Lucro do BCP sobe 80% para 153,8 milhões. Resultado em Portugal duplica

O lucro, que compara com a estimativa média dos analistas de 106 milhões de euros, beneficiou dos investimentos em dívida pública. Em sentido contrário, as comissões contribuíram menos.

O BCP lucrou 153,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. O resultado líquido melhorou 79,7% face ao período homólogo e ficou acima do esperado pelo mercado. O negócio em Portugal ajudou a impulsionar as contas, com a atividade doméstica a mais que duplicar para 94,3 milhões de euros.

O lucro, que compara com a estimativa média dos analistas de 106 milhões de euros, beneficiou dos investimentos realizados pelo banco liderado por Miguel Maya. Tal como o Santander Totta, também o investimento em dívida pública rendeu ao BCP, tal como vendas de carteiras de ativos, sendo que o banco comprou mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro.

Os dados enviados esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) indicam que os proveitos de instrumentos de capital aumentaram 171% para 68,3 milhões e tiveram um impacto nos resultados de 43,2%.

O produto bancário cresceu 11,1% para 597,7 milhões de euros, impulsionado pelo crescimento de 17,9% na margem financeira, para 362,7 milhões de euros. “Apesar da forte pressão, mantemos a taxa nos 2,2%”, destacou Miguel Maya, na apresentação de resultados.

Fundo de Resolução aumenta custos operacionais

Em sentido contrário, as comissões contribuíram menos para os lucros devido ao negócio internacional. No total, as comissões recuaram 0,7% para 166,6 milhões de euros. Em Portugal, houve um aumento de 1,7%, apesar da forte quebra de 16,3 nas comissões de mercados, o que Miguel Maya considera ser um reflexo do desempenho dos mercados financeiros no trimestre.

“Em Portugal, o crescimento do negócio bancário mais que compensa evolução menos favorável das comissões de mercados de capitais”, refere o banco. Já nas operações internacionais registaram uma redução de 5,6%.

Também os custos operacionais aumentaram, em 4,5% para 253,5 milhões de euros, “impactados pela maior contribuição para o fundo de resolução e por custos com IT”. O número de clientes do BCP atingiu os 4,9 milhões (mais 300 mil que no período homólogo) e a meta é chegar aos seis milhões em 2021.

No que diz respeito à carteira de crédito performing em Portugal, o BCP assistiu a um crescimento de 1,2 mil milhões, ou seja, 3,7%. Do total, 44% são crédito à habitação, 40% crédito a empresas e 16% em crédito pessoal.

A emissão de obrigações AT1 realizada em janeiro, a par da melhoria nos resultados levou a um reforço do rácio de capital para 15,2%. A non-perfoming exposure (NPE) caiu em 1,9 mil milhões de euros e a cobertura de NPE por imparidades aumentou para 55% e da cobertura total para 110%. Ao longo do trimestre, o BCP vendeu mais de mil imóveis por cerca de 150 milhões de euros, que acabaram por gerar mais valia já que estavam registados com uma avaliação de 124 milhões de euros. O valor líquido dos imóveis em carteira caiu, assim, 21%.

(Notícia atualizada às 18h25)

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Bolsa lisboeta vive segunda pior sessão do ano e caminha para pior semana desde janeiro de 2016

PSI-20 caminha para a pior semana em mais de três anos, com perda acumulada de mais de 5% desde segunda-feira. Só Corticeira Amorim valorizou. Europa fecha toda no vermelho.

O PSI-20 terminou a negociação desta quinta-feira com o segundo pior registo diário do ano, com uma queda de 1,78%, prolongando uma sequência de perdas que poderá fazer da corrente semana a pior do mercado bolsista português há mais de três anos. Desde segunda-feira, o PSI-20 já acumulou perdas de 5,05%, ritmo de desvalorização semanal só superado em janeiro de 2016, quando a bolsa recuou 5,71% em cinco dias.

A bolsa portuguesa está a refletir o mesmo sentimento que os índices europeus, com todos os mercados a darem sinais de estarem a ser fortemente afetados pelo aumento de tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. O índice alemão caiu 1,8%, o CAC40 francês recuou 2% e o IBEX conteve a queda no dia a 0,9%. Já o STOXX600, que reúne as 600 maiores empresas europeias, desvalorizou 1,7%.

Ao longo da sessão em Lisboa, apenas uma cotada terminou em terreno positivo: a Corticeira Amorim valorizou 0,78%. As restantes 17 empresas desvalorizaram. Neste campo, destaque negativo para os CTT, que perderam mais de 3,5% na sessão e, sobretudo, para o BCP, um dos pesos pesados em Lisboa, que quebrou 3,3%, antes da apresentação de resultados trimestrais. Também a Galp e a EDP registaram quedas significativas, recuando 2,05% e 1,77%, respetivamente.

