Novabase lucra menos. Vai dar tudo em dividendos

A tecnológica registou lucros de 4,737 milhões de euros, no ano passado. Esse valor será distribuído praticamente na totalidade pelos acionistas, com o dividendo a manter-se nos 15 cêntimos por ação.

A Novabase fechou o ano passado com uma quebra ligeira dos seus lucros, mas decidiu manter o valor do dividendo a distribuir aos acionistas. Em comunicado enviado ao mercado, a tecnológica revelou lucros de 4,737 milhões de euros. Esse valor será distribuído praticamente na totalidade pelos acionistas, com o dividendo a manter-se nos 15 cêntimos por ação.

A tecnológica fechou o ano passado com lucros de 4,737 milhões de euros, 0,8% aquém do resultado alcançado em 2017 que se cifrou em 4,774 milhões de euros. Apesar dessa quebra, João Nuno Bento, CEO da Novabase, diz que o resultado alcançado fica acima daquelas que eram as expectativas da empresa.

João Nuno Bento explica que os resultados de 2018 estão positivamente impactados pela alteração do modelo de reconhecimento de receita associada à entrada em vigor da norma IFRS 15, mas que “mesmo excluindo esse efeito, os objetivos estabelecidos no guidance anual foram atingidos”.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu 10,299 milhões de euros, 5,6% abaixo dos 10,915 milhões de euros registado no ano anterior. Já em termos operacionais, a Novabase fechou o ano passado com um volume de negócios de 148,7 milhões de euros, acima dos 139,7 milhões verificados em 2017.

Em comunicado, a empresa salienta que “o ano foi marcado por um segundo semestre em que se observou uma aceleração da atividade, e uma recuperação em termos de rentabilidade”. Mas mesmo assim, o CEO da Novabase revela que a equipa de gestão está a “concretizar uma reflexão estratégica profunda” sobre o futuro da empresa, que irá ser objeto de comunicação ao mercado.

Quase tudo para dividendos

Em resultado do balanço da sua atividade em 2018, a Novabase decidiu propor aos acionistas a manutenção do valor do dividendo nos 15 cêntimos por ação. Esse valor “corresponde a um montante equivalente a 99,4% do resultado líquido consolidado”, dá nota a empresa tecnológica em comunicado. Esse valor corresponde a uma yield em torno de 7%, acrescenta a empresa.

Contudo, a Novabase salienta que essa proposta de dividendo “está sujeita às condições de mercado” e à “existência de uma situação financeira e contabilística no balanço da Novabase que permita a sua execução”. A assembleia de acionistas onde será decidido o valor do dividendo a distribuir está marcada para 7 de maio.

(Notícia atualizada às 17h31 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sérvulo com nova parceria em Cabo Verde

A sociedade portuguesa acabou de estabelecer parceria com o escritório cabo-verdiano, MJN Advogados. Paulo Câmara fala numa ligação a África como "laços antigos".

A Sérvulo acaba de estabelecer parceria com a MJN Advogados, uma das principais sociedades de advogados em Cabo Verde, localizada na cidade da Praia. A MJN Advogados é conhecida, sobretudo, pelo seu cariz internacional. Foi fundada em 2003 por Maria João Novais, atual sócia-gerente, inscrita na Ordem dos Advogados Portuguesa e Cabo-Verdiana.

Sobre a ligação a África, o managing partner da Sérvulo, Paulo Câmara, esclarece que se trata de “laços antigos”, que têm conhecido um desenvolvimento nos últimos anos, em especial em Cabo Verde, Moçambique e Angola, onde a sociedade tem assessorado bancos, autoridades reguladoras e outras entidades públicas, citado em comunicado.

Paulo Câmara fala ainda da “importância do papel dinamizador da African Desk, liderada pelos sócios Mark Kirkby e João Saúde, cujo empenho no desenvolvimento da cobertura geográfica da Sérvulo nesta parte do globo resultou no estabelecimento de parcerias de qualidade como a agora firmada com a MJN Advogados”, salientou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prazos de pagamento? Apenas 14,2% das empresas portuguesas cumprem

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2019

O fenómeno é transversal a todas as regiões do país e a todos os setores de atividade, diz barómetro da Informa D&B que se refere ao primeiro mês do ano.

