Após sete sessões em queda, Lisboa sobe. Europa também

A praça portuguesa está em alta, acompanhando a recuperação das restantes praças europeias, depois de a China ter afirmado que quer chegar a um acordo com os EUA.

“Estamos a trabalhar ativamente para pôr fim à guerra comercial”. Esta frase, proferida por Xi Jinping, presidente chinês, está a aliviar a tensão nos mercados acionistas. A Europa recupera das quedas recentes, assim como Lisboa que avança após sete sessões consecutivas em “terreno” negativo. Avança 0,33%.

Xi mostrou-se empenhado em resolver rapidamente o diferendo com os EUA, apesar de ter salientado que o país está pronto a retaliar com mais taxas se for necessário. Esta postura do presidente chinês está a levar as praças europeias a registarem ganhos entre 0,1% e 0,4%. Por cá, o PSI-20 avança para os 5.189,70 pontos.

Jerónimo Martins, Galp Energia e Nos são as cotadas que mais contribuem para o desempenho positivo da bolsa nacional, que corrige de um ciclo de quedas. Tanto a retalhista como a petrolífera apresentam ganhos de 0,8%, assim como a Nos, que avança para 5,085 euros, numa sessão em que os CTT se destacam.

A empresa de correios afundou mais de 4% na última sessão, mas está a liderar os ganhos do PSI-20 neste que é o último dia de negociação da semana. Soma 2% para 3,06 euros, apesar de o secretário de Estado com o pelouro das Comunicações ter admitido que uma das hipóteses para o período após o fim do atual contrato com os CTT é a de entrar no capital da ex-empresa pública.

Nota positiva também para o BCP, que soma 0,35%, enquanto a EDP ganha 0,02% e a EDP Renováveis está inalterada. São três os títulos sem variação nesta sessão, dia em que apenas a REN perde valor. Está a cair 0,37%.

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Hoje nas notícias: Vale do Lobo, Montepio e ferrovia

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Norte quer usar os fundos europeus para modernizar a ferrovia e ligar ao TGV espanhol. Esta sexta-feira fica ainda marcada pela nota de que os associados arriscam-se a ter de resolver “buraco” no Montepio, de que as dívidas dos hospitais públicos está a chegar aos 700 milhões de euros e de que as empresas pouco valorizam as deduções fiscais para investir. E o banco público pediu à Nova SBE um estudo sobre créditos a Vale do Lobo.

CGD pede estudo à Nova SBE sobre créditos a Vale do Lobo

A administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pediu um estudo ao Centro de Conhecimento de Finanças da Nova SBE para avaliar os pressupostos económicos e financeiros que permitiram a operação de de financiamento de 194 milhões de euros para o resort de luxo de Vale do Lobo, em 2006. Este estudo servirá de suporte a eventuais ações judiciais contra ex-gestores que participaram na decisão de financiar o empreendimento que gerou perdas de quase 300 milhões de euros para o banco público.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Associados arriscam-se a ter de resolver “buraco” no Montepio

Os mais de 600 mil associados e pensionistas do Montepio arriscam ver cortados em 30% os benefícios a que têm direito ou assumir um aumento de quotas de modo a reporem o equilíbrio financeiro da Associação Mutualista Montepio Geral e a compensarem as perdas que podem chegar mesmo aos 900 milhões de euros. O conselho geral do Montepio reúne-se esta sexta-feira pelas 15h00, pela primeira vez depois da saída de Tomás Correia da presidência executiva.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Norte quer fundos europeus para ligar ao TGV espanhol

A região norte do país antecipou, pela primeira vez, a lista de prioridades para os fundos europeus. Nesse âmbito, foram pedidos milhões de euros a Bruxelas para ligar a ferrovia dessa região ao TGV espanhol. A estratégia apresentada aponta a vontade de modernizar a ferrovia e ligar os portos do país.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Dívida dos hospitais está a chegar os 700 milhões

Os pagamentos em atraso dos hospitais públicos atingiram em setembro o valor mais alto verificado desde o início deste ano. As dívidas com mais de 90 dias já ascendem a 651,6 milhões de euros, o que equivale a uma fatia de 40,5% do total das dívidas as fornecedores. Isto segundo os dados disponíveis no Portal do Serviço Nacional de Saúde. “Os ministérios da Saúde e das Finanças continuam fortemente empenhados em obter um valor histórico na redução dos pagamentos em atraso no SNS e têm desenvolvido uma articulação próxima no sentido de ir ao encontro das necessidades do setor, mantendo a execução do plano de liquidação de pagamentos em atraso”, avança fonte do gabinete de Marta Temido.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Maioria das empresas desvaloriza deduções fiscais para investir