Por outro lado, a resistência da Corticeira Amorim à razia sofrida pela praça lisboeta será justificada pela receção positiva dos investidores aos resultados trimestrais ontem dados a conhecer pela empresa, que apesar de trazerem um ligeiro recuo de 1,1% nos lucros, mostraram resiliência do grupo a um período de subida dos custos das matérias-primas de que depende a sua atividade.

A queda do PSI-20 registada esta quinta-feira, este ano, só fica aquém da quebra de 2,04% registada a 22 de março último, e apesar de caminhar para a pior semana desde janeiro de 2016, o índice português ainda acumula um ganho de 9% desde o início do ano.

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Lucro antes de impostos da Altice Portugal caiu 1,4% no primeiro trimestre. Receitas estabilizam

O lucro antes de impostos da Altice Portugal caiu 1,4% no primeiro trimestre em termos homólogos. Mas as receitas estabilizaram e registaram uma subida marginal.

A Altice Portugal reportou que o lucro antes de impostos caiu 1,4% no primeiro trimestre, para 206 milhões de euros, comparativamente com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, os resultados divulgados esta quinta-feira evidenciam uma estabilização das contas da operadora. Apesar da queda do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), a dona da Meo obteve receitas de 509 milhões de euros no primeiro trimestre, uma subida marginal de 0,4% face ao trimestre homólogo.

Os serviços prestados às empresas impulsionaram ligeiramente as receitas da Altice Portugal, com a empresa a registar um crescimento de 1,2% das receitas com este negócio. No entanto, as receitas com o segmento de consumo caíram 0,2% em termos homólogos, devido às “medidas regulatórias desfavoráveis, como é o caso do decréscimo das tarifas de terminação”, justifica a dona da Meo num comunicado.

“A evolução homóloga da receita do Segmento Consumo encontra-se praticamente estabilizada, com -0,2% sobretudo pelo contínuo crescimento da Base de Clientes Únicos nos últimos seis trimestres, traduzindo-se em 26 mil clientes nos últimos 12 meses e 36 mil nos últimos 18 meses”, refere a companhia liderada por Alexandre Fonseca.

Um desempenho que assenta na “estratégia de construção de fibra ótica”. Neste período, a Meo registou 41 mil adições líquidas à base de clientes de fibra e, no total, são já 4,59 milhões de casas passadas. Além disso registou “14 mil adesões líquidas no Parque de Serviços TV” e de 33 mil no negócio mobile, onde a empresa já conta com “quase três milhões” de clientes.

Para expandir a infraestrutura, concretamente a rede de 4G, a empresa liderada por Alexandre Fonseca investiu 100 milhões de euros no trimestre, menos cinco milhões de euros do que no mesmo período do ano passado.

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Aeroportos de Lisboa e Porto entre os piores do mundo. Culpa é da pontualidade

No ranking da AirHelp, o Aeroporto Humberto Delgado é o pior do mundo. A avaliação tem em conta, entre outros aspetos, a pontualidade, área onde Portugal se destaca pela negativa.

Os aeroportos de Lisboa e do Porto estão entre os piores do mundo, de acordo com um ranking da AirHelp, uma empresa que oferece serviços jurídicos para passageiros que tiveram más experiências com o voo, como cancelamentos ou atrasos. Em ambos os casos, é o fraco desempenho na pontualidade que atira as infraestruturas portuguesas para o fim da lista.

O Aeroporto Humberto Delgado ficou na última posição, entre 132 avaliados. A pontuação global foi de 5,77 em dez, um valor em grande parte justificado pela pontualidade, à qual foi atribuída a nota de 4,7 em dez. Apenas o aeroporto de Kuwait é pior a cumprir horários, mas este acaba por compensar nas outras áreas, deixando Portugal no fim da tabela.

Nesta lista é também avaliada a qualidade do serviço, na qual o aeroporto lisboeta recebeu a nota de 7,3, e da comida e lojas, que obtiveram um 7,4. Enquanto para a pontualidade a AirHelp recorreu às estatísticas, para estas áreas a pontuação resultou de inquéritos aos clientes que frequentam os aeroportos.

Já o aeroporto do Porto posiciona-se ligeiramente acima da capital lisboeta, mas mesmo assim situa-se entre os piores. Ficou em 125º lugar, com uma pontuação de 6,46 em dez. Neste aeroporto é também a pontualidade que faz cair a avaliação global, onde recebeu a nota 5,6. Já na qualidade do serviço esta infraestrutura sai melhor na fotografia, com 7,9 em dez.

