5 coisas que vão marcar o dia

Propostas de Orçamento dos países da UE entregues em Bruxelas, FMI e Banco Mundial revelam outlook global, ERSE divulga proposta do preço da eletricidade e BdP divulga concessão de crédito ao consumo.

A apresentação das propostas de Orçamento para o próximo ano dos Estados-Membros da União Europeia é um dos destaques no dia em que, nos EUA, arrancam as reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI e é apresentado o outlook para a economia global, mas também se inicia a época de resultados. Por cá, destaque para a divulgação pela ERSE da proposta de tarifário da eletricidade para 2020, enquanto o Banco de Portugal revela os dados da nova concessão de crédito ao consumo relativa a agosto.

Governo apresenta a Bruxelas esboço do Orçamento para 2020

A 15 de outubro termina o prazo para os diferentes países da União Europeia entregarem, em Bruxelas, as suas propostas de Orçamento para 2020. Apesar de António Costa ter sido indigitado primeiro-ministro há poucos dias e de ainda não ser conhecida a composição do novo Governo, Portugal também terá que entregar um esboço da sua proposta de Orçamento para o próximo ano, que deverá revelar uma atualização da estimativa para o crescimento do país em 2020.

FMI e Banco Mundial iniciam reuniões anuais

As reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial arrancam em Washington. Kristalina Georgieva e David Malpass, a diretora-geral do FMI e o presidente do Banco Mundial, presidem ao evento, onde irão participar vários membros dos bancos centrais e do setor financeiro. No mesmo dia, o FMI divulga ainda o seu outlook económico mundial, sendo expectável um corte nas previsões por causa da guerra comercial, como Georgieva já antecipou na semana passada.

Como evoluiu a concessão de crédito ao consumo em agosto?

O Banco de Portugal (BdP) divulga os dados sobre a nova concessão de crédito aos consumidores, em agosto, dos bancos e das instituições de crédito especializado. Os dados são divulgados de forma desagregado, o que permite saber qual foi o principal destino do financiamento que os portugueses foram buscar aos bancos e financeiras naquele mês.

ERSE divulga proposta de preços da eletricidade para 2020

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresenta, esta terça-feira, a sua proposta para os preços da eletricidade a aplicar em 2020. Essa proposta será depois sujeita a apreciação do conselho tarifário do regulador, que emitirá um parecer até 15 de novembro. As novas tarifas de eletricidade para 2020 serão aprovadas, em definitivo, a 15 de dezembro.

Banca dá pontapé de saída à época de resultados nos EUA

Esta terça-feira, arranca a época de resultados empresariais nos EUA, cabendo aos maiores bancos as primeiras divulgações de contas relativas ao terceiro trimestre do ano. O JP Morgan, Goldman Sachs e o Citigroup são os primeiros a divulgarem o balanço da sua atividade naquele período.

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Estas são as companhias aéreas mais perigosas do mundo

A lista das companhias aéreas menos seguras do mundo, elaborada pela AirlineRatings, inclui transportadoras de países como o Nepal, Afeganistão, Cazaquistão, e Indonésia.

Depois de um ano marcado por vários acidentes na aviação, é conhecida a lista das companhias aéreas menos seguras do mundo. Compilada pela AirlineRatings, a lista inclui sete transportadoras, de países como o Nepal, Afeganistão, Cazaquistão, Suriname e Indonésia.

Para elaborar este top, o site AirlineRatings avaliou critérios como a antiguidade da frota, número de acidentes fatais em dez anos e a conformidade com as normas internacionais de segurança, adianta o Les Echos (acesso condicionado, conteúdo em francês). Apesar de algumas companhias de maior dimensão terem estado envolvidas em alguns acidentes, a maioria continua a ser considerada segura.

Assim, a maioria das companhias incluídas na lista são de menor dimensão, e algumas estão proibidas de voar para os Estados Unidos e Europa. Há duas empresas nepalesas avaliadas com apenas uma estrela em sete, a Tara Air e a Nepal Airlines, sendo que a região montanhosa é um local difícil de sobrevoar.

Encontram-se também na lista duas companhias do Afeganistão, a Ariana Afghan Airlines e a Kam Air, que está banida do espaço aéreo norte-americano e foi impedida de operar no espaço aéreo da União Europeia. A Blue Wing Airlines, com base no Suriname, a indonésia Trigana Air Service e a SCAT Airlines, do Cazaquistão, fecham a lista.

