Défice das contas externas agrava-se para 1.181 milhões

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

De acordo com o Banco de Portugal, Portugal verificou, no segundo mês do ano, um défice nas contas externa de quase 1.181 milhões de euros.

Portugal registou um défice nas contas externas de 1.181 milhões de euros em fevereiro, mais do dobro do registado no mesmo período de 2018, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

O défice acumulado conjunto das balanças corrente e de capital situou-se em 1.181 milhões de euros em fevereiro, mais do dobro do saldo negativo de 498 milhões de euros registado em igual período de 2018, informou esta segunda-feira o banco central na nota de informação estatística sobre a evolução da balança de pagamentos em fevereiro.

“Para esta evolução contribuíram as balanças de bens, de serviços e de rendimento secundário, que foram parcialmente compensadas pelas balanças de rendimento primário e de capital”, explica o supervisor.

De salientar que a balança corrente mede as receitas e pagamentos ao exterior pela troca de mercadorias, serviços, rendimentos e transferências. Ou seja, junta os saldos de três outras balanças: a balança de bens e serviços, que inclui o turismo, a balança de rendimentos, onde se incluem salários, lucros e juros, e a balança de transferências correntes, como remessas de migrantes.

De acordo com o BdP, face a fevereiro de 2018, o défice da balança de bens aumentou 842 milhões de euros e o excedente da balança de serviços desceu 82 milhões de euros, “devido às rubricas de transportes e dos outros serviços, exceto viagens e turismo”.

O supervisor explica que, nos dois primeiros meses do ano, as exportações de bens e serviços aumentaram 4,5% (4,4% nos bens e 4,9% nos serviços), ficando abaixo do aumento de 11,2% das importações (11,1% nos bens e 11,6% nos serviços).

Quanto ao défice da balança de rendimento primário, registou uma queda homóloga de 279 milhões de euros para 264 milhões de euros que “resultou, essencialmente, da diminuição dos juros pagos a entidades não residentes”. A balança de pagamentos é constituída pela balança corrente, balança de capital e balança financeira.

Até fevereiro de 2019, o saldo da balança financeira registou uma redução dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 1.082 milhões de euros, “essencialmente devido ao aumento de passivos, através do investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, e no capital de sociedades não financeiras”, explica o banco central na nota hoje divulgada.

No entanto, esta evolução foi parcialmente compensada por um aumento de ativos, com o investimento dos bancos portugueses em títulos de dívida emitidos por não residentes e pela redução de passivos do Banco de Portugal junto do Eurosistema.

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Processo da banca contra Berardo para recuperar 962 milhões já deu entrada na Justiça

  • ECO
  • 22 Abril 2019

Além do madeirense, as empresas Metalgest, Fundação José Berardo e Moagens Associadas são também visadas no processo. Os bancos pedem que sejam promovidas diligências para a cobrança coerciva.

O processo conjunto de três bancos contra Joe Berardo deu entrada na Justiça no passado sábado. Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e BCP querem tentar recuperar 962.162.180,21 euros em dívidas do comendador e de três empresas relacionadas e, para isso, deram entrada com a ação no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, segundo noticia esta segunda-feira o jornal Expresso (acesso livre).

Além de Berardo, as empresas Metalgest, Fundação José Berardo e Moagens Associadas são também visadas no processo de execução. Os bancos pedem que sejam promovidas diligências para a cobrança coerciva dos créditos concedidos, no valor de mais de 962 milhões de euros.

O Correio da Manhã tinha já noticiado que o BCP, o Novo Banco e a CGD tinham intenção de avançar com um processo judicial contra o empresário madeirense. A tentativa de liquidação aplica-se apenas a uma fatia dos 980 milhões de euros em dívida — principalmente no BCP e na CGD — e segue-se ao falhanço de um acordo para a liquidação dos créditos, no início deste ano, e das negociações subsequentes não terem chegado a bom porto.