De acordo com um inquérito divulgado pela consultora Deloitte, a maioria das empresas não encara o reforço das deduções em sede de IRC — previstas no Orçamento do Estado deste ano — como um incentivo claro a investir. Das 130 empresas questionadas, a maioria salienta que essas mudanças foram irrelevantes, embora a avaliação feita às alterações ao IRC tenha melhorado ligeiramente face a 2018. De notar que, no Orçamento do Estado para 2020, o Executivo de António Costa pretende voltar a reforçar estas deduções fiscais para PME, aumentando o teto de lucros reinvestidos que podem ser objeto de dedução em sede de IRC.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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China quer acordo com EUA, mas está pronta a retaliar

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

"Vamos retaliar, caso seja necessário, mas estamos a trabalhar ativamente para pôr fim à guerra comercial", diz Xi Jinping.

O Presidente chinês, Xi Jinping, disse querer trabalhar com Washington para concluir um acordo que ponha fim à prolongada guerra comercial entre os dois países, mas que não tem medo de “retaliar” se necessário.

Vamos retaliar, caso seja necessário, mas estamos a trabalhar ativamente para pôr fim à guerra comercial”, disse Xi aos jornalistas, em Pequim, perante empresários e ex-autoridades norte-americanas, no Grande Palácio do Povo, o parlamento chinês, junto à Praça Tiananmen.

“Queremos trabalhar num acordo preliminar, baseado no respeito mútuo e na igualdade”, defendeu.

Caso um acordo não seja alcançado até meados de dezembro, Washington estipulou uma nova ronda de taxas alfandegárias adicionais, de 15%, sobre 156 mil milhões de dólares de bens importados da China.

O aumento das taxas vai refletir-se em vários bens de consumo, incluindo telemóveis, portáteis ou utensílios domésticos, nas vésperas do Natal, ameaçando também os retalhistas norte-americanos.

Aquele prazo, imposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, deve pressionar os negociadores norte-americanos e chineses a concluir um acordo nos próximos dias.

Os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de euros de bens importados um do outro, numa guerra comercial que começou no verão do ano passado.

Em causa estão os planos de Pequim para o setor tecnológico, que visam transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideraram que aqueles planos, impulsionados pelo Estado chinês, violam os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

Em 26 de outubro, o Governo chinês confirmou o progresso das negociações por um acordo parcial e assegurou que as consultas técnicas sobre o texto já tinham sido concluídas.

Trump descreveu o pacto como uma “primeira fase” num processo que pode ser partido em até três etapas.

Aquele acordo preliminar deveria ter sido assinado em meados de novembro, mas as negociações têm-se arrastado, sugerindo desentendimentos entre Washington e Pequim.

A delegação do Bloomberg’s New Economy Forum, que esteve no Grande Palácio do Povo, incluiu o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, o ex-secretário do Tesouro Hank Paulson ou o ex-representante comercial dos EUA Mike Froman.

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“Edifício dos Leões”. Sede histórica do Totta vai ser museu do banco

É no "Edifício dos Leões", na baixa lisboeta, que vai nascer o novo museu do Santander Totta. Vai recriar como era a banca antigamente, mas também contar a sua própria história.

Fachada da histórica sede do Banco Totta & Açores onde nascerá o museu da banca. Santander vai batizar imóvel de “Edifício dos Leões”.Wikipédia

A histórica sede do antigo Banco Totta & Açores, na Baixa de Lisboa, vai dar lugar a um museu que vai recriar como eram os bancos “do antigamente”. O Santander Totta, dono do imóvel, já tem nome para o edifício onde vai nascer o novo espaço cultural da capital no próximo mês: “Edifício dos Leões”. Fazendo lembrar os leões que “vigiam” a entrada.

O “Edifício dos Leões” é um dos monumentos mais emblemáticos da baixa pombalina, localizado na Rua do Ouro. É uma obra do princípio do século XX. Quem por lá passa não deixa de notar nas cabeças dos leões esculpidos na entrada. São da autoria do escultor José Isidoro d’Oliveira Carvalho Netto. Foi aí que o novo logótipo foi buscar inspiração.