O Aeroporto Internacional de Hamad, na capital do Catar, leva a coroa de melhor aeroporto no ranking global, seguido de perto pelo aeroporto de Tóquio, que o bate na pontualidade. A fechar o pódio fica o aeroporto de Atenas, que se destaca pela qualidade do serviço, área onde recebeu nove pontos em dez.

É de salientar que a posição dos aeroportos vai variando de lista para lista, e, como exemplo disto, nos Air Transport Awards 2019 o Aeroporto Humberto Delgado foi eleito o melhor do ano. As pontuações atribuídas nestes rankings também diferem consoante os aspetos a que se dá mais importância, e a pontualidade será uma das que afeta mais negativamente o desempenho do aeroporto lisboeta.

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Linha elétrica poderá estar na origem do fogo de Monchique de 2018

  • Lusa
  • 9 Maio 2019

Relatório lamenta que, passados nove meses do fogo, a causa esteja "ainda a ser investigada e apontada como desconhecida", mas aponta para causa associada a a uma linha elétrica, que a EDP contraria”.

O Observatório Técnico Independente (OTI) criado pelo parlamento para acompanhar os incêndios florestais aponta como possível causa do fogo de Monchique, o maior de 2018, uma linha elétrica.

No relatório sobre incêndio que deflagrou em 2018 em Monchique, no Algarve, entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, os peritos do OIT lamentam que, passados nove meses do fogo, a causa esteja “ainda a ser investigada e apontada como desconhecida”.

No entanto, o documento refere que há indicações que remetem “para um local específico de início do incêndio e para uma causa associada a uma linha elétrica, que a EDP contraria”.

“Há fotografias iniciais em que são visíveis chamas próximo do local indicado e indícios que apontam para que a linha elétrica possa ter estado na origem do incêndio por haver no local árvores – essencialmente eucaliptos – com desenvolvimento suficiente para poder entrar em contacto com os cabos da linha elétrica, apesar da versão da EDP não apontar nesse sentido”, considera o OIT.

O relatório sublinha que, “apesar dos indícios que apontam para que a causa do incêndio possa ter tido origem na linha de média tensão que atravessa o local de início do incêndio, não existe qualquer informação oficial sobre a investigação mais detalhada que permita confirmar esta hipótese”.

Em conclusão, muito embora não exista confirmação quanto à causa de origem deste incêndio em particular, as estatísticas sobre causas investigadas levam a encarar com grande preocupação as ignições causadas pela rede elétrica.

Observatório Técnico Independente

Nesse sentido, os peritos do OIT manifestam-se preocupados com os fogos que nascem do contacto com as redes elétricas.

“Em conclusão, muito embora não exista confirmação quanto à causa de origem deste incêndio em particular, as estatísticas sobre causas investigadas levam a encarar com grande preocupação as ignições causadas pela rede elétrica”, lê-se no documento, sublinhando que as linhas que atravessam áreas com eucalipto deverão ser alvo “de extrema atenção, devido ao rápido desenvolvimento em altura das árvores desta espécie, potenciando descargas por toque ou mesmo potenciando a danificação das linhas de transporte de energia”.

No relatório, o OTI chama ainda a atenção para “a falta de eficácia na investigação das causas de incêndio” e considera “no mínimo estranho que não exista ainda uma causa conhecida para um incêndio com as consequências que este teve”.

O Observatório Técnico Independente recomenda “uma melhoria no serviço de investigação de causas particularmente em incêndios de grandes dimensões”.

O incêndio de Monchique esteve ativo entre 03 e 10 de agosto de 2018 em Monchique e consumiu mais de 27 mil hectares.

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J. Pereira da Cruz reconhecida como ‘Most Outstanding Property Law Firm 2018’ em Portugal

A Acquisition International, publicação reconhecida do Reino Unido, atribuiu este prémio no âmbito dos Global Excellence Awards 2018 à sociedade portuguesa.

A sociedade de advogados J. Pereira da Cruz acaba de ser distinguida pela revista inglesa Acquisition International como ‘Most Outstanding Property Law Firm‘ em Portugal, no âmbito dos Global Excellence Awards 2018.

É com grande satisfação que verificamos este reconhecimento internacional“, diz João Pereira da Cruz, sócio e administrador da sociedade, que conta com mais de 70 anos de experiência, citado em comunicado. “Este prémio não só constitui uma fonte de motivação, como vem reforçar o compromisso da J. Pereira da Cruz de manter o nível de excelência no serviço ao cliente”, reforça.

Este prémio representa para a sociedade “o reconhecimento público da comunidade internacional de que a J. Pereira da Cruz tem contribuído de forma decisiva com soluções de valor acrescentado, quer no que diz respeito à sua oferta, quer no que diz respeito ao serviço de excelência que presta aos seus clientes”.

