REN quer exportar tecnologia para monitorizar redes de energia

A empresa criou uma ferramenta de mapeamento da criticidade de falhas, apostando na manutenção preditiva. A exportação desta tecnologia, que está a ser patenteada, é também uma possibilidade.

O objetivo não é transformar a Redes Energéticas Nacionais (REN) “numa empresa de software de gestão de rede”, começa por dizer João Faria Conceição, administrador executivo da REN. Ainda assim, a verdade é que a empresa está a apostar cada vez mais na inovação operacional, sobretudo na manutenção preditiva. E exportar essas ferramentas é, também, uma opção.

Perante a grande transformação tecnológica que o setor da energia enfrenta, a REN está a adotar um conjunto de medidas que prometem otimizar a gestão da rede de energia, começando por novos softwares e ferramentas. Com recurso à inteligência artificial (IA), a empresa criou a SMART, uma ferramenta que tem como objetivo transformar a manutenção preventiva em manutenção preditiva.

A SMART serve de apoio à manutenção e investimento de substituição, fazendo um mapeamento que tem em conta o grau de criticidade de uma falha em determinada zona. Um esforço tecnológico que pode, inclusive, vir a servir, no futuro, outras empresas. “Se é exportável? É”, afirma João Faria Conceição, durante o Media Day da REN, em Sacavém. “Estamos precisamente a patentear isto”, acrescenta.

Mas, a par da manutenção preditiva, a REN tem, também, presente nos seus planos de inovação a recolha automática de informação remota, o incremento de sensorização (que está em projeto) e a otimização de O&M [Operations & Maintenance].

Cibersegurança na REN para evitar aquilo que seria um “desastre”

A par da aposta na inovação, o reverso da moeda deve ser a aposta em cibersegurança. E, por isso mesmo, há cerca de dois anos a REN contratou uma equipa — agora com cerca de 12 pessoas — para criar o centro de operações de segurança, “em pleno funcionamento há seis meses”, refere o CEO da REN, Rodrigo Costa.

Neste departamento trabalha-se para analisar de forma rápida os indícios de incidentes, gerir vulnerabilidades e, também, analisar incidentes em redes semelhantes a nível mundial, de forma a prevenir ataques que seriam “um desastre”. Mas, além da prevenção, há que saber agir. “Para nós é tão importante identificar e prevenir problemas como saber atuar em caso de incidente”, afirma um dos responsáveis pela área.

Para isso, são feitos com alguma regularidade exercícios que preparem a resposta da empresa em caso de incidentes. “Um deles com o Centro Nacional de Cibersegurança [CNCS] e outro com o Exército português”, explica.

“Não há sistemas infalíveis. O nosso dever é fazer aquilo que hoje nos é possível”

Rodrigo Costa

CEO da REN

Ainda assim, nem sempre as ameaças vêm de fora. Aliás, “mais de 90% dos casos resultam de falha humana”. Assim, para evitar os descuidos dos trabalhadores, a REN tem apostado na sensibilização dos seus colaboradores, promovendo boas práticas de utilização da internet em atos tão simples como abrir emails ou navegar em sites.

Rodrigo Costa salienta, contudo, que apesar de tudo isto “não há sistemas infalíveis”. “O nosso dever é fazer aquilo que hoje nos é possível”, continua. “É fácil perceber a responsabilidade destas pessoas se pensarmos que qualquer coisa que acontece aqui tem impacto no país”, afirma um dos responsáveis pelo centro de despachos.

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Wall Street sem sossego. Índices recuam pelo terceiro dia

A guerra comercial entre os EUA e a China continua a passar a fatura aos detentores de ações. Os três principais índices recuam pelo terceiro dia seguido, com o S&P 500 a acumular perdas de 2,22%.

