Universidade de Aveiro cria espumas de isolamento térmico a partir de restos de cortiça

  • ECO e Lusa
  • 14 Outubro 2019

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) conseguiu criar, com impressão 3D, espumas de isolamento a partir do desperdício gerado na produção de rolhas de cortiça.

Espumas de isolamento térmico impressas em 3D com recurso a desperdício de cortiça, criadas na Universidade de Aveiro.Universidade de Aveiro

Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA) conseguiu produzir espumas para isolamento térmico com cortiça desperdiçada na produção de rolhas, através da impressão 3D. Segundo os investigadores, é possível produzir, de forma fácil e aproveitando a cortiça nacional, “um ótimo isolante térmico”, promovendo a economia circular.

“Sendo a cortiça um material isolante, a sua utilização na produção de espumas 3D de poliuretano, um polímero utilizado na produção de vários materiais plásticos, tem a vantagem de ajudar no isolamento, obtendo-se valores de isolamento térmico idênticos às espumas convencionais”, afirma Nuno Gama, o investigador responsável pelo projeto.

Criado no Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO), uma das unidades de investigação daquela universidade, o material produzido com o recurso à impressão 3D “abre as portas à produção de espumas com estrutura celular na exata medida das necessidades”. Outra das vantagens apontadas da utilização da cortiça, mais propriamente das sobras da produção de rolhas, é que aumenta a sustentabilidade e a flexibilidade das espumas, “o que pode aumentar a gama de aplicações do material”.

“Neste trabalho foi dado enfoco no isolamento térmico, mas o aumento da flexibilidade que a cortiça proporcionou pode aumentar a gama de aplicações do material, como por exemplo na absorção de vibrações ou energia sonora”, esclarece Nuno Gama, cuja equipa de projeto integra também os investigadores do CICECO Artur Ferreira e Ana Barros-Timmons.

O investigador Nuno Gama com exemplos da espuma de cortiça.Universidade de Aveiro

O custo associado atualmente à produção de espumas 3D torna inviável produzir painéis para o isolamento de habitações, mas com a diminuição dos custos associados à técnica, “poderá no futuro tornar viável a utilização destes materiais no isolamento de produtos com elevado valor acrescentado”.

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Obrigações para o retalho adiadas. “Neste momento, não é o produto mais interessante”, reconhece Cristina Casalinho

As condições de mercado -- com os juros da dívida em mínimos históricos -- levaram o Tesouro e os parceiros da banca a decidirem adiar nova emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável.

As Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável não são atualmente uma forma de financiamento que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP considere interessante. Apesar de estar prevista uma nova emissão deste produto de dívida a pequenos investidores, o IGCP decidiu em conjunto com os parceiros da banca que este não era o momento para o fazer.

“Há sempre interesse da parte do Tesouro no lançamento desse tipo de produto [OTRV], mas resulta de uma parceria com os bancos, no sentido em que são os bancos que oferecem as suas bases de distribuição para disseminar os produtos. Nesse caso, os bancos também têm de avaliar qual é o nível de aceitação ou apetite dos bancos por parte da sua base de clientes”, disse Cristina Casalinho, presidente do IGCP, à margem do seminário Mercados de dívida pública – Desafios num quadro de aprofundamento da UEM, esta segunda-feira, em Lisboa.

Avaliámos as condições de mercado e considerámos que neste momento não é o produto mais interessante para ser lançado.

Cristina Casalinho

Presidente do IGCP

Questionado se foi a banca a decidir adiar a emissão prevista para 2019 no Orçamento do Estado, respondeu que “foi uma decisão consensual”. Casalinho acrescentou: “Avaliámos as condições de mercado e considerámos que neste momento não é o produto mais interessante para ser lançado“.

As OTRV foram criadas para oferecer aos pequenos investidores uma forma de investirem diretamente nas obrigações do Tesouro, com as vantagens e desvantagens que tal oferece. Se nos últimos anos permitiu ter acesso a taxas atrativas, à luz das alternativas do próprio Estado, com o contexto de taxas negativas o interesse destes investidores desaparece, como o ECO já tinha noticiado.

Em julho de 2018 — altura em que se realizou a única emissão de OTRV do ano passado –, a taxa a sete anos estava em 1,3% no mercado, tendo o IGCP oferecido 1% aos aforradores nas OTRV. Agora, a yield dos títulos com a mesma maturidade está negativa. Esta será uma razões para adiar a emissão que estava prevista no Orçamento do Estado para 2019 e que indicava uma colocação de mil milhões de euros.

Em simultâneo, o Tesouro não tem tido dificuldades em financiar-se junto das famílias, o que poderá compensar esta diferença. O Governo entrou em 2019 a assumir uma saída líquida de mil milhões de euros dos certificados em resultado do fim do prazo dos primeiros Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que tinham um prazo de cinco anos. A perspetiva era de que todo o dinheiro que entrou nestes CTPM e que agora está a ser reembolsado acabasse por ser redirecionado para investimentos alternativos, ainda que parte fosse reinvestido em certificados de aforro ou CTPC.

Mas em vez de sair dinheiro, a realidade é que está a entrar. Os últimos dados disponíveis indicam que o investimento total cresceu perto de 646 milhões de euros entre janeiro e agosto deste ano. Assim, o buraco deixado pelas OTRV no financiamento do Estado deverá ser compensado pelos certificados do Tesouro e certificados de Aforro.

