No primeiro ano à frente do BCP, Miguel Maya é eleito melhor CEO pela Deloitte

Deloitte entregou esta quinta-feira os prémios Investor Relations & Governance Awards. O BCP foi o grande vencedor, enquanto a EDP é distinguida pelo melhor CFO e melhor Investor Relations Officer.

Miguel Maya foi eleito melhor CEO nas relações com os investidores pela Deloitte. O presidente do BCP foi distinguido, esta quinta-feira nos prémios Investor Relations & Governance Awards (os IRGAwards), por aquele que foi o seu primeiro ano à frente do banco, que coincidiu também com a altura em que a instituição financeira voltou a distribuir dividendos pelos acionistas após a crise.

O BCP saiu muito reforçado desta última década“, começou por dizer Miguel Maya, que disse não agradecer prémios porque “é uma responsabilidade acrescida e o que tenho de fazer é continuar a merecer a responsabilidade”. “Não sou o CEO, estou como CEO. Não é uma questão de semântica. Todos os dias tenho de merecer a função que estou a desempenhar“, acrescentou o banqueiro.

Maya está na instituição financeira praticamente desde que saiu da faculdade, onde se formou em gestão. Passou por várias áreas do banco, nomeadamente pela direção de marketing de empresas, diretor geral da Nova Rede, chefe de gabinete do então presidente Carlos Santos Ferreira e vice-presidente da comissão executiva, até chegar à presidência, em 2018.

Os restantes nomeados ao prémio CEO em Investor Relations eram António Rios de Amorim da Corticeira Amorim, António Mexia da EDP, Pedro Soares dos Santos da Jerónimo Martins e também Carlos Gomes da Silva da Galp, que tinha sido o vencedor nesta categoria, no ano passado.

Mexia não venceu o prémio de melhor CEO, mas a EDP foi distinguida com outros dois prémios. Miguel Stilwelld’Andrade foi galardoado como melhor CFO em InvestorRelations e destacou os “desafios” que a elétrica viveu no último ano. “Foi um ano intenso e tem sido para todas as equipas. Tivemos uma oferta pública de aquisição, entrada de ativistas nos nossos acionistas [o fundo Elliott], tivemos a primeira emissão de green bonds. Tem sido um ano desafiante”, sublinhou.

Na mesma categoria, Stilwell d’Andrade concorria contra Cristina Rios de Amorim (Corticeira Amorim), Filipe Crisóstomo Silva (Galp) e Miguel Bragança (BCP). Miguel Viana, também da EDP, venceu ainda o Prémio Investor Relations Officer. Para esta categoria estavam nomeados Ana Negrais de Matos (Corticeira Amorim), Cláudia Falcão (Jerónimo Martins) e Rui Coimbra (BCP).

A Deloitte atribuiu ainda outros três IRGAwards. O unicórnio tecnológico OutSystems venceu o Market Development Award, enquanto a dona do multibanco SIBS ganhou o Transformation Award. O Lifetime Achievement Award foi entregue ao empresário Ilídio Pinho.

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Incerteza em torno da guerra comercial preocupa investidores. Wall Street procura rumo

As bolsas norte-americanas encerraram a negociação sem uma direção marcada, oscilando entre ligeiras perdas e ganhos. A nova ronda de conversações entre os EUA e a China está no centro das atenções.

A incerteza em torno das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China voltou a pairar sobre os investidores. As bolsas norte-americanas encerraram a negociação desta quinta-feira em queda, ainda que as perdas tinham sido muito ligeiras. Só o tecnológico Nasdaq conseguiu terminar a sessão a valorizar, impulsionado pela Microsoft.

Tendo em conta a falta de certezas e evidências sobre as relações comerciais entre Washington e Pequim, Wall Street tentou procurar um rumo, mas acabou por encerrar a sessão sem uma direção marcada. Durante a negociação, os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico oscilaram entre ligeiras subidas e descidas, consoante o que se ia avançando sobre o tema.

A expectativa é que Donald Trump e Xi Jinping alcancem um acordo comercial na nova ronda de conversações, que deverá iniciar já em outubro. Contudo, os especialistas relembram que tal pode ser dificíl. “Se houver algum tipo de acordo, será um ‘mini acordo’, porque os Estados Unidos da América e a China ainda estão muito distantes das principais questões”, afirmou Ben Phillips, diretor de investimentos da Event Shares, citado pela agência Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Neste contexto, o S&P 500 terminou a sessão a recuar 0,02% para os 3.006,04 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desceu 0,21% para os 27.089,09 pontos. Apenas o Nasdaq resistiu a esta tendência negativa, tendo encerrado a negociação a somar 0,04% para os 8.180,79 pontos.