Veja as sete companhias aéreas menos seguras do mundo:

  • Tara Air
  • Nepal Airlines
  • Ariana Afghan Airlines
  • Kam Air
  • Blue Wing Airlines
  • Trigana Air Service
  • SCAT Airlines

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Governo dá pontapé de saída no OE2020. Centeno testa défice mais baixo à esquerda

O Executivo envia esta terça-feira para Bruxelas o esboço do primeiro Orçamento da nova legislatura. Centeno já admitiu que o défice pode ser melhor. Governo precisa de apoio parlamentar para ter OE.

O Governo envia esta terça-feira para a Comissão Europeia um esboço do Orçamento do Estado (OE) para 2020. Mário Centeno pode usar o documento para assumir em Bruxelas um défice melhor para este ano, como já admitiu publicamente em Portugal. O draft é visto como o pontapé de saída para o primeiro Orçamento da nova legislatura e será uma base de trabalho para a avaliação conjunta que António Costa terá de fazer à esquerda numa altura em que não tem maioria no Parlamento, nem acordos de legislatura.

As previsões atuais do Governo constam do Programa de Estabilidade. Em abril, o Ministério das Finanças assumiu uma previsão de crescimento do PIB de 1,9% e um défice de 0,2% do PIB. De lá para cá, Mário Centeno teve boas notícias. O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu a base das contas nacionais, com implicações positivas em ambas as frentes: o crescimento económico na primeira metade do ano foi de 2% e não 1,8% e 2018 afinal fechou com um défice de 0,4% do PIB, uma décima melhor que o esperado.

O ministro das Finanças rentabilizou os dados novos e em entrevista à Lusa admitiu que na frente orçamental os resultados deste ano podem ser melhores. O défice de “2018 foi uma décima melhor do que tínhamos projetado no Programa de Estabilidade. Tecnicamente, como se diz na gíria, podemos arrastar essa décima, expectavelmente, para 2019, se tudo o resto se mantiver constante”, disse em entrevista à Lusa. Ou seja, em vez de 0,2%, o défice pode ficar em apenas 0,1%.

Na semana passada, o Banco de Portugal e o Conselho das Finanças Públicas (CFP) deram uma ajuda. A revisão das contas nacionais melhorou as previsões das duas instituições para a subida do PIB este ano – o banco central aponta para 2% e a entidade fiscalizadora atira para 1,9% – e pôs a instituição liderada por Nazaré Cabral a projetar um excedente de 0,1% do PIB este ano.

"[Défice de] 2018 foi uma décima melhor do que tínhamos projetado no Programa de Estabilidade. Tecnicamente, como se diz na gíria, podemos arrastar essa décima, expectavelmente, para 2019, se tudo o resto se mantiver constante.”

Mário Centeno

Ministro das Finanças

A dúvida é o que fará Mário Centeno esta terça-feira quando enviar o esboço para Bruxelas. Assume na totalidade a melhoria das contas ou guarda alguma margem para negociar à esquerda o Orçamento do Estado?

O ministro das Finanças já sinalizou que quer mostrar algumas melhorias, mas se as contas do CFP estiverem certas, o governante podia assumir uma meta orçamental bem mais ambiciosa, como um excedente nas contas públicas já em 2019, um ano antes do previsto.

Mas ao mesmo tempo que envia este documento para a Comissão — que ainda não terá refletido o Programa de Governo ou as medidas orçamentais devido às eleições –, o ministro pode optar por guardar margem de negociação com os partidos à esquerda de quem precisa para aprovar o Orçamento do Estado para 2020. É que entre o défice de Mário Centeno e o excedente de Nazaré Cabral estão cerca de 600 milhões de euros que podem ser úteis na hora de angariar votos.

O que é o draft e quem envia?

Todos os anos os governos da Zona Euro têm de enviar para a Comissão Europeia um esboço dos seus planos orçamentais até 15 de outubro. Trata-se de um documento à base de tabelas onde os estados assumem metas económicas e orçamentais. O documento serve para informar a Comissão das linhas orientadoras que depois são negociadas nos respetivos Parlamentos nacionais.

Nos anos mais recentes este documento não tem tido atenção mediática porque ele é enviado no mesmo dia em que Portugal remete para a Assembleia da República o Orçamento do Estado do ano seguinte, que contém muito mais informação.

