Empresas portuguesas têm 30 vagas para candidatos da Associação Salvador

O banco Santander acolhe esta sexta-feira uma ação de recrutamento que vai juntar 20 empresas portuguesas, disponíveis para recrutar 30 candidatos da Associação Salvador.

O banco Santander acolhe esta sexta-feira uma ação de recrutamento, em conjunto com a Associação Salvador, para promover o recrutamento de pessoas com deficiência motora que fazem parte da instituição. No encontro vão estar presentes 20 empresas, disponíveis para contratar 30 candidatos. O banco tem atualmente quatro pessoas integradas no quadro da empresa, oriundas da Associação Salvador.

O Santander, a Konecta, Cofidis, Argo Partners, José de Mello Saúde, Talenter, Michael Page, Siemens, A Padaria Portuguesa, Premium Minds, EDP, Manpower Group Portugal, Adecco Portugal, Deloitte, Hotéis Real, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, El Corte Inglés, Grupo Associação Nacional das Farmácias, L’Oréal e SAP, vão realizar mais de 180 entrevistas, para promover a inclusão e apoiar o emprego de pessoas com deficiência motora.

O encontro acontece no seguimento do projeto de apoio ao emprego desenvolvido pela Associação Salvador, que tem como objetivo potenciar o emprego de pessoas com deficiência motora, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida e para um mercado de trabalho mas inclusivo. Inclui orientação profissional, ações de formação para o desenvolvimento de competências, prospeção de ofertas de emprego, organização de encontros de recrutamento e acompanhamento das entidades empregadoras nos processos de recrutamento.

Em Portugal, a taxa de desemprego das pessoas com deficiência motora é significativamente superior à média nacional. A Lei n.º 4/2019, de 10 de janeiro, estabeleceu quotas de emprego, no setor privado, para pessoas com deficiência, com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, abrangendo as médias e grandes empresas. O cumprimento da lei deve ser executado num prazo máximo de cinco anos, refere a lei.

A Associação Salvador existe desde 1998, e foi fundada por Bruno Lopes, depois de um acidente de mota que o deixou tetraplégico. Desde então, a associação tem ajudado a combater a desigualdade de acessos para pessoas com deficiência ou incapacitação motoras.

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Depois do ataque de Centeno, Catarina Martins responde: “Não sei se o PS está arrependido destes anos”

Catarina Martins reagiu às acusações duras de Mário Centeno, que esta manhã falou em "devaneios" ao referir-se às medidas dos bloquistas. Líder do BE mantém que medidas do PS não estão cobertas.

Mário Centeno fala em “devaneios” do Bloco de Esquerda, Catarina Martins pergunta se o PS está “arrependido” do que se passou na atual legislatura. Na corrida às legislativas de 6 de outubro, o clima entre PS e BE está cada vez mais tenso.

O PS deu uma conferência de imprensa esta manhã na sede do partido, em Lisboa, onde criticou os programas eleitorais do Bloco de Esquerda, PSD e CDS. Mário Centeno, um dos responsáveis pela parte económica do programa socialista e candidato a deputado, foi especialmente duro com os bloquistas.

“O programa do PS não tem financiamento para propostas e devaneios eleitorais do BE”, afirmou o titular da pasta das Finanças, acrescentando que só para cumprir as promessas do Bloco nas áreas da Saúde, Cultura e investimento público, “teríamos em 2023 de duplicar o que se paga em IRS”. “Não há cobertura para esse pedido” que exige mais 15.500 milhões, quantificou.

A líder do Bloco de Esquerda foi confrontada com este ataque à margem de uma visita em Barcelos. “Fico agradada pelo facto de o programa do BE estar no centro” do debate, referindo que isso significa que o BE está a “fazer bem”, com “contas certas”, disse aos jornalistas em declarações transmitidas pela RTP3.

