BdP acusa Governo de limitar independência. Centeno responde que IGF já faz fiscalização

A reforma da supervisão financeira prevê que a Inspeção-Geral de Finanças venha a fiscalizar o banco central. O ministro nega que haja mudanças e defende que a proposta de lei

A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) já fiscaliza o Banco de Portugal. O ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu que nada muda com a proposta de lei do Governo para a reforma da supervisão financeira. Pelo contrário, diz mesmo que o diploma clarifica quais os domínios que ficam de fora desta fiscalização. A instituição liderada por Carlos Costa considerou no seu parecer que esta medida era uma limitação à independência do banco central.

“O Banco de Portugal, enquanto pessoa coletiva de direito público, já está sujeito à fiscalização da IGF. A proposta de lei vem mesmo esclarecer que a fiscalização da IGF não incide sobre as funções de banco central, aquelas que estão protegidas pelo Tratado da União Europeia“, afirmou Centeno, no encerramento da conferência do Banco de Portugal e Fundo Monetário Internacional (FMI), que se realizou esta segunda-feira em Lisboa.

A proposta não faz referência a que a IGF fiscalize o banco central, mas a formulação estabelece, de forma indireta, a sujeição do BdP ao regime de inspeção e auditoria dos serviços do Estado, ao excluir matérias relativas à participação no desempenho das atribuições cometidas ao Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) deste tipo de inspeção. O BdP defendeu que não poderá nunca acontecer, sob pena de desvirtuamento das próprias regras legais de relacionamento do banco central e das Finanças.

Centeno nega agora o problema: “A fiscalização da IGF terá, assim, o mesmo âmbito que a jurisdição do Tribunal de Contas. A supervisão financeira ficará mais simples, mais coordenada e mais eficiente”.

Segundo o ministro e presidente do Eurogrupo, a reforma da supervisão é um exemplo do “forte ímpeto reformista” do Governo nos últimos três anos e surge num momento em que o sistema financeiro está “já estabilizado” após a crise financeira. “Uma das lições mais importantes desta crise está ligada à coordenação da ação política entre as diferentes instituições responsáveis pela supervisão financeira”, acrescentou. “As falhas na supervisão não podem voltar a ser desculpa“.

A reforma da supervisão financeira foi, de forma geral, elogiada pelos supervisores pelo reforço da cooperação. Não deixou, no entanto, de ser alvo de fortes críticas, especialmente no que diz respeito a custos acrescidos para o sistema financeiro e a possíveis limitações à independência das instituições. Centeno frisou que “as decisões têm de ser partilhadas” e que “os supervisores têm de se sentar à mesma mesa e entender-se, porque passam a ser corresponsáveis nas decisões de supervisão financeira”.

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De défice a excedentes… “Em breve passaremos a falar de excedentes”, garante Centeno

"Talvez pela primeira vez nos últimos 20 anos, a discussão económica em Portugal já não gira em torno dos défices", afirmou o ministro das Finanças.

Ainda não é conhecido o valor final do défice do ano passado (o Instituto Nacional de Estatística vai divulgá-lo esta terça-feira) e o ministro das Finanças, Mário Centeno, já fala em excedente orçamental nas contas públicas. “Portugal é um país diferente. E essa diferença vai muito além do défice, até porque dentro em breve passaremos a falar de excedentes”, afirmou durante a conferência do Banco de Portugal (BdP) e do FMI “Portugal: Reform and Growth Within the Euro Area”.

O ministro das Finanças falou sobre o caso português, apontando-o como “um exemplo de recuperação no pós-crise” entre os Estados-membros. “A combinação de reformas estruturais e a consolidação orçamental com uma política de promoção ativa de crescimento económico inclusivo, com recuperação gradual de rendimentos e inclusão social (também através da recuperação do valor real do salário mínimo) é hoje aplaudida (…) pelos resultados obtidos”, disse.

