Miguel Almeida da Nos sai em defesa da Huawei. Se Europa travar o 5G, “significará um atraso de 2 anos”

"É bom que tenhamos consciência de que, se a decisão da Europa não permitir o desenvolvimento de redes 5G da Huawei, isso significa um atraso de, pelo menos, dois anos", disse o CEO da Nos.

“É bom que tenhamos consciência de que, se a decisão da Europa for no sentido de não permitir o desenvolvimento de redes 5G da Huawei, isso significa um atraso de, pelo menos, dois anos para os países europeus”, disse Miguel Almeida, CEO da Nos, durante a apresentação das contas da empresa referentes do passado, referindo-se à polémica em torno da rede de quinta geração móvel (5G) da Huawei.

“A Nos não tem conhecimento que exista algum problema de segurança com a Huawei. De facto, acompanhamos as notícias que têm surgido (…) mas são apenas especulações no facto de se tratar de uma empresa chinesa e ter um Governo chinês”, explicou, acrescentando que a operadora de telecomunicações vive “com base em factos”.

“Não temos nenhuma evidência da existência de problemas de segurança com as redes da Huawei”, reforçando que, caso a Europa tome uma decisão “com base em evidências que não existem”, serão os países europeus que sofrerão com o atraso.

Miguel de Almeida salientou que é importante que se comece a falar “à séria” de 5G e, durante a apresentação dos resultados da empresa, afirmou que a rede de última geração da Nos é 100% “5G Ready”. O gestor disse, ainda, que nas próximas semanas a operadora vai acabar a expansão e modernização da rede 4G, “provavelmente a única que está preparada para o 5G”. Numa primeira fase, a rede de quinta geração móvel vai operar apoiada pela 4G.

Sobre os Estados Unidos da América (EUA), que estão entre o grupo de países que têm manifestado preocupações relativas à segurança dos serviços prestados pela chinesa Huawei, o líder da Nos referiu que “a Nos rege-se e cumpre escrupulosamente aquilo que são as leis portuguesas e aquilo que são as leis europeias, bem como as indicações e as recomendações dos operadores e dos reguladores europeus e nacionais”. “Não creio que estejamos ao abrigo da legislação americana”, acrescentou.

Recorde-se que os Estados Unidos da América alegam que a Huawei está sob a influência de Pequim, tendo as suas redes de 5G sido banidas de alguns mercados por motivos de segurança nacional. Na mesma linha, também Bruxelas veio dizer que os países da União Europeia devem preocupar-se com os riscos de entregar a rede 5G a empresas chinesas como a Huawei.

A chinesa Huawei, por sua vez, no domingo passado, garantiu à agência Lusa que está “determinada” em continuar a trazer para Portugal “as tecnologias e produtos mais inovadores, incluindo a tecnologia 5G”.

A multinacional de telecomunicações salientou, ainda, que “não permite e nunca permitirá a existência de qualquer partilha indevida de dados através dos seus equipamentos”, apelando para que “não se distorça a evolução da tecnologia com uma discussão sobre interesses geopolíticos internacionais” e reconhecendo “o apoio dos seus clientes em todo o mundo, em particular, dos seus clientes em Portugal”.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Michael O’Leary deixa liderança da Ryanair para “restaurar reputação” da transportadora

Michael O'Leary vai deixar o cargo de CEO da maior transportadora aérea low-cost da Europa. O irlandês espera que assim a empresa restaure a sua reputação.

Depois de 30 anos à frente da Ryanair, Michael O’Leary vai deixar a direção executiva da maior transportadora aérea low-cost europeia. Segundo o Financial Times, o irlandês vai passar a gerir, ainda este ano, a Ryanair Holdings, passando a supervisionar não só a companhia que liderou durante três décadas, mas também as suas filiais austríaca, polaca e britânica. Em declarações a esse jornal, O’Leary salientou que a sua polémica reputação tem causado inconvenientes à companhia irlandesa, o que justifica a sua saída.

“Um dos pontos negativos da Ryanair é a sua ligação a mim. Sou um alvo fácil. Boa parte da imagem negativa atribuída à Ryanair deve-se a algo estúpido que disse há 25 anos“, defendeu o gestor, referindo-se à posição que assumiu em relação aos sindicatos. O’Leary defendia que essas estruturas não deviam ser reconhecidas como interlocutores negociais, mas uma série de greves levou a que tal acabasse por acontecer.