De seguida referiu que o “programa do PS não tem Orçamento para metade das 26 mil casas” que prevê na sua política de habitação. A líder do Bloco também duvidou da margem que o PS diz existir para os salários da Função Pública. “O PS optou por apresentar um programa sem contas”, disse Catarina, referindo que só depois do debate que a opôs a António Costa é que o PS apresentou cálculos.

Mas a conferência de imprensa dada esta manhã por Mário Centeno não convenceu Catarina Martins. “Continua a faltar qualquer capacidade orçamental para cumprir as promessas do PS no programa”, garante a líder bloquista.

Os jornalistas insistiram mas a líder do BE referiu que tem de ser o PS a explicar as suas contas. Confrontada com o facto de Mário Centeno afirmar que “os mais de 30 mil milhões de euros que o Bloco de Esquerda quer executar não estão no Programa de Estabilidade”, Catarina Martins responde: “não sei onde Mário Centeno vai buscar esses números”. O Bloco de Esquerda não apresenta um programa “a cada dia”.

O que o Bloco prevê para o investimento público é colocá-lo em 5% do PIB, ou seja “chegar aos 10 mil milhões de euros”, o que significa “duplicar o investimento público”. “O próprio Mário Centeno disse que queria duplicar e agora arrependeu-se”, questionou.

Sobre a dureza do ataque a um partido parceiro de coligação durante esta legislatura, Catarina Martins deixou uma dívida no ar: “Não sei se o PS está arrependido destes anos”. A líder do bloco disse que os bloquistas não estão arrependidos e recusou-se a explicar as razões que levam o PS a endurecer o ataque. “Não me podem perguntar a mim sobre as intenções do PS.”

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A luta pela igualdade salarial em destaque no Labour2030

Trabalhadores de plataformas digitais e falta de vínculos contratuais e desigualdade salarial entre géneros foram alguns dos assuntos discutidos neste segundo dia do Labour 2030.

Conferência “ The importance of social clauses in internacional trade treaties” Congresso Labour 2030, no Porto.Ricardo Castelo/ECO

A segunda edição do Labour2030 já recebeu quase 500 visitante apenas no primeiro dia. Um dos assuntos que esteve em discussão esta manhã foi a importância das cláusulas sociais nos tratados internacionais de comércio. O impacto das novas tecnologias nas relações de trabalho, no Brasil, a igualdade salarial e a ausência de vínculos contratuais com os trabalhadores das plataformas digitais foram alguns dos temas discutidos no II Congresso Internacional dedicado ao mundo laboral.

A professora de direito de trabalho e segurança social da Universidade de Zaragoza, Carmen Aguilar Martín, apresentou o tema “atingir a igualdade salarial em pleno século XXI”. A especialista refere que os trabalhadores devem ter salários dignos e acrescenta que é necessário lutar pela igualdade de géneros. Evidencia que ainda existem grandes diferenças entre homens e mulheres e é nos estatutos de maior poder onde existe uma maior discrepância entre os géneros.

Uma sociedade mais justa, um maior estímulo à inovação e atração de novos talentos, assim como a redução de conflitos entre empresas e trabalhadores foram alguns dos apelos deixados pela especialista, que sublinhou que a “desigualdade não é natural e não é irreversível, está nas mãos de todos mudar esta situação”. Carmen Aguilar Martín disse ainda que a classificação profissional e o estabelecimento de critérios básicos de salários são algumas das medidas que deveriam ser estabelecidas num futuro próximo.

O salário caracteriza a relação laboral e atingir essa igualdade é um desafio.

