Cavaco Silva triste com resultado do PSD. Pede mobilização de militantes afastados, como Maria Luís Albuquerque

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

O ex-Presidente da República manifestou-se entristecido com o resultado do PSD nas eleições de domingo e defendeu que é urgente mobilizar os militantes que se afastaram ou foram afastados.

O ex-Presidente da República Cavaco Silva manifestou-se esta terça-feira entristecido com o resultado do PSD nas eleições de domingo e defendeu que é urgente mobilizar os militantes que se afastaram ou foram afastados, apontando a ex-ministra Maria Luís Albuquerque.

Como social-democrata com fortes ligações à história do PSD, o resultado obtido pelo partido não pode deixar de me entristecer”, afirmou Aníbal Cavaco Silva, numa declaração escrita, após questionado pela Lusa sobre os resultados das legislativas de domingo.

Para o ex-chefe de Estado, “a tarefa mais importante e urgente que o PSD tem agora à sua frente é a de reconstruir a unidade do partido e de mobilizar os seus militantes” e trazer “ao debate das ideias e ao esclarecimento e combate político os militantes que, por razões que agora não interessa discutir, se afastaram ou foram afastados”.

Como é o caso de Maria Luís Albuquerque, uma das mulheres com maior capacidade de intervenção, que conheci durante o meu tempo de Presidente, e muitos outros”, apontou.

“A história do PSD mostra que a pluralidade de opiniões, no quadro dos valores básicos da social-democracia moderna – liberdade, democracia, dignidade da pessoa humana, solidariedade e justiça social, igualdade de oportunidades e livre iniciativa – é uma força estimulante e enriquecedora do partido”, defendeu.

O ex-chefe de Estado, que também já ocupou os cargos de primeiro-ministro e foi líder dos sociais-democratas, é necessário “fazer do PSD um partido verdadeiramente nacional, atento aos anseios das populações” para “exercer a nobre tarefa de oposição firme ao governo que vier a ser formado”.

“É fundamental que o partido fundado por Sá Carneiro se afirme pelo papel reformista que sempre o distinguiu e que tão importante é para que Portugal se aproxime do nível de desenvolvimento médio da União Europeia”, considerou.

Ainda sobre os resultados do PSD nas legislativas de domingo – 27,9% e 77 deputados – Cavaco Silva considerou que o número de deputados eleitos “ficou muito aquém daquele que as vicissitudes que o país conheceu durante os quatro anos do governo da geringonça justificavam para o maior partido da oposição”.

Isto, reconheceu, “apesar da dinâmica revelada durante a campanha eleitoral e da indiscutível qualidade do programa económico proposto aos portugueses” pelo PSD.

Para Cavaco Silva, a história do PSD mostra que “a pluralidade de opiniões, no quadro dos valores básicos da social-democracia moderna – liberdade, democracia, dignidade da pessoa humana, solidariedade e justiça social, igualdade de oportunidades e livre iniciativa – é uma força estimulante e enriquecedora do partido”.

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Constâncio quer regras iguais para bancos e big tech. “Não pode haver pura experimentação” nas tecnológicas

Vítor Constâncio diz que bancos vão continuar a ter um papel vital no sistema financeiro, apesar da concorrência das grandes tecnológicas e das fintech.

Vítor Constâncio, antigo governador do Banco de Portugal e ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), sugeriu esta terça-feira que bancos e big tech como Facebook, Google ou Apple devem atuar com as mesmas regras no sistema financeiro, considerando que não deve ser dado às tecnológicas tratamento “de pura experimentação”.

Na Conferência sobre a Estabilidade Financeira, organizada pelo Banco de Portugal, Constâncio sublinhou que a “tecnologia é neutra para a regulação” financeira. “Não é por serem novas tecnológicas a distribuírem produtos financeiros que os problemas das externalidades, do moral hazard, da seleção adversa ou do comportamento do rebanho justificam o desaparecimento da regulação. A tecnologia não faz isto desaparecer e por isso a regulação continuará a ser necessária”, declarou o antigo vice-presidente do BCE.

Depois, prosseguiu Vítor Constâncio, “se qualquer uma destas novas fintechs começar a levantar fundos das pessoas e garantir um resgate ao par, então isso é um depósito”. “Então, se for um depósito então vai requerer a mesma regulação que é aplicada aos bancos”, esclareceu.

