Catarina sobe o tom na resposta a Costa: “Desejo de uma maioria absoluta pode levar à arrogância”

Catarina Martins já leu a entrevista completa onde António Costa ataca o Bloco. E atualizou as declarações que fez ao ECO no âmbito da entrevista a publicar segunda. Líder do BE fala em "arrogância".

“O desejo de uma maioria absoluta pode levar à arrogância e à tentação de fazer caricaturas”. Depois de ler a entrevista completa do primeiro-ministro ao Expresso, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, atualiza as declarações que na sexta-feira tinha feito ao ECO, no âmbito de uma entrevista a publicar na segunda-feira, e endurece o tom da reação às palavras de António Costa.

Catarina Martins vinca a diferença face a António Costa: “Prefiro a humildade de reconhecer o caminho que fizemos e discutir as diferenças que apresentamos para o país” e garante que o Bloco não é gerador de ingovernabilidade, como Costa diz na entrevista. “O Bloco é um fator de estabilidade e segurança na vida das pessoas, no seu salário e na garantia de que se pode viver melhor. Creio que ninguém duvida disso”, acrescenta ao ECO.

Na sexta-feira, quando o ECO entrevistou a líder do Bloco de Esquerda na sede do partido, na Rua da Palma, em Lisboa, Catarina Martins contra atacou António Costa perante as primeiras declarações do chefe do Governo que o Expresso antecipou para essa manhã. Costa classificou o Bloco como um partido de mass media – “Há um amigo meu que compara o PCP ao Bloco de uma forma muito engraçada. O PCP é um verdadeiro partido de massas, o Bloco é um partido de mass media. E isso torna os estilos de atuação diferentes”.

Catarina Martins respondeu então que “os partidos políticos ganham em respeitar-se, em respeitar as diferenças que temos, em respeitar as pessoas que confiam em nós e que estão nos partidos. É bastante melhor do que fazer caracterizações mais ou menos caricaturais uns dos outros, que não ajuda ninguém”.

Mas o tom da líder da Bloco foi cauteloso. Afinal de contas a entrevista ainda não tinha sido publicada na íntegra. Esta manhã, a entrevista completa não deixava margem para dúvidas. O ataque mais duro era ao Bloco, com o chefe do Governo a falar em “ingovernabilidade” caso o Bloco reforce a sua posição nas eleições de 6 de outubro.

http://videos.sapo.pt/H3bqTdQJFPdJa8k5hoZn

A pouco mais de um mês das legislativas e com sondagens que põem em cima da mesa um cenário que pode levar os partidos à esquerda a voltar a negociar um programa de Governo, o clima de campanha eleitoral aquece.

O ECO antecipa assim uma pequena parte da entrevista que será publicada integralmente na segunda-feira, a primeira depois da divulgação do programa eleitoral este sábado. Nela, Catarina Martins fala sobre as prioridades do programa com que vai às urnas, os temas chave em possíveis negociações para uma solução de governo e também sobre como deve ser quem estiver à frente do Ministério das Finanças na próxima legislatura.

(Notícia atualizada com novas declarações de Catarina Martins ao ECO que atualizam as primeiras e que servem de reação à publicação completa da entrevista do primeiro-ministro ao jornal Expresso)

 

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Governo brasileiro minimiza dimensão dos incêndios na Amazónia

  • Lusa
  • 23 Agosto 2019

Em comunicado, o executivo brasileiro sublinha que o país é uma "referência mundial" no combate terrestre aos fogos florestais, declarando que os fogos "não estão fora de controlo".

O governo brasileiro minimizou esta sexta-feira as dimensões dos incêndios que lavram na Amazónia, declarando que os fogos “não estão fora de controlo” e que a maioria se encontra no “nível mais baixo” de emergência.

Num comunicado enviado à agência Lusa, intitulado “nove factos sobre os incêndios na Amazónia”, o executivo brasileiro defende que todos os anos ocorrem incêndios florestais no Brasil, e que o país está, precisamente, a atravessar “o período crítico de ocorrência de queimadas”.