Ao contrário de outros bancos, que nos últimos meses aproveitaram a alta do mercado imobiliário para venderem edifícios na baixa de Lisboa, o Santander Totta decidiu dar uma nova vida àquela que foi a casa do Banco Totta & Açores durante largas décadas. Vai abrir um museu para contar como era a banca antigamente, mas também vai contar a sua própria história.

“Vamos abrir, na nossa sede, um museu que vai recriar não só a antiga banca que tínhamos, mas vamos ter várias salas em que vamos recriar o banco de antigamente, para mostrar como é que o banco funcionava”, adiantou Inês Oom de Sousa, administradora do Santander Totta, durante a apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano.

Vamos abrir, na nossa sede, um museu que vai recriar não só a antiga banca que tínhamos, mas vamos ter várias salas em que vamos recriar o banco de antigamente, para mostrar como é que o banco funcionava.

Inês Oom de Sousa

Administradora do Santander Totta

Na mesma ocasião, Inês Oom de Sousa revelou que o museu vai contar com uma exposição permanente com obras detidas pelo próprio banco em Portugal mas também pela casa-mãe em Espanha. Revelou que o museu vai trabalhar “com a fundação Botín [da família Botín, que presidiu ao grupo Santander nas últimas décadas], onde estarão peças do grupo Santander expostas”.

“Na exposição permanente teremos não só todas as obras de arte do Santander aqui em Portugal, mas vamos também fazer um acordo para ter as obras de arte deles aqui”, frisou.

O museu também vai ter exposições temporárias para artistas convidados exporem as suas obras. Serão feitas “exposições de quatro ou cinco meses” onde estará “um artista a fazer a sua própria apresentação”, disse Inês Oom de Sousa aos jornalistas.

Segundo adiantou a administrador do banco na altura, o museu tem abertura prevista para o dia 14 de dezembro.

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Primeira BD da Marvel leiloada por 1,26 milhões de dólares

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

Exemplar do número 1 da Marvel Comics estava em muito boas condições, apesar de ser de 1939.

Um exemplar raro da primeira banda desenhada produzida pela editora norte-americana Marvel Comics foi leiloada na quinta-feira por 1,26 milhões de dólares, um recorde para a editora que lançou personagens como Homem Aranha ou Vingadores.

O anúncio foi feito pela casa de leilões Heritage Auctions, que vendeu o número 1 de 1939 a um comprador que pediu para permanecer anónimo e que pagou 1,26 milhões de dólares (cerca de 1,1 milhões de euros).

“Esta é uma cópia histórica de uma banda desenhada histórica”, disse Ed Jaster, vice-presidente da Heritage Auctions, citado pelas agências internacionais de notícias.

O exemplar do número 1 da Marvel Comics estava em muito boas condições, apesar de ser de 1939, sobretudo porque terá mudado poucas vezes de proprietário.

Originalmente, a edição foi comprada numa banca de jornais por um transportador de correio que tinha o hábito de comprar as primeiras edições de várias revistas de banda desenhada.

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China revê em alta PIB de 2018. Não tem impacto em 2019

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

Gabinete Nacional de Estatísticas chinês diz que a revisão não terá um "impacto significativo" nos cálculos do crescimento do PIB em 2019.

As estatísticas chinesas reviram os cálculos do seu PIB [Produto Interno Bruto] nominal, em 2018, para 91,93 biliões de yuan (11,83 biliões de euros), mais 2,1% do que o valor declarado anteriormente.

A diferença entre o número publicado em janeiro passado e a revisão agora anunciada é de 1,9 bilião de yuan (244.086 milhões de euros), detalha o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, em comunicado.

Esta revisão corresponde a uma “verificação final” do PIB chinês, realizada após o censo económico nacional de 2018, o quarto exercício deste tipo no país, após ter sido realizado também nos anos 2004, 2008 e 2013.

Os novos dados revelam uma diminuição do peso das indústrias primárias e secundárias na riqueza total da China, em relação à estimativa inicial, de 0,1% e 1%, respetivamente, e um aumento de 1,1% no setor terciário.

Apesar do aumento em termos nominais, o GNE considerou que a situação não terá um “impacto significativo” nos cálculos do crescimento do PIB em 2019.

As autoridades chinesas estabeleceram uma meta de crescimento do PIB entre 6 e 6,5%, para este ano, um ritmo que instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) acreditam que o país alcançará.