A guerra comercial entre EUA e China está a ditar o terceiro dia consecutivo de perdas na bolsa de Nova Iorque. Os três principais índices estão a desvalorizar com os receios dos investidores de um descalabro nas negociações entre as partes, a um dia de o vice-primeiro-ministro chinês aterrar em Washington para uma nova ronda de conversações.

Neste contexto, o S&P 500 cai 0,13%, para 2.880,39 pontos. O índice de referência já recua 2,22% desde o início da semana, altura em que o Presidente Trump ameaçou o regime de Xi Jinping com novas tarifas sobre produtos importados da China. No tecnológico Nasdaq, as perdas ainda são maiores: o índice está a derrapar 0,20% esta terça-feira, acumulando uma queda de 2,94% face à cotação de fecho de sexta-feira. O Dow Jones está a desvalorizar 0,06%.

As ações da Caterpillar estão a cair pelo terceiro dia consecutivo. A empresa é uma das mais expostas à relação comercial sino-americana. Os títulos da empresa recuam 0,67%, para perto dos 132,75 dólares.

A Berkshire Hathaway, holding do magnata Warren Buffett, que promoveu a assembleia-geral anual de acionistas este fim de semana, também volta a desvalorizar, registando uma queda de 0,80%, para 207,70 dólares cada ação.

Apesar das quedas nos mercados acionistas, são poucas as expectativas de que a guerra comercial conheça um desfecho esta semana. Os analistas do banco japonês Nomura atribuíram uma probabilidade de 10% à hipótese de um acordo comercial ser fechado esta semana, mas também uma probabilidade de 5% à hipótese de as negociações caírem por completo, segundo informações citadas pela Reuters.

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Banqueiros querem cobrar comissões aos clientes no Multibanco

O tema da isenção de custos de utilização das caixas automáticas voltou à baila a propósito das comissões do MB Way que os bancos vão começar a cobrar. Banqueiros criticam atual lei.

Os presidentes dos principais bancos nacionais defendem que se deve cobrar pela utilização das caixas automáticas, uma vez que se trata de um serviço prestado pelas instituições financeiras. E também porque é essa a prática dos outros países europeus.

“Alguém tem de pagar pelos serviços. É como o telemóvel: se utilizo um serviço, tenho de pagar por ele“, referiu Pablo Forero, presidente do Banco BPI na conferência CEO Banking Forum, dedicada ao tema “Um olhar sobre os desafios futuros da economia, inovação e financiamento”, que decorreu no Campus de Carcavelos da Nova SBE.

A mesma opinião foi partilhada pelo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). “Se há uma prestação de serviço, ele tem de ser pago. Não é justo que os trabalhadores do banco não devam ser remunerados pelo serviço que prestam. Quer sejam [os trabalhadores] de agências, de caixas automáticas, isso [não pagar pelo serviço] é uma coisa que não existe”, sublinhou Paulo Macedo na mesma conferência.

Para Miguel Maya, a questão não é se as caixas automáticas devem ser ou não pagas, argumentando que se deve aplicar as condições dos bancos europeus aos bancos portugueses. “Estamos numa União Bancária ou em Portugal? Se for gratuito, deve ser gratuito em toda a Zona Euro. Se é pago, concretamente em que todos os serviços têm um custo suportado pelo cliente, então que seja uniforme na União Bancária”, frisou o CEO do BCP.

António Ramalho também defendeu a ideia de que todos devem ser remunerados pelos serviços que prestam, dando a sua concordância às opiniões dos outros banqueiros com quem partilhou palco. “É um conceito que está a ser alargado a todas indústrias”, disse o presidente do Novo Banco, lembrando que Portugal é dos países com mais caixas automáticas entre os que têm mais riqueza. “É muito difícil lá fora explicar que esta rede seja uma rede subsidiada“, disse Ramalho.

O tema da isenção os custos da rede de caixas automáticas não é novo. Atualmente, a lei não permite que os bancos cobrem pela sua utilização.

