Quem votou em quem? Um retrato dos concelhos onde os partidos têm mais votos

  • ECO e Lusa
  • 7 Outubro 2019

O PS conseguiu mais votos nos concelhos onde a população tem um poder de compra e escolaridade abaixo da média, o PSD em concelhos onde a população acima de 65 anos é superior à media nacional.

O PS conseguiu melhores votações nos concelhos nos quais a população tem menor poder de compra, o PSD naqueles com população mais velha, o CDS onde há menos divórcios e filhos fora do casamento, o Bloco de Esquerda entre os que têm mais jovens e com mais instrução.

Os dados do portal EyeData, disponibilizados na página da Agência Lusa, permitem vislumbrar o perfil demográfico dos concelhos que apostam mais em cada um dos partidos que conseguiram entrar no Parlamento para os próximos quatro anos.

De acordo com estes dados, o PS, grande vencedor da noite eleitoral deste domingo, conseguiu melhores resultados nos concelhos onde os eleitores têm um poder de compra inferior à média nacional, um número elevado de escolas, mas com uma escolaridade abaixo da média nacional.

No caso do PSD, que foi o segundo partido mais votado, os melhores resultados foram conseguidos em concelhos com uma percentagem da população com mais de 65 anos superior à média nacional, mas com rendimento médio mensal abaixo da média.

Já o CDS-PP, um dos grandes derrotados da noite eleitoral, é nos concelhos com menos divórcios e filhos fora do casamento, maior poder de compra e mais empresas, que o partido cuja liderança Assunção Cristas deixa agora teve melhores resultados.

O Bloco de Esquerda, que cimentou a sua posição como terceiro maior partido, tem mais votos em concelhos mais jovens, com maior nível de instrução, maior poder de compra e menor volume de negócios.

Este perfil é semelhante ao do Livre, que elegeu pela primeira vez um deputado para a Assembleia da República. O partido de Rui Tavares (também ele ex-Bloco de Esquerda) conseguiu mais votos nos concelhos com maior número de jovens com ensino secundário que a média do país.

O PAN, outro dos grandes vencedores da noite de domingo, tem um perfil de cotação mais semelhante ao dos partidos de direita: concelhos onde os níveis salariais são mais elevados. E onde a recolha de resíduos para reciclagem estão acima da média do país.

Já o Iniciativa Liberal, um dos novos partidos que terão assento parlamentar na próxima legislatura, conseguiu resultados mais altos nos concelhos com um volume de negócios na indústria e no comércio acima da média nacional.

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Escalões nas taxas do BCE poupam 43 milhões à banca nacional

Dados disponíveis apontam para que a nova taxa de depósito do BCE apenas se aplique a cerca de cinco mil milhões de euros. Tal permitirá uma poupança em torno de 43 milhões para a banca nacional.

O Banco Central Europeu (BCE) ofereceu uma prenda à banca portuguesa na última reunião de política monetária. A decisão de descer a taxa de depósito da Zona Euro, mas aplicar-lhe um tiering (escalões) deverá representar para os bancos nacionais uma poupança anual em torno de 43 milhões de euros, apontam cálculos do ECO.

Do último conselho de governadores de bancos centrais que decorreu a 12 de setembro, resultou um novo pacote de estímulos monetários com vista a resgatar a Zona Euro da difícil situação em que se encontra. Para além de relançar o programa de compra de ativos, no valor de 20 mil milhões de euros por mês, a entidade liderada por Mario Draghi decidiu ainda baixar a taxa de depósito, dos -0,4% para um novo mínimo histórico de -0,5%.

À partida poderia parecer ser uma má notícia para os bancos, apontando para custos mais elevados ao aparcarem os seus depósitos junto do BCE. Mas não vai ser assim. Para mitigar o impacto sobre a banca, foi introduzido um sistema de dois níveis que possibilita que uma parte do excesso de liquidez do setor — dinheiro que os bancos não estão a conseguir emprestar à economia — fique a salvo deste custo.