Carmen Aguilar Martín

Professora de direito de trabalho e segurança social da Universidade de Zaragoza

Marcelo Ivan Melek, advogado e professor de direito na Universidade Positivo, destacou o impacto das novas tecnologias nas relações laborais no Brasil. No país existem 13 milhões de pessoas desempregadas e cerca de 24,1 milhões de trabalhadores por conta própria. No segundo trimestre de 2019, a taxa de desemprego no Brasil foi de 12%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o surgimento de novas formas de trabalho aliadas à tecnologia, surgem novas profissões e desaparecem outras. Exemplo disso são os trabalhadores de plataformas digitais como a Uber, Cabify, Bolt, entre outras, salientando que estas novas formas de trabalho são precárias e que existe uma imperiosa necessidade de regulamentação. “Este tipo de trabalhadores assume todos os riscos, não tem garantia de salário, ausência de normas de saúde, o trabalho é monótono e repetitivo, as jornadas são exaustivas — 10 a 12 horas por dia e sete dias por semana — e mesmo assim não existe garantia de ganho mínimo”. Marcelo Ivan Melek concluiu que “o futuro está a ser construído agora e o mercado tem que se reinventar”.

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BCP cai mais de 3% e arrasta Lisboa

A praça lisboeta contrariou a tendência positiva sentida nas restantes bolsas europeias. A pesar no índice estiveram o BCP e as papeleiras.

A praça lisboeta fechou a sessão em queda, pressionado pelo BCP, que caiu mais de 3%, e pelas papeleiras. Os ganhos da Galp Energia não foram suficientes para travar as perdas. A bolsa de Lisboa contrariou assim a tendência positiva sentida na generalidade das restantes praças europeias.

O PSI-20 recuou 0,47% para os 5.016,35 pontos. Das 18 cotadas, 12 ficaram em terreno negativo, duas ficaram inalteradas e apenas quatro registaram ganhos nesta sessão.

Nas perdas, o destaque vai para o BCP, que recuou 3,13% para os 0,1980 euros. Esta manhã o banco liderado por Miguel Maya avançou com uma emissão de dívida subordinada com uma maturidade a dez anos e seis meses. O banco pretendia colocar entre 400 e 450 milhões de euros.

A pesar no índice encontra-se também o setor da pasta e do papel. A Semapa recuou 1,30% para os 12,16 euros, a Altri caiu 0,81% para os 6,12 euros. Já a Navigator deslizou 0,49% para os 3,21 euros. Em “terreno” vermelho nota ainda para a Sonae, que derrapou 1,67% para os 0,8515.

Entre as empresas que fecharam o dia a ganhar o destaque vai para a Galp Energia, que avançou 0,72% para os 13,92 euros. A EDP Renováveis também terminou a sessão em “terreno” verde, ao valorizar 0,61% para os 9,92 euros.

Pela Europa, a maioria das praças registou ganhos, apesar de ligeiros. O índice de referência Stoxx 600 avançou 0,2%, o francês CAC 40 subiu 0,5% e o espanhol IBEX 35 valorizou 0,4%.

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Lucro do Banco Montepio afunda 77% no primeiro semestre

Banco Montepio obteve um lucro de 3,6 milhões de euros entre janeiro e junho, o que significa uma queda de 77% face ao mesmo período do ano passado. Finibanco Angola e impostos penalizam contas.

O Banco Montepio viu o lucro no primeiro semestre do ano afundar 77% para 3,6 milhões de euros, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.

Este valor compara negativamente com o resultado líquido de 15,6 milhões registado no mesmo período de 2018, com o banco a justificar a queda acentuada dos lucros na primeira metade deste ano com o menor contributo do Finibanco Angola (-5 milhões de euros em relação ao período homólogo), a menor eficiência fiscal (+8,5 milhões de euros em impostos) e com a diminuição do produto bancário (-18,5 milhões de euros).

Relativamente à diminuição do produto bancário, que sinaliza uma deterioração do negócio, o Banco Montepio diz que a evolução negativa foi determinada pelo contributo desfavorável da margem financeira — que resulta da diferença entre os juros obtidos nos créditos e os juros pagos nos depósitos –, que caiu 10,5% para 120,1 milhões de euros. Já as comissões líquidas ascenderam a 57,7 milhões de euros, um aumento de 0,5%.