Com esta mudança de posição, Michael O’Leary deixa a gestão diária da Ryanair, mas passa a supervisionar o novo CEO dessa transportadora low-cost, bem como os diretores executivos da Laudamotion (filial austríaca), da Ryanair Sun (filial polaca) e da Ryanair UK (filial britânica).

“O que precisamos de fazer no próximo ano, e certamente este ano, é calarmo-nos e trabalhar”, frisou o irlandês, explicando que a sua saída deverá permitir à Ryanair “restaurar” a sua reputação. De notar que há meses que se sabia da pressão dos acionistas para afastar O’Leary da gestão do dia-a-dia da empresa.

No último trimestre do ano passado, a Ryanair registou um prejuízo de 22 milhões de euros, um resultado que a empresa considerou “desapontante” face aos lucro de 113 milhões de euros contabilizado no ano anterior. Isto porque a concorrência no segmento de curta distância na Europa fez a Ryanair reduzir os seus preços, diminuindo igualmente as margens de lucro.

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Estado põe à venda projeto imobiliário de dois mil milhões na Margem Sul

Pensado há vários anos para a Margem Sul, o "Water City" vai agora ser colocado no mercado. Gerido pela Baía do Tejo, prevê habitação, hotelaria, uma marina, um terminal fluvial e zonas de lazer.

A Baía do Tejo, propriedade da Parpública, pertencente ao Estado, vai colocar no mercado o “Water City“, um projeto com mais de 600 mil metros quadrados que prevê a construção de, entre outros, edifícios de habitação, um hotel e uma marina. Localizado ao longo de dois quilómetros do rio Tejo, o projeto tem vindo a ser pensado há vários anos e apresentado a investidores internacionais. Já são várias as entidades a demonstrar interesse neste plano, cujo investimento pode chegar aos 2.000 milhões de euros.

Projeto “Water City”, da Baía do TejoBaía do Tejo

É do outro lado do rio, na Margem Sul, que vai nascer um novo projeto imobiliário, numa área de cerca de 600 mil metros quadrados, dos quais 540 mil são terra e 66 mil são água. Idealizado pela Baía do Tejo, que pertence ao Estado, está inserido no Plano de Urbanização Almada Nascente e pensado para ser construído nas localizações da antiga Lisnave — Estaleiros Navais de Lisboa.

O objetivo é levantar naquela zona um projeto misto, isto é, que contemple habitação, escritórios, hotelaria, comércio e serviços, uma marina, um terminal fluvial e várias áreas de cultura e lazer, explicou ao ECO a Baía do Tejo. Nos últimos anos, a “Water City” — nome escolhido para ser mais fácil de apresentar no estrangeiro –, tem sido mostrado a vários investidores internacionais, presentes em vários eventos do setor imobiliários espalhados pelo mundo.

Após vários procedimentos administrativos que tiveram de ser ultrapassados, já estão reunidas as condições para o projeto ser colocado no mercado. De acordo com a Baía do Tejo, o interesse demonstrado por parte de vários investidores ajudou a que esse lançamento ocorra já no primeiro semestre deste ano, tal como foi adiantada inicialmente pelo sitePropertyEU. “Há intenção de colocar o projeto no mercado no primeiro semestre de 2019”, referiu a empresa.

E o processo de venda pode acontecer de duas formas: através de uma espécie de concurso público ou reunindo uma pool de investidores que estejam interessados em desenvolvê-lo, disse ao ECO uma fonte próxima do processo. “Existem várias manifestações prévias de interesse de entidades provenientes de diferentes geografias”, esclarece a Baía do Tejo.

A ideia é que o promotor agarre em todo o projeto e o desenvolva, de acordo com o que está estipulado. Contudo, tem direito a decidir o que construir em 65% da área — considerada zona mista –, referiu a mesma fonte ao ECO. Dos cerca de 600 mil metros quadrados que o Water City terá, cerca de 5% serão destinados a edifícios residenciais.

Questionada sobre o valor do investimento previsto, a Baía do Tejo não quis revelar, contudo, fontes do mercado imobiliários referiram ao ECO que se estima um investimento de 1,2 mil milhões a 1,5 mil milhões de euros, mas que pode chegar aos dois mil milhões de euros.

Maquete do projeto Water City, na Margem Sul

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Angola já pagou 176 milhões da dívida a empresas portuguesas

O ministro do Estado do Desenvolvimento Económico e Social angolano adiantou que mais de metade da dívida reclamada pelas empresas portuguesas já foi paga.