(Notícia atualizada às 12h10)

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“Constituir comunidades de energia num prédio ou num bairro, é este o modelo do futuro”

  • Liliana Garcia
  • 14 Outubro 2019

Durante a 4.ª edição da Enertech Sabugal – Feira das Tecnologias foram debatidas ideias inovadoras no setor energético. Para Rui Rodrigues, CEO da BeOn Energy, a “democratização solar” é o caminho.

Os recursos gerados no interior do país, nomeadamente os energéticos, estão a ser esgotados por apenas cinco grandes municípios portugueses. Foi esta a ideia-chave que, na sexta-feira, abriu a conferência “Energias do Futuro”, inserida na 4.ª edição da Enertech Sabugal – Feira das Tecnologias para a Energia, iniciativa que reuniu, naquele município da Guarda, um conjunto de especialistas nacionais e internacionais ligados às energias renováveis.

“Uma das coisas fundamentais para aprender aqui é que não somos culpados pela desertificação. Qual é o cancro de Portugal? Onde são consumidos todos os recursos e energia [produzidos no interior]? É aqui nos concelhos do interior? Não é. Os concelhos do interior são sintomas e não a doença. Os cancros estão em cinco concelhos do país: Lisboa, Sintra, Cascais, Vila Nova de Gaia e Porto. É lá que se estão a consumir os recursos energéticos e, no fim da palavra, está o sumir”, lançou, em jeito de provocação, o físico Carvalho Rodrigues, que é também comissário daquela feira.

“Aqui, na Enertech, procuramos soluções. As grandes fontes de problema no país são levar a água até ao 13.º andar nas Torres das Amoreiras, em Lisboa, não é falhar a água no Sabugal. Levar água para aqueles andares todos não é sustentável. Temos de olhar o país de outra forma, se acreditarmos que há um problema energético e ambiental”, destacou Carvalho Rodrigues. “Ninguém gosta de ter cancro, mas onde este se instala é onde se consomem todas as energias. Na Enertech é de onde saem ideias, é a semente. Que o Sabugal seja um centro de um velhíssimo pensamento: tratar das causas e não dos efeitos. A causa é o cancro, os efeitos são a desertificação”, completou este doutorado em engenharia eletrónica, ‘pai’ do primeiro satélite português.

E foram várias as sementes lançadas para debate nesta conferência. Alguns projetos apresentados já deram frutos, como é o caso da BeOn Energy, fabricante de microinversores e pioneira na criação de kits de painéis solares plug & play. Esta empresa, criada em 2015, com sede em Ponte de Sor, Portalegre, revolucionou o mercado energético com a criação de painéis solares que, para gerarem energia, basta estarem ligados a uma qualquer tomada elétrica já existente. “Um só painel pode abastecer três frigoríficos, ou cinco computadores”, ilustrou Rui Rodrigues, CEO daquela que é a startup de energia mais galardoada do mundo, contando com 10 prémios internacionais.

Em três anos, a BeOn já instalou 100 mil kits, evitando que 200 mil toneladas de CO2 poluíssem o ambiente. A maior parte dos clientes são nacionais, destacando-se empresas como a Iberdrola, EDP, Vodafone ou Ikea. Para esta forte procura dos kits de painéis fotovoltaicos contribui o facto de a legislação portuguesa ser “a mais favorável à ligação à tomada de dois ou três painéis” numa só habitação.

O objetivo de Rui Rodrigues é promover a “democracia solar”, permitindo que qualquer pessoa possa produzir a sua própria energia, criando uma comunidade. “Se toda a gente produzir energia renovável, vamos poder ter acesso à troca de energia”, destacou o CEO da BeOn, indo mais longe e lembrando que as próprias autarquias poderiam ser produtoras e venderem energia aos munícipes e vice-versa.

“Quando não estou em casa [a consumir energia], poderia vender o excedente porque não compensa armazenar em baterias. Esta é uma maneira de ficar independente de empresas elétricas. Vai ser possível constituir comunidades de energia num prédio ou num bairro. É este o modelo do futuro”, perspetivou o empresário, lembrando que “Espanha foi o primeiro país na Europa a conseguir [esse modelo]”.

"Se toda a gente produzir energia renovável, vamos poder ter acesso à troca de energia.”

Rui Rodrigues

BeOn

Para já, em Portugal ainda não é possível materializar este modelo, mas a BeOn está a trabalhar nisso. “Vender energia ao meu vizinho ainda é um bocado ficção científica porque é necessário muita tecnologia, mas é isso que já estamos a fazer. O objetivo é ligar os meus painéis aos do meu vizinho, ter todos os painéis interligados, todos saberem qual a energia disponível. A nossa aplicação (app) só terá de encontrar quem quer vender e quem quer comprar e o dinheiro é transferido de uma conta para a outra”, saindo mais barato do que comprar a uma empresa de distribuição elétrica, partilhou Rui Rodrigues.

O CEO da BeOn acredita ainda que, neste modelo, apesar de continuarem a existir custos de transmissão de energia, irá ser mais razoável a aquisição de energia elétrica, passando esta a ser cobrada consoante a distância. “Se comprar ao vizinho de cima trata-se de uma linha interna, em que não pagarei quase nada”, referiu.

