Funcionários públicos suspendem greve de dia 20 por causa do coronavírus

A Frente Comum tinha convocado uma greve para dia 20 em protesto contra os aumentos salariais, mas a pandemia de coronavírus levou o sindicato a suspender o protesto.

Afinal, os funcionários públicos já não vão fazer greve na próxima sexta-feira contra os aumentos salariais “ofensivos” anunciados pelo Ministério de Alexandra Leitão. A Frente Comum decidiu suspender a paralisação face à propagação de coronavírus em Portugal e “assegurando desta forma que os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive”.

“Nesta fase de contenção da infeção pelo novo coronavírus, tendo a Organização Mundial de Saúde declarado
situação de pandemia, e dado o momento que se vive em Portugal, com o encerramento de um conjunto muito alargado de serviços públicos, a Frente Comum decidiu suspender a realização da Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública agendada para dia 20 de Março, assegurando desta forma que os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive”, adiantou esta sexta-feira o sindicato liderado por Sebastião Santana.

A paralisação de dia 20 tinha sido marcada em protesto contra os aumentos de dez euros para os salários mais baixos da Função Pública e de 0,3% para os demais, considerados “ofensivos” e “inaceitáveis” pelos sindicatos. Face à pandemia, a Frente Comum já tinha garantido que a greve em questão não iria abranger os serviços de saúde, dando agora um passo adicional face ao agravamento da propagação do coronavírus em Portugal.

Apesar desta suspensão, o sindicato liderado por Sebastião Santana reafirma “que todas as razões que motivaram a marcação desta greve nacional se mantêm e, aliás, têm hoje ainda mais validade e pertinência”, já que considera que os trabalhadores das Administrações Públicas terão um “papel será absolutamente central no combate ao quadro de propagação do Covid-19”.

Sobre o surto de coronavírus, a Frente Comum defende que os trabalhadores que não possam comparecer ao emprego recebam 100% da remuneração, tanto em situação de isolamento profilático, de doença ou de assistência familiar.

Atualmente, apenas está previsto o pagamento do salário por inteiro no primeiro caso (ainda que sem subsídio de refeição). Em caso de doença, a Segurança Social paga 55% da remuneração a partir do quarto dia e a Caixa Geral de Aposentações paga 90% também a partir desse quarto dia, num período de 30 dias. Já para assistência à família, está previsto um apoio equivalente a 65% do salário, se os filhos estiverem em quarentena ou doentes e um apoio de 66% se os dependentes até aos 12 anos ficarem em casa face ao encerramento das escolas.

Também a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) já tinha “ajustado” os seus protestos face à pandemia de coronavírus. O sindicato de José Abraão retirou o pré-aviso de greve “que havia sido emitido tendo em vista possibilitar aos trabalhadores da Administração Pública participarem nos plenários que estavam previstos para o dia 20″. A FESAP avisa, ainda, que as comemorações do 1º de Maio — Dia do Trabalhador — serão provavelmente desconvocadas.

Até ao momento, o novo coronavírus já fez quase cinco mil vítimas mortais e mais de 133 mil pessoas estão infetadas em todo o mundo. Em Portugal, os primeiros dois casos foram registados a 2 de março e atualmente já estão 112 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 18h08)

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Covid-19 estraga negócio à Xerox. Suspende compra da HP

  • Lusa
  • 13 Março 2020

No âmbito da prevenção contra o coronavírus, a Xerox vai interromper o seu plano para comprar a tecnológica HP. Esclarece que a suspensão do negócio nada tem a ver com a queda da bolsa.

A empresa norte-americana de materiais para escritório Xerox anunciou esta sexta-feira que vai interromper o seu plano para comprar a tecnológica Hewlett-Packard (HP) no âmbito da prevenção contra o corona vírus.

“Face à escalada da pandemia do Covid-19, a Xerox deve dar prioridade à saúde e segurança dos seus empregados, clientes, sócios e filiais, acima de todas as considerações, incluindo a sua proposta para adquirir a HP”, disse num comunicado John Visentin, o vice-presidente e conselheiro delegado da Xerox.

Esclareceu ainda que a suspensão do negócio nada tem a ver com a queda da bolsa ou com a suspensão temporária de venda de ações da HP.

Na semana passada, a HP recusou uma oferta de compra pela Xerox, no valor de 35.000 milhões de dólares, considerando que esta união iria beneficiar desproporcionadamente os acionistas da Xerox, empresa que considerou não ter experiência nos setores em que a HP opera.

Depois de ter sido divulgada a decisão, as ações da HP afundam mais de 5% para 16,60 dólares por ação na Bolsa de Nova Iorque, enquanto que os títulos da Xerox caíram 4% para 22,91 dólares.