Apenas 14,2% das empresas portuguesas cumpriam em final de janeiro os prazos de pagamento acordados com fornecedores, refere o Barómetro de Pagamentos elaborado pela Informa D&B, divulgado esta quinta-feira.

“Este fenómeno é transversal a todas as regiões do país e a todos os setores de atividade”, assegura a Informa D&B, lembrando também que o registo observado no final de janeiro deste ano “está em queda desde setembro de 2017”, sendo que em dezembro do ano passado apresentou o valor mais baixo desde 2007.

Entre as empresas que não cumprem os prazos de pagamentos, 66,5% fazem-no com um atraso até 30 dias e 7,4% atrasam-se mais de 90 dias.

A média de atrasos nos pagamentos face aos prazos acordados foi, em janeiro, de 26,5 dias e, nos últimos 12 meses concluídos em janeiro, o valor médio mais baixo observado em termos de atraso nos pagamentos registou-se no final de setembro do ano passado (25,3 dias).

Em fevereiro de 2018, a média de atrasos nos pagamentos das empresas situou-se nos 26 dias e o valor máximo dos últimos doze meses observou-se no final de março do ano passado (26,6 dias).

Entre os setores mais cumpridores estão as telecomunicações com 16,6%, seguindo-se o grossista com 16,3% e o retalho com 16,1%, enquanto ao nível dos menos cumpridores surgem o alojamento e restauração (9,5%) e os transportes (6,3%).

Na comparação com Espanha – que é o principal parceiro português no comércio bilateral e que é o país estrangeiro com mais empresas, pois tem o controlo de capital de 2.040 empresas portuguesas, mais de um quarto de todas as empresas nacionais com controlo de capital estrangeiro -, no final de 2017, 56,5% das empresas no país vizinho cumpriam os prazos de pagamento acordados com os seus fornecedores.

Trata-se de um registo mais positivo do que a média europeia nesse ano (41,7%) e que representa mais do que o quádruplo de Portugal (16,1%).

Tal como em Portugal, quanto menor é a dimensão das empresas melhores são os prazos de pagamento, apesar das grandes diferenças entre as respetivas percentagens em cada escalão (microempresas, pequenas empresas, médias empresas e grandes empresas) em Portugal e Espanha.

A agricultura, pecuária, pesca e caça e o retalho são os setores mais cumpridores em Espanha, registando, respetivamente, 63,6% e 62% de empresas a pagar pontualmente aos fornecedores.

Tal como em Portugal, o setor dos transportes é também o que se atrasa mais em Espanha, com 45,4% das empresas a falhar os prazos de pagamento.

O setor em Espanha com mais empresas a pagar com atrasos superiores a 90 dias é o dos serviços financeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo cria contrato de habitação vitalício

Chama-se Direito Real de Habitação Duradoura (DHD) e foi aprovado, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros. O objetivo é oferecer estabilidade aos moradores e menor risco aos proprietários.

O Governo aprovou a criação de uma nova solução de habitação, que vem conceder às famílias o direito de residirem numa habitação “por um período vitalício”. Chama-se Direito Real de Habitação Duradoura (DHD) e foi aprovado, esta quinta-feira, em conselho de ministros. Foi ainda aprovado o decreto-lei que define as regras do programa de arrendamento acessível.

O objetivo, descreve o Governo em comunicado emitido esta tarde, é “proporcionar às famílias uma solução habitacional estável, permitindo-lhes manterem a sua residência permanente numa habitação por um período vitalício, mediante a entrega ao proprietário da habitação de uma caução e de uma prestação por cada mês de duração do contrato“.

Ou seja: os moradores do imóvel entregam ao proprietário, no ato da celebração do contrato, uma caução que represente uma percentagem do valor da casa, que, segundo o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, será entre 10% e 20%, a ser acordado entre as parte. Ao mesmo tempo, pagam uma prestação mensal, equivalente a uma renda, podendo, em contrapartida morar na casa de forma vitalícia.

O comunicado detalha que, apesar de ganharem o direito de residir toda a vida uma habitação, os moradores que celebrem este tipo de contrato poderão renunciar ao mesmo. A vantagem, considera o Governo, é que este contrato permite uma “menor necessidade de endividamento em comparação com a alternativa de compra de habitação própria”. Mas, ao mesmo tempo, o morador tem a “possibilidade de hipotecar o DGD se precisar de contratar crédito para financiar a caução”, aponta o comunicado, sem especificar mais detalhes sobre este ponto. O morador poderá, ainda, receber a devolução, total ou parcial, da caução entregue, mediante o tempo que permaneceu na habitação.