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Ramo de manutenção da TAP investe na ampliação de oficinas e estima fechar ano com mais 40 milhões de receita

Manutenção da TAP em Portugal tem em curso ampliação da oficina e estuda aumento dos hangares para reforçar oferta de serviços. Certificação com autoridade chinesa ainda "pode demorar meses".

O ramo de manutenção e engenharia da TAP em Portugal está a estudar hipóteses para ampliar as suas infraestruturas no aeroporto Humberto Delgado, única forma de reforçar a capacidade de resposta numa altura em que a companhia aérea está a aumentar a frota e a procura por terceiros dos serviços de manutenção está a crescer de forma pronunciada.

“Estamos a estudar um projeto para ampliação de slots de hangar. No caso dos motores, e porque fisicamente também estamos a atingir o limite da nossa capacidade, temos em curso um estudo que passa pela ampliação da nossa oficina de motores”, apontou fonte oficial da companhia aérea em declarações ao ECO. Estas duas ampliações, ainda sem timingou verbas previstas de investimento, permitirão aumentar em 40% a 50% a “oferta” da Manutenção e Engenharia da TAP (ME), acrescentou a mesma fonte.

Atualmente, as instalações da ME apresentam uma área total de 71,2 mil metros quadrados no aeroporto de Lisboa, contando com três hangares com capacidade para três wide body [aviões com dois corredores] ou cinco narrow body [um único corredor].

A prestação de serviços de manutenção a terceiros da TAP foi o segmento de negócio da transportadora aérea que mais cresceu em 2018, tendo conseguido um aumento nas receitas de 55,4% ao longo do ano, de 145,5 milhões para 226,2 milhões de euros. Mas agora a empresa enfrenta limitações físicas para continuar a registar crescimentos significativos, estando agora a estudar como as contornar.

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Tal como o ECO noticiou no final de abril, a análise feita pela TAP ao potencial de crescimento da M&E Portugal mostrou que este vai ser amputado já este ano “pela redução de atividade de manutenção de aeronaves para terceiros por ausência de slots, devido ao crescimento da frota da TAP”. Ainda assim, a companhia aérea “aponta para a continuação de um crescimento significativo no negócio de motores”, num crescimento que avalia em cerca de 20% face a 2018. Em termos reais, representa um salto nas receitas “na ordem dos 40 milhões de euros”, detalhou a TAP.

A companhia aérea aumentou a sua frota de 90 para 96 aviões ao longo do ano passado, com esta evolução a ser principal “restrição” ao crescimento da oferta da manutenção de serviços de MRO — manutenção, reparação e revisão — para terceiros, já que obriga a “sacrificar” mais espaços para a manutenção da própria frota, limitando a oferta a outros.

Em termos de serviços de manutenção Célula [fuselagem] a nossa limitação prende-se com o crescimento da nossa frota e a limitação de slots de hangar”, apontou a empresa ao ECO.

Aposta a Oriente: Participar em eventos e certificação na China

Além do investimento na ampliação dos hangares e dos serviços de manutenção de motores, o que lhe permitirá reforçar a fidelização dos clientes atuais, além de alargar a base dos mesmos, o ramo de manutenção da TAP tem um outro vetor na sua estratégia de crescimento: a intenção de entrar no mercado asiático, depois de ter identificado “um bom potencial” na região Oriente.

Com este objetivo, a companhia aérea avançou com um pedido de certificação dos seus serviços de manutenção de aviões junto da autoridade de aviação da China, mas conta igualmente reforçar a sua presença nas feiras internacionais da especialidade que se realizem na Ásia.

Sobre o pedido de certificação na China, a empresa apontou ao ECO estar neste momento em fase de pedidos de esclarecimento com a CAAC — Civil Aviation Administration of China –, de modo a evitar quaisquer incorreções no processo. “Neste momento, estamos numa fase de esclarecimentos com a autoridade chinesa, de modo a que quando submetermos o nosso pedido, o mesmo não enferme de incorreções”, avaliando que este processo poderá “demorar alguns meses”.

Já para se fazer conhecida em outros mercados, o primeiro passo será o de reforçar a participação em feiras, acrescentou a TAP. “Para já, reforçar a nossa presença em eventos MRO de modo a darmo-nos a conhecer e aos serviços que prestamos”, disse fonte oficial.

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Programa de empregabilidade forma bartenders

  • Ricardo Vieira
  • 9 Maio 2019

Jovens "nem nem" chegam ao mercado de trabalho depois de receberem formação como bartenders.