No mesmo painel foi ainda apresentada, por José Luís Pascual, diretor geral do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT)Duero-Douro, a comunicação “Do auto-consumo à independência energética: propostas e projetos no Território Duero-Douro”. O AECT Duero-Douro constituiu, em 2017, a cooperativa transfronteiriça Efi-Duero Energy, agregando cerca de 200 municípios e outras entidades de Portugal e Espanha, com o intuito de comercializar a energia elétrica ao preço de custo. Na sua apresentação, José Luís Pascual sublinhou que, ao contrário de Portugal, em Espanha já existe o auto-consumo partilhado. “A energia solar pode ser partilhada. Se os consumidores tiverem rede própria partilhada não têm de comprar energia”, referiu.

Abrangendo uma população de 73.328 habitantes portugueses e de 46.815 espanhóis, em que 73% dos municípios possui menos de 500 habitantes, a cooperativa Efi-Duero Energy acaba por ser a primeira europeia cujo objetivo é a comercialização da energia elétrica através do cooperativismo, oferecendo aos consumidores finais o melhor serviço de consumo elétrico com o menor custo. “Somos poucos, mas merecemos a atenção dos governos e da União Europeia”, destacou José Luís Pascoal. Desde 2018, a Efi-Duero Energy tem já 100 contratos nas províncias de Zamora e Salamanca, beneficiando de uma legislação mais favorável em Espanha. “Em Portugal não comercializamos energia elétrica porque Portugal modificou a legislação e a fiança para operar cá é de 200 mil euros, o que cria dificuldades para operarmos no mercado português”, lamentou o responsável pelo AECT Duero-Douro.

Deste projeto inovador faz parte a ideia de o AECT Duero-Douro arrendar a cada município ou freguesia os telhados dos locais públicos para a instalação de sistemas de painéis solares. Em contrapartida, o município receberá o pagamento desse aluguer em poupança no pagamento da fatura elétrica. Segundo as contas de José Luís Pascual, “em seis anos amortizam os gastos com a instalação”. Quando questionado sobre quem paga a gestão da rede elétrica, o diretor geral do AECT foi assertivo: “Já a pagámos todos. Todas as empresas que construíram a rede já receberam dos governos”.

Durante a conferência, Susana Serôdio, da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), destacou que a energia renovável representa 53% da produção elétrica nacional e que a meta até 2030 é de que se chegue aos 80%. Segundo o estudo apresentado por esta engenheira, é expectável que o impacto no PIB venha a ser na ordem dos 10 mil milhões de euros e que sejam gerados 119 mil empregos direta e indiretamente e 952 milhões de euros para a Segurança Social. Segundo a apresentação de Susana Serôdio, “estes cenários são possíveis, mas com desafios pela frente”, nomeadamente ao nível da implementação do Plano Nacional Energia e Clima 2030, da estabilidade regulatória e financeira, da simplificação do licenciamento, do agregador de mercado, para que o pequeno produtor possa atuar, e em termos de expansão e adequação da rede.

Nesta iniciativa, houve ainda espaço para abordar a temática da produção de hidrogénio a partir de biomassa. Paulo Brito, da Ap2h2-Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio, expressou que “se olharmos para a Europa, todos os países apresentam projetos ligados ao hidrogénio, à exceção de Portugal e Malta”.

Lamentando que no nosso país não se dê ainda a devida atenção a esta energia alternativa, este especialista, doutorado em engenharia química, lembrou que “estamos muito focados na energia elétrica, mas temos também uma componente muito forte, que é a dos combustíveis. Temos de olhar para combustíveis alternativos, como os resíduos florestais”.

“Os projetos podem passar pelo aproveitamento da biomassa, das micro algas, podemos usar resíduos sólidos municipais que estão a ir para aterros, ou material de demolição e construção ou olhar para a atividade agro-industrial e agro-alimentar. Temos matéria-prima para produzir biogás em todo o interior do país”, salientou ainda Paulo Brito.

Para exemplificar que o diesel não fica mais económico que o hidrogénio, este académico referiu que com 1 Kg de hidrogénio se consegue fazer 100 quilómetros de automóvel, o que significa gastar oito euros por kg. “Estou convencido de que a produção de metano e hidrogénio será o futuro”, vaticinou o especialista.

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Ironhack e Zomato lançam programa de bolsas de estudo de 209 mil euros

Escola de programação e plataforma de restauração juntam-se para promover o acesso à educação tecnológica.

O que é que uma escola de formação em tecnologia e uma plataforma de restauração têm em comum? Fácil: a vontade de dar acesso a tecnologia a cada vez mais pessoas. A Ironhack, escola de formação em tecnologia, e a Zomato, app de descoberta de restaurantes e bares, juntaram-se para promover a formação tecnológica e, para isso, criaram 110 bolsas de estudo integrais e parciais para cursos de web development, UX/UI design e data analytics, o que corresponde a um investimento de 209 mil euros da Zomato, informaram os dois parceiros em comunicado.

“Na Ironhack estamos focados em formar a próxima geração de profissionais tech e acreditamos que a educação em tecnologia deve ser acessível para todos, independentemente da sua experiência prévia e da sua condição financeira”, sublinha Álvaro González, diretor-geral da Ironhack Lisboa. “Queremos eliminar barreiras e, desse modo, ajudar a concretizar a ambição de quem quer fazer carreira no mundo da tecnologia. Com os nossos bootcamps, 85% dos alunos consegue emprego na área em menos de três meses”, acrescenta o responsável.