HP afunda mais de 5%

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SIC suspende produções e transmissões, TVI cancela Dança com as Estrelas

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Serão suspensas as transmissões em direto de "O Programa da Cristina", do programa "Júlia" e do programa "Olhó Baião", "durante o período mínimo de uma semana", de acordo informações da SIC.

A SIC e a TVI vão avançar com mais suspensões e cancelamentos, devido ao surto de Covid-19, sendo que estas irão afetar as produções e programas com transmissões em direto.

Em comunicado, a SIC revelou que tinha decidido “nos seus programas de entretenimento atuar de forma preventiva e responsável na salvaguarda da saúde, segurança e estabilidade dos seus profissionais, criando condições para que o isolamento profilático aconselhado pelas autoridades nacionais de saúde seja tido em conta pelo maior número de pessoas possível”.

Por isso, o canal irá “suspender as produções de ficção em curso nas produtoras SP Televisão e Coral Europa durante o período mínimo de uma semana. Esta situação não afetará a emissão de ‘Terra Brava’ e ‘Nazaré’, que continuarão a ser transmitidas diariamente, na SIC”.

Também a Media Capital decidiu esta quinta-feira suspender todas as gravações das produções da Plural, medida esta que será sujeita a “uma avaliação permanente”.

“Esta decisão representa um enorme esforço por parte do Grupo Media Capital”, salientou a empresa, num comunicado interno, pedindo aos trabalhadores que “cumpram escrupulosamente” as instruções dadas pela Media Capital para evitar o contágio.

Além disso, de acordo com a SIC, serão suspensas as transmissões em direto de ‘O Programa da Cristina’, do programa ‘Júlia’ e do programa ‘Olhó Baião’, “durante o período mínimo de uma semana” e criadas “as devidas adaptações aos formatos que permitam continuar a servir o melhor possível os telespetadores”, indicou, na mesma nota.

O canal vai ainda “realizar à porta fechada a próxima emissão de ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’”, bem como “adaptar o programa Alô Portugal ao momento de incerteza” atual, “tornando-o uma plataforma ao serviço dos cidadãos, que terão via aberta para participação telefónica e esclarecimento de dúvidas”, apontou o canal da Impresa.

A SIC irá ainda suspender por “tempo indeterminado” a gravação do programa ‘Árvore dos Desejos’”, ainda que “mantenha em exibição o conjunto de programas já gravados” bem como do programa ‘Curto Circuito’, da SIC Radical, “por um período mínimo de uma semana”.

A Media Capital, por sua vez, resolveu cancelar o programa ‘Dança com as Estrelas’, indicou à Lusa fonte oficial da empresa, dona da TVI.

Entre as medidas aplicadas pela SIC está ainda a restrição, “de forma temporária” da presença de profissionais “ao mínimo essencial para o normal funcionamento dos programas”.

A Impresa resolveu ainda, tanto na SIC como no Expresso, “destacar para isolamento profilático, colaboradores que estejam nos chamados grupos de risco”, acreditando que “este conjunto de medidas permitirá, com a serenidade necessária, reajustar processos de trabalhos, criar novas regras de funcionamento, algumas delas já em curso, e a devida implementação de novos procedimentos”.

A SIC salientou que “serão avaliadas diariamente novas medidas que venham a revelar-se necessárias”.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença Covid-19 como uma pandemia e na quinta-feira à noite o Governo português declarou estado de alerta.

Desde dezembro do ano passado, o novo coronavírus infetou mais de 131 mil pessoas, das quais mais de metade recuperou da doença. A covid-19 provocou quase cinco mil mortos em todo mundo.

Em Portugal, os últimos números da Direção-geral de Saúde apontam para 112 infetados, não havendo até ao momento registo de qualquer morte.

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PSI-20 afunda 18% em semana caótica para as bolsas mundiais

O índice português perdeu quase 18% numa semana negra nas bolsas de todo o mundo face à propagação do coronavírus. Ainda assim, na última sessão da semana, Lisboa fechou no verde.

Lisboa terminou a última semana em terreno positivo, mas os ganhos registados esta sexta-feira não foram suficientes para compensar a semana caótica registada na praça portuguesa e em todo o mundo. O índice de referência na bolsa nacional, o PSI-20, caiu quase 18%, na semana em que o surto de coronavírus passou a pandemia.

Na sessão desta sexta-feira, o PSI-20 valorizou 0,8266% para 3.837,28 pontos. Na demais praça do Velho Continente, o dia também foi de recuperação, com o pan-europeu Stoxx 600 a somar 1%, o alemão DAX a subir 0,2%, o francês CAC 40 a avançar 1,4% e o espanhol IBEX a valorizar 4,7%.

