos os que a nível global percebem a oportunidade que Portugal, cada vez mais reconhecido internacionalmente, oferece para viverem e para investirem em produtos de imobiliário de excelência”, acrescenta.

A empresa, que já tem um espaço em Cascais, pretende abrir mais três espaços, no Grande Porto, Grande Lisboa e Algarve, numa lógica de “proximidade e de acompanhamento personalizado dos seus clientes”.

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“Financial Fitness” a tendência que tem de conhecer

Organizar as finanças pode melhorar a saúde mental e até a vida sexual. É essa a convicção da escritora Alex Holder, a quem colocamos cinco questões sobre a nossa relação emocional com o dinheiro.

“Why Financial Fitness Is The Only Wellness Trend You Need This Year” é o nome de um artigo recente escrito por Alex Holder, a autora do livro “Open Up – The power of talking about money”.

A escritora sublinha que o Reino Unido está a investir na indústria da saúde e bem-estar – seja através de novos conceitos de produtos e retalho, seja no contexto empresarial com atividades que vão desde lanches saudáveis a clubes de tricô. Mas apesar dos milhões em jogo, diz que toda a indústria está a negligenciar aquela que é a maior fonte de ansiedade – o Dinheiro.

É precisamente sobre dinheiro, enquanto #selfcare que o ECO conversou com Alex Holder, que assina artigos em títulos como a ELLE ou o Guardian, que foi considerada uma das 30 mulheres mais criativas do mundo pelo Business Insider e que está na lista do Evening Standart como uma das cinco mulheres mais inspiradoras da atualidade.

E se a grande máxima, que o dinheiro não traz felicidade até pode ser verdade, segundo a autora, não pensar nele, também pode fazer uma grande diferença na nossa saúde.

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Novo centro da Sitel em Lisboa vai empregar 600 pessoas

  • Ricardo Vieira
  • 31 Maio 2019

Até ao final do ano a empresa terá quatro centros instalados em Portugal e prevê um crescimento semelhante ao do ano anterior – na ordem dos 30%.

O aumento da carteira de clientes e um crescimento na ordem dos 30% no ano passado, que deverá manter-se em 2019, vai obrigar a Sitel a aumentar as infraestruturas da empresa. Neste crescimento, está previsto um novo centro na zona de Lisboa com capacidade para empregar mais 600 pessoas, num total de quatro centros em Portugal e 3.500 colaboradores até ao fim do ano.

O crescimento da empresa em 2018 fez com que mais de 200 colaboradores usufruíssem de oportunidades de progressão de carreira. Além disso, a conquista de novos clientes globais para o mercado local contribuíram para que a Sitel Portugal passe a reportar diretamente à estrutura EMEA.

Benedita Miranda, general manager da Sitel Portugal afirma que estão “a crescer de forma contínua e sustentada, o que reforça a credibilidade e consolida a posição da Sitel como uma das referências na área do atendimento ao cliente. Este crescimento deve-se à confiança dos clientes no nosso trabalho e ao esforço diário de todos os nossos colaboradores. Só assim é possível oferecer um serviço de excelência aos nossos clientes”.

Em informação à imprensa, a empresa refere a importância da aposta na formação das suas equipas. “Uma vez que a área dos contact centers está em constante evolução e os avanços da tecnologia só permitem aumentar a oferta de valor da empresa se os colaboradores estiveram aptos a fazer uso desses avanços, a aposta da Sitel no capital humano é real e permanente”.

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BCE tem dúvidas sobre a lei dos grandes devedores. E deixa recado ao Parlamento: para a próxima quer ser ouvido

  • ECO
  • 31 Maio 2019

Numa carta enviada a Ferro Rodrigues, o Banco Central Europeu manifestou "sérias dúvidas" em relação a vários aspetos da lei dos "grandes devedores". E lamenta não ter sido ouvido no Parlamento.

O Banco Central Europeu (BCE) não gostou que o Parlamento português não o tivesse consultasse antes de avançar com a legislação que altera as regras do segredo bancário em relação àquilo que é a prática na Europa. Em fevereiro, numa carta enviada a Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República (AR), o BCE manifestou “sérias dúvidas” em relação a este e outros aspeto da lei dos “grandes devedores”.

