Emigração, diversidade e tech: o pitch de Trudeau na abertura do Collision

Como em Lisboa, há três anos, esta foi noite de estreia em Toronto. A Collision, conferência irmã do Web Summit na América do Norte, mudou-se para o Canadá. E nem Trudeau faltou à festa.

É a primeira vez que o Collision se realiza em Toronto, Canadá.Collision Conf

“Quando os outros se fecham, nós convidamos a que se juntem a nós”. Foi assim que Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, deu as boas-vindas ao primeiro Collision em Toronto. Sublinhando a importância da emigração e da diversidade na construção do país que hoje se conhece, o primeiro-ministro canadiano foi entrevistado no palco central da conferência que, esta semana reúne mais de 25 mil pessoas na cidade, lançou um desafio: “Pensar grande, mas não esquecer o impacto da tecnologia na sociedade. Se não temos sucesso juntos, todos vamos fracassar separadamente”, disse.

“Os canadianos percebem o poder da imigração: temos comunidades mais resilientes. A maneira como o fazemos é dar uma imagem clara de que o país dá todas as condições para qualquer pessoa ter sucesso”, disse ainda, acrescentando que sendo o seu Governo o que mais investiu em tech desde sempre, a questão da atração de talento é fundamental. E isso fez com que o país se abrisse, não só ao exterior, como se virasse para dentro.

“O que nós pensámos foi, se precisas de atrair talento é necessário fazer com que haja oportunidades para os canadianos. Dar oportunidades aos canadianos: educação, programas de programação, investimento, para que eles façam parte deste futuro de disrupção”, referiu.

O ecossistema tech de Toronto conta com 18 mil empresas que empregam mais de 400 mil pessoas. Entre 2012 e 2017, a cidade foi a que criou mais empregos em toda a América do Norte, incluindo Silicon Valley. O que está a acontecer neste momento é que, além de atrair talento de fora, o Canadá está a fazer os seus emigrantes voltar ao país. “Sabemos que investir em universidades, ensino, investigação são medidas que vão ter resultados. As pessoas estão a voltar de Silicon Valley e a trazer, além das suas ideias e da sua experiência, investimento. Estamos realmente a ver que este é um daqueles sítios onde a mistura de oportunidades e diversidade é fundamental: quando temos diferentes perspetivas e diferentes histórias, encontramos diferentes soluções e maior resiliência”, disse Trudeau, referindo-se àqueles a quem chama “tech brilliants“.

Pitch no palco principal

“Esta semana vamos estar a redefinir a tecnologia, e vê-la convergir em Toronto pela primeira vez”, disse Sunir Sharma da Techstars e cohost do Collision. A conferência com maior crescimento da América do Norte mudou-se este ano para Toronto, vinda de Nova Orleães. Sobre a mudança, Paddy Cosgrave, CEO e cofundador da Web Summit, empresa que entre outros eventos organiza o Web Summit, em Lisboa, diz ter recebido muitas mensagens pedindo-lhe que mudasse de ideias porque a mudança seria um fracasso.

“Na altura, quando Sinil me ligou a dizer que Toronto ia ser o próximo lugar a estar na área tecnológica, liguei a alguns amigos em S. Francisco que me disseram para esquecer. (…) Há um ano, quando anunciámos que íamos mudar Toronto dos Estados Unidos para Toronto, muitas pessoas disseram ‘repensa, ninguém vai para lá, devias ir para S. Francisco’. Vejam onde estamos agora”, brincou Cosgrave.

Dezasseis startups tiveram a oportunidade de apresentar o seu pitch perante a audiência presente no Center Stage, o palco principal do Collision. Em dois minutos e meio, houve founders e CEOs de startups do Canadá, Nigéria e Estados Unidos, entre outros países.

Cerca de 25 mil participantes vindos de 125 países do mundo vão passar pelo Collision nos próximos três dias. Portugal também conta com representação e vai ter um lounge que servirá de base à comitiva de cerca de cinco dezenas de pessoas, liderada pela Startup Portugal e pela Made of Lisboa. O evento que decorre entre 20 e 23 de maio.