O governo brasileiro refere ainda que os recursos financeiros disponibilizados para o controlo de fogos permanecem em níveis similares ao passado recente, e que 2.409 “brigadistas de incêndio” do governo Federal estão à disposição dos executivos estaduais para atuar no local, frisando que se trata de um “contingente acima da média de anos anteriores”.

“O Governo Federal está a atuar, por meio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), assim como em conjunto com os estados, para conter os focos de incêndios”, refere o comunicado.

O executivo, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro, insistiu que o país é uma “referência mundial” no combate terrestre aos fogos florestais, e que coordena a Rede Sul-Americana de Incêndios Florestais, providenciando treino e assistência a outros países. A informação deste comunicado colide com outros dados também divulgados.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (Inpe) informou que o número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

Foram várias as figuras internacionais que se mostraram preocupadas com a situação da Amazónia, como é o caso dos chefes de Estado da França e Alemanha, assim como o primeiro-ministro do Canadá.

A nossa casa está a arder. Literalmente. A floresta Amazónia, o pulmão que produz 20% do oxigénio do nosso planeta, está em chamas. É uma crise internacional. Membros da cimeira do G7, vamos discutir esta emergência de primeira ordem em dois dias“, pediu o chefe de Estado francês.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, a Amazónia inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

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China e Trump derrubam bolsas. Em Lisboa, BCP volta a derrapar quase 3%

As praças europeias terminaram a última sessão no vermelho, depois de as tensões comerciais entre os EUA e a China voltarem a escalar. Em Lisboa, quase todas as cotadas fecharam em queda.

Esta semana termina num tom negativo, depois de um escalar das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China levar as bolsas europeias a afundar. Lisboa não escapou e acabou a última sessão da semana com uma queda superior a 1% e com a maioria das cotadas em terreno negativo.

O PSI-20 derrapou 1,33% para os 4.792,47 pontos. Apenas uma cotada do índice de referência português terminou a sessão no verde: os CTT, e três fecharam inalteradas. As restantes catorze cotadas ficaram no vermelho nesta sessão, com várias a registar quedas superiores a 1% e 2%.

Nas perdas, destaque para o BCP, que voltou às quedas e afundou 2,84% para os 0,20 euros, e para a Galp energia, que caiu 1,1%. O setor papeleiro também ficou no vermelho nesta sessão, com a Altri a cair 1,76% para os 5,58 euros, a Semapa a recuar 1,65% para os 11,92 euros e a Navigator a descer 1,06% para os 2,98 euros.

BCP cai quase 3%

De notar ainda as quedas das retalhistas. A Sonae recuou 2,26% para os 0,82 euros, e a Jerónimo Martins caiu 1,47% para os 14,45 euros. No extremo oposto, apenas se encontram os títulos dos CTT: avançaram 0,21% para os 1,87 euros.

Apesar de o líder da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, se ter mostrar otimista em relação aos desenvolvimentos económicos nos EUA e não sinalizar novo corte de juros, no discurso no Jackson Hole, os mercados focaram-se na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A China anunciou, nesta sexta-feira, tarifas adicionais sobre bens norte-americanos avaliados em 75 mil milhões de dólares. Em resposta, Donald Trump disse às empresas norte-americanas para procurarem alternativas à China, numa série de tweets publicados na sua conta oficial. Questionou também quem seria o maior inimigo dos EUA: o presidente chinês ou o líder da Fed?

Perante estes desenvolvimentos na disputa comercial, as bolsas europeias reagiram negativamente. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, caiu 0,7% nesta sessão. O alemão DAX recuou 0,9%, com o setor automóvel a penalizar o índice, o francês CAC 40 desceu 1% e o espanhol IBEX caiu 0,6%.

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Pardal responde a Pedro Nuno Santos: “Sempre viveu da política e só sabe fazer política”

Pardal Henriques diz que o seu desempenho enquanto porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas não foi uma estratégia para entrar na política.

Confrontado com a reação de Pedro Nuno Santos à sua candidatura pelas listas do PDR, Pedro Pardal Henriques diz que “o ministro tem um sentido de humor muito prático”. O antigo porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas garante que não “precisa da política”, e que entrar neste mundo nunca foi sua “intenção”.