Centeno afirmou que, hoje em dia, os jovens já não sentem necessidade de emigrar, que a confiança dos cidadãos — consumidores e empresas — foi reestabelecida e que a taxa de desemprego caiu para metade desde o pico da crise. Além disso, “a riqueza do país cresceu 16% nos últimos quatro anos”, continuou.

“Talvez pela primeira vez nos últimos 20 anos, a discussão económica em Portugal já não gira em torno dos défices”, referiu o ministro, acrescentado que este cenário “permitir-nos-á alcançar, em breve e pela primeira vez, um excedente orçamental nas contas públicas”.

E, se ainda prevalece a perceção de que o país não cresceu o suficiente, quando comparado com os países vizinhos, Centeno quis mostrar que isso não é verdade. “A nossa economia mudou muito na última década. Portugal regista há dois anos consecutivos uma taxa de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] acima da média europeia, algo inédito nos últimos 20 anos de adesão ao euro”, justificou.

0,4%, 0,5% ou 0,6%? Onde ficará o défice?

O valor final de défice no conjunto do ano passado será conhecido esta esta terça-feira, como o Instituto Nacional de Estatística (INE) o publicar a 1.ª Notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE). Os economistas estão otimistas e alinham pelas mais recentes declarações do Executivo. Esta segunda-feira, os economistas ouvidos pela agência Lusa anteciparam o valor, que preveem que se fixe em torno dos 0,6% do PIB.

“O défice de 2018, reportado no âmbito da primeira notificação do PDE, deve vir alinhado com as declarações públicas mais recentes do Governo, ou seja, deverá ser entre 0,4% e 0,6% do PIB“, afirmou João Borges de Assunção, professor da Universidade Católica.

O valor já tinha sido antecipado, em fevereiro, pelo ministro das Finanças, que disse, na altura, que 2018 terá fechado com um défice “próximo de 0,6% do PIB”. Ainda antes, Mário Centeno tinha adiantado que o défice teria ficado abaixo dos 0,7% do PIB que estavam previstos.

Já a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e o Conselho das Finanças Públicas (CFP) estão ainda mais otimistas para o défice do ano que passou. Os peritos da UTAO preveem que o défice em contas nacionais, que conta para Bruxelas, tenha atingido os 0,4% do PIB, enquanto o CFP manteve a previsão de um défice de 0,5% do PIB para 2018, no relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2019-2023”, divulgado no passado dia 14 de março.

Recorde-se ainda que na semana passada, Mário Centeno anunciou um novo brilharete para 2019, depois da notícia de que Comissão Europeia vai baixar as exigências para Portugal cumprir as regras orçamentais a que está obrigado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. Bruxelas está a preparar uma revisão em baixa do Objetivo de Médio Prazo (OMP) para o saldo estrutural — o indicador orçamental que permite medir de uma forma mais fiável o esforço de consolidação orçamental de um país — e Centeno anunciou que Portugal cumpre já em 2019 uma das regras europeias mais exigente.

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Lisboa recua em linha com Europa. Retalho castiga bolsa

Na primeira sessão da semana, a praça nacional foi penalizada sobretudo pelo retalho. Por outro lado, BCP, EDP e Galp Energia evitaram maiores perdas.

Em linha com as demais praças do Velho Continente, a bolsa nacional terminou a primeira sessão da semana no vermelho. Das 18 cotadas portuguesas, apenas quatro conseguiram fechar acima da linha de água. A pressionar Lisboa estiveram, sobretudo, os títulos da Sonae e da Jerónimo Martins.

O índice de referência nacional, o PSI-20, recuou 0,35% para 5.142,45 pontos. Igual tendência foi registada nas restantes praças europeias, com o Stoxx 600 a desvalorizar 0,4%. O alemão Dax, o francês CAC e o espanhol Ibex caíram todos 0,1%.

Por cá, a pressionar a praça nacional estiveram os títulos da Sonae, que recuaram 1,83% para 0,9111 euros, e da Jerónimo Martins, que desvalorizaram 0,94% para 13,135 euros. Também as ações dos CTT recuaram: Desvalorizaram 0,91% para 2,62 euros.