Dos cerca de 280 milhões de euros que o Estado angolano admite ter em dívida para com as empresas portuguesas, cerca de 60% já foram pagos, adiantou o ministro do Estado do Desenvolvimento Económico e Social. Durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola, o responsável afirmou ainda que estão a ser tomadas medidas para evitar a acumulação de pagamentos em atraso no futuro.

Angola já pagou 176 milhões de euros daquilo que deve a Portugal, o correspondente a cerca de 60% da dívida certificada pelo Ministério das Finanças daquele país, num total que ronda os 280 milhões de euros, revelou o ministro Manuel Nunes Júnior, na abertura do terceiro fórum empresarial Angola — Portugal, citado pela agência de notícias angolana Angop. Para o responsável, dado o curto espaço de tempo em que este processo está a ser resolvido, tudo indica que as coisas caminham num bom sentido.

João Lourenço, presidente de Angola, já tinha afirmado esta quarta-feira que a dívida “não é um tabu”. “O processo de certificação das dívidas está em curso, não está terminado. Estamos a aguardar que termine. À medida que for certificado, os pagamentos vão sendo feitos”, acrescentou o chefe do executivo angolano, explicando que a forma de pagamento das dívidas é analisada “caso a caso”.

Manuel Nunes Júnior, o ministro do Estado angolano, afirmou ainda durante o fórum empresarial que o Governo está a tomar medidas para evitar situações semelhantes no futuro, com o objetivo de tornar Angola num verdadeiro Estado de Direito, em que ninguém está acima da lei. “A confiança na lei e nas instituições têm estado a aumentar em Angola”, sublinhou, citado pela Angop, referindo que hoje o país vive um ambiente diferente a nível de justiça, algo que é positivo para os angolanos e para os estrangeiros.

Estão a ser tomadas em Angola as medidas necessárias para que a confiança seja restaurada no mercado e na economia nacional. Como é do conhecimento geral, desde dezembro de 2018, as principais medidas de Política Económica e Financeira do Executivo angolano passaram a contar com o apoio técnico e financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito de um programa de financiamento alargado estabelecido entre Angola e o FMI”, contextualizou.

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Revista de imprensa internacional

Ryanair perde o seu polémico CEO e Governo finlandês colapsa. Exportações chinesas recuam quase 21% e Bruxelas deixa recado a Espanha. Airbnb faz maior aquisição de sempre.

Michael O’Leary está de saída da liderança executiva da Ryanair, enquanto as exportações chinesas sofrem o maior recuo dos últimos três anos. Bruxelas deixa recado a Espanha e Airbnb faz maior aquisição de sempre. Esta sexta-feira, o Governo finlandês deverá colapsar face ao insucesso da reforma da Saúde.

Financial Times

Exportações chinesas registam maior queda desde 2016

As exportações chinesas recuaram, no mês passado, 20,7% na comparação homóloga, valor que representa a maior queda desde fevereiro de 2016. Esta evolução deverá pressionar Pequim a chegar a um acordo comercial com Washington sobre as tarifas e, por outro lado, levar à intensificação das preocupações relativas ao abrandamento da economia chinesa. No mesmo passado, as importações sínicas também encolheram, tendo caído 5,2%.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago / conteúdo em inglês).

Independent

Michael O’Leary deixa liderança da Ryanair

Depois de 30 anos à frente da maior transportadora aérea low-cost europeia, Michael O’Leary vai deixar a direção executiva da Ryanair e passar para a coordenação de quatro empresas aéreas filiais. “Se tivesse escolha, escolheria uma mulher [para o cargo de CEO]”, defendeu o gestor, considerando que a companhia precisa de alguém com “empatia” e um conjunto de competências diferente do seu. “Um dos pontos negativos da Ryanair é a sua ligação a mim. Sou um alvo fácil. Boa parte da imagem negativa que é atribuída à Ryanair deve-se a algo estúpido que eu disse há 25 anos”, rematou o responsável, referindo-se às suas declarações contra o reconhecimento dos sindicatos, o que acabou por acontecer, face às sucessivas greves dos tripulantes de cabine e pilotos.

Leia a notícia completa na Independent (acesso livre / conteúdo em inglês).