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Governo aperta cerco às empresas e retira fundos comunitários parados

Em outubro, o saldo entre os apoios aprovados e anulados foi negativo em um milhão de euros. Já foram libertados pelo menos 84 milhões euros em incentivos às empresas.

As autoridades de gestão dos incentivos às empresas voltaram, em outubro, a anular projetos que não estão a ter execução, numa dimensão tal que o número de anulações acabou por ser superior ao das aprovações. A situação não é inédita, já que em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro se verificou o mesmo, tal como em outubro de 2017.

No mês passado, o saldo entre os apoios aprovados e anulados foi negativo. Em causa está um milhão de euros em incentivos que foram libertados. A situação mais significativa foi em fevereiro com um saldo negativo de 37 milhões. Não é líquido que tenham sido anulados apenas 84 milhões de euros em projetos. As anulações podem ter sido muito superiores, mas, nos meses em questão, o valor das anulações superou o das aprovações.

Evolução dos incentivos aprovados

Fonte: Compete

O ECO questionou a tutela e o Compete para saber as razões e a verdadeira dimensão destas anulações, mas não obteve resposta. O Executivo pretende anunciar o valor global das anulações, no âmbito do Portugal 2020, quando anunciar a nova medida para retirar os apoios comunitários aos projetos que não têm execução. “Os montantes das aprovações brutas e das anulações até agora decididas pelo PT 2020 serão apurados e divulgados no momento da divulgação da nova medida, que deverá ser aprovada pela Comissão Interministerial de Coordenação até ao final deste ano”, disse ao ECO fonte oficial do Ministério do Planeamento.

A decisão de anular incentivos atribuídos pode surgir por duas razões: ou porque o projeto não cumpriu as regras definidas no contrato assinado aquando da atribuição do incentivo comunitário, ou porque a empresa desistiu de levar o projeto por diante com apoios de Bruxelas (a empresa até pode continuar a desenvolver o projeto, mas sem verbas do quadro comunitário).

As autoridades de gestão justificaram as anteriores situações como “atos de gestão” que não traduziam “qualquer intenção de levar a cabo uma operação de limpeza”, à semelhança do que aconteceu em 2012 com o anterior quadro comunitário de apoio (QREN), eliminando os projetos cuja execução teimava em não arrancar. Mas, entretanto, o ministro do Planeamento, revelou que o Governo está a preparar uma medida para cortar os fundos dos investimentos parados. “O prazo a dar para a regularização das situações desconformes ainda não está definido e poderá variar conforme a natureza do projeto e a sua dimensão, mas será um prazo necessariamente curto”, explicou Nelson Souza, em entrevista ao Expresso (acesso pago). Em causa está a constatação de que “há projetos aprovados, mas que nunca mais foram contratados porque, por exemplo, não têm condições para serem licenciados… E o perigo é continuarem assim até 2023”, acrescentou.

A medida justifica-se porque é necessário acelerar a execução do Portugal 2020, nos 40% em setembro, mas, no caso do Sistema de Incentivos às empresas também porque o programa está desde fevereiro de 2018 a aprovar projetos em regime de overbooking — ou seja, acima da dotação inicial de 3.983 milhões de euros. Libertar dinheiro que não está a ser executado é uma ajuda para apoiar novos projetos (já com as novas regras). Os apoios às empresas já têm uma taxa de execução de 52% em outubro.

Os dados divulgados, referentes a 31 de outubro, revelam ainda que foram contratados 230 milhões de euros em incentivos, um salto significativo tendo em conta os 123 milhões no mês anterior ou os 51 milhões de agosto. É preciso recuar aos quatro últimos meses de 2016 para ter montantes contratados com os promotores tão elevados — em dezembro de 2016, foram contratados 267 milhões de euros, o valor mais alto de todos o sistema de incentivos às empresas neste quadro comunitário.

Até outubro há 14.873 projetos de empresas que receberam luz verde para obter apoio comunitário, o que representa um investimento elegível de 10,56 mil milhões de euros (o investimento total é superior, mas não há dados), o que coloca a taxa de compromisso do Sistema de Incentivos em 121,1% da dotação total, ou seja, um overbooking de 21%.

Os apoios às empresas estão mais concentrados na indústria (70,5%), sobretudo no ramo automóvel (13,3%) e metálica (13,6%).

