Sindicato admite cancelar greve: “porque não?”

  • ECO
  • 22 Agosto 2019

O líder do sindicato que representa os motoristas de matérias perigosas mostra-se disponível para desconvocar a greve caso estejam reunidas "todas as condições".

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) pode não avançar para a greve em setembro, se a mediação com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) for para a frente. O líder do SNMMP, Francisco São Bento, admite retirar o pré-aviso, em declarações à RTP (acesso livre).

“Se estiverem reunidas todas as condições para que se possa evitar a greve, porque não?”, disse Francisco São Bento. Na origem desta posição estarão os esforços de aproximação com a Antram. “Este processo tem vindo a avançar e a dar passos para uma mediação que seja coerente e para que se atinja os objetivos que estavam definidos inicialmente”, explicou.

A mediação falhou porque os motoristas queriam incluir no acordo dois pontos, relativos às horas extra e a um aumento de 50 euros ao novo subsídio criado depois da greve de abril. Questionado sobre se os motoristas desistiram destes princípios, o líder do SNMMP disse “não exatamente”, e explicou que estão a “fazer alguns esforços” para que realmente se concretize a mediação.

Já nesta quarta-feira à noite o mediador do SNMMP, Bruno Fialho, disse que as partes do conflito laboral “cada vez se estão a aproximar mais”, citado pela Agência Lusa. “Considero que hoje, outro dia, com calma, e amanhã, depois de amanhã, para a semana que vem, vamos conseguir, com certeza absoluta, encontrar uma plataforma de entendimento”, adiantou.

(Notícia atualizada às 11h25)

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Juros da casa sobem para máximos de três anos. Atingem 1,087% em julho

O acréscimo de 0,6 pontos base face ao registado no mês anterior levou o juro para máximos de junho de 2016. Taxa implícita do crédito à habitação sobe desde dezembro de 2018.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação atingiu 1,087% em julho, mantendo a tendência de subida dos últimos meses. O acréscimo de 0,6 pontos base face ao registado no mês anterior levou o juro para máximos de junho de 2016, segundo a atualização mensal publicada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O juro das casas sobe desde dezembro de 2018 e não era tão elevado há mais de três anos. “A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 1,087% em julho (1,081% no mês anterior). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 1,267% para 1,305%“, revela o INE.

No caso do financiamento para comprar casa, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,109% (mais 0,6 pontos base que em junho). Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este fim aumentou 3,4 pontos base, para 1,281%.

Taxa no crédito à habitação aumenta há oito meses

Fonte: Instituto Nacional de Estatísticas

Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação vencida subiu um euro, para 248 euros. Deste valor, 49 euros (20%) correspondem a pagamento de juros e 199 euros (80%) a capital amortizado, segundo o INE. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou 36 euros, para 328 euros.

Em julho, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 39 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 52.954 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 100.655 euros, mais 905 euros do que em junho.

(Notícia atualizada às 11h15)

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Paraíso ambiental em Ponte de Lima

  • Filipe S. Fernandes
  • 22 Agosto 2019

A Quinta de Pentieiros, exploração agropecuária e florestal, detém infra-estruturas e recursos humanos que complementam a oferta da área protegida das lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos.

A Quinta de Pentieiros, exploração agropecuária e florestal com cerca de 30 hectares, detém um conjunto de infraestruturas e recursos humanos que complementam a oferta e atividade da área protegida das lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos.

Criada em 2000, a Área de Paisagem Protegida das lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos está situada no sopé da Serra d´Arga, numa zona que inclui duas lagoas, várias linhas de água, como o rio Estorãos, áreas agrícolas e florestais, de que a Quinta de Pentieiros faz parte e funciona como centro de atração. Está integrada no sítio Rio Lima da Rede Natura 2000 e é, desde 2005, Zona Húmida de Importância Internacional.

Esta área protegida surgiu depois de “um longo e difícil processo de conceção e criação”, como refere a Câmara Municipal de Ponte de Lima, gestora de um “espaço singular”, que permitiu “a implementação de um projeto de conservação da natureza, de (re)construção social e de desenvolvimento rural, cujos equipamentos se encontram distribuídos por dois espaços”. Estende-se ao longo de 350 hectares em território do concelho de Ponte de Lima, incluindo cerca de 22 quilómetros de percursos pedestres. Hoje, anfíbios, aves aquáticas e migratórias convivem numa flora autóctone de onde se destacam o carvalho, o castanheiro, o salgueiro e o amieiro.