Para a Zomato, a parceria com a Ironhack é uma materialização daquilo em que a empresa acredita. “A Zomato foi criada por pessoas que acreditaram num sonho e conseguiram torná-lo realidade. Encaramos esta parceria com a Ironhack como uma forma de desafiar todos os que sonham com uma carreira na indústria tecnológica a dar o salto e começar a traçar o seu próprio caminho”, explica Miguel Alves Ribeiro, country manager da Zomato Portugal.

De acordo com estudos citados pela Ironhack, o número de empregos em tecnologia vai crescer mais de 30% nos próximos sete anos. A criação destas bolsas de estudo vai permitir, acreditam os parceiros, abrir portas e criar novas oportunidades, tanto para profissionais que queiram mudar de carreira como para os que procurem atualizar-se e diversificar o leque de competências.

Com campus em cidades como Madrid, Barcelona, Miami, Paris, Berlim, Amesterdão, São Paulo e Lisboa, a Ironhack já formou, a nível global, mais de 3.000 estudantes. A informação sobre as bolsas de estudo está disponível online e o prazo de candidatura termina a 28 de outubro. Como pré-requisitos, os candidatos devem ter mais de 18 anos, um domínio intermédio da língua inglesa e participar presencialmente nas entrevistas de pré-seleção e nos bootcamps. Os resultados são conhecidos a 5 de dezembro e todos os cursos — com durações de entre nove a 24 semanas — arrancam em 2020 na Ironhack Lisboa.

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Turismo recupera em agosto com ajuda dos residentes em Portugal

Depois de um julho mais fraco, em agosto os indicadores no turismo recuperaram ao revelar uma aceleração nas dormidas e no número de hóspedes.

O turismo em Portugal teve uma recuperação em agosto, depois de um julho a apontar para uma tendência de abrandamento. O número de dormidas e de hóspedes cresceu face ao mesmo mês do ano anterior, à custa dos residentes em Portugal. Os turistas estrangeiros continuam a vir a Portugal para fazer turismo, mas o interesse é menor.

“O setor do alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes e 9,5 milhões de dormidas em agosto de 2019, correspondendo a variações de 6,6% e 2,6%, respetivamente (+5,6% e +2,6% em julho, pela mesma ordem)”, diz esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No entanto, foi nos residentes em Portugal que se suportou esta aceleração. “As dormidas de residentes cresceram 3,2% (3,1% em julho) e as de não residentes aumentaram 2,3% (+2,4% no mês anterior).” No caso do número de hóspedes, a tendência foi igual. O número de hóspedes vindos do estrangeiro tinham crescido 6% em julho face ao mesmo mês do ano anterior, uma variação que em agosto passou para 5,7%.

A melhoria dos indicadores sobre a presença física de turistas foi acompanha de crescimentos nos indicadores mais financeiros no turismo. Os proveitos totais e os de aposento cresceram mais do que em julho. E o rendimento médio por quarto disponível situou-se em 84,4 euros, um aumento de 1,5% face ao mesmo mês do ano anterior, o que compara com uma taxa de variação homóloga de 0,2% observada em julho.

Segundo o INE, os mercados norte-americano, brasileiro e irlandês destacaram-se neste mês entre os residentes estrangeiros a visitar Portugal, com crescimentos de dormidas de 21,4%, 19,8% e 19,4%, respetivamente.

Entre as regiões escolhidas pelos turistas registou-se um crescimento em todas elas, com exceção da Região Autónoma da Madeira. Numa análise mais fina, por município, o INE revela que se destaca o do Porto, onde se registaram 5,3% das dormidas totais em agosto e 6,2% do total desde o início do ano. “Os não residentes representaram 82,9% das dormidas registadas no conjunto dos primeiros oito meses do ano. Desde o início do ano, as dormidas neste município aumentaram 9,6%”, diz o INE.

Apesar de os hotéis terem a maior quota no mercado turístico, apresentam uma taxa de variação mais baixa em relação ao alojamento local e ao turismo em espaço rural e de habitação. Assim, enquanto no caso dos hotéis se verificou um aumento de 2,2% nas dormidas, no alojamento local o crescimento foi de 14,9% e no espaço rural e de habitação foi de 6,6%.

O INE apresenta ainda dados sobre como foi o mês de agosto nos parques de campismo e nas colónias de férias e pousadas da juventude. Os parques de campismo receberam 584,7 mil campistas, mais 0,2% do que no período homólogo, que proporcionaram 2,1 milhões de e dormidas (-2,7%). “Para a redução das dormidas contribuíram que o mercado interno (-1,2%), quer os mercados externos (-7%).”

As colónias de férias e pousadas da juventude registaram 56,6 mil hóspedes (6,5%) e 124,8 mil dormidas (-1,8%), afirma o instituto estatístico. Neste caso foram os residentes que apresentaram uma redução no número de residentes e um aumento dos não residentes.

As dormidas de residentes registaram um decréscimo de 2,8% enquanto as dos não residentes aumentaram 1,2%.