O ministro das Infraestruturas e Habitação disse, em entrevista ao ECO24, que não ficou surpreendido com a candidatura de Pedro Pardal Henriques às legislativas de outubro. Para Pardal Henriques, esta reação “é normal de um profissional da política”, que “sempre viveu da política e só sabe fazer política”.

Pardal Henriques reiterou ainda que o ministro “sabe que as declarações iam levar as pessoas a pensar que o intuito era ser também um profissional da política“, tendo em conta a atenção mediática de que foi alvo enquanto porta-voz do sindicato, mas que não é esta a sua intenção. “As pessoas podem entender como quiserem, não foi uma estratégia”, garante.

O advogado anunciou nesta quarta-feira que iria concorrer pelo partido de Marinho Pinto, e adiantou que a partir desse momento não seria mais o porta-voz do sindicato dos motoristas das matérias perigosas, “por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral”.

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Amazónia. França e Irlanda ameaçam bloquear o acordo UE-Mercosul

  • Lusa
  • 23 Agosto 2019

Numa altura em que fogos florestais estão a devastar a Amazónia, França e Irlanda acusam o Brasil de não respeitar os compromissos ambientais.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, acusou esta sexta-feira o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de mentir em matéria de compromissos ambientais e anunciou que, nestas condições, França vai votar contra o acordo de comércio livre UE-Mercosul.

“Tendo em conta a atitude do Brasil nas últimas semanas, o Presidente da República não pode se não constatar que o Presidente Bolsonaro lhe mentiu na Cimeira de Osaka”, afirmou a presidência francesa, referindo-se à Cimeira do G20 que se realizou no final de junho.

“O Presidente Bolsonaro decidiu não respeitar os compromissos ambientais e não se empenhar em matéria de biodiversidade. Nestas condições, França opõe-se ao acordo com o Mercosul tal como está”, acrescentou.

Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, evocando uma “crise internacional” e pedindo aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira que os reúne este fim de semana em Biarritz (sudoeste de França).

Jair Bolsonaro, respondeu acusando o homólogo francês de ter “uma mentalidade colonialista descabida” ao “instrumentalizar” o assunto propondo que “assuntos amazónicos sejam discutidos no G7, sem a participação dos países da região”.

O acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado a 28 de junho, depois de 20 anos de negociações. O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.

A Irlanda ameaçou também hoje votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica. “Não há qualquer forma de a Irlanda votar a favor do acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul se o Brasil não respeitar os seus compromissos ambientais”, afirmou o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar. “Estou muito preocupado com os níveis recorde de destruição pelo fogo da floresta amazónica este ano”, acrescentou, numa nota à agência France-Presse.

Numa entrevista à agência EFE hoje divulgada, o embaixador da UE em Brasília, Ignácio Ybáñez, destacou o empenho do Brasil na aplicação do acordo, mas recordou a Bolsonaro a “aposta clara” do acordo no cumprimento do acordo de Paris sobre alterações climáticas.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro, os incêndios no Brasil aumentaram 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Segundo o INPE, a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

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Depois da crise e do caso Berardo, crédito para comprar ações abrandou. Mas ainda são 1,9 mil milhões

Empréstimos para comprar valores mobiliários não são inéditos, mas estão cada vez mais na ordem do dia devido a negócios ruinosos. Há um ano estes créditos voltaram, após uma quebra durante a crise.

Longe dos valores antes da crise, são atualmente utilizados quase 1,9 mil milhões de euros em crédito para comprar valores mobiliários. Envoltos em polémicas associadas a empréstimos para a aquisição de ações, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Banco Comercial Português (BCP) estão no pódio dos bancos que mais dão crédito com este propósito. O líder de mercado é, no entanto, o Deutsche Bank que entretanto transferiu parte do negócio para o espanhol Abanca.

