Novos passes fizeram disparar procura. Transportes adaptam oferta enquanto não há reforço de capacidade

A entrada dos novos passes fez disparar o número de passageiros a utilizar os transportes públicos. Para fazer face a este aumento, as transportadores têm adaptado oferta, mais do que a aumentar.

As transportadoras da zona de Lisboa registaram um grande aumento do número de passageiros após a entrada em vigor dos novos tarifários para os passes e revelaram ter adotado medidas para reduzir este impacto, ainda que as críticas vindas dos passageiros não o demonstrem. É que adotar medidas não é necessariamente aumentar a oferta disponível e, até agora, a maioria das transportadoras tem simplesmente adaptado a oferta atual, mais do que a aumentar.

Segundo as empresas de transporte ouvidas pela Lusa, o crescimento na procura tem sido sentido por todos os meios. A Fertagus, responsável pela travessia ferroviária da ponte 25 de Abril, apontou que “o número de passageiros transportados, medidos através de uma contagem a um dia útil de maio, cresceu 19,2% face às contagens realizadas em 2018, sendo que os períodos de ponta cresceram 16% e fora das pontas 26%”. Ainda na margem Sul, também os Transportes Sul do Tejo salientaram que têm verificado um aumento de procura nalgumas linhas específicas de autocarros, sem, no entanto, avançar números.

Já a Transtejo/Soflusa (ligações fluviais) apontou à Lusa que em abril de 2019 foi registado um aumento de 8,3% na procura, face ao mês homólogo do ano de 2018. Em Lisboa, também o Metro destacou que este ano tem verificado um aumento de passageiros face aos mesmos períodos do ano passado: comparando o mês de abril de 2019 com o de 2018, a procura do Metro cresceu 4,4%, de mais de 13,3 para 13,9 milhões de passageiros transportados.

É de salientar nestes números que o mês de abril deste ano não é propriamente comparável com o de 2018, já que no ano passado a Páscoa — e o respetivo período de descanso associado — calhou em março, ao contrário do que se verificou este ano. Ou seja, é possível que em maio as subidas na procura mostrem crescimentos ainda mais intensos em comparação com o ano passado.

Na rodoviária Carris, resultados ainda provisórios dos primeiros quatro meses deste ano revelam um aumento global de passageiros com títulos válidos de 5,6%, de 41,5 milhões para 43,8 milhões.

Este aumento súbito de passageiros provocado pela revolução tarifária que arrancou em abril levou as empresas a adotarem medidas que consideram adequadas, apesar das críticas públicas dos utentes, que as consideram insuficientes. Primeiro pensou-se na redução do custo de utilizar transportes públicos, deixando-se para depois pensar na oferta dos transportes públicos, que foram sujeitos a apertados programas de ajustamentos aquando da chegada da troika a Portugal, programas esses que só muito lentamente têm sido amenizados.

Isto mesmo ficou aparente no debate tido no final de março no Parlamento, a pedido do Partido Socialista, sobre os novos tarifários. Nessa ocasião, e apesar de todos os partidos terem saudado a medida e criticado a falta de investimento no reforço da oferta e na capacidade de resposta dos operadores de transportes, os socialistas evitaram falar dos problemas do lado da oferta.

“Isso é um outro debate para o qual estamos disponíveis, mas hoje queremos falar sobre este programa de redução de tarifas”, defendeu Carlos Pereira, que deu a cara pelo Partido Socialista. “Hoje queremos falar sobre este programa e este é um debate de que querem fugir”, sentenciou.

Curiosamente, passados dois meses e umas eleições, foi o próprio primeiro-ministro quem veio reconhecer o óbvio e aquilo que o PS não quis debater antes: “Fora do âmbito legislativo há um conjunto de responsabilidades que não podemos deixar de assumir como prioritárias, dando respostas a um conjunto de serviços cujo funcionamento deficiente não é aceitável. Temos de agir de forma a corrigir, seja nos transportes públicos, seja no Serviço Nacional de Saúde, seja quanto à prestação de serviços básicos como a emissão de cartões de cidadão e passaportes”, salientou.