El País

Bruxelas adverte Espanha para não discriminar investidores estrangeiros

A Comissão Europeia anunciou a abertura de um procedimento de incumprimento a Espanha por considerar que esta aplica um “tratamento fiscal discriminatório” aos estrangeiros que arrendam casa no país. Bruxelas enviou uma carta ao Governo a afirmar que a legislação espanhola representa uma “restrição da livre circulação de capitais” dentro do Espaço Económico Europeu e deu um prazo de dois meses para adaptar a legislação, caso contrário poderão haver sanções bem como uma denúncia ao Tribunal de Justiça da UE.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Airbnb faz maior aquisição de sempre

A Airbnb decidiu apostar em grande e comprar o HotelTonight, uma aplicação de viagens online que permite encontrar alojamentos com descontos. Embora a empresa se tenha recusado a falar sobre valores, uma fonte do setor disse que a última avaliação fazia a HotelTonight valer 463 milhões de dólares (cerca de 412,8 milhões de euros). Esta será a maior aquisição da plataforma de reserva de alojamento. No início de 2017 comprou a Luxury Retreats por cerca de 300 milhões de dólares.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre / conteúdo em inglês).

Politico

Executivo finlandês deverá demitir-se face ao insucesso da reforma da Saúde

Face ao insucesso da reforma da Saúde, o chefe do Executivo finlandês, Juha Sipila, deverá apresentar a sua demissão esta sexta-feira. “O primeiro-ministro vai apresentar a sua demissão, porque a reforma do sistema de Saúde não pode ser concretizada durante esta legislatura”, explicou o líder do partido desse governante. Fontes próximas do Governo já tinham adiantado que o Executivo tencionava deixar cair os seus planos para a Saúde e para os Serviços Sociais. “Se alguém perguntar o que significa responsabilidade política, diria que [esta demissão] é um exemplo disso”, acrescentou o mesmo político referido.

Leia a notícia completa na Politico (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Portuguesa Icon-Key quer recolher um milhão de euros na Seedrs

Startup de bebidas espirituosas premium quer captar investimento para reforçar internacionalização e lançar novas marcas.

A startup portuguesa Icon-Key está a vender ações em equity crowdfunding na plataforma Seedrs. Tudo para recolher investimento no valor de um milhão de euros, de maneira a reforçar a internacionalização e lançar novas marcas, avança a Seedrs em comunicado.

A empresa é a primeira especializada na criação e comercialização de bebidas espirituosas premium a financiar-se na plataforma de equity crowdfunding, a maior plataforma europeia do género.

A campanha de financiamento, que arranca esta sexta-feira e decorre nos próximos 60 dias, tem disponível 8% do capital da empresa em troca de uma capitalização de um milhão de euros. No final, se a empresa recolher o investimento pretendido, fica avaliada em 12,5 milhões de euros.

“Esta campanha na Seedrs vai permitir reforçar a nossa presença internacional e lançar novas marcas no mercado. Com este modelo de financiamento conseguimos não só captar investidores de todo mundo, mas também promover os nossos produtos junto de potenciais clientes e parceiros”, detalha Daniel Correia, fundador da empresa.

Considerada pelo Financial Times como uma das empresas de crescimento mais rápido da Europa, a Icon-Key cresce a um ritmo anual de três dígitos e está já presente em 24 mercados. Pelos planos de expansão da empresa está a presença em 51 mercados até 2023 e o lançamento de mais oito marcas até 2020, aumentando o peso das exportações dos atuais 29% para 50% do valor total das vendas, adianta a empresa em comunicado.

No portefólio da empresa estão sete marcas portuguesas de cerveja e bebidas espirituosas: Gin Sharish, Gin 13, Rum da Madeira William Hinton, Cerveja Artesanal Maldita, Aguardente de Medronho MAD, Ginja d’Óbidos Mariquinhas, e a Aguardente da Lourinhã Louriana.

A nossa ambição é criar, lançar e projetar mundialmente marcas de bebidas portuguesas, com estatuto de produtos de grande qualidade. Somos construtores de marcas e queremos oferecer aos consumidores de todo o mundo a experiência de saborear bebidas espirituosas e cervejas artesanais, com sabor e alma portugueses” explica Bruno Amaral, citado em comunicado.

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Dia Internacional da Mulher: do “Dream crazy” da Nike ao “anti-bitchiness” da Parfois

Podem as marcas ter um papel mais direto ou ajudarem as mulheres a definir o sentido de feminismo? Susana Albuquerque, diretora criativa da Uzina, explica.