Do lado dos ganhos, destaque para o BCP, cujos títulos somaram 0,63% para 0,2229 euros. A energia também puxou pela praça nacional, com as ações da EDP a avançar 0,44% para 3,445 euros e as da Galp Energia a valorizar 0,14% para 13,855 euros.

Este desempenho das ações da gigante liderada por António Mexia acontece no dia em que o CaixaBank BPI elevou a sua respetiva recomendação para “comprar” e o preço-alvo para finais de 2019 passar dos 3,55 euros para os 3,80 euros, “perante o potencial de valorização em termos fundamentais e os catalisadores de eventuais movimentos de consolidação (M&A)”.

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Face Oculta: Crimes prescritos mantêm Godinho em liberdade à espera de nova decisão

O Tribunal de Aveiro declarou prescritos alguns dos crimes imputados ao sucateiro Manuel Godinho e a outros quatro arguidos no processo Face Oculta.

O Tribunal de Aveiro declarou prescritos alguns dos crimes imputados ao sucateiro Manuel Godinho e a outros quatro arguidos no processo Face Oculta, o que levará à reformulação do cúmulo jurídico, foi esta segunda-feira anunciado.

“Foi proferido um despacho declarando prescritos crimes aos arguidos que o invocaram. Em consequência será necessário fazer um novo cúmulo jurídico e não são emitidos para já mandados para cumprimento de pena”, disse hoje à Lusa o juiz presidente da Comarca de Aveiro, Paulo Brandão.

Assim, apesar de a decisão condenatória ter transitado em julgado a 9 de janeiro de 2019, o principal arguido do processo Face Oculta, que foi condenado a 13 anos de prisão, irá continuar em liberdade, até que seja marcada nova audiência de julgamento pelo tribunal de primeira instância para determinação de novo cúmulo jurídico das penas aplicadas.

O processo “Face Oculta” começou a ser julgado há seis anos no Tribunal de Aveiro. O caso está relacionado com uma rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor do Estado e privadas. Na primeira instância, dos 36 arguidos, 34 pessoas singulares e duas empresas, 11 foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os quais se incluem Armando Vara e José Penedos. Os restantes receberam penas suspensas, condicionadas ao pagamento de quantias entre os três e os 25 mil euros a instituições de solidariedade social.

Quatro anos e cinco meses depois de lida a decisão condenatória em primeira instância, os arguidos do processo Face Oculta começaram a ver executadas as penas de prisão a que foram condenados. Manuel Godinho, punido com a pena mais pesada (13 anos de cadeia) continua em liberdade.

O empresário de Ovar foi inicialmente condenado a 17 anos e meio de prisão, depois reduzidos a 15 pela Relação do Porto. O Supremo Tribunal de Justiça acabou por condená-lo a 13 anos de prisão por 44 crimes, incluindo corrupção ativa, burla qualificada, furto qualificado, tráfico de influência, perturbação de arrematações e falsificação de notação técnica. Alguns destes crimes, como o de perturbação de arrematações, poderão estar prescritos o que levou a defesa de Godinho a apresentar já à juíza de Aveiro o pedido de prescrição. A pena será agora reformulada.

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Primeira-ministra britânica admite que ainda não tem apoio para aprovar Acordo de saída da UE

  • Lusa
  • 25 Março 2019

A primeira-ministra britânica admitiu que continua sem o apoio necessário no parlamento para fazer aprovar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. Voto final continua sem data marcada.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, admitiu esta segunda-feira que o governo continua sem apoio suficiente para fazer aprovar no parlamento o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE), mantendo-se incerto quando o fará.

“É com grande pesar que tive que concluir que, da maneira como as coisas estão, ainda não há apoio suficiente na Câmara [dos Comuns] para trazer de volta o Acordo para um terceiro ‘voto significativo’“, afirmou Theresa May.