Quem não tem cão, caça com gato

Com menos trabalhadores que o necessário, e sem investimentos significativos em material circulante ou outro tipo de meios necessários ao reforço da oferta, as transportadoras têm-se adaptado como podem ao crescimento da procura. Seja através da retirada de bancos de carruagens para criar mais espaço, seja pelo aumento da velocidade, seja pelo reforço algumas carreiras mais procuradas em detrimento de outras, as opções têm sido várias.

Nos TST, por exemplo, e sem meios para aumentar muito a oferta, a empresa avançou com “adaptações de oferta” em carreiras, com particular expressão na zona da Moita, referiu a empresa à Lusa.

Já a Transtejo/Soflusa admitiu que, apesar “do crescimento da procura, os atuais constrangimentos operacionais e de recursos humanos inviabilizam o reforço da oferta do serviço público de transporte fluvial, em especial nos horários de ponta”. O volume de passageiros levou a que a Fertagus tenha começado a fazer circular “uma UQE (Unidade Quádrupla Elétrica) com um layout interno reformulado” que permite ganhar 48 lugares no comboio.

Na prática, foram retirados bancos para caberem mais passageiros, um sistema “aprovado pelas entidades competentes”, que está a circular em regime experimental, mas que, “caso responda positivamente”, será alargada a mais comboios.

Tal como o ECO escreveu esta terça-feira, esta é uma opção que está também a avançar gradualmente no Metro de Lisboa, que já em abril decidiu “aumentar a velocidade de circulação na hora de ponta” para os 60 quilómetros/hora, para subir a oferta de comboios e reduzir tempos de espera. Esta oferta será reduzida no período de verão nas linhas Azul e Amarela, mantendo-se nas linhas Verde e Vermelha, que dão acesso ao Aeroporto. Em meados de setembro, o Metro prevê “um aumento de oferta nas linhas Amarela e Azul na hora de ponta da manhã aos dias úteis”, afirmou a empresa.

Ainda em relação à Fertagus, a empresa está ainda a adaptar um novo horário para os comboios e a estudar a possibilidade técnica de comboios com uma quinta carruagem, para aumentar a capacidade do material circulante existente, uma medida que “implicará alterações no tamanho das plataformas de algumas estações e que nunca poderá ser operacionalizada em menos de dois anos”, sublinham.

Já a Carris surge um pouco como caso à parte em relação ao panorama enfrentado pelas restantes transportadoras. Ao ter passado para a esfera municipal, a transportadora rodoviária lisboeta libertou-se de alguns constrangimentos impostos ao Setor Empresarial do Estado, conseguindo retomar a contratação de trabalhadores em 2018 e também a compra de novos veículos para reforçar e melhorar a oferta, tendo mais de 200 novos autocarros já encomendados.

A Carris realçou à Lusa que em abril foram reforçadas algumas carreiras, o que continuará a acontecer “quando o aumento de procura não é satisfeito pela oferta atual”. Na margem sul, fonte dos TST também realçou que a empresa já “procedeu ao reforço de oferta nalgumas carreiras, com particular expressão na zona da Moita”, onde foram acrescentadas 17 novas circulações diárias em hora de ponta, com cadências de 10 em 10 minutos.

Os utentes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) começaram a 1 de abril a sentir alívio nos preços dos transportes públicos, uma medida que pretende reduzir o uso do transporte individual. Foi criado um passe metropolitano, que permite viajar em todos os concelhos da AML, por um custo máximo de 40 euros, e um passe municipal para quem viaja apenas dentro de um concelho, que custa 30 euros.

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Apostas do BPI puxam por Lisboa. Nos e Jerónimo Martins brilham

O PSI-20 inverteu a tendência, suportado pela Nos que lidera os ganhos do índice. Jerónimo Martins e Galp Energia ajudam à subida.

Após um arranque negativo marcado pelos receios dos investidores quanto ao impacto da guerra comercial, a bolsa de Lisboa inverteu de rumo acompanhando a recuperação das pares europeias. O PSI-20 soma mais de 0,5%, animado pelos ganhos da Jerónimo Martins e Nos que estão na core list de títulos preferidos do Caixabank BPI, mas também da Galp Energia.