Na área protegida concentram-se os equipamentos vocacionados para a interpretação do património em presença no espaço como o Centro de Interpretação Ambiental, rede de percursos pedestres e rotas histórico-culturais.

Quinta dos Pentieiros

Na Quinta de Pentieiros, exploração agropecuária e florestal com cerca de 30 hectares, adquirida para se instalar um conjunto de infraestruturas e recursos humanos que complementam a oferta e atividade da área protegida, concentra vários equipamentos destinados ao alojamento, ao recreio e lazer e à demonstração e experimentação de técnicas e culturas agropecuárias e florestais como a quinta Pedagógica, parque florestal, o parque de campismo e caravanismo de três estrelas, o albergue (antigas cavalariças da quinta), bungalows (unidades de alojamento complementares ao parque de campismo), centro de acolhimento, casa da sidra.

Neste projeto global de que a quinta dos Pentieiros faz parte, um dos principais resultados obtidos é o facto de serem um “uma das mais importantes iniciativas de desenvolvimento rural e de reconstrução social implementadas no concelho de Ponte de Lima, um exemplo no âmbito da conservação da natureza e da biodiversidade e, uma referência em termos de educação e sensibilização ambiental”, como refere a câmara municipal de Ponte de Lima.

Atividade empresarial

A gestão ativa do território é assegurada, dentro dos níveis possíveis, dado que a grande maioria das propriedades são privadas, através da proteção e conservação da natureza e da biodiversidade, com a recuperação de habitats, como por exemplo o rio, unidades de paisagem, como as pastagens, mas, também, através de atividades humanas com o objetivo da produção de melhorias nas condições de alimentação da avifauna e de valorização da paisagem.

Teve ainda impactos socioeconómicos na melhoria da qualidade de vida das populações locais, tanto pela distribuição equitativa de serviços coletivos como pela valorização da diversidade e da articulação territorial.

Um dos aspetos mais relevantes foi a criação para a instalação de empresas e de atividades ligadas aos setores primário e terciário, e, até ao momento, foram criados 38 empregos diretos e 20 indiretos.

Na área protegida instalou-se o Centro de Recria da Raça Minhota, de uma empresa dedicada à instalação e gestão de pastagens e à produção de gado e uma unidade de produção de composto pelo processo de vermicompostagem.

Futuro hotel green

Existem empresas de produção de sidra, de produção de queijo, de desportos de aventura e de natureza e de atividades equestres. Além disso deu-se a criação de condições para o exercício de atividades por várias empresas de turismo de ar livre, turismo de natureza e de turismo cultural, com destaque para as atividades de pedestrianismo, observação de fauna e flora e de descoberta do património etnográfico, e a construção do bikePark de Ponte de Lima.

Em termos de comércio funciona um estabelecimento de restauração e bebidas e vários pontos de venda direto de produtos agrícolas e de artesanato e está em construção um “Eco Green Hotel”, empreendimento turístico que, entre outros serviços, disponibilizará 57 unidades de alojamento.

Em agosto de 2015, 11 dos seus 13 hectares da Quinta de Pentieiros foram devastados por um incêndio florestal que teve início em Cabração, na Serra D’Arga, tendo a reflorestação sido concluída três anos depois.

Este projeto tem implicado não só os investimentos da câmara Municipal de Ponte de Lima como apoios comunitários, como foram os casos como Programa Operacional do Ambiente (POA), cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e do PRODER.

A fauna e a flora

Em termos biogeográficos, a Área Protegida encontra-se localizada na região noroeste de Portugal Continental, numa zona de interação entre o clima mediterrâneo, atlântico e continental. Este conjunto de fatores biogeográficos traduz-se na presença de ecossistemas como bosques higrófilos, pastagens húmidas, lagoas, rios e pinhais. Funcionam como refúgio, habitat e zona de alimentação para uma grande diversidade de espécies animais e vegetais.