Ainda esta terça-feira, durante a apresentação de resultados, o CEO do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, também abordou o assunto a propósito das comissões que os bancos começam a aplicar pelas transferências do MB Way. “Aqui em Portugal temos custos de contexto interessantes, não se paga taxas nas ATM (caixas multibanco automáticas) e isso tem custos para o banco, tal como o MB Way tem custos para o banco”, disse o responsável.

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Village Underground faz cinco anos. E quebra um muro em Lisboa

Para celebrar o quinto aniversário do projeto, o Village Underground "quebra um muro" e inaugura novo portão de entrada na Avenida da Índia.

“Derruba-se o muro, ergue-se um mundo”. Cinco anos e dezenas de histórias para contar depois, o Village Underground, projeto de coworking para as indústrias criativas criado por Mariana Duarte Silva quebra um muro na comemoração do seu quinto aniversário. A metáfora reflete-se numa nova entrada para o espaço, que passa a ser feita pela Avenida da Índia. A nova entrada no espaço vai ter o nome de João Vasconcelos, em homenagem ao antigo secretário de Estado, que morreu no final de março e que foi um dos grandes entusiastas do projeto desde o início.

O projeto, que conta com 14 contentores marítimos e dois autocarros da Carris, tem sido uma das marcas da cidade de Lisboa como capital criativa e global. “O local tem servido de ponto de encontro pessoas com novas ideias ligadas às indústrias criativas, entre músicos, designers, produtores, artistas estrangeiros e portugueses e, além do espaço de coworking, recentemente considerado o 10.º melhor da Europa numa lista de 50 pela Big 7 Media, serve de casa atual a mais de 15 artistas de street art em exposição, em murais e fachadas de contentores que vão sendo pintados e repintados.

“Até agora a entrada era feita pela Rua Primeiro de Maio, o que limitava bastante os acessos e fazia dele um sítio que se via da rua, mas onde dificilmente se chegava a entrar”, explica o Village Underground em comunicado. À inauguração, marcada para 11 de maio às 15 horas, seguir-se-á uma festa durante 18 horas de música e com a participação de dezenas de artistas das mais diferentes áreas.

“A música será o prato principal das 12h00 às 06h00 com atuações de DJs e revelações de novos talentos ao vivo como é o caso das cantoras Fábia Maia ou Amaura. Neste dia no VULX pode ouvir-se R&B, funk, música ligeira, hip hop ou tecno, apreciar-se um momento de poesia, ver as novas pinturas de street art, almoçar, lanchar e jantar no recinto, ou mesmo fazer aquela tatuagem que ficou na cabeça durante o último ano. Os aniversários do VULX simbolizam tudo o que pode acontecer naquele espaço e isso quer dizer, essencialmente, música, arte, mas também surpresa, convívio e liberdade”, acrescenta o comunicado.

Village Underground comemora cinco anos.

Partir o muro

“Numa nova cidade (…) abatam-se os muros. Abaixo as barreiras, os medos e o não”. Para contar a história da “nova entrada”, o Village convidou vários nomes ligados ao projeto para “partir o muro”. Assim, no vídeo de comemoração dos cinco anos de vida, os músicos Kalaf, Carlão, Karlon, Da Chick, DJ Glue, Marinho e artistas como Kruella D´Enfer são alguns dos que contribuem para a “queda do muro”. A produção é da BomBom e conta com criatividade da dupla Vasco Thomaz e Ivo Purvis, da Partners, e com copy de João Moura.

“Foi desenvolvida uma ideia sob o mote de quebrar muros, de limites a serem transpostos, barreiras a serem quebradas e superadas, numa estética impactante pelo estado bruto e pela humanidade do filme. Uma metáfora à luta constante que a cultura e os agentes culturais travam todos os dias, para se libertarem e criarem, sem constrangimentos, num ambiente que apela à diversidade e criatividade no seu estado mais puro”, explica o comunicado.