A última vez que o draft do Orçamento mereceu a atenção mediática foi em 2016 quando o Governo de António Costa, acabado de tomar posse a 26 de novembro do ano anterior, remeteu os seus planos orçamentais a 22 de janeiro do ano seguinte, abrindo aí um processo difícil de negociação com a Comissão Europeia, que culminou com o Governo a deixar cair em Bruxelas a redução da Taxa Social Única para os salários mais baixos, na véspera de remeter a proposta de lei do Orçamento do Estado para o Parlamento, o que aconteceu a 5 de fevereiro de 2016, com o objetivo de não agravar o défice.

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Vista Alegre emite 50 milhões em obrigações para “diversificar fontes de financiamento”. Paga 4,5%

  • Lusa
  • 14 Outubro 2019

Emissão registou “uma forte procura, de cerca de 80 milhões de euros", diz a empresa. 66% do montante foi colocado junto de investidores espanhóis e 34% colocado em Portugal.

A Vista Alegre Atlantis (VAA) decidiu emitir 50 milhões de euros em obrigações para “diversificar fontes de financiamento”, de acordo com um comunicado enviado pela sociedade.

“A VAA informa que o seu Conselho de Administração decidiu hoje emitir obrigações garantidas no valor de 45 milhões de euros, com uma taxa anual fixa de 4,5% e vencimento em outubro de 2024”, bem como “obrigações garantidas no valor de cinco milhões de euros com uma taxa anual fixa de 3,5% e vencimento final em outubro de 2024, todas para colocação apenas junto de investidores institucionais”, de acordo com uma nota publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Num outro comunicado, a empresa adiantou que a emissão registou “uma forte procura, de cerca de 80 milhões de euros, ou seja, perto de “200% do valor objetivo mínimo fixado para a emissão – 40 milhões de euros – por parte de 21 investidores, tendo seis deles colocado ordens superiores a cinco milhões”.

A VAA referiu ainda que a emissão obrigacionista terá lugar no próximo dia 21 de outubro, tendo obtido “uma notação de ‘rating’ BBB-, atribuída pela agência de ‘rating’ Axesor, e foi colocada junto de investidores institucionais, com 66% do montante colocado junto de investidores espanhóis e 34% colocado em Portugal”.

O grupo “irá solicitar a admissão à negociação de uma tranche de obrigações que perfaz o valor 45 milhões de euros, no MARF – Mercado Alternativo Renta Fija – da BME – Bolsas y Mercados Españoles, a partir do próximo dia 21 de outubro e cinco milhões de euros serão colocação direta”, lê-se na mesma nota.

A empresa justifica esta operação com a necessidade de “diversificar as fontes de financiamento da Vista Alegre, alongar a maturidade média da dívida e garantir as condições para o crescimento sustentado dos seus negócios nos diferentes segmentos e mercados em que opera”.

Além disso, a emissão liberta a Vista Alegre de um “conjunto de garantias e restrições que mantinha perante os bancos, designadamente hipotecas sobre instalações fabris, penhor de marcas e equipamentos, bem como o levantamento da limitação à distribuição de dividendos”.

A VAA está integrada no grupo Visabeira.

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Negociações comerciais continuam a abalar Wall Street

Os principais índices norte-americanos encerraram a primeira sessão da semana em queda, com os investidores preocupados com as tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.

Foi um arranque de semana de perdas em Wall Street. Os principais índices encerraram da mesma maneira que abriram, no vermelho, com as tensões comerciais a pairarem sobre os mercados. Este desempenho acontece depois de a China ter anunciado que quer mais negociações com os Estados Unidos antes de assinar qualquer acordo, deixando os investidores preocupados.

O índice de referência S&P 500 fechou a perder 0,15% para 2.965,83 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 0,11% para os 26.787,36 pontos. O tecnológico Nasdaq também perdeu 0,1% para os 8.048,65 pontos.

O anúncio feito pelas autoridades chinesas esta segunda-feira criou uma onda de preocupações nos mercados norte-americanos, levantando mais incertezas quanto à possibilidade de ser alcançado um acordo entre as duas maiores economias do mundo.

Antes de assinar a “primeira fase” do acordo proposto por Donald Trump, a China ainda quer mais conversações, e ainda que os Estados Unidos cancelem um dos aumentos de tarifas que estava planeado para dezembro. Embora Donald Trump tenha afirmado que “o relacionamento com a China está muito bom”, isso não foi o suficiente para deixar os investidores alarmados.