O PSI-20 avança 0,65%, para os 5.017,76 pontos, com 11 títulos em alta, seis em queda e um inalterado: a Ibersol que está nos 8,08 euros por ação após revelar uma quebra de 43% nos resultados.

O índice recupera após as perdas de 1% registadas na primeira sessão de junho e após o pior maio dos últimos sete anos.

Os investidores parecem assim dar uma pausa aos receios relativamente à guerra comercial, situação que os tem levado a afastar-se dos ativos de risco como as ações, procurando refúgio no ouro, mas também na dívida de países considerados seguros, casos dos EUA, Japão e Alemanha.

Em Lisboa, o rumo do PSI-20 está a beneficiar da subida de três cotadas — Nos e Jerónimo Martins — que constam na core list de títulos preferidos do Caixabank BPI, mas também da Galp Energia.

A Nos é a principal referência positiva, liderando os ganhos do PSI-20 com uma subida de 1,83% das suas ações, para os 5,57 euros, com a sua inclusão nessa lista. O Caixabank BPI atribui às ações da telecom um preço-alvo para finais de 2020 de 6,75 euros.

Por sua vez as ações da Jerónimo Martins que já fazia parte da core list, somam 0,98%, para os 13,855 euros. O banco atribui-lhe um preço-alvo para finais de 2020: 17,55 euros.

A EDP que fecha o pódio de títulos preferidos do Caixabank BPI são a exceção, registando uma ligeira queda de 0,09%, para os 3,27 euros.

Nota positiva também para a Galp Energia, cujas ações ganham 0,9% para os 13,49 euros, em contraciclo com a desvalorização das cotações do petróleo nos mercados internacionais.

Já a Navigator que arrancou a sessão no vermelho já vê as suas ações valorizarem 0,95%, para os 3,192 euros.

A travar ganhos mais acentuados está a Semapa que continua em queda, sofrendo um recuo bolsista de 0,49% das suas ações, para os 12,16 euros.

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Faleceu Jorge Cruz, sócio fundador da J. Pereira da Cruz

O sócio fundador da J. Pereira da Cruz faleceu aos 95 anos de idade, no passado dia 28 de maio. O economista tinha vasta experiência na área de propriedade intelectual, com várias obras publicadas.

O sócio fundador da J. Pereira da Cruz, Jorge Cruz, faleceu aos 95 anos de idade, no passado dia 28 de maio. O economista tinha vasta experiência na área de propriedade intelectual, com várias obras da sua autoria.

Jorge Cruz foi um dos fundadores e também presidente da assembleia geral da Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Intelectual (ACPI), fundador e presidente do grupo português da Associação Internacional para Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI) e diretor da revista de Propriedade Industrial.

O economista foi agraciado com a medalha de mérito da AIPPI, recentemente reconhecido como o único “luminaire” nacional pela publicação “The World’s Leading Trademark Professionals 2018″ e também distinguido como cavaleiro da Real Ordem da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

A sua experiência de décadas levou-o a participar ativamente na elaboração e revisão de diversas convenções internacionais na matéria com especial destaque para o Patent Cooperation Treaty de 1970, a Convenção da Patente Europeia de 1973, as Revisões da Convenção de Paris de 1980, 1981, 1983 e 1984, o Tratado de Nairobi para a Proteção do Símbolo Olímpico ou a Convenção para a conclusão do Tratado sobre o Direito de Marcas de 1994.

“Jorge Cruz deixa como legado uma marca irrepetível motivo de grande admiração nacional e internacional pelos seus pares. As cerimónias fúnebres decorreram de forma privada conforme o desejo da sua família”, confirma fonte do escritório, em comunicado.

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Nova “pick-up” da Tesla vai custar menos de 50 mil dólares

A Tesla vai lançar uma carrinha elétrica neste ano, cujo preço se vai situar abaixo dos 50 mil dólares. A "pick-up" terá um aspeto diferente do comum, de acordo com Elon Musk.

A Tesla vai lançar um novo modelo com um preço abaixo dos 50 mil dólares. É uma “pick-up”, que será revelada ainda este ano. Elon Musk, CEO da fabricante norte-americana, diz que será “melhor” do que a Ford F-150 e que a performance, enquanto carro desportivo, será superior a um Porsche 911.