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Salários negociados na contratação coletiva dão salto recorde. Subiram 3,3% em 2018

Os salários negociados entre patrões e sindicatos, no último ano, subiram 3,3%. É o aumento mais elevado desde o início da série, em 2005.

Os trabalhadores abrangidos por convenções coletivas no último ano viram os seus salários aumentar em média 3,3%, em termos nominais, valor que compara com o aumento de 2,6% registado em 2017 e que representa o maior salto desde, pelo menos, 2005. Estes dados constam do sumário executivo do Relatório Anual sobre a Evolução da Negociação Coletiva em 2018, que será apresentado esta terça-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“A variação salarial nominal, face ao anterior, continuou a subida iniciada em 2016, verificando-se também que a variação real foi positiva pelo terceiro ano consecutivo“, explica-se na análise. Ainda que não adiante os números concretos da variação salarial descontada do valor da inflação, o relatório indica que a “variação salarial nominal média intertabelas anualizada para o total de convenções foi de 3,3%”. Em causa está o aumento salarial médio em relação à tabela salarial anterior, ponderado pelo número de trabalhadores abrangidos.

Tal valor não só é superior ao que foi registado em 2017 (2,6%) como é mesmo o maior salto registado desde o início da série, que arrancou em 2005. Ainda assim, esses 3,3% são inferiores em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao valor que tinha sido indicado, em janeiro, pelo secretário do Estado do Emprego à Lusa, em relação ao terceiro trimestre de 2018. Nessa ocasião, Miguel Cabrita disse que, entre julho e setembro, os aumentos salariais definidos na negociação coletiva tinham sido em média de 3,4%.

No último ano, salários tinham subido 2,6% em termos nominais

Fonte: DGERT

O governante tinha também adiantado que “metade das convenções (51%)” que tinham alterado as tabelas salariais tinham estipulado valores acima do salário mínimo nacional, que estava fixado, em 2018, nos 580 euros mensais. Sobre esse ponto, o sumário executivo ao qual o ECO teve acesso refere apenas que, quanto à remuneração mínima negociada na contratação coletiva, “permanece em linha de força a aproximação à retribuição mínima mensal garantida, na totalidade dos setores”.

No que diz respeito ao número de convenções, o relatório que será conhecido na íntegra esta tarde salienta que se manteve “a tendência de crescimento”, ainda que se tenha registado uma subida homóloga “menos expressiva” do que se tinha verificado em 2017 em relação a 2016 e que não se tenha conseguido alcançar os valores anuais atingidos antes de 2011.

No total, foram publicadas 220 convenções, no último ano, número que compara com as 208 convenções publicadas em 2017. Dessas 220 convenções, 18,63% dizem respeito a primeiras convenções, 20,45% a revisões globais e 60,9% a revisões parciais. “Comparativamente a 2017, verifica-se que as primeiras convenções e as revisões globais tiveram um aumento global de 45,76% e as revisões parciais uma diminuição de mais de 10%”, esclarece o documento.

No total, foram publicados no último ano 311 Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho (IRCT), menos um que em 2017 devido ao recuo do número de acordos de adesão e de portarias de extensão.

E no que diz respeito aos tipos de convenção coletiva predominantes em 2018, destaque para os acordos de empresa (AE), que mantém a primazia, embora com menor diferença em relação aos contratos coletivos (CC). Recorde-se que os primeiros dizem respeito a acordos negociados entre uma estrutura sindical e um empregador enquanto os segundos dizem respeito a acordos negociados entre as associações sindicais e as associações de empregadores, abrangendo potencialmente um setor.

Associada a esta “ligeira primazia” da contratação de base empresarial, está a diminuição do ritmo de crescimento do número de trabalhadores potencialmente abrangidos pelas convenções coletivas, diz o relatório. De acordo com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, no último ano, eram mais de 900 mil os trabalhadores potencialmente abrangidos por convenções coletivas, número que já inclui a Função Pública e as empresas públicas.

Na distribuição setorial, é importante notar que se regista um agravamento do desequilíbrio. Em 2017, eram quatro os setores sem convenções coletivas, número que subiu para sete em 2018. Os setores de atividade que continuam predominantes nesta matéria são o das indústrias transformadoras, o dos transportes e armazenagem e o do comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos.