O proprietário da habitação, por seu lado, consegue “um aumento do capital disponível sem que isso implique vender o seu património”, assim como uma “rentabilidade estável e uma redução dos encargos com a gestão do seu património” e uma “redução do risco de incumprimento pelo morador das suas obrigações, por via da caução entregue pelo morador”.

Arrendamento acessível já tem regras

O conselho de ministros aprovou também o decreto-lei que cria o Programa de Arrendamento Acessível, que já tem luz verde do Parlamento. O programa visa dar resposta às famílias cujo rendimento não lhes permite aceder ao mercado livre de habitação, definindo preços máximos de renda, uma taxa de esforço máxima dos inquilinos de 35% e um prazo mínimo mínimo de arrendamento de cinco anos.

Para que possam aderir a este programa, os proprietários terão praticar uma renda que fique 20% abaixo do preço mediano das rendas praticadas na sua zona, mas, para além deste, haverá ainda um limite máximo do preço de renda, que fica definido neste decreto-lei, agora aprovado mas ainda não conhecido publicamente.

Para além deste decreto, o Governo aprovou outro que cria o regime especial dos seguros de arrendamento no âmbito do Programa de Arrendamento Acessível.

São criados três seguros, que terão de ser subscritos pelos proprietários e inquilinos que queiram aderir a este programa: um de quebra involuntária de rendimentos, a ser subscrito pelo inquilino, um de falta de pagamento de renda e outro para cobrir danos no locado, estes dois a serem subscritos pelo proprietário.

IMI de imóveis devolutos agravado

Foi também aprovado o decreto-lei que procede ao agravamento do imposto municipal sobre imóveis (IMI) dos prédios devolutos em zonas de pressão urbanística. Os municípios passam, assim, a poder elevar ainda mais a taxa de IMI, que já é agravada para os imóveis devolutos, quando estes se encontrarem em zonas de pressão urbanística e estiverem devolutos há, pelo menos, dois anos.

As zonas de pressão urbanísticas estarão associadas a “áreas em que se verifique uma dificuldade significativa de acesso à habitação, seja por a oferta habitacional ser escassa ou desadequada face às necessidades ou por essa oferta ser disponibilizada a valores superiores aos suportáveis pela generalidade dos agregados familiares, sem que estes entrem em sobrecarga de gastos habitacionais face aos seus rendimentos e cuja delimitação é efetuada pelos municípios através de indicadores objetivos relacionados, por exemplo, com os preços do mercado habitacional, com os rendimentos das famílias ou com as carências habitacionais detetadas”.

(Notícia atualizada às 16h24 com mais informação.)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elliott vê EDP nos 4,33 euros. Elétrica passa os 3,26 da CTG

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2019

O fundo norte-americano tem um plano próprio para fazer crescer a elétrica portuguesa que está a ser alvo de uma OPA. E diz que a EDP vale muito mais do que diz a CTG.

A Energias de Portugal (EDP) está a iluminar a bolsa nacional. A elétrica lidera os ganhos, estando novamente acima da fasquia dos 3,26 euros, ou seja, superou o valor da contrapartida apresentada pela China Three Gorges. Está a disparar perante a apresentação de um plano alternativo ao dos chineses que, diz a Elliott, permitirá extrair mais valor das ações da empresa liderada por António Mexia.

Os títulos da elétrica estão a valorizar 2,77%, uma subida que permite à EDP cotar nos 3,271 euros. É a primeira vez desde outubro que as ações da empresa portuguesa conseguem superar a fasquia dos 3,26 euros, valor que foi apresentado pelo seu maior acionista na oferta pública de aquisição (OPA).

EDP brilha em Lisboa

Esta subida acontece no dia em que um dos acionistas de referência da EDP, o Fundo Elliott, veio manifestar publicamente a sua oposição à OPA chinesa.A contrapartida é excessivamente baixa, o processo encontra-se paralisado e as alterações provavelmente requeridas pela Oferta da CTG seriam baseadas em requisitos regulatórios e não nos melhores interesses de todos os stakeholders“, diz.