Chama-se Learning for Life e pega em jovens NEET (jovens que não estudam, não trabalham nem frequentam ações de formação) para os colocar no mercado de trabalho depois de lhes dar formação como bartenders. A missão do programa de empregabilidade da Diageo — grupo internacional de bebidas — é transformar vidas através da educação, focando-se nos jovens entre os 18 e os 30 anos. Nos vários projetos que gere em mais de 30 países, a plataforma Learning for Life formou mais de 100 mil pessoas.

Até ao momento, perto de 50 jovens portugueses viram neste programa uma oportunidade para chegar ao mercado de trabalho. A terceira edição da iniciativa, que formou 26 jovens nas áreas do serviço e atenção ao cliente bem como na elaboração de cocktails, termina esta sexta-feira, com a entrega dos diplomas da formação, no restaurante El Bulo, em Lisboa.

A SEA – Agência de Empreendedores Sociais e a Ás de Copos, empresa de eventos e de formação de novos bartenders são os parceiros estratégicos do programa Learning for Life em Portugal.

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Freiheit.com abre escritório em Lisboa e está a contratar

  • Ricardo Vieira
  • 9 Maio 2019

Especializada na criação de plataformas de software em grande escala e determinada a manter um padrão de qualidade, a empresa alemã vais buscar os melhores engenheiros às principais universidades.

Chegou em novembro do ano passado a Portugal, instalou-se na zona ribeirinha lisboeta com uma equipa de profissionais alemães. Depois vieram os acordos de colaboração com as universidades tecnológicas lisboetas e vários portugueses foram contratados. Apaixonada por Lisboa, a empresa de software alemã freiheit.com quer aumentar, a partir de Portugal, o seu alcance, continuando a investir na excelência a longo prazo.

“Temos pessoas inteligentíssimas e com um elevado nível de formação – alguns dos melhores engenheiros da Europa. São grandes entusiastas da tecnologia e adoram escrever código. É por isso que estamos classificados entre os melhores a nível mundial. Em Lisboa, procuramos engenheiros numa base equitativa: os melhores entre os seus pares, designadamente pertencentes ao grupo dos 5 por cento melhores das principais universidades. Na freiheit.com, todos os engenheiros são primus inter pares”, refere Claudia Dietze, cofundadora e CEO da empresa, em comunicado.

No espaço de co-working LACS, onde estão instalados e para onde estão a contratar, os novos engenheiros portugueses trabalham em colaboração com a equipa sediada na Alemanha. São 150 pessoas com “os mesmos clientes, o mesmo software e o mesmo compromisso de apresentação de um resultado final de alta qualidade”, referem em nota à imprensa.

Especializada na criação de plataformas de software em grande escala, a freiheit.com, parceira da Google, desenvolve desde software para carros da Mercedes Benz e Volkswagen, até plataformas B2B em grande escala de entrega de alimentos para a Metro.

“A integração de pessoas que partilhem a mesma forma de pensar será determinante para o nosso crescimento em Lisboa”, diz Claudia Dietze , acrescentando que “Lisboa tem imenso para nos oferecer, com a sua beleza, atmosfera inspiradora e pessoas excelentes que nos acolheram bem, desde o início. Aqui, visamos atingir a excelência a longo prazo, com uma equipa composta pelos melhores engenheiros.”

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Berardo, Vale do Lobo, Artlant, Manuel Fino e Lena: Grandes devedores explicam as perdas milionárias da Caixa

Comissão de inquérito à Caixa começa agora a ouvir a versão dos grandes devedores. Vão passar pelo Parlamento Joe Berardo, Diogo Gaspar Ferreira, Matos Gil, Fino, entre outros.

Depois da EY, dos supervisores, dos antigos diretores e presidentes da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a comissão de inquérito ao banco público começa a ouvir agora os grandes devedores. Esta semana será a vez de Diogo Gaspar Ferreira (Vale do Lobo) e de Joe Berardo irem ao Parlamento, na quinta e sexta-feira, explicarem as perdas milionárias que provocaram ao banco. Depois seguir-se-ão Manuel Matos Gil (La Seda), Manuel Fino e Joaquim Barroca (grupo Lena).

São alguns dos nomes que estão ligados à lista dos 25 maiores créditos em incumprimento e que originaram perdas por imparidade na ordem dos 1.200 milhões de euros. Mas cada negócio teve uma história por trás.

Diogo Gaspar Ferreira e o mau negócio de Vale do Lobo

Quem vai ser ouvido: Diogo Gaspar Ferreira (Vale do Lobo)

Perdas para a CGD: 294 milhões de euros

Foi o então administrador Armando Vara quem levou um “dossiê preparado” sobre o projeto do empreendimento turístico de Vale do Lobo ao então diretor de Empresas Sul, Alexandre Santos, que confessou há três semanas no Parlamento que foi caso único durante o tempo em que lá esteve.