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5 coisas que vão marcar o dia

A agência Fitch atualiza o rating de Portugal. Líderes dos principais bancos nacionais têm encontro marcado para esta manhã. Parlamento discute PREVPAV e elege novos membros para o Conselho de Estado.

É dia de a agência Fitch atualizar o rating de Portugal, com a agência a divulgar a sua decisão ao final do dia. Antes, de manhã, há conferência com os banqueiros nacionais em Lisboa. No Parlamento, dois pontos na agenda: deputados debatem o PREVPAV, a pedido do Bloco de Esquerda; e vão eleger os novos membros para o Conselho de Estado presidido por Marcelo Rebelo de Sousa. Na Alemanha, divulgam-se dados sobre a evolução da economia no terceiro trimestre.

Fitch atualiza rating de Portugal

A agência de notação financeira atualiza o rating da dívida da República portuguesa. A Fitch classifica as obrigações portuguesas com o rating ‘BBB’ com o outlook (perspetivas de evolução) “positivo”, o que quer dizer que pode subir a notação portuguesa esta sexta-feira.

Banqueiros reunidos em Lisboa

Os presidentes dos principais bancos portugueses participam numa conferência em Lisboa, com o tema “Money Conference, Governance 2020 – transparência e boas práticas”, organizada pelo Dinheiro Vivo. Paulo Macedo (CGD), Miguel Maya (BCP), Pedro Castro e Almeida (Santander), António Ramalho (Novo Banco) e Pablo Forero (BPI) vão debater num painel cujo tema será “Transparência e Boas Práticas em Portugal”. O evento conta com a participação de Carlos Costa (governador do Banco de Portugal) e Ricardo Mourinho Félix (secretário de Estado Adjunto das Finanças).

Parlamento discute PREVPAV

O PREVPAP é um programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública. O tema vai a discussão esta manhã no Parlamento a pedido do Bloco de Esquerda. Num balanço divulgado um dia antes da ida de Ana Godinho ao Parlamento, o Executivo revelou que há mais de 20 mil pessoas abrangidas por novos concursos no âmbito do Programa e que até à data, 74% dos candidatos tiveram parecer favorável à integração no Estado”.

Deputados elegem novos membros para o Conselho de Estado

Rui Rio, Francisco Pinto Balsemão, Francisco Louçã, Domingos Abrantes e Carlos César são os nomes propostos pelo PSD e pelo PS para o Conselho de Estado. Os novos membros deste órgão político de consulta do Presidente da República vão a votos esta sexta-feira na Assembleia da República.

Como vai o motor do euro?

Berlim divulga dados sobre a evolução da economia alemã no terceiro trimestre. E como vai o motor da Zona Euro? Os analistas esperam que a economia germânica tenha crescido 0,1% em cadeia (face ao trimestre anterior) e 0,5% em termos homólogos, escapando assim a um cenário de recessão técnica.

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Quer algum destes produtos? Espere até à Black Friday para poupar

Pare! Antes de comprar um destes produtos, vale a pena esperar pelos descontos e promoções da Black Friday, a 29 de novembro. Em alguns casos, pode conseguir poupar centenas de euros.

Antes de comprar um produto destas categorias, pare, escute e olhe: poderá encontrar mais barato dentro de poucos dias, na Black Friday, que se assinala no próximo dia 29 de novembro.EPA/JASON SZENES

Caminhamos a passos largos para a Black Friday, o maior dia de promoções do ocidente. No dia 29 de novembro, a generalidade das principais lojas físicas e digitais deverá ter campanhas para tudo e mais alguma coisa. A avaliar pela experiência dos outros anos, em alguns casos, os descontos podem chegar aos 70%. Por isso, é de aproveitar.

Existem uma série de produtos que, caso esteja a precisar deles, vale a pena aguardar pela “sexta-feira negra”. Assim, com base nas dicas dadas pelo The New York Times (acesso pago) e na nossa própria experiência, compilámos uma série de categorias onde provavelmente irá encontrar boas oportunidades. No fundo, oportunidades para poupar, em alguns casos, centenas de euros.

Entre as marcas que mais investem na Black Friday em Portugal estão as retalhistas mais populares, como a Worten, a Fnac, e por aí em diante. Espere muitos descontos em smartphones e smartwatches, bem como em pulseiras fitness ou outros acessórios, entre os quais auscultadores sem fios, por exemplo.