No que respeita à fauna, foram inventariadas, até ao momento, nove espécies de peixes dulciaquícolas ou migradores, 13 espécies de anfíbios, 11 espécies de répteis, 41 espécies de mamíferos e 144 espécies de aves. No que respeita a invertebrados terrestres refira-se que são atualmente conhecidas 28 espécies de odonatos na Área Protegida, cerca de 44% da fauna de odonatos de Portugal Continental. No que concerne a lepidópteros, a existência de 65 espécies de borboletas diurnas e 166 borboletas noturnas. São ainda conhecidas espécies pertencentes a 57 famílias de invertebrados bentónicos.

Foram já contabilizadas 508 espécies vegetais, tendo sido identificada a presença de alguns endemismos ibéricos, espécies raras e espécies ameaçadas.

 

 

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Metro e Carris com horários articulados? Já vai ser possível

  • ECO
  • 22 Agosto 2019

Lisboa e Porto já podem criar empresas de transportes de âmbito metropolitano, que vão permitir a gestão de um sistema de bilhética integrado e a articulação das redes e linhas de transporte.

Foi esta quinta-feira publicado em Diário da República o decreto-lei que permite que a área metropolitana de Lisboa (AML) e do Porto (AMP) possam constituir empresas de mobilidade e transportes de âmbito metropolitano, numa medida que “trará ganhos de qualidade no serviço de transporte de passageiros e permite maior racionalidade económica”.

A lei determina ainda o fim da OTLIS – Operadores de Transportes da Região de Lisboa e da TIP – Transportes Intermodais do Porto e a transferência das suas competências e trabalhadores para os novos organismos.

Entre as referidas competências estão o “desenvolvimento, a disponibilização e a gestão de um sistema de bilhética integrado para todos os operadores do serviço público de transporte de passageiros na respetiva área metropolitana”, lê-se no decreto-lei.

Estas empresas deverão ainda apoiar “as áreas metropolitanas na organização, no planeamento, no desenvolvimento e na articulação das redes e linhas do serviço público de transporte de passageiros”.

Ou seja, empresas como a Carris, Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa (na AML) ou STCP e Metro de Porto (na AMP) e ainda a CP poderão ter horários articulados entre si, com benefícios para os utentes que terão de esperar menos tempo em viagens intermodais.

Segundo o decreto, este modelo vai permitir “às áreas metropolitanas dar cabal resposta às crescentes exigências da gestão da mobilidade a nível local”.

Por outro lado, “com a constituição das empresas previstas no presente diploma, serão dissolvidos os agrupamentos complementares de empresas OTLIS – Operadores de Transportes da Região de Lisboa, e TIP – Transportes Intermodais do Porto, atentas as competências agora reconhecidas às empresas metropolitanas a constituir”.

“O respetivo património transfere-se [do Estado] para as empresas locais de natureza metropolitana de mobilidade e transporte a constituir, sendo igualmente transmitidos os contratos de trabalho dos trabalhadores”, lê-se no diploma.

O decreto entra em vigor esta sexta-feira.

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Cabo Verde obriga navios a seguros P&I

  • ECO Seguros
  • 22 Agosto 2019

Governo africano quer extensão das coberturas marítimas e a indústria seguradora local não tem dimensão para garantir a totalidade dos riscos. P&I é a solução procurada.

O governo de Cabo Verde alterou o decreto-lei que regula o seguro obrigatório marítimo com objetivo de incluir o país na cobertura os serviços mutualistas prestados pelos clubes P&I. A medida “insere-se na política do governo de reforço da qualidade dos transportes marítimos, e de uma maior responsabilização dos operadores económicos”, refere a Rádio Morabeza, emissora cabo-verdiana.

As Protection and Indemnity (P&I) são associações de armadores denominadas “P&I club” criadas para cobrir prejuízos com embarcações, não indemnizáveis pelo seguro marítimo habitual. O âmbito e cobertura de serviços prestados pelas P&I aumenta a proteção de Armadores em casos de responsabilidade civil perante terceiros, como avarias e faltas de carga, danos pessoais ou materiais, avarias resultantes de colisões, aguagem ou abalroamento, remoção de cargas ou navios, encargos com salvação e apoio a náufragos, perda de haveres, bem como multas e indemnizações resultantes de poluição.

Frota da Cabo Verde Fast Ferry: seguradoras locais não têm capacidade financeira para cobrir todos os riscos.