O Banco Montepio continua sem CEO efetivo, uma vez que Dulce Mota assumiu o cargo interinamente em fevereiro passado, depois de Carlos Tavares ter passado a exercer apenas funções de chairman. Mas tem crescido a pressão do Banco de Portugal para que a liderança do banco seja clarificada, segundo adiantou esta sexta-feira o Jornal Económico. E isto depois de no início do mês Luís Guimarães ter apresentado a demissão do banco, onde era administrador não executivo e presidente da comissão de auditoria e da comissão de risco. Por outro lado, na semana passada, a Autoridade da Concorrência anunciou uma coima de 13 milhões de euros a aplicar ao banco devido a práticas restritivas no mercado de crédito, num caso que envolveu mais 13 instituições. A decisão do regulador vai ser contestada em tribunal.

Pela positiva, o banco destaca a redução dos custos operacionais (-7,3 milhões de euros), sublinhando a queda nos custos com o pessoal em 6,4 milhões de euros (-7,6%) e a diminuição dos gastos gerais administrativos em 5,2 milhões de euros (-14,2%) — que ofuscaram a acréscimo de 35% na rubrica de depreciações e amortizações.

Outra nota positiva: a diminuição das dotações para imparidades e provisões (-12,4 milhões de euros), “incorporando os efeitos das medidas adotadas em sede de aprovação, concessão e controlo de crédito”. Aqui há a destacar a redução das imparidades para crédito (-3,8 milhões) e das imparidades para outros ativos (-6 milhões).

Olhando para o balanço, os recursos de clientes aumentaram 1,6% para 12.680 milhões de euros, enquanto a carteira de crédito a clientes contraiu mais de 7%, totalizando no final de junho os 11.660 milhões de euros. O banco justifica a queda no crédito com “uma exigente política de repricing e de gestão do risco na concessão de crédito”.

No que toca à qualidade dos ativos, o rácio de non performing exposure (NPE) atingiu 14,7% no final do primeiro semestre, “traduzindo o efeito favorável da redução de exposições não produtivas (-0,2 p.p.) e o efeito desfavorável induzido
pela diminuição da carteira de crédito (+0,6 p.p.) face ao rácio de final de 2018”.

Em termos de rácios, o Banco Montepio diz que se encontram acima dos níveis prudenciais exigidos pelo Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 17h47)

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Vendas de casas recuam. “Há proprietários a vender cobre ao preço do ouro”, alerta APEMIP

O presidente da APEMIP pede aos proprietários para serem mais realistas, referindo que até mesmo os estrangeiros estão mais "cautelosos" na hora de comprar uma casa em Portugal.

Os preços das casas continuaram a subir no segundo trimestre mas, em contrapartida, venderam-se menos casas. Para o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) este cenário já era expectável, dado que há poucas casas disponíveis, e as que existem estão a preços que as famílias não podem suportar. Para Luís Lima, até mesmo os investidores estrangeiros já pensam duas vezes antes de adquirir uma casa em Portugal ao preço que muitos dos proprietários estão a pedir.

As casas ficaram 10% mais caras, entre abril e junho deste ano, face ao mesmo período do ano passado, mostraram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, as vendas de casas baixaram 6,6%, sendo esta a primeira descida homóloga desde 2012.

“Este ligeiro arrefecimento não é uma surpresa, aliás, já o tinha anunciado na altura, e deve-se sobretudo à diminuição do stock disponível. Há poucas casas no mercado e muitas das que existem não correspondem às necessidades e possibilidades das famílias portuguesas“, diz o presidente da APEMIP, em comunicado.

Alertando para a necessidade de um reajuste dos preços, Luís Lima afirma mesmo que “há muitos proprietários que têm à venda cobre ao preço do ouro, convencidos de que tudo se vende, mas não é bem assim”. E os potenciais compradores, inclusive os estrangeiros, “começam a ser mais cautelosos e a pensar duas vezes antes de avançar com o negócio”.