Para Constâncio este é “um princípio importante” e que também se aplicará à Libra, a moeda virtual que o Facebook, e a “outras tentativas de criar moeda ao oferece balanços que oferecem balanços com resgate ao par” porque serão vistas como um depósito bancário.

É por isso que todo o tratamento dado às tecnológicas no sistema financeiro não deve ser deixado à pura experimentação, que é a ideia de ‘vamos ver como isto funciona a uma pequena escala e depois faremos algo’. Isto pode crescer rapidamente e aí será tarde para fazer alguma coisa e volta atrás”, alertou o responsável.

Vítor Constâncio diz que ainda é cedo para avaliar totalmente as consequências das novas tecnológicas “Mas prevejo que os bancos vão continuar a existir e há alguns tipos de instituições têm funções vitais que necessárias no nosso sistema”, frisou.

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Cinco produtores portugueses na lista das 100 melhores adegas do mundo

Região do Douro, Bairrada e Vinhos Verdes no ranking mundial da revista de vinhos norte-americana Wine & Spirit's.

Há cinco produtores portugueses na lista das 100 melhores adegas do mundo. Entre eles estão o W&J Graham’s, Quinta do Noval, Taylor Fladgate, três conceituadas referências da região do Douro, Luis Pato da Bairrada e o Soalheiro da Região dos Vinhos Verdes.

Nesta lista da “Wine & Spirits 2019 – Top 100 Wineries”, da revista norte americana Wine & Spirits, estão representados 15 países e Portugal é um deles. São analisados parâmetros de qualidade e consistência de várias empresas produtoras de vinho mundiais. Na edição deste ano os vinhos da região do Douro, Bairrada e a Região do Vinhos Verdes ganham destaque em mais ranking mundial.

O concurso “Wine & Spirits 2019 – Top 100 Wineries” decorreu nos Estados Unidos da América e os produtores selecionados são oriundos dos EUA (36), seguindo-se a Itália (15), França (15), Espanha (8), Portugal (5), Áustria (4), Austrália (3), Alemanha (3), Grécia (3), Argentina (2), Chile (2), Arménia (1), Hungria (1), África do Sul (1) e Nova Zelândia (1).

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Líder do CDS-PP/Madeira diz que acordo com PSD representa “um momento histórico”

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

O presidente do CDS-PP/Madeira disse que o acordo político assinado com o PSD/Madeira representa "uma nova firma de governar a Região Autónoma da Madeira".

O presidente do CDS-PP/Madeira disse esta terça-feira que o acordo político assinado com o PSD/Madeira com vista à formação do XIII Governo Regional “representa um momento histórico e uma nova firma de governar a Região Autónoma da Madeira”.

O acordo que hoje assinamos representa um momento histórico uma nova forma de governar a Região Autónoma da Madeira” e “simboliza um poder mais partilhado, um governo mais representativo dos interesses do povo que nos elegeu e um sinal de amadurecimento da democracia e da autonomia”, declarou Rui Barreto.

O presidente da estrutura regional do CDS/Madeira realçou que, “a partir do momento em que for empossado, será o governo de todos os madeirenses“, materializando “a vontade expressa pelos cidadãos de terem um governo estável nos próximos quatro anos”.

“Não havendo acordos perfeitos, o documento que hoje [terça-feira] assinamos é fruto de um trabalho do PSD e do CDS que, não abdicando das suas convicções mais profundas, conseguiram encontrar pontos de convergência suficientes para criar regras de relacionamento claras e, sobretudo, para apresentar aos madeirenses um programa exequível, mobilizador e transformador”, observou.

Salientando que a preocupação do CDS/Madeira “não foi discutir lugares”, mas “discutir orientações programáticas e criar pontes, tão vitais nos dias que correm, em todas as áreas”.

Rui Barreto sublinhou que o XIII Governo Regional será “um instrumento para defender a autonomia aquém e além-mar, contra o centralismo asfixiante da política de Lisboa”, assim como um instrumento para diminuir as assimetrias sociais e para distribuir melhor a riqueza, refundar o sistema regional de saúde, garantir que as contas públicas não representarão um fardo para as futuras gerações e defender o desenvolvimento integral da região e a sua competitividade.