A proposta da banca centra-se nas obras de arte que integram a coleção de Berardo, apesar da avaliação do espólio levantar dúvidas. Perante a recusa do empresário, os três bancos optaram, contudo, por seguir pela via judicial, numa estratégica com elevados riscos associados. Ao Correio da Manhã, o advogado de Joe Berardo disse, no início do mês, estar impedido de prestar declarações sobre as negociações com os bancos em questão.

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A manhã num minuto

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Advocatus Update. Fique com as últimas dos escritórios

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A VdA foi distinguida como a sociedade portuguesa mais inovadora do ano nos prémios IFLR Europe Awards 2019. “Partilhamos este prémio com os nossos clientes”, afirmou o managing partner, João Vieira de Almeida.

O escritório ibérico assessorou o Sierra Portugal Fund na venda do LeiriaShopping ao grupo DWS, numa operação que chegou aos 128 milhões de euros.

Mafalda Ferreira é a nova sócia responsável da área de Projetos e Público. A advogada já passou pela Uría Menéndez, pela Slaughter & May, de Londres, e pela Sérvulo.

No dia 23 de abril, o comissário europeu vai partilhar a sua experiência em Bruxelas, numa conversa moderada pelo publisher do ECO, António Costa.

A sociedade internacional acaba de anunciar a abertura do seu escritório no Porto, que vai iniciar atividade já em abril. O objetivo é “apoiar a atividade dos clientes no norte do país, seguindo a estratégia de proximidade com um serviço personalizado”.

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Juros implícitos no crédito da casa sobem pelo quarto mês consecutivo

A taxa de juro implícita no crédito à habitação atingiu 1,066% em março, registando o quarto mês consecutivo de subida e atingindo o valor mais alto dos últimos 32 meses.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação atingiu 1,066% em março, registando o quarto mês consecutivo de subida. É um acréscimo de 0,5 pontos base face ao registado no mês anterior e o valor mais alto dos últimos 32 meses. A atualização mensal foi revelada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para os novos contratos, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu 2,7 pontos base em março, fixando-se em 1,396%. O número evidencia uma tendência de desaceleração dos juros que se tem registado nos últimos anos, mas apenas nos novos contratos.

Taxa de juro não estava tão alta há 32 meses

Fonte: INE.

Em março, o capital média em dívida aumentou 166 euros, atingindo os 52.609 euros, o valor mais alto em quase quatro anos.

Já a prestação média vencida da totalidade dos empréstimos aumentou para os 245 euros, o valor mais alto desde setembro de 2014. No entanto, os créditos mais recentes têm prestações consideravelmente mais altas à media total. Mesmo tendo diminuído dois euros, esta fixou-se em 324 euros.

Estes dados são obtidos pelo INE junto da banca nacional. O organismo nacional de estatística “baseia-se num procedimento administrativo que utiliza informações das instituições bancárias, enviada ao INE, ao abrigo de um protocolo existente”, explica a entidade. Os valores são “indicadores do esforço financeiro assumido pelas famílias e pelo Estado no crédito à habitação”.

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Abacate, amêndoa e cacau. Como o estilo de vida saudável está a fazer disparar os preços

Valor das matérias-primas agrícolas está a subir nos últimos meses. Além de questões como a guerra comercial, preços reagem à forte procura global.

Qual é a relação entre as selfies no ginásio ou as fotografias da tosta de abacate nas redes sociais e os mercados financeiros? Pode parecer inusitado, mas o preço de matérias-primas agrícolas como o abacate, o cacau ou a amêndoa tem sido influenciado pelo aumento da procura, em parte devido à adoção de um estilo de vida mais saudável entre europeus e norte-americanos.

“Temos tido uma forte procura desde o ano passado”, explicou Tay Hoe Lian, CEO da maior produtora asiática de cacau, a Guan Chong, à Bloomberg. As ações da empresa maláia dispararam mais de 150% no ano passado, com os lucros a duplicarem para 45,8 milhões de euros. O próprio empresário referiu que o chocolate preto é visto como uma alternativa saudável a outros snacks, o que reforçou a procura por cacau, face ao condicionamento de produção na Ásia.