“Não queremos que seja muito caro”, apontou Musk num podcast, citado pela CNN (acesso livre/conteúdo em inglês). Mesmo sendo um preço “acessível”, como Musk classifica, os 50 mil dólares situam-se acima do valor médio das carrinhas nos Estados Unidos.

Uma carrinha comum no mercado norte-americano custa cerca de 37 mil dólares. Já comparando com as carrinhas elétricas que a Rivian deverá lançar no próximo ano fica mais abaixo, sendo que estas deverão rondar os 70 mil dólares.

O preço poderá ser um pouco superior à média, mas o fundador da Tesla assegura que a “pick-up” também terá um desempenho melhor do que o das rivais. Compara-a mesmo com o Porsche 911. Terá tração integral e dois motores elétricos, revelou Musk.

O comprador desta nova aposta da Tesla também não será o comum cliente das “pick-ups”. “Não vai parecer uma carrinha normal. Vai parecer saído de ficção científica. Não vai ser para o gosto de todos”, disse.

“Para quem quer apenas uma carrinha que se parece como todas as outras nos últimos 20, 30 ou 40 anos, isto provavelmente não é para eles”, disse Musk que partilhou, ao mesmo tempo, uma foto do aspeto da parte da frente.

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Desemprego recua para 7,6% na Zona Euro. Está em mínimos de 2008

  • Lusa
  • 4 Junho 2019

De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego caiu para 7,6% em abril na Zona Euro e para 6,4% na União Europeia. Tal representa um novo mínimo nos países da moeda única.

A taxa de desemprego recuou em abril na Zona Euro para os 7,6% e para 6,4% na União Europeia (UE), registando um novo mínimo nos países da moeda única desde agosto de 2008.

Na Zona Euro, a taxa de desemprego recuou para os 7,6% face aos 8,4% de abril de 2018 e aos 7,7% de março, um novo mínimo desde agosto de 2008.

Na UE, a taxa de desemprego ficou-se nos 6,4%, estável em relação a março e abaixo dos 7,0% de abril de 2018. A República Checa (2,1%), a Alemanha (3,2%) e Holanda (3,3%) registaram as menores taxas de emprego e a Grécia (18,5% em fevereiro de 2019), em Espanha (13,8%) e Itália (10,2%).

Em termos homólogos, a taxa de desemprego desceu em todos os Estados-membros exceto na Dinamarca (subiu de 5,2% para 5,3%), e no Luxemburgo e na Polónia, onde se manteve estável. As baixas mais acentuadas assinalaram-se na Grécia (de 20,6% para 18,5%, dados de fevereiro), na Estónia (de 6,0% a 4,1%, dados de março) e em Espanha (de 165,6% para 13,8%). Segundo o gabinete estatístico europeu, em Portugal, a taxa de desemprego fixou-se em abril nos 6,7%, em alta face aos 6,5% de março mas abaixo dos 7,1% de abril de 2018.

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Contact Centers sobem salários e número de contratados sem termo

  • Ricardo Vieira
  • 4 Junho 2019

Salário médio dos operadores subiu e 90% dos trabalhadores tem um contrato de trabalho.

Mais de 100 mil portugueses trabalham num contact center, quase metade (49%) tem um contrato laboral sem termo com a empresa em que trabalha, 41% celebrou um contrato a termo, 7% é trabalhador temporário e 3% passa recibos verdes. Os dados são do Estudo de Caracterização e Benchmarking da Atividade dos Contact Centers.

Outra das conclusões é a subida (3,5% em relação a 2017) do valor médio dos salários destes trabalhadores, de 769 euros para 796 euros. Banca (912 euros), telecomunicações (845 euros), e assistência em viagem (830 euros) são os setores onde se verificaram as remunerações médias mais elevadas. Já os valores médios mais baixos registaram-se na saúde com 612 euros, correios e distribuição expresso 700 euros e utilities com 708 euros.

Também o salário médio dos supervisores de contact center registou uma subida entre 2017 e 2018, de 971 euros para 1045 euros, um acréscimo de 7,7%. Os setores onde se verificaram médias mais elevadas foram os bancos (1163 euros), assistência em viagem (1130 euros) e comércio (1055 euros). Já os ordenados mais baixos verificaram-se na saúde (697 euros), utilities (860 euros) e turismo (990 euros).