No mundo tecnológico, o destaque vai para a Microsoft. Os títulos da empresa liderada por Satya Nadella avançaram 1,84% para 141,07 dólares, no dia em que foi aprovado o programa de recompra de ações no valor de 40 mil milhões de dólares.

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Empresa em incumprimento com o BCP reduz posição na Pharol a metade

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

A High Bridge Unipessoal passa, agora, a deter menos de 5% do capital da Pharol. A sua posição era de quase 10%.

A High Bridge Unipessoal, sociedade que se encontra em situação de incumprimento com o BCP, reduziu a sua posição na Pharol de 9,99% para 4,88%, segundo um comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A comunicação foi efetuada pelo BCP, com a justificação de que se trata de uma “redução de imputação de direitos de voto na qualidade de credor beneficiário de penhores financeiros” devido à “alienação de ações”.

No dia 12 de agosto, o BCP comunicou ao mercado que passou a deter 9,99% dos direitos de voto da Pharol após ter acionado a garantia financeira associada a um financiamento concedido à High Bridge. Num comunicado enviado à CMVM, a Pharol (ex-Portugal Telecom) informou ter recebido do BCP a notificação de participação qualificada referente a 9,99% dos direitos de voto da empresa, com efeitos desde 30 de julho passado.

Segundo o BCP, esta imputação de direitos de voto inerentes “resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações (as quais continuam a ser detidas pelo respetivo titular) e que presentemente permitem ao Banco Comercial Português, S.A. vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto”.

Em causa num financiamento concedido pelo BCP à High Bridge tendo como garantia financeira associada a participação no capital da Pharol. Na sequência da entrada em incumprimento por parte da High Bridge, o banco liderado por Miguel Maya acionou a garantia, tendo por isso passado a ser imputados ao banco os direitos de voto associados às ações em causa (que continuam, contudo, a ser detidas pela High Bridge).

Também em 12 de agosto, o BCP disse que não tinha intenção de deter ações da Pharol e que “o natural” seria vender a posição. “O Millennium bcp não tem intenção de deter ações da Pharol e, tendo direitos sobre as mesmas, o natural é vender”, disse fonte oficial do banco liderado por Miguel Maya à agência Lusa.

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ASF confirma que mediadores vão poder continuar em atividade

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2019

Esclarecendo dúvidas, a autoridade supervisora confirma que os atuais mediadores, desde que registados, podem exercer a sua normal atividade e explica os processos e prazos de formação.

A ASF prestou esclarecimentos adicionais a pedido de ECOseguros em relação a matérias pontuais relacionada com a Norma Regulamentar n.º 6/2019-R, de 3 de setembro, recentemente divulgada.

Assim, para quando será obrigatório os mediadores disporem de qualificações de acordo com as novas regras da formação?

A resposta da ASF com esclarecimentos adicionais foi:

