EDP sobe mais de 2% e segura Lisboa

A bolsa nacional encerrou em alta, embora com ganhos ligeiros, impulsionada pelo desempenho da EDP. A queda das ações do BCP travou uma maior subida.

A bolsa nacional encerrou em alta, impulsionada pelos títulos da EDP que dispararam mais de 2%. A impedir uma subida mais expressiva do índice estiverem as ações do BCP que desvalorizaram 0,63%.

O PSI-20 fechou a somar 0,17% para 5.091,55 pontos, naquela que é a terceira sessão consecutiva de ganhos. Lisboa contrariou, assim, a tendência que se viveu na Europa, com as principais bolsas a encerrarem no vermelho, num dia em que o BCE cortou as suas previsões de crescimento para 2020 e 2021 e reconheceu que as “incertezas prolongadas” estão “a deixar marca no sentimento económico”. O Stoxx 600 perdeu 0,05% para 373,88 pontos.

A contribuir para este desempenho do principal índice bolsista nacional esteve a EDP, que representou a maior subida desta sessão, encerrando no verde pela quarta sessão consecutiva. Os títulos da energética subiram 2,12% para 3,415 euros, o valor mais alto desde final de abril, isto na semana em que foi notícia que a China Three Gorges estava de olho numa fusão com os ativos da EDP Brasil, algo que acabou por ser descartado por António Mexia.

Ainda nas subidas, destaque para as ações da Jerónimo Martins que somaram 0,81% para 14,33 euros e a Navigator que avançou 0,63% para 3,206 euros. A REN cresceu 0,2% para 2,4555 euros e a Nos valorizou 0,18% para 5,685 euros.

A impedir uma valorização mais expressiva do PSI-20 estiveram os títulos do BCP que desvalorizaram 0,63% para 0,2514 euros. Destaque ainda para a Sonae que caiu 1,05% para 0,8945 euros e para a Galp Energia que avançou 0,34% para 13,335 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo está em queda nos mercados internacionais.

(Notícia atualizada às 16h56 com mais informação)

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Aumento salarial em Portugal continua a revelar desigualdade de género

  • Ricardo Vieira
  • 6 Junho 2019

A desigualdade de géneros mantém-se presente na análise da Seresco, que registou aumentos médios superiores para os homens do que para as mulheres.

Portugal está entre países europeus que menos aumentaram salário mínimo, mas a consultora Seresco analisou os rendimentos do primeiro trimestre do ano e verificou um aumento médio acima dos 100 euros.

De acordo com a empresa, a média de salários continua a revelar uma notória diferença de aumentos entre homens e mulheres. Nos primeiros três meses do ano o vencimento dos homens subiu em média 138,45 euros, enquanto nas mulheres o aumento rondou os 93,38 euros.

Rita Mourinha, responsável da área comercial salienta que o “mercado tem sofrido algumas alterações a nível de valores médios pagos, quer a homens quer a mulheres, mas é sem dúvida salutar verificarmos que do primeiro trimestre do ano de 2019, o aumento médio foi acima dos 100€, que é já um valor significativo de aumento, face ao que acontecia no passado. Portugal está a percorrer assim, na nossa perspetiva, um caminho interessante, para se manter competitivo e acima de tudo capaz de reter talento.”

Os maiores aumentos salariais verificaram-se em funções de direção e de coordenação, no caso dos homens, enquanto nas mulheres os maiores aumentos salariais registaram-se nas que trabalham em funções de vendas e customer relations.

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Costa considera modelo de prémios da TAP “incompatível” com empresa participada pelo Estado

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

O primeiro-ministro afirmou que o modelo de distribuição de prémios na TAP é “incompatível com os padrões de sobriedade” que devem existir em empresas participadas pelo Estado.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o Estado considera o modelo de distribuição de prémios decidido pela comissão executiva da TAP “incompatível com os padrões de sobriedade” que devem existir em empresas participadas pelo Estado.

No debate quinzenal, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, questionou António Costa sobre a reversão da privatização da TAP decidida pelo atual Governo, referindo-se também a uma notícia da Lusa segundo a qual a transportadora aérea nacional pagou prémios de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores.

“Como é público e notório, os administradores da parte do Estado convocaram para hoje uma reunião extraordinária do conselho de administração para analisar uma decisão tomada pela comissão executiva quanto à distribuição de prémios em modelo que o acionista Estado entende incompatível com padrões de sobriedade, que devem existir nas empresas em que o Estado participa”, respondeu o primeiro-ministro.

Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação afirmou hoje que a atribuição de prémios de 1,171 milhões de euros a 180 colaboradores pela TAP “constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português”.

No texto, o ministério liderado por Pedro Nuno Santos salienta que “discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição”.

No debate quinzenal, Negrão considerou que a reversão da privatização da TAP foi “uma bandeira ideológica” do Governo e citou um relatório do ano passado do Tribunal de Contas, onde se alertava para o facto de o Estado assumir mais riscos que os privados e ser o único responsável pela dívida, de acordo com o líder parlamentar do PSD.

“Valeu a pena a reversão, ou foi apenas para entreter BE e PCP?”, questionou.

Na resposta, Costa defendeu que a opção pela reversão da privatização da TAP “não foi uma questão ideológica, mas de proteção de soberania nacional”, considerando que um país com a localização geográfica e a dispersão da diáspora como Portugal tem de ter uma companhia aérea nacional.

Quanto aos reparos do Tribunal de Contas (TdC), António Costa salientou que não discute política com este órgão, tal como não discute questões judiciárias, arrancando um forte aplauso à bancada do PS.

“Respeito a separação de poderes, mas exijo que respeitem a separação de poderes. Era o que faltava eu poder admitir que o TdC se permitisse discutir, com quem tem legitimidade democrática para governar, as opções de governação. Não, essa não é a competência do TdC, essa é uma violação do princípio de separação de poderes”, apontou.

Na terça-feira, 04 de junho, a agência Lusa noticiou que a TAP pagou prémios de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores.

Segundo um documento a que a Lusa teve acesso, em causa estão prémios que foram pagos com o salário de maio destes colaboradores e que oscilam entre os 110 mil e pouco mais de mil euros, depois de um ano em que a TAP registou um prejuízo de 118 milhões de euros.

Entretanto, a Comissão Executiva da TAP justifica a atribuição de prémios com o “programa de mérito” implementado pela companhia, que diz ter sido “foi fundamental” para os resultados atingidos em 2018.

“A Comissão Executiva da TAP tem absoluta convicção de que o programa de mérito foi fundamental para promover as medidas de redução de custos e de aumento de receitas implementadas em 2018, bem como levar a cabo a reestruturação da TAP ME Brasil, o que permitiu diminuir substancialmente os prejuízos causados pelo aumento do preço do petróleo e dos custos não recorrentes, como já foi amplamente comunicado e divulgado por ocasião da divulgação dos resultados”, refere a administração numa carta a que a agência Lusa teve hoje acesso.

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Já imaginou o escritório do futuro?

Chama-se Workplace Hub e é uma solução “all in one” lançada pela Konica Minolta e que quer transformar o atual local de trabalho.

Há quem defenda que a revolução está ainda a começar nesta Era de transformação digital. A verdade é que, cada vez mais, se fala sobre o futuro do trabalho e as tendências internacionais apontam para um futuro dos nossos escritórios ainda mais conectados e inteligentes, com maior segurança de informação, com a simplificação de processos, que se traduzem num impacto mais positivo em termos de rentabilidade e produtividade das empresas.

Acompanhando as tendências, a Konica Minolta apresentou em Portugal a sua última inovação: o Workplace Hub, um equipamento, ou se quisermos, uma plataforma que em pouco mais do que um metro quadrado, conecta pessoas, espaços e dispositivos, com a missão de simplificar a complexidade tecnológica das pequenas e médias empresas. Numa altura em que se fala de espaços colaborativos – muito próprio das gerações millennials e Z’s.

http://videos.sapo.pt/vOZsN9GD31bQS2YigqtV

 

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SMS que alerta para renovação do cartão de cidadão passa a vir com data de atendimento

A partir de junho, os cidadãos vão receber uma proposta de data de atendimento para renovar o cartão de cidadão, no momento em que são alertados para a necessidade de o fazerem.

A partir de junho, o SMS enviado para alertar para a necessidade de renovação do cartão de cidadão vai incluir também uma proposta de data de atendimento. Esta medida foi anunciada, esta quinta-feira, pelo primeiro-ministro, durante o debate quinzenal e em resposta aos atrasos neste serviço. António Costa avançou também que vai passar a ser possível para os portugueses com mais 25 anos fazerem a renovação do cartão de cidadão online, modalidade que só estava disponível para os cidadãos com mais de 60 anos.

