Energia e retalho puxam por Lisboa. Corticeira caiu 2% após grupo Amorim vender ações

Beneficiando do comportamento do setor energético e do retalho, Lisboa encerrou a negociação a somar. Para a Corticeira Amorim, a sessão foi negativa após família Amorim ter alienado lote de ações.

Lisboa encerrou a sessão em terreno positivo, com o setor energético e o retalho a impulsionar os ganhos, ainda que tenham sido ligeiros. A bolsa nacional seguiu a tendência verificadas nas principais praças europeias, animadas pelos comentários da Fed. Na linha vermelha, o destaque vai para a Corticeira Amorim, que caiu após a venda de um lote de ações por parte do grupo Amorim.

O PSI-20, principal índice nacional, terminou a negociação desta quarta-feira a valorizar 0,20% para 5.082.97 pontos, enquanto o Stoxx 600, na Europa, somou 0,26%, depois de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), ter dito que não fecha a porta a uma descida dos juro, caso seja necessário. Powell afirmou ainda que vai estar atento aos desenvolvimentos e às implicações das medidas tomadas pelos EUA e pela China no contexto da guerra comercial.

Por cá, foram os títulos do setor do retalho que mais puxaram pela bolsa de Lisboa. A Jerónimo Martins subiu 2,16% para 14,215 euros, enquanto a Sonae avançou 1,57% para 0,904 euros. Também os títulos do setor energético deram um forte impulso à praça portuguesa, nomeadamente a família EDP.

A empresa liderada por António Mexia valorizou 0,60% para 3,344 euros e a EDP Renováveis somou 0,56% para 9,050 euros. Ainda no setor energético, a REN valorizou 0,82% para 2,45 euros.

Destaque também para a Mota-Engil, que avançou 3,15% para 1,935 euros, tendo sido mesmo a estrela da sessão.

Do lado contrário, em terreno negativo, nota para a Corticeira Amorim, que recuou depois da Investmark ter vendido quase 3,5% do capital social da empresa numa operação realizada a 9,50 euros por ação, abaixo do cotação no mercado de capitais português. Os títulos da empresa liderada por António Rios Amorim caíram 2,06% para 9,97 euros.

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Benfica é o primeiro clube europeu a aceitar pagamentos em criptomoedas

  • ECO
  • 5 Junho 2019

O clube da Luz fechou uma parceria com a startup portuguesa Utrust para passar a aceitar pagamentos na loja online com criptomoedas, como é o caso da bitcoin.

Já é possível fazer compras no site do Benfica e pagar com bitcoin. O clube português estabeleceu uma parceria com a startup Utrust, tornando-se um dos primeiros grandes clubes europeus a aceitar criptomoedas como meio de pagamento. A notícia foi avançada pelo Observador e confirmada pelo ECO.

Ao proceder ao check out de uma compra na loja virtual do Benfica, os fãs podem agora escolher pagar com os métodos tradicionais, como o cartão bancário, a referência Multibanco ou o PayPal, mas também com o método da Utrust. Ao continuar o processo, os clientes são direcionados para uma página da Utrust, que permite pagar com três criptomoedas: a moeda original da Utrust, a bitcoin ou o ethereum.

Benfica já aceita pagamentos com criptomoedas

Ao selecionar o método de pagamento “UTRUST”, os adeptos podem, de seguida, pagar com bitcoin, ethereum ou com a moeda própria da Utrust.Captura de ecrã do site do Benfica

Parceria “expõe milhões” de pessoas ao fenómeno das criptomoedas

“Um dos maiores clubes do mundo é oficialmente o primeiro a aceitar pagamentos com moedas digitais”, lê-se na página oficial da Utrust. “Agora, o Benfica poderá entrar no mercado de criptomoedas permitindo aos adeptos comprar subscrições, bilhetes e merchandising na sua loja oficial”, refere a startup portuguesa num comunicado. Além disso, na ótica da Utrust, a parceria “expõe milhões de clientes” ao fenómeno das criptomoedas.

Num comunicado, o Benfica garante ser “o primeiro grande clube de futebol europeu a aceitar pagamentos online em criptomoedas”. Na mesma nota, Domingos Soares de Oliveira, presidente executivo do grupo Benfica, refere que “este é um dia emocionante na história da SL Benfica”.