Em junho de 2006, Armando Vara enviou um e-mail àquele diretor para estudar o projeto com celeridade. Poucos meses mais tarde, em outubro de 2006, a CGD estava a aprovar um financiamento a Vale do Lobo no valor de 170 milhões de euros, mais suprimentos de 50 milhões, isto além de ter entrado com 30 milhões na sociedade Wolfpart que serviu para compor a parte dos capitais próprios que eram exigidos na estrutura de financiamento do projeto (substituindo-se ao aval pessoal que era pedido aos promotores, incluindo Diogo Gaspar Ferreira, Rui Horta e Costa e um grupo liderado por Hélder Bataglia).

De acordo com a EY, o financiamento a este resort de luxo veio a dar perdas de 75 milhões de euros à CGD, enquanto a Wolfpart gerou uma menos-valia de 219 milhões.

Diogo Gaspar Ferreira é ouvido a partir das 17h00 desta quinta-feira num negócio que Santos Ferreira já considerou como mau e com maus resultados. “Se Vale de Lobo é um ponto alto da vida da Caixa? Obviamente que não é um momento bom”, disse o antigo presidente da Caixa. Armando Vara, que foi quem introduziu Vale do Lobo na esfera do banco e aprovou depois a criação da Wolfpart, também vai ser ouvido na comissão, mas só em junho.

Berardo entre a coleção de arte e o assalto ao BCP

Quem vai ser ouvido: Joe Berardo (Metalgest e Fundação Berardo)

Perdas para a CGD: 152 milhões de euros

Foi a deputada Mariana Mortágua quem descreveu a proposta de financiamento de 50 milhões de euros à Metalgest para Joe Berardo: teve como base a “aparente mais-valia” da empresa e notícias sobre os “resultados aceitáveis” do comendador na bolsa, fatores que serviram como atenuante do parecer condicionado emitido pela direção-geral de risco da CGD. Não foi a única entidade de Joe Berardo a financiar-se junto do banco público: mais tarde foi aberta uma conta corrente onde o empresário se podia financiar até 350 milhões, através da Fundação Joe Berardo.

A EY quantifica as perdas por imparidade na ordem dos 150 milhões de euros, mas a CGD não é o único banco que ficou a perder com o empresário. Além do banco público, também o BCP e o Novo Banco já avançaram para tribunal para tentar executar a coleção de arte de Joe Berardo. “Desejo-lhes muita sorte”, disse Eduardo Paz Ferreira, da comissão de auditoria da CGD, que revelou no Parlamento que o comendador teve tratamento especial no banco.

Aliás, vários responsáveis do banco foram confrontados pelos deputados com as condições que foram dadas ao empresário madeirense para financiar a sua batalha na guerra dos acionistas do BCP há cerca de uma década: ausência de aval pessoal, taxas de financiamento mais favoráveis. Joe Berardo é ouvido a partir das 14h30 desta sexta-feira.

Na sua audição há uma semana, Carlos Santos Ferreira tentou contrariar a teoria do assalto ao BCP.: “É bucha para encher discursos”, disse o antigo presidente da CGD que depois foi liderar o BCP. Em declarações à imprensa, o comendador sugeriu outro cenário ao dizer que foram os bancos que foram ter com ele para comprar ações do BCP numa altura em que os acionistas lutavam pelo controlo do banco.

Matos Gil e a aventura na La Seda

Quem vai ser ouvido: Manuel Matos Gil (Imatosgil, acionista de referência da La Seda)

Perdas para a CGD: 264 milhões de euros

Em 2006, a CGD entrou no capital da La Seda (onde já lá estava a Imatosgil) com o objetivo claro de influenciar as decisões de investimento do grupo catalão. A ideia era trazer uma fábrica de produção da PTA (plástico utilizado no fabrico de vestuário, garrafas plásticas ou peças para automóveis) para Sines, a Artlant. Tudo correu mal: veio a crise financeira global, o acionista que deveria ficar com toda a produção da Artlant faliu e o negócio veio dar perdas de 264 milhões de euros, respeitantes a menos-valias da participação na La Seda e a imparidades sob crédito.

Faria de Oliveira revelou na semana passada que foi o grupo Imatosgil quem apresentou o projeto junto da CGD e que o banco “foi instado várias vezes” pelo Governo de José Sócrates a envolver-se naquele investimento que foi considerado PIN (Potencial Interesse Nacional). Relatou mesmo uma reunião em que estava presente o ministro da Economia da altura, Vieira da Silva, quando a La Seda já se encontrava em reestruturação.

Manuel Matos Gil ia ser ouvido esta quarta-feira no Parlamento, mas o facto de se encontrar no México adiou a audição para as próximas semanas.