O valor do grão de cacau processado na Ásia aumentou 10% no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados da Associação de Cacau da Ásia, que refere que a “procura na região continua robusta”. Mas a tendência não é exclusiva do cacau e estende-se ao abacate (cujos preços são também influenciados pelas restrições impostas pelo Presidente norte-americano Donald Trump) e à amêndoa.

O abacate valorizou 8% ao longo de 2018, desacelerando a nível global face aos anos anterior. Desde 2013, o preço subiu 60%, dando à fruta a alcunha de ‘ouro verde’. No mercado mexicano, o agravamento dos preços foi mais expressivo já que o país (que exporta mais de 80% da produção para os EUA) viu novas tarifas aplicadas pelos norte-americanos.

Já no caso das amêndoas, os Estados Unidos são exportadores (com a Califórnia a liderar a produção) e os preços aumentaram 8% nos sete meses que terminaram no final de fevereiro. A China, maior importador de amêndoas norte-americanas, impôs tarifas no âmbito da guerra comercial e virou-se para a Austrália à procura dos frutos secos. Apesar disso, os EUA conseguiram escoar amêndoas para outros mercados e a produção caiu apenas 1% no mesmo período.

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Marcelo Rebelo de Sousa abriu hoje o Fórum Jurídico, que conta com a presença de Sérgio Moro

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

O Presidente da República participou esta segunda-feira na abertura do Fórum Jurídico, na Universidade Clássica de Lisboa, antes da intervenção do ministro da Justiça brasileiro, Sérgio Moro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente esta segunda-feira na abertura do Fórum Jurídico, na Universidade Clássica de Lisboa, antes da intervenção do ministro da Justiça brasileiro, Sérgio Moro. O VII Fórum Jurídico de Lisboa é dedicado ao tema “Justiça e Segurança” e conta com várias conferências até quarta-feira, dia 24 de abril.

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, membro do Governo de Jair Bolsonaro, que tomou posse em janeiro, participou no painel “O Estado democrático de Direito e o combate à criminalidade organizada e à corrupção”.

Ao longo destes três dias vão ser abordados assuntos do foro político internacional, entre outros, pelo presidente do senado do Brasil, Davi Alcolumbre, o presidente da câmara dos deputados brasileira, Rodrigo Maia, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, João Otávio de Noronha, e o diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Pedro Romano Martinez.

Entre os temas das conferências estão as “Reformas na Justiça, no domínio penal e processual penal”, a “Segurança Pública”, “Custos públicos e privados em segurança no Brasil” ou “Execução penal e crise penitenciária”.

No segundo dia, esta terça-feira, dia 23 de abril, vão estar em debate o diretor-geral da Polícia Federal no Brasil, de 2011 a 2017, o coordenador de Inteligência e Segurança da FGV Projetos, Leandro Daiello, o senador brasileiro António Anastasia e o criminalista Sacha Darke.

O último dia de conferência vai contar com o painel “Redes sociais, Informação e Democracia”, com a presença do diretor-geral da Impresa, Ricardo Costa, e a diretora da Lusa, Luísa Meireles, que vão debater os desafios e limites que se colocam à comunicação social, com destaque para as fake news e as redes sociais.

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Antigo edifício do Ministério da Educação entregue para alojamento universitário

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

O Executivo de António Costa vai entregar, esta segunda-feira, o antigo edifício do Ministério da Educação, que será transformado numa residência para estudantes.

O Governo procede nesta segunda-feira de manhã à entrega simbólica do antigo edifício do Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, para o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES).