Depois de seis sessões em “terreno negativo”, Lisboa conseguiu assim para o outro lado da linha de água. O otimismo verificado nas bolsas europeias é justificado, em parte, pelo anúncio de que a Comissão Europeia tem um pacote de 37 mil milhões para disponibilizar aos Estados-membros para resposta à crise do novo coronavírus. Além disso, o Governo alemão deverá estar disponibilidade para aumentar a capacidade de endividamento, abdicando da política dos orçamentos equilibrados, de modo a para reforçar os níveis de investimento público.

Ainda assim e tudo somado, o índice de referência nacional registou uma queda semanal de 17,9%, não tendo os ganhos desta sexta-feira sido suficientes para compensar o “caos” que se viveu na bolsas com o agravamento do surto de coronavírus, que passou a pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Na última sessão da semana, as cotadas do setor da energia foram as que mais brilharam. Os títulos da EDP Renováveis valorizaram 3,18% para 10,38 euros, os da EDP subiram 2,19% para 3,551 euros e os da Galp Energia somaram 1,42% para 8,57 euros.

Do outro lado da linha de água, destaque para o BCP, cujas ações caíram 0,71% para 0,1123 euros. A travar os ganhos estiveram também as papeleiras: os títulos da Altri recuaram 4,3% para 3,2920 euros, os da Navigator 1,52% para 2,074 euros e os da Semapa 2,37% para 9,05 euros.

(Notícia atualizada às 17h13)

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Europa passou a ser epicentro do novo coronavírus, diz OMS

Ao serem registados mais casos e mortes na Europa do que no total do resto do mundo, com exceção da China, o continente europeu torna-se o epicentro da pandemia.

A Europa passou a ser centro da pandemia do novo coronavírus, sendo que anteriormente era a China, declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta sexta-feira. Registaram-se mais casos e mortes no continente europeu do que no total do resto do mundo, com exceção da China.

“Agora, mais casos estão a ser relatados todos os dias do que os registados na China no auge da sua epidemia”, disse Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa. Itália é já o segundo país do mundo com mais casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus, com 1.016 mortes para 15.113 casos, de acordo com o último balanço.

O novo coronavírus, responsável pelo Covid-19, foi detetado em dezembro, na China, e já provocou cerca de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 135 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios.

Em Portugal, onde já se declarou situação de alerta, o número de casos confirmados é 112, sendo que ainda não foi registada nenhuma morte, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS). A última atualização diária da DGS indica que foram encontradas 11 cadeias de transmissão ativas em Portugal.

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Bruxelas já admite crescimento da economia europeia abaixo de zero

  • Lusa
  • 13 Março 2020

"É muito provável que o crescimento na zona euro e na União Europeia como um todo caia para baixo de zero este ano", admite a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia já admite como “muito provável” que o crescimento da economia da zona euro e do conjunto da União recue para níveis abaixo de zero este ano, face ao “choque” provocado pelo surto de Covid-19.

“Podemos dizer que é muito provável que o crescimento na zona euro e na União Europeia (UE) como um todo caia para baixo de zero este ano, e potencialmente consideravelmente abaixo de zero”, assumiu o responsável máximo da Direção-Geral de Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia (DG ECFIN).

Maarten Verwey falava num briefing para jornalistas na sede do executivo comunitário, em Bruxelas, depois de uma conferência de imprensa da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a resposta da UE à crise provocada pelo novo coronavírus, sobretudo no plano económico.

“Aquilo a que estamos a assistir é a uma previsão de crescimento que está a deteriorar-se muito rapidamente. Em fevereiro, publicámos as nossas previsões de inverno, e nessa altura ainda pensávamos que a economia da UE cresceria 1,4% e a da zona euro 1,2%, mas o que é claro face a tudo o que está a acontecer é que será necessário adaptar [as previsões] e provavelmente de forma muito significativa”, afirmou.

Verwey sublinhou que “não há ainda dados disponíveis” que permitam avançar desde já com novas previsões, o que só sucederá em maio, apontando que aquilo que a Comissão “pode fazer e já fez” é avançar com estimativas tendo por base o cenário-base das previsões de fevereiro, “introduzindo os choques de que agora há noção”.

O diretor-geral explicou que foram tidos em conta “os diferentes canais através dos quais o crescimento será afetado”, a começar pelas repercussões da situação na China, “onde tudo começou”, passando pelos efeitos nas cadeias de fornecimento, o crescente absentismo (por doença ou quarentena), e a redução na procura, notando a propósito os “grandes impactos” que já se observam por exemplo nos setores do turismo, alojamento e restauração.

O responsável sublinhou como um dos impactos mais fortes aquele que já se começa a observar a nível de liquidez, explicando que, devido às disrupções, “as empresas enfrentam crescentes problemas de liquidez, o que também tem consequências a nível de investimento”, a isto juntando-se a enorme intranquilidade nos mercados financeiros.