 

 

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Dar nove anos aos professores seria “condenar setor a montanha russa”, diz Vieira da Silva

Vieira da Silva deixa claro que o Governo não está disponível para alinhar em propostas que foram feitas "sem a devida avaliação", como a que prevê a recuperação integral do tempo congelado.

Avançar com a recuperação integral do tempo “perdido” pelos professores seria “condenar” esse setor a uma “espécie de montanha russa em que se dá e depois se tira, congela e depois se descongela”. Quem o diz é o ministro do Trabalho e da Segurança Social. A poucos dias de os deputados votarem a contabilização dos nove anos, quatro meses e dois dias congelados, Vieira da Silva insiste que o Executivo de António Costa “não está disponível para alinhar” em propostas que foram feitas “sem a devida avaliação”.

O Governo não está disponível para alinhar em propostas que são feitas sem a devida avaliação, porque fazê-lo seria condenar esses setores profissionais a uma espécie de montanha russa em que se dá e depois se tira, congela e depois descongela. Nós o que definimos foi aquilo que é possível ser feito”, disse o governante, em declarações aos jornalistas, esta manhã.

Vieira da Silva defendeu que, ao contrário do que têm dito os sindicatos, o Governo não está a colocar os portugueses contra os professores, está apenas a aplicar o mesmo racional que foi adotado para as restantes carreiras da Administração Pública: os tais 70% do módulo padrão. E lembrou que há outros profissionais que não trabalham para o Estado que também sofreram com a crise.

O ministro fez também questão de reforçar que o Executivo “não tem condições para aceitar alterações tão profundas”, como aquela implicada na proposta que foi aprovada na especialidade, na última quinta-feira. Em causa está, recorde-se, a contabilização integral do tempo congelado na carreira docente. PSD, CDS, BE e PCP votaram a favor desta medida, que compara com o decreto-lei aprovado pelo Governo que prevê a recuperação de apenas dois anos, nove meses e 18 dias.

Perante esta decisão dos deputados, o primeiro-ministro deixou claro que se iria demitir, caso a lei avançasse, já que tal afetaria consideravelmente, disse António Costa, as contas públicas e a própria governação. A esquerda manteve-se firme perante este ultimato, mas a direita acabou por ceder e fazer regressar as condicionantes financeiras, isto é, PSD e CDS adiantaram que só votarão a favor da contabilização integral se se aprovar uma salvaguarda, que faça depender essa recuperação de critérios económicos e financeiros.

Apesar dos apelos dos sindicatos, PCP e BE já confirmaram que irão chumbar esse travão, sendo expectável que a direita vote desfavoravelmente a recuperação integral do tempo “perdido” pelos docentes. O texto final da proposta foi aprovado, na terça-feira, podendo a sua votação ser marcada já para sexta-feira.

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Ministra da Saúde admite ser difícil atender a reivindicações dos médicos

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

Ministra da Saúde admite que nova tabela salarial e redução de horas de urgência são exigências das quais "teremos muita dificuldade em aproximar-nos". Médicos prometem greve para final de junho.

A ministra da Saúde admitiu esta quarta-feira ser difícil atender às reivindicações dos médicos sobre uma nova tabela salarial e redução de horas nas urgências, mas afirmou que há um “caminho para fazer” nas negociações com os sindicatos.

Os sindicatos médicos ameaçaram na terça-feira fazer uma greve nacional na última semana de junho, alegando falta de respostas do Governo a um caderno reivindicativo com quatro anos, que inclui uma nova tabela salarial, adequada ao nível de responsabilidade dos médicos, o descongelamento dos vencimentos, os concursos atempados e a redução do número de horas nas urgências hospitalares.

Em declarações aos jornalistas, à margem do ciclo de debates “Serões da Saúde”, promovido esta quarta-feira pela Inspeção Geral das Atividades em Saúde, a ministra da Saúde afirmou que as reivindicações dos médicos de uma nova tabela salarial e da redução de horas nos serviços de urgência “não estavam em cima da mesa”.