“Os benfiquistas fazem do Benfica o clube especial e único que é, e reconhecemos que muitos dos nossos adeptos são agora utilizadores digitais em primeiro lugar, pelo que queremos estar na linha da frente no que toca a adotar novas tecnologias e proporcionar aos nossos apoiantes a melhor experiência online. Estamos muito entusiasmados com as oportunidades que esta parceria com a Utrust apresenta na evolução da nossa estratégia de e-commerce e estamos ansiosos por aceitar o nosso primeiro pagamento com criptomoedas”, frisa o gestor na mesma nota.

As criptomoedas como a bitcoin são divisas digitais e não reguladas que ganharam popularidade mundial nos últimos anos, devido à alta volatilidade. Uma única bitcoin chegou a valer quase 20.000 euros no final de 2017. O anúncio desta parceria surge numa altura em que a bitcoin volta a brilhar, com o valor da moeda a mais do que duplicar desde o início deste ano, depois de um ano de 2018 em que o preço da divisa quase caiu para metade.

(Notícia atualizada às 16h50 com mais informações)

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China e Rússia estão empenhadas em reforçar relações bilaterais

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

A China e a Rússia estão empenhadas em reforçar as relações bilaterais, numa altura em que o regime de Xi Jinping está envolvido numa guerra comercial com os EUA.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu em Moscovo o homólogo chinês, Xi Jinping, para dar “um novo impulso” à aproximação dos dois países nos últimos anos, num contexto de tensões com os EUA. As duas potências registam uma consonância de perspetivas quando ambas atravessam, por diversos motivos, um período difícil nas suas relações com os norte-americanos.

A guerra comercial que opõe Pequim a Washington atingiu um novo patamar no passado fim de semana, lançando uma sombra sobre as suas perspetivas económicas. E as relações russo-norte-americanas, que já passaram por diversas crises, agravaram-se com as acusações de ingerência eleitoral após a chegada de Donald Trump à Casa Branca, que acabaram por ser negadas no recente “relatório Mueller”.

Xi Jinping aterrou ao início da tarde em Moscovo e foi recebido pelo Presidente russo para manter conversações que deverão conduzir à assinatura de cerca de 30 acordos. “Estou convencido de que esta visita vai resultar em novos e impressionantes sucessos” nas relações bilaterais “que serão cada vez melhores”, declarou Xi no início do encontro com Putin no Grande palácio do Kremlin.

“Nos últimos anos, as relações entre a Rússia e a China atingiram um nível sem precedente, incluindo devido à vossa participação direta”, sublinhou por sua vez Putin, ao exprimir a certeza de que “esta visita fornecerá um importante impulso suplementar ao desenvolvimento das relações bilaterais”. O encontro será seguido de uma receção em honra do dirigente chinês, seguida de uma sessão no Teatro Bolchoi por ocasião dos 70 anos do estabelecimento das relações entre os dois países.

Após o programa moscovita, Xi Jinping desloca-se à antiga capital dos czares e da Revolução de Outubro, onde entre quinta e sexta-feira será convidado de honra no Fórum económico de São Petersburgo, o principal encontro empresarial da Rússia, que deverá reunir 17.000 pessoas.

Esta vista de Estado, o nível mais elevado das visitas ao estrangeiro no protocolo diplomático, é “um acontecimento crucial” para as relações bilaterais, assegurou Putin, ao recordar que a União Soviética foi “o primeiro país a reconhecer a República Popular da China na sequência da sua proclamação” em 1949.

Xi Jinping e Vladimir Putin deverão assinar na sequência das suas conversações em Moscovo uma declaração comum sobre “o reforço das relações, da parecia global e da cooperação estratégica” que segundo o conselheiro do Kremlin, Iuri Ouchakov, “entram numa nova era”.

A tradicional “diplomacia do panda” chinesa será igualmente aplicada, prevendo-se que Xi Jinping ofereça dois pandas gigantes ao Jardim zoológico de Moscovo.

Num contexto de fortes tensões entre a Rússia e os Estados Unidos, as trocas comerciais entre Moscovo e Pequim aumentaram 25% em 2018, para atingir um nível recorde de 108 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros), segundo o Kremlin.

A Rússia, cuja economia tem sido duramente atingida pelas sanções europeias e norte-americanas desde 2014, na sequência da crise ucraniana e da anexação da Crimeia, “está em vias de se afastar de facto do mercado europeu e em direção ao mercado chinês”, considerou o analista russo Alexandre Gabouïev do Centro Carnegie de Mosovo, citado pela agência noticiosa AFP.