“É evidente para nós, e para muitos outros acionistas, que a oferta da CTG, tal como se encontra atualmente, não favorece os melhores interesses dos stakeholders da EDP e, em última análise, conduzirá a um enfraquecimento da EDP que será: uma empresa mais volátil, com um conjunto de ativos menos atrativo e com poucas oportunidades de crescimento”, diz o fundo.

Além de propor o chumbo da OPA, defende que a EDP assuma um novo rumo. Um rumo que passa pela venda de ativos, nomeadamente parte do negócio da distribuição de eletricidade na Península Ibérica e a EDP Brasil, ao mesmo tempo que reforça a aposta nas renováveis, nos EUA. Esta combinação permitiria, diz o Elliott, elevar a cotação para os 4,33 euros, bem acima da avaliação que é feita atualmente pelos investidores em bolsa.

(Notícia atualizada às 15h44 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street interrompe ganhos com medo de abrandamento económico

Os dados relativos às vendas de retalho divulgados esta quinta-feira, que revelaram a maior quebra desde 2009, intensificaram os receios de um abrandamento económico.

As bolsas norte-americanas estão a interromper, esta quinta-feira, o ciclo de três sessões consecutivas de ganhos, depois de terem sido divulgados dados relativos às vendas de retalho que reavivaram receios em torno de um abrandamento económico. A Amazon é uma das grandes cotadas a ser penalizada por estes dados.

O índice de referência S&P 500 está a cair 0,57%, para os 2.737,56 pontos. Já o tecnológico Nasdaq está a perder 0,33%, para os 7.394,58 pontos, enquanto o industrial Dow Jones é o índice mais pressionado e está a recuar 0,65%, para os 25.380,06 pontos.

Entre as principais cotadas, destaque para a Amazon, que está a desvalorizar mais de 1%. A gigante retalhista está a ser penalizada pelas estatísticas divulgadas esta quinta-feira sobre o setor.

De resto, os investidores estão ansiosos com o panorama global revelado pelos dados divulgados pelos autoridades norte-americanas: as vendas a retalho, a nível global, caíram 1,2% em dezembro, a maior queda registada desde setembro de 2009. Aumentam, assim, os receios de um abrandamento económico, bem como a tensão relativamente às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Os mercados têm estado a negociar em alta com as expectativas em torno do encontro entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que irá acontecer na sexta-feira. Os dados agora revelados poderão, contudo, influenciar estas negociações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Costa deve demitir-ser caso se prove gestão indevida na CGD

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2019

O PS defendeu que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, deve tomar a iniciativa de demitir-se caso a comissão parlamentar sobre a CGD prove o seu envolvimento em gestão indevida.

O PS defendeu esta quinta-feira que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, deve tomar a iniciativa de demitir-se caso a comissão parlamentar sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) prove o seu envolvimento em gestão indevida. Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder da bancada socialista, Carlos César, no final da reunião semanal do Grupo Parlamentar do PS, na Assembleia da República, em Lisboa, depois de questionado sobre o papel desempenhado por Carlos Costa enquanto administrador do banco público.

“Se a ação do atual governador do Banco de Portugal, enquanto administrador da CGD, for tipificada como uma ação inadequada, pois, evidentemente, terá de tirar consequências dessa matéria. Caso se verifique que o governador do Banco de Portugal teve uma ação indevida, muito descuidada, enquanto administrador da CGD, não pode deixar de haver outra recomendação que não a sua saída do cargo”, declarou Carlos César.

Interrogado se Carlos Costa deve sair do cargo de governador do Banco de Portugal antes do final do mandato, em junho de 2020, o líder da bancada socialista destacou a importância das “indagações” que serão feitas pela comissão de inquérito parlamentar sobre a CGD até julho próximo, bem como a existência de outras investigações em curso. “Se ficar claro que há responsabilidades salientes do atual governador do Banco de Portugal, enquanto administrador da CGD, evidentemente que se têm que tirar conclusões definitivas sobre esse assunto”, insistiu Carlos César.