Atualmente, o BCE aplica uma taxa de -0,4% ao excesso das reservas dos bancos da Zona Euro. Ou seja, sobre todo o montante que vai além das reservas mínimas exigidas pelas regras do setor.

Com o novo modelo que vigora a partir de 30 de outubro, contudo, o montante correspondente até seis vezes as reservas mínimas obrigatórias dos bancos fica liberto do pagamento da nova taxa de depósito de -0,5%. Apenas os valores acima desse patamar são taxados.

Evolução das reservas mínimas e das reservas excedentárias

Para o sistema financeiro europeu como um todo, já há uma estimativa das poupanças que este tiering vai permitir. Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, revelou há alguns dias que os bancos da Zona Euros “teriam algum alívio face aos juros negativos”, antecipando-lhes poupanças de quatro mil milhões de euros por ano.

“Com base nos atuais níveis de excesso de liquidez, a calibragem [tiering] vai implicar poupanças anuais para os bancos de cerca de quatro mil milhões de euros”, explicou De Guindos numa conferência organizada pelo BCE a 24 de setembro.

E a banca portuguesa como fica? Não é pública a expectativa sobre aquele que será o impacto para os bancos nacionais, mas alguns cálculos apontam para poupanças que poderão chegar aos 43 milhões de euros, aproximadamente.

Chegar a este valor foi possível através da comparação entre o valor das reservas mínimas dos bancos nacionais e o dos respetivos depósitos junto do banco central.

O último Relatório de Implementação de Política Monetária do Banco de Portugal indica que as reservas mínimas dos bancos nacionais registaram “variações marginais”, em 2018, sendo que ascendiam a cerca de dois mil milhões de euros no final desse ano. Já o total dos depósitos ascendia a quase 17 mil milhões de euros.

Assumindo a manutenção destes níveis, isto significa que no modelo ainda em vigor [taxa de depósito de -0,4%] os encargos para os bancos nacionais de esses 17 mil milhões de euros aparcados junto do BCE totalizam 68 milhões de euros.

No novo modelo que vigora a partir do final de outubro, a multiplicação por seis do valor das reservas mínimas dos bancos nacionais, significa que, do total de 17 mil milhões de euros depositados no BCE, 12 mil milhões ficam isentos da nova taxa de depósito. Sobram cinco mil milhões de euros de excesso de liquidez aos quais aplicando a taxa de depósito de -0,5% de passam a representar um encargo anual de 25 mil milhões de euros para os bancos nacionais. Ou seja, menos 43 milhões de euros face ao cenário ainda em vigor.

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🎥 Da esquerda à direita, veja as reações aos resultados das legislativas

O PS ganhou as eleições com 36,65% dos votos. E há novos partidos no Parlamento. Entre vencedores e vencidos, veja as principais reações à noite eleitoral.

Após duas semanas de campanha, os portugueses foram às urnas. Naquelas que foram as legislativas com maior taxa de abstenção de sempre, o PS acabou por sair vencedor, confirmando o que apontavam as sondagens. António Costa ganhou, mas sem maioria, a direita sofreu uma derrota pesada, ao mesmo tempo que se abriu a porta do Parlamento a três novos partidos: Iniciativa Liberal, Livre e Chega. Veja aqui as frases que marcaram as reações dos partidos aos resultados finais.

http://videos.sapo.pt/yPI7sdbmjYdy78WARupz

 

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Entraram nas urnas 218 mil votos brancos e nulos. Foram mais do que os votos no CDS

O número de votos brancos e nulos cresceu face às últimas legislativas. Totalizaram 218 mil, um valor superior ao conjunto de eleitores que colocou uma cruz no boletim para eleger o CDS.

Nem todos os portugueses que foram às urnas este domingo fizeram uma cruzinha no boletim de voto. Mais de 218 mil pessoas não pousaram a caneta no papel, ou então desenharam tudo menos uma cruz dentro de um dos quadrados. Em conjunto, foram mais os votos em branco e nulos do que os votos no CDS.