A China também se tornou um “investidor muito importante” na economia russa e mantém os seus financiamentos públicos e privados na Rússia no momento em que o país assiste à saída de outros atores estrangeiros, designadamente devido às sanções, concretizou.

No campo político, a cumplicidade entre os dois membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e que votam com frequência em uníssono, parece destinada a prolongar-se. “As posições da Rússia e da China são muito próximas ou coincidem inteiramente na maioria dos dossiers internacionais”, incluindo o dossier nuclear norte-coreano, o conflito na Síria, a crise na Venezuela ou ainda o acordo nuclear iraniano, temas que deverão ser abordados durante esta vista oficial, acrescentou o analista.

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Juros do crédito para carros novos vai descer, mas aumenta para os usados

Os bancos não podem aplicar juros acima de 16,1% nos cartões de crédito no terceiro trimestre, mantendo o valor em vigor no trimestre atual. Nas restantes finalidades a tendência geral é de descida.

Enquanto os juros dos cartões de crédito vão continuar limitados a um teto máximo de 16,1% no próximo trimestre, nas restantes finalidades de crédito ao consumo, a tendência é decrescente, revela o Banco de Portugal. No caso dos carros novos, no terceiro trimestre a taxa máximos aplicável vai baixar, sendo que será mais caro obter financiamento para um automóvel usado.

Segundo a entidade liderada por Carlos Costa, a taxa de juro máxima que os bancos podem aplicar no financiamento de carros usados sobe para 6%, no caso da locação financeira e ALD, e para 12,4% no crédito com reserva de propriedade. No atual trimestre, os tetos são de 5,9% e 12,3%, respetivamente.

Já no caso dos carros novos, constata-se um decréscimo do teto de juros para 4,7% e 9,6%, respetivamente, no caso da locação financeira ou ALD, e crédito com reserva de propriedade. No segundo trimestre, os limites estão em 4,8% e 9,7%.

Juros dos cartões de crédito estabilizam

Fonte: Banco de Portugal

Também no crédito pessoal com a finalidade de educação, saúde e energias renováveis, o teto de juros cai: dos atuais 6,4% para 6,2%. Já os juros máximos nos outros créditos pessoais vão manter-se fixados nos 13,6%.

(Notícia atualizada às 16h00)

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Google Cloud quer duplicar equipa em Portugal

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

A Google Cloud tenciona duplicar a equipa em Portugal e é uma das áreas de negócio de maior crescimento. Faturação no país está a crescer "de forma interessante", disse o responsável, Jorge Reto.

O líder da Google Cloud em Portugal, Jorge Reto, disse à Lusa que a empresa está “a dobrar a equipa” no mercado português e que a faturação está a crescer “de forma interessante”. O responsável não avançou com números, uma vez que não é política da Google divulgar esse tipo de dados.

Questionado pela Lusa, à margem do Cloud Day Lisboa, sobre se a Google Cloud está a contratar profissionais, Jorge Reto afirmou: “Estamos a duplicar agora a equipa”, em engenharia e em gestores de projetos.

“Temos tido uma adesão muito forte” por parte dos clientes, afirmou o country manager da Google Cloud, que lidera os destinos desta área de negócio há ano e meio. “Temos neste momento um pipeline de projetos superior àquilo que a equipa consegue gerir” e por isso, a empresa também aposta na consolidação de parceiros certificados.

O desempenho da Google Cloud em Portugal no último ano tem sido “positivo”, disse. “A faturação tem estado a crescer de forma interessante, cerca de três dígitos. Vale o que vale, começámos no ano passado”, prosseguiu. No que respeita à área de parceiros certificados, o responsável diz que “está a correr bem”.

A Google Cloud é uma área de negócio dentro da Google ligada às soluções de armazenamento de dados na nuvem (cloud), mas não só, inclui ferramentas de produtividade, de inteligência artificial. Ou seja, a empresa fornece desde soluções de cloud “até ferramentas mais evoluídas de produtividade”, tecnologias que a Google desenvolveu nos últimos 20 anos para uso interno e que agora estão disponíveis para o setor empresarial.