O governo cabo-verdiano afirma que as seguradoras do país não têm capacidade financeira de fazer seguros da dimensão dos P&I. O ministro Abrão Vicente referiu que “se um navio tiver uma quebra de casco, uma poluição, não há seguradora nacional que possa cobrir os gastos”, acrescentando que “por esse motivo há os seguros de proteção e indemnização P&I , que cobrem os danos contratuais e de terceiros, mais amplos e indeterminados, e que as seguradoras comerciais normalmente não cobrem”.

Os P&I Clubs assumem-se como mutualista de armadores ou responsáveis por navios para cobrir riscos marítimos complementares aos mais habitualmente previstos pelas apólices. O International Group of P&I Club, apresenta-se como forte lobby do setor, juntando 13 clubes, da Escandinávia ao Japão, passando por Londres, que representam 90% da tonelagem da carga transportada no mundo.

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Motoristas e patrões reúnem segunda-feira para definir serviços mínimos

Já está convocada a reunião entre motoristas de matérias perigosas e Antram para discutir os serviços mínimos a cumprir na greve ao trabalho extraordinário entre 7 e 22 de setembro.

Sem prejuízo de novos desenvolvimentos nos próximos dias, o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) voltam a sentar-se à mesa na próxima segunda-feira, às 15H00, apurou o ECO. O encontro está marcado na Direção-geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) e tem como objetivo chegar a um consenso relativamente aos serviços mínimos a cumprir pelos trabalhadores na greve ao trabalho extraordinário de 7 a 22 de setembro.

Se, à semelhança do que aconteceu na última paralisação, não houver acordo entre as partes, caberá aos técnicos da DGERT definir os serviços que devem ser cumpridos pelos motoristas durante os períodos de greve.

Conforme anunciado esta quarta-feira por Francisco São Bento, presidente do SNMMP, “a greve incidirá sobre as horas de trabalho acima das oito horas diárias em dias úteis, e todo o trabalho aos feriados e fins de semana, e quando falamos em oito horas de trabalho falamos de um dia de trabalho dentro do horário normal”. Ainda de acordo com São Bento, “a greve arranca à meia-noite e um minuto de dia 7 de setembro e vigorará até 22 de setembro de 2019”.

Este é o quarto pré-aviso de greve entregue pelo SNMMP no espaço de cinco meses e a intenção do sindicato é não fazer qualquer proposta quanto aos serviços mínimos para vigorar durante o protesto. “Já que estão assegurados os serviços dentro do horário da função, pelo que não vemos necessidade de apresentar serviços mínimos como está ao abrigo da Lei”, defende o presidente do sindicato, contrariando a posição assumida pelo Executivo e pela própria Antram.

Ao ECO, fonte do Executivo adiantou que nesta nova greve será possível aplicar os serviços mínimos, mesmo estando em causa apenas uma greve às horas suplementares. A fixação dos mínimos vai, pois, depender da avaliação que a equipa de António Costa fizer do impacto a ser causado por este novo momento de luta.

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Líder dos vinhos da Bacalhôa deixa grupo de Joe Berardo

  • ECO
  • 22 Agosto 2019

Frederico Falcão diz que deixou de "ter condições para continuar" na Sociedade da Bacalhôa após "acumular de situações" na empresa de Joe Berardo, empresário que está na mira das autoridades.

Nomeado há um ano administrador delegado na Sociedade da Bacalhôa, Frederico Falcão deixou o grupo de Joe Berardo, investidor e empresário que está hoje no centro da polémica devido às dívidas à banca de mais de 900 milhões de euros.

De acordo com o jornal Público (acesso pago), o afastamento de Frederico Falcão daquela sociedade vinícola, que explora as marcas Aliança, Quinta da Bacalhôa, Quinta do Carmo, Quinta dos Loridos, foi formalizada na semana passada por mútuo acordo. A notícia acabou por apanhar de surpresa o setor, dado que Frederico Falcão interrompeu o seu mandato a meio, após ter assumido a liderança da empresa em julho do ano passado.

O porta-voz da sociedade da Bacalhôa afirmou ao jornal que o processo foi natural e que “o executivo deixou o grupo por mútuo acordo”, não tendo “havido despedimento ou dispensa”.

Frederico Falcão disse que decidiu abandonar a sociedade após “um entendimento” cordial com a Sociedade da Bacalhôa. E explicou: “Já não me identificava com o projeto e depois de um acumular de situações, entendi que deixara de ter condições para continuar”.