(Notícia atualizada)

 

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Papeleiras Navigator e Altri perdem mais de 3% e arrastam bolsa de Lisboa

Sentimento externo negativo pressiona as duas fabricantes de papel nacionais. Navigator e Altri perdem mais de 3% e deixam a bolsa de Lisboa a cair mais de 1%. Guerra comercial penaliza.

Intensificou-se a pressão vendedora em torno das ações da Navigator e da Altri, com as duas papeleiras a serem afetadas pela incerteza externo por causa da guerra comercial e do Brexit. As ações de ambas as cotadas perdem mais de 3% em Lisboa, arrastando consigo a bolsa nacional para terreno ainda mais negativo do que no arranque da sessão.

As ações da Navigator recuam 3,49% para 3,20 euros, ao mesmo tempo que os títulos da Altri cedem 3,29% para 5,285 euros. A Semapa, holding da família Queiroz Pereira que controla 70% da Navigator, também perde 0,49%.

Por fazerem parte de um setor cíclico, sensível às variações da economia mundial e à dinâmica das exportações, a Navigator e Altri continuam bastante dependentes do sentimento dos investidores em relação à evolução das negociações entre os EUA e a China para evitar uma guerra comercial entre os dois grandes blocos mundiais. Na passada sexta-feira, a Bloomberg adiantou que se tinha chegado a um acordo parcial, o que motivou algum entusiasmo entre os investidores.

Entretanto, esta segunda-feira, os responsáveis chineses disseram que serão necessárias mais conversações antes de assinar o acordo alcançado no final da semana passada, facto que está agora a causar alguma apreensão nos mercados.

“Não só a Navigator e a Altri são duas empresas cujas atividades são altamente cíclicas, como a China é o principal comprador mundial de pasta e papel”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “Assim sendo, embora não seja de excluir que o efeito técnico ainda não se tenha esgotado, é importante frisar que para que a recuperação assuma moldes mais sólidos é necessário que o sentimento dos investidores em relação às empresas cíclicas se torne positivo, de forma mais vincada e duradoura”, acrescentam.

Navigator cai mais de 3%

Apenas duas cotadas seguem acima do nível da água: F. Ramada e Sonae Capital. O PSI-20 perde 1,24% para 4.942,11 pontos, depois de ter iniciado a sessão com uma queda de 0,35%.

No grupo dos pesos pesados nacionais, o BCP cede 1,48%, enquanto a Jerónimo Martins recua 1,29%. Perdem energia Galp (-0,82%) e a EDP e EDP Renováveis, que observam quedas de 0,5%.

Lá por fora, o sentimento é também negativo. O índice de referência do Velho Continente, o Stoxx 600, está em baixa de 1,09%. Nas praças de Frankfurt, Milão e Madrid as quedas situam-se entre 0,7% e 1%.

“Durante esta e as próximas sessões, os investidores irão manifestar o seu veredicto sobre o acordo entre os EUA e a China. Em relação à diminuição de uma saída desordenada do Reino Unido da União Europeia, o seu impacto nos índices europeus deverá ser limitado”, vaticinam os analistas do BPI.

(Notícia atualizada às 11h07)

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Nobel da Economia atribuído a Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer por investigação para reduzir a pobreza mundial

A Academia Sueca atribuiu o prémio Nobel da Economia a Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer pela criação de métodos experimentais para avaliar a melhor forma de reduzir a pobreza.

A Academia Sueca atribuiu o prémio Nobel da Economia de 2019 aos economistas Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer pela criação de métodos experimentais que possibilitam a análise das melhores formas de reduzir a pobreza. Esther Duflo é apenas a segunda mulher a vencer o prémio Nobel da Economia nos seus 50 anos de história.

O indiano Abhijit Banerjee e a francesa Esther Duflo, ambos economistas no Massachusetts Institute of Technology (MIT), e o economista norte-americano Michael Kremer, de Harvard, foram premiados pelo impacto da sua abordagem experimental para a a avaliação e implementação de políticas de combate ao desemprego nos países menos desenvolvidos.

Segundo a Academia, a abordagem desenvolvida por estes investigadores “identifica formas eficientes de reduzir a pobreza mundial”, ajudando a identificar as causas da pobreza, os efeitos das políticas em curso e facilita a análise custo-benefício das diferentes políticas para reduzir a pobreza.

A abordagem destes economistas “transformou a investigação na economia do desenvolvimento” em áreas como a saúde, a educação e a agricultura, entre outros, diz a Academia, que deu o exemplo da Educação para explicar o impacto e as conclusões já retiradas através da abordagem.

Segundo a Academia, os investigadores criaram uma abordagem que desagrega as várias dimensões de um problema — como a falta de avanços na Educação dos alunos num país em desenvolvimento — e faz experiências para perceber que políticas têm resultado e quais não têm. Uma das conclusões das experiências desenvolvidas através desta abordagem, foi que providenciar material escolar por si só em zonas onde este está em falta não melhora os resultados, mas que há outras insuficiências que têm de ter resposta em conjunto para que os resultados melhorem.

Ao telefone com a Academia, Esther Duflo respondeu a algumas questões dos jornalistas presentes na apresentação do prémio e explicou que o objetivo dos investigadores é “garantir que o combate à pobreza é feito com base em provas científicas”.

Para dizer a verdade, não pensei que fosse possível ganhar o prémio Nobel antes de ser significativamente mais velho do que qualquer um de nós os três somos”, disse a economista francesa.