A par das tensões comerciais, os investidores aguardam ainda pelos resultados da banca, que começarão a ser publicados esta terça-feira. Os principais bancos dos Estados Unidos esperam uma queda de 1,2% nos lucros. “Os investidores estão a virar-se para o que realmente interessa, que são os resultados das empresas”, disse Chuck Carlson, da Horizon Investment, citado pela Reuters.

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CGD vende banco na África do Sul no início de novembro

  • ECO
  • 14 Outubro 2019

A venda do banco sul-africano Mercantile Bank ao Capitec Bank, por cerca de 192 milhões de euros, deverá ficar fechada na primeira quinzena de novembro.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está prestes a concluir a venda do banco sul-africano MercantileBank ao CapitecBank, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). A operação deverá ficar fechada já no início de novembro, tal como revelou a Caixa no comunicado que enviou ao mercado a 9 de outubro, quando obteve luz verde dos reguladores sul-africanos para avançar com a operação.

A venda do banco na África do Sul já tem todas as autorizações necessárias, faltando apenas o acordo final. Acordo esse que deverá ser assinado na primeira quinzena de novembro, representando o último passado para o banco liderado por Paulo Macedo alienar a participação de 100%.

Essa participação vai ser vendida por 3,2 mil milhões de rands sul-africanos (cerca de 192 milhões de euros).

“Esta transação tem um impacto patrimonial positivo estimado em cerca de 60 milhões de euros“, referiu o banco público.

A venda deste banco na África do Sul vai acontecer depois de, esta segunda-feira, a CGD ter concluído a venda do banco em Espanha. O Banco Caixa Geral (BCG) passou para os espanhóis do Abanca por 364 milhões de euros.

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Motoristas: Fectrans e Antram concluem negociação do contrato coletivo de trabalho

  • Lusa
  • 14 Outubro 2019

A Fectrans e a Antram concluíram o processo negocial de revisão do contrato de trabalho coletivo, que atualiza a tabela salarial em 11,1% para os motoristas de pesados.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e a associação de transportadores de mercadorias concluíram esta segunda-feira o processo negocial de revisão do contrato de trabalho, que atualiza a tabela salarial em 11,1% para os motoristas de pesados.

“Teve lugar hoje a última reunião de negociação do CCTV [Contrato Coletivo de Trabalho Vertical] subscrito entre a Fectrans e a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias], tendo as comissões negociadoras acordado um texto final, que será no decorrer desta semana analisado pelos órgãos competentes das duas entidades“, avançou, em comunicado, a federação sindical.

Neste texto são consolidados os pontos contidos no memorando de entendimento de 14 de agosto, que atualiza em 11,1% a tabela salarial para os motoristas de pesados, bem como “as principais cláusulas pecuniárias” em, pelo menos, 4%.

“O resultado da negociação traduz-se num CCTV com nova estrutura, que contém uma parte geral e que autonomiza os capítulos referentes ao transporte nacional, outro ao internacional/ibérico e outro sobre as matérias perigosas”, indicou a Fectrans. De acordo com esta estrutura, foi possível, através da alteração da redação e da clarificação de diversas cláusulas, “evoluir em diversas matérias”.

Entre estes pontos inclui-se a definição de limites nos tempos de trabalho. “Fica claro que todo o tempo, incluindo o de disponibilidade, é pago. Da aplicação deste CCTV não pode resultar uma diminuição da retribuição líquida do trabalhador”, lê-se no comunicado.

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Irão disponível para renegociar acordo nuclear com potências

  • Lusa
  • 14 Outubro 2019

O Presidente iraniano disse estar disponível para renegociar o acordo nuclear com as principais potências, desde que isso não contribua para a campanha presidencial de Donald Trump.

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, disse esta segunda-feira que está disponível para reunir com os líderes das principais potências, incluindo os Estados Unidos, para discutir o acordo nuclear, desde que não contribua para a campanha presidencial de Donald Trump.

Os Estados Unidos abandonaram o acordo nuclear com o Irão em 2018, considerando que não estavam a ser cumpridos os seus requisitos e impondo fortes sanções económicas contra Teerão, por continuar a prosseguir o seu programa nuclear.