A cerimónia será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e conta com as presenças dos ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Educação, Tiago Brandão Rodrigues (que tem também a tutela da Juventude), e das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, bem como do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

“Além do antigo edifício do Ministério da Educação, serão integradas quatro pousadas da juventude, encerradas na legislatura anterior. Uma escola e um conjunto de edifícios que já foram residências de estudantes do ensino básico e secundário integrarão igualmente este Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior”, refere uma nota divulgada pelo gabinete de Tiago Brandão Rodrigues.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o PNAES visa, na próxima década, a duplicação do número de camas a preços acessíveis para estudantes deslocados do ensino superior.

O plano, já divulgado pelo Governo, tem prevista para uma primeira fase a disponibilização de mais de 12 mil camas em todo o país até 2022, aproveitando edifícios devolutos ou do Estado.

No âmbito do mesmo programa, o Governo apresentará nesta quarta-feira o anteprojeto para a transformação numa residência do edifício da Cantina II da Universidade de Lisboa, ques e encontra encerrada.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o plano de intervenção será executado de forma faseada, em colaboração com as autarquias locais, instituições de ensino superior e outras entidades e através de três modalidades.

A primeira será a reabilitação de imóveis do Estado através de afetação ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, dando utilização a edifícios que estão devolutos ou disponíveis, o que inclui o antigo edifício do Ministério da Educação.

Em segundo lugar será feita a agilização da criação de alojamentos diretamente pelas instituições de ensino superior, simplificando os procedimentos de contratação pública e de acesso a financiamento, designadamente através do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas 2020 e do Programa Reabilitar para Arrendar — em que se inclui a antiga Cantina II da Universidade de Lisboa.

Por fim, será feita a promoção da utilização de imóveis de outras entidades, designadamente de municípios, incluindo o antigo edifício da Segurança Social na Avenida Manuel da Maia, em Lisboa.

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CTT gastam 258 milhões de euros em serviços externos

  • ECO
  • 22 Abril 2019

Tema deverá ser debatido na assembleia geral desta terça-feira. Entre os maiores gastos está um contrato de 8,3 milhões de euros com a Fujitsu para apoio e manutenção informática.

Os CTT gastam 258 milhões de euros por ano em serviços externos. Este é o valor mais elevado para este tipo de despesas (que englobam energia, água, segurança, apoio informático, fornecimento de consumíveis, etc.) desde 2013, segundo noticia o Correio da Manhã (acesso pago) esta segunda-feira.

O agravamento dos custos com serviços externos está relacionado com a aplicação do Plano de Transformação Operacional e deverá ser um dos temas debatidos na Assembleia Geral dos Correios, que se realiza esta terça-feira. O plano levou ao aumento do número de postos de Correio para 1.845 em 2018, dos anteriores 1.761 postos.

Entre os maiores gastos em serviços externos está um contrato com a Fujitsu para apoio e manutenção informática. O contrato de três anos celebrado em outubro do ano passado prevê o valor de 8,3 milhões de euros. No caso dos serviços da linha de apoio ao cliente “estão externalizados desde 2004”, segundo explicou fonte oficial dos CTT ao Correio da Manhã. Por outro lado, a assistência informática interna resulta da cedência de funcionários.

A empresa liderada por Francisco de Lacerda revelou, em fevereiro, que o resultado líquido em 2018 ficou abaixo dos 20 milhões de euros, uma quebra de 28% face a 2017, explicada com os custos com a reestruturação que tem sido levada a cabo pela companhia.

A queda pressionou a administração a abandonar a política de dar todo o lucro em dividendos que era adotada até aqui. Por isso, foi anunciado um corte de mais de 70% na remuneração acionista, com os CTT a proporem distribuir apenas dez cêntimos por ação, contra os 38 cêntimos no período anterior. Isto na mesma altura em que o Parlamento chumbou a proposta para renacionalizar a empresa de correios que foi para a bolsa em 2013.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 22 Abril 2019

Os Estados Unidos vão voltar a impôr sanções sobre as importações de petróleo do Irão. Há mais um responsável da Volkswagen a ser investigado no caso Dieselgate e as receitas da Huawei cresceram 40%.