May disse que continua a ter discussões com líderes e deputados de todos os partidos para tentar encontrar um consenso, mas alertou para o risco de o parlamento votar uma proposta que lhe dá precedência sobre o governo para agendar um debate sobre o ‘Brexit’ e alternativas. Theresa May prometeu que o governo criaria tempo para os chamados “votos alternativos” terem lugar, apesar de se manifestar “cética” sobre este tipo de processo.

“Quando experimentámos este tipo de coisas no passado, produziram resultados contraditórios ou nenhuma conclusão”, avisou.

Na semana passada, o Conselho Europeu concordou com uma prorrogação da data de saída do Reino Unido da UE até 22 de maio de 2019, desde que o Acordo de Saída seja aprovado pela Câmara dos Comuns até sexta-feira.

Se não acontecer, o Conselho Europeu estipulou uma prorrogação até 12 de abril de 2019 e disse que esperava que o Reino Unido indicasse um caminho a seguir antes de 12 de abril de 2019 para a consideração dos líderes europeus.

O Acordo foi chumbado a 12 de março por 391 votos contra e 242 votos a favor, uma diferença de 149 votos, repetindo o chumbo de janeiro por 432 votos contra e 202 contra, uma margem histórica de 230 votos.

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Tem cartão contactless? Dez regras para evitar ser alvo de fraude

  • ECO
  • 25 Março 2019

Há sempre o risco de se ser alvo de fraude através dos cartões bancários, e os que têm tecnologia contactless não são excepção. Saiba quais os cuidados que deve ter na sua utilização.

O “dinheiro de plástico” veio em muito facilitar a gestão das finanças dos consumidores. Mas nesta matéria também não “há bela sem senão”. Existe sempre o risco de se ser alvo de fraude através dos cartões bancários. Uma das mais recentes inovações neste campo — o contactless — traz um mundo novo de potencialidades para a utilização dos cartões bancários, mas também riscos acrescidos para quem os utiliza.

O Banco de Portugal compilou um conjunto de dez cuidados que devem ser tidos em conta por utilizadores de cartões que possuem esta tecnologia que pretendam, por exemplo, efetuar uma compra num estabelecimento comercial.

1. Certifique-se de que o TPA apresenta um aspeto normal, sem sinais visíveis de alteração ou danos físicos. Em caso de dúvida, não utilize esse equipamento.

2. Antes, durante e depois do pagamento, nunca perca o seu cartão de vista.

3. Antes de digitar o PIN, confirme sempre que o valor que surge no visor do TPA corresponde ao preço do bem ou do serviço que está a adquirir.

4. Também aqui, não facilite: marque o PIN em condições de privacidade, protegendo a sua digitação do olhar de outras pessoas.

5. Há pagamentos que são feitos por aproximação do cartão. São os chamados “pagamentos contactless” e só podem ser efetuados com cartões com esta tecnologia integrada, isto é, cartões identificados com o seguinte símbolo:

– Se vai fazer um pagamento contacless, aproxime o cartão do leitor apenas depois de ter validado o valor da operação no visor.

– Em regra, se o valor da transação for inferior a 20 euros, e se ainda não tiver sido atingido o valor acumulado de 60 euros, não necessita de introduzir o PIN. No entanto, o PIN pode ser-lhe solicitado como medida adicional de segurança, esclarece o Banco de Portugal.

– Tenha ainda em atenção que as entidades que emitem os cartões podem definir limites diferentes (montante máximo por transação contactless e limite de pagamentos consecutivos contactless). Informe-se junto da entidade que emitiu o seu cartão (em regra, o seu banco) acerca dos limites aplicáveis.

6. Não repita a operação se o visor do TPA não apresentar uma mensagem de que a tentativa de pagamento foi anulada ou mal sucedida.

7. Exija sempre um comprovativo do pagamento.

8. Todo o cuidado é pouco: nos pontos de venda físicos, não entregue o seu cartão ao comerciante e dê preferência à utilização da tecnologia contactless. Como o cartão não sai da sua mão, a utilização da tecnologia contactless, para além de permitir maior rapidez no pagamento, introduz segurança adicional. Caso tenha de entregar o cartão ao comerciante, certifique-se de que o cartão não sai da sua vista e lhe é devolvido logo após o pagamento.