De acordo com o Observador (acesso livre), na carta assinada por Yves Mersch, membro da comissão executiva do BCE, a entidade europeia pede que, numa próxima vez, seja consultada previamente, justificando que não se trata de cortesia, mas sim do que manda o Tratado Europeu.

Demonstrando o desagrado da autoridade europeia, a carta, de três páginas, termina desta forma: “O BCE expressa o desejo de que a Assembleia da República portuguesa, tendo em devida conta as observações acima formuladas, honre no futuro a obrigação de consultar o BCE, quando for caso disso”.

Esta é uma legislação que foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PCP, BE e CDS e com a abstenção do PS. Isto apesar de o Banco de Portugal contestar esta divulgação dos grandes devedores de bancos resgatados, por não se enquadrar no direito europeu. Uma das preocupações do BdP estava relacionada com a eventualidade de os deputados divulgarem informação sujeita a segredo bancário.

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Com a casa arrumada, Carris aumenta lucros em 75%

Receitas cresceram 15% e gastos apenas 11% apesar da entrada de 209 novos efetivos. Tiago Farias, presidente, destaca reforço dos capitais próprios: "Estamos a fazer um caminho de sustentabilidade".

A Carris lucrou 8,66 milhões de euros em 2018, valor que representa uma subida de 74% nos resultados líquidos face ao obtido pela transportadora lisboeta no ano anterior. Com mais receitas, mais efetivos e já com o serviço público devidamente contratualizado, o ano passado foi de consolidação da sustentabilidade operacional e financeira da companhia, conforme sintetizou Tiago Farias, presidente da Carris, em conversa com o ECO sobre os resultados de 2018.

“Estamos a fazer um caminho de sustentabilidade e a melhorar regularmente os resultados transitados e a reforçar os capitais próprios, algo que é saudável para a empresa”, apontou o responsável. O ano passado foi marcante para a empresa e por várias razões, explicou. “Foi a primeira vez que fomos empresa municipal num ano completo e o primeiro ano em que o contrato de concessão esteve em vigor, já que recebeu o visto do Tribunal de Contas em outubro. Foi o ano em que tivemos todos os instrumentos já devidamente arrumados“, explicou.

De acordo com o relatório e contas de 2018 da empresa, já aprovado em assembleia-geral, a Carris registou um aumento de 3% no total de passageiros transportados, que atingiram os 125,6 milhões, e um crescimento de 15% nos rendimentos operacionais, que totalizaram 116,5 milhões de euros. Também o EBITDA da empresa evoluiu favoravelmente de 2017 para 2018, passando de 8,7 milhões para 13 milhões de euros.

Para o aumento dos rendimentos, destaca-se o contributo da subida de 2,9% nas receitas tarifárias conseguidas pela transportadora rodoviária municipal, mas também o impacto da contratualização do serviço público: as compensações pelo cumprimento destas obrigações em 2017 ascenderam a 9,5 milhões, dos quais 4,7 milhões de euros fruto da prática de tarifários bonificados, refletidos nas contas de 2018.

“As receitas são compostas em perto de 100 milhões pela venda de títulos, uma segunda fatia são ganhos complementares, como a venda de produtos ou ganhos das participadas, e, agora sim, temos um instrumento que passou a estar em pleno e que totalizou quinze milhões em 2018”, diz. Tiago Farias fala das comparticipações recebidas do Estado, pelo esforço com os passes 4_18 e sub23, e da aplicação do contrato de concessão.