Estávamos ainda 2008 quando o montante dos créditos para comprar valores mobiliários, em Portugal, ultrapassou pela última vez os seis mil milhões de euros. Foram 6.227,50 milhões de euros em dezembro desse ano, marcado pelo início da crise financeira nos EUA que se alastrou à Zona Euro na forma de crise das dívidas soberanas.

Em Portugal, o pico da crise viria a ser o pedido de ajuda externa à troika em 2011 e, três anos depois, a queda do Banco Espírito Santo. A utilização de crédito caía a pique, tendo atingido o mínimo da última década em abril de 2018 — 1.703,9 milhões de euros –, segundo dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O último ano tem sido de recuperação, sendo que “o montante utilizado dos créditos concedidos para a realização de operações sobre valores mobiliários totalizou 1.871,2 milhões de euros em junho”, referem os indicadores de intermediação financeira da CMVM, referentes ao segundo trimestrais do ano.

Investidores não qualificados são os que mais compram títulos a crédito

Fonte: CMVM

Créditos da CGD e do BCP envoltos em polémica

A retoma coincide, no entanto, com um período em que problemas dos bancos relativos a este setor passaram a estar na ordem do dia. No início do ano, uma auditoria da EY revelava negócios ruinosos da Caixa Geral de Depósitos que geraram perdas de 1.200 milhões de euros ao banco público. Entre eles estavam empréstimos para a compra de ações.

O terceiro crédito mais ruinoso foi concedido, em 2006 e 2007, à Metalgest e à Fundação José Berardo (FJB), ambas ligadas ao empresário Joe Berardo. Os financiamentos de 50 milhões e 350 milhões de euros, respetivamente, tinham como finalidade a aquisição de títulos de empresas cotadas nas bolsas europeias que, “pelo que se apurou, se consubstanciou na constituição de uma participação qualificada no BCP”, segundo refere o relatório da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa.

Foram utilizados, no total, 294 milhões de euros, garantidos por 95,89 milhões de ações do BCP. A cotação bolsista do BCP, que afundou após atingir o máximo em junho de 2007, levou a que fosse preciso reforçar garantias. Em 2015, a exposição da CGD à Fundação José Berardo era de 266 milhões de euros e à Metalgest de 53 milhões, gerando perdas avultadas para o banco público.

Esta segunda-feira, foi a vez de um empréstimo do BCP para a brasileira High Bridge comprar ações da Pharol estar em destaque. O maior banco privado português voltou a deter direitos de voto no capital da telecom, de 9,99%, após a execução de uma dívida em incumprimento da empresa brasileira. A situação é semelhante à que aconteceu há poucos anos.

Em agosto de 2015, a execução de garantias de um crédito dado à Ongoing levou o BCP a deter 6,17% da Pharol, que viria a vender no mercado menos de dois anos depois. Dias depois, a High Bridge comprava, também no mercado, o mesmo número de ações. Sabe-se agora que, para isso, a empresa pediu um empréstimo ao BCP, dando as próprias ações como garantias. Sem ter pago o empréstimo, e após ter reforçado a posição até aos 9,99% do capital passando a ser o segundo maior acionista, o BCP poderá ter de voltar a vender as ações que já disse não quer.

Abanca entra em força no mercado

Desde o início de 2011 que o pódio das instituições financeiras que mais dão crédito para a compra de ações roda entre três: Caixa Geral de Depósitos, BCP e Deutsche Bank. E há dois anos que é o último lidera o mercado, mas houve em junho uma alteração. Mais de um ano depois de ter sido anunciada a operação, o Deutsche Bank completou a venda das operações de particulares e de pequenas empresas em Portugal ao Abanca.

O banco alemão continua a operar no país ao nível da banca corporativa e de investimento, mas ainda em junho o Deutsche Bank Portugal transferiu toda a sua carteira de clientes da área de particulares e de pequenas empresas e os respetivos ativos e colaboradores para o Abanca.

Assim, o Abanca detém atualmente 44% da quota de mercado, tendo sido utilizados 823,3 milhões de euros em crédito concedido para a compra de valores mobiliários. Segue-se a CGD, onde os clientes usaram 476,4 milhões de euros emprestados com este objetivo e que tem 25,5% da quota de mercado. Já o BCP ficou com 22%, a que equivalem 411,5 milhões de euros.