9. Quando contratou o seu cartão, o emitente forneceu-lhe um documento informativo, chamado “condições gerais de utilização do cartão”. Esse documento pode prever que, em alguns casos, o funcionário do estabelecimento comercial onde está a pagar possa solicitar-lhe que apresente um documento de identificação válido. Trata-se de uma medida de segurança a favor dos legítimos titulares dos cartões, para dificultar a utilização abusiva por terceiros que eventualmente se tenham apropriado do cartão, esclarece a entidade liderada por Carlos Costa.

10. Caso o funcionário do estabelecimento comercial tenha de efetuar diligências adicionais para confirmar que o pagamento está autorizado, aguarde, mas nunca perca o seu cartão de vista.

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Pactos com seis clusters para acelerar exportações

Em causa estão seis clusters que agregam 748 empresas e 1,04 milhões de trabalhadores e respondem por um volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros.

Acelerar as exportações, a internacionalização e a formação dos recursos humanos. Estes são alguns dos objetivos que se pretendem atingir com a assinatura de pactos setoriais entre o Governo e seis áreas de atividade. Em causa estão seis clusters que agregam 748 empresas e 1,04 milhões de trabalhadores e respondem por um volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros.

A assinatura dos pactos setoriais para a competitividade e internacionalização está prevista para esta terça e quarta-feira, em Lisboa e Leiria, respetivamente, e têm subjacentes um conjunto de “novas iniciativas nos domínios da digitalização das indústrias (i4.0), da capacitação de recursos humanos, na consolidação dos fatores de atratividade externa do país, na internacionalização e na promoção da investigação e desenvolvimento”, explica o IAPMEI em comunicado. Os seis clusters agora escolhidos fazem parte de um conjunto mais vasto de 20 reconhecidos pelo IAPMEI, em 2017, no âmbito do Programa Interface, que disponibiliza apoios comunitários através dos vários programas operacionais.

“Se queremos continuar a crescer nas exportações temos de perceber que há desafios que têm que ver com qualificação dos recursos humanos, com a indústria 4.0, com o acesso a fontes de financiamento e que são diferentes de setor para setor”, explicou o ministro da Economia, em declarações ao Expresso (acesso pago), este fim de semana. Portugal abrandou o ritmo do crescimento económico em 2018 para 2,1% (e não 2,3% como o Executivo previa) por causa do menor dinamismo das exportações, que travaram mais do que as importações, face ao ano anterior. As exportações crescerem 3,7% no ano passado, contra 7,8% no ano anterior. A procura externa líquida tirou sete décimas ao PIB de 2018, enquanto no ano anterior tinha contribuído apenas com três décimas negativas, revelam os dados do INE divulgados em fevereiro.

Pedro Siza Vieira explicou que “em quase todos os setores” há um tema comum: a “qualificação dos recursos humanos, sobre como atrair recursos para estas indústrias e setores decisivos e como dar a formação adequada para responder à necessidade da nova economia”. Mas também “o desafio da digitalização, da robotização e isso implica um grande investimento na inovação”.

Os setores onde se inserem estes seis clusters apresentam um volume de negócios de 99,6 mil milhões de euros, um de volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros e de Valor Acrescentado Bruto (VAB), no montante de 30,2 mil milhões de euros. Veja os detalhes de cada setor:

 

 

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Taxa de ocupação hoteleira desceu em 2018 mas preços cresceram

  • Lusa
  • 25 Março 2019

A taxa de ocupação dos hotéis portugueses fixou-se nos 70%. O preço médio por quarto ocupado foi de 95 euros a nível nacional, um aumento de 7% face a 2017.

A taxa de ocupação dos hotéis portugueses desceu em 2018, atingindo os 70%, menos 1,3 pontos percentuais (p.p.) do que em 2017, mas os preços subiram no mesmo período, segundo a associação do setor AHP.