O Irão disse hoje estar disponível para renegociar o acordo nuclear com as principais potências, mas manifestou o seu receio de que Donald Trump queira tirar proveito da iniciativa para a sua campanha de reeleição presidencial, em 2020. “Eu disse claramente aos líderes dos países europeus que, caso me certifique de que é uma reunião do grupo 5 + 1 (China, França, Reino Unido, Rússia e EUA, mais a Alemanha), e que não é uma reunião eleitoralista para o senhor Trump, eu estou disponível“, disse Rohani, numa conferência de Imprensa.

O Presidente do Irão acusou ainda o Governo norte-americano de ter cedido a pressões de grupos extremistas, de sionistas (referentes a Israel) e da Arábia Saudita, quando decidiu romper o acordo nuclear, acrescentando que, dessa forma, “cometeu um enorme erro”. Rohani disse ainda manter bons laços com a Rússia e a China, mas denunciou os países europeus que ainda se mantêm no acordo nuclear assinado em 2015 (Reino Unido, França e Alemanha) por se terem deixado corromper pelos Estados Unidos e “não cumprem as suas promessas”.

Até se encontrar um novo acordo, o Presidente iraniano disse que o seu país manterá a estratégia de reduzir os seus compromissos no tratado nuclear vigente, continuando a aumentar a produção de urânio enriquecido, bem acima dos níveis estabelecidos.

Hassan Rohani acusou ainda “um Governo” de estar por detrás de duas explosões ocorridas a 10 de outubro a bordo de um navio petroleiro iraniano no mar Vermelho, sem especificar a que país se refere. “Sem dúvida, um Governo esteve envolvido. Não foi a ação de terroristas, de um grupo ou de um indivíduo. Foi o trabalho de um Governo”, disse Rohani, na conferência de Imprensa.

“Foi um ato hostil e traiçoeiro”, disse o Presidente iraniano, que no passado tem acusado os Estados Unidos e a Arábia Saudita de ataques contra interesses iranianos na região do Golfo, onde têm ocorrido diversos incidentes militares de retaliação entre os países.

Em setembro, EUA e Arábia Saudita atribuíram ao Irão a responsabilidade por um ataque na principal base de produção de petróleo saudita. Rohani confirmou que tem uma gravação de vídeo em que se podem ver vários mísseis a ser disparados contra o navio “Sabiti”, que foi atingido por dois deles, a cerca de 100 quilómetros da costa oeste da Arábia Saudita.

A empresa proprietária do petroleiro já tinha divulgado fotos que revelavam dois buracos acima da linha de água do lado de estibordo do navio, atribuindo o rombo a um provável ataque de mísseis. No sábado, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional Iraniana, Ali Shamkhani, garantiu que o ataque não ficaria sem resposta.

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Estado injeta mais 518 milhões de euros na CP para pagar empréstimo obrigacionista

O Estado vai injetar mais 518 milhões de euros na empresa de comboios para pagar um empréstimo obrigacionista. É o quarto aumento de capital realizado só este ano.

O Estado vai injetar 518 milhões de euros na CP – Comboios de Portugal, informou a empresa liderada por Nuno Freitas esta segunda-feira, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este valor permitirá à CP amortizar um empréstimo obrigacionista contraído em 2009 e que atinge maturidade nos próximos dias.

“A CP informa que o Estado português determinou a entrada de capital em numerário, no valor global de 518.616.538 euros, para a cobertura de resultados transitados negativos”, refere o documento.

Na semana passado, o Estado aprovou os documentos de prestação de contas da transportadora ferroviária, incluindo o relatório de gestão e o relatório do governo societário, referentes a 2015. Ao mesmo tempo, o Estado determinou que o prejuízo de 278.426.115 euros, apurado no exercício de 2015, fosse transferido para a conta de resultados transitados.

Os prejuízos avultados acumulados nos últimos anos deram lugar, mais recentemente, a resultados negativos bem menos expressivos. Depois de perder 105 milhões de euros em 2018, nos primeiros seis meses deste ano a CP registou um prejuízo de 49 milhões. A redução da fatura com a dívida ajuda a explicar esta melhoria.

Com esta nova injeção de capital, o Estado vai ajudar a CP a reduzir ainda mais o endividamento. Fonte oficial da empresa confirmou que esta injeção de capital está relacionada com o pagamento de uma emissão obrigacionista que vence nos próximos dias, no valor de cerca de 500 milhões de euros.