Neste sentido, o representante das imobiliárias apela a “algum realismo” e a um ajuste dos preços à realidade do mercado e do ativo que se tem em carteira.

Sobre a falta de casas no mercado, Luís Lima acrescenta que “é cada vez mais gritante a necessidade de introduzir stock novo, dirigido para as classes média e média-baixa”, pois “só assim se poderá aliviar preços e dar resposta às necessidades da procura”. “E não adianta dizer que há muitas casas vazias se estas se localizam onde não há procura”, remata o especialista.

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Rio responde a Centeno: 200 milhões para aumentos na Função Pública “não chegam para nada”

  • Lusa
  • 20 Setembro 2019

Mário Centeno não "está a fazer outra coisa que não seja campanha eleitoral", considerou o presidente do PSD.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou que se o Governo só tem 200 milhões de euros para aumentar os funcionários públicos, estes estão “desgraçados” porque este dinheiro “não chega para nada” nos próximos quatro anos.

“Vem o ministro das Finanças [Mário Centeno] e diz que tem 200 milhões de euros, eu não sei o que isso quer dizer, mas se só tem 200 milhões para aumento dos funcionários públicos, estes estão desgraçados porque o dinheiro não chega para nada nestes quatro anos. Se tem 200 milhões para lá do aumento da inflação para garantir o poder de compra é qualquer coisita”, sustentou Rui Rio.

O social-democrata falava aos jornalistas à margem de um almoço-debate organizado pela Confederação do Turismo de Portugal, no Porto.

Para o presidente do partido, Mário Centeno não “está a fazer outra coisa que não seja campanha eleitoral”, portanto, quando fala em 200 milhões de euros as pessoas acham que é muito dinheiro. “Pode ser algum ou pode não ser nada”, argumentou.

No quadro macroeconómico do PSD, Rui Rio referiu que os funcionários públicos e os pensionistas terão um aumento que garanta o poder de compra.

“Não estamos aqui a dizer que não cortamos reformas, nem pensar, garantimos é o poder de compra”, vincou.

O ministro Mário Centeno acusou esta sexta-feira o Bloco de Esquerda de ter um problema “endémico” com as contas e defendeu que há margem financeira crescente no Programa de Estabilidade para atualizações salariais na administração pública até 2023.

Estas posições foram transmitidas por Mário Centeno, candidato a deputado do PS nas próximas eleições legislativas, durante uma conferência de imprensa na sede dos socialistas, em Lisboa, sobre o cenário macroeconómico e o impacto financeiro das propostas constantes no programa eleitoral deste partido.

“A margem que existe para 2020, após paga a prestação da recuperação do congelamento das carreiras (na ordem dos 500 milhões de euros), é suficiente para aumentar os salários à margem da inflação que hoje se observa. Nos anos seguintes, o esforço de recuperação das carreiras diminui significativamente, passando a valer pouco mais de 200 milhões de euros. Por isso, nessa altura, a margem entre 200 para 400 milhões de euros, caso se cumpra o Programa de Estabilidade, é a margem que o próximo Governo tem para adotar medidas de atualização salarial e outras na administração pública”, justificou o titular da pasta das Finanças.

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Joalharia portuguesa à venda na loja do museu The Hermitage, em Amesterdão

A Sopro Jewellery, da autoria da portuguesa Andreia Lima, foi selecionada para integrar a coleção de joias da loja do Museu The Hermitage, em Amesterdão.

Portugal está a ganhar destaque mundial, no turismo, na gastronomia e até mesmo na joalharia. A Sopro Jewellery, da autoria de Andreia Lima, foi selecionada para que as suas peças integrem a coleção de joias na loja do Museu The Hermitage, em Amesterdão.