“São aspetos que são reclamados pelos sindicatos, mas são aspetos dos quais teremos muita dificuldade em aproximar-nos”, admitiu Marta Temido.

“A questão da redução das 18 para as 12 horas no serviço de urgência é uma medida que penso que no médio e longo prazo teremos de caminhar, mas enquanto não conseguirmos reorganizar o sistema de saúde de forma a torná-lo menos centrado no serviço de urgência será difícil caminhar nesse sentido, mas há um caminho para fazer, há uma reunião marcada para o dia 07 de junho e continuaremos a trabalhar”, disse a ministra.

Também não está em cima da mesa das negociações a redução da lista de utentes por médico de família. “Dissemo-lo logo desde o princípio na medida em que ainda temos portugueses sem médico de família”, afirmou a ministra.

Segundo Marta Temido, está a ser ultimado o concurso para a colocação de 378 médicos recém-especialistas Medicina geral e Familiar da primeira época de 2019 nos prazos que estão consignados na lei, 30 dias após a homologação da nota.

“Isto significa que temos a expectativa de até ao dia 16 de maio ter o concurso da colocação dos recém-especialistas na primeira época de 2019 lançado, o que é um progresso assinalável não só para os profissionais, mas também para os portugueses porque permite contar com mais médicos de família” disse a ministra.

Questionada sobre se há condições para negociar e desconvocar a greve dos médicos, Marta Temido afirmou apenas que neste momento a greve “é uma possibilidade”, ainda não foi convocada.

O anúncio da possível paralisação na última semana de junho, que decorrerá num só dia em data a definir, foi feito pelos dirigentes do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), João Proença, após uma reunião na terça-feira com a ministra da Saúde e a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte.

Os sindicatos dizem-se “empurrados para a greve”, lembrando que as suas reivindicações, às quais alegam não ter resposta da parte do Governo, têm quatro anos.

Uma nova reunião das duas estruturas sindicais com o Ministério da Saúde ficou agendada para 07 de junho.

Em maio de 2018 os médicos realizaram uma greve nacional de de três dias, convocada pelo SIM e pela FNAM.

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IKEA transforma parque de estacionamento em bazar. E são os clientes que vão vender artigos em 2.ª mão

Gigante sueca desafia clientes IKEA Family a vender artigos em 2.ª mão nos dias 25 e 26 de maio, no parque de estacionamento das cinco lojas que tem em Portugal.

A IKEA vai organizar um bazar para venda de artigos em “2.ª mão para pôr o mundo em 1.º”. A ideia da gigante sueca é usar o parque de estacionamento das cinco lojas IKEA em Portugal — Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga –, nos dias 25 e 26 de maio, para permitir aos clientes IKEA Family venderem artigos de decoração em 2.ª mão.

A iniciativa vai permitir “durante os dias indicados, expor, trocar, comprar ou vender os seus mobiliários próprios e objetos de decoração, num espaço delimitado sito nas instalações privadas da IKEA, que será especificamente reservado para a realização deste evento“, explica a empresa no regulamento do Bazar.

A venda será feita “de consumidor a consumidor”, “por conta e risco dos mesmos”, sendo a IKEA considerada sempre como entidade terceira, “estranha à relação que se estabeleça entre os participantes e os potenciais compradores dos artigos expostos”, acrescenta a empresa sueca.

O Bazar é um evento realizado no âmbito de ação de responsabilidade social da companhia “para permitir, de forma gratuita, a animação e dinamização da comunidade local, no interesse de todos”. Assim, é proibida a participação ou venda de artigos por parte de “feirantes” ou “vendedores ambulantes” ou exercício de atividades de comércio a retalho não sedentárias, acrescenta o regulamento.

O número de inscrições no evento está sujeito a um máximo de 64 participantes por dia. As inscrições para o Bazar IKEA podem ser feitas aqui.