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PCP e CGTP acusam Governo de exagerar nos serviços mínimos

  • Lusa
  • 23 Agosto 2019

O secretário-geral do PCP considera que o Governo "escolheu um mau caminho" e diz que há "um exagero" dos serviços mínimos. Já o líder da CGTP acusa o executivo de "tentativa de aproveitamento".

Os secretários-gerais de PCP e da CGTP/IN acusaram esta sexta-feira o Governo de exagerar na definição de serviços mínimos face às greves dos motoristas de camiões de substâncias perigosas e dos trabalhadores da companhia aérea de baixo custo Ryanair.

É evidente que há, manifestamente, um exagero em relação aos serviços mínimos“, afirmou Jerónimo de Sousa, após uma reunião entre comunistas e dirigentes da central sindical, na sede do PCP, Lisboa, acerca do futuro pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade das alterações às leis laborais que vai ser enviado por comunistas, bloquistas e ecologistas ao Tribunal Constitucional.

Segundo o líder comunista, “o Governo subiu para além do chinelo, numa desconfiança clara, aproveitando processos de luta que tinham consequências“, mas “outra componente importante” é, para Jerónimo de Sousa, “os trabalhadores em greve” procurarem “sempre a solidariedade das populações, pois “um processo de greve, para resultar, precisa da opinião favorável, do estímulo, dos portugueses, trabalhadores ou não”.

“Falando por experiência própria, um trabalhador, quando vai para a greve, não o faz de sorriso nos lábios. É o recurso a uma forma superior de luta onde são os primeiros a pagar em termos económicos. A experiência do movimento operário foi sempre a de terem os trabalhadores a primeira preocupação em garantir, por exemplo, que um forno de vidro da Covina (Companhia Vidreira Nacional) se mantivesse em laboração para não cair. Não precisavam da definição de serviços mínimos”, descreveu.

Para o secretário-geral do PCP, “o Governo escolheu um mau caminho, procurando, de certa forma, tentar limitar o direito à greve, um direito de Abril, que a Constituição e os constituintes consideraram importante para integrar o capítulo dos direitos, liberdades e garantias fundamentais”.

“Por isso mesmo, dizemos que o Governo vai por mau caminho quando procura de forma administrativa reprimir e impedir o exercício de um direito fundamental”, concluiu.

O líder da CGTP, Arménio Carlos, também lamentou a “tentativa de aproveitamento do Governo para fazer aquilo que até hoje nenhum Governo de PSD/CDS conseguiu: tentar esvaziar a lei da greve e criar condições para que ela se torne inócua“.

“O Governo está a tentar aproveitar, com o apoio das entidades patronais, para pôr em causa a lei da greve, esvaziando-a. Não é para admirar membros do Governo a dizer que não é preciso mexer na lei da greve quando, na prática, estão a esvaziar o conteúdo da lei da greve. Pura e simplesmente, alargam a conceção de serviços sociais impreteríveis, que são aqueles que têm uma relação direta com a vida das pessoas, a saúde das pessoas. Não se podem aplicar a tudo aquilo que se passa em termos de paralisação”, afirmou.

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Primeiro anúncio de emprego da Amazon foi publicado há 25 anos

Bezos recordou esta sexta-feira o primeiro anúncio de emprego da Amazon, a 23 de agosto de 1994. Procurava alguém rápido nas tarefas, revelando a visão que viria a ter para a gigante do e-commerce.

Foi há exatamente 25 anos, a 23 de agosto de 1994, que o jovem empreendedor Jeff Bezos publicou o primeiro anúncio de emprego para aquela que viria a ser a gigante de e-commerce Amazon. A empresa na altura designada “Cadabra, Inc”, procurava um especialista em desenvolvimento de software “extremamente talentoso” que pudesse “ajudar um negócio pioneiro de e-commerce na internet”, lê-se na publicação de Jeff Bezos desta sexta-feira na página pessoal do Instagram. “Parece que foi ontem”, lê-se no texto nostálgico.