“Is feminism fit for the future?”. A pergunta é feita pelo Future Laboratory num artigo recente que parece, ele próprio, fazer o fit com o Dia Internacional da Mulher.

Podem as marcas ter um papel mais direto ou ajudar as mulheres a definir o sentido de feminismo? Num mundo em que, segundo o mesmo artigo, muitas mulheres estão de acordo que é difícil perceber o que significa ser feminista, haverá apenas um significado? Um sentido?

Lançamos a reflexão a Susana Albuquerque, mulher, diretora criativa da Uzina e presidente do Clube de Criativos.

“Faço parte de uma geração que cresceu com a ideia de que o feminismo era uma palavra que definia as sufragistas do final do século XIX, ou então era sinónimo da luta pela libertação sexual dos anos 60 e da queima dos sutiãs. Felizmente, as minhas filhas, que agora têm 14 anos, farão parte de uma geração diferente. Se tudo correr bem, a geração delas associará o feminismo a um movimento global de luta pela igualdade de direitos das mulheres, e contra a discriminação de género“, começa por dizer.

A razão, assegura, está muito relacionada com iniciativas que têm surgido nos últimos anos. “Devemo-lo a movimentos como o Time’s up e o #metoo mas creio que, graças a eles, se irá formando uma consciência mais alargada e uma maior vigilância, um maior sentido crítico em relação ao papel da mulher nas diferentes sociedades, seja lutando pelo direito à escolaridade ou contra a violência doméstica, seja lutando pela igualdade de salários e oportunidades laborais”.

Mas podem as marcas ajudar-nos a ter uma visão sobre o que vem a seguir?

“Creio que, nos últimos tempos, todos nos demos conta de que ainda há muito por fazer. Em paralelo, e como a escolha de uma marca também é, para quem compra, uma forma de participação social e política, muitas marcas tomarão a sua posição. Aliás, as próprias marcas podem ajudar a mudar consciências, ao serem capazes de verbalizar e amplificar, em diferentes setores, o significado dessa desigualdade e dessa discriminação, tornando-as menos escondidas, seja a desigualdade de salários, o papel social da mulher, ou até a forma como ela aparece na publicidade”.

As próprias marcas podem ajudar a mudar consciências, ao serem capazes de verbalizar e amplificar, em diferentes setores, o significado dessa desigualdade e dessa discriminação.

A última campanha da Nike, “Dream crazy”, que conta com a locução da tenista Serena Williams, é um bom exemplo disso, diz Susana Albuquerque.

“Começa bem. “If we show emotion, we’re called dramatic.” Se uma mulher que levanta a voz é uma histérica, uma louca, então mostremos o que significa essa loucura. Parte de uma grande verdade, a pressão social que existe no feminino, e é muito relevante para falar de superação”.

A campanha brasileira da SKOL é outro exemplo apontado pela criativa. “A marca faz um mea culpa do seu passado machista e pede a seis ilustradoras para refazerem os seus posters de cerveja onde, adivinhem, a mulher está quase sempre em biquíni e a servir cerveja, nunca a bebê-la”.

“Também gostava de falar de um caso que me é próximo: para o 8 de Março deste ano, na Uzina, desenvolvemos a campanha Girls just want everything they want, juntamente com a Parfois, para celebrar o feminismo numa nova ótica: combatendo o estereotipo da “bitchiness” e celebrando a entreajuda entre mulheres. Desenvolvemos um pack de duas bolsas que se vendem juntas, e convidamos a mulher que compra a oferecer a segunda bolsa a outra mulher que ela admire e queira incentivar”, explica Susana Albuquerque.

E, por fim, a campanha que viu esta semana assinada por publicitários catalães, “que nos convida a agradecer às feministas por serem feministas. Por tudo isso que agora damos como adquirido, e que em tempos foi a luta de alguém, obrigada” conclui.

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Já há 5 empresas portuguesas entre as marcas de excelência

No ranking das marcas de excelência para os consumidores portugueses figuram já cinco marcas nacionais, ao invés das duas que se classificaram no ano passado.

A reputação das marcas nacionais junto dos consumidores portugueses está a melhorar. Com o aumento da confiança, são já cinco as marcas portuguesas que conquistaram um lugar no ranking de excelência. O destaque vai para as marcas do setor alimentar e das bebidas, que recebem melhor classificação.