Há precisamente um mês, em 13 de fevereiro passado, por ocasião das suas previsões macroeconómicas de inverno, a Comissão manteve a previsão de crescimento da economia da zona euro em 1,2% este ano e 2021, considerando então que as repercussões económicas do novo coronavírus poderiam ser contrabalançadas com melhorias no emprego.

A presidente da Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira uma verba de 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde e as pequenas e médias empresas afetadas pelo novo coronavírus, que está a causar um “tremendo choque” económico.

“A Comissão adotou esta sexta-feira uma proposta para dar liquidez à nossa economia. Vamos disponibilizar uma resposta de 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde, o mercado de trabalho e as pequenas e médias empresas [PME] de todos os setores afetados”, afirmou Ursula von der Leyen numa conferência de imprensa, em Bruxelas, para apresentação de medidas económicas da União Europeia ao surto de Covid-19.

Portugal pode vir a arrecadar 1,8 mil milhões de euros em fundos europeus para apoiar setores afetados pela Covid-19, na saúde ou nas pequenas e médias empresas, no âmbito desse ‘bolo’ de 37 mil milhões.

O executivo comunitário propôs esta sexta-feira redirecionar 37 mil milhões de euros de investimento público europeu para fazer face às consequências, tendo por base a opção de Bruxelas de abdicar de reclamar aos Estados-membros o reembolso do pré-financiamento não utilizado para os fundos europeus estruturais e de investimento para 2019.

Ao todo, os 27 Estados-membros teriam de reembolsar a Comissão com um total de 7,9 mil milhões de euros do pré-financiamento que receberam para 2019, isto até ao final de junho deste ano, sendo esta uma reserva de liquidez.

Porém, já não terão de o fazer, passando ainda a poder reafetar à resposta ao surto as suas verbas de cofinanciamento ao abrigo destes fundos estruturais, que ascendem a 29 mil milhões de euros.

No caso de Portugal está em causa um total de cerca 1,8 mil milhões de euros para dar resposta aos impactos económicos do surto de Covid-19, dos quais 405 milhões de euros se devem ao não reembolso e o restante (1.407 milhões de euros) ao cofinanciamento do país ao abrigo dos fundos estruturais.

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Estivadores alertam para risco de propagação nos portos nacionais

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Estivadores apelam ao Governo para minimizar o risco de propagação da Covid-19 nos portos nacionais. Pedem material de proteção individual.

O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) apelou esta sexta-feira ao Governo para que minimize o risco de propagação da Covid-19 nos portos nacionais e ponha termo ao conflito laboral no Porto de Lisboa.

“A movimentação de cargas no Porto de Lisboa é assegurada por um coletivo de estivadores com salários em atraso que são obrigados a cumprir serviços mínimos excessivos e a entrar em navios com bandeira e tripulações de diversas proveniências sem qualquer proteção individual”, disse à agência Lusa António Mariano, presidente do SEAL.

Os estivadores do Porto de Lisboa, que estão em greve até 30 de março e até agora só receberam o salário do mês de janeiro deste ano, acusam os operadores portuários de promoverem uma tentativa de insolvência fraudulenta da A-ETPL (Associação-Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa).

Dizem também ser obrigados a cumprir os serviços mínimos mesmo sem receber o salário e sem que lhes seja proporcionado qualquer material de proteção individual, para minimizar o risco de propagação do coronavírus.

“No Porto de Sines, sabemos que a Polícia Marítima entra a bordo dos navios com luvas e máscaras de proteção, mas parece que estes materiais de proteção individual não são necessários nem para os estivadores de Sines, nem para os de Lisboa, nem, aparentemente, para qualquer outro porto nacional”, disse, com ironia, António Mariano, alertando para o risco de propagação do vírus que decorre desta situação, não apenas para os estivadores, mas para todos os portugueses.

No que respeita à paralisação em curso no porto de Lisboa, António Mariano diz que o sindicato neste momento não vai suspender a greve que decretou porque as empresas de estiva estão a constituir empresas de trabalho portuário paralelas.

“A partir do momento em que a greve fosse levantada, as novas empresas poderiam substituir os cerca de 150 trabalhadores da A-ETPL por outros contratados pelas novas empresas”, justificou António Mariano.

Por outro lado, o presidente do SEAL considera que o “pedido de insolvência fraudulenta” da A-ETPL é uma tentativa de proceder ao despedimento coletivo de 54 dos 150 do Porto de Lisboa, e de não cumprir as obrigações contratuais com esses trabalhadores, que, segundo o sindicato, ascendem a “mais de dois milhões de euros”.