O convite foi realizado no âmbito da inauguração da nova exposição “Jewels! Glittering of the Russian Court” que estará patente no museu até dia 15 de março de 2020. A exposição conta com mais de 300 exemplares de grandes mestres e marcas de joalharia, como Cartier, Tiffany, Fabergé ou Lalique.

A joalharia portuguesa está representada, desde 14 de setembro, através de Andreia Lima que tem à venda as peças de joalharia na loja do conhecido museu holandês. Todas as peças são esculpidas à mão e inspiradas em elementos naturais. Bagas, folhas e insetos ganham formas, delicadas e femininas, que mostram a minuciosidade desta arte. A coleção Forest esta à venda na loja do Museu Hermitage e é um exemplo desta representação com foco na natureza.

“As argolas Water Lillys, que integram esta coleção, são compostas por cerca de 400 pétalas esculpidas uma a uma, à mão. As pedras naturais nunca são homogéneas. O objetivo é que cada peça seja única, mas ao mesmo tempo acessível e prática para o uso quotidiano. São joias versáteis, descomplicadas e que se complementam entre si, tal como os elementos da natureza”, destaca Andreia Lima em comunicado.

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Negócio Cofina/TVI terá “impacto significativo” nos media, avisa Francisco Pedro Balsemão

Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, está "atento" ao processo de consolidação entre a dona do CM e a da TVI. Concorrência será "positiva", mas depende dos "moldes" em que acontecer.

A Cofina está prestes a fechar a compra da dona da TVI. O negócio está na fase final, com a Impresa, dona da SIC, “atenta” ao desenrolar de um processo que, diz Francisco Pedro Balsemão, terá um “impacto significativo” nos media nacionais. Surge um concorrente, mas a concorrência não assusta. O CEO da Impresa diz que é positiva, mas tudo depende dos “moldes” em que esta consolidação terá lugar.

“Temos que estar atentos a este processo. É um processo que terá impacto significativo sobre o ecossistema mediático em Portugal”, diz Francisco Pedro Balsemão ao ECO, à margem da entrega dos IRGAwards. “Enquanto maior empresa de media em Portugal, temos de estar atentos”, diz, salientando que a Impresa está mais do que disponível para dar o seu “contributo para uma reflexão e uma ponderação séria sobre a operação”.

"É preciso ver quais são os moldes em que [a operação] vai decorrer, qual o portefólio que vai surgir, qual será a estrutura acionista e quais os interlocutores que vamos ter do lado de lá.”

Francisco Pedro Balsemão

CEO da Impresa sobre o negócio Cofina/Media Capital

A compra da Media Capital pela dona do Correio da Manhã e da CMTV, num negócio avaliado em 255 milhões de euros, criará um “novo concorrente. E a concorrência é positiva”, diz o CEO da Impresa, salientando o “ótimo momento” que a SIC está a viver, liderando as audiências desde fevereiro “e reforçando essa liderança”. Ainda que veja a concorrência com bons olhos, diz que é preciso “ver quais são os moldes em que [a operação] vai decorrer, qual o portefólio que vai surgir, qual será a estrutura acionista e quais os interlocutores que vamos ter do lado de lá”.

Questionado sobre se o preocupa os acionistas que poderão entrar neste negócio ao lado de Paulo Fernandes, como Mário Ferreira e o Abanca, Francisco Pedro Balsemão recusa comentar. “Isso é o que tem saído, mas não está confirmado. Quando as coisas estiverem definidas, vamos pronunciar-nos junto das entidades reguladoras. Este processo terá de ser apreciado pelas entidades reguladoras”.

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Vendas e marketing: Quem são os mais bem pagos? E os mais procurados?

Copywriter e web designer estão, atualmente, entre as funções mais procuradas. Mas o melhor salário é o do diretor comercial, que pode alcançar os 100 mil euros brutos anuais, diz a Robert Walters.