Relativamente ao conteúdo das convenções coletivas, são as condições salariais e o regime vigência as matérias predominantes, seguidas do âmbito geográfico e o trabalho suplementar. Regista-se, por outro lado, um “ligeiro aumento” das convenções que “abordam os temas da promoção da qualificação dos trabalhadores”.

Já sobre a negociação coletiva na Administração Pública, o relatório indica que foram publicados 177 acordos coletivos de empregador público. Desses, 133 são revisões de acordos existentes. “As linhas de força da contratação coletiva na Administração Pública não sofreram, no ano considerado, alterações significativas relativamente a 2017, confirmando-se a vitalidade da contratação ao nível da administração local“, remata a análise.

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Tavares: “Não há transferência de carteira de clientes do Montepio para o BEM”

Carlos Tavares desmente que o BEM seja um “cavalo de Tróia” dentro do Montepio. Garante que "os resultados do BEM refletir-se-ão diretamente nos do Banco Montepio".

O Banco Montepio Empresas (BEM) não vai “roubar” os clientes bons ao Montepio. Carlos Tavares garante, numa carta enviada aos colaboradores, a que o ECO teve acesso, que “não há transferência de carteira de clientes” para esta nova instituição, criada para oferecer um serviço especializado às empresas. O chairman do banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) desmente, assim, a informação avançada pelo Público (acesso condicionado) de que o BEM seria um “cavalo de Tróia” para retirar da casa-mãe os bons clientes.

Segundo o Público, com BEM teria sido criado para tirar do Montepio os melhores clientes do banco, com volume de negócios acima de 20 milhões de euros, sem que houvesse a correspondente passagem de ativos tóxicos e de imparidades. Ao deixar esses ativos no Montepio, o BEM poderia vir a contribuir para desvalorizar o banco, mas Carlos Tavares desmente.

Começando por lembrar que o “universo das empresas potenciais clientes do BEM foi definido numa lógica de segmentação de clientes feita de acordo com a dimensão e as suas necessidades específicas e não pela qualidade das empresas”, Tavares assegura aos colaboradores da instituição que “não há transferência de carteira de clientes do Banco Montepio para o BEM”.

“O crédito existente permanece no Banco Montepio, tal como o novo crédito de curto prazo e as transações correntes das empresas (contas correntes, cartões, TPA, etc.). Por sua vez, o BEM especializar-se-á no novo crédito de médio e longo prazo e nos novos financiamentos baseados em instrumentos financeiros para o seu segmento de clientes, bem como em operações de mercado em geral”, diz.

É neste sentido que, criticando o artigo publicado pelo Público, diz que “as referências a um ‘banco bom’ e a um banco em que ficam os ativos ‘tóxicos’, para além de revelar profundo desconhecimento, demonstra grande desconsideração pela estabilidade de um grupo bancário que tem desenvolvido um trabalho sério com vista a melhor servir os seus clientes”.

" O BEM já captou a atenção de muitos empresários e, provavelmente, a preocupação de concorrentes.”

Carlos Tavares

Chairman do Montepio

“Os resultados do BEM refletir-se-ão diretamente nos do Banco Montepio, instituição onde é feita a consolidação de contas. Por isso, o que for bom para o BEM será bom para o Banco Montepio”, assegura, nesta carta enviada para os trabalhadores do Montepio.

BEM já “preocupa” concorrentes

Carlos Tavares, apesar de criticar, mas também de reagir à informação veiculada, desmentindo-a, assegura que os “colaboradores estão informados e, por isso, certamente tranquilos”. Por isso, diz está seguro que os funcionários da instituição “saberão responder com serenidade, trabalho competente e dedicação aos desafios do novo projeto”.

O BEM, criado recentemente para “colmatar falhas do sistema financeiro português e contribuindo para o desenvolvimento da economia e das empresas nacionais”, é, diz Carlos Tavares, um projeto “que já captou a atenção de muitos empresários e, provavelmente, a preocupação de concorrentes”.

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Tecnológicas pesam em Wall Street. Apple cai mais de 3%

O setor tecnológico não resistiu aos receios do impacto das restrições impostas à Huawei. O índice Nasdaq caiu mais de 1%, com cotadas como a Apple a pesar no desempenho.