Através de motores de inteligência artificial que foram “treinados” pela Google, é hoje em dia possível fazer o reconhecimento de imagem, de voz, ferramentas que ajudam à produtividade das empresas, exemplificou.

“Temos já empresas que começam a ter assistentes virtuais para poderem falar com os clientes em Portugal”, disse, dando o exemplo da Salvador Caetano. A empresa portuguesa “já está a fazer uma interação com os seus clientes, para saber como estão as viaturas em revisão”, um projeto que foi implementado entre três a quatro semanas, exemplificou.

“A questão é a rapidez com que se consegue implementar”, poupando custos à empresa, uma vez que “o modelo já existe”, refere. Além da Salvador Caetano, também a EDP, a Dott [‘marketplace’ da Sonae em parceria com os CTT] e a Super Bock estão a desenvolver projetos com a Google Cloud.

A área de cloud é aquela onde a Google tem feito maior investimento nos últimos tempos. Nos últimos três anos, a Google investiu em termos globais 45 mil milhões de dólares (cerca de 39,9 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) só em redes e data centers em computação. “Este ano o investimento é de 13 mil milhões de dólares [11,5 mil milhões de euros]. Há um investimento grande e também uma expectativa de retorno”, afirmou.

Questionado sobre o impacto do 5G no negócio, Jorge Reto considerou que tal “vai impulsionar” o negócio, uma vez que “ajuda a haver mais pessoas a acederem e muito mais rapidamente”. O responsável adiantou que “35% do tráfego mundial da Internet passa dentro da rede” da Google.

Sobre os setores de atividade onde estão os clientes da Google Cloud, Jorge Reto destacou as startups, as grandes empresas, nomeadamente de utilities [serviços básicos], como também a saúde, banca e seguros.

O objetivo para este ano é “consolidar a rede de parceiros, aumentar a equipa e ter até ao final do ano pelo menos mais duas ou três referências em termos de empresas e com projetos muito visíveis e muito grandes”, salientou. No fundo, a Google Cloud pretende “ajudar as empresas portuguesas a fazer em digitalização”, disse.

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Agricultores familiares e jovens empresários terão acesso privilegiado a terras do Estado

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

Os agricultores familiares e os jovens empresários rurais terão um acesso privilegiado a terras detidas pelo Estado, prometeu o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Os jovens empresários e os agricultores familiares vão ter acesso privilegiado a terras do Estado, bem como a linhas de crédito, a concursos e à inclusão de produtos locais nas ementas escolares, anunciou no Parlamento o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

“Vamos ter lotes de terreno do Estado para a agricultura familiar”, anunciou o ministro Capoulas Santos, sem indicar mais pormenores, numa audição parlamentar requerida pelo PCP sobre o estatuto da agricultura familiar, depois de ter enumerado concursos nos quais vão ser privilegiados apoios para quem tem aquele estatuto.

Em declarações à Lusa, no final do encontro, o ministro precisou que a preferência de jovens empresários rurais e agricultores familiares em concursos para as terras do Estado vai ter lugar “até 15 de julho” e que na lista de prioridades, que tem em primeiro lugar os jovens agricultores, se incluem até refugiados.

Capoulas Santos, na comissão, disse ainda terem sido abertos sete concursos específicos, de apoio à viticultura, cerealicultura, fruticultura, olivicultura, horticultura, pecuária extensiva e intensiva, no valor de 40 milhões de euros, nos quais será privilegiada nos critérios de seleção a agricultura familiar.

Capoulas Santos disse ainda “estarem disponíveis” 110 milhões de euros no âmbito dos grupos de ação local para abertura de concursos, vocacionados para o desenvolvimento rural, que deverão também privilegiar a agricultura familiar, e anunciou 300 mil euros para abrir concursos para estudar a agricultura familiar, no âmbito da rede rural.

Foram ainda anunciadas medidas como a simplificação das regras de licenciamento de pequenos estabelecimentos de venda de agropecuário, como queijarias, e uma portaria, recentemente aprovada, para apoio fixo aos pequenos produtores que comercializem produtos no âmbito dos circuitos curtos (mercados locais).