Estes 518 milhões de euros a injetar pelo Estado vão configurar o quarto aumento de capital realizado só este ano. Até este “bolo” já tinham sido injetados, em “fatias”, cerca de 78 milhões de euros. O valor total injetado pelo erário público na CP este ano é, assim, o mais elevado desde 2015, ano em que foram realizados aumentos de capital no valor global de 687 milhões.

(Notícia atualizada esta terça-feira, 15 de outubro, às 11h24, com mais informação)

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Euronext vai aliar-se a capital de risco para captar startups para a bolsa

O plano estratégico, para os próximos três anos, da empresa que detém a bolsa de Lisboa passa por apostar nas startups e na dívida verde. Nos novos serviços, a prioridade é o post-trade.

A Euronext está a trabalhar numa parceria com empresas de private equity e capital de risco para facilitar a entrada de startups na bolsa. Esta é uma das propostas do plano estratégico para os próximos três anos do grupo que gere a bolsa de Lisboa e que aposta ainda num novo segmento de dívida verde e na diversificação de serviços pós-negociação.

“Temos planeado lançar uma parceria com empresas de private equity e de capital de risco, incluindo em Portugal”, afirmou Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon, num encontro esta segunda-feira em que explicou as implicações do plano para Portugal. O objetivo é “estabelecer uma plataforma onde empresas de private equity e capital de risco se vão juntar à Euronext com um quadro de cooperação que permita que mais saídas possam seguir o caminho do mercado de capitais“.

Ou seja, no momento em que os investidores privados querem sair do capital das startups, a possibilidade de abrir o capital em bolsa surge como uma opção. As bases da iniciativa serão a partilha de informação sobre a leitura do mercado para cada empresa e mercado, acrescentou Ucha sobre o projeto que ainda não tem data para avançar e que irá junta-se a outras iniciativas focadas nas startups, como é o caso do programa de formação para tecnológicas TechShare ou as equipas de angariação do Tech Hub.

“Depois temos uma área entre mercados públicos e privados, onde vamos explorar soluções que não estão obrigadas aos mercados regulados e que vai procurar soluções onde investidores e empresas se encontrem de forma mais simples e com menores custos”, acrescentou Isabel Ucha, apontando para uma realidade de mercado para empresas não cotadas que já existe na recém adquirida bolsa da Noruega.

Novo segmento de green bonds chega ainda este ano

Se startups e tecnológicas são o foco da Euronext no que diz respeito ao mercado acionista, é a sustentabilidade que é a prioridade na dívida. O grupo vai, em simultâneo, lançar este ano um novo segmento de mercado que pretende facilitar a emissão deste green bonds, ou seja ativos com determinados critérios e que pretende financiar projetos sustentáveis.

“Sentimentos que são preocupações que os emitentes têm na sua estratégia e os investidores estão a colocar no centro. Vamos lançar um segmento dedicado a green bonds ainda este ano. As green bonds vão ser separadas e vão ter requisitos definidos de acordo com standards internacionais com verificação externa”, explicou Ucha, acrescentando que o segmento será acompanhado de um programa de formação e de um guia de reporte de informação não financeira.

"Temos a perceção que este mercado [das green bonds] vai continuar a crescer de forma muito rápida porque há uma pressão muito grande dos investidores institucionais que têm necessidade de ter estes ativos em carteira. A perceção que temos é que vai haver uma aceleração muito grande.”

Isabel Ucha

Presidente da Euronext Lisboa

Atualmente, o grupo tem 180 emissões de green bonds cotadas, equivalentes a 60 mil milhões de euros e a 30% do total global deste ativo. Em Portugal, há apenas quatro emitentes: a EDP em maior volume e, em menor escala, a Sociedade Bioelétrica do Mondego e o Pestana. No entanto, a presidente da bolsa de Lisboa acredita que haverá mais emissões, até porque o mercado o obriga.

“Temos a perceção que este mercado vai continuar a crescer de forma muito rápida porque há uma pressão muito grande dos investidores institucionais que têm necessidade de ter estes ativos em carteira. A perceção que temos é que vai haver uma aceleração muito grande“, afirmou. “Quem vai convencer as empresas vão ser os investidores“, sublinhou, acrescentando que o mercado vai começar a penalizar, através das taxas de juro, quem não adotar estas soluções.

Para os investidores, a Euronext vai criar mais índices de sustentabilidade que respondam ao aumento do investimento passivo, sendo que, nos últimos dois anos, dois em cada três novos índices cumpriam já critérios de sustentabilidade.