Wall Street encerrou a primeira sessão da semana em queda, prolongando as perdas sentidas nas últimas sessões. As medidas aplicadas contra a Huawei pressionaram o setor tecnológico, agravando os receios relativamente às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter colocado a Huawei na lista negra das exportações, o que exige às empresas do país que obtenham licença para vender tecnologia crítica à tecnológica, a norte-americana Google cortou relações com a fabricante chinesa. A Google vai assim deixar de fornecer hardware, software e outros serviços técnicos à Huawei.

Outras empresas norte-americanas que têm laços com a Huawei também seguiram os passos da Google, nomeadamente fabricantes de processadores. As preocupações com o impacto deste corte penalizaram as empresas do setor, com o índice tecnológico Nasdaq a encerrar a sessão com uma queda de 1,46% para os 7.702,38 pontos.

A Apple foi das mais castigadas no setor, pressionada também pelo aviso do HSBC de que subir os preços dos produtos da empresa, devido aos mais recentes aumentos nas tarifas, poderia ter “consequências terríveis” na procura. Os títulos da fabricante do iPhone caíram 3,13% para os 183,09 dólares.

A Alphabet, dona da Google, também não ficou imune e recuou 2,06% para os 1.144,66 dólares. Alguns dos fornecedores da Huawei registaram perdas superiores a 5%, nomeadamente a Qualcomm, que derrapou 5,99% para os 76,62 dólares, e a Broadcom, que afundou 5,97% para os 272,59 dólares.

O S&P 500 foi também penalizado pelas preocupações com a guerra comercial. O índice alargado recuou 0,68% para os 2.840,09 pontos. O industrial Dow Jones acompanhou a tendência, e desvalorizou 0,33% para 25.679,76 pontos nesta sessão.

Nas perdas, destaque ainda para a Tesla, que recuou 2,69% para os 205,36 dólares nesta sessão. No final da semana passada, Elon Musk lançou o aviso de que a liquidez da Tesla só dá para 10 meses, e pediu novos sacrifícios à comunidade laboral.

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Dados falsos levam PJ a fazer buscas no Hospital de Cascais

  • Lusa
  • 20 Maio 2019

Foram realizadas buscas no Hospital de Cascais, no seguimento de acusações de falsificação de resultados e adulteração do sistema de triagem na urgência.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou esta segunda-feira a realização de diligências de investigação no Hospital de Cascais no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra.

“Confirma-se a realização de diligências no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Sintra”, informou à agência Lusa a PGR a propósito de informação de que tinham sido efetuadas buscas no Hospital de Cascais, relacionadas com as recentes denúncias sobre a adulteração de dados nas urgências daquele hospital.

A informação sobre a realização de buscas ao Hospital de Cascais foi esta segunda-feira avançada pela SIC Notícias, que refere ter havido também buscas da PJ na sede do grupo Lusíadas. Em 15 de maio foi tornado público que o Ministério Público (MP) abriu um inquérito para apurar denúncias que apontam para dados falseados no Hospital de Cascais.

A iniciativa surgiu na sequência de uma reportagem emitida pela SIC em que atuais e antigos funcionários denunciam casos de falseamento de dados em ficheiros de doentes e alterações no sistema da triagem na urgência para aumentar as receitas que são pagas à parceria público-privada.

Um dia antes, também o Ministério da Saúde tinha determinado à Administração Regional de Saúde a abertura de um processo de inspeção para esclarecer as denúncias envolvendo o Hospital de Cascais.

Relatos de antigos e atuais funcionários recolhidos no âmbito da reportagem denunciam que eram impelidos a aligeirar sintomas ou o caso do doente, de forma a que os algoritmos da triagem de Manchester dessem uma cor de pulseira verde em vez de amarela, por exemplo, para que os tempos máximos de espera não fossem ultrapassados. O incumprimento dos tempos de espera faz o hospital incorrer em penalizações financeiras.

O Grupo Lusíadas, que gere o Hospital de Cascais, negou o envolvimento da administração do Hospital em qualquer das situações relatadas, mas indicou que será feita uma análise, indicando que, a ter havido alguma das questões suscitadas, se deveria a comportamentos individuais de profissionais.