“O governo que pretendemos formar não será um fim em si mesmo, será um instrumento ao serviço da Madeira e dos madeirenses”, acrescentou. Rui Barreto garantiu que o PSD “encontrará no CDS um parceiro leal e focado no interesse geral”.

O projeto de coligação entre os dois partidos começou a desenhar-se na noite das eleições regionais, em 22 de setembro, depois de o PSD/Madeira, liderado por Miguel Albuquerque, ter perdido pela primeira vez a maioria absoluta que o partido sempre deteve na região, ao eleger 21 dos 47 deputados que compõem a Assembleia da Madeira.

Nessa noite, Miguel Albuquerque fez o “convite” ao CDS/Madeira, que viu o seu grupo parlamentar ficar reduzido de sete para três deputados, para uma coligação governativa que permitisse a “estabilidade” para continuar à frente do executivo insular e garantir uma maioria parlamentar.

O PSD venceu as eleições legislativas da Madeira, mas perdeu a maioria absoluta com que sempre governou a região autónoma, obtendo 56.449 votos e a eleição de 21 deputados. A abstenção cifrou-se em 44,40% (114.805 eleitores).

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Costa convoca para quinta-feira reunião da Comissão Política do PS

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

O secretário-geral do Partido Socialista uma reunião da Comissão Política Nacional do seu partido para analisar os resultados das eleições legislativas de domingo.

O secretário-geral do PS, António Costa, convocou esta terça-feira para quinta-feira uma reunião da Comissão Política Nacional do seu partido para analisar os resultados das eleições legislativas de domingo.

A reunião do órgão de direção alargada dos socialistas vai ter lugar depois de o líder do PS iniciar na quarta-feira uma primeira ronda de conversações com as forças da esquerda parlamentar (BE, PCP, PEV e Livre) e PAN, procurando desta forma assegurar condições de governabilidade a partir do novo quadro político.

Esta ronda inicial de conversações, que deverá acontecer já com António Costa indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República, foi avançada pelo Observador e confirmada à agência Lusa por fonte da direção do PS.

Na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS disse ser seu objetivo formar um Governo estável de legislatura, repetindo entendimentos políticos com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, e alargando-os agora a forças como o PAN e o Livre.

Na segunda-feira, o Presidente da República afirmou que “se for possível em termos de tempo” espera ainda hoje, terça-feira, “receber em Belém o primeiro-ministro que vier a resultar em termos de indigitação da audição dos partidos” com representação parlamentar, que serão ouvidos ao longo do dia.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, existe “uma razão de urgência”, que é a realização de “um Conselho Europeu muito importante para discutir o `Brexit´”, nos dias 17 e 18 deste mês, quinta e sexta-feira da próxima semana.

“Conviria que o primeiro-ministro indigitado ouvisse os partidos numa composição diferente do parlamento, portanto, já deste parlamento acabado de eleger, sobre os temas europeus, antes da tomada de posição no Conselho Europeu”, considerou o chefe de Estado.

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China e EUA preparam-se para nova ronda negocial em torno de atritos comerciais

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

O principal responsável da China para um acordo comercial com os EUA viaja esta terça-feira para Washington, onde se reunirá com representantes norte-americanos, visando pôr fim à guerra comercial.

O principal responsável da China nas negociações para um acordo comercial com os Estados Unidos viaja esta terça-feira para Washington, onde se reunirá com representantes norte-americanos, visando pôr fim à guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.

Em comunicado, o ministério chinês do Comércio anunciou na terça-feira que o vice-primeiro-ministro Liu He liderará uma delegação que inclui o ministro do Comércio, o governador do banco central e reguladores da indústria, tecnologia e agricultura.

Os dois governos fizeram gestos conciliatórios nas semanas que antecederam a nova ronda negocial, incluindo suspender ou adiar a entrada em vigor de novas taxas alfandegárias.

No entanto, não há sinais de progresso no sentido de resolver o cerne das disputas comerciais, em torno do superavit comercial da China e as ambições de Pequim para o setor tecnológico.

Pequim e Washington impuseram já taxas alfandegárias adicionais sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

As disputas comerciais ameaçam também a economia mundial: o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu este mês as suas projeções de expansão global para 3,2% em 2019, um décimo a menos do que as previsões feitas em abril.

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Instagram está mais escuro e menos “cusco”

O Instagram vai ficar diferente. Terá um modo escuro, e irá desaparecer o separador que mostrava a atividade dos utilizadores que segue.