“Está em preparação uma linha de crédito para apoiar a agricultura familiar, que deverá ser lançada em setembro”, disse Capoulas Santos, anunciando de seguida a intenção de dar a estes agricultores “acesso privilegiado às terras do Estado” e apoios para a sua formação. “O Ministério da Agricultura considera de grande relevância este estatuto”, da agricultura familiar e de jovem empresário rural, afirmou o governante, defendendo que a oferta de ementas escolares “deve respeitar os critérios de prioridade” sazonal e de proximidade, favorável a muitos agricultores familiares.

O ministro anunciou ainda 500 mil euros para as organizações agrícolas (associações e confederações) divulgarem o novo estatuto junto dos agricultores familiares, que podem assim aceder a ajudas financeiras e não financeiras, e ainda outro apoio de 300 mil euros para estudos e recolha de informação a distribuir pelas organizações agrícolas. “Só assim [pela divulgação do estatuto] podemos chegar a todos deste estrato socioprofissional, tão importante para manter vivo o nosso mundo rural”, defendeu o ministro da Agricultura.

Outra medida anunciada foi a abertura de um balcão em cada direção regional de agricultura, segundo um despacho ministerial de 24 maio, destinado especificamente a divulgar o estatuto da agricultura familiar e de jovem empresário rural. “A orientação das direções regionais é, o mais tardar até 02 de setembro, que estejam todos os balcões a funcionar no máximo até ao fim de agosto. 02 de setembro é a data limite”, precisou o ministro.

Capoulas Santos falou ainda da abertura de mais concursos para estes agricultores: “Já abrimos concursos específicos para apoio às organizações agrícolas. Já temos um concurso fechado e vamos abrir outro”, disse. O ministro adiantou ter dado instruções para a abertura de concursos que “discriminem positivamente, ou sejam totalmente dirigidos”, à agricultura familiar, como 110 milhões de euros para abrir concursos dirigidos aos Grupo de Ação Local (GAL) ou 40 milhões de euros para concursos dirigidos a jovens agricultores.

O estatuto de Jovem Empresário Rural (JER) foi publicado em meados de janeiro, prevendo apoios e medidas, como benefícios fiscais, e a majoração na atribuição de apoios por concurso e linhas de crédito específicas. Em finais de fevereiro, o Governo anunciou que em março ficaria disponível uma plataforma para os agricultores familiares se inscreverem e terem acesso a apoios e integrarem os fornecedores de instituições estatais.

Cantinas escolares vão privilegiar produção agrícola local

Há um mês, no início de maio, o Governo alterou o regime de desenvolvimento local do PDR – Programa de Desenvolvimento Rural, acrescentando critérios de seleção como o estatuto de agricultor familiar ou de jovem empresário rural e explorações com certificação em modo de produção biológico. Em algumas operações, como a promoção de produtos de qualidade locais, a portaria inclui novas tipologias de despesas e taxas de apoio, um incentivo à adesão dos produtores à comercialização por circuitos curtos e um estímulo a um papel ativo na divulgação de produtos.

Uma lei publicada há pouco mais de uma semana, em 22 maio, obriga as cantinas e refeitórios públicos a fornecer produtos alimentares com certificação de qualidade, origem e impacto ambiental, promovendo o consumo sustentável de produção local e produção certificada, em organismos e serviços da administração central, local e regional, bem como nas instituições de ensino superior público.

Na aquisição dos produtos é incluído o critério de seleção de produtos provenientes de explorações com o estatuto de agricultura familiar e tidos em conta critérios de proximidade e menores custos logísticos e de distribuição, valorizando a produção com origem no local de consumo ou adjacente e os alimentos da época.

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Expetativa de corte nos juros da Fed sustenta Wall Street

Depois de na terça-feira terem registado um dos melhores desempenhos do ano, as bolsas norte-americanas continuam a valorizar perante a perspetiva de corte nos juros da Fed.

A expetativa da Reserva Federal iniciar em breve um novo ciclo de redução da taxa de juro de referência para o mercado norte-americano continua a animar os investidores em Wall Street, depois de na sessão anterior os principais índices terem apresentado valorizações raras este ano, acima dos 2%.

A onda otimista prolongou-se para esta quarta-feira, com as bolsas a negociarem no “verde”. O S&P 500 segue a ganhar 0,53%, para 2.818,09 pontos, o Dow Jones avança 0,47% e o Nasdaq avança perto de 0,8%, para os 7.587,68 pontos.