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ANTRAM: Pré-acordo com motoristas assenta em salário base de 700 euros a partir de 2020

Associação que representa transportadoras revela que contraproposta feita aos motoristas de matérias perigosas assenta em salário base de 700 euros, num valor reforçado com novo subsídio diário.

A ANTRAM revelou esta quarta-feira o teor das últimas negociações mantidas com o sindicato dos motoristas das matérias perigosas. Em comunicado, a associação aponta que após ter rejeitado a exigência de 1.200 euros de salário base, o sindicato mudou de postura e respondeu com uma “contraproposta negocial”, que parte de um salário base de 700 euros, reforçado por “um subsídio diário adicional a criar, a proteção dos trabalhadores afetos ao transporte de mercadorias perigosas em cisterna”.

Segundo a nota divulgada, após a “rejeição expressa” pela ANTRAM da reivindicação dos motoristas de terem direito a um salário base equivalente a dois salários mínimos (1.200 euros brutos), o Sindicato Nacional dos Motoristas das Matérias Perigosas (SNMMP) terá apresentado “uma clara mudança de postura”, avançando com “uma nova contraproposta negocial”, que assenta então “num salário base de 700,00€ com efeitos a partir do dia 1 de janeiro de 2020″.

Sublinhe-se, porém, que a ANTRAM fala apenas no valor para vigorar a partir de 1 de ianeiro de 2020, ficando por saber se o mesmo volta a subir em 2021 e nos anos seguintes. Atente-se que na terça-feira, à saída da reunião, também o sindicato tinha enaltecido a significativa alteração de postura por parte da ANTRAM, apontando que se tinha chegado a um entendimento em termos salariais para “um valor muito aproximado do que estávamos [SNMMP] a pedir inicialmente”, ainda que prevendo uma evolução gradual no mesmo não só em 2020, como nos anos seguintes.

Quanto à contraproposta do SNMMP revelada pela ANTRAM, o comunicado da associação avança também que os 700 euros de salário base pressupõe, por um lado, a manutenção do atual acordo coletivo e, por outro, o reforço de outras rubricas salariais e dos benefícios de saúde para estes trabalhadores, nomeadamente “em sede de seguros” e “exames de saúde”. No pré-acordo entre ANTRAM e SNMMP foi também acordada a criação de um “subsídio diário adicional” específico para “a proteção dos trabalhadores afetos ao transporte de mercadorias perigosas em cisterna”.

A associação vai agora apresentar o pré-acordo negociado na terça-feira aos “seus associados”, de modo a receber os seus contributos e ficar “em condições de dar uma resposta ao sindicato até ao final do mês”, tal como fará aliás o sindicato junto dos seus representados.

(Atualizada às 13h50)

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Mais de 84 mil queixas sobre serviços de saúde apresentadas no ano passado

  • ECO
  • 8 Maio 2019

O aumento das queixas tem ocorrido em todos os setores, quer privados quer públicos, com os tempos de espera que os utentes aguardam nos locais para consultas ou exames a ser a área com mais queixas.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) recebeu no ano passado mais de 84 mil queixas relativas a unidades de saúde públicas, privadas ou sociais, um aumento de 20% face a 2017.

Os dados genéricos das reclamações ou queixas relativas ao ano de 2018 foram revelados esta quarta-feira pela presidente da ERS numa audição na comissão parlamentar de Saúde e mostram uma média diária de cerca de 230 queixas por dia.

Foi um crescimento de 20% face ao ano de 2017, quando o regulador recebeu cerca de 70 mil reclamações de cidadãos e utentes em relação aos vários prestadores de saúde, sejam públicos, privados ou do setor social.

Contudo, também os elogios sobre os prestadores cresceram em 2018, sendo ainda assim em volume menos significativo do que as reclamações.