Manuel Fino, a Cimpor e a guerra no BCP

Quem vai ser ouvido: José Manuel Fino e Francisco Manuel Fino (filhos de Manuel Fino, Investifino)

Perdas para a CGD: 138 milhões de euros

As informações constam no relatório preliminar da EY. Em 2005 e 2007, a Investifino obteve dois financiamentos de 180 milhões de euros da CGD: a primeira operação serviu para comprar ações da Cimpor, que tinha acabado de desblindar estatutos; a segunda serviu para o empresário participar naquilo que se chamou de assalto ao BCP. Nos financiamentos, a EY identificou situações de exceção ou de não cumprimento das regras internas, nomeadamente quanto às garantias reais para cobrir pelo menos 120% dos custos totais do empréstimo.

Dois anos depois, com a crise financeira no auge, Manuel Fino e banco acordaram uma reestruturação de vários contratos (eram seis na altura), num processo através do qual a Investifino vendeu 9,5% da cimenteira à CGD e que abateu uma parte da dívida que na altura ascendia a 306 milhões. Também a reestruturação levantou dúvidas à auditora. Em 2015, a CGD tinha uma exposição creditícia de 138,5 milhões de euros que dava como perdida quase na totalidade.

Sobre os empréstimos a Manuel Fino, Carlos Santos Ferreira teve oportunidade de dizer que a crise financeira não explica tudo, admitindo alguma culpa os negócios ruinosos da CGD. “Também houve erros. Não gostava de negar que houve erros. Houve um período de euforia, tudo a correr bem, e de um momento para o outro o mundo desapareceu. Podíamos ter sido mais prudentes? Podíamos”, disse o antigo presidente do banco público.

Vão ser ouvidos os filhos de Manuel Fino, José e Francisco, na próxima terça-feira, pelas 9h30.

Barroca explica exposição ao grupo Lena

Quem vai ser ouvido: Joaquim Barroca (Grupo Lena)

Perdas para a CGD: 67 milhões de euros

Ainda pouco se falou dos empréstimos ao grupo Lena na comissão de inquérito. Mas a EY identifica duas entidades ligadas à construtora de Joaquim Barroca, que é acusado de ter corrompido o antigo primeiro-ministro José Sócrates: a Lena Construções e a Always Special. De acordo com a auditora, a CGD detinha, no final de 2015, exposições de crédito de 48,7 milhões de euros e de 44,3 milhões, respetivamente. O empréstimo à Always Special estava dado como totalmente perdido pela Caixa. Estão entre os financiamentos que mais deram perdas ao banco público.

Quando foi confrontado com o assunto, Carlos Santos Ferreira explicou que o conselho de crédito da CGD aprovou a primeira operação mesmo contrariando o parecer desfavorável da direção de risco por causa da “exposição muito grande à construtora Abrantina” que o grupo havia adquirido em 2007 e da concorrência do mercado. “A CGD estava muito interessada na operação”, frisou o antigo presidente do banco público.

Na altura, a operação foi sugerida pelo banco de investimento da CGD, presidido por Santos Ferreira, lembrou a deputada do PS Constança Urbano de Sousa. Mas Santos Ferreira quis desfazer qualquer dúvida à deputada quanto ao seu envolvimento na operação e revelou que quem geria a parte operacional do banco de investimento era Jorge Tomé, “um grande profissional da banca”, considerou.

A audição de Joaquim Barroca está marcada paras as 9h30 da próxima quinta-feira.

(Por engano, associou-se Manuel Fino à Finpro, mas tal não corresponde à verdade. A Finpro foi uma sociedade que teve como acionistas Horácio Roque e Américo Amorim. As nossas desculpas aos visados e aos leitores)

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Investidores à espera das negociações comerciais. Wall Street já perde mais de 2% na semana

As bolsas dos EUA estão novamente em queda, pelo quarto dia consecutivo, com os três principais índices a acumularem um recuo semanal superior a 2%. Negociações comerciais retomadas esta quinta-feira.

As bolsas norte-americanas estão a cair pelo quarto dia consecutivo. Os investidores continuam a fugir das ações face à incerteza em torno das tensões comerciais entre EUA e China. A queda indicia que os investidores têm pouca esperança de que desenvolvimentos positivos surjam das negociações que vão ser retomadas esta quinta-feira em Washington, marcadas pela presença do vice-primeiro-ministro chinês.

O S&P 500 cai 0,89%, para 2.853,88 pontos, acumulando uma desvalorização de 2,24% face à cotação de fecho da última sexta-feira. As perdas são ainda maiores no Nasdaq: o índice tecnológico recua 1,10%, acumulando perdas de 2,7% esta semana. Já o industrial Dow Jones, que conseguiu fechar a sessão anterior com uma ligeira valorização de 0,01%, recua 0,88% esta quinta-feira, um recuo semanal de 2%.