“No próximo mês de junho vão entrar em vigor duas medidas muito importantes. Uma com o SMS que as pessoas recebem a alertá-las com dois meses de antecedência para a necessidade de renovação [do cartão de cidadão] vai ser acompanhado com a proposta imediata de uma data e hora para atendimento para tratar da renovação de forma a que as pessoas saibam com segurança e atempadamente quando o podem fazer“, adiantou o chefe do Executivo. Esta medida vem dar resposta aos longos tempos de espera que se têm verificado na renovação destes documentos, com os portugueses a esperar vários meses para conseguir agendar uma data para tratarem deste assunto.

“Em segundo lugar, a partir da segunda quinzena deste mês, a possibilidade da renovação online para todos os cidadãos com mais de 25 anos. Era uma medida que só existia para os cidadãos com mais de 60, passa a ser existir para todos com mais de 25 anos, o que será uma forma acrescida de descongestionar os serviços“, acrescentou ainda António Costa. Atualmente, a renovação online do cartão de cidadão está disponível para os portugueses com mais de 25 anos, apenas se esse documento tiver sido roubado, destruído ou perdido.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro avançou ainda que, em julho, serão abertos na área de Lisboa três novos espaços, onde será possível renovar o cartão do cidadão, uma vez que esta é a região do país onde se registou uma situação de maior “rutura”. Na capital, as marcações têm demorado meses e as horas de espera se alongado, face à falta de recursos humanos, na opinião da Associação Sindical dos Conservadores dos Registos.

(Notícia atualizada às 16h25)

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PAN disponível para conversar “seja com quem for” após legislativas

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

Após a ida às urnas de outubro, o PAN está disponível para conversar "seja com for", disse André Silva. O deputado falava aos jornalistas, à saída de uma reunião com o PR.

O deputado único do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) destacou, esta quinta-feira, que o objetivo do partido nas legislativas é eleger mais mandatos e formar um grupo parlamentar, adiantando que após as eleições estarão disponíveis para conversar “seja com quem for”. André Silva esteve reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.

No final, o deputado disse aos jornalistas que o objetivo do partido nas eleições legislativas que se disputam em 06 de outubro é conseguir “eleger um grupo parlamentar” para ter “mais responsabilidades” na Assembleia da República.

Questionado sobre se o partido está disponível para integrar uma solução governativa, à semelhança da constituída na atual legislatura (em que o Governo conta com o apoio de BE, PCP e PEV), André Silva foi taxativo: “após as eleições, e se a matemática parlamentar assim o disser, nós estaremos disponíveis para já, para isto, para conversar, seja com quem for”.

Apesar de o PAN estar disponível para “influenciar qualquer Governo que venha a sair das eleições de 2019”, o porta-voz lembrou que, nesta altura, quaisquer cenários “são precoces”, uma vez que ainda não são conhecidos os programas eleitorais dos partidos nem a constituição futura do parlamento.

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Fed e BCE animam investidores e impulsionam Wall Street

Os principais índices de Wall Street abriram em alta, depois de a Fed e o BCE terem mostrado sinais de que não deverá haver um aumentos dos juros. Mas ainda há receios à volta das tensões comerciais.

As principais bolsas norte-americanas estão em alta, depois de os bancos centrais dos EUA e da Zona Euro terem sinalizado que vão continuar a apoiar a economia. Contudo, os investidores continuam preocupados com as declarações de Donald Trump, que colocou a hipótese de mais tarifas sobre bens importados da China após a reunião do G20.

O índice de referência S&P 500 está a valorizar 0,07% para 2.828,12 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que sobe 0,08% para 25.558,99 pontos. Contrariamente, o tecnológico Nasdaq segue a perder 0,18% para 7.561,57 pontos.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira, durante a reunião de política monetária, que os juros deverão continuar em mínimos históricos até, pelo menos, junho do próximo ano “e, em qualquer caso, enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo”, disse a instituição, em comunicado.

Estas declarações animaram os investidores, principalmente porque chegam um dia depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) ter admitido uma possível descida dos juros. “Estamos a monitorizar atentamente as implicações destes desenvolvimentos nas perspetivas económicas dos EUA e, como sempre, atuaremos apropriadamente para sustentar a expansão, com um mercado laboral forte e a inflação perto do objetivo dos 2%”, disse Jerome Powell, presidente da Fed.