Esther Duflo é a segunda mulher a ser premiada com o Nobel da Economia na história do prémio, que começou a ser atribuído em 1969. Sobre esta questão, a economista francesa disse que “acontece numa altura extremamente importante e oportuna”.

A economista francesa foi questionada sobre como vê a turbulência na economia mundial derivada da guerra comercial e de eventos como Brexit, e em resposta defendeu que é preciso superar a instabilidade que se vive e que o mundo se volte a concentrar nos que mais precisam.

“Vivemos tempos turbulentos, quando muitas pessoas em países ricos estão profundamente preocupadas com a sua posição no mundo, têm um sentimento de que perderam a sua dignidade, e sentem que não têm a posição no mundo que merecem. Isso está provavelmente na raiz de muita da instabilidade que vemos”, explicou.

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Portugal contraria Europa e vê produção industrial cair 1% face a julho

Na variação em cadeia, Portugal contrariou a tendência europeia e viu a sua produção industrial cair, em agosto. Em termos homólogos, tanto Portugal como a Europa recuaram.

Ao contrário do que aconteceu na Zona Euro e na União Europeia, a produção industrial em Portugal recuou em agosto face ao mês anterior. De acordo com os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Eurostat, em termos homólogos, a área da moeda única viu a produção industrial descer 2,8% e o bloco comunitário 2%. Em Portugal, verificou-se uma queda ainda mais acentuada: 4,6%.

“Em agosto de 2019 e em comparação com julho de 2019, a produção industrial subiu 0,4% na Zona Euro e 0,1% na União Europeia“, nota o gabinete de estatísticas. Entre os Estados-membros, os maiores saltos foram registados em Malta (5,6%), Estónia (3,9%) e Letónia (3%). No sentido inverso, a Croácia (-3%), a Eslováquia (-2,6%) e a Lituânia (-2,4%) protagonizaram as maiores quedas.

Já em Portugal, na variação em cadeia, foi registada uma queda de 1%. A produção industrial nacional voltou assim a cair, depois de em julho ter recuperado (com um salto de 4,7%) do decréscimo significativo registado no mês anterior (em junho tinha sido contabilizada uma descida de 4,6%).

Em termos homólogos, a produção industrial na Zona Euro desceu 2,8% e a da União Europeia caiu 2%. Foi em Malta (7,4%), na Dinamarca (6,6%) e na Finlândia (4,5%) que se registaram as maiores subidas. Por outro lado, foi na Eslováquia (-8,1%), na Irlanda (-6,2%) e na Roménia (-6,1%) que se verificaram as maiores quedas.

Em comparação com agosto de 2018, a produção industrial em Portugal caiu, em agosto deste ano, 4,6%. Este é o terceiro mês consecutivo em que Portugal está a registar essa tendência.

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Em Portugal, quatro em cada dez alunos estudam em cursos profissionais

Portugal tinha em 2017 quase 400 mil alunos a estudar num nível secundário. Cerca de 40% destes estudantes (cerca de 162 mil) optaram por seguir estudos no ensino profissional, menos que em 2014.

Em 2014, Angela Merkel disse que “Portugal tinha demasiado licenciados”, sugerindo ao Governo português que se apostasse mais no ensino profissional. A recomendação da chanceler alemã não teve propriamente reflexos naquilo que foi a evolução nos anos seguintes. Pelo contrário. O peso dos alunos do secundário que optaram por seguir cursos profissionais após o 9.º ano recuou desde então.

Segundo os dados revelados esta segunda-feira pelo Eurostat, a propósito da Semana Europeia do Ensino Profissional, Portugal tinha em 2017 quase 400 mil alunos a estudar num nível secundário. Destes, 40,1% eram estudantes (162,6 mil jovens) que tinham optado por prosseguir os estudos no ensino técnico e profissional, ou seja, cerca de quatro em cada dez alunos.

Três anos antes, quando Merkel proferiu aquelas declarações, o peso era maior: cerca de 44% dos alunos (177 mil jovens) num nível secundário estavam no ensino profissional. Se se procurou tentar atrair jovens para cursos de vocação mais profissional, essas tentativas não terão sido bem-sucedidas a julgar por esta evolução neste período de três anos.

Na União Europeia, em 2017, o peso era ligeiramente superior: metade dos alunos (47,8%) a estudar num nível secundário fazia-o por via do ensino profissional. Existiam cerca de 21,4 milhões de alunos no secundário e destes 10,2 estavam inscritos em cursos profissionais. Os números mostram um cenário de estabilidade desde 2014.

Comparando com os outros países do projeto europeu, Portugal surge abaixo a média europeia no que toca à proporção de alunos do secundário em cursos profissionais. Por seu turno, era na República Checa onde os jovens mais prosseguiam os estudos após o 9.º ano pela via profissional: 72%. Na Irlanda, apenas 10% dos alunos estavam inscritos no ensino profissional.

Estes dados têm em consideração alunos que estudam no ensino médio, com idades entre os 14 anos e 16 anos, podendo corresponder na totalidade ou parcialmente ao nível secundário, dependendo de cada país.