A Boeing eliminou os ganhos registados na sessão passada e está a cair 1,40%, para 352,67 dólares cada ação. A Caterpillar está a prolongar as perdas e recua 2,08%, para 129,21 dólares. São duas das empresas mais sensíveis às relações sino-americanas.

No campo da tecnologia, a Apple destaca-se com uma queda de 1,81%, para 199,12 dólares. A Alphabet, dona da Google, cai 0,74%, para 1.157,64 dólares por título.

As tensões comerciais escalaram no arranque desta semana por causa da decisão de Donald Trump de pressionar Pequim com um reforço das tarifas sobre produtos importados da China, uma medida que poderá ser implementada ainda esta semana e que deverá espoletar contramedidas por parte do regime de Xi Jinping.

Liu He, vice-primeiro-ministro chinês, vai estar esta quinta-feira em Washington para uma nova ronda de negociações comerciais com os EUA. Há uma semana, os investidores acreditavam que esta reunião, originalmente marcada para sexta-feira, serviria para fechar um acordo comercial. Mas, agora, temem que as conversações possam colapsar.

Os receios dos investidores estão a refletir-se no comportamento do Vix. Este índice, que mede a volatilidade nas bolsas, mas é frequentemente associado ao medo, está a cotar em máximos do início deste ano.

Noutro mercado, o das matérias-primas, o destaque vai para o recuo do preço do petróleo. O contrato de WTI para entrega em junho negoceia em Nova Iorque a 61,59 dólares, uma queda intradiária de 0,85%. A desvalorização do preço do barril está a penalizar as empresas do setor petrolífero, com a perfuradora ExxonMobil a desvalorizar 0,90%, para 76,14 dólares.

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Governo aprova Margarida Corrêa de Aguiar e Caldeira Cabral no regulador dos seguros

Margarida Corrêa de Aguiar e de Manuel Caldeira Cabral foram designados esta quinta-feira para os cargos de presidente e de vogal da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira os nomes de Margarida Corrêa de Aguiar e de Manuel Caldeira Cabral para os cargos de presidente e de vogal da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

“O Governo procedeu à designação de Margarida Corrêa de Aguiar e Manuel Caldeira Cabral para os cargos de Presidente e vogal do conselho de administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões“, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

“A idoneidade, competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequadas dos designados são reconhecidas pelo parecer da Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública (CReSAP) e pelo relatório da comissão competente da Assembleia da República”, acrescenta.

Ambos os nomes tinham sido aprovados esta terça-feira pela Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), embora os deputados tenham deixado algumas reservas sobre a eventual incompatibilidade de Margarida Corrêa de Aguiar para o exercício de funções no regulador do setor dos seguros.

A antiga secretária de Estado da Segurança Social de Bagão Félix foi ouvida naquela comissão no passado dia 4 de abril e durante a sessão foram levantadas dúvidas quanto à independência face ao Banco de Portugal (onde ainda é consultora) e também quanto ao facto de ser beneficiária do Fundo de Pensões do Banco de Portugal (que vai passar a supervisionar).

“No exercício das minhas funções ficarei de fora de temas que tenham que ver como fundo de pensões do Banco de Portugal ou matérias adjacentes. Ficarei de fora desse tipo de situações. Ficará claro na distribuição de funções na ASF, o que é um primeiro passo para essa separação das águas”, respondeu Margarida Corrêa de Aguiar aos deputados.

"O Governo procedeu à designação de Margarida Corrêa de Aguiar e Manuel Caldeira Cabral para os cargos de Presidente e vice-presidente do conselho de administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.”

Conselho de Ministros

Comunicado

Apesar das dúvidas, o relatório da audição de Margarida Corrêa de Aguiar, que foi aprovado esta semana, deu parecer favorável: “Das respostas dadas às questões formuladas, bem como da análise e escrutínio da sua nota curricular a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa considera que a Dr.ª Maria Margarida de Aguiar reúne os requisitos necessários para o desempenho da função”, lê-se no documento que teve como relator o deputado socialista Nuno Sá.

Margarida Corrêa de Aguiar substitui assim José Almaça na liderança do regulador dos seguros, que desde setembro passado passou a supervisionar as grandes associações mutualistas.

Aliás, este será um dos primeiros dossiês que a nova presidente vai ter de lidar: a avaliação da idoneidade de Tomás Correia e os outros 22 dirigentes que foram eleitos para os órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) no passado mês de dezembro e cujo processo se encontra já em andamento.

(Notícia atualizada às 15h14)

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