Carlos César referiu depois que se encontram em curso vários inquéritos: Um da CGD a pedido do Governo no sentido de apurar as responsabilidades civis dos ex-gestores e ex-administradores; outro inquérito do Ministério Público; “e outro, ainda, que se iniciará muito em breve, provavelmente na próxima semana, a cargo da comissão parlamentar já aprovada para esse efeito e que procurará concluir os seus trabalhos no mês de julho”. “Temos este espaço para procurar indagar responsabilidades, apurar responsáveis e tudo o que se passou”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Das pensões ao gasóleo. O que muda e o que se mantém depois do chumbo do OE espanhol?

O salário mínimo já não vai subir para os 900 euros? O imposto ao gasóleo sobe? E o aumento das pensões? Saiba todas as medidas que caem e as que se mantêm em vigor depois do chumbo do OE espanhol.

Com um Orçamento do Estado para 2019 chumbado, o Governo do PSOE de Pedro Sánchez vê um bom punhado de propostas suas cair por terra. Como explica o La Vanguardia, o pacote de medidas do Executivo eram, na sua maioria, medidas económicas que afetam o “quotidiano dos cidadãos e empresas”, como o aumento do salário mínimo nacional, o aumento das pensões, do imposto ao gasóleo ou, por exemplo, a descida do IVA sobre alguns produtos.

Mas, afinal, quais são as medidas que caem com o chumbo do OE e quais são as que se mantêm em vigor?

O que vai continuar em vigor?

Entre as propostas do Governo para o OE que se mantêm em vigor estão o aumento do salário mínimo para 900 euros, o aumento das pensões e o aumento salarial para os funcionários públicos. Todas estas medidas não caem com o chumbo do Orçamento porque foram aprovadas por decreto-lei, e ratificadas no Parlamento espanhol.

O aumento do salário mínimo espanhol, um dos pontos fixados no Orçamento, vai manter-se. Subiu dos 735,90 para os 900 euros, e está em vigor desde 1 de janeiro de 2019. Foi aprovado por decreto-lei, e por isso a medida não cai com o chumbo do OE.

A subida, de 22,3%, foi a maior desde 1977. O valor foi alcançado num acordo entre o Executivo de Sánchez (que inicialmente pretendia um aumento para os 850 euros) e o partido de extrema-esquerda Podemos (que pedia uma subida do salário mínimo nacional para os mil euros).

Também o aumento das pensões contributivas para 1,6% e das pensões mínimas e não contributivas para 3% ficou fixado por decreto-lei, aprovado a 28 de dezembro de 2018. O aumento das pensões por viuvez de 7,7% também se mantém. Esta medida abrange cerca de 10.340.805 pensões públicas. Em Espanha a pensão mínima situa-se nos 835,8 euros por mês.

O aumento previsto de 2,25% dos salários dos funcionários públicos, em relação ao ano anterior, mantém-se igualmente em pé. A medida passou por decreto-lei, aprovado a 22 de janeiro, e ratificada por Conselho de Ministros, em Barcelona.

Quais as medidas que caem?

Com o chumbo do Orçamento do Estado caíram vários impostos propostos pelo Governo de Sánchez. Escreve o El Confidencial que com a queda destas medidas as empresas e os bancos podem respirar de alívio, dado que a maior subida fiscal incidia, sobretudo, sobre o seu volume de negócios.

Entre as medidas que, agora, caíram estão impostos mais altos às grandes empresas e aos combustíveis, a descida do IVA em alguns produtos, o aumento da licença de paternidade e a idade mínima para o desemprego.

O Governo de Sánchez propunha uma taxa mínima de 15% sobre as grandes empresas ou grupos empresariais que faturassem mais de 20 milhões de euros. Em cima da mesa também estava uma medida que propunha reduzir dois pontos sob a taxa nominal para as PME que faturam menos de um milhão de euros por ano.

Como não seguirá para a frente, estas empresas vão continuar a ser tributadas a 25%. Com esta medida os bancos e as petrolíferas também iam sofrer um aumento de impostos, previsto para 18%.

Boas notícias para os consumidores espanhóis. Com o chumbo do OE cai também o imposto ao gasóleo, que estava previsto subir em 3,8 cêntimos por litro. Com este aumento, o Governo conseguiria arrecadar 670 milhões de euros. A ideia era equiparar o custo do gasóleo ao da gasolina, numa tentativa de se facilitar a transição para o uso de combustíveis menos poluentes.