Nestas eleições, contaram-se 129.599 votos em branco e 88.539 votos nulos, de acordo com os dados da Comissão Nacional de Eleições. Estes cresceram bastante face às últimas legislativas, em 2015, quando entraram nas urnas 112 mil votos em branco, e 86 mil votos nulos.

Foram votar 5.092.424 eleitores nestas legislativas, de acordo com os dados da CNE. A taxa de abstenção registou assim um novo recorde, ao situar-se nos 45,5%. Mesmo assim, entre aqueles que decidiram ir até à mesa de voto, 218.138 depositaram nas urnas votos brancos e nulos, o que corresponde a 4,28%.

Este é um valor superior ao obtido pelo CDS, de 4,25%, que conseguiu 216.448 votos. É preciso recuar a 1991, para encontrar um resultado igualmente baixo (5 deputados eleitos). Um desempenho que levou a líder centrista, Assunção Cristas a convocar um congresso antecipado e anunciar que não se recandidata à presidência do partido do Caldas.

O número de brancos e nulos fica também acima do total dos três partidos que conseguiram pela primeira vez eleger um deputado. Iniciativa Liberal, Livre e Chega alcançaram, juntos, 187.643 votos.

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Distrito a distrito, quais foram os vencedores destas legislativas?

O PS foi o vencedor destas eleições legislativas, ao obter 36,65% dos votos dos portugueses, mas não venceu em todos os distritos. O PSD foi o partido mais votado em cinco deles.

O PS foi o vencedor nacional destas eleições legislativas, embora sem maioria absoluta como tanto ambicionava António Costa, mas, distrito a distrito, os vencedores não foram só os socialistas, os sociais-democratas também brilharam.

António Costa saiu vencedor ao obter 36,65% dos votos dos portugueses, conseguindo eleger 106 deputados para se sentarem no Parlamento nos próximos quatro anos. Atrás ficou o PSD, com 27,9% dos votos garantindo 77 mandatos. Seguiram-se o Bloco de Esquerda (9,67%), o PCP (6,46%), o CDS (4,25%) e o PAN (3,28%). Mas, este ano, o país ganhou três novos partidos com assento parlamentar: Chega, Iniciativa Liberal e Livre, que conseguiram eleger, cada um, um deputado.

Mas, analisando os 18 distritos nacionais, a mancha rosa que domina o país foi interrompida por alguns distritos pintados de laranja: o PSD foi a força política mais votada em cinco distritos — Vila Real (39,04%), Bragança (40,78%), Viseu (36,24%), Leiria (33,52%) e Região Autónoma da Madeira (37,15%), de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Em Lisboa, o PS venceu com 36,74% e no Porto com 36,65%.

Comparando com os resultados obtidos nas eleições de 2015, em que o PSD de Pedro Passos Coelho saiu vencedor ao coligar-se com o CDS — embora tenha sido António Costa que acabou por formar Governo ao conseguir uma maioria através de um acordo de incidência parlamentar com o Bloco de Esquerda e o PCP — o cenário é bastante diferente.

A zona norte do país estava pintada de cor de laranja (PSD), enquanto a zona a sul estava pintada de rosa (PS). O ECO preparou um mapa com os partidos vencedores em cada um dos distritos do país, e pode ver as diferenças entre 2015 e 2019, respetivamente.

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Costa falhou maioria absoluta mas saiu reforçado. E agora?

O PS venceu as legislativas sem maioria absoluta, mas não está tão dependente dos parceiros à esquerda para governar. Na terça-feira, Marcelo recebe os partidos políticos com assento parlamentar.

O PS conseguiu eleger 106 deputados nas eleições legislativas de domingo, falhando a maioria absoluta que nem os votos dos emigrantes, que só chegam no final da semana, poderão garantir. António Costa vai começar já a negociar com toda a esquerda parlamentar. Mas o líder do PS está mais à vontade desta vez. Ao contrário do que aconteceu em 2015, Costa consegue passar leis no Parlamento através de várias geringonças possíveis.