António Mariano lembrou ainda a importância estratégica do Porto de Lisboa para a área Metropolitana de Lisboa e defendeu que a resolução do conflito terá de passar por um entendimento que salvaguarde os direitos de todos os trabalhadores.

Os estivadores do Porto de Lisboa convocaram uma greve total, de 09 a 30 de março, face à decisão das empresas de estiva de pedirem a insolvência da A-ETPL.

A decisão dos responsáveis da A-ETPL foi anunciada depois de os estivadores do Porto de Lisboa terem recusado uma proposta que previa uma redução salarial de 15% e o fim das progressões de carreira automáticas.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença Covid-19 como uma pandemia e na quinta-feira à noite o Governo português declarou estado de alerta.

Desde dezembro do ano passado, o novo coronavírus infetou mais de 131 mil pessoas, das quais mais de metade recuperou da doença. A covid-19 provocou quase cinco mil mortos em todo mundo.

Em Portugal, os últimos números da Direção-Geral de Saúde apontam para 112 doentes, não havendo até ao momento registo de qualquer morte.

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Conselho do Montepio termina sem contas. Assembleia geral adiada por causa do coronavírus

Reunião do conselho geral da mutualista Montepio terminou sem contas. Mantém-se impasse com auditor PwC por causa da avaliação do banco. Assembleia geral foi adiada por causa do Covid-19.

A reunião do conselho geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) terminou ao início da tarde sem que os conselheiros tivessem tido sequer oportunidade de avaliar as contas individuais da instituição relativas a 2019. Razão: as contas ainda não estão fechadas por causa do braço-de-ferro que opõe a administração de Virgílio Lima e a equipa de auditores da PwC na questão da avaliação do banco no balanço da mutualista. Por isso, ficou desde já prometida uma nova reunião do conselho geral para o final do mês na expectativa de que as duas partes cheguem a um entendimento em relação a este assunto.

Tal como o ECO avançou em primeira mão, os auditores pretendem que o valor do Banco Montepio no balanço da AMMG seja revisto em baixa, dos 1.880 milhões de euros para cerca de 1.000 milhões. É uma questão sensível porque um ajustamento daquela dimensão reconheceria que a maior mutualista do país, com mais de 600 mil associados e poupanças de 2.800 milhões, está numa situação de falência técnica.

Como justificação, a PwC — que substituiu a KPMG no ano passado e está agora sob maior escrutínio da casa-mãe por causa do Luanda Leaks — alega que a avaliação do banco não corresponde aos valores que atualmente se praticam mercado. Por exemplo, o banco BCP está a negociar na bolsa de Lisboa cerca de 0,45 vezes o valor dos seus capitais próprios (agora até menos por causa da tensão nas bolsas) e até o EuroBic será vendido ao Abanca com uma avaliação cerca de 50% abaixo do seu ativo líquido.

Mas esse não é o entendimento da AMMG. E foi isso mesmo que Virgílio Lima explicou aos conselheiros na reunião desta sexta-feira, que decorreu num ambiente tranquilo e sereno, apurou o ECO. Argumentou que o banco não é um ativo que esteja para venda, sendo antes um instrumento que está ao dispor da instituição naquilo que é a sua atividade mutualista e que é para manter. Assim, não faz sentido aplicar as regras do mercado para calcular o valor do banco como a PwC pretende fazer, alega.

Nesta circunstância, a reunião do conselho geral desta sexta-feira — que se iniciou por volta das 10h00 e se prolongou até cerca das 15h00, com interrupção para almoço — terminou sem grandes novidades. Os trabalhos prosseguirão no próximo dia 30 de março à espera que a divergência de opiniões com a PwC seja ultrapassada.

Além do tema das contas individuais da AMMG, discutiram-se as situações de cada uma das participadas — banco, seguros, etc — com a presença dos respetivos responsáveis. No caso do Banco Montepio, foi Carlos Tavares, chairman do banco, quem marcou presença no encontro para explicar aos conselheiros que o atraso na publicação das contas se deve à mudança de auditor (também da KPMG para a PwC), que também está a pressionar para reforçar as imparidades no banco.

Outra novidade: a assembleia geral de associados que iria aprovar as contas foi adiada. Esta deveria ocorrer necessariamente até final do mês de março, com obrigatoriedade de ser convocada com 15 dias de antecedência. Mas por causa do surto do coronavírus — que obriga a contenção na realização de eventos de grandes aglomerações — vai ser adiada para abril ou maio.

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Reciclagem de garrafas de plástico já dá descontos nas compras em 23 supermercados do país

O valor do talão de desconto varia de acordo com a capacidade da embalagem devolvida: dois cêntimos, para embalagens até 0,5 litros; cinco cêntimos, para capacidade superior, até dois litros.