Segundo o ‘Hotel Monitor’ da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), “em 2018 houve um abrandamento do crescimento dos vários indicadores de operação, com a TO [taxa de ocupação] a registar uma quebra ligeira, mas trouxe também resultados muito positivos”.

Assim, a AHP revelou que Lisboa registou a taxa de ocupação mais elevada, com 81%, tendo crescido “apenas 0,6 p.p. em comparação com igual período do ano anterior”. Na Madeira, “fixou-se nos 80%, mas em termos homólogos decresceu 2,9 p.p.”, de acordo com os dados da associação. Em crescimento estão, por seu lado, os alojamentos de duas estrelas, que subiram 4 p.p., para 83%.

O preço médio por quarto ocupado foi de 95 euros e nível nacional, um aumento de 7% face a 2017, com Lisboa a atingir os 115 euros, enquanto nos Açores, Lisboa e Grande Porto a subida dos preços foi de 11%, 9% e 8%, respetivamente. Quanto ao RevPAR (preço médio por quarto disponível) em 2018 foi de 66 euros, um valor 5% acima do atingido em 2017.

Todos os destinos registaram crescimento neste indicador, à exceção de Leiria/Fátima/Templários, com Lisboa a liderar de forma destacada com 93 euros, seguida do Grande Porto com 68 euros e do Algarve com 67 euros. Em termos de variação homóloga as melhores performances neste indicador foram Beiras e Viseu, com 13% de crescimento, e o Alentejo, com 12%”, destacou a AHP.

Os portugueses tiveram um peso de 29% nas dormidas no ano passado, sendo que os estrangeiros foram responsáveis por 71%. Os mercados tradicionais (Reino Unido, França, Espanha, Alemanha) mantiveram-se fortes, ainda que com quedas em algumas regiões.

Por outro lado, “os EUA foram o segundo melhor mercado internacional nos Açores e o terceiro no Alentejo, de destacar o seu crescimento em Lisboa e Açores. Registaram uma quebra apenas na Região Centro; o Brasil foi o segundo mercado internacional no Alentejo, onde também teve o seu crescimento mais expressivo, e na Região Centro. De assinalar uma quebra deste mercado apenas nos Açores”.

Itália foi o segundo mercado internacional na zona Centro, mas caiu a nível nacional, lê-se na nota da entidade. “Em termos de hóspedes, 38% foram nacionais enquanto 62% foram estrangeiros. Quando comparado com 2017, houve um crescimento do peso dos hóspedes nacionais de 0,8 p.p.”, revela a AHP.

A principal motivação dos turistas foi lazer/recreio e férias (83%) sendo que “as agências/operadores turísticos foram novamente o principal canal de distribuição de dormidas nos hotéis nacionais com um peso de 40%, seguido dos Travelwebsites com 22%”, segundo a associação.

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Fisco vai passar a mostrar aos contribuintes onde são gastos os seus impostos

  • Lusa
  • 25 Março 2019

Também com o objetivo de se reforçar e melhorar a comunicação com os contribuintes vai ser criado no seio da AT um Serviço de Apoio e Defesa dos Contribuintes.

O Portal das Finanças vai ter a partir de 1 de abril imagens que mostram aos contribuintes o destino dos impostos que pagam, sempre que estes submeterem uma declaração, disse esta segunda-feira o ministro das Finanças.

“É essencial os cidadãos conhecerem o destino dos seus impostos, para que compreendam também a sua função para a nossa comunidade”, referiu Mário Centeno no encerramento da conferência “Cidadania fiscal 2.0”, que decorreu hoje no Ministério das Finanças.

É neste contexto que se enquadra a disponibilização de gráficos com informação sobre a utilização da receita fiscal. A medida arrancará no dia em que se inicia a entrega das declarações do IRS e permitirá às pessoas perceberem que 23% dos valores arrecadados pelo Estado se destinam à proteção social, enquanto 17% são alocados à saúde e 13% à educação.