Há quatro anos, Costa precisou juntar numa única solução governativa quatro partidos. Sempre que uma lei era votada no Parlamento era preciso o apoio de todos. O PS aliou-se assim ao Bloco de Esquerda, ao PCP e aos Verdes. Só assim tinha mais de 116 deputados.

Da ida às urnas este domingo saiu um equilíbrio diferente. O PS obteve 106 deputados, acima dos 86 atuais, e ainda falta incluir os votos dos emigrantes. O Bloco de Esquerda manteve os mesmos 19 deputados e o PCP perdeu lugares na bancada ao passar de 17 para 12.

Ou seja, a esquerda tem mais força no Parlamento (142 nas eleições de domingo contra 123 deputados em 2015), mas à custa do crescimento do PS, do reforço da posição do PAN e a chegada do Livre.

No discurso de vitória, o líder socialista anunciou que vai tentar uma geringonça alargada, com os atuais parceiros e os novos (PAN e Livre), numa tentativa para abrir espaço negocial máximo para chegar a um resultado final que em termos aritméticos é até mais simples.

Isto porque com os 106 deputados já conseguidos, o PS precisa apenas de dez para conseguir aprovar leis. E qual das forças políticas garante uma dezena de sins na hora de aprovar leis? Várias. O Bloco sozinho consegue, o PCP sozinho também. O PAN e o Livre garantem cinco, por isso, sozinhos não são uma solução para António Costa mesmo que este conseguisse eleger os quatro deputados que falta apurar pelos círculos eleitorais da Europa e fora da Europa.

Apesar disso, a tarefa, em termos políticos pode ser mais complexa — mais se não houver acordos escritos. Estes servem de guião, o que vai balizando as negociações. Sem acordos escritos — como por exemplo quer o PCP –, as negociações, caso a caso, exigirão esforço político em cada um dos dossiers e jogos em vários tabuleiros em simultâneo.

Costa já foi avisando ao que vem. Repetiu por várias vezes que o PS saiu “reforçado”, avisou que os socialistas também têm o “seu caderno de encargos” e que contas certas que não deitem tudo a perder são para manter. Mais, já disse o que faria — tenta a geringonça alargada — mas já avisou que a responsabilidade não está só do seu lado.

No xadrez político na próxima legislatura há ainda o PSD. Rui Rio teve um dos piores resultados do partido (elegeu 77 deputados) e nos próximos dias vai ponderar. Mas, entretanto, manteve que, tal como tem defendido sempre, está disponível para acordos de regime que permitam apoiar reformas estruturais. O PSD não está nos planos de Costa por agora. “Da leitura destes resultados há uma derrota clara do PSD e do CDS e da direita”, disse Costa, acrescentando que o “espaço natural” é à esquerda. Sem os parceiros naturais, “teremos de prosseguir com um Governo do PS para garantir dia-a-dia a estabilidade ao longo de quatro anos”.

Costa prefere acordos escritos, mas Marcelo Rebelo de Sousa não os considera necessários. Resta saber se mantém a mesma posição tendo em conta o novo equilíbrio de forças que saiu das eleições deste domingo.

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5 coisas que vão marcar o dia

O país está em rescaldo da noite eleitoral e o dia ficará marcado pelas reações políticas e dos mercados aos resultados das legislativas deste domingo.

O país está em rescaldo das eleições deste domingo, pelo que será um dia de reações, não só políticas como também dos mercados, depois de a DBRS ter melhorado a notação financeira do país na passada sexta-feira.

País em rescaldo da noite eleitoral

Portugal está em rescaldo depois das legislativas deste domingo. O PS venceu as eleições sem maioria absoluta, como previam as sondagens, com 36,65%, enquanto o PSD ficou em segundo lugar, com 27,90%, numas eleições que colocaram três novos partidos no Parlamento O dia será marcado por reações políticas e dos mercados aos resultados destas eleições, enquanto o país termina a contagem e digere a nova composição da Assembleia da República, de onde emanará o próximo Governo.