“Estes são dados que vêm confirmar a forte aposta dos contact centers nos recursos humanos, uma vez que estes constituem o seu ativo mais importante”, afirma a Associação Portuguesa de Contact Centers em comunicado.

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Revista de imprensa internacional

Os Estados Unidos preparam-se para lançar uma investigação às gigantes tecnológicas. A Fed poderá cortar os juros em breve.

Amazon, Apple, Facebook e Google poderão vir a ser investigadas nos EUA por abuso do seu poder de mercado. Ainda pelos Estados Unidos, um corte nas taxas de juro pode estar nos planos da Fed, tendo em conta os riscos para a economia. A Tesla irá lançar um novo modelo este ano, uma “pick-up” cujo preço irá ficar abaixo dos 50 mil dólares. Também no setor automóvel, a fusão entre a Fiat e a Renault ainda está a ser discutida, com o Governo francês a pressionar para ter mais garantias. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Reuters

Gigantes tecnológicas enfrentam investigação por abuso de posição dominante

O Governo norte-americano prepara-se para lançar uma investigação às gigantes tecnológicas Amazon, Apple, Facebook e Google, para perceber se abusam da posição de poder que têm no mercado. A operação será dividida entre a Comissão Federal do Comércio (FTC) e o Departamento de Justiça (DoJ), responsáveis pela aplicação das leis de anti-monopólio nos EUA. A Amazon e o Facebook ficaram sob a supervisão da FTC e a Apple e o Google na alçada do DoJ.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

CNBC

Corte na taxa de juros nos Estados Unidos pode estar para breve

O líder da Reserva Federal norte-americana em St. Louis, James Bullard, sinalizou que uma descida na taxa diretora poderia “ser justificável em breve”, devido aos riscos de abrandamento da economia, nomeadamente com a guerra comercial. O anúncio de novas tarifas aplicadas sobre as importações mexicanas também estará a pesar nesta decisão, por ter criado um “ambiente de elevada incerteza”, apontou o responsável.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

CNN

Nova “pick-up” da Tesla vai custar menos de 50 mil dólares

Elon Musk adiantou que o novo veículo elétrico da Tesla, uma “pick-up” que será lançada ainda neste ano, não vai custar mais do que 50 mil dólares. O CEO da fabricante de automóveis norte-americana sinalizou que a nova carrinha será “melhor” do que a Ford F-150 e que a performance, enquanto carro desportivo, será superior a um Porsche 911.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Wall Street Journal

França quer mais garantias da Fiat Chrysler para avançar para fusão

Mesmo depois de o ministro das Finanças determinar a proteção de empregos e as fábricas em França, o Governo francês quer mais garantias da Fiat Chrysler para apoiar o acordo com a Renault. Tendo em conta críticas de analistas de que o acordo tal como estava desvalorizava a Renault, França estará a pressionar para garantir uma presença significativa do Conselho de Administração da subsidiária francesa que supervisionaria os ativos e plantas da Renault, bem como um veto efetivo sobre futuras nomeações de CEO.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Trump incentiva Brexit e abre a porta a acordo comercial com Reino Unido

O presidente norte-americano está de visita ao Reino Unido, utilizando a ocasião para dar a sua opinião em relação ao clima político que se vive no país. Donald Trump exortou os britânicos a avançar com a saída da União Europeia, adiantando que, quando estivessem “livres das algemas” haveria espaço para um “grande acordo comercial” com os Estados Unidos. O líder norte-americano terá sugerido ainda que Boris Johnson poderia ser um sucessor adequado para Theresa May, que irá sair a 7 de junho.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

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EUA preparam investigação a gigantes tecnológicas por abuso de posição dominante

Amazon, Apple, Facebook e Google poderão vir a ser investigadas nos EUA por abuso do seu enorme poder de mercado. Supervisores já "acertam agulhas".

Os EUA estão a preparar-se para investigar as quatro gigantes tecnológicas mundiais — Amazon, Apple, Facebook e Google — por abuso do seu enorme poder de mercado. A notícia foi avançada pela Reuters, estando em causa aquela que poderá ser uma investigação inédita e abrangente de algumas das maiores empresas do mundo.