  • Após a entrada em vigor da Norma Regulamentar n.º 6/2019-R, de 3 de setembro as entidades formadoras cujos cursos foram já reconhecidos ao abrigo do regime jurídico da distribuição de seguros e de resseguros, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2019, de 16 de janeiro, não necessitam de qualquer reconhecimento adicional.
  • As entidades formadoras cujos cursos foram reconhecidos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de julho, e que constavam da lista de cursos reconhecidos pela ASF que pretendam reconverter tais cursos, dispõem de um prazo de seis meses a partir da entrada em vigor da presente norma regulamentar para apresentar o pedido de alteração à ASF. Se os cursos estiverem já a decorrer nessa data, o pedido deve ser apresentado antes da realização da prova escrita presencial de avaliação final.
  • Quanto a cursos novos, não existe uma data limite para a submissão à avaliação da ASF, embora a partir da data de produção de efeitos da presente norma regulamentar, os cursos sejam reconhecidos ao abrigo do novo regime.
  • Quanto aos cursos de formação e aperfeiçoamento profissional contínuo, como o regime anterior não os regulava, ao contrário do que sucede no regime agora aprovado, também não existe um prazo para a apresentação de um pedido de inscrição à ASF, ficando dependente da decisão das entidades formadoras a oportunidade de oferecerem estes cursos no mercado.
  • As entidades formadoras que já ministrem cursos de seguros reconhecidos pela ASF não necessitam de pedir reconhecimento adicional para efeito de formação e aperfeiçoamento profissional contínuo.
  • Também no que toca à conformação com os requisitos de qualificação adequada não existe uma data limite para a apresentação de um pedido de reconhecimento previsto no novo regime jurídico da distribuição de seguros e de resseguros.
  • Nos processos referentes aos cursos de formação inicial (novos ou de reconversão) ou de conformação, as entidades formadoras apresentam à ASF o plano de curso que inclui o número total de horas de duração, o plano curricular detalhado, informação sobre os meios humanos, técnicos e logísticos de que a entidade dispõe para a formação, regras de controlo da assiduidade dos formandos e da respetiva avaliação.
  • O preenchimento pelo curso dos requisitos definidos legal e regulamentarmente, é avaliado por uma comissão técnica que integra um representante designado pelas associações de empresas de seguros, pelas associações de entidades gestoras de fundos de pensões, pelas associações de mediadores de seguros e dois representantes designados pela ASF, um dos quais preside à comissão, emitindo o respetivo parecer fundamentado em conformidade.
  • O pedido de reconhecimento é apreciado no prazo máximo de 45 dias contados a partir da data da receção do requerimento, ou da receção dos elementos ou informações complementares solicitadas no âmbito da sua apreciação pela ASF ou pela comissão técnica.
  • Já nos processos referentes aos cursos de formação e aperfeiçoamento profissional contínuo, as entidades formadoras apresentam o pedido à ASF de inscrição na lista de entidades reconhecidas, acompanhado de comprovativo do preenchimento dos respetivos requisitos, sendo este pedido apreciado pela ASF num prazo máximo de 15 dias úteis contados a partir da data da receção do pedido.

Neste momento, os mediadores de seguros, desde que registados junto da ASF, podem continuar a exercer atividade, confirma a ASF.

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CNP Assurances e Cattolica disputam seguradora do UBI

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2019

Em negócio de mil milhões de euros, dois interessados pretendem o controlo do ramo segurador do banco italiano UBI.

A CNP Assurances e a Cattolica Assicurazioni são os principais candidatos à compra do ramo segurador do banco italiano UBI Banca, noticia a Reuters.

O negócio, avaliado em mil milhões de euros, envolve a venda entre 60 a 70% da seguradora do quinto maior banco de Itália, especializada em seguros de vida e que detém participações em diversas joint-ventures.

Segundo a Reuters, a UBI Banca contratou a KPMG para tratar desta venda e pretende obter propostas firmes até ao final de setembro. O CEO do banco disse em agosto que o banco iria divulgar uma reorganização das suas operações seguradoras, enquadrada no seu novo plano de negócios.

A francesa CNP Assurances a quarta maior seguradora europeia na área de seguros pessoais, excluindo o sector da saúde. Presente também na América Latina, é a terceira seguradora do Brasil. Com mais de 5200 trabalhadores em todo o mundo, registou, em 2018, um resultado líquido de 1367 milhões de euros e, no mesmo ano, receitas de prémios de 32,4 mil milhões.

A italiana Cattolica Assicurazioni tem cerca de 3,6 milhões de clientes e registou, em 2018, uma receita de prémios de 5,8 mil milhões de euros. Com presença no sector segurador desde 1896 e fundada em Verona, tem quase 1700 trabalhadores. Inspirada na doutrina social da Igreja, trata-se da única seguradora do sector cooperativo presente na Bolsa de Milão.

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Ministro da Administração Interna reitera “plena confiança” no presidente da Proteção Civil

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

"O ministro da Administração Interna reitera a plena confiança no presidente e em toda a estrutura da ANEPC", referiu Eduardo Cabrita, mostrando "plena disponibilidade para o apuramento dos factos".

O ministro da Administração Interna reiterou esta quinta-feira “plena confiança” no presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo, e em toda a estrutura do organismo.

“O ministro da Administração Interna reitera a plena confiança no presidente e em toda a estrutura da ANEPC, cuja motivação e desempenho são essenciais para a segurança dos portugueses”, refere o Ministério da Administração Interna (MAI), numa nota enviada à comunicação social. O MAI reafirma “plena disponibilidade para o apuramento dos factos” e relembra a abertura do inquérito determinada pelo ministro Eduardo Cabrita à Inspeção-Geral da Administração Interna, a 27 de julho.