Como reagem os juros da dívida à DBRS?

Não vai ser só o resultado das eleições a condicionar as negociações na bolsa portuguesa esta segunda-feira. O mercado secundário de dívida pública deverá reagir à decisão da DBRS de elevar o rating da República para “BBB (high)” na passada sexta-feira à noite. É o nível mais elevado em oito anos, depois de a agência ter melhorado o outlook do país de “estável” para “positivo” no passado dia 5 de abril. Na sexta-feira, os juros da dívida a 10 anos fecharam em 0,15%, uma subida marginal face ao dia anterior.

Gasóleo desce dois cêntimos por litro

É segunda-feira, o que significa mudanças nos preços dos combustíveis. Porém, hoje, só no gasóleo. O preço do diesel cai dois cêntimos em Portugal, para 1,36 euros por litro. Já o custo da gasolina fica inalterado, devendo rondar os 1,50 euros por litro. A atualização dos preços dos combustíveis pode variar nas bombas e reflete a evolução do preço do petróleo e derivados nos mercados internacionais.

Parlamento Europeu questiona futuros comissários

No Parlamento Europeu, prosseguem as audições aos futuros comissários europeus. A partir das 13h30 em Lisboa, responderão às perguntas dos eurodeputados: Věra Jourová, indigitada pela República Checa e nomeada para vice-presidente, com a pasta dos Valores e Transparência, na Comissão dos Assuntos Constitucionais; e Josep Borell, indigitado por Espanha e nomeado alto representante da Comissão Europeia e vice-presidente, na Comissão de Assuntos Externos.

Como evoluíram os preços das casas na UE?

O Eurostat vai revelar como evoluíram os preços das casas no segundo trimestre, um indicador que permite medir o pulso ao mercado imobiliário para habitação na União Europeia (UE) e comparar os vários Estados-membros. Os dados do primeiro trimestre de 2019 mostram que Portugal figurou nas posições de topo a nível europeu, com mais uma subida de 9,2%, num período em que os preços médios das casas na UE cresceram 4%. Em setembro, o INE revelou que o Índice de Preços da Habitação em Portugal voltou a acelerar, tendo subido 10,1% neste segundo trimestre.

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Esquerda disponível para apoiar PS. Mas o que querem em troca PCP e BE?

Tanto PCP como o Bloco de Esquerda estão disponíveis para apoiar o PS, depois de este não ter conseguido maioria absoluta. Contudo, a esquerda tem algumas exigências.

O PS venceu, mas sem maioria absoluta. Abriu a porta à continuidade da solução governativa dos últimos quatro anos, mas incluindo mais partidos. Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda mostraram-se disponíveis para apoiar os socialistas, mas logo nos discursos da noite eleitoral apresentaram, cada um, os seus “cadernos de encargos”.

“Os portugueses desejam um novo Governo do PS”, disse António Costa, no discurso de vitória. Os portugueses “gostaram da geringonça e desejam a continuidade da atual solução política agora com um PS mais forte”, continuou. Nesse sentido, o PS “vai empenhar-se em garantir as soluções de estabilidade”, procurando junto dos parceiros parlamentares a renovação da solução política.

Tanto Catarina Martins como Jerónimo de Sousa mostraram-se disponíveis para apoiar António Costa durante os próximos quatro anos, seja através de uma solução de estabilidade, seja através de uma negociação todos os anos, colocando já os “compromissos” que exige para dar o seu apoio.

Por sua vez, Jerónimo de Sousa afasta um cenário de acordo escrito, deixando em aberto a possibilidade de negociações avulsas sem pré-acordo, dependendo das opções do PS.