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IP Telecom quer que Altice cumpra contrato até 2020

  • ECO
  • 22 Agosto 2019

Denúncia do contrato para o enterramento de até 1.000 quilómetros de cabos só tem efeitos em dezembro de 2020. IP Telecom vai notificar Altice que até lá terá de cumprir o trabalho acordado.

A Altice anunciou na terça-feira a denúncia do contrato/protocolo celebrado com a IP Telecom para o enterramento de até 1.000 quilómetros de cabos. Mas o Estado, através da IP Telecom, vai notificar a empresa para que até dezembro de 2020 o trabalho acordado seja feito em 265 quilómetros.

A informação é avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que adianta que o contrato, feito por um período de 20 anos, só pode ser denunciado três anos após a sua celebração, tendo essa denúncia de ser formalizada com a antecedência mínima de 180 dias.

Ou seja, embora a dona da Meo tem feito a denúncia dentro do prazo legal, já que os efeitos do acordo só cessam a 7 de dezembro de 2020, o Estado entende que é até essa data a empresa terá de cumprir o contratado e enterrar, pelo menos, os 265 quilómetros identificados em concelhos considerados de maior risco de incêndio.

E só nessa altura é que o Estado poderá apurar se houve ou não incumprimento da dona da Meo, sendo que nesse caso a resolução de litígios caberá designadamente à Anacom, adianta ainda o jornal.

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Greve na Ryanair: normalidade mantém-se ao segundo dia

Tripulantes receberam a garantia do ministro das Infraestruturas que a "Ryanair vai ser chamada à atenção" pelas alegadas ilegalidades cometidas pela companhia.

Ao segundo dia de greve Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a operação da irlandesa Ryanair continua a funcionar dentro da normalidade. Isto numa altura em que os tripulantes de cabine falam de uma adesão à greve na ordem dos 80% e continuam a acusar a companhia aérea de violar a lei portuguesa, nomeadamente a lei da greve através da substituição dos grevistas por trabalhadores de outros países.

Pelas 8H30 desta quinta-feira, a companhia aérea tinha realizado praticamente todos os voos de e para os principais aeroportos do Continente. Exceção apenas, de acordo com o site da ANA – Aeroportos de Portugal, para uma ligação entre o Porto e Milão, que deveria ter deixado a Invicta às 6H25 e que está agora programado para as 13H50. Até ao momento não foi possível determinar se o atraso está, ou não, relacionado com a greve dos tripulantes.

Na quarta-feira, à saída de uma reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH), a presidente do SNPVAC, Luciana Passo, afirmou ter recebido a garantia, por parte de Pedro Nuno Santos, a “Ryanair vai ser chamada à atenção” sobre alegadas irregularidades cometidas durante a paralisação que termina apenas no domingo.

O encontro entre o SNVPAC e o ministro das Infraestruturas acontece depois de os tripulantes terem acusado a companhia aérea de estar a violar a lei da greve, nomeadamente ao substituir grevistas por trabalhadores de bases estrangeiras.

“O senhor ministro ouviu-nos com enorme atenção e assegurou-nos várias coisas, a primeira delas e mais importante: a Lei portuguesa é para ser cumprida e sobre isso não há volta a dar”, afirmou Luciana Passo no final do encontro, em declarações citadas pela Lusa, garantindo que o ministro das Infraestruturas também terá concordado que “a substituição de grevistas é intolerável”.

Ainda de acordo com a presidente do SNPVAC, Pedro Nuno Santos terá contacto outros membros do Executivo “para começarem, com as entidades competentes, a trabalhar no sentido de acabar com essa substituição de grevistas”. Em causa estará o contacto com Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social, que tutela a Autoridade para as Condições de Trabalho, a quem compete garantir o cumprimento da Lei da Greve.

Luciana Passo acusa a companhia aérea irlandesa, que enfrenta a contestação dos trabalhadores em vários países europeus, de ter duplicado os serviços mínimos decretados pelo Governo. A presidente do SNPVAC explica que a Ryanair terá “coagido” trabalhadores que desconheciam a verdadeira lista de serviços mínimos a apresentarem-se ao trabalho, sob a ameaça de poderem entrar em incumprimento face ao determinado pelo Governo.