Hospital de Cascais está “a cooperar totalmente” com IGAS e PJ

O Hospital de Cascais anunciou esta segunda-feira que está “a cooperar totalmente com a Inspeção-Geral das Atividade em Saúde (IGAS) e com a Polícia Judiciária”, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Sintra.

“O Hospital de Cascais sempre se empenhou em prestar aos seus utentes cuidados de saúde de elevada qualidade e em servir a comunidade com a máxima integridade. Encaramos estas alegações de forma muito séria e estamos ativamente a investigá-las, bem como estamos a cooperar totalmente com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e com a Polícia Judiciária”, refere um comunicado do hospital em resposta à agência Lusa.ministração Regional de Saúde a abertura de um processo de inspeção para esclarecer as denúncias envolvendo o Hospital de Cascais.

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Hyatt chega a Lisboa em 2020 com investimento de 70 milhões

  • Lusa
  • 20 Maio 2019

Hyatt Regency Lisboa, localizado em Belém, incluirá “quartos de hotel e apartamentos de luxo".

A United Investments Portugal (UIP), dona do Pine Cliffs Resort e do Sheraton Cascais Resort, vai abrir um novo hotel em Lisboa, com a marca Hyatt, num investimento de 70 milhões de euros.

O empreendimento, previsto para o final de 2020, irá chamar-se Hyatt Regency Lisboa e incluirá “quartos de hotel e apartamentos de luxo”, lê-se em comunicado.

Localizado em Belém, o projeto contará com “unidades de alojamento que vão desde estúdios totalmente equipados a apartamentos com três quartos”, sendo “promovido e gerido pela Realtejo – Hotelaria e Turismo, S.A., subsidiária da United Investments Portugal e Fibeira”, salientou o mesmo comunicado.

O novo Hyatt marca a entrada da UIP na capital portuguesa.

“Este empreendimento espelha a aposta do grupo no mercado nacional, onde conta já com projetos no Algarve (Pine Cliffs Resort), em Cascais (Sheraton Cascais Resort) e no Porto (YOTEL Porto)”, recordou a empresa.

Citado no mesmo comunicado, o vice-presidente regional de desenvolvimento da Hyatt, Nuno Galvão-Pinto, referiu que “Lisboa é uma das cidades europeias com mais dormidas e está rapidamente a estabelecer-se como um destino privilegiado para quem viaja em lazer, mas também para viagens de incentivo ou grandes convenções”.

Por sua vez, o diretor geral da UIP, Carlos Leal, realçou que “este será um projeto diferenciador, com um grande impacto na capital e que marca o crescimento do portefólio da UIP”.

A Hyatt conta com mais de 850 propriedades em cerca de 60 países por todo o mundo.

Já a UIP integra o consórcio IFA Hotels & Resorts.

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PS lidera sondagens para as europeias. Tem 10 pontos de vantagem face ao PSD

  • ECO
  • 20 Maio 2019

O PS conquista a maioria dos votos em todas as faixas etárias e graus de escolaridade, na sondagem para as eleições europeias realizada pelo centro de estudos e sondagens da Católica.

O PS lidera as sondagens para as eleições europeias, em todas as faixas etárias e graus de escolaridade. Conquistaria 33% dos votos válidos, o que compara com 23% para o PSD, 9% para o Bloco, 8% para a CDU e CDS-PP e 3% para o PAN e Aliança, na estimativa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP).

Daqueles inquiridos, 49% garantiram que vão votar no próximo domingo. Só as inclinações destes é que foram contabilizadas na sondagem realizada para o Público (acesso condicionado) e para a RTP. Os socialistas recolhem 22% da intenção direta de voto, o que lhe dá 33% dos votos nestas eleições.

Pessoas de todas as idades dão uma avaliação positiva ao PS, apesar de aqueles mais novos estarem menos convencidos. Já a partir dos 45 anos a probabilidade de fazer uma cruz junto do PS no boletim de voto vai aumentando.

O grau de escolaridade também não faz desviar muito os números, sendo que tanto aqueles que não completaram o secundário como os que terminaram o ensino superior apostam no PS.