BE dá opções ao PS. Apresenta “compromissos”

Para a líder do BE, que falava este domingo antes de serem conhecidos os resultados oficiais, dado que os socialistas não obtiveram maioria absoluta, caso venham a precisar de apoio parlamentar, têm agora duas opções: “procurar uma solução de estabilidade” ou “realizar negociações ano a ano para cada Orçamento” do Estado.

“Se a primeira [opção] não se realizar, estaremos também disponíveis para uma negociação caso a caso, mantendo os compromissos que sempre afirmámos”, disse.

Contudo, em troca desse apoio, a deputada bloquista quer algumas coisas — os tais “compromissos” que o partido sempre afirmou:

  • Defender quem vive do seu trabalho em Portugal: repor os cortes que foram feitos na troika e que ainda estão na legislação laboral, os dias de férias, as compensações por despedimento e o pagamento pelas horas extraordinárias;
  • Combater a precariedade: combater os trabalhadores por turno e defender as pensões, acabando com o duplo corte do fator de sustentabilidade;
  • Salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo que este tem o financiamento necessário, combatendo a promiscuidade entre o público e o privado, e fazendo o caminho para a exclusividade dos profissionais do SNS;
  • Proteger os serviços públicos em todo o território, incluindo a recuperação do controlo público dos CTT;
  • Recuperar o investimento público, responder à crise da habitação e dos transportes e construir uma resposta decidida à emergência climática.

PCP afasta “cena do papel”. Mostra “objetivos imediatos”

Ao contrário de Catarina Martins, Jerónimo de Sousa não colocou já “em cima da mesa” um cenário de geringonça. Ou seja, os comunistas deixaram em aberto a possibilidade de negociações avulsas sem pré-acordo.

“Será em função das opões do PS que a CDU determinará como sempre o seu posicionamento”, disse o secretário-geral comunista este domingo, antes de serem conhecidos os resultados finais, referindo depois algumas das medidas que fizeram parte dos seu programa eleitoral como sendo “objetivos imediatos” e rejeitando medidas de direita — como reversões na legislação laboral:

  • Aumento do salário mínimo nacional para 850 euros;
  • Aumento real das pensões de reforma;
  • Creches gratuitas para todas as crianças até aos três anos;
  • Direito à habitação com garantias de arrendatários;
  • Construção de habitação pública;
  • Reforço do investimento em falta no SNS e serviços públicos;
  • Orçamento de 1% para a Cultura;
  • Garantia da proteção da Natureza, do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

Isto é, dependendo das posições que serão adotadas pelo PS, o PCP decidirá se apoia, ou não, os socialistas. Uma coisa é certa: “Não haverá repetição da cena do papel”, disse Jerónimo de Sousa, referindo-se aos quatro anos de geringonça.

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Markel vende operação no Brasil a equipa de gestão

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

Pouco tempo depois de iniciar a sua atividade no Brasil, a seguradora optou por vender o negócio à equipa de gestão liderada por Carlos Caputo. Passará designar-se NEWE Seguros.

A Markel International, seguradora com sede em Londres e que pertence ao grupo segurador e de investimento norte-americano Markel Corporation, anunciou a venda do seu negócio no Brasil à equipa de gestão que lidera atualmente a subsidiária naquele país.

Num comunicado divulgado no seu site a Markel International afirma que a venda surge depois de uma revisão estratégica e que, depois de obtidas as necessárias autorizações das entidades reguladoras, a companhia mudará o nome para NEWE Seguros.

À frente da nova seguradora ficarão Carlos Caputo, o atual CEO para a América Latina, Gabriel Boyer, vice-presidente, e Rodrigo Motroni, diretor técnico. São agora os únicos acionistas da empresa.

Citado no comunicado, Carlos Caputo acredita que o sector agrícola “continuará a ser o pilar mais importante do negócio e do crescimento do país e estamos empenhados em continuar a prestar um serviço de excelência aos nossos clientes e parceiros”.