Num momento em que os portugueses estão numa corrida aos supermercados um pouco por todo o país para se abastecerem de produtos alimentares, e não só, para enfrentarem as próximas semanas fechados em casa por causa da pandemia de coronavírus, o Governo anunciou o arranque do projeto-piloto para a recolha de embalagens de plástico não reutilizáveis de bebidas, através de máquinas automáticas.

Anunciado recentemente pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, para arrancar no mês de março, o projeto tem início esta sexta-feira, 13 de março, em 23 grandes superfícies comerciais de norte a sul do país.

Sonae, Auchan, Leclerc, Jerónimo Martins, Continente e Mosqueteiros são as cadeias aderentes.

O valor do talão de desconto varia de acordo com a capacidade da embalagem devolvida: dois cêntimos, para embalagens até 0,5 litros; cinco cêntimos, para capacidade superior, até dois litros. Estes montantes podem depois ser utilizados em compras de valor igual ou superior, na loja onde as garrafas foram entregues, ou doados a uma instituição de solidariedade social.

“A atribuição de um prémio ao consumidor pela devolução das garrafas pretende incentivar a devolução de embalagens não reutilizáveis em plástico. Com este projeto, pretende garantir-se o encaminhamento para reciclagem de elevada qualidade, permitindo a incorporação em novas garrafas de bebidas, maximizando-se a circularidade dos materiais”, explicou o Governo em comunicado.

“A partir de agora, os consumidores vão poder depositar nestas máquinas embalagens de águas, sumos, refrigerantes ou bebidas alcoólicas, recebendo, em troca, um talão de desconto por cada garrafa. Instaladas na área de cada um dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU), atendendo a critérios de densidade populacional e de participação de grupos da grande distribuição, os locais das máquinas podem ser consultados online“, diz ainda o mesmo comunicado.

O projeto contou com um financiamento de 1,7 milhões de euros do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e Ação Climática, na sequência da candidatura de um consórcio liderado pela Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente.

O projeto-piloto prevê ainda um uma informação aos consumidores sobre o tipo de embalagens abrangidas e as exigências aquando da sua deposição nas máquinas: não conterem líquidos ou outros produtos no interior, não serem espalmadas e estarem devidamente fechadas com as respetivas tampas, apresentando o código de barras legível.

O projeto-piloto é gerido por um consórcio composto pela Associação Águas Minerais e de Nascente de Portugal, Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB) e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED),

“Com este sistema de incentivo, pretende alcançar-se o cumprimento de metas de recolha (50% do potencial de recolha), de reciclagem (97%) e de incorporação de plástico reciclado na produção de novas garrafas de bebidas (50%). Os sistemas de depósito já existem em diversos Estados-Membros, permitindo atingir metas de recolha acima dos 80%”, frisa o Executivo, acrescentando que “a realização deste projeto‐piloto constitui uma oportunidade para adquirir experiência e produzir ensinamentos para a definição e implementação do futuro sistema de depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio, obrigatório a partir de 1 de janeiro de 2022”.

Recentemente, na assinatura do Pacto Português para os Plásticos, Matos Fernandes tinha já anunciado uma verba de 6,5 milhões de euros do orçamento atribuído ao seu ministério para a instalação de mais “máquinas de recolha de plásticos” em grandes superfícies comerciais, para incentivar consumidores a separar e encaminhar as embalagens para reciclagem em troca de um incentivo em dinheiro que depois pode ser utilizado em futuras compras.

“Já em março, 23 máquinas estarão colocadas em locais chave de consumo e distribuição para recolher embalagens de plástico, alumínio e outros produtos associadas às bebidas. Este é um projeto financiado pelo Fundo Ambiental e a primeira máquina foi colocada no mercado da Póvoa do Varzim”, disse o governante.

O ministro sublinhou que o Pacto Português para os Plásticos “não fala ainda da necessidade de reduzir o consumo de plástico”, apesar de essa ser uma vontade política expressa. “Queremos mesmo muito ter menos plástico, garantir que a economia é circular e que o Roteiro para a Neutralidade Carbónica se cumpre também com uma menor necessidade de despender materiais e energia neste setor de atividade. O foco tem de estar na redução”, disse.

Outra medida em curso passa pelo incentivo da reutilização de embalagens através de uma autorização legislativa inscrita no Orçamento do Estado para 2020, que Matos Fernandes espera que venha a ser aprovada, e que envolve o Mistério da Economia, para que “desapareçam de uma vez por toda os impedimentos legais à utilização em supermercados e take away de embalagens levadas pelos próprios consumidores”. “Temos de mudar comportamentos e consumir menos plástico”, disse o ministro.