Segundo o Business Insider, no anúncio publicado em 1994 já era possível adivinhar os planos que Bezos tinha para o futuro e a sua “obsessão pela rapidez”. Em 1994, o CEO da Amazon procurava alguém capaz de concluir uma tarefa “num terço do tempo que as pessoas mais competentes julgam ser possível”.

A verdade é que, 25 anos depois, a Amazon tornou-se uma das maiores empresas de comércio eletrónico do mundo e ajudou Jeff Bezos a tornar-se o homem mais rico do planeta.

E a ambição não ficou por aqui. Em 2000, fundou a empresa espacial Blue Origin, que atualmente tem vários acordos com a NASA para iniciar as viagens comerciais para o Espaço. Também em terra, Jeff Bezos quer revolucionar as viagens com a entrega de encomendas através de drones.

 

Quando foi publicado este anúncio, Jeff Bezos ainda não tinha definido o nome da Amazon. Em cima da mesa estavam alguns nomes como “Cadabra, Inc”, tal como se lê no anúncio de emprego, Awake.com, Browse.com e até Relentless.com. Se tentar pesquisar alguns destes links, será automaticamente direcionado para a página oficial da Amazon.

Apesar do sucesso, a obsessão de Bezos já trouxe algumas notícias menos positivas relativamente às condições de trabalho dos colaboradores. Na Amazon Europa, os trabalhadores já revelaram sofrer de excessiva pressão. Segundo a BBC, alguns trabalhadores do Reino Unido já se uniram para reivindicar melhores condições de trabalho.

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Powell não sinaliza novo corte de juros. Diz que estado da economia é “favorável”

Presidente da Reserva Federal norte-americana discursou esta sexta-feira em Jackson Hole depois de ter anunciado, há três semanas, o primeiro corte nos juros de referência desde 2008.

O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana está otimista em relação aos desenvolvimentos económicos nos EUA e acredita que o corte de juros anunciado em julho está a resultar. No discurso de abertura do simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell reafirmou que a Fed irá “agir de forma apropriada”, sem sinalizar novos cortes.

“À medida que o ano tem avançado, temos monitorizado três fatores que estão a pesar sobre o outlook favorável: a desaceleração económica, as incertezas da política comercial e a inflação moderada”, explicou Powell, sublinhando que desde meados deste ano que as condições da economia global se têm deteriorado e que, apesar da retoma da inflação para próximo do objetivo de 2%, ainda há preocupações.

“Os participantes do Comité [o braço de política monetária da Fed] reagiram de forma geral a estes desenvolvimentos e aos riscos que eles representam, ao reverem em baixa as projeções do caminho apropriado para as taxas de juro de referência. A par do corte de juros de julho, as mudanças aliviaram as condições financeiras e ajudam a explicar porque é que o outlook de inflação e emprego continua amplamente favorável“, disse Powell.

A Fed anunciou, a 31 de julho, o corte da taxa de juro de referência em 0,25 pontos percentuais, reduzindo as taxas pela primeira vez desde dezembro de 2008, para o atual intervalo entre 2% e 2,25%. Na altura, sinalizou que se irá manter atenta às condições económicas e que poderá agir novamente caso os objetivos não se concretizem.

O mercado encarou a decisão como um início de um novo ciclo de descidas nos juros, mas a Fed tem vindo a reajustar as expectativas. Vários membros dentro do comité já explicaram que este foi um ajustamento para impulsionar a economia e que poderá mesmo ficar por aqui. As minutas da reunião mostraram ainda que a decisão não foi consensual e os responsáveis quiseram garantir que passavam a mensagem: as opções estão em aberto, mas novos cortes no futuro não são prováveis.

Powell — que tem sido pressionado pelo presidente dos EUA, Donald Trump a afundar os juros de referência — reafirmou essa posição, esta sexta-feira: o outlook é favorável, mas os riscos são elevados. “Estamos a observar cuidadosamente os desenvolvimentos, enquanto avaliamos as suas implicações para o outlook dos EUA e para a progressão da política monetária”, disse. “Vamos agir de forma apropriada para apoiar a expansão económica“.