No Brasil a Markel é especializada em seguros para o sector agrícola. Com mais de dois anos de atividade totalizou, em 2018, totalizou R$ 75 milhões (16,9 milhões de euros) em vendas e pagou R$ 45 milhões em indenizações. A meta para 2019 é chegar a uma faturação de R$ 125 milhões.

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Allianz bem colocada para ficar com bancassurance do BBVA

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

Com Generali a duvidar da rentabilidade do negócio, os alemães apenas têm de enfrentar a Liberty para a conquista dos seguros do banco espanhol. BBVA quer resolver o tema até ao fim do ano.

A seguradora alemã Allianz é apontada como forte candidata à compra do negócio de bancassurance do BBVA, avaliado em 1000 milhões de euros e que permitirá o acesso à rede de seguros do banco em Espanha, México e América Latina.

Segundo a Reuters, a Allianz é considerada a favorita depois de a italiana Generali ter desistido do negócio por dúvidas do seu conselho de administração sobre a rentabilidade do investimento.

Mas os alemães ainda têm um concorrente na corrida: a norte-americana Liberty. Para a Allianz o investimento pode ser uma forma de revitalizar a sua própria rede de distribuição espanhola depois de ter terminado, em 2017, o acordo que tinha com o Banco Popular.

Apesar do revés com a saída da Generali da corrida, o BBVA espera concluir o negócio até ao final do ano.

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Portoseguro: Mediadora dos dragões quer ir além do estádio

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

O universo do FC Porto permite gerar uma atividade muito rentável mas agora o foco está em diversificar negócios e clientes para continuar a crescer. A legislação preocupa mais que a concorrência.

António Vasconcelos era diretor da Global, primeira seguradora privada a seguir à reabertura do setor ao setor privado, quando o Futebol Clube do Porto, há 25 anos, lhe solicitou a montagem de uma mediadora de seguros própria, dando resposta aos significativos custos com apólices como, por exemplo, as respeitantes aos jogadores de futebol profissional.

A Portoseguro – Sociedade Mediadora de Seguros do Porto foi então constituída em 1995 e tem como principal acionista a Futebol Clube do Porto – Futebol SAD, detentora de 90% do capital social, desde que esta o adquiriu ao Futebol Clube do Porto em junho de 2007. O Clube ficou com 5% do capital, valor percentual igual ao de António Vasconcelos que é o gerente da sociedade.

António Vasconcelos: “O paradigma mudou, estamos perante mudanças significativas na evolução e nas necessidades dos clientes, quando ao mesmo tempo somos confrontados com aquisições e fusões de seguradoras”.

As primeiras instalações localizavam-se no centro da cidade do Porto, mais tarde na Torre das Antas e, desde 2003, no Estádio do Dragão, finalmente com “instalações funcionais e condignas para trabalho e especialmente para receber os nossos Clientes”, refere António Vasconcelos.

Atualmente a Portoseguro tem cinco funcionários, trabalha diretamente com quase todas as seguradoras, nomeadamente as de maior dimensão que operam no mercado nos ramos vida e não vida, e não possui sub-agentes.

Apresentando contas de julho a junho do ano seguinte, no último exercício apurado, contabilizado até junho de 2018, a Porto Seguro obteve um volume de negócios, quase todo resultante de comissões, no valor de 1,25 milhões de euros e um resultado líquido de 478,86 mil euros, o que lhe confere uma rentabilidade líquida invulgar de 38% e uma rentabilidade dos capitais próprios, que no final de junho de 2018 atingiram 610 mil de euros, de 78%. Os resultados deste exercício foram totalmente distribuídos em dividendos.

Os serviços prestados pela Portoseguro são os normais da mediação de seguros e de acordo com a Legislação em vigor. Diz António Vasconcelos “ tudo fazemos para cumprir o Artº.32º, que não é mais do que procurar a melhor seguradora , o melhor custo e garantias, acrescentando um serviço de consultadoria que possa manter na nossa carteira de clientes a satisfação e manutenção ao longo do tempo”, concluindo com a ideia “usamos como marca registada um lema: Não basta estar seguro é preciso sentir-se seguro”.