Os Estados Unidos devem anunciar esta segunda-feira a proibição das importações de petróleo do Irão, para impedir o país de obter receitas com a venda de petróleo. Receitas é o que a Autoridade Tributária espanhola está a tentar obter junto da empresa sueca Ikea por impostos e retenções de rendimentos de trabalho referentes ao período entre 2010 e 2014. Também a Huawei anunciou um aumento homólogo das receitas de 39%, no primeiro trimestre do ano, apesar da pressão de Washington para conter a empresa. Estas são algumas das notícias que estão a marcar a atualidade, num dia em que o balanço de vítimas mortais no Sri Lanka ainda está a aumentar.

Wall Street Journal

Estados Unidos voltam a impor sanções sobre importações de petróleo do Irão

O Departamento de Estado dos EUA deverá anunciar esta segunda-feira a proibição das importações de petróleo do Irão, acabando com a suspensão de 180 dias desta proibição das compras de petróleo iraniano por oito países, entre eles a China, a Índia e a Turquia. A decisão é parte da estratégia dos EUA de impedir o Irão de conseguir receitas com a venda de petróleo, a principal fonte de receita de Teerão, já depois de nomear a Guarda Revolucionário do Irão como uma organização terrorista, duas decisões que prometem aumentar as tensões na região e que já estão a ter impacto no preço do petróleo. Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Handelsblatt

Bónus de atual responsável da Volkswagen investigado no caso Dieselgate

A Justiça alemã fez uma nova acusação na semana passada a vários ex-responsáveis da construtora alemã Volkswagen na sequência do escândalo de manipulação de emissões conhecido como Dieselgate, mas esta segunda-feira sabe-se que também está a ser investigado um atual responsável da empresa, o diretor de desenvolvimento técnico da fábrica de Wolfsburg. A Justiça está a investigar se o bónus de 866 mil euros que este responsável, identificado apenas como Hanno J., recebeu já depois do escândalo é legal. Ao contrário dos outros investigados, este responsável continua a trabalhar para a empresa. Leia a notícia completa no Handelsblatt (acesso livre, conteúdo em alemão).

Financial Times

Receitas da Huawei crescem 39% apesar de ofensiva de Washington

A gigante chinesa das telecomunicações Huawei anunciou esta segunda-feira um aumento homólogo das receitas de 39%, no primeiro trimestre do ano, apesar da pressão de Washington para conter a empresa, por alegados riscos para a segurança. Num comunicado divulgado na sua página oficial, a maior fabricante mundial de equipamentos de rede revela ter faturado 179,7 mil milhões de yuan (23,8 mil milhões de euros), entre janeiro e março. No mesmo período, a empresa vendeu 59 milhões de smartphones. Caso mantenha esta tendência no conjunto do ano, a Huawei aumentará as suas vendas em 30 milhões de aparelhos. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Ikea paga multa de 62 milhões de euros em Espanha

A subsidiária ibérica da Ikea foi multada em 62,2 milhões de euros em Espanha. O pagamento do montante põe fim a um conflito entre a empresa e a autoridade tributária do país, em relação a impostos e retenções de rendimentos de trabalho referentes ao período entre 2010 e 2014. O pagamento da multa está explícito nas contas anuais da Ikea Ibérica, a empresa com a qual o grupo de distribuição sueco opera na Espanha, consultadas pelo jornal espanhol Cinco Días. O valor total distribui-se entre 51,7 milhões de euros referentes à própria multa e 10,5 milhões em juros de mora. As contas da empresa relevam ainda que, a 16 de julho, a autoridade tributária espanhola notificou a empresa sobre a abertura de um processo disciplinar. Em resposta, a 3 de agosto, a Ikea Ibérica apresentou uma contestação, mas à data de assinatura das contas, não havia ainda decisão a este respeito. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