No Dia dos Solteiros, a 11 de novembro, que é usado por muitas marcas para preparar a Black Friday, algumas marcas venderam iPhones e telemóveis da Samsung ou Huawei a preços muito apetecíveis. Se está a precisar de trocar, vale a pena aguentar mais uns dias até ao dia das promoções.

As consolas também deverão ser alvo do melhores descontos da Black Friday, como é o caso da Nintendo Switch. Packs de jogos para a PlayStation irão, certamente, aparecer nos catálogos das marcas mais conhecidas. Podem ser boas oportunidades de poupar nas compras do natal.

Quando o tema é Black Friday, nas imagens das multidões, há sempre alguém com uma embalagem enorme de uma televisão. Se quer renovar a sua, espere por dia 29 de novembro. A avaliar por outros anos, vai provavelmente encontrar preços mais acessíveis na sexta-feira dos descontos, em LCD’s e OLED’s.

Outros artigos de eletrónica de consumo, ou eletrodomésticos, também irão surgir entre as promoções. Espere ainda promoções em pequenos domésticos para a casa, como torradeiras e máquinas de café, ou em máquinas de barbear ou de depilação, por exemplo.

No Dia dos Solteiros, a Black Friday da China, a categoria de produtos mais popular foi a joalharia e acessórios de moda. Talvez encontre bons negócios em algumas marcas mais especializadas na “sexta-feira negra” em Portugal.

Lojas online de roupa também são terreno a bater no próximo dia 29 de novembro. E antes de fechar a sua compra, certifique-se de que não existem códigos promocionais escondidos em algumas partes dos sites, como é comum acontecer.

Vale ainda a pena dar conta de um truque. Se, por acaso, fez uma compra na Worten ou na Fnac nos últimos dias, estas duas lojas têm uma campanha em vigor na qual prometem devolver a diferença caso o preço do produto baixe nos 15 dias a seguir à compra. Ou seja, ainda pode ir a tempo de aproveitar a Black Friday caso tenha a sorte de o artigo que comprou estar entre as “vítimas” do corte de preços de 29 de novembro. Por isso, mantenha-se vigilante.

Mas não se esqueça: o custo de oportunidade é uma despesa bem real. Se pagar hoje 100 euros por um artigo que custa 50 amanhã, então, perdeu 50 euros. Nesta Black Friday, compre de forma responsável e não se deixe enganar. Aproveite os melhores negócios e use esta ferramenta da Deco para saber se um preço é mesmo baixo, ou se o artigo já foi mais barato noutra altura do ano. Boas compras!

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Montepio perde mais 8.000 associados. Tomás Correia falha metas de 2019

Tomás Correia, que abandona liderança a 15 de dezembro, reúne conselho geral na sexta-feira para dar conta da revisão em baixa das perspetivas de negócio da Associação Mutualista.

Tomás Correia deixa liderança da AMMG no próximo dia 15 de dezembro.Paula Nunes / ECO

Menos associados e menos poupanças captadas. Margem associativa mais curta e ativo menos valioso do que o esperado. No ano da despedida de Tomás Correia, a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) vai falhar todas as metas. Embora as contas de 2019 não estejam ainda fechadas, dentro da maior mutualista do país já se sabe que nenhum dos objetivos vai ser cumprido.

Tomás Correia prepara-se para abandonar a liderança da maior mutualista do país no próximo dia 15 de dezembro, depois de saber que não passaria no crivo do regulador. Deixará o cargo num ano em que a AMMG até poderá ter um desempenho melhor do que nos anos mais recentes. Mas os objetivos — por mais ou menos ambiciosos que sejam — ficarão por cumprir.

Por exemplo, no número de associados, o desvio será de menos 31,5 mil associados em relação àquilo que eram as pretensões antes do início deste ano. Inicialmente, a AMMG previa alargar a base de associados e terminar 2019 com 636 mil membros. Agora, estima fechar o ano com 604,5 mil, menos oito mil associados do que em 2018, segundo um relatório que será levado ao conselho geral da mutualista esta sexta-feira e a que o ECO teve acesso.

Até setembro, a AMMG viu entrar 19.260 novos associados. Mas o ritmo de saídas tem sido superior às entradas: os abandonos ascendem aos 27.186 nos primeiros nove meses do ano. Para contrariar a fuga, a AMMG tem em curso uma campanha de captação de novos sócios com oferta da jóia de admissão, no valor de nove euros, até final deste mês.