Com base nesta sondagem, o PS prepara-se para vencer as Europeias, apresentando uma diferença de dez pontos percentuais face ao resultado que poderá ser obtido pelos sociais-democratas.

Se estes resultados fossem definitivos, dariam ao PS entre oito e nove mandatos para o Parlamento Europeu, possivelmente mais um do que elegeu em 2014. Já o PSD estaria em risco de perder um lugar. O partido tem seis deputados, dos sete que elegeu em coligação com o CDS em 2014, e com os números desta sondagem poderia eleger entre cinco e seis.

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Sindicato dos bancários com mais de um milhão de votos na assembleia geral do BCP

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários vai participar na assembleia-geral do BCP da próxima quarta-feira em representação de mais de 100 acionistas com 0,008% do capital do banco.

Os trabalhadores do BCP prometem aquecer a assembleia-geral do banco marcada para esta quarta-feira. Exigem uma melhoria nos salários que estão congelados há vários anos, numa altura em que o banco liderado por Miguel Maya volta a apresentar lucros robustos e a distribuir dividendos. O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), um dos promotores do protesto, vai ter um duplo papel: participará na manifestação marcada para o exterior da sede localizada no Edifício Tagus Park, em Oeiras; paralelamente, estará a votar na reunião magna em representação de mais de 100 acionistas detentores de mais de 1,15 milhões de votos, cerca de 0,008% do capital do banco.

O protesto dos trabalhadores e reformados do banco está agendado para as 14h30, quando começa a assembleia-geral do BCP. Foi convocado por três sindicatos: o SNQTB, o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e o Sindicato Independente dos Bancários (SIB). Também o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas associaram ao protesto.

É “uma manifestação de repúdio e contestação face à atual situação dos trabalhadores do BCP”, dizem os sindicatos. “O impasse nas negociações para 2018 representa uma verdadeira recusa do BCP de cumprir o dever de negociar, um cenário agravado pelo facto de o Acordo Coletivo de Trabalho em vigor para o Grupo BCP ter sido publicado há mais de dois anos, sem aumentos salariais, pelo que os trabalhadores do BCP, reformados e pensionistas se encontram sem atualizações salariais desde 2010 e com uma redução das condições retributivas em 2014 que afetou todos os trabalhadores no ativo”, argumentam.

Na semana passada, os três sindicatos entregaram no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, um requerimento de conciliação para “desbloquear a negociação coletiva quanto à atualização para 2018 dos salários e pensões dos trabalhadores e reformados do BCP”.

Outros dois sindicatos do setor apelaram nos últimos dias à participação no protesto: a União dos Sindicatos Independentes e Sindicato dos Bancários do Centro. E esta segunda-feira a coordenadora das comissões de trabalhadores (CT) da banca também declarou o seu apoio à manifestação no sentido de “solidarizar-se com os trabalhadores do Millennium BCP, para que seja rapidamente reparada a injustiça por que estão a passar, uma vez que são alheios e em nada contribuíram para a origem dos problemas que o banco passou”, referiu o organismo, segundo uma nota divulgada pela Lusa.

Os trabalhadores do BCP vão protestar à porta da assembleia-geral com três exigências em cima da mesa:

  • Pagamento imediato de aumentos relativos a 2018 para os trabalhadores no ativo, reformados e pensionistas;
  • Devolução incondicional do valor total global acumulado com os cortes salariais de 2014 a 2017;
  • Garantia da revisão do ACT para recuperação de direitos e reposição do poder de comprar dos trabalhadores no ativo, reformados e pensionistas.

Lá dentro, entre as várias propostas que constam na ordem de trabalhos do dia, os acionistas vão votar:

  • Distribuição de dividendos pelos acionistas no valor de 0,2 cêntimos por ação, um total de 30,1 milhões de euros;
  • Pagamento de uma compensação pela redução dos salários no valor de 12,6 milhões de euros aos trabalhadores. Ao todo, o banco reteve 36 milhões dos salários dos trabalhadores visados pelos cortes entre 2014 e 2017.