Post-trade na mira das aquisições

O plano estratégico 2019-2022 define como objetivo que o grupo seja a “infraestrutura pan-europeia de mercado líder na Europa” e não apenas uma gestora de bolsas, tendo o post trade, clearing, liquidação e custódia de títulos ganho destaque para a empresa. Em Portugal, estas atividades já são feitas na Interbolsa (que está no centro tecnológico da Euronext no Porto), enquanto a Noruega tem uma central de liquidação e o grupo tem também três participações em empresas do setor.

A Euronext pretende agora expandir o modelo e continuar a diversificar serviços a cotadas, membros do mercado e investidores. Como? Consolidando estas atividades no Euronext CSD for Europe, mas também através de novas aquisições.

A intenção é pegar neste conjunto de ativos e desenvolver uma nova atividade. Esta área é muito fragmentada na Europa portanto haverá oportunidades de consolidação. É preciso encontrar soluções mais simples e mais baratas para esta área do negócio. A partir de uma base mais alargada, podemos desenvolver mais serviços durante o próximo ano”, afirmou Isabel Ucha.

Assim, a estratégia de fusões e aquisições que tem sido implementada com a compra de novas bolsas (incluindo, mais recentemente, a Irlanda e a Noruega) reforça a abrangência a estruturas complementares e empresas de diversificação de serviços.

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Tribunal de Contas dá luz verde para a compra dos aviões KC-390

  • Lusa
  • 14 Outubro 2019

Primeiro destes aviões de carga e transporte será entregue à Força Aérea Portuguesa em fevereiro de 2023. Substitutos dos C-130 implicam um investimento total de 827,3 milhões de euros.

O Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde ao programa de aquisição dos aviões de transporte estratégico KC-390, que vão substituir os C-130, disse à Lusa fonte do Ministério da Defesa.

Segundo a fonte, o visto do TdC foi recebido na sexta-feira passada, confirmando-se a “luz verde” daquele tribunal aos contratos para a compra de cinco aviões brasileiros KC-390, substitutos dos Hércules C-130, por um total de 827,3 milhões de euros, o montante previsto na Lei de Programação Militar.

Os contratos foram assinados a 22 de agosto passado nas instalações da Embraer em Évora, numa cerimónia com o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

O negócio inclui ainda a aquisição de um simulador de voo e a manutenção e sustentação logística das aeronaves e a aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros que autorizou a despesa, de 29 de julho passado.

O primeiro destes aviões de carga e transporte será entregue à Força Aérea Portuguesa (FAP) em fevereiro de 2023, seguindo-se mais um por cada ano até fevereiro de 2027, no âmbito dos contratos.

Portugal é o primeiro país europeu a adquirir os KC-390, que são produzidos maioritariamente no Brasil, com componentes fabricados no Parque da Indústria Aeronáutica de Évora, divulgou na altura o Ministério da Defesa Nacional.

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Tem um elétrico? Contrato único garante acesso a toda a rede de carregamento

  • Lusa e ECO
  • 14 Outubro 2019

O novo Regulamento da Mobilidade Elétrica (RME) que foi aprovado pela ERSE garante que os utilizadores só precisam de ter um contrato com uma empresa para acederem a toda a rede de carregadores.

O novo Regulamento da Mobilidade Elétrica (RME), aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), prevê contratos de adesão à rede entre comercializadores e utilizadores, para evitar múltiplos relacionamentos comerciais para diferentes postos de carregamento.

O novo regulamento, divulgado no portal da ERSE na sexta-feira, revoga o RME vigente, publicado em dezembro de 2015, e introduz várias alterações, que entram em vigor no dia seguinte à publicação em Diário da República. O novo documento tem como novidade a criação da figura de contrato de adesão à rede de mobilidade elétrica, tal como os contratos de luz, água ou gás com uma entidade comercializadora, que, segundo a ERSE, vai evitar “múltiplos relacionamentos comerciais”.

Segundo o RME agora aprovado, o utilizador de veículo elétrico (UVE) tem de celebrar um contrato com um comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica, que, por sua vez, deve assegurar que o UVE tem possibilidade de utilizar qualquer ponto de carregamento, independentemente deste se localizar em território continental, Madeira ou Açores.

Das principais alterações, destacam-se ainda a previsão de tarifas de acesso às redes elétricas para pontos de carregamento ligados em média tensão, simplificação da estrutura das tarifas a aplicar pela entidade gestora, densificação das regras de medição, leitura e disponibilização de dados e a clarificação e simplificação da figura de detentor de ponto de carregamento.