A Delta conseguiu, pelo segundo ano consecutivo, liderar o ranking das marcas com carimbo de excelência, feito a partir do estudo Global RepScore Pulse, realizado pela OnStrategy. Seguem-se a Olá e a Nestlé, fechando o pódio que é composto apenas por marcas do setor alimentar.

A Seleção Nacional de Futebol conseguiu garantir o quarto lugar, sendo uma das marcas nacionais que subiu no ranking. Também a Mimosa se classificou, em sexto lugar, seguida pela Vista Alegre, que tinha já garantido no ano passado um lugar entre as marcas com melhor reputação. A última portuguesa a entrar na lista foi a Luso, que se posicionou em nono lugar nas marcas de excelência.

Veja o top 10 do ranking das marcas de excelência:

  1. Delta
  2. Olá
  3. Nestlé
  4. Seleção Nacional de Futebol
  5. WhatsApp
  6. Mimosa
  7. Vista Alegre
  8. Youtube
  9. Luso
  10. Lego

As marcas portuguesas classificam-se assim ao lado de outras de referência como as tecnológicas WhatsApp e Youtube, ou a gigante dos brinquedos Lego. O ranking continua depois para as marcas com o carimbo de robustez dos consumidores portugueses, liderado por multinacionais como a L’Oreál, Danone e Google.

“A economia portuguesa está claramente num ciclo positivo, sendo tal refletido pelo desempenho das marcas institucionais e comerciais a operar em Portugal”, diz Pedro Tavares, Partner e CEO da OnStrategy, citado em comunicado. “Os cidadãos tendem a valorizar as marcas que mais lhes tocam o coração e o nacionalismo, sempre e quando a exposição a risco de crises seja pequena“, continua o CEO.

Há também várias marcas portuguesas que lideram no seu segmento, no país. A Vista Alegre encabeça o ranking das empresas de bens industriais, a Seleção Nacional de Futebol destaca-se no desporto, a Galp na energia e a Via Verde na mobilidade. No turismo e lazer é o grupo Pestana que tem melhor reputação, e na aviação a TAP.

A área de apostas desportivas é onde ainda existe mais desconfiança, com as marcas a alcançarem classificações mais baixas. A Santa Casa posiciona-se no primeiro lugar do segmento. Também nos seguros e na construção engenharia as empresas não têm muito boa reputação junto dos portugueses, sendo que a Fidelidade e a Teixeira Duarte são as mais confiáveis nos setores, respetivamente.

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Salários baixos? “Muitas pessoas até ganham mais do que deviam”, diz Ferraz da Costa

  • ECO
  • 8 Março 2019

Em ano de eleições, o presidente do Fórum para a Competitividade afirma que António Costa "está refém da necessidade de comprar votos a qualquer preço".

No ano em que o salário mínimo nacional (SMN) aumentou para 600 euros, o valor continua a ser um dos mais baixos da Europa. Mas, para Pedro Ferraz da Costa, há no país muitos trabalhadores que recebem “mais do que deviam”. Em entrevista ao jornal i (acesso pago), o presidente do Fórum para a Competitividade falou ainda de política, já que este é um ano com três atos eleitorais. Prevendo umas eleições legislativas pouco fáceis, acredita que António Costa está obrigado a “comprar votos”, custe o que custar.

Foi a 21 de dezembro que Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma apresentado pelo Governo relativos à subida do salário mínimo para 600 euros. Um valor que foi proposto pelo Executivo de António Costa, mas que acabou por não conquistar a aprovação dos parceiros sociais. Os sindicatos pediam mais até porque o aumento do salário mínimo nacional quando medido em paridades de poder de comprar está entre os mais baixos da Europa e regista um aumento inferior por exemplo ao da vizinha Espanha. Contudo, Pedro Ferraz da Costa tem uma opinião diferente: “Os nossos salários são baixos? Muitas pessoas até ganham mais do que deviam”, disse, em entrevista.

Se a UGT pedia um aumento para 615 euros, a CGT pedia ainda mais: 650 euros. O valor acordado deixou, assim, muitos descontentes, principalmente os partidos de esquerda, com quem o primeiro-ministro criou uma aliança. Para Ferraz da Costa, “a esquerda portuguesa sempre quis acabar com os ricos”, disse, contrapondo os partidos que apoiam o Governo no Parlamento à esquerda escandinava, que, em contrapartida, “queria acabar com os pobres”.