O BCP apresentou lucros de 301 milhões de euros em 2018. Nos três primeiros meses deste ano, o banco registou um resultado líquido de 154 milhões de euros, o que representa uma subida de 80% face ao mesmo período do ano passado.

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Fridman chega a acordo com Santander e salva supermercados DIA da falência

  • Lusa
  • 20 Maio 2019

Já estão cumpridas duas das três condições necessárias para iniciar a recapitalização de 500 milhões de euros da empresa espanhola.

O maior acionista da cadeia de supermercados DIA, Mikhail Fridman, confirmou a assinatura de um acordo com o Santander para desbloquear o aumento de capital necessário para a empresa se salvar da falência técnica.

Num comunicado enviado à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), a LetterOne, empresa através da qual Fridman controla 69,76% da cadeia de supermercados dona em Portugal do Minipreço, explicou que já estão cumpridas duas das três condições necessárias para iniciar a recapitalização de 500 milhões de euros da empresa.

Além do sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) e do acordo com os credores, o magnata russo exigia ter a maioria dos membros do Conselho de Administração da empresa, o que espera que aconteça em breve.

Numa mensagem distribuída na rede social Twitter, a presidente do Santander, Ana Botín, já tinha anunciado esta tarde que o banco tinha decidido “apoiar” a cadeia de supermercados.

O grupo DIA, que celebra o seu 40.º aniversário este ano, tem atualmente uma rede de mais de 6.100 lojas e mais de 43.000 trabalhadores espalhados por Espanha, Portugal (Minipreço), Brasil e Argentina.

As vendas do grupo têm vindo a cair nos últimos três anos – passaram de 9.000 milhões de euros em 2015 para 7.288 milhões em 2018 –, devido, entre outros fatores, ao aumento da concorrência em Espanha, onde passou da segunda para a terceira posição em termos de quota de mercado.

A empresa encontrava-se num processo de dissolução por falência técnica desde finais de 2018 e tinha até esta segunda-feira para recuperar o equilíbrio e evitar a abertura de um processo de liquidação.

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FMI admite erros nos resgates. Fez diagnósticos muito otimistas e exagerou na dose de austeridade

Previsões demasiado otimistas, financiamento insuficiente, metas desajustadas e medidas para o cortar o défice mais gravosas para a economia que o previsto: a análise do próprio FMI aos seus resgates.

Naquela que é a sua primeira grande análise dos resgates em que participou durante o período da crise financeira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu que alguns programas que desenhou e ajudou a implementar em países como Portugal tinham previsões económicas e metas desajustadas da realidade e mais austeridade do que era suposto.

Não é a primeira avaliação que o FMI faz dos programas de resgate que têm vindo a implementar, mas é o primeiro desta natureza. Na avaliação publicada esta segunda-feira, o FMI avalia 133 programas que estiveram ativos entre setembro de 2011 e dezembro de 2017 — entre eles Portugal, Irlanda e Grécia, apesar de não apresentar conclusões específicas para estes países. No final, o Fundo acredita que três quartos de todos os programas tiveram sucesso, pelo menos parcial.

Apesar do sucesso apontado, os membros do Fundo encontraram várias falhas (ou oportunidades para melhorar como lhe chamam) nos programas que foram implementados ao longo destes anos, algumas destas que foram apontadas repetidamente por responsáveis de governos e instituições onde forma aplicados estes programas.