As declarações do presidente da Reserva Federal na última terça-feira reforçaram os sinais que vão deixando cada vez mais claro que a Fed está a ponderar inverter o ciclo de aumento gradual da taxa de juro de referência para retomar um ciclo de cortes. Os juros nos Estados Unidos estiveram praticamente congelados nos dez anos anteriores a 2015, entrando em ciclo de subidas no final desse ano, ciclo que agora deverá ser interrompido.

Jerome Powell, presidente da Fed, diz que “atuará apropriadamente para sustentar a expansão com um mercado laboral forte e a inflação perto do objetivo dos 2%“, levando os investidores novamente a apostarem em ativos de maior risco, como são as ações.

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Portugal tem investimento abaixo da média europeia. Deve apostar na ferrovia e nos portos, diz Bruxelas

Apesar de ter aumentado em 2018, o investimento público continua muito baixo quando comparado com os padrões da União Europeia, diz Bruxelas.

A Comissão Europeia alerta que o nível de investimento em Portugal é “muito baixo” quando comparado com os padrões europeus, ficando “sistematicamente abaixo” dos próprios objetivos do Governo. Nas recomendações específicas para Portugal no âmbito do semestre europeu, Bruxelas pede a Portugal que concentre os seus esforços de investimento no transporte ferroviário e nas infraestruturas portuárias.

Apesar de ter aumentado em 2018, o investimento público continua muito baixo quando comparado com os padrões da União Europeia”, diz o relatório divulgado esta quarta-feira. E perante a constatação, Bruxelas sugere que as autoridades nacionais devem focar a sua atenção na ferrovia e portos porque “as conexões ferroviárias e marítimas insuficientes tornam difícil que as empresas orientadas para a exportação beneficiem plenamente do potencial do mercado único”.

Apesar de ter aumentado em 2018, o investimento público continua muito baixo quando comprado com os padrões da União Europeia e sistematicamente abaixo dos próprios objetivos do Governo.

Comissão Europeia

“Devido à sua localização geográfica, Portugal é um ponto de entrada marítimo natural, em especial para as rotas transatlânticas. Investimentos atempados no novo terminal de contentores de Sines e do Barreiro (Terminal Vasco da Gama) e a conclusão dos projetos de investimento em curso nos outros grandes portos nacionais (Viana do Castelo, Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Setúbal) aumentaria a capacidade de movimentação de contentores destes portos”, refere a Comissão.

Os alertas sobre os portos não são inéditos. A própria Comissão, em março, identificou as “áreas prioritárias” onde Portugal deve investir os seus fundos de Coesão e os portos (assim como a ferrovia) surgiam na lista. E a OCDE também tinha já feito reparos, mas ao facto de as concessões a privados serem demasiado longas. Na opinião da instituição liderada por Angel Gurría deveria pôr-se fim à renovação automática de concessões a privados e sugere que o Estado abra sempre um novo concurso público no final de cada contrato.

E num momento em que o setor ferroviário está a ferro e fogo, com atrasos, supressões e greves, a Comissão destaca o facto de a ferrovia estar “amplamente subutilizada” nas suas ligações a Espanha, tanto nos corredores Este/Oeste como no Norte/Sul. “Desenvolver um plano ibérico abrangente, que inclui a identificação dos passos intermédios, terminais e interconexões necessárias para beneficiar da atualização das redes em Espanha e desenvolver a bibitola” para garantir a ligação ao resto da Europa, o que “ajudaria a impulsionar o desempenho das ligações ferroviárias internacionais de Portugal”, sugere ainda a Comissão Europeia.

E se os fundos comunitários são uma solução para responder a estes problemas, seja através dos quadro comunitários, seja de instrumentos europeus como o Mecanismo Interligar a Europa, também o são para as outras prioridades de investimento identificadas pela Comissão nas suas recomendações conhecidas esta quarta-feira: investigação e desenvolvimento, transição energética e redução das emissões e aumentar também aqui as “ligações energéticas, tendo em conta as disparidades regionais”.

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Multinacional chinesa vai contratar mais de 300 pessoas em Matosinhos

  • Ricardo Vieira
  • 5 Junho 2019

Recursos humanos altamente qualificados e a localização estratégica foram determinantes na escolha de Portugal para a instalação deste centro.

O Centro de Excelência da COFCO International, empresa chinesa de trading agroindustrial, está a contratar. O novo espaço de Matosinhos, onde já trabalham 80 pessoas, quase todos portugueses, deverá tornar-se local de trabalho para 165 até ao final do ano e mais de 400 até 2021. A empresa, que está a recrutar mais colaboradores, privilegia perfis na área financeira e de IT.