O modo escuro já chegou ao Instagram. A funcionalidade vai funcionar automaticamente quando o modo escuro estiver ativado no iOS 13, nos iPhones, e nos Android que tenham também disponível a opção. Para além desta atualização, o Instagram irá também remover o separador onde se pode ver a atividade das pessoas que segue.

Para os telemóveis que têm acesso ao modo escuro, basta apenas atualizar a app, escreve o The Verge (acesso livre, conteúdo em inglês). No entanto, o próprio telemóvel tem de estar neste modo para a plataforma de partilha de fotos mudar também para a versão escura.

Outra das mudanças que o Instagram vai aplicar é que vai desaparecer o separador onde se podia ver a atividade das pessoas que o utilizador segue, como fotos de que gosta e pessoas que seguiu. Esta divisão é acessível através do ícone do coração, no menu da app, ao lado da atividade do próprio utilizador.

Muitas pessoas não estavam conscientes de que este separador sequer existe, ou que a sua atividade poderia ser consultada por outras pessoas. Esta foi uma das razões para o eliminar, em conjunto com a simplificação do design da app. A remoção desta funcionalidade será faseada ao longo desta semana.

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Saída sem acordo pode levar dívida do Reino Unido para máximos desde anos 60

  • Lusa
  • 8 Outubro 2019

Um Brexit sem acordo, ainda que "relativamente benigno", pode empurrar a dívida do Reino Unido para os níveis mais elevados desde os passados anos sessenta.

Um Brexit sem acordo, ainda que “relativamente benigno”, pode empurrar a dívida do Reino Unido para os níveis mais elevados desde os passados anos sessenta, de acordo com uma análise do Instituto de Estudos Fiscais (IFS, em inglês).

Este think tank estimou que o endividamento do Reino Unido poderia subir em 100.000 milhões de libras (111.800 milhões de euros), o que situaria a dívida total do país para o equivalente a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) pela primeira vez desde meados dos passados anos sessenta.

O Reino Unido – com uma dívida equivalente a cerca de 85,30% do PIBtem previsto sair da União Europeia (UE) no próximo 31 de outubro e o primeiro-ministro, Boris Johnson, está determinado a cumprir com aquele calendário mesmo que não alcance um acordo com o bloco europeu.

O diretor do IFS, Paul Johnson, sublinhou que há um “extraordinário nível de incerteza” e a economia e as finanças públicas do país enfrentam “riscos” perante o Brexit.

O IFS diz que um ‘Brexit’ sem acordo pode situar em “zero” o crescimento económico, incluindo com uma resposta orçamental e monetária “substancial” por parte do Governo e do Banco de Inglaterra.

O think tank adianta que um acréscimo do gasto público em 2020 pode ser seguido de uma queda económica, já que o Governo terá que fazer frente “às consequências de uma economia mais pequena e um maior endividamento”.

Johnson sublinhou que é “crucial” que um programa de gastos do Governo seja “temporal”.

Os especialistas afirmaram que a economia britânica sofreu uma contração de cerca de 60.000 milhões de libras (67.080 milhões de euros) desde que o país votou a favor de sair da UE no referendo realizado em junho de 2016.

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Próxima Comissão Europeia quer regular criptomoedas. Libra, do Facebook, na mira

Valdis Dombrovskis, indigitado vice-presidente executivo da próxima Comissão, diz que vai apresentar legislação para regular criptomoedas como a Libra do Facebook.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia indigitado para continuar a liderar as pastas económicas, disse esta terça-feira no Parlamento Europeu que pretende apresentar uma proposta para regular as criptomoedas, como a Libra do Facebook, na União Europeia durante a próxima Comissão.

Na sua audição no Parlamento Europeu, o letão, que é um dos três vice-presidentes executivos no topo da estrutura da próxima Comissão Europeia de Ursula von der Leyen, defendeu que a Europa precisa de uma abordagem comum para a regulação das criptomoedas e que vai avançar nesse sentido, caso seja confirmado.

“A Europa precisa de uma abordagem comum para criptomoedas, como a Libra. Eu pretendo apresentar legislação neste sentido”, disse na sua intervenção inicial.