Segundo a sindicalista, os trabalhadores “tinham dúvidas, tiveram medo de faltar aos serviços mínimos impostos pela Ryanair, e, portanto, acabou por ter uma operação em duplicado”.

Luciana Passo terá ainda recebido “uma garantia” por parte de Pedro Nuno Santos que a companhia aérea iria pôr fim às violações à lei da greve antes do final da paralisação. .

Na agenda da reunião entre o SNPVAC e o MIH esteve ainda o previsto encerramento da base da Ryanair em Faro, tendo os tripulantes recebido a garantia de que os interesses dos trabalhadores da base do Algarve “vão ser acautelados pelo Governo”.

O encontro aconteceu no mesmo dia em que Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, esteve reunida com a Ryanair, em Dublin, Irlanda, para debater “a competitividade” do aeroporto de Faro, nem como o alargamento da presença da companhia aérea ao Funchal.

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Galp perde 1% e tira gás à bolsa. Lisboa segue perdas da Europa

Também a Jerónimo Martins e o BCP abriram o dia em terreno negativo e pressionam arranque da sessão portuguesa.

As ações da Galp estão a cair mais de 1% e condicionam o arranque da sessão da bolsa de Lisboa. Também as grandes cotadas Jerónimo Martins e BCP abriram o dia em terreno negativo, colocando o PSI-20 no mesmo caminho das perdas em que seguem as principais praças europeias.

O índice de referência nacional cede 0,16% para 4.845,44 pontos, com os títulos da petrolífera a cederem 1,05% para 12,68 euros. O barril de Brent está a cair 0,15% para 60 dólares nos mercados internacionais.

Oito cotadas seguiam com sinal menos em Lisboa, destacando-se as perdas de 0,57% da Jerónimo Martins e de 0,54% do BCP. No caso da dona do Pingo Doce, a rival Sonae apresentou esta quarta-feira resultados.

A dona da cadeia de hipermercados Continente anunciou um lucro de 38 milhões de euros no primeiro semestre, representando uma queda de 53% face ao mesmo período do ano passado — há um ano o lucro foi de 80 milhões, impulsionado pela mais-valia com a venda da Outsystem. “Excluindo esta alienação, os lucros do primeiro semestre subiram 24% face ao semestre homólogo de 2018”, lembram os analistas do BPI. As ações da Sonae estão em contra-corrente na bolsa nacional com uma valorização de 1,21% para 0,857 euros.

Sonae avança em contramão

Lá por fora também se assiste a alguma pressão vendedora nos mercados acionistas europeus. De Madrid a Frankfurt, os principais índices bolsistas registam perdas entre 0,2% e 0,5%.

Os investidores vão estar atentos aos desenvolvimentos na frente da política monetária, com dois acontecimentos importantes durante o dia: o Banco Central Europeu (BCE) publica as atas da última reunião do conselho de governadores, durante a qual foram debatidas medidas para estimular a economia e a inflação; por outro lado inicia-se hoje o Fórum Económico de Jackson Hole, organizado pela Reserva Federal norte-americana.

“Num momento em que os mercados tentam antecipar quais serão os passos futuros da Fed e do BCE, as indicações que este evento dará deverão influenciar o sentimento dos investidores. O ponto alto deste fórum será a intervenção de amanhã de Jerome Powell, presidente da Fed”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Hoje nas notícias: Autoridade de aviação, Altice e Ryanair

  • ECO
  • 22 Agosto 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Tribunal de Contas recusou o visto a um contrato da Autoridade Nacional de Aviação Civil, no valor de 1,7 milhões de euros, por ter detetado várias ilegalidades no concurso. O Estado, através da IP Telecom, vai notificar a Altice de que o contrato entre as duas empresas só cessa em 2020 e que vai ter de enterrar 265 quilómetros de cabos. No Porto, a Trofa Saúde desistiu de construir um hospital.