O presidente da ANEPC, Mourato Nunes, e o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que se demitiu na quarta-feira, foram constituídos arguidos na investigação ao negócio das golas antifumo (golas que fazem parte do ‘kit’ distribuído à população no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas seguras”).

Na nota, o MAI refere que o ministro “respeita as decisões individuais” tomadas por José Artur Neves e pelo tenente-general Mourato Nunes. “O Ministro da Administração Interna destaca o papel da ANEPC na transformação estrutural no Sistema de Proteção Civil, que permitiu os resultados alcançados em 2018 e em 2019 no âmbito do combate aos incêndios rurais e das ações de planeamento civil de emergência”, indica ainda o MAI.

O Ministério Público (MP) está a investigar os negócios efetuados no âmbito dos programas “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, nos quais foram distribuídos cerca de 70 mil kits com as golas antifumo, e “Rede Automática de Avisos à População” (SMS) por suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção, tendo sido realizadas na quarta-feira oito buscas domiciliárias e 46 não domiciliárias.

As buscas decorreram em vários locais, incluindo o Ministério da Administração Interna, a Secretaria de Estado da Proteção Civil, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e Comandos Distritais de Operações de Socorro e empresas que realizaram contratos com o Estado.

No fim de julho, o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, Francisco Ferreira, demitiu-se, depois de ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os kits de emergência. Numa nota divulgada esta quinta-feira, através da ANEPC, Mourato Nunes negou ter qualquer envolvimento no caso.

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PGR já entregou ao primeiro-ministro parecer sobre incompatibilidades

O Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República já entregou a António Costa o parecer sobre o caso dos membros de Governo que tinham familiares com negócios com o Estado.

O primeiro-ministro já recebeu o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República sobre se os titulares de cargos de Governo devem ser alvos de demissão por causa dos negócios de familiares com entidades públicas, que não tenham qualquer relação ou interferência dos titulares de cargos políticos.

“O parecer foi transmitido à entidade consulente, o gabinete do primeiro-ministro”, disse ao ECO fonte oficial. “A entidade competente para decidir sobre a divulgação é a que solicitou o parecer, sendo que a Procuradoria-Geral da República nada tem a opor a essa divulgação”, acrescentou a mesma fonte.

O parecer foi transmitido à entidade consulente, o gabinete do primeiro-ministro.

Fonte oficial do Ministério Público

O ECO tinha questionado a PGR sobre este parecer na quarta-feira e a resposta foi a de que a reunião do Conselho não estava ainda agendada, mas esta quinta-feira a indicação é de que o parecer já foi entregue a António Costa. Ou seja, o relator concluiu o parecer, o Conselho Consultivo reuniu, analisou e votou o mesmo. Sendo que nessa reunião deverá ter estado presente a Procuradora Geral da República, Lucília Gago, e vários vogais, de acordo com o que as regras determinam.

O conteúdo do parecer, agora transmitido a António Costa, só poderá ser divulgado pelo mesmo, sendo que a PGR não se opõe a essa divulgação. Recorde-se que já houve casos em que o primeiro-ministro optou por não divulgar imediatamente os pareceres pedidos. Em novembro de 2018, o Governo pediu um parecer ao Conselho Consultivo da PGR relativamente à greve dos enfermeiros e três meses depois voltou a pedir uma adenda ao mesmo parecer. Só nessa altura se ficou a conhecer o teor do primeiro parecer.

A entidade competente para decidir sobre a divulgação é a que solicitou o parecer, sendo que a Procuradoria-Geral da República nada tem a opor a essa divulgação.

Fonte oficial do Ministério Público

Desta vez o parecer foi pedido porque o chefe do Executivo tinha dúvidas se os titulares de cargos de Governo devem ser alvos de demissão por causa dos negócios de familiares com entidades públicas, que não tenham qualquer relação ou interferência dos titulares de cargos políticos.

Uma dúvida que resultou da existência de vários casos no Executivo. A Zerca Lda, empresa detida em 20% pelo filho do secretário de Estado da Proteção Civil, que entretanto apresentou a demissão na quarta-feira, fez contratos públicos com o Estado. Também Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, e Graça Fonseca, ministra da Cultura, têm familiares envolvidos em contratos celebrados com o Estado, como avançaram o Observador (acesso pago) e a Sábado (acesso pago).