  1. Previsões excessivamente otimistas: “Uma grande maioria dos programas tinham na sua base previsões otimistas”, diz o FMI. O problema? Ao terem previsões demasiado otimistas, os programas estavam condenados ao insucesso porque não tinham o financiamento e o ajustamento necessários. As previsões colocavam ainda a fasquia mais elevada do que deveria estar e colocando em causa a confiança dos investidores.
  2. Programas subestimaram impacto da austeridade no crescimento: “Os programas também terão subestimado sistematicamente o impacto do ajustamento no crescimento”. Segundo o FMI, a análise feita pelos técnicos sugere que os técnicos do Fundo que desenharam os programas avaliaram por baixo o impacto que o ajustamento, tanto nas contas públicas como no setor privado, teriam no crescimento económico. Só esta má avaliação deve ser responsável por pelo menos um quarto do erro de previsão.
  3. Consolidação orçamental foi menos amiga do crescimento do que estava previsto: “Esta análise conclui que muitos programas aplicaram um nível de consolidação orçamental que foi menos amigo do crescimento que o inicialmente previsto”. Os técnicos do FMI dizem que a consolidação orçamental foi conseguida através de cortes no investimento, retirando a hipótese a estas economias de crescer mais futuro, quando essa consolidação devia ter sido feita reduzindo a despesa e aumentando a receita.
  4. FMI precisa de ir além das áreas a que está habituado: Os técnicos dizem que as mudanças estruturais propostas pelo FMI a cada um destes países eram tendencialmente em áreas que o FMI domina, e não necessariamente aquelas que o país mais precisava. Segundo a avaliação, quando é crítico para atingir os objetivos do programa, o FMI tem de ir além das áreas em que está habituado a trabalhar — política orçamental e monetária — e, para isso, em de começar a desenvolver trabalho em áreas diferentes, como no mercado de trabalho.
  5. Programas poderiam passar de três para cinco anos: Uma das sugestões dos técnicos é alargar, em casos excecionais, o tempo que duram estes programas. Tradicionalmente, os programas não vão além dos três anos. A avaliação diz que o FMI deveria considerar alargar alguns programas para cinco anos, quando as reformas exigidas precisarem de mais tempo para produzir efeitos.
  6. É preciso avaliar melhor os níveis de dívida pública: Não é uma conclusão nova e até já há trabalho em curso, especialmente depois do que aconteceu com a Grécia. Os técnicos dizem que é necessário criar e implementar sistemas que sejam mais eficazes a avaliar os níveis de dívida pública, evitando assim qualquer análise parcial da dívida de um país.

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Governo pede esclarecimentos sobre apoios europeus a deputada socialista. Caso vai “ser fiscalizado”

Hortense Martins recebeu 275 mil euros de fundos europeus destinados a projetos turísticos que já estariam concluídos. Ministério da Agricultura diz que o caso vai "ser fiscalizado".

A deputado socialista Hortense Martins recebeu 275 mil euros de fundos europeus destinados a projetos turísticos que, alegadamente, já estariam concluídos no momento da candidatura, contrariando as regras comunitárias, avançou o Público (acesso pago) esta segunda-feira. O ministro da Agricultura já pediu informações sobre o caso para avaliar se existem razões para instaurar outro tipo de procedimentos.

“Face às notícias hoje publicadas, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural requereu à Autoridade de Gestão do PDR2020 informação para avaliação da existência de eventuais razões que possam determinar outros procedimentos“, disse ao ECO fonte oficial do gabinete do ministro Capoulas Santos, quando questionada sobre o que o Governo ia fazer perante a denúncia. Fonte oficial garante que o caso vai “ser fiscalizado” e seguirá a tramitação normal”.

Segundo o Público, a Investel, uma empresa da família de Hortense Martins e da qual a deputada era gerente, recebeu, em 2010, um subsídio de 171 mil euros para a construção de um centro de lazer e turismo gastronómico aberto há 24 meses. E, três anos depois, recebeu mais 105 mil para uma outra unidade de turismo, a Herdade do Regato, na Póvoa de Rio de Moinhos, que também já estava a funcionar à data da aprovação da respetiva candidatura. Ora, os regulamentos dos fundos determinam que os subsídios não podem ser atribuídos a projetos que já estão concluídos à data da decisão final sobre as candidaturas.

O Público revela que em ambos os casos as decisões foram da responsabilidade da Adraces que justificou a decisão de atribuição do apoio, do Proder — o programa operacional da agricultura do anterior quadro comunitário de apoio (QREN) — com o facto de a lei permitir financiar “investimentos já executados, mas não concluídos”, ou seja, que a última fatura fosse formalmente paga depois da aprovação do pedido.

Hortense Martins, contactada pelo Público, apenas disse iniciou funções de gerência da Investel em 2008 e que renunciou ao cargo a 21 de junho de 2011. O ECO também falou com a deputada socialista que recusa fazer quaisquer comentários sobre a matéria dizendo apenas que vai usar todos os meios ao seu dispor para se defender.

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