O presidente da Fed fez uma análise da política monetária norte-americana desde a Segunda Guerra Mundial no simpósio que vai reunir até sábado banqueiros centrais, economistas e decisores políticos em Jackson Hole, no estado norte-americano de Wyoming.

Este era o discurso mais aguardado do evento, onde o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, não estará presente. Wall Street reduziu as perdas após as palavras de Powell, mas continuou a negociar em terreno negativo, pressionado pelas novas tarifas da China aos produtos norte-americanos. Os três principais índices perdem entre 0,1% e 0,3%, enquanto os juros das Treasuries seguem em queda.

(Notícia atualizada às 15h30)

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Greve na Ryanair: 95% dos voos saíram a horas no terceiro dia da greve

  • Lusa
  • 23 Agosto 2019

A normalidade mantém-se no terceiro dia de greve dos assistentes de cabine da Raynair, sendo que os atrasos que se verificaram prendem-se com questões relacionadas com o tráfego aéreo.

A Ryanair disse esta sexta-feira que 95% dos seus voos da manhã realizaram-se dentro do horário, no terceiro dia da greve dos tripulantes da companhia aérea ‘low cost’, em Portugal.

“A primeira onda de voos de/para de Portugal partiu dentro do cronograma esta manhã, com 95% dos voos dentro do horário”, ainda que se tenham registado alguns atrasos, devido a questões relacionadas com o controlo de tráfego aéreo, sendo que a empresa acredita “que não haverá atrasos ou transtornos nos voos de/para Portugal hoje [sexta-feira]”, segundo uma nota publicada no seu ‘site’.

A Ryanair adiantou ainda que esta quinta-feira, 22 de agosto, “completou todos os 202 voos programados de/para Portugal, transportando mais de 36.000 clientes e suas famílias”. A companhia aérea garantiu que registou “zero cancelamentos” e que mais de “88% destes voos chegaram a tempo, graças ao excelente trabalho” de todos os seus “pilotos e tripulantes portugueses”.

A Lusa consultou os ‘sites’ dos quatro aeroportos onde a Ryanair opera em Portugal, Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada, não tendo encontrado perturbações significativas.

Depois de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, que teve lugar na quarta-feira, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que convocou a greve, garantiu que o Governo assegurou que a “Ryanair vai ser chamada à atenção” sobre alegadas irregularidades cometidas durante a paralisação, que começou na quarta-feira e termina no domingo.

“O senhor ministro [das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos] ouviu-nos com enorme atenção e assegurou-nos várias coisas, a primeira delas e mais importante: a lei portuguesa é para ser cumprida e sobre isso não há volta a dar”, disse a presidente do sindicato, Luciana Passo aos jornalistas à saída do encontro.

De acordo com Luciana Passo, Pedro Nuno Santos também terá concordado que “a substituição de grevistas é intolerável”. “Nesse sentido, falou, inclusivamente, com alguns outros colegas de Governo para começarem, com as entidades competentes, a trabalhar no sentido de acabar com essa substituição de grevistas”, afirmou a dirigente sindical.

A Lusa contactou o SNPVAC para fazer um balanço da greve, tendo o sindicato remetido comentários para mais tarde.

Na quinta-feira, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) adiantou que estava a realizar ações inspetivas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro na sequência da denúncia de alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes da Ryanair.

“A ACT tomou conhecimento de alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes de cabine da companhia aérea Ryanair nos aeroportos do Porto, Lisboa e Faro e desencadeou de imediato uma intervenção inspetiva que decorre nos três aeroportos”, afirmou à Lusa fonte oficial da ACT.

De acordo com a mesma fonte oficial, as inspeções estão a decorrer, “não se encontrando ainda concluída a recolha e análise de dados”, sendo que, “a confirmar-se alguma situação de violação do direito à greve ou outras irregularidades, serão mobilizados os instrumentos inspetivos adequados, nomeadamente, se for o caso, desencadeados os procedimentos contraordenacionais previstos na lei”.