Apesar deste ânimo, os investidores continuam cautelosos quanto às tensões comerciais. Donald Trump alimentou mais rumores de uma escalada neste campo, afirmando que, após a reunião do G20, ponderará aumentar as tarifas sobre, “pelo menos”, 300 mil milhões de dólares (266,6 mil milhões de euros) de bens chineses.

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Trump diz que decidirá sobre novas sanções comerciais à China no final do mês

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

O Presidente dos Estados Unidos garante que vai decidir sobre as novas sanções à China, no final de junho, depois da cimeira do G20.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta quinta-feira que só decidirá sobre novas sanções tarifárias à China no final de junho, depois da cimeira do G20, no Japão, onde reunirá com o homólogo chinês, Xi Jinping.

O encontro entre Trump e Xi já tinha sido anunciado no início de maio, numa altura em que a guerra comercial entre os EUA e a China subia de tom, após o Presidente norte-americano ter anunciado o aumento de taxas alfandegárias entre 10% e 25% sobre cerca de 300 milhões de euros de produtos importados da China e de o Presidente chinês ter anunciado que responderia com idênticas sanções.

Nessa altura, Trump reconheceu que o encontro era de “grande importância” e voltou a recordar esta quinta-feira o compromisso, remetendo para a sua conclusão qualquer decisão sobre novas taxas alfandegárias. “Vou encontrar-me com o Presidente Xi e vamos ver o que acontece”, disse Donald Trump esta quinta-feira, em Caen, no norte de França, onde participou no segundo dia de comemorações do desembarque das tropas aliadas na Normandia, durante a II Guerra Mundial.

A decisão de Trump incidirá sobre pouco mais de 300 milhões de euros em importações de produtos chineses que ainda não foram afetados pelas sucessivas sanções tarifárias que têm sido impostas, na guerra comercial entre os dois países.

Donald Trump tem sido ambíguo relativamente à evolução das negociações para resolver o impasse comercial com a China, alternando entre declarações em que revela esperança numa solução rápida e afirmações de aumento de desconfiança sobre a postura da China.

Na cimeira do G20, que decorre na cidade japonesa de Osaka, nos dias 28 e 29 de junho, está marcada uma reunião bilateral entre Donald Trump e Xi Jinping, em que a questão da guerra comercial será tema central.

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Conselho de Ministros aprova decreto-lei de execução orçamental

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

O decreto-lei de execução orçamental acrescenta ao Orçamento do Estado deste ano regras de disciplina orçamental. Este ano foi aprovado mais tarde do que em anos anteriores.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o Decreto-Lei de Execução Orçamental (DLEO), diploma que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2019.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o DLEO mantém “os instrumentos e mecanismos considerados necessários para monitorizar o controlo da despesa”, introduzindo ainda “um conjunto de medidas que têm como principais objetivos simplificar e flexibilizar procedimentos de natureza administrativa”.

A provação do DLEO acontece este ano mais tarde do que nos restantes anos desta legislatura.

Em 2018, o diploma foi publicado em Diário da República (DR) em 15 de maio, após ter sido aprovado em Conselho de Ministros em 26 de abril.

Em 2017, o DLEO foi publicado em DR em 03 de março e, no primeiro ano da legislatura, em 2016, a publicação ocorreu em 13 de abril.

De acordo com a versão preliminar do DLEO para 2019, a que a Lusa teve acesso, o nível de cativações segue de perto o modelo adotado no ano passado.

Entre as medidas que constavam da versão preliminar inclui-se ainda uma norma que permite manter a redução de quatro meses na idade da reforma dos funcionários públicos por cada ano de desconto além dos 40.

Esta bonificação é concedida aos subscritores da Caixa Geral de Aposentações que pretendam reformar-se a partir dos 65 anos de idade.

A mesma versão preliminar prevê também que os serviços públicos possam negociar o salário com os novos funcionários a recrutar, desde que haja “evidência de dificuldade de atração de trabalhadores para a função”.

Prevista no anteprojeto da DLEO estava ainda a integração no salário base de um suplemento remuneratório dos oficiais de justiça.

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Costa rejeita Lei de Bases da Saúde “a prazo”

O BE leva ao debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento, a degradação dos transportes públicos, numa altura em que os partidos exigem maior oferta de serviços.