O ministro reconheceu que, por vezes, no Ministério que tutela, se enfatiza a resolução das questões mais complexas, esquecendo-se de explicar para que servem os impostos. “Foi num exercício deste género que pensámos: será que os cidadãos têm noção do motivo pelo qual pagam impostos? Mais concretamente: será que o Estado tem feito um bom trabalho a explicar às pessoas para onde vai o dinheiro dos seus impostos? A resposta que encontramos não nos deixou propriamente satisfeitos”, precisou.

Também com o objetivo de se reforçar e melhorar a comunicação com os contribuintes vai ser criado no seio da AT um Serviço de Apoio e Defesa dos Contribuintes. Esta é uma das 12 recomendações do grupo de trabalho liderado por João Taborda da Gama para estudar a prevenção e composição amigável de litígios entre os contribuintes e a AT.

O objetivo é disponibilizar um serviço aos contribuintes que integre o apoio ao cumprimento voluntário, o apoio ao acionamento dos meios de defesa e o tratamento das queixas. “Queremos orientar este serviço da AT para a prevenção de litígios, para a implementação de uma estratégia eficaz de comunicação com os contribuintes e para ajudar o contribuinte a construir um meio de defesa quando seja necessário”, referiu o ministro.

E salientou que, para concretizar este caminho, não é necessário começar do zero, sendo, isso sim, necessário “direcionar melhor os meios” que já existem e “criar novas valências na relação dos funcionários da AT com os contribuintes”.

No domínio da informatização e digitalização, o objetivo é continuar a reforçá-lo, mas o ministro avisou que, apesar das “enormes vantagens” que a digitalização traz, “não pode constituir um véu que afaste os contribuintes das suas obrigações e da importância de compreender todo o processo tributário”.

Antes, na sessão de abertura da conferência, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, tinha referido a necessidade de serem criadas condições para que os contribuintes sintam orgulho em pagar impostos e precisou a exigência que isso coloca não só à AT, mas também ao Governo e à Assembleia da República na necessidade de legislar melhor e de ter um sistema fiscal mais justo e equitativo.

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PLMJ reforça equipa de Financeiro

A sociedade de advogados PLMJ reforçou recentemente a equipa de Financeiro com a contração da Associada Kathleen Hoffmann Barley.

A sociedade de advogados PLMJ reforçou recentemente a equipa de Financeiro com a contração da Associada Kathleen Hoffmann Barley. A advogada iniciou o seu percurso profissional no Brasil e posteriormente, já em Portugal, exerceu funções enquanto Legal Counsel em regime de secondment no Novo Banco e Associada na SRS Advogados, na área de Financeiro e Mercado de Capitais, de onde transita para PLMJ.

Para Hugo Rosa Ferreira, Sócio Co-Coordenador da área de Financeiro da PLMJ, “a contratação de uma advogada com a formação e a especialização da Kathleen vem reforçar e consolidar o reconhecimento que a nossa equipa alcançou no mercado, pela excelência no aconselhamento jurídico e assessoria a todo o tipo de operações”.

A nova associada da PLMJ é licenciada em Direito pelo Instituto de Brasileiro de Mercados de Capitais e, em 2016 concluiu uma Pós-Graduação em Direito das Sociedades Comerciais e Direito das Sociedades Abertas e do Mercado, na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

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Sócio da Abreu Advogados em Nova Iorque para debate sobre jovens e desporto

Fernando Veiga Gomes vai participar no debate “O desenvolvimento e a proteção de menores e jovens no desporto”, dia 26 de março, em Nova Iorque.

O sócio da Abreu Advogados que encabeça a área de prática de direito desportivo na sociedade, Fernando Veiga Gomes, integra o painel de especialistas internacionais que vai debater o tema “O desenvolvimento e a proteção de menores e jovens no desporto”, no âmbito da quinta edição do “Sport Integrity Forum”. Decorre no próximo dia 26 de março, nas instalações do New York Athletic Club, em Nova Iorque.

O evento, organizado pela Sport Integrity Global Alliance (SIGA), vai reunir alguns especialistas reconhecidos de desporto mundial para o debate em torno dos desafios para uma gestão eficaz da integridade e ética no desporto, refletindo sobre a atualidade e ponderando mudanças necessárias.