South China Morning Post

PME chinesas preocupadas com concorrência estrangeira

As empresas chinesas exportadoras de pequena e média dimensão estão preocupadas com a nova iniciativa do Governo chinês “Uma faixa, uma rota” para promover o crescimento das trocas comerciais com a Europa, África e Médio Oriente ao longo da Rota da Seda. Em causa estão receios de nova concorrência num setor já altamente competitivo. “Os grande líderes chineses visitaram os países da faixa para promover grandes projetos de infraestruturas. Mas tendo em conta o nosso atual processo comercial, a estratégia nacional não ajuda muito as pequenas e médias empresas exportadoras como nós”, queixa-se um empresário de Guangdong, que participa na feira de Cantão. Uma feira que conta com um número crescente de expositores estrangeiros. Leia a notícia completa no South China Morning Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Petróleo em máximos de seis meses. Sanções dos EUA ao Irão impulsionam preços

Crude WTI negoceia acima dos 65 dólares e o brent londrino acima dos 73 dólares. Norte-americanos estarão prestes a acabar com as isenções ao embargo petrolífero ao Irão.

O petróleo negoceia a subir, em máximos de seis meses. O aumento dos preços da matéria-prima tanto em Nova Iorque como em Londres prende-se com os novos cortes na produção decididos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e pelo anúncio dos EUA de novas sanções petrolíferas ao Irão.

O brent negociado em Londres avança 2,56% para 73,81 dólares por barril, valor que não tocava desde 31 de outubro. Já o crude WTI de Nova Iorque sobe 2,33% para 65,49 dólares, em máximos do mesmo dia.

O preço do petróleo reage, assim, em forte alta à notícia do Washington Post de que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, irá anunciar, a 2 de maio, que o Departamento do Tesouro irá cortar as isenções às sanções petrolíferas ao Irão. O embargo à exportação de petróleo iraniano deixou de fora oito países — incluindo a China, a Índia e a Turquia –, mas esta suspensão de 180 dias estará prestes a chegar ao fim.

A decisão é parte da estratégia dos EUA de impedir o Irão de conseguir receitas com a venda de petróleo, a principal fonte de receita de Teerão, já depois de nomear a Guarda Revolucionário do Irão como uma organização terrorista.

Além das sanções, a OPEP e os restantes parceiros no acordo de cortes de produção — com o objetivo de equilibrar o mercado petrolífero e diminuir o excedente — reforçaram o pacto no final da semana passada. Já nos EUA, que estão fora deste acordo, as energéticas viram uma redução dos número de plataformas de extração reduzir-se para 825 com duas unidades não operacionais.

A conjugação de fatores está a fazer subir os preços esta segunda-feira, num dia em que o mercado petrolífero é dos principais focos já que a maior parte das bolsas continuam fechadas devido à Páscoa.

Desde final de outubro que preço do brent não estava tão elevado

Fonte: Reuters

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Ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn acusado pela quarta vez

  • Lusa
  • 22 Abril 2019

A justiça japonesa avançou com a quarta acusação contra o ex-presidente da Nissan. Carlos Ghosn é acusado de desviar 4,4 milhões de euros para seu uso pessoal através de uma empresa de Omã.

O Ministério Público de Tóquio apresentou esta segunda-feira uma nova acusação contra o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn pelo suposto desvio de fundos do fabricante japonês, para uso pessoal, por intermédio de uma empresa sediada em Omã.

A nova acusação, que se soma a outras três, foi apresentada no mesmo dia em que termina o prazo de prisão preventiva fixada pela justiça japonesa após sua última detenção, a 04 de abril.

As autoridades japonesas suspeitam que Ghosn cometeu um crime de abuso de confiança agravado contra a Nissan, desviando parte de uma transferência da empresa para um distribuidor de Omã, para seu uso pessoal, causando perdas de cerca de 4, 4 milhões de euros ao fabricante nipónico.

No início de abril, Ghosn acusou os executivos da empresa japonesa de conluio contra ele “por medo que a empresa perdesse autonomia” durante o processo de integração com a fabricante francesa Renault, que detém 43% da Nissan.

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