Valdis Dombrovskis, que já tem a seu cargo a pasta dos Assuntos Financeiros na atual Comissão Juncker desde o referendo do Brexit no Reino Unido – no verão de 2016 –, disse que esta abordagem é necessária para responder a riscos como a “concorrência desleal, a cibersegurança e as ameaças à estabilidade financeira”.

O letão explicou ainda que a regulamentação que antevê pretende acautelar os riscos à estabilidade financeira, mas também proteger os investidores que apostam neste tipo de ativos.

“[As criptomoedas] podem ter riscos sistémicos para a estabilidade financeira, a estabilidade monetária, a proteção de dados, o branqueamento de capitais. Estas são apenas algumas questões que têm de ser tidas em conta”, disse aos eurodeputados.

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“Não está excluído, em determinadas circunstâncias, estarmos de acordo” com o PSD, admite Carlos César

Marcelo recebe os partidos que terão assento parlamentar na nova AR e deverá indigitar António Costa como primeiro-ministro. Acordo BE/PS não deve inviabilizar entendimentos estruturais, diz Rio.

O Presidente da República recebe esta terça-feira todos os partidos que terão assento parlamentar na Assembleia da República na próxima legislatura, dois dias depois das eleições que deram a vitória a António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa quer indigitar o primeiro-ministro o quanto antes para que os novos partidos possam transmitir a sua posição relativamente ao Conselho Europeu da próxima semana, decisivo para a forma como o Reino Unido irá abandonar a União Europeia — se com, ou sem (mais provável) acordo.

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Nove em cada 10 empreendedores portugueses voltaria a fundar uma empresa

O estudo do grupo alemão Metro revela que a maioria dos empreendedores em Portugal voltaria a fundar uma empresa, apesar de recearem instabilidade das receitas e de considerarem os impostos "penosos".

91% dos empreendedores nacionais voltariam a fundar negócios novamente, apesar de 39% ter receio da instabilidade das receitas e 45% considerar que o pagamento de impostos é “muito penoso” em Portugal. Estes são os resultados do estudo do grupo alemão Metro sobre o mercado português, a propósito do “Dia do negócio próprio“, que assinala esta terça-feira.

Segundo o Metro, estes dados mostram “a importância que estes negócios locais têm para muitos consumidores, de forma a manter o seu próprio modo de vida.” O estudo confirma que um quarto dos portugueses gosta de comprar em negócios independentes: 26% dos consumidores inquiridos confirma que os negócios próprios têm importância no sentido de manterem o estilo de vida que mais desejam”.

“Especialmente nos primeiros dois anos após o início do mesmo, é importante estarem conscientes do caminho que têm pela frente. Durante esse mesmo período, os empreendedores têm de lidar analítica e estrategicamente com os fundos disponíveis e gerir o consumo dos recursos”, explica Christoph Hienerth, professor da Beisheim School of Management em Vallendar, Alemanha.

Fatores de sucesso dos negócios próprios

Para os trabalhadores por conta própria, os fatores de sucesso são o serviço, qualidade e sustentabilidade. Em matéria de sustentabilidade, 54% dos portugueses considera-o um “critério de decisão importante”. Quase metade (47%) também afirma que a qualidade “é uma das principais razões que os leva a preferir adquirir produtos e serviços provenientes de empresas independentes”.

Um quarto dos portugueses assegura que prefere comprar em empresas geridas pelos proprietários, em vez de se dirigir às grandes cadeias. 70% dos consumidores portugueses afirma que prefere dirigir-se a cabeleireiros e barbearias geridas pelos proprietários, seguindo-se os floristas e os cafés. De acordo com o estudo, os negócios próprios “satisfazem o desejo de individualidade e diversidade na região“. Quase um em cada dois consumidores é da opinião de que “são os negócios próprios que oferecem os melhores serviços para manter o seu estilo de vida individual.”

“Dia do Negócio Próprio”

A campanha “Dia do negócio próprio” foi lançada em 2016, em Portugal em mais 25 países, pelo grupo Metro, da qual a Makro é filial, para dar visibilidade às empresas independentes. “O nosso objetivo é o foco na diversidade e na individualidade dos negócios próprios, visto que estes têm uma grande importância para o dia-a-dia das regiões e tudo o que os rodeia a nível local”, observa David Antunes, CEO da Makro Portugal.