Fontes próximas do processo avançaram à agência noticiosa que a Federal Trade Comission (FTC) e o Departamento de Justiça, responsáveis pela aplicação das leis de anti-monopólio nos EUA, dividiram a supervisão das quatro empresas do setor tecnológico. A Amazon e o Facebook ficaram sob a supervisão da FTC e a Apple e o Google na alçada do Departamento de Justiça.

Com a jurisdição estabelecida, o próximo passo será as duas agências federais decidirem se querem ou não abrir investigações formais.

A possibilidade de o Departamento de Justiça dos EUA poder investigar o Google foram relatados pela primeira vez na sexta-feira, sinalizando o primeiro passo concreto da administração Trump para investigar a conduta potencialmente anticoncorrencial de uma grande empresa de tecnologia.

As empresas tecnológicas têm enfrentado fortes críticas a nível mundial, por parte de concorrentes, legisladores e associações de consumidores que as acusam de terem demasiado poder e de estarem a penalizar utilizadores e os negócios dos concorrentes.

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Malparado está a encolher. DBRS vê meta dos 5% em Portugal até 2021

A agência de notação financeira aplaude a redução de créditos não produtos no balanço dos bancos nacionais, mas diz que é preciso mais. Meta dos 5% de malparado chegará até 2021.

Limpar, limpar e limpar. Tem sido esta a receita dos bancos portugueses perante os milhares de milhões de euros de créditos não produtivos que mancham os balanços. Um esforço que tem sido frutífero, mas que continua a ser necessário. A DBRS aplaude a redução do peso do malparado na banca nacional, apesar de alertar que é preciso continuar a trabalhar. Diz que a meta de 5% de malparado poderá ser alcançada a médio prazo.

“Os bancos europeus têm reduzido significativamente o malparado desde meados de 2014 para 658 mil milhões de euros no final de 2018”. Houve uma redução de 44%, sendo que praticamente dois terços desta limpeza foi feita por bancos de Espanha, Irlanda, Itália, Portugal e Grécia, nota a DBRS numa nota sobre créditos não produtivos na banca do Velho Continente. Ainda assim, separa Espanha e Irlanda de Portugal, Itália e Grécia neste processo, com os primeiros mais perto da média de 3,2% de rácio de malparado.

“Portugal e Grécia ainda tinham [no final de 2018] rácios de malparado que eram significativamente mais elevados do que a média dos bancos europeus”, refere a agência de notação financeira. “Ainda que os bancos de Portugal e Itália tenham feito progressos notáveis na redução do malparado, os progressos na Grécia têm sido mais lentos”, diz.

“É preciso trabalhar mais na redução do malparado na maioria dos bancos de Itália, Portugal e Grécia e, na perspetiva da DBRS, serão necessários mais dois a cincos, pelo menos”, de esforços para que as instituições financeiras destes países se aproximem da média do setor europeu.

Este período temporal de dois a cinco anos varia consoante os países, sendo mais curto no caso de Itália e Portugal. Enquanto em Espanha “a maioria dos bancos já atingiu a meta dos 5% no final do ano passado”, em Itália esse nível de malparado será alcançado em 2020 ou 2021. No caso de Portugal, a DBRS diz que “a maioria dos bancos portugueses chegará aos 5% no final de 2020-2021”.

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Montepio admite perder 1,5 mil milhões de créditos que BEM prevê ganhar

  • ECO
  • 4 Junho 2019

Projeções do plano de negócios apontam para uma queda na carteira de crédito do Banco Montepio, no segmento dos grandes clientes empresariais, que contrasta com um aumento na carteira do BEM.

O BEM (Banco Empresas Montepio) tem previsto, no plano de negócios até 2023, atrair da esfera da casa-mãe, o Banco Montepio (BM), créditos no valor de 1,5 mil milhões de euros relacionados com os grandes clientes empresariais, aqueles que oferecem maior potencial de negócio.

O Banco Montepio já antecipa este efeito ao projetar, para daqui a quatro anos, uma queda inversamente proporcional na carteira de crédito associada ao mesmo segmento de negócio, de 1,5 mil milhões, adianta o Público (acesso condicionado), citando o documento debatido na Comissão Executiva do BM.