Uma das diretivas que a Portoseguro segue é a diversificação de carteira e clientes que neste momento se concentram em 65% no universo empresarial do FC Porto, 30% em outras empresas e apenas 5% em particulares. Alargar os dois últimos segmentos no conjunto do negócio, é um dos objetivos da empresa, lê-se no relatório e contas 2017/2018.

Para cumprir, António Vasconcelos afirma “o paradigma mudou, estamos perante mudanças significativas na evolução e nas necessidades dos clientes, quando ao mesmo tempo somos confrontados com aquisições e fusões de seguradoras”. Além disso refere que “não estamos imunes à moda de compras e vendas de carteiras, que na moda parece que está”, avisa o gestor.

Perante mercado e a concorrência Vasconcelos diz que “não deve haver preocupações” e que essas devem estar “viradas para a informação constante em detrimento de formação. Há quem perca muito tempo com isto e depois a informação sobrepõe-se ao estudo e à formação”, diz.

“A legislação é que de facto traz preocupações”, diz António Vasconcelos, “por que de vez em vez, lá vem mais uma invenção para atrapalhar e dificultar”. Sobre a quais invenções se refere diz “neste momento estou a lembrar-me das exigências europeias que obrigam, ou vão obrigar, que todas as pessoas envolvidas na mediação tenham de sofrer com umas quantas horas de formação com exames escritos tipo escola secundária”. No entanto acrescenta estar “em crer que o nosso legislador terá ainda oportunidade de exigir este tipo de educação aos caloiros e não aos já Formados e jubilados”, conclui.

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Ageas revela novas bases em Lisboa e Porto

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

O grupo vai mudar-se para dois edifícios novos nas duas principais cidades do país para onde se irão deslocar 1300 dos seus colaboradores.

O grupo Ageas vai mudar-se para dois novos edifícios, em Lisboa e no Porto, tornando as condições de trabalho físicas e tecnológicas iguais para os cerca de 1.300 Colaboradores do Grupo. Segundo a Ageas “a mudança para novas formas de trabalhar serão igualmente sentidas e partilhadas, com a tecnologia e a evolução de mãos dadas e como mote de partida ser uma organização única -, que veste a camisola colorida da marca e concretiza a sua visão”, acrescentando que será “um local de trabalho de referência, tendo como embaixadores os seus Colaboradores”.

Cerimónia da 1ª pedra: Mário Patrício, Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações; Chitra Stern, CEO do Grupo Martinhal e Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal

Com esta mudança, o Grupo Ageas Portugal irá acelerar a adaptação à era digital, através de um ambiente de trabalho mais colaborativo e, sobretudo, com a flexibilidade necessária para responder às novas exigências de negócio – que passam por maior simplificação de processos e por mais agilidade -, “refletindo a cultura Ageas e o seu ADN, no que diz respeito à inovação e à colaboração”.

Nova sede da Ageas, em Lisboa: Ficará na Praça Príncipe Perfeito, no Parque das Nações , tem 17400 m2 em 12 andares e 500 lugares de estacionamento.

O Edifício de Lisboa recebeu recentemente a avaliação de excelência pela certificação mundialmente conhecida “BREEAM”. Ficará na Praça Príncipe Perfeito, no Parque das Nações e vai ter 17.400 m2 em 12 andares, com 500 lugares de estacionamento, estacionamento gratuito para motos e bicicletas e Posto de abastecimento para carros elétricos.

O edifício na cidade do Porto ficará em Ramalde, na Rua das Cruzes e Travessa do Poeta, e vai ter 7600 m2 em 4 andares , com 100 lugares de estacionamento, Estacionamento gratuito para motos e bicicletas e posto de abastecimento para carros elétricos.

Novo edifício Ageas no Porto: Rua das Cruzes e Travessa do Poeta, em Ramalde, tem 7600 m2 em 4 andares e 100 lugares de estacionamento.

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