Com o aproximar das eleições os conflitos entre PS e parceiros da geringonça são cada vez mais mediáticos. Mas António Costa já admitiu abrir a porta a uma nova geringonça, até porque as sondagens parecem afastar o objetivo do PS de conseguir uma maioria absoluta nas próximas legislativas. Para já, em cima da mesa estará um novo acordo de incidência parlamentar e não uma coligação governamental, que o Bloco de Esquerda já se mostrou disponível em formar, mas que o primeiro-ministro já descartou.

O caminho até às eleições promete não ser fácil, com um forte aumento da contestação social — professores, enfermeiros, juízos, funcionários do Fisco, guardas prisionais, etc. Ferraz da Costa defende que “o primeiro-ministro está refém da necessidade de comprar votos a qualquer preço”. Contudo, admite que o país já vive “em guerrilha ideológica praticamente desde 1974”.

A luta pelos votos foi claramente expressa pelo líder da Fenprof. Mário Nogueira deixou na quinta-feira um recado aos deputados: “Fazer justiça e resolver um problema como este pode dar votos”.

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Deutsche Bank e Commerzbank retomam negociações sobre fusão

Fontes próximas do processo garantem à revista Focus que os diretores executivos do Deutsche Bank e do Commerzbank retomaram as negociações de fusão dos dois bancos.

As negociações sobre a eventual fusão dos dois maiores bancos alemães — o Deutsche Bank e o Commerzbank — foram retomadas, segundo avança a Bloomberg, esta sexta-feira, citando a revista germânica Focus. Fontes próximas do processo revelaram que os diretores executivos das instituições receberam mandatos oficiais dos conselhos de administração e supervisão para discutir essa fusão. No entanto, duas fontes ouvidas pela Reuters garantem que não existe mandato oficial.

A hipótese em causa surgiu no ano passado com a queda das ações do Deutsche Bank e tem sido mesmo defendida pelo ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, como forma de constituir um “campeão nacional” que serviria de “espinha dorsal” das exportações da Alemanha.

Em setembro, o diretor executivo do Deutsche Bank, Christian Sewing, salientou que estaria aberto a uma eventual fusão, apenas se tal fomentasse a rentabilidade do banco nos 18 meses seguintes. Em janeiro, a Bloomberg acrescentou, por outro lado, que a decisão sobre essa fusão dependeria dos resultados do primeiro trimestre de 2019 do Deutsche Bank.

Quase oito meses depois dessas declarações do CEO do Deutsche Bank, fontes próximas do processo garantem que, nos último dias, Sewing tem estado em negociações intensas com o diretor executivo do Commerzbank, Martin Zielke. Isto depois de ambos terem recibos mandatos oficiais dos conselhos de administração e supervisão para discutir essa possibilidade.

Fontes ouvidas pela Reuters contrariam, contudo, esse anúncio, defendendo que não há qualquer mandato oficial a suportar tais conversações.

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Nos sobe mais de 3% à boleia do aumento de 16% nos lucros

Maré vermelha nas bolsas europeias e o PSI não é exceção. Em Lisboa o destaque vai para os títulos da Nos, que sobem mais de 3% depois de ter apresentado resultados.

A bolsa nacional está a recuar, acompanhando a tendência que se vive nas restantes praças europeias, penalizadas pelo corte nas previsões do Banco Central Europeu (BCE). Em Lisboa, que está pintada de vermelho, a Nos está a destacar-se ao ser a única cotada a valorizar. Os títulos da operada estão a subir mais de 3% depois de ter visto os resultados crescerem 16%.

O PSI-20 está a perder 0,32% para 5.222,53 pontos, uma queda que está em linha com o resto da Europa. Este sentimento deve-se às previsões apresentadas esta quinta-feira pelo BCE, que cortou as previsões de crescimento da zona euro para este ano, dando ainda garantias de que não irá subir os juros até ao dezembro. A instituição anunciou ainda um novo programa de financiamento para a banca que terá início em setembro.

Em Lisboa, das 18 cotadas nacionais, a maioria está em queda. A brilhar estão os títulos da Nos, que pode ser considerada a estrela desta sessão. A operadora está a valorizar 3,11% para 5,47 euros, após três sessões consecutivas de perdas. Este desempenho acontece depois de ter apresentado uma subida de 15,8% no resultado líquido, tendo ainda proposto um dividendo de 35 cêntimos.