De um total de 55 entidades que assinaram o Pacto Português para os Plásticos, 25 são empresas nacionais e multinacionais, incluindo alguns dos principais retalhistas, marcas de alimentos, bebidas e outros produtos, indústria transformadora, recicladores, operadores de gestão de resíduos. Todos se comprometem a partir de agora com as metas ambiciosas desta iniciativa que, de acordo com Matos Fernandes, antecipam em pelo menos cinco anos (de 2030 para 2025) as metas impostas pela União Europeia.

Em conjunto, os membros do Pacto Português para os Plásticos representam grande parte das embalagens em plástico dos produtos vendidos nos supermercados nacionais. A estes, juntaram-se mais 30 entidades, tais como universidades, organizações sem fins lucrativos, associações empresariais e três Ministérios – Ambiente e Ação Climática; Economia e da Transição Digital; Mar.

Este conjunto de entidades pioneiras comprometeram-se a atingir, até 2025, as seguintes metas:

  • Definir, até 2020, uma listagem de plásticos de uso único considerados problemáticos ou desnecessários e definir medidas para a sua eliminação até 2025 até 2025, através de redesenho, inovação ou modelos de entrega alternativos (reutilização);
  • 100% das embalagens de plástico são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis;
  • 70%, ou mais, das embalagens plásticas são efetivamente recicladas, através do aumento da recolha e da reciclagem;
  • Incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico;
  • Promover atividades de sensibilização e educação aos consumidores (atuais e futuros) para a utilização circular dos plásticos.

O Pacto Português para os Plásticos pertence à rede Pactos de Plásticos da iniciativa New Plastics Economy, da Fundação Ellen MacArthur, e em Portugal é liderado pela Associação Smart Waste.

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Seguros de Saúde Vida e Viagens. Afinal, o que pagam e não pagam as seguradoras

  • ECO Seguros
  • 13 Março 2020

As companhias de seguros esclareceram os limites das suas responsabilidades com seguros de assistência, viagem, Vida, saúde, trabalho e teletrabalho.

A APS – Associação Portuguesa de Seguradores, em representação das empresas de seguros suas associadas, que são quase 100% das que atuam em Portugal, comunicou a sua posição sobre as respostas a dar ao Covid-19.

Em relação aos seguros de assistência e seguros de viagens, a APS afirma que os clientes que tenham contratado diretamente o seguro e se vejam impedidos de viajar por infeção (deles ou de quem deles dependa) com COVID-19 podem, na maioria dos casos, acionar esta cobertura, desde que ocorra internamento hospitalar e/ou quarentena (imposta por entidade competente) da pessoa infetada. No entanto, a diversidade dos contratos dos seguros de viagem aconselha a consulta à respetiva seguradora.

No âmbito dos seguros de saúde, a associação afirma que a declaração oficial de pandemia não determinou, por si, qualquer alteração no normal funcionamento destes seguros e assim continuarão a ser pagas as prestações contratualmente devidas.

Segundo a APS, as seguradoras mobilizaram as suas linhas de assistência aos clientes no esclarecimento de dúvidas e no apoio ao diagnóstico e estão a suportar os custos dos testes de diagnóstico sempre que haja a necessária prescrição médica. Neste contexto, perante o surgimento de qualquer caso suspeito ou com diagnóstico de COVID-19, “as empresas de seguros, em conformidade com as orientações definidas pela DGS, estão obrigadas a encaminhar esses casos para os serviços especializados do SNS”.

No que respeita aos seguros de Vida, a APS refere que a generalidade dos contratos de seguro não tem qualquer exclusão das coberturas contratadas por efeito da declaração de epidemia ou pandemia.

Os seguradores garantem, no comunicado, que os acidentes ocorridos no desempenho de funções em regime de teletrabalho, por indicação de autoridade pública ou da entidade empregadora, serão considerados como acidentes de trabalho. As seguradoras sublinham que as empresas devem documentar o teletrabalho, nomeadamente identificando os trabalhadores, datas e horas autorizadas, e as respetivas moradas onde vai ser prestado o trabalho.

Em relação às próprias seguradoras e à sua ação junto do público, a APS refere que “as empresas de seguros estão a implementar os planos de contingência que têm definidos, incluindo o recurso ao teletrabalho, com vista a salvaguardar as melhores condições de segurança e de saúde dos seus colaboradores e manter sem disrupções significativas a sua atividade”.

As seguradoras recomendam ainda que os contactos dos seus clientes sejam preferencialmente efetuados por via telefónica ou por via eletrónica, através das linhas de contacto que estão disponíveis nos respetivos portais.

A APS afirma no comunicado que “as empresas de seguros têm dado provas no passado da sua capacidade de serem solidárias com o país, as pessoas e a economia” e que por isso “reiteram a sua disponibilidade para colaborar na implementação das medidas recomendadas para controlar a propagação do COVID-19″

A associação das companhias de seguros adianta ainda que oportunamente transmitiu ao Ministério da Saúde, a disponibilidade para “procura de soluções concertadas com as autoridades públicas, designadamente no quadro de protocolos de natureza assistencial que venham a ser celebrados”, conclui o comunicado.