António Costa aproveitou o debate quinzenal desta quinta-feira para anunciar que o acordo relativamente à aquisição, pelo Estado, da totalidade do capital do SIRESP já está fechado, faltando apenas formalizar o acordo e um sim definitivo da casa mãe da Motorola em relação a dois pontos específicos.

O debate ficou, no entanto, marcado pela insistência à esquerda — em especial do Bloco de Esquerda — no fim das PPP na saúde, que António Costa não assume, tentando antes centrar o debate na necessidade de garantir que o Serviço Nacional de Saúde é reforçado e é o principal fornecedor de serviços de saúde. O privado, só em caso de necessidade. O primeiro-ministro foi ainda questionado várias vezes sobre a falta de oferta nos transportes públicos, mas em resposta defendeu sempre que o investimento — tanto em transportes como nos recursos humanos — está a ser feito e que os casos recentes da CP e da Transtejo se devem um problema elétrico e a uma greve, ambos resolvidos e que não dependem do investimento do Governo.

Acompanhe aqui o debate.

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Marcelo dá “luz verde” ao alargamento das pensões provisórias

O Presidente da República promulgou, esta quinta-feira, o alargamento das pensões provisórias de velhice, invalidez e sobrevivência a mais pessoas.

Uma semana depois de o Governo ter aprovado em Conselho de Ministros o alargamento das pensões provisórias de velhice, invalidez e sobrevivência a mais pessoas, Marcelo Rebelo de Sousa dá “luz verde” a esse diploma. Esta medida tem como objetivo mitigar os efeitos negativos dos atrasos na atribuição de pensões, que tem sido o principal motivo de queixas sobre a Segurança Social à Provedora de Justiça.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que altera os regimes jurídicos de proteção nas eventualidades de invalidez, velhice e morte do regime geral da Segurança Social, alargando as situações em que é possível a atribuição de pensões provisórias“, lê-se na nota publicada, esta quinta-feira, no site da Presidência da República.

Em causa está o diploma que prevê que estas pensões provisórias passam a ser atribuídas não só a quem está em situação de carência económica, mas a todos os beneficiários que cumpram os requisitos para aceder a esses apoios.

No caso das pensões provisórias de invalidez, desaparece o ponto que cingia a atribuição destas prestações somente a quem já tinha esgotado o período máximo de subsídio de doença (1.095 dias). E no caso das pensões provisórias de sobrevivência, deverá ser agora eliminado o requisito que impede o beneficiário de exercer uma atividade profissional e de receber qualquer quantia a título de pré-reforma ou outras pensões. “O presente decreto-lei procede ainda à alteração do regime jurídico de proteção na eventualidade de morte, alargando as situações em que é possível atribuir pensões provisórias de sobrevivência, que atualmente se restringem a situações de carência económica”, explicou o Executivo, em comunicado.

Estas alterações servem para desbloquear a atribuição de pensões, cujos atrasos têm sido motivos de muitas queixas junto da Provedora de Justiça. Além de reforçar os recursos humanos, o Executivo de António Costa decidiu alargar as pensões provisórias, estando prevista a atribuição de cerca de sete mil só este mês. Isto de acordo com o primeiro-ministro.

Entretanto, os deputados aprovaram uma recomendação ao Governo para alargar essa agilização da atribuição das pensões provisórias também aos beneficiários que estejam desempregados, nomeadamente aqueles que peçam a a antecipação da reforma ao abrigo do regime de desemprego de longa duração.

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Rendas acessíveis? “Não vão ter o mínimo sucesso”, dizem proprietários. Inquilinos não conseguem pagar

O Programa de Arrendamento Acessível está aí à porta, mas não conquista inquilinos, muito menos proprietários. Os valores das rendas continuarão a ser elevados e a iniciativa não dinamiza o mercado.

O Governo esforçou-se, mas não conseguiu agradar os inquilinos, muito menos os proprietários. O Programa de Arrendamento Acessível está prestes a entrar em vigor, mas nenhuma das partes acredita no seu sucesso. Inquilinos falam em rendas que continuam a ser incomportáveis para a classe média, enquanto proprietários referem toda a burocratização. Não vai resolver o problema do acesso à habitação, dizem.