Apesar da quebra no número de associados, a mutualista mantém o objetivo de — e que corresponde à visão de Tomás Correia — de ter um milhão de associados. Não indica uma data, afirmando apenas que é uma meta a “mais longo prazo”. Para já, espera chegar aos 626 mil associados em 2021.

2019 terminará com 604,5 mil associados

Fonte: AMMG; 2019 E (Estimado); 2019 O (Objetivo)

Captará menos 50 milhões que previsto

Menos associados este ano significará menos receitas associativas. A AMMG queria captar 706 milhões de euros em poupanças junto dos atuais e novos membros, mas não vai conseguir. A instituição estima agora obter 658 milhões de euros, menos 48 milhões face à meta inicial. Mesmo o novo objetivo para 2019 aparenta ser ambicioso: até setembro as receitas associativas foram ascenderam a quase 500 milhões de euros, o que implica que os últimos três meses do ano terão de gerar uma receita de cerca de 160 milhões.

Receitas atingirão 658 milhões

Fonte: AMMG; 2019 E (Estimado); 2019 O (Objetivo)

Se este cenário acontecer, a AMMG fechará o ano com uma margem associativa positiva em 38 milhões de euros. É uma evolução favorável depois de quatro anos em que acumulou perdas de 1.258 milhões de euros. Ainda assim, o saldo entre receitas e encargos com associados ficará aquém do esperado inicialmente, registando-se um desvio negativo de 83 milhões face ao objetivo inicial.

Em 2020 e 2021, a margem associativa continuará positiva: a AMMG registará saldos de 59 milhões de euros e 89 milhões de euros, com a instituição a ver oportunidades no potencial da atual base de associados e da base de clientes das empresas do grupo.

No que toca ao ativo, se se esperava uma valorização de 200 milhões de euros, esta evolução também não vai acontecer. O objetivo era chegar ao final do ano com um ativo avaliado em mais de 4.000 milhões de euros. Vai ficar avaliado, segundo as novas estimativas da instituição, em 3.851 milhões de euros, menos 187 milhões do que se previa inicialmente (e mais 30 milhões face a 2018). O passivo vai acompanhar esta evolução.

Na evolução dos rácios, o grau de cobertura das responsabilidades ficará ligeiramente aquém do perspetivado, mas vai fechará o ano nos 1,244 — um grau acima de 1 significa que a AMMG consegue cobrir para lá das responsabilidades que tem.

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Caixa vende 100 milhões em malparado. Projeto “Marte” atrai três fundos

Banco público está a vender carteiras de malparado com o nome de planetas. CGD tem em curso venda do "Mars II", no valor de 100 milhões, com a Cerberus, a Anacap e a CRC na corrida.

Não é uma questão de astrologia, mas a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a contar com a ajuda dos planetas para baixar o malparado. Sim, leu bem. O banco público tem colocado no mercado carteiras de ativos problemáticos como crédito em incumprimento com o nome de planetas. Um dos portefólios que está à venda tem o nome de Project Mars, em português, Projeto Marte. A seguir virá Neptuno.

Segundo apurou o ECO junto de fonte do mercado, na corrida pelo Projeto Mars II (já vai na segunda versão) estão três fundos conhecidos do mercado de malparado nacional: a Cerberus, a Anacap e a CRC. Trata-se de uma carteira de créditos da casa em situação de não-pagamento por parte dos clientes no valor a rondar os 100 milhões de euros. Os três fundos estão já na fase de apresentação de propostas firmes.

Na primeira versão do Projeto Mars, uma carteira no valor de 170 milhões de euros com créditos à habitação em incumprimento, quem ganhou o “concurso” foi a CRC.

Contactada pelo ECO, a Caixa não comenta, mas é sabido que o banco está a vender carteiras de ativos problemáticos. “Temos várias carteiras preparadas para vender até final do ano. Chegar perto do threshold de 5%. Não só em Portugal, mas também créditos em Espanha, França e Luxemburgo. Não queremos que este esforço seja feito apenas na sede”, referiu Paulo Macedo na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano.

No BCP, os nomes das carteiras giram à volta dos animais: Pumas, Eagle, Tiger… Na Caixa, os portefólios são designados por planetas. Outra das carteiras que está no “pipeline” dá pelo nome de Projeto Neptuno, que inclui um conjunto de empréstimos problemáticos no segmento corporate o valor de 200 milhões de euros.