Os hábitos de consumo estão a mudar. E à medida que os catálogos emigram para os ecrãs dos computadores ou smartphones, e as compras são feitas sem que os clientes precisem de sair casa, torna-se mais importante ter profissionais que tomem conta da área de vendas e marketing das empresas. As funções do mundo digital estão a ganhar terreno e já são das mais procuradas pelas organizações. Mas na área de sales & marketing, há posições que alcançam os 100 mil euros brutos por ano.

“O retalho do futuro será voltado para o e-commerce. As lojas de hoje serão lojas de experiências no futuro. Passarão de meros espaços de venda de serviços e produtos a espaços de venda de experiências, onde o consumidor poderá conhecer os valores das marcas“, começa por explicar a Robert Walters, uma empresa de recursos humanos, em comunicado.

“Serão locais onde poderá encontrar serviços associados ao produto ou pop up stores [pontos temporários de vendas], onde a realidade virtual e a realidade aumentada estarão presentes de forma a conectar o consumidor em loja com o mundo digital”, acrescenta. Mas, para isso, é preciso investir nos melhores profissionais do setor.

"O retalho do futuro será voltado para o e-commerce. As lojas de hoje serão lojas de experiências no futuro.”

Robert Walters

O recibo de vencimento mais recheado é o do diretor comercial

De acordo com o estudo de evolução do mercado de trabalho de sales & marketing, realizado pela Robert Walters, o diretor comercial e o diretor de markteting são aqueles que mais se destacam no que toca aos recibos de vencimento. Consoante os anos de experiência, a remuneração média bruta destes profissionais pode chegar aos 100 mil euros por ano, diz a Robert Walters ao ECO. Fazendo as contas, estamos a falar de mais de 7.000 euros por mês.

Segue-se o head of e-commerce, com um salário médio anual que pode ascender aos 80 mil euros brutos, ou seja, cerca de 5.700 euros por mês. E, do pódio faz ainda parte o diretor de vendas, com um rendimento médio bruto anual de 70 mil euros (5.000 euros mensais).

E-commerce e publicidade dominam os anúncios de emprego

“As empresas já assumiram que a sua presença online é obrigatória para a continuidade e crescimento dos seus negócios, estando, por isso mesmo, a investir cada vez mais neste canal. Procuram integrar profissionais especialistas na área, optando por criar as suas próprias equipas e manter o conhecimento ‘dentro de portas’ e deixando de ter total dependência de parceiros, como agências especializadas de comunicação ou marketing”, explica a empresa especializada em recrutamento.

Entre as competências e perfis mais procurados, a Robert Walters destaca os profissionais especializados em pay per click (PPC) e customer relationship management (CRM). “À medida que os negócios das empresas se transformam […] assistimos a uma enorme procura de profissionais especialistas em CRM. Da mesma forma, as empresas têm cada vez mais necessidade de investir em publicidade online paga, visto que o trabalho de otimização do tráfego orgânico já não é suficiente para as empresas enfrentarem a concorrência online”, explica.

A par destes — e tendo em conta a necessidade de otimização e atualização de conteúdo online — também os gestores de produto para plataformas de e-commerce, os copywriters e os web designers e designers de produto são cada vez mais procurados pelas empresas.

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Investidores de olhos postos nas relações comerciais entre EUA e China. Wall Street avança

Os investidores estão concentrados nas relações entre os EUA e a China, numa altura em que pairam as incertezas. A expectativa é, contudo, que as maiores economias do mundo alcancem um acordo.

Depois de um início de semana difícil, devido aos ataques à petrolífera saudita Aramco, as bolsas norte-americanas iniciaram a sessão desta sexta-feira a valorizar. Os investidores estão de olhos postos na evolução das relações comerciais entre os EUA e a China, numa altura em que pairam as incertezas.

Esta sexta-feira, a China cortou a taxa de juros de referência de um ano pelo segundo mês consecutivo, avança a agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). A decisão da China tem como objetivo reduzir os custos de empréstimos e apoiar a economia chinesa num momento em que a guerra comercial com os EUA se arrasta.