“Já se sabe que não acreditamos nisto. Quanto a nós não vai ter o mínimo sucesso”, começou por dizer ao ECO António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), sobre as portarias que foram publicadas esta quinta-feira relativamente ao Programa de Arrendamento Acessível do Governo. “Para já, não há casas e as que aparecem têm rendas relativamente elevadas. E não é pelo facto de os senhorios terem de arrendar a um valor 20% mais baixo que vai compensar em relação ao imposto — porque há senhorios que até pagam menos. Isto não é negócio”.

"O senhorio tem de arranjar um secretário ou um gabinete de apoio para preencher toda a papelada e tem de se sujeitar aos preços que eles inventam.”

António Frias Marques

Presidente da Associação Nacional de Proprietários

Outros dos pontos negativos apontados pela associação é a “burocratização” e a “estatização”. Para António Frias Marques, “o arrendatário tem de contar a vida toda desde pequenino, e o senhorio também tem de se comprometer. O senhorio tem de arranjar um secretário ou um gabinete de apoio para preencher toda a papelada e tem de se sujeitar aos preços que eles inventam“.

“O arrendamento é uma coisa simples”, apela o responsável dos proprietários, explicando que, de um lado estão os senhorios que têm uma casa e precisam de dinheiro e do outro estão os inquilinos que têm dinheiro e precisam de uma casa.

Portugueses não conseguem pagar

Mas o presidente da ANP também se põe na pele dos inquilinos e admite que, mesmo com as rendas ao abrigo deste programa, continuam a ser valores “de tal maneira elevados que, mesmo com a baixa de 20%, os portugueses não conseguem pagar porque os ordenados são muito baixinhos“.

No meio de todo este problema do mercado de arrendamento, há ainda um outro fator que, para os proprietários, convém referir que “em Portugal deixámos de ter fronteiras e Lisboa está inundada de estudantes de Erasmus. Para os familiares destes estudantes, se forem pedidos 1.200 euros por uma casa em Campo de Ourique, eles pagam alegremente porque, mesmo assim, é mais barato do que noutras cidades”.

"A partir do momento em que colocaram no mesmo caldeirão os rendimentos dos portugueses e dos estrangeiros, o que há a fazer não é baixar o preço das rendas, mas subir o valor dos ordenados.”

António Frias Marques

Presidente da Associação Nacional de Proprietários

Assim, só há uma solução: “A partir do momento em que colocaram no mesmo caldeirão os rendimentos dos portugueses e dos estrangeiros, o que há a fazer não é baixar o preço das rendas, mas subir o valor dos ordenados”, afirma António Frias Marques. “Porque, da parte da ANP, que conta com 26 mil associados, duvido que haja o primeiro que faça um contrato através deste sistema“.

Inquilinos falam em lei positiva, “mas insuficiente”

A opinião dos inquilinos vai praticamente no mesmo sentido, assim explica Romão Lavadinho. “Consideramos que esta lei é positiva, mas insuficiente”, diz o presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses ao ECO. “Porque os valores que vão ser cobrados são muito superiores e muito impossíveis de pagar pela classe média com rendimentos baixos”, justifica.

Referindo que os rendimentos médios são de 800 euros mensais, uma família que receba cerca de 1.600 euros por mês não tem condições para pagar uma renda de 900 ou 1.100 euros. “Esta lei só vai ser possível com rendimentos de classe média mais altos, porque para a generalidade das famílias portuguesas é quase impossível aceder a estes valores”.

"Esta lei só vai ser possível com rendimentos de classe média mais altos, porque para a generalidade das famílias portuguesas é quase impossível aceder a estes valores.”

Romão Lavadinho

Presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses

A conclusão é clara, diz o responsável pelos inquilinos, “isto não vem resolver o problema, que é dinamizar o mercado de arrendamento”. A associação refere que a secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, diz que só daqui por cinco ou seis anos vai ser possível tocar em máximos, “mas mesmo os mínimos são quase impossíveis”.

Para Romão Lavadinho, a forma de calcular estas rendas acessíveis também não é melhor. “Já dissemos à secretária de Estado que deveria ser calculado através do valor patrimonial tributário. O valor da mediana na maior parte dos casos é muito elevado”. Do ponto de vista da associação, a taxa de esforço de 35% das famílias — critério de acesso definido pelo Governo — também é “muito elevada”.

Mas também os inquilinos se colocaram no lugar dos proprietários e admitem que, no caso destes, “mesmo os proprietários não estarão muito disponíveis para aplicarem esta legislação, dado que os benefícios que vão ter são insuficientes”, rematou.

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