O painel em que que o sócio da Abreu Advogados participa traz para o debate importante papel do desporto no desenvolvimento e na proteção da infância e da juventude, um tema que tem estado na agenda mundial e que reforça a necessidade de as entidades que promovem o desporto considerarem como premente a proteção dos milhares de jovens atletas que diariamente integram as suas atividades.

"Todos os dias milhares de crianças e jovens do mundo inteiro participam nas competições mundiais desportivas e este é um tema que urge debater e refletir. Se por um lado conhecemos todos os benefícios da prática da atividade física não podemos fechar os olhos aos perigos inerentes do tráfico e da exploração física e emocional a que estes jovens e crianças poderão ser expostos.”

Fernando Veiga Gomes

Sócio da Abreu Advogados

“Todos os dias milhares de crianças e jovens do mundo inteiro participam nas competições mundiais desportivas e este é um tema que urge debater e refletir. Se por um lado conhecemos todos os benefícios da prática da atividade física não podemos fechar os olhos aos perigos inerentes do tráfico e da exploração física e emocional a que estes jovens e crianças poderão ser expostos”, refere Fernando Veiga Gomes, citado em comunicado.

Para além de Fernando Veiga Gomes, integram ainda o painel, Ali Bin Al Hussein, o príncipe da Jordânia que é presidente e fundador da AFDP e da Associação de Futebol da Jordânia, Shellie Pfohl, Ex-CEO do SafeSport Center dos EUA, Theo van Seggelen, Secretário-geral da Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro), Cedric Jones, diretor de Atletismo no New York Athletic Club e que foi também diretor de Futebol Juvenil na Liga desportiva profissional de futebol americano dos EUA e jogador do New England Patriots.

E ainda: Rich Hansen, Responsável Regional do ADM (American Development Model) da USA Hockey. A moderação está a cargo de Ben Jacobs, um reconhecido comentador desportivo e apresentador no ESPN FC.

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Pessimismo condiciona bolsas em Wall Street. Apple cai mais de 1%

Os investidores continuam a fugir das ações. As bolsas norte-americanas estão em queda, com a Apple a recuar mais de 1%, no dia em que deverá apresentar um serviço concorrente da Netflix.

O dia é de perdas nas bolsas norte-americanas. Os três principais índices recuam face ao crescente pessimismo em torno do crescimento da economia global. As maiores perdas verificam-se no setor da tecnologia.

Enquanto o S&P 500 cai 0,17%, para 2.795,81 pontos, o industrial Dow Jones desvaloriza 0,11%, para 25.473,87 pontos. O tecnológico Nasdaq derrapa 0,28%, para 7.621,08 pontos.

A Apple está entre as cotadas que mais pesam em Wall Street. As ações da fabricante do iPhone caem 1,13%, para 188,89 dólares, à espera do evento de primavera que está marcado para as dez da manhã (17h00 em Lisboa). Espera-se que a empresa anuncie uma mudança de estratégia com um foco maior nos serviços digitais, ao apresentar uma plataforma de streaming que vai concorrer com a Netflix.

Por sua vez, as ações da empresa de streaming de filmes e séries, liderada por Reed Hastings, recuam 0,33%, para 359,80 dólares, face à expectativa da chegada de uma nova concorrente ao mercado.

Ainda no setor tecnológico, destaque para a pressão vendedora nas fabricantes de processadores e de outros chips. A empresa de placas gráficas NVidia desvaloriza 1,78%, para 174,32 dólares. A Intel perde 0,63% e vê as ações caírem para o patamar dos 52,92 dólares.

À semelhança do que se verifica deste lado do Atlântico, as negociações nos mercados bolsistas dos EUA têm estado condicionadas por uma onda de pessimismo em torno do estado da economia mundial. Na semana passada, um cocktail de más notícias levou as bolsas a registarem perdas expressivas, face ao movimento de fuga das ações para ativos mais seguros, como as bunds alemãs.

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