De acordo com o Eurostat, os cursos profissionais são projetados para que os jovens possam concluir o ensino secundário em preparação para o ensino superior ou possam obter competências mais técnicas relevantes para o mercado de trabalho. Em alguns casos, os cursos permitem a aprendizagem de competências específicas para determinadas ocupações, podendo ainda integrar componentes baseados no trabalho, como estágios.

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Revista de imprensa internacional

Uma resolução para as negociações para o Brexit continua sem estar à vista. Na Renault, começa agora a procura por um novo CEO.

Uma resolução para as negociações para o Brexit continua sem estar à vista, numa altura em que se aproxima a data de saída do Reino Unido da União Europeia. Na Renault, começa agora a procura por um novo CEO, depois da saída de Thierry Bolloré. Pela Catalunha, independentistas foram condenados a penas de prisão de entre nove a 13 anos. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

The Guardian

Negociações para Brexit falham. Acordo atempado parece “impossível”

Depois de um fim de semana de intensas conversações, ainda não se concretizou um avanço nas negociações do Brexit sendo que agora pode ser impossível para o Reino Unido deixar a UE até 31 de outubro com um acordo. A questão da fronteira irlandesa continua a ser o principal impasse. Um diplomata sénior da UE alertou que se o Reino Unido quiser um novo conceito de alfândega para a Irlanda do Norte, um acordo é “impossível” até o final de outubro, em declarações ao The Guardian.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Les Echos

Arranca corrida para liderança da Renault

A corrida para substituir Thierry Bolloré como CEO da Renault está agora oficialmente aberta. Vários número dois que eram considerados possíveis sucessores de Carlos Ghosn já deixaram o grupo, mas mesmo assim o sucessor na liderança ainda poderá ser interno. Clotilde Delbos, que está a atuar como líder interina durante esta busca, estará entre os candidatos a audição, apesar de não ser especialista em automóveis.

Leia a notícia completa no Les Echos (acesso livre, conteúdo em francês).

El Mundo

Supremo condena independentistas catalães a penas de prisão entre nove e 13 anos

O Supremo Tribunal espanhol condenou nove líderes do movimento independentista catalão a penas até aos 13 anos de prisão. O antigo vice-presidente do executivo regional da Catalunha Oriol Junqueras recebeu a sentença mais rígida, de 13 anos, enquanto outros oito ativistas receberam penas entre nove e 12 anos pelo papel na tentativa da região de obter a independência, que envolveu um referendo ilegal, em 2017.

Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

CEO da Boeing deixa presidência para se focar no 737 Max

O conselho da Boeing removeu Dennis Muilenburg do cargo de diretor executivo, sete meses depois de os voos com o 737 Max terem sido suspensos, devido a uma sequência de acidentes que envolveram este modelo de avião. O objetivo da mudança é permitir que Muilenburg se foque em voltar a colocar o jato mais vendido da Boeing em serviço. O diretor David Calhoun será agora o presidente não executivo da fabricante.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

NHK

Tufão no Japão causa 43 mortes

Pelo menos 43 pessoas morreram e 200 ficaram feridas no Japão, após a passagem do tufão Hagibis. Mais de 110 mil membros de equipas de socorro continuam as operações de busca e resgate, de acordo com a emissora pública nipónica NHK. Está prevista chuva para esta segunda-feira nas áreas afetadas, especialmente à noite, o que deverá dificultar os esforços de resgate. As autoridades alertaram a população para proceder com cautela, principalmente nas zonas próximas de rios.

Leia a notícia completa na NHK (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Portugal Ventures investe em mais 5 startups. Bate recorde com 11,8 milhões de investimento anual

Gestora de capital de risco do Estado investiu em cinco startups, resultado da Call Fostering Innovation in Tourism (FIT), tanto do Turismo de Portugal (2017 e 2018) como da Portugal Ventures (2019).

A Portugal Ventures acaba de investir 1,3 milhões de euros em cinco startups de turismo, anunciou a gestora de capital de risco pública em comunicado. A capital de risco aumenta assim o seu portefólio para 20 participadas do setor com a entrada das startups Bag4Days, Classihy, Sailside, Try Portugal e X-Plora. Os dois primeiros projetos foram finalistas do programas de aceleração do Turismo de Portugal, concluídos em 2017 e 2018; já os dois últimos foram resultado da participação na Call “Fostering innovation in tourism” (FIT) da Portugal Ventures.

As cinco rondas surgem na sequência da call FIT, lançada em julho pela Portugal Ventures em parceria com o Turismo de Portugal e o Nest – Centro de inovação do turismo, e que se destinava a financiar projetos em fase pré-seed, com elevado grau de risco e maiores dificuldades no acesso ao financiamento.

Nos primeiros meses de 2019, a Portugal Ventures mais do que triplicou os valores de 2018. O anúncio destes cinco investimentos, somado à ronda levantada pela Doppio, anunciada em julho, e a outro investimento que aguarda divulgação, perfazem 11,8 milhões de investimento em 21 startups este ano, avança a gestora de capital de risco. Será, assim, ano de recorde para a capital de risco.

Recorde-se que, em 2017, o investimento em novas participadas foi de um milhão e, em 2018, de 2,4 milhões.