No início de outubro, os presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, deverão começar um nova ronda de conversações e a expectativa dos investidores é que seja alcançado, finalmente, um acordo.

A animar os investidores está, ainda, a rápida reação da Saudi Aramco aos ataques com drones às suas instalações. A petrolífera garantiu esta semana que irá voltar a produzir em pleno até ao final de setembro. A empresa saudita afirmou que o ataque teve um “impacto massivo”, mas que rapidamente começou a trabalhar no sentido de restabelecer as operações, uma vez apagados os incêndios provocados pelos drones.

Neste contexto, o S&P 500 está a somar 0,16% para os 3,011,50 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,15% para os 27.134,69 pontos e o tecnológico Nasdaq ganha 0,06% para os 8.187,80 pontos.

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“Tempo começa a escassear” para o 5G. Anacom, “se está a trabalhar, não se vê”, diz Mário Vaz

Portugal tem até junho para arrancar com o 5G, mas o "tempo começa a escassear". Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal, diz que a Anacom tem de acelerar. Precisa de um abanão? Precisa de "alguma coisa".

A Vodafone está pronta para o 5G. “Estamos a preparar a infraestrutura e as competências para que o 5G aconteça em Portugal da mesma forma que aconteceu com o 4G e o 3G”, diz Mário Vaz, mas falta a Anacom. O CEO da Vodafone Portugal pede mais celeridade ao regulador do setor que, “se está a trabalhar, está a trabalhar para dentro”, não o demonstrando para fora. O tempo “está a escassear”, alerta.

“Há um compromisso do Estado português com a Europa de lançar o 5G até junho de 2020”, lembra Mário Vaz ao ECO, à margem dos IRGAwards. “Para que isso aconteça, é preciso começar a trabalhar com antecedência… Para junho ainda faltam oito meses, mas do ponto de vista do que ainda é preciso fazer, o tempo começa a escassear”. A culpa não é das operadoras. É do regulador.

Está assim tão atrasado o processo? “Depende da complexidade e daquilo que é o modelo pensado para a atribuição das licenças, que eu não conheço. Uma das dificuldades de comentar algo é quando não temos nada sobre o que comentar, porque a inação não tem nada. Sobre o nada eu não consigo comentar“, atira.

A Anacom, “se está a trabalhar, está a trabalhar para dentro. Não se vê nada para fora”, diz o CEO da Vodafone Portugal. “Estas coisas não são feitas carregando num botão. São feitas com tempo, com programação”, diz, acrescentado que as operadoras precisam saber com que regras vão jogar no 5G. “Quanto mais cedo conhecermos essas regras, mais facilmente conseguimos estruturas e planear para que o 5G seja um sucesso”, nota.

"Anacom é uma instituição. Espero bem que não seja uma pessoa [o presidente] a determinar o que é a que a instituição faz ou deixa de fazer.”

Mário Vaz

CEO da Vodafone Portugal

Mário Vaz evita apontar o dedo ao presidente da Anacom, João Cadete de Matos, como tem feito Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, que ainda recentemente afirmou que se estivesse no cargo de liderança do regulador se demitiria. “Não personalizo” as culpas do atraso no 5G. A Anacom “é uma instituição. Espero bem que não seja uma pessoa a determinar o que é a que a instituição faz ou deixa de fazer”.

A “Anacom existe há muitos anos e tem trabalho feito e tem ausência de trabalho também feito”, diz. Precisará de um abanão para carregar no acelerador, garantindo o sucesso do 5G? “O que é preciso é que haja alguma coisa. Isso é que é preciso”, desabafa. “Não sei se é preciso um abanão porque estão a trabalhar lentamente lá dentro, ou se nos vão demonstrar que há trabalho a acontecer, que os timings vão ser cumpridos e que vamos ter o 5G o mais rapidamente possível”, remata.

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