Quando o município passa a ser o acionista, traz uma visão completamente diferente daquilo que pretende da empresa, em termos estratégicos, de dimensão, de tecnologias ou serviço ao cliente

Tiago Farias, presidente da Carris

Para o turnaround por que a Carris atravessa, foi fulcral a assunção da dívida da empresa pelo Estado, o que permitiu libertar a transportadora de custos financeiros que estrangulavam não apenas financeiramente, mas também em termos de reestruturação, renovação e reforço da oferta. “Os números operacionais já eram interessantes e a prova disso é que mesmo sem apoios em 2017 tivemos um ano de resultado positivo”, apontou Tiago Farias ao ECO. Mas sem se libertar da dívida, a empresa não conseguiria apresentar-se hoje como uma operadora sustentável e com um forte plano de investimento em curso, explicou. Plano que inclui também um intenso reforço do quadro de pessoal da empresa.

Mais 10% de trabalhadores num só ano

“Entre 2010 e 2016, a Carris viveu um período em que quase só se desinvestiu, com uma redução de 25% da oferta e uma redução muito forte na dimensão em termos de recursos humanos, perdendo cerca de 600 colaboradores. Era um caminho insustentável, diria, naquilo que é a oferta de transportes para região metropolitana de Lisboa“, reflete o presidente da Carris. Mas com a passagem da empresa para a esfera municipal, tudo mudou.

“Quando o município passa a ser o acionista, traz uma visão completamente diferente daquilo que pretende da empresa, em termos estratégicos, de dimensão, de tecnologias ou serviço ao cliente”, acrescenta. E é esta visão que está agora a ser executada: “Em 2017 apresentámos o plano de atividade, a visão estratégica, o que queremos crescer, quantos veículos precisamos… e em 2018 foi quando se começou tudo a concretizar: deu-se início a uma renovação muito forte da frota, lançámos concursos e fechámos contratos para a compra de mais de 200 autocarros que já começaram a chegar”.

Os planos para a melhoria e alargamento da rede, além do forte investimento em novos veículos, estão igualmente a alimentar uma vaga de contratações por parte da transportadora lisboeta. “O ano de 2018 foi também um exercício de consolidação do recrutamento. As contratações na Carris são complexas, falamos de ocupações exigentes, física e psicologicamente, com stress associado, e que exigem operar veículos entre 18 ou 24 metros”, apontou Tiago Farias.

Em 2018, a Carris contratou 268 trabalhadores, número que, conjugado com as saídas verificadas ao longo do ano, representou um crescimento líquido de 209 efetivos num só ano, para 2.321, mais 9,9% que no final de 2017. “As contratações têm como objetivo inverter de vez a tendência de redução no total de quilómetros/passageiros e tivemos um ano em que claramente se cresceu no total de quilómetros oferecidos, como no total de passageiros transportados”, enalteceu o presidente da empresa. A oferta da Carris medida em veículos/quilómetros cresceu 4,7% em 2018.

O crescimento ao nível do pessoal coincidiu igualmente com uma segunda fase da reposição de rendimentos decorrentes das progressões nas carreiras, resultando num aumento total de 13% do investimento da companhia com o pessoal, tendo aplicado 60,3 milhões de euros na rubrica “gastos com pessoal”, contra os 53,4 milhões de 2017.

No total, a despesa da transportadora subiu 9,8% no exercício passado, totalizando 109 milhões. Para a subida também contribuíram os gastos com fornecimentos e serviços externos (FSE), já que o aumento da oferta acarretou um aumento da despesa com manutenção ou combustíveis, por exemplo. “Aumentámos em 5% os quilómetros percorridos, logo os FSE cresceram também. Houve um crescimento acentuado ao nível dos recursos humanos, essencialmente porque contratámos mais pessoas e implementámos em pleno as progressões e reconversões na empresa e isso tem sempre reflexos. Era algo que estava congelado e que descongelámos”, explicou Tiago Farias sobre a evolução da despesa.

Em relação às perspetivas para 2019, Tiago Farias preferiu não avançar com grandes projeções na conversa com o ECO. O corrente exercício não só é o ano em que o plano de investimentos em curso da Carris atinge um pico, como é um ano que fica marcado pela entrada em vigor dos novos planos tarifários, pelo que é difícil de antever todos os impactos, ainda que sejam de tendência positiva. “É um ano extremamente atípico, pela positiva. Mas não é tão fácil de prever ou de comparar com anos homólogos”, concluiu.

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