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Retaliação de Pequim derruba Wall Street

  • ECO
  • 23 Agosto 2019

China anunciou bateria de novas taxas a impor a bens norte-americanos já a partir de 1 de setembro. Investidores desanimados esperam por indícios positivos do presidente da Fed.

A minutos de um muito aguardado discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, no Fórum de Jackson Hole, os mercados norte-americanos abriram em queda esta sexta-feira, contaminados pela divulgação, pouco antes da abertura, das medidas de retaliação comercial decretadas por Pequim. As medidas visam um total de 75 mil milhões de dólares em bens norte-americanos exportados para a China — e que vão ser taxados entre 5% e 10% a partir de 1 de setembro, daqui a pouco mais de uma semana.

Após os primeiros minutos de negociação, o Dow Jones está a perder 0,35% para 26.160,50 pontos, o Nasdaq recua 0,54% para 7.948,10 pontos, e o S&P-500 desvaloriza 0,48% com 2.908,96 pontos.

A intervenção de Jerome Powell, que terá de ter em conta agora este novo capítulo da guerra comercial EUA-China, e a oficialização das medidas retaliatórias da China, tem não só impacto nos Estados Unidos como nas bolsas europeias, cujas cotações já refletem as notícias sobre as tarifas chinesas e ainda poderão vir a refletir as reações ao discurso na reta final das negociações, ainda que neste caso será menos impactante para o mercado português.

“É importante frisar que o grau de reação do PSI-20 às palavras do presidente da Fed (independentemente se se conciliam ou não com a as expectativas dos investidores) poderá ser menor do que no resto da Europa. Geralmente, os setores tecnológicos e automóvel figuram entre os mais reativos às questões macroeconómicas. Não dispondo o PSI-20 de ações deste tipo, é expectável que a reatividade do mercado nacional seja então menor”, dizem os analistas do BPI.

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Revolut rouba três “tubarões” à banca tradicional

Com mais de seis milhões de clientes na Europa, a fintech quer entrar nos mercados da América do Norte e Ásia ainda este ano.

A Revolut acaba de reforçar a sua equipa executiva com três “tubarões roubados” ao setor da banca tradicional. Philip Doyle, ex-ClearBank, foi nomeado diretor de Risco de Crime Financeiro da fintech, e fará companhia a Wolfgang Bardorf, ex-membro da direção executiva da Goldman Sachs e Deutsche Bank, apontado tesoureiro e a Stefan Wille, ex-N26 e Credit Suisse, que aassume a posição de vice-CFO da Revolut. A novidade foi anunciada pela empresa, em comunicado.

Com mais de seis milhões de clientes em toda a Europa, a fintech sediada em Londres reforça mais uma vez a equipa executiva, alavancando o crescimento da plataforma. “Este ano fizemos algumas nomeações de alto nível. À medida que continuamos a fortalecer a nossa governance e processos existentes, contratámos alguns dos profissionais mais talentosos do setor, com muitos anos de experiência, que trazem consigo práticas de negócio de classe mundial. (…) Não tenho dúvidas de que o seu know-how será inestimável neste momento de crescimento”, explica Nik Storonsky, fundador e CEO da Revolut, sobre as recentes contratações.

As novas contratações da fintech vêm juntar-se assim à equipa que inclui outros executivos seniores como Richard Davies, que já assumiu funções de liderança no HSBC, Barclays e TSB (COO) e Dave MacLean, ex-diretor financeiro do Metro Bank, agora diretor financeiro da Revolut.

Fundada em 2015 por Nik Storonsky e Vlad Yatsenko, a Revolut é uma alternativa digital ao setor tradicional da banca. A fintech deverá entrar nos mercados da América do Norte e na Ásia ainda este ano. Em quatro anos, a startup já levantou cerca de 340 milhões de dólares de investimento, rondas lideradas pela Index Ventures, a Ribbit Capital, a Balderton Capital e a DST Global, de acordo com informação da empresa. Em Portugal soma mais de 200 mil utilizadores.

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