Tribunal de Contas arrasa concurso da autoridade de aviação civil

O Tribunal de Contas recusou o visto a um contrato de compra de um sistema integrado de gestão da Autoridade Nacional de Aviação Civil, no valor de 1,7 milhões de euros, tendo detetado várias ilegalidades no concurso, adjudicado ao único candidato que passou a fase qualificação prévia, a Softready. Os juízes consideraram que a empresa vencedora tem “uma relação próxima” com um diretor da ANAC e que foi presidente do júri.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Passes mais baratos do Alentejo para Lisboa

Quem é utente dos transportes públicos rodoviários no litoral alentejano vai pagar menos para viajar para a Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo Central e Algarve, com o valor do passe a sofrer um redução, a partir de setembro, de 110 euros para 40 euros. A medida vai abranger os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira (Beja).

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

IPTelecom quer que Altice cumpra acordo até 2020

A Altice anunciou na terça-feira que denunciou o contrato/protocolo celebrado com a IPTelecom para o enterramento de até 1.000 quilómetros de cabos. Mas o Estado, através da IP Telecom, vai notificar a empresa para que até 2020 o trabalho acordado seja feito em 265 quilómetros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Trofa Saúde desiste de hospital no Porto

A Trofa Saúde desistiu do projeto de construção de um hospital no Porto, cujo edifício está já em fase final de construção. O grupo de saúde tem várias unidades no Grande Porto e adquiriu recentemente o maior hospital privado do país, situado em Vila do Conde, acabando por deixar cair aquele que seria o seu primeiro hospital na Invicta, num investimento que seria de mais de 70 milhões de euros. Fontes próximas adiantaram que o empreendimento poderá ser convertido num hotel.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Sindicato diz que Governo vai chamar à atenção Ryanair

No segundo dia de greve dos tripulantes portugueses da Ryanair, a presidente do Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo, garantiu que a transportadora área irlandesa “vai ser chamada à atenção” pelo Governo sobre alegadas irregularidades cometidas durante a atual paralisação. O ministro Pedro Nuno Santos terá concordado que “a substituição de grevistas é intolerável”, disse a dirigente sindical.

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Mediador do SNMMP diz que “as partes cada vez se estão a aproximar mais”

  • Lusa
  • 22 Agosto 2019

Bruno Fialho, mediador escolhido pelos motoristas de matérias perigosas acredita que "ainda é possível encontrar uma solução para este diferendo".

O mediador do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Bruno Fialho, disse quarta-feira à noite que as partes do conflito laboral “cada vez se estão a aproximar mais” e garantiu que não vai substituir Pardal Henriques como porta-voz.

“Considero que ainda é possível encontrarmos uma solução para este diferendo. As partes cada vez se estão a aproximar mais e a minha presença é nesse sentido”, disse aos jornalistas à margem de uma reunião do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, do qual é vice-presidente, com o Governo.

“Não vou assumir esse papel [de porta-voz], fui só contactado para tentar mediar uma situação”, garantiu, falando à porta do Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, local da reunião, clarificando que não é “representante do sindicato dos motoristas”.

Questionado sobre se depois das declarações de terça-feira à noite de Pedro Pardal Henriques (ex-porta-voz do SNMMP), André Matias de Almeida (representante da Antram – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, a ideia de concórdia faria sentido, Bruno Fialho afirmou apenas que “foram reações”.

“As reações humanas a uma situação são sempre diferentes daquilo que depois, com calma, conseguimos fazer. Portanto, considero que hoje, outro dia, com calma, e amanhã, depois de amanhã, para a semana que vem, vamos conseguir, com certeza absoluta, encontrar uma plataforma de entendimento“, referiu aos jornalistas.

Pardal Henriques anunciou esta quarta-feira que aceitou o convite para encabeçar a lista do PDR pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas de outubro, deixando de ser porta-voz do SNMMP para “não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral”.

Depois de o líder do PDR, Marinho e Pinto, ter feito o anúncio no Porto, Pardal Henriques confirmou, em comunicado, que aceitou o convite para integrar as listas do PDR, assegurando que não abandonará as causas que representa.

“Face ao exposto, e para que pelo menos a minha agenda fique esclarecida (faltando esclarecer a do porta-voz da Antram e das suas nomeações pelo PS), venho por este comunicar que a partir deste momento não serei mais o porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, por forma a não misturar o que poderia ser interpretado como campanha eleitoral”, refere o mesmo texto.

Os motoristas de matérias perigosas vão voltar à greve entre os dias 07 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário, anunciou hoje o sindicato.

De acordo o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, já foi entregue o pré-aviso de greve.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de setembro.

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