Nos sobe mais de 1%

A penalizar o PSI-20 estão as cotadas do setor energético: a EDP recua 0,49% para 3,224 euros, enquanto a EDP Renováveis valoriza 0,41% para 8,49 euros. Por sua vez, a Galp Energia perde 1,42% para 14,58 euros, numa altura em que o preço do barril de petróleo está a recuar mais de 1%.

As papeleiras também estão a pesar no desempenho do índice, com a Altri a perder 1,49% para 7,28 euros, representando a maior queda desta sessão. A Semapa está a cair 1,33% para 14,86 euros, assim como a Navigator que desvaloriza 0,96% para 4,332 euros.

Destaque ainda para os títulos da Jerónimo Martins que estão a perder 0,53% para 13,16 euros e os do BCP que recuam 0,34% para 0,2325 euros.

(Notícia atualizada às 9h54 com novas cotações)

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Bloco e PCP pedem apreciação parlamentar do decreto sobre tempo de serviço dos professores

  • Lusa
  • 8 Março 2019

Depois do Governo ter voltado a aprovar a recuperação de apenas dois anos do tempo de serviço "perdido" pelos professores, o BE e o PCP anunciam que vão pedir a apreciação parlamentar do diploma.

Bloco de Esquerda e PCP vão pedir a apreciação parlamentar do decreto do Governo sobre o tempo de serviços dos professores, que conta apenas dois anos, nove meses e 18 dias do período congelado, anunciaram na quinta-feira os partidos.

Estas posições foram transmitidas pelas deputadas Joana Mortágua (Bloco de Esquerda) e Ana Mesquita (PCP), com os Verdes, por intermédio de Heloísa Apolónia, a manifestar também concordância com estas iniciativas de bloquistas e comunistas.

As iniciativas de requerer a apreciação parlamentar, na sequência da eventual promulgação do decreto pelo Presidente da República, surgiram poucas horas depois de o Conselho de Ministros ter aprovado o diploma que define o modelo de recuperação do tempo de serviço dos docentes, congelado entre 2011 e 2017.

Em declarações aos jornalistas, a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua afirmou que “uma década de trabalho dos professores não pode corresponder a um apagão numa carreira”. “A proposta que os sindicatos levaram ao Governo caracteriza-se pela razoabilidade. Ao contrário do que se passou na Madeira e nos Açores, não há qualquer razão para que o Governo, no continente não chegue também a acordo com os professores”, disse.

Joana Mortágua acusou o Governo de ter mantido uma linha de “arrogância” negocial e, por isso, “o Bloco de Esquerda vai manter a sua palavra”. “Quando o Presidente da República promulgar o diploma do Governo, o Bloco de Esquerda fará o pedido de apreciação pelo parlamento. Queremos que o parlamento se possa pronunciar novamente sobre o problema”, afirmou.

Já Heloísa Apolónia, do PEV, condenou “a intransigência do Governo relativamente à contagem do tempo de serviço dos professores”. “Os professores sentaram-se à mesa com propostas concretas, variadas, tendo em conta uma situação de igualdade no continente relativamente à solução encontrada nos Açores e na Madeira. O Governo, pelo contrário, não mostrou qualquer vontade de negociação e, no próprio dia em que se sentou à mesa, estava já preparado um diploma com a proposta de sempre”, acusou Heloísa Apolónia.

Nesta circunstância, a deputada do PEV defendeu que a Assembleia da República “deve fazer alguma coisa” e que todos os grupos parlamentares “deverão ajustar o seu discurso” face ao que têm defendido, designadamente o PSD. “O PSD já publicamente disse que os professores deveriam ter todo o seu tempo de serviço contado. É bom que vote para que isso seja possível. É uma questão de justiça que está em cima da mesa”, completou.

Pela parte do PCP, a deputada Ana Mesquita considerou que o Governo “optou pelo incumprimento face à deliberação da Assembleia da República em sede de Orçamento do Estado para 2019, que consagra a contagem integral do tempo de serviço, apenas ficando dependente de negociação o prazo e o modo como a expressão remuneratória deve ser realizada”.

“Assim que o decreto seja promulgado eventualmente pelo Presidente da República, apresentaremos uma apreciação parlamentar, no sentido de que todo o tempo de serviço seja consagrado na lei e os direitos dos professores sejam respeitados. O Governo optou pelo pior dos cenários”, advogou, contrapondo com a abertura negocial demonstrada pela parte sindical. “Não houve qualquer tipo de esforço do Governo para encontrar uma posição comum”, acrescentou.

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