“Muitas vezes, os empreendedores que fundam o seu próprio restaurante, carecem da atenção necessária no início. O “Dia de negócio próprio” ajuda-os em grande medida a criar notoriedade para os seus conceitos individuais”, sublinha Rute Costa, digital marketing manager da Makro Portugal. Para assinalar o “Dia do negócio próprio”, esta terça-feira, mais de três mil negócios em Portugal vão disponibilizar descontos e ofertas especiais.

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Juro da dívida abaixo de Espanha, mas bolsa de Lisboa não acompanha o sentimento positivo

Juros das obrigações caem e estão abaixo dos de Espanha. O spread face à Alemanha aproxima-se de mínimos históricos. Mas na bolsa, o sentimento é o contrário: há perdas nas ações portuguesas.

A dívida pública portuguesa está cada vez mais apetecível para os investidores. O juro das obrigações do Tesouro (OT) a dez anos continuam a cair, aproximando-se cada vez mais do benchmark alemão, demonstrando a confiança dos mercados no país. Em sentido contrário, a bolsa de Lisboa não resiste às investidas de Donald Trump na guerra comercial.

Ainda sem Governo formado, a reação dos mercados às eleições legislativas deste domingo está a ser positiva. A yield da dívida a dez anos mantém, esta terça-feira, a tendência de queda da última sessão e negoceia nos 0,113%, em mercado secundário.

Depois de esta taxa ter estado duas vezes de forma temporária abaixo da pedida pelos investidores a Espanha, tem sido esta a tendência ao longo de toda a sessão. O juro da dívida espanhola a dez anos negoceia nos 0,13%.

Já em comparação com o benchmark europeu, as Bunds alemãs com o mesmo prazo, a diferença é cada vez menor. O spread que sinaliza o risco do país situa-se em apenas 69 pontos base, em mínimos de três meses e a escassos pontos dos mínimos históricos tocados em julho (65 pontos base).

Juro das OT a dez anos em mínimos de um mês

Fonte: Reuters

O otimismo face à dívida portuguesa segue-se à revisão em alta do rating da República pela DBRS e da vitória do PS nas eleições legislativas de domingo mesmo que sem maioria absoluta. “Qualquer um dos dois cenários mais prováveis (acordo do PS com BE ou governo minoritário) acabará por significar uma continuidade da estabilidade económica dos últimos anos, marcados por um crescimento económico robusto e pelo cumprimento das metas de Bruxelas (défice de 0,4% em 2018), não obstante a gradual reversão das medidas da austeridade”, avalia o Bankinter.

Mas se a dívida mostra confiança, o mesmo não acontece com a bolsa. Após a última sessão e o início desta terem sido de ganhos, o índice de referência nacional PSI-20 não resistiu à pressão internacional. Menos de três depois da abertura, segue a cair 0,6%, em linha com as perdas nas principais praças europeias.

Washington anunciou que vai restringir os negócios com várias empresas chinesas que desenvolvem sistemas de reconhecimento facial e outras tecnologias de inteligência artificial, e que estão alegadamente associadas à repressão contra grupos minoritários muçulmanos na China. A nova investida de Donald Trump está a penalizar as bolsas e Lisboa não escapa.

Bolsa de Lisboa em terreno negativo

A Pharol afunda 2,80% para 0,1040 euros por ação, mas são os setores do papel, banca e energia que mais penalizam o índice. A Altri cai 2,41% para 5,26 euros, a Semapa perde 0,35% e a Navigator cede 0,13%.

O BCP — que normalmente beneficia da quebra nos juros da dívida — perde mais de 2% depois de o governador do Banco de Portugal ter feito alertas sobre a pressão dos baixos juros do Banco Central Europeu nas margens financeiras da banca.

A Galp, que comunicou esta manhã ao mercado um aumento da produção de petróleo em 21% no terceiro trimestre do ano acompanhado de uma desaceleração na refinação e distribuição, bem como do gás, perde 1,43% para 13,47 euros. Já a EDP e a EDP Renováveis recuam 0,96% e 0,20%, respetivamente.

A contrariar a tendência, a Mota-Engil avança 0,7% graças a um novo contrato para recolher resíduos no Brasil. Igualmente, a REN sobe 0,57% após o upgrade na avaliação feita pela RBC. A Jerónimo Martins, que foi alvo de uma revisão em alta do preço-alvo das ações pelo Barclays, ganha 0,43%.

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