Segundo dados oficiais enviados à agência Lusa, foram enviados à ERS mais de 11 mil elogios sobre unidades ou cuidados de saúde no ano passado, quando em 2017 tinham sido feitos cerca de nove mil, representando um crescimento de mais de 27%.

Em termos totais, as queixas que em 2018 chegaram à ERS foram 84.363, quando em 2017 tinham sido recebidas 70.111, um aumento que já se verificou também entre 2016 e 2017.

A presidente do regulador da Saúde, Sofia Nogueira da Silva, sublinhou aos deputados o “aumento muito significativo” das reclamações que se tem verificado entre 2015 e 2018, com um crescimento sistemático todos os anos.

“Pode ser efeito positivo de maior literacia e de maior conhecimento do direito de reclamar”, admitiu Sofia Nogueira da Silva, que ressalva que o aumento das queixas pode também decorrer de “mais problemas identificados ou maior níveis de exigência”.

Este ano, até agora, o regulador recebeu já mais de 30 mil reclamações, o que leva a presidente da entidade reguladora a considerar que 2019 “não será muito diferente de 2018”.

O aumento das queixas tem ocorrido em todos os setores, quer privados quer públicos, com os tempos de espera que os utentes aguardam nos locais para consultas ou exames a ser a área com mais queixas em todos os setores.

Ou seja, tanto no setor privado como no público, os tempos de espera no local de atendimento são genericamente o principal tema das reclamações.

No caso dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) segue-se depois, em termos de peso das queixas, questões ligadas à humanização dos cuidados ou a focalização dos cuidados de saúde no doente.

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Sonae Sierra investe 151 milhões em nova torre e expansão do Centro Comercial Colombo

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

A nova torre terá 33.000 metros quadrados distribuídos por nove pisos e a expansão da área comercial será de 10.500 metros quadrados de área bruta locável.

A Sonae Sierra vai investir 151 milhões de euros na construção de um terceiro edifício de escritórios e na expansão da área comercial do Centro Colombo, em Lisboa, devendo a obra arrancar este ano, anunciou esta quarta-feira o presidente executivo.

“Está tudo licenciado e esperamos iniciar este ano”, afirmou Fernando Guedes de Oliveira, durante um encontro com jornalistas na Maia, no Porto, precisando que o novo edifício de escritórios — que se junta às torres Ocidente e Oriente, já existentes — terá 33.000 metros quadrados distribuídos por nove pisos e que a expansão da área comercial será de 10.500 metros quadrados de área bruta locável (ABL).

A construção do novo edifício e a ampliação do Centro Comercial Colombo chegou a estar prevista para 2017, mas segundo Guedes de Oliveira o projeto atrasou-se “sobretudo devido à necessidade de reforçar todo o Colombo, por baixo da torre” a construir.

Em 2015, a Sonae tinha anunciado a intenção de construir dois edifícios, um com 13 pisos e o outro com seis, num total de 48 mil metros quadrados, mas o projeto acabou por não avançar após articulação com a autarquia de Lisboa. O Centro Colombo foi construído em 1997. Uns anos depois, foi concluída a construção da torre de escritórios Oriente (2009) e da torre Ocidente (2011).

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Portuguesa Beta-i é “pólo de inovação” mundial, diz a Global Finance

Plataforma de inovação portuguesa volta a integrar a lista "25 Best Financial Innovation Labs" da revista internacional.

A portuguesa Beta-i está entre os mais importantes “pólos mundiais de inovação financeira”, considera a revista Global Finance, publicação internacional de economia e negócios. A plataforma de inovação está entre os “25 melhores laboratórios de inovação financeira do mundo”, conclui a revista num caderno dedicado às maiores plataformas de inovação de 2019.