António Costa já tinha dado a indicação de que poderia não homologar a decisão do Conselho Consultivo. “Claro que não, vou fazer o que se faz com qualquer parecer. Vou analisar o parecer e se concordar homologo, se não concordar não homologo… ou não”, disse António Costa em entrevista ao Expresso, acrescentando que tem a ver com “razões de avaliação política”.

“Em função do parecer, verei como é que agirei”, afirmou António Costa, para quem “não há nenhum jurista que ignore aquilo que é uma regra básica da interpretação e que está no artigo 9º do Código Civil”.

No caso de Artur Neves a questão já não se coloca porque o responsável demitiu-se, mas ainda poderá haver uma decisão a tomar em relação aos restantes membros do Executivo, apesar de as eleições estarem agendadas para 6 de outubro.

O ECO questionou o gabinete do primeiro-ministro sobre o sentido do parecer e se iria divulgá-lo. Fonte oficial confirmou a receção do mesmo ao final da tarde e sublinhou que “está agora a ser analisado”. Mas como o primeiro-ministro está numa ação de campanha em Leiria dificilmente haverá novidades esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 20h06)

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PCP recebe coima à EDP sem surpresa e reclama mais 140 milhões de euros à elétrica

  • Lusa
  • 19 Setembro 2019

"Neste caso concreto trata-se de, por via da manipulação de dados, (...) a EDP prejudicar as famílias e a economia portuguesa em cerca de 140 milhões", refere o PCP.

O PCP afirmou esta quinta-feira que a coima de 48 milhões de euros aplicada pela Autoridade da Concorrência (AdC) à EDP Produção “não é uma surpresa” e “peca por tardia”, reclamando à elétrica a devolução de 140 milhões de euros.

“Neste caso concreto trata-se de, por via da manipulação de dados, num setor em que é a principal empresa, a EDP, a prejudicar as famílias e a economia portuguesa em cerca de 140 milhões de euros. Com as privatizações, nem os preços da energia desceram, nem o investimento da empresa aumentou, nem o serviço melhorou“, pode ler-se em comunicado.

Numa decisão que “não é uma surpresa para o PCP, (…) a coima (…) só peca por tardia, mas é mais um forte contributo para a urgente devolução pela EDP dos 140 milhões de euros ao país“, refere o comunicado.

Os comunistas lamentam “a longa e inaceitável duração de muitos destes processos de investigação e decisão final, nos procedimentos destas entidades contra os operadores económicos que acompanham no âmbito das suas funções”, citando o caso da banca, por exemplo. “Uma realidade que confirma que não é a regulação, mas o controlo público destes setores — banca, energia, comunicações, etc. — que garante os interesses nacionais“, defendem os dirigentes comunistas.

A AdC anunciou esta quarta-feira que condenou a EDP Produção a pagar uma multa de 48 milhões de euros por abuso de posição dominante. A EDP negou esta quinta-feira as acusações e disse que vai recorrer da decisão por falta de sustentação factual, jurídica e económica.

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Montijo Retail Park vendido por 15,5 milhões. Commerzbank perdeu metade do dinheiro em dez anos

O centro comercial, que abriu portas em maio, passou para as mãos de um fundo da Square Asset Management. O ECO sabe que o negócio foi fechado por mais de 15 milhões.

Abriu portas em maio e bastaram cerca de quatro meses para passar de mãos. Mas, antes disso, foram precisos cerca de dez anos para começar a funcionar. O Montijo Retail Park, na margem sul do Tejo, foi vendido pelo Commerzbank a um fundo da Square Asset Management (AM), por cerca de metade do valor que o banco alemão pagou em 2009. O ECO sabe que a venda aconteceu por 15,5 milhões de euros.

Em 2009, a Commerz Real, a gestora de fundos do Commerzbank, adquiriu o Montijo Retail Park por cerca de 30 milhões de euros, adianta o site PropertyEU.

Nessa altura, explicou uma fonte do mercado ao ECO, esperava-se que os retail park fossem valorizar de forma bastante significativa, mas com este centro comercial isso acabou por não acontecer. Foram precisos cerca de dez anos para o imóvel abrir portas. “Esperava-se que o ativo valorizasse mais”, disse a mesma fonte.

E foi isso que levou o banco alemão a alienar o imóvel recentemente, por cerca de metade do que pagou na altura. O negócio foi fechado com o fundo CA Património Crescente, da Square AM, e o ECO sabe que a venda aconteceu por 15,5 milhões de euros.