Também estava prevista a descida do IVA sobre alguns produtos. Por exemplo, este imposto teria uma descida de 4% para produtos de higiene feminina. Como já não segue para a frente, tampões e pensos higiénicos continuarão a ser taxados em 10%. O IVA nos livros, em jornais e em publicações eletrónicas já não vai mexer, mantendo-se nos 21%.

O Governo propunha uma grande descida desta taxa para os 4%. Também o IVA para serviços veterinários já não cai para 10%, mas permanece em 21%.

Entre as propostas do Governo estava prevista a extensão do subsídio de desemprego para pessoas com mais de 52 anos, sendo que atualmente está previsto a partir dos 55 anos. Com esta medida, o Governo socialista pretendia recuperar a medida anterior à reforma trabalhista do PP de Mariano Rajoy.

O subsídio vai manter-se como tem sido até agora, apenas para os que têm mais de 55 anos de idade e com uma contribuição menor do que inicialmente esperado para os beneficiários.

Com a queda do Orçamento, o pagamento por parte do Estado da contribuição de cuidadores de familiares dependentes leva um travão. A proposta do Governo de Sánchez passava por recuperar uma medida que caiu com os cortes durante a crise económica.

A licença de paternidade tinha um aumento previsto de três semanas, pudendo chegar às oito semanas ainda este ano, segundo a proposta do Governo do PSOE. Atualmente, a licença de paternidade pode ir até às cinco semanas, medida que se vai manter agora.

E as outras leis?

O Governo de Sánchez tinha outras leis em cima da mesa, e que ainda poderão entrar em vigor antes do anúncio da convocação de eleições gerais antecipadas.

Entre elas, está a taxa Google, que incide sobre os serviços digitais, a taxa Tobin, que recai sobre transações financeiras, e outra destinada ao combate à fraude fiscal. Estas três leis estão, neste momento, em tramitação parlamentar e ainda não começaram a ser discutidas. Estas leis são uma exceção porque, como são recentes, podem ser aprovadas por meio de uma lei específica, independentemente do destino do processo orçamental.

Défice público é agora o maior problema

Como a maior parte das medidas fiscais não avança, as receitas do Estado vão ser menores do que o esperado e, por isso, podem não ser suficientes para financiar o aumento das despesas já assumidas e perder-se-á um ano no processo de ajustamento orçamental.

A queda do Orçamento do Estado dificulta, assim, a redução do défice público espanhol. O mesmo reconheceu a própria ministra das Finanças, Maria Jesús Montero, esta quarta-feira, durante o seu discurso antes da votação do OE, como escreveu o El País.

A ministra alertou para o facto de que o projeto para o OE implicava um amento do rendimento indireto sob a forma de prestações e serviços públicos equivalente a 4.174 euros por cidadão, que se perde agora por o Orçamento não ter sido aprovado. “Isto poderá elevar o défice público para 2,2% ou 2,4% do PIB”, disse Montero, em comparação com a meta atual de 1,3%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo teve “oportunidade perdida” de prever medidas para evitar abrandamento, diz CDS

A deputada centrista Cecília Meireles defende que o Governo perdeu uma boa oportunidade para implementar medidas, e que, ao invés, "complicou a vida da iniciativa privada".

O CDS aponta o dedo ao Governo pela “oportunidade perdida” de implementar medidas para evitar o abrandamento do crescimento da economia portuguesa. Em reação aos dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, que mostram que o PIB subiu 2,1% em 2018, o partido realça também o impacto de o Governo ter “complicado” a vida dos profissionais liberais e da iniciativa privada.

Esta desaceleração já estava nas previsões do Governo, que no entanto “não previu medidas para contrariar isso”, aponta a deputada centrista Cecília Meireles, em reações transmitidas pela RTP 3. A deputada defende que Portugal estava “a viver num momento que podia aproveitar”, mas que agora a economia continua a caminho de um abrandamento.

O ministro da Economia culpou as greves dos estivadores por não atingir a meta do Governo, ao que a deputada centrista responde que o Governo deveria lembrar-se do impacto das greves quando está a negociar. “Se tivesse tomado as medidas necessárias e olhado com atenção para a economia, muito disto podia não ter acontecido”, garante.