“É naturalmente recompensador ver a Beta-i, de novo, numa lista tão restrita e prestigiada, o que vem validar o trabalho que temos feito. Estamos a ajudar a reconfigurar o universo financeiro, via fintechs, montando programas como o Pay Forward, com a SIBS, ou o Protechting, que envolve parceiros como a Fidelidade, a Fosun e o Hauck & Aufhäuser, um banco de investimento alemão. Esta é uma área onde identificamos novas oportunidades de mercado, e Portugal pode servir como ‘sandbox’ para novos modelos de negócio e conceitos na área financeira, sendo que o Brexit, por exemplo, nos permite vislumbrar novas oportunidades. Startups como a Feedzai, James, ou a Keep Warranty, estão também a fazer o seu caminho nesta arena, o que gera um caldo de cultura mais relevante”, detalha Pedro Rocha Vieira, CEO e cofundador da Beta-i, citado em comunicado.

Da lista que a Beta-i integra fazem ainda parte nomes como o Barclays Accelerator, o Deutsche Bank Innovation Labs, a PayPal Innovation Lab, a Santander-InnoVentures, o Wells Fargo Startup Accelerator ou o StartupBootcamp.

Esta é uma área onde identificamos novas oportunidades de mercado, e Portugal pode servir como ‘sandbox’ para novos modelos de negócio e conceitos na área financeira.

Pedro Rocha Vieira

CEO e cofundador da Beta-i

“Existe uma oportunidade para países como Portugal se posicionarem para permitir a experimentação controlada destas tecnologias, especialmente no contexto da transformação digital dos bancos e do sistema financeiro, e acredito que o papel da Beta-i, fruto do seu compromisso com a inovação, passa cada vez mais por aí. Estamos também bem posicionados para replicar esta experiência noutras geografias, e o facto de integrarmos o recém criado Grupo de Trabalho para a Cibersegurança também nos permite, não só o acesso, mas também a capacidade de influenciar e apoiar o desenvolvimento de boas práticas”, continua Rocha Vieira.

Esta lista, chamada 25 Best Financial Innovation Labs, integra o trabalho “The Innovators 2019” e avalia anualmente os mais importantes centros de disrupção financeira a nível internacional, estando na sua 7.ª edição. “As instituições financeiras e governos de todo o mundo estão a criar novos espaços e modos de colaboração, de forma a executar da melhor forma a crescente tecnologia financeira. Aceleradores, laboratórios, centros de investigação, todos eles apoiam inovações que proporcionam benefícios aos bancos, aos seus clientes e à sociedade em geral, estimulando tanto os empreendedores como os líderes que se destacam no pensamento inovador”, explica Joseph D. Giarraputo, diretor editorial da Global Finance.

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Commerzbank compra hotel Hilton em Lisboa

A gestora de fundos do Commerzbank, comprou o Hotel DoubleTree by Hilton -- Fontana Park em Lisboa à Turismadeira que passará a ser arrendatária por 20 anos. Valor do negócio não foi divulgado.

A Comerz Real, gestora de fundos do Commerzbank, comprou o Hotel DoubleTree by Hilton — Fontana Park em Lisboa à Turismadeira, revela o site especializado em imobiliário PropertiesEU. O valor da operação não foi divulgado.

O hotel de quatro estrelas situa-se junto ao Fórum Picoas e conta com 146 quartos e 62 lugares de estacionamento, bem como salas de conferências, dois restaurantes, bar e área de fitness.

O edifício onde está situado foi construído em 1910 e modernizado para passar a ser um hotel em 2008. Atualmente, a unidade hoteleira está a ser alvo de obras com vista à sua expansão que inclui 80 suites e 40 novos lugares de estacionamento, estando a sua conclusão prevista para 2020.

O site PropertyEU dá conta que a Commerz Real celebrou um contrato de arrendamento por um período de 20 anos com os hotéis Fontana, ficando a manutenção do espaço ocupado pela unidade hoteleira a cargo do grupo hoteleiro.

Há cerca de dois meses, foi noticiada a intenção de o grupo Hilton se expandir na Península Ibérica com a abertura de cinco hotéis em Portugal e Espanha.

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