Ao ECO, outra fonte do mercado adiantou que a transação deu-se por menos de 1.000 euros o metro quadrado e com uma yield de 7,5%. A valorizar ainda mais o imóvel está a localização, o Montijo, onde vai nascer o futuro aeroporto.

Montijo Retail ParkConfrasilvas

O Montijo Retail Park, localizado ao lado do Fórum Montijo, tem uma área de cerca de 18.000 metros quadrados, conta com seis unidades comerciais, um parque de estacionamento com mais de 800 lugares, e marcas como a Conforama, Leroy Merlin, Espaço Casa e Calçado Guimarães.

Antes de ter alienado um ativo em Portugal, em maio a Commerz Real comprou o hotel DoubleTree by Hilton – Fontana Park, em Lisboa, à Turismadeira, não tendo sido conhecido o valor da operação.

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Influencer é profissão? E se não houver likes?

No Labour 2030, no Porto, discutiu-se se ser influencer é considerado ou não uma profissão e que repercussões têm no mundo. E os desafios que aí vêm, como a ausência de likes.

Nos dias de hoje, cerca de 20 milhões de pessoas são consideradas influencers, fazendo das redes sociais a sua atividade principal, ou seja, a fonte de rendimentos. São muitos, mas vão ser muitos mais nos próximos anos. Ser influencer pode ser mesmo uma profissão? E como ser influenciador num mundo sem likes? Estas foram algumas das questões em debate na II conferência anual Labour 2030, que decorreu no Porto.

Tiago Froufe, responsável pela agência Luvin, Liliana Santos, atriz e modelo, Nuno Agonia, youtuber, e Susana Ribeiro, jornalista e blogger foram os convidados do painel “Influencers, trends and new forms of work by ECO”, moderado por Vanda Jorge, responsável pela secção Ecoolhunter do ECO, que deu o tiro de partida na discussão com a pergunta: “somos todos influenciadores?”.

Tiago Froufe, que em 2013 decidiu dedicar-se ao mundo digital, acredita que sim. Para o responsável pela agência Luvin, “todos nós acabamos por ser influenciadores”. “O que acontece no digital é que as nossas audiências são bastante maiores“, remata. E Nuno Agonia, conhecido pelos seus tutoriais e unboxings, é uma das provas disso.

Nuno Agonia começou a explorar as potencialidades das redes sociais por causa de um doença que o obrigou a ficar 18 meses em casa. “Já estava a ficar maluco por não fazer nada. Aí pensei em criar um canal de Youtube”. Começou por gravar tutoriais e com o sucesso dos vídeos que produzia, foi crescendo digitalmente. Já conta com mais de 1,2 milhões de seguidores no Youtube.

O Youtube mudou a vida de Nuno Agonia, já Susana Ribeiro utilizou o blogue viajecomigo.com para mudar de vida. Dedica 90% da sua vida profissional o blogue, ficando apenas 10% dedicados ao jornalismo enquanto freelancer. Nesta plataforma, dá dicas de viagem a todos os seus seguidores e promove o turismo português. Confessou à plateia que ainda está a “adaptar-se à palavra blogger, quanto mais influencer“.

Para Liliana Santos, atriz e modelo, a entrada no mundo dos influencers deveu-se à necessidade de visibilidade derivada da profissão que tem. Já lhe dá projeção no mundo real, exponenciando a sua influencia no virtual. Diz que acaba por ser uma ferramenta mais fácil para chegar aos seus fãs, mas também a todos os utilizadores das redes.

Influencer sem likes?

Um estudo elaborado pela LEGO concluiu que a China é o único país onde as crianças querem ser astronautas sendo que as restantes crianças no mundo querem ser youtubers. É uma mudança de paradigma. “O problema é que a camada mais jovem vê o carro de momento, o telemóvel de momento, e ambicionam ter essa vida”, refere Agonia.

São muitos aqueles que olham para os influencers com a ambição de se tornarem, também eles, um deles. Querem a fama, mas também o proveito. No entanto, Nuno Agonia assegura que apenas cerca de 20 youtubers fazem do youtube a sua fonte principal de rendimento. E para conseguirem gerar esse rendimento, precisam de likes. Mas, e se estes acabarem?