Tal como os outros bancos — ainda esta quarta-feira o BPI anunciou a venda de uma carteira de malparado e imóveis –, também a Caixa está forçada a baixar os níveis de malparado e de ativos não produtivos para cumprir com as exigências regulatórias. Neste capítulo, o banco público tem feito um esforço considerável desde o plano de recapitalização. Chegou a setembro deste ano com um rácio de non performing exposure (NPE) de 5%, quando no final de 2016 apresentava um rácio de 16%.

O banco registou lucros de 640 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 70% do que nos primeiros nove meses do ano passado, com os resultados a serem impulsionados pelas vendas das subsidiárias em Espanha e África do Sul.

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Finance for Growth ajuda empresas a diversificar fontes de financiamento

  • ECO
  • 21 Novembro 2019

O programa Finance for Growth tem como missão ajudar as empresas a saber diversificar fontes de financiamento, melhorar as condições de acesso ao financiamento e investirem de forma sustentada.

O Finance for Growth entrou na quarta, e penúltima, fase a “Finance Meetings for Growth”. É um programa de informação e capacitação, com o envolvimento de investidores / financiadores, especialistas de mercado, analistas, auditores, universidades e reguladores. O programa tem como objetivo ajudar as empresas a saber diversificar fontes de financiamento, melhorar as condições de acesso ao financiamento e investirem de forma sustentada.

Por estas sessões já passaram mais de 500 empresas, como a Oldtrading, CHS ou a João & Feliciano. As empresas envolvidas têm reuniões coletivas de cooperação sobre conhecimento, networking e financiamento. Neste encontro o financiamento, business plan e estratégia foram alguns dos temas abordados.

A questão do financiamento é um grande desafio para as PME. Isabel Maia, diretora-geral da clínica de reabilitação neurológica (CHS) refere que “as PME têm sempre dificuldades na questão do financiamento” e que é essencial ter “parceiros que acreditam nas empresas e que nos possam apoiar”.

Ricardo Santos, CFO da João & Feliciano, explica ao ECO que nestas sessões se “aprende a olhar para os balanços das empresas e a mexer em instrumentos financeiros”. Refere que antes de ingressarem no programa Finance for Growth a empresa utilizava o factoring com recurso, que é uma solução financeira de curto prazo. Todavia, diz que era uma opção “mais cara e reconhecida como dívida no balanço” da empresa. Graças a este programa percebeu que era possível adotar outras alternativas, nomeadamente o factoring sem recurso. Explica que a mudança “não custou mais nada”, até pelo contrário, “acarreta menos custos e acabou por alavancar a nossa autonomia financeira”.

Todas as ferramentas que tenho aprendido no Finance for Growth são uma mais-valia na questão da gestão e da estratégia do negócio.

Isabel Maia

Diretora geral da clínica de reabilitação neurológica (CHS)

Isabel Maia corrobora a ideia de Ricardo Santos e exemplifica. “Na nossa empresa estávamos como uma solução um pouco obsoleta (…) acabamos por optar por procurar outras ferramentas. Contraímos com o nosso banco uma conta corrente caucionada e deixámos de parte a utilização das letras”, explica. Acrescenta ainda que, através destes meetings, saíram “com outra perspetiva para procurar outras soluções” que os podem “ajudar ainda mais”.

Para a diretora-geral da clínica de reabilitação neurológica (CHS) o programa fornece ferramentas e metodologias que ajudam as PME a perceber qual o melhor rumo a seguir. “Todas as ferramentas que tenho aprendido no Finance for Growth são uma mais-valia na questão da gestão e da estratégia do negócio”, refere Isabel Maia.

O projeto levou a Vila Nova de Famalicão, a consultora do departamento técnico da Ordem dos Contabilistas Certificados, Anabela Santos que considera que, através destas iniciativas, “há um ganho imediato de conhecimento técnico, literacia financeira e a própria literacia económica e de negócios”. “Este processo de aprendizagem pode ser visto do ponto de vista pedagógico como posteriormente ser adaptado à aplicação prática”, destaca Anabela Santos.

“O contacto com a informação e com o saber e o networking que se cria com as pessoas que participam nestas ações são sem dúvida uma mais-valia para as empresas”, destaca João Vinagre, do departamento financeiro da Oldtrading, que apresenta-se como uma empresa “especialista na investigação têxtil”.

As opiniões são unânimes e várias empresas participantes consideram a partilha de conhecimento um passo certeiro rumo ao desenvolvimento económico das PME.

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