O novo RME prevê também a existência de vários intermediários no processo de distribuição de eletricidade para a mobilidade elétrica, como por exemplo o “detentor de registo de comercialização de eletricidade para a mobilidade elétrica” (CEME), o “comercializador do setor elétrico” (CSE), a “entidade gestora da rede de mobilidade elétrica” (EGME), o “operador de ponto(s) de carregamento” (OPC) ou o “operador da rede de distribuição de eletricidade”.

A consulta pública, que decorreu entre 19 de julho e 02 de setembro de 2019, teve em conta a experiência recolhida durante uma fase de projeto-piloto. “Dado o período temporal decorrido desde a publicação do RME, bem como os desenvolvimentos entretanto ocorridos, tanto no setor elétrico, como no setor da mobilidade elétrica, foram identificadas oportunidades de melhoria no RME”, adiantou a ERSE.

Neste momento, há quatro CEME a atuar nesta área: EDP Comercial, Galp Power, PRIO.E e GRCAPP. Os condutores têm acesso a um cartão de carregamento, sendo que os preços são definidos “livremente”, segundo a ERSE.

AdC alerta para dificuldades na entrada de operadores no mercado

CEME, CSE, EGME, OPC… todas estas siglas representam intermediários na nomenclatura do novo regulamento aprovado pela ERSE. Por isso, a Autoridade da Concorrência (AdC) alertou para o risco de aumento dos custos a suportar pelos consumidores e de dificuldades na entrada de operadores no mercado com o arranque do novo modelo de carregamento de carros elétricos. Num documento intitulado “Comentários da Autoridade da Concorrência à proposta de alteração do Regulamento da mobilidade elétrica”, com data de 17 de setembro, o regulador da concorrência avisa que esse modelo de mobilidade “se afigura excessivamente complexo e oneroso”.

Segundo a AdC, o novo modelo elaborado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), publicado na sexta-feira, “envolve a criação de um elevado número de novos agentes, podendo dificultar a entrada de operadores no mercado e aumentar os custos a suportar pelos consumidores”.

Até 31 de outubro do ano passado, os carregamentos na rede de mobilidade elétrica – um projeto ainda em fase piloto — não tinham custos para os utilizadores. A partir dessa data começaram a ser pagos os carregamentos rápidos, mas só em 1 de abril deste ano passou a ser possível cobrar os custos em pontos de carregamentos localizados em espaços privados de utilização pública, como espaços comerciais com parque de estacionamento, mas apenas por decisão voluntária do operador do ponto de carregamento.

Mas o objetivo do novo modelo da ERSE, sobre o qual a AdC tece comentários, é de no futuro todos os utilizadores de carros elétricos pagarem pelo carregamento, embora a decisão caiba ainda ao Governo, tal como esclareceu a ERSE no dia em que a alteração ao regulamento foi disponibilizada para consulta pública, em 19 de julho.

A AdC, que no documento lembra que a nova proposta de regulamento teve em conta a experiência recolhida durante o projeto-piloto, entende que “seria importante” avaliar o quadro legislativo em causa “com vista à simplificação do modelo organizativo da mobilidade elétrica escolhido e ao aumento da eficiência do sistema”, que considera poderem estimular a concorrência no mercado e beneficiar os consumidores. “De entre outros aspetos a ponderar, destaca-se a diminuição do número de agentes envolvidos, em particular de intermediários”, avisa aquela autoridade, no documento.

Quanto à repercussão do modelo organizativo da mobilidade elétrica nos consumidores, a AdC lembra que, como não foi ainda definida pelo executivo a data de início da fase comercial de operação dessa rede, na qual todos os carregamentos de veículos elétricos vão ser pagos pelos consumidores, “não existe informação que permita analisar o impacto” nos consumidores do modelo organizativo da mobilidade elétrica, em particular das taxas que prevê.

“Nessa medida, considera-se que seria pertinente avaliar o impacto do modelo organizativo da mobilidade elétrica escolhido ao nível do bem-estar dos consumidores, nomeadamente em termos do custo de carregamento de veículos elétricos”, recomenda, alertando ainda para o facto de o novo modelo “poder comprometer o desenvolvimento e a expansão de uma rede de mobilidade elétrica com cobertura adequada, eficiente e competitiva”.

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