Tiago Froufe garante que mesmo que os likes desapareçam, não vai ser o fim dos influencers. Já Nuno Agonia, diz que “tudo o que tenha uma forma de parametrizar o sucesso de A, B ou C, é um sucesso. Tem de haver isso no mundo negocial. Quando uma empresa vai vender um produto a outra tem de apresentar números, e se o Instagram modificar a aplicação, corre o risco de ser ultrapassado por outra rede social”.

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Fundação Ageas faz doação 85 mil euros à Fundação do Gil

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2019

A partir da sede do grupo em Bruxelas, a seguradora viabilizou o acrescento de mais duas unidades móveis de apoio domiciliar para a Fundação do Gil, mas a Semana da Solidariedade tem mais iniciativas.

A Fundação Ageas, que apoia o projeto de Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio (UMAD) da Fundação do Gil, permitiu a aquisição de mais duas viaturas para Lisboa, graças a um donativo de 85 mil euros do Grupo Ageas em Bruxelas. As novas unidades têm como destino dar suporte ao Hospital Santa Maria, Hospital Dona Estefânia e Hospital Fernando da Fonseca.

O projeto das UMAD surgiu em 2006, no Hospital de Santa Maria, quando foram constatados que algumas das suas crianças doentes crónicas não podiam regressar a casa por razões sociais, permanecendo assim internadas por períodos indefinidos. As UMAD têm operado como uma plataforma fundamental para o acompanhamento de crianças com doenças crónicas e/ou fragilidade clínica, e da sua família.

Esta será uma das iniciativas que a Fundação Ageas vai realizar na segunda edição da Semana de Solidariedade Social que decorre de 21 a 27 deste mês. Este ano o evento solidário, com o mote do Ano Nacional da Colaboração, tem como objetivos a promoção da colaboração para a inclusão, saúde, educação e consciencialização para a sustentabilidade.

Entre as atividades planeadas estão a realização de lanches solidários, a favor do fundo social da LInQUE (cuidados paliativos em casa), Workshops de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com o GRACE e visitas de estudos ao Oceanário de Lisboa e ao Sea Life com crianças portadoras de deficiência.

Para Célia Inácio, Presidente da Fundação Ageas, “durante Semana de Solidariedade Social pretendemos sensibilizar para a relevância da colaboração, mobilizando e inspirando, para fazer a diferença, para apoiar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e criar mais impacto nas comunidades”, acrescentando que “na vida pessoal e profissional, o compromisso com a sociedade tem de estar sempre presente!”.

A segunda semana da solidariedade social serve também de pano de fundo para lançar dois trishaw, apoiados pela Fundação Ageas, fruto de uma parceria com a associação sem fins lucrativos Pedalar Sem Idade Lisboa. Projeto que tem como objetivo retirar os idosos com mobilidade reduzida dos cenários de solidão, a que habitualmente estão confinados, através de passeios gratuitos nestes triciclos adaptados, ajudando à criação de novos relacionamentos e propósitos de vida.

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Grupo Gfi finaliza compra da empresa de software i2S

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2019

O grupo francês concluiu o processo de aquisição da empresa portuguesa e vai assegurar a sua continuidade operacional junto dos clientes.

O grupo francês Gfi concretizou a aquisição da i2S, empresa de software especializada no mercado de seguros, com presença na Península Ibérica e em África, com o objetivo de, em conjunto com as suas soluções Cleva e Cogit, construir uma solução completa de software especializado para companhias de seguros.

A inclusão da i2S no grupo Gfi segue uma abordagem de continuidade operacional. As equipas continuarão inteiramente dedicadas às operações em curso com todos os clientes.

A i2S, que apresenta um volume de negócios anual de mais de 13 milhões de euros, foi fundada há mais de 30 anos tendo afirmado presença nos mercados de seguros de Portugal, Angola e Moçambique e com implementações de software em vários outros países, num total de mais de 40 seguradoras.

O objetivo da Gfi passa por unir o portefólio de soluções da i2S e as suas plataformas de software, Cleva e Cogit, para construir uma proposta de valor completa para o negócio global de seguros, quer a nível de cobertura funcional em Vida, Pensões e Não Vida. Em conjunto, a Gfi e a i2S empregam cerca de 400 colaboradores especializados no segmento de software para seguros.

O grupo Gfi, com presença em mais de 20 países e mais de 19 500 colaboradores, gerou em 2018 um volume de negócio de 1395 milhões de euros sendo um fornecedor de software e de serviços de TI de valor acrescentado.

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