No novo espaço serão prestados serviços corporativos a nível global, sobretudo nas áreas de IT, financeira, operações, recursos humanos e procurement. Será também a partir daqui que serão trabalhadas as áreas de sustentabilidade global, branding, fiscalidade e compliance.

A escolha de Portugal para a implantação deste centro prende-se com “acesso a recursos humanos altamente qualificados, localização estratégica (proximidade à sede global em Genebra e boas ligações aéreas a vários mercados onde a COFCO opera) a utilização das línguas portuguesa, castelhana e inglesa, o apoio do Governo português, através da AICEP, e a abertura de Portugal a negócios internacionais”, explica a empresa em comunicado.

O protocolo para a criação deste centro foi assinado, em dezembro de 2018, pelo Presidente da China, Xi Jinping, e pelo primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

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Casa pequena? Vem aí o mobiliário robótico da Ikea

A nova coleção da Ikea de mobiliário robótico, que está a ser desenvolvida em conjunto com uma startup norte-americana, deverá ser lançada no próximo ano.

Mobilar um apartamento pequeno pode ser um desafio, situação que a Ikea quer contornar. A marca sueca celebrou uma parceria com a startup norte-americana Ori, que desenvolve mobiliário robótico, com o objetivo de criar e lançar uma coleção de móveis automatizados para casas pequenas.

Apelidada de Rognan, a nova gama de mobiliário deverá ser lançada em 2020, adianta o Engadget (acesso livre/conteúdo em inglês). Será uma solução que vai permitir “às pessoas terem grandes sonhos em pequenas casas” e estimula o aproveitamento do espaço, explica a fabricante sueca.

A ideia da Ikea é aproveitar o espaço através de elementos móveis.Ikea

Esta proposta chega numa altura em que cada vez mais pessoas se mudam e vivem em cidades, sendo que são aproximadamente 1,5 milhões as pessoas que se passam a fazer parte da população urbana todas as semanas. “As cidades estão a crescer ao mesmo tempo os espaços de habitação estão a diminuir”, relembra a Ikea.

No vídeo divulgado pela fabricante, que dá uma ideia sobre qual poderá ser o aspeto e funcionalidade dos artigos, é possível ver um armário com um sofá de um lado e uma cama do outro. Através de botões, a cama pode deslizar para debaixo do armário, criando espaço no chão, e mover para a frente e para trás a própria estrutura. Para além disto, o móvel tem ainda de lado uma secretária retrátil.

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Natixis quer mais escolas próximas da tecnologia

  • Ricardo Vieira
  • 5 Junho 2019

Empresa promove ações junto de escola de Rio Tinto para dar a conhecer o mercado da tecnologia, uma forma de ajudar os mais novos a decidirem o percurso académico e profissional.

A Natixis celebrou um acordo com a Escola EB 2/3 de Rio Tinto para promover a inclusão no setor da tecnologia e está já a trabalhar em futuras parcerias com outras escolas do país. As ações da empresa inserem-se no Champion for Change, um programa que tem como objetivo a promoção da diversidade e a inclusão no setor da Tecnologia em Portugal.

“Estamos muito satisfeitos pela concretização desta parceria, que esperamos que seja uma inspiração para estas crianças e jovens. O nosso objetivo é proporcionar-lhes uma experiência enriquecedora na área tecnológica, que lhes permita conhecer um pouco melhor o que é feito no setor e que as ajude a tomar uma decisão quanto ao futuro académico e profissional”, destaca Nathalie Risacher, senior country manager da Natixis em Portugal.

No âmbito da parceria com a escola de Rio Tinto, a empresa vai desenvolver três atividades com os alunos. A primeira é a 4 de junho, com uma visita dos estudantes às instalações da Natixis, durante a qual os alunos vão poder acompanhar os colaboradores e assistir de perto ao trabalho por eles desenvolvido, bem como participar em desafios adequados ao seu nível de conhecimentos.

Para setembro, estão previstas outras duas atividades, onde a partilha de experiências e conhecimentos focados na área tecnológica assumirão destaque.