Cecília Meireles admite que o que se passa lá fora influencia, mas realça que “o facto de Portugal ter sido dos poucos países que aumentou tributação para as empresas e dificultou a vida dos trabalhadores liberais” tem também impacto. Aponta ainda que quando se compara com Espanha ou com países com PIB per capita semelhante, “Portugal fica com um crescimento muito aquém”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imobiliário comercial bate recorde na Europa. Portugal disparou 57%

Foi um ano recorde para o investimento em imobiliário comercial na Europa, com Portugal no topo da tabela a registar a maior subida. Disparou 57% para os 3,46 mil milhões de euros.

Os números vêm comprovar aquilo que já era expectável. O imobiliário bateu níveis recorde na Europa no ano passado. O volume de investimento em imobiliário comercial tocou os 312 mil milhões de euros em território europeu, com a Península Ibérica em destaque. Portugal e Espanha foram os países que mais cresceram ao dispararem mais de 50% face ao ano anterior.

Se em 2017 o volume de investimento em imobiliário comercial tocou os 311 mil milhões de euros, no ano passado esse valor aumentou uns ligeiros 0,3% para os 312 mil milhões, de acordo com os dados da consultora CBRE. Portugal, Espanha, Polónia, Holanda e França foram os países que registaram níveis recorde de investimento nesse período, destacando-se a Península Ibérica com aumentos de mais de 50%.

Portugal disparou 57% para os 3,46 mil milhões de euros, um desempenho impulsionado pelas transações de alguns portefólios de escritórios, centros comerciais de grande dimensão, assim como a venda do portefólio imobiliário da Fidelidade, refere a consultora, em comunicado.

Os setores mais populares no ano passado foram aqueles que envolveram camas. Os hotéis atingiram um volume de investimento recorde de 22 mil milhões de euros. No setor residencial, este número subiu para os 50 mil milhões de euros, um crescimento de 22,4% face ao ano anterior. Contudo, os escritórios continuam a ser os mais atrativos, com um volume total de investimentos de 127 mil milhões de euros na Europa. Isto representa uma subida de 6% face ao ano anterior.

Para Jonathan Hull, managing director da CBRE, citado em comunicado, “Há, sem dúvida, uma escassez de produtos prime nas principais capitais europeias, o que arrastou as taxas de rentabilidade para mínimos históricos, mas os fluxos de capital para o setor imobiliário continuam fortes, uma vez que os imóveis continuam bastante atrativos quando comparados com outras alternativas de investimento“, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google quer expandir-se. Tem 13 mil milhões para escritórios e centros de dados nos EUA

A tecnológica quer aumentar a sua presença nos Estados Unidos e, para isso, vai investir vários milhões na compra de imóveis onde pretende instalar novos escritórios e centros de dados.

A Google quer expandir-se ainda mais este ano e, para isso, tem de lado 13 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros) para comprar vários imóveis nos Estados Unidos. O objetivo da tecnológica é construir novos escritórios e centros de dados, que serão capazes de criar dezenas de milhares de postos de trabalho em território norte-americano, anunciou o CEO.

“Hoje anunciámos mais de 13 mil milhões de dólares em investimentos ao longo de 2019, que serão usados em centros de dados e escritórios nos Estados Unidos, com grandes expansões em 14 Estados”, escreveu Sundar Pichai, CEO da Google, no blog da tecnológica. “Estes novos investimentos vão dar-nos a capacidade de contratar dezenas de milhares de funcionários e possibilitar a criação de mais de 10 mil novos empregos em construção”.

Expansão da Google nos Estados UnidosGoogle

Com este investimento, a empresa de Silicon Valley vai passar a estar presente em 24 Estados norte-americanos, com 13 centros de dados. “2019 marca o segundo ano consecutivo em que estaremos a crescer mais rapidamente foram da Bay Area (área da baía de São Francisco) do que dentro dela”, continuou o CEO da Google.

Sundar Pichai afirma-se “orgulhoso” ao dizer que a presença da tecnológica em território norte-americano está a impulsionar o próprio crescimento da Google. “No ano passado contratámos mais de dez mil pessoas nos Estados Unidos e fizemos mais de nove mil milhões de dólares em investimentos. A nossa expansão nos Estados Unidos tem sido crucial para encontrar novos talentos, melhorar os serviços que as pessoas usam todos os dias e investir nos nossos negócios”, rematou o CEO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.