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CIP considera que medidas do Governo são positivas “para já”

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Para o Presidente da Confederação Empresarial as medidas implementadas pelo Governo são positivas. Alerta se a situação se prolongar no tempo, pode vir a ser complicado para as empresas.

O presidente da CIP considera que as medidas do Governo relacionadas com a pandemia da Covid-19 são “para já, positivas”, mas alerta que, se a situação se prolongar no tempo, pode vir a ser complicado para as empresas.

“As medidas são positivas, mas esta é uma primeira resposta de outras que vão ser necessárias”, disse à Lusa o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva.

“Estas medidas satisfazem, para já, mas as avaliações permanentes que se estão a fazer podem exigir outras tomadas de posição que a realidade vier a mostrar serem necessárias”, acrescentou António Saraiva, sublinhando que “o processo é dinâmico”.

O presidente da CIP considerou que a capacidade das empresas para suportarem os apoios anunciados pelo Governo, como o subsídio a cargo do empregador e do Estado para trabalhadores poderem ficar em casa com filhos menores de 12 anos, vai depender da duração da situação de emergência.

“Sendo uma situação de emergência em que todos temos de colaborar e encontrar as melhores soluções, embora com algum esforço, aceitamos e colaboramos”, começou por afirmar António Saraiva.

Porém, a capacidade de as empresas suportarem esse apoio “depende da duração temporal disto”, acrescentou.

“Se for pouco tempo, 15 dias, um mês ou dois meses, mesmo com os prejuízos de tesouraria que as empresas venham a ter, suportarão”, mas “se for necessário tomar medidas durante mais tempo é complicado”, considerou António Saraiva.

Segundo o presidente da CIP, tanto no caso do apoio aos trabalhadores que tenham de ficar com os filhos em casa como o regime simplificado de lay-off (suspensão temporária do trabalho) “se demorar muito tempo, esgota-se o apoio que as empresas possam estar disponíveis para contribuir porque elas próprias encerram”.

Entre as medidas anunciadas pelo Governo para conter o contágio pelo novo coronavírus está um apoio financeiro excecional aos trabalhadores por conta de outrem que tenham de ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de 66% da remuneração base (33% a cargo do empregador, 33% a cargo da Segurança Social).

O Governo anunciou ainda o regime de lay-off simplificado, um apoio extraordinário à manutenção dos contratos de trabalho em empresa em situação de crise empresarial, no valor de 2/3 da remuneração, assegurando a Segurança Social o pagamento de 70% desse valor, sendo o remanescente suportado pela entidade empregadora.

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Bolsonaro anuncia que teste deu negativo para coronavírus

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Depois de uma publicação ter adiantado que o teste feito por Jair Bolsonaro tinha confirmado coronavírus, o próprio Presidente do Brasil veio desmentir essa informação.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou que o seu teste ao novo coronavírus deu negativo, segundo uma publicação no seu perfil na rede social Twitter.

“HFA/SABIN [Hospital das Forças Armadas] atestam negativo para o Covid-19 o senhor Presidente da República Jair Bolsonaro”, escreveu o chefe de Estado brasileiro. Bolsonaro foi submetido a exames depois de o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, ter sido diagnosticado com a doença na quinta-feira.

Segundos depois desta publicação, Bolsonaro voltou a tweetar, apelando às pessoas para não acreditarem nas notícias falsas partilhadas pela comunicação social.

A informação contraria uma notícia publicada pela rede de televisão Fox News, dos Estados Unidos da América (EUA), que informou mais cedo que o primeiro resultado foi positivo e frisou que o filho do Presidente brasileiro, Eduardo Bolsonaro, havia comentado o diagnóstico. No Twitter, Eduardo Bolsonaro negou esta informação: “Teste para coronavírus feito com equipa que foi com JB [Jair Bolsonaro] para EUA ainda não foi concluído”.

Eduardo Bolsonaro também afirmou nas redes sociais, depois da divulgação do resultado do teste do pai, que jamais falou “com alguém da imprensa que testes do Presidente @jairbolsonaro tenham dado positivo, jamais. Até porque essa informação jamais chegou para mim”.

Os testes feitos pela equipa e pelo Presidente brasileiro interessam aos norte-americanos porque Jair Bolsonaro esteve numa reunião com o chefe de Estado dos EUA, Donald Trump, no sábado passado, no estado norte-americano da Florida. Os media brasileiros informaram que o país tem pelo menos 151 casos confirmados de coronavírus.

(Notícia atualizada às 16h42 com mais informação)

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