“A escola tem de possibilitar e permitir o desenvolvimento harmonioso de cada criança ou jovem, permitindo que cada um deles descubra e amplie as suas potencialidades. É essencial que todos sejam munidos de aprendizagens e experiências úteis à conquista dum espaço em constante mudança, passando pela incerteza dos empregos futuros, numa perspetiva de valorizar sempre a realização pessoal e a certeza de opções conscientes. A relação ensino/aprendizagem deve ser voltada para a construção do conhecimento de maneira dinâmica, contextualizada, compartilhada e deve envolver efetivamente a participação dos educandos e educadores num processo mútuo de troca de experiências”, afirma Cândida Guimarães, professora e membro do departamento de Projetos de Desenvolvimento Educacional.

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Donald Tusk vem a Lisboa reunir com António Costa

  • Lusa
  • 5 Junho 2019

O líder do Conselho Europeu desloca-se esta sexta-feira a Lisboa para reunir com o primeiro-ministro português. O tema de conversa é a escolha de nomes para cargos europeus.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reúne-se na sexta-feira em Lisboa com o primeiro-ministro, António Costa, no âmbito do seu périplo de consultas junto de líderes europeus para a escolha dos cargos de topo da União Europeia (UE).

Tusk desloca-se a Lisboa na sexta-feira para uma reunião com António Costa, agendada para as 9h00 locais, um dia depois de ser recebido em Madrid pelo outro coordenador dos Socialistas europeus nas negociações para a escolha dos cargos de topo da União Europeia, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez.

Nesse mesmo dia, o primeiro-ministro português desloca-se a Bruxelas para um jantar com os outros cinco negociadores das três maiores famílias políticas europeias para prosseguir o debate sobre a escolha dos cargos de topo da União Europeia.

No jantar informal de sexta-feira irão estar presentes, além do primeiro-ministro português e do presidente do Governo espanhol, os primeiros-ministros belga, Charles Michel, e holandês, Mark Rutte, coordenadores da Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (ALDE), e os primeiros-ministros croata, Andrej Plenkovic, e letão, Krisjanis Karins, os negociadores do Partido Popular Europeu (PPE).

No Conselho Europeu informal da semana passada, os líderes das três principais famílias políticas europeias decidiram designar seis coordenadores para conduzir as negociações sobre a escolha dos altos cargos da União Europeia (UE). As negociações para a escolha dos altos cargos da UE antecipam-se complexas, dada a maior fragmentação do Parlamento Europeu, que exigirá novas alianças, uma vez que, pela primeira vez, PPE e Socialistas & Democratas (S&D) juntos não alcançam a maioria absoluta.

A grande dúvida reside na “adesão” do Conselho Europeu ao modelo spitzenkandidat e saber se efetivamente os líderes europeus irão propor para a presidência da Comissão Europeia um dos candidatos principais apresentados pelas diferentes famílias políticas nas eleições deste ano. A Conferência de Presidentes do PE insistiu que o Conselho deve respeitar o princípio do modelo spitzenkandidat, utilizando como argumento a taxa de participação nestas eleições (50,82%, a mais elevada dos últimos 20 anos) e a legitimação democrática.

No entanto, o Conselho Europeu tem vindo a recordar que, apesar de ter seguido esse modelo em 2014 – o que resultou na designação de Jean-Claude Juncker como sucessor de José Manuel Durão Barroso -, de acordo com os Tratados cabe a esta instituição propor um nome para a presidência da Comissão, tendo em conta os resultados das eleições europeias, mas sublinhando que não há nenhum mecanismo automático de designação do spitzenkandidat do partido mais votado, pelo que tudo dependerá agora das alianças que se formarem.

As designações vão ser negociadas, como é hábito, como um “pacote”, já que as nomeações para os cargos institucionais de topo na Europa — que incluem presidências do Parlamento, Comissão e Conselho, cargo de Alto Representante para Política Externa e até liderança do Banco Central Europeu (BCE) — devem obedecer a equilíbrios políticos, mas também geográficos, demográficos e de género.

O Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk, deverá tomar uma decisão final na cimeira de 20 e 21 de junho, podendo o futuro (ou futura) presidente da Comissão ser eleito pelo “novo” Parlamento Europeu no mês seguinte. Donald Tusk está em processo de consultas com os chefes de Estado e de Governo dos 28, tendo previstas visitas a várias capitais europeias para conhecer a posição de cada um dos governantes.

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