“As empresas que resultam do programa FIT representam também uma aposta nossa em colmatar a falta de investimento nesta fase dos projetos, o que nos dá a oportunidade de contribuir para posicionar Portugal como um polo de referência na inovação, no empreendedorismo e na produção de bens e serviços para a indústria do turismo. A Portugal Ventures ambiciona mais investimentos no setor do Turismo para estimular a inovação, o empreendedorismo e a internacionalização das empresas, com vista à dinamização do investimento”, adianta Pedro de Mello Breyner, executive board member da Portugal Ventures e responsável pela área do Turismo.

No mesmo comunicado, a Portugal Ventures adianta que será lançada a 2.ª edição da Call FIT em 2020. Podem candidatar-se os projetos finalistas dos programas de aceleração do Turismo de Portugal 2019/2020. Atualmente, a Portugal Ventures tem abertas quatro calls para projetos de base científica e tecnológica nas áreas da economia do mar, economia circular e energia e tecnologia aplicada à agricultura, que têm como objetivo colmatar uma falha de mercado e alavancar soluções para problemas ambientais e sociais. A data de submissão para projetos nestas áreas termina a 31 de dezembro.

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É o trabalho remoto uma solução ou um problema?

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  • 14 Outubro 2019

Rui Correia, EY Senior Manager, questiona sobre o trabalho remoto como uma opção de melhor conciliar a vida pessoal com a profissional.

Será o trabalho remoto a solução definitiva para lidar com escritórios sobrelotados, horas de deslocação de e para o trabalho e dificuldades em conciliar a vida pessoal com a profissional?

Se à primeira vista o Trabalho Remoto pode parecer uma solução simples, a verdade é que apresenta desafios para os indivíduos e para a organização.
Desafios estes que, infelizmente, são utilizados com frequência como desculpa para não adotar esta solução de trabalho, quando na verdade podem ser geridos e ultrapassados.

Mas comecemos pelas vantagens: o que faz do trabalho remoto uma proposta apetecível?

Para os colaboradores é uma proposta simples e bastante vantajosa: eliminam-se as horas em transportes ou no trânsito de e para o escritório, flexibiliza os horários e o equilíbrio entre vida profissional e familiar e evita as distrações do escritório e as conversas de corredor.

Para as organizações, o trabalho remoto é também atrativo a diversos níveis.

Em termos de recrutamento, alarga as fronteiras do talento, ou seja, deixamos de ter que recrutar só quem reside a distâncias que permitem deslocação diária para o escritório. Num momento em que a luta pelo talento é feroz, esta é uma oportunidade que não se deve ignorar.

Por outro lado, adaptar um regime de flexwork, em que os colaboradores podem trabalhar parte da semana remotamente, cria uma liberdade que vai permitir gerir o espaço de escritório – e respetivos custos – de forma distinta, dando à organização uma maior flexibilidade e redução de custos.

No entanto, o trabalho remoto não são só “unicórnios e arco-íris”. Há um conjunto de desafios e pré-requisitos para funcionar.

1. Para as organizações, a adoção de trabalho remoto tem desafios Culturais e Tecnológicos:

  • Tecnológicos

Ter colaboradores a trabalhar de vários pontos geográficos, requer as condições técnicas para que isso não coloque em risco a capacidade de acesso às ferramentas de trabalho; é imperioso garantir que todos os colaboradores têm acesso à internet e que esta modalidade de trabalho não compromete a segurança informática nem o acesso a informação necessária, assegurando a confidencialidade. Para além disto, a colaboração entre equipas com membros dispersos geograficamente requer a disponibilidade de ferramentas colaborativas que facilitem reuniões e partilha de trabalho.

  • Culturais

A mudança para trabalho remoto implica mudanças no paradigma tradicional de liderança e controlo de equipas. Como podem os líderes assegurar que as pessoas não procrastinam em vez de trabalhar? Como assegurar a correta distribuição de prioridades, validar o decorrer do trabalho, a sua conclusão, a sua qualidade?

Não são problemas inultrapassáveis, mas requerem uma abordagem diferente. A necessidade de objetivos quantitativos ou qualitativos diários ou semanais é importante, tal como é fundamental que se estabeleçam frequentes reuniões -online- de coordenação e alinhamento de tarefas. No fim do dia, colaboradores responsáveis vão querer que o trabalho remoto reflita a mesma qualidade que o realizado in loco e percebem que a sua avaliação de desempenho não é suspensa quando não estão no escritório.

Um estudo da Organização Internacional do Trabalho da ONU revela até que os trabalhadores são geralmente mais produtivos fora do ambiente do escritório, mas também vulneráveis a trabalhar horas a mais e a um ritmo de trabalho mais stressante.

2. Isto leva-nos às desvantagens do trabalho remoto para as pessoas.

Quem trabalha a partir de casa, de forma regular, vai ter o desafio de manter a motivação, evitar a procrastinação, ser capaz de separar o trabalho da vida pessoal e não ficar até tarde frente ao computador, ser capaz de trabalhar em equipa e colaborar utilizando apenas ferramentas informáticas.

Estes são desafios ultrapassáveis; um espaço específico para trabalho e um conjunto de regras firmes, incluindo horas de trabalho, são chave para obter bons resultados, aproveitando os benefícios de forma plena!

Se a sua organização pensa na possibilidade de trabalho remoto, mas tem ainda dúvidas, ou se o quer fazer, mas ainda não sabe como, não deixe de o fazer por receio das dificuldades. Todos os desafios nesta área são solucionáveis com o planeamento e o apoio certo.

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