“Assumiu-se que 100% da nova produção de crédito de empresas de igual ou mais de 20 milhões de euros” passará a “entrar no BEM”, diz o plano de negócios datado de meados de maio. Já as projeções para a nova produção, ou seja, concessão de crédito, apontam para 470 milhões de euros em 2019 e 577,8 milhões em 2023.

Em maio, Carlos Tavares garantia, numa carta enviada aos colaboradores, que “não há transferência de carteira de clientes” para a nova instituição, criada para oferecer um serviço especializado às empresas. Apontava ainda que “os resultados do BEM refletir-se-ão diretamente nos do Banco Montepio”, portanto “o que for bom para o BEM será bom para o Banco Montepio”.

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Airbnb corta nas taxas para ganhar hotéis ao Booking

  • ECO
  • 4 Junho 2019

Sistema de comissões partilhadas entre anfitrião e cliente acaba para anfitriões profissionais (hotéis) a partir desta terça-feira. Passa a ser cobrada uma taxa única de 14% ao fornecedor do serviço.

O Airbnb deu um passo à frente na disputa de clientes com o Booking. A partir desta terça-feira a plataforma de alojamento acaba com o sistema de comissões partilhadas entre o alojamento e o hóspede, passando a cobrar uma taxa única de 14% ao fornecedor do serviços, sempre que se trate de um anfitrião profissional, avança o Dinheiro Vivo.

O objetivo da criação de uma taxa única para anfitriões profissionais será conquistar hotéis e clientes ao Booking, que detém o monopólio mundial das reservas de alojamento e um passo em frente do Airbnb no sentido de deixar de ser apenas um ponto de encontro entre turistas e proprietários que colocam as suas casas ou quartos à disposição dos turistas.

Estamos centrados em facilitar o trabalho dos anfitriões profissionais com a plataforma Airbnb, por essa razão estamos a implementar uma nova estrutura de comissões para esses anfitriões”, indicou o Airbnb ao Dinheiro Vivo. “Esta nova comissão, apenas para anfitriões profissionais (hotéis, hospitalidade tradicional – como estalagens ou outros), cria uma taxa standard para os anfitriões e elimina a taxa dos hóspedes”, acrescentou a mesma entidade.

A nova taxa entra em efeito para todos os novos registos de alojamentos a partir desta terça-feira. Não é certo que os hotéis com registos mais antigos possam migrar para o novo serviço, ainda que haja notícias a dar conta de que esteja a ser preparada uma opção de escolha do modelo para os restantes hotéis. O custo partilhado entre alojamentos e clientes vai manter-se para todos os outros tipos de alojamento anunciados tanto por gestores de propriedades como por anfitriões que partilham as suas casas.

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BES não reconhece créditos da Venezuela

  • ECO
  • 4 Junho 2019

A comissão liquidatária não reconheceu estes créditos, já que o valor diz respeito a investimentos em papel comercial do GES e a contas transferidas para o Novo Banco.

A Petróleos da Venezuela (PDVSA) faz parte do conjunto de 21 mil entidades que reclamaram créditos no âmbito da insolvência do banco Espírito Santo (BES), mas ficou fora da lista dos credores reconhecidos pela comissão liquidatária, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) nesta terça-feira.

Em causa está a reclamação de mais de dois mil milhões de euros, um montante que diz respeito a investimentos feitos em empresas do Grupo Espírito Santo (GES) — e não do BES — e a contas que foram transferidas para o Novo Banco, razão que justifica o não reconhecimento desses créditos pela comissão liquidatária.

“As pretensões dos titulares de papel comercial perante o BES arvoram em pretensões indemnizatórias ou reconhecimento do crédito com base numa alegada garantia ou compromisso assumido pelo BES de reembolso do papel comercial”, diz um documento entregue ao Tribunal de Comércio de Lisboa.

Como defende a comissão liquidatária, “o BES não é o emitente do papel comercial, pelo que não é o responsável pelo serviço da dívida que resulta desses instrumentos”. E acrescenta: “A documentação da oferta é rica em referências à inexistência de qualquer garantia e que o emitente é a única entidade responsável pelo reembolso”.

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