Impacto das medidas contra coronavírus no Orçamento do Estado é de 300 milhões, diz Centeno

  • Lusa
  • 13 Março 2020

“Os impactos financeiros diretos no Orçamento do Estado, na despesa, são da ordem das três centenas de milhões de euros”, afirmou Mário Centeno.

O impacto na despesa orçamental das medidas relacionadas com o novo coronavírus anunciadas esta madrugada são da ordem dos 300 milhões de euros, disse esta sexta-feira o ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno.

“Os impactos financeiros diretos no Orçamento do Estado (OE), na despesa, são da ordem das três centenas de milhões de euros”, afirmou Mário Centeno em declarações à Lusa. O ministro garantiu que as medidas “têm um impacto que é enquadrável no desenho do OE” aprovado na Assembleia da República, mas sublinhou que o Governo estará disponível para “redesenhar e redefinir as medidas na dimensão que tiver de ser feita para enquadrar o problema”.

“Estamos a falar não só de impactos que se estimam já do lado da execução da despesa e juntamos a estes impactos do lado da receita com a previsível diminuição da receita“, acrescentou Mário Centeno. O ministro explicou que o montante estimado em cerca de 300 milhões de euros refere-se apenas às duas próximas semanas que antecedem as férias escolares da Páscoa.

Centeno referiu ainda que o impacto tem diferentes naturezas: um direto que tem a ver com as medidas de apoio ao rendimento, em particular na área da Segurança Social, o impacto na área da saúde e também na liquidez das empresas. “Fizemos um percurso que nos trouxe a um momento em que nós podemos ter confiança na capacidade das contas públicas de enfrentar este momento de dificuldade”, realçou, adiantando que essa é a “grande virtualidade dos processos de consolidação orçamental.

Entre as medidas anunciadas pelo Governo esta madrugada para conter o contágio pelo novo coronavírus está um apoio financeiro excecional aos trabalhadores por conta de outrem que tenham de ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de 66% da remuneração base (33% a cargo do empregador, 33% a cargo da Segurança Social).

O Governo anunciou ainda o regime de ‘lay-off’ simplificado, um apoio extraordinário à manutenção dos contratos de trabalho em empresa em situação de crise empresarial, no valor de 2/3 da remuneração, assegurando a Segurança Social o pagamento de 70% desse valor, sendo o remanescente suportado pela entidade empregadora. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Após maior queda dos últimos 30 anos, Wall Street valoriza 9%

As bolsas de Nova Iorque recuperaram da queda acentuada da última sessão e fecharam a semana com ganhos na ordem dos 9%.

Os principais índices de Nova Iorque encerraram a última sessão da semana em terreno positivo, recuperando do maior mergulho em mais de três décadas. Esta recuperação acontece depois de Donald Trump ter declarado o estado de emergência nacional, deixando os investidores esperançosos quanto ao surgimento de mais estímulos para colmatar uma recessão mundial causada pelo coronavírus, diz a Reuters (conteúdo em inglês).

O índice de referência S&P 500 subiu 8,98% para 2.703,40 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou 9,34% para 7.874,23 pontos. Por sua vez, o industrial Dow Jones avançou 9,34% para 23.181,21 pontos.

Este desempenho acontece depois de Donald Trump ter declarado o estado de emergência nacional nos Estados Unidos, anunciado apoios de até 50 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros) para ajudar a colmatar os efeitos do coronavírus na economia. Este anúncio foi um sinal de esperança para os investidores, que ficam, assim, a aguardar por mais estímulos para evitar uma recessão mundial.

Nas empresas, também se verificou uma recuperação. As principais cadeias hoteleiras foram exemplo disso, com os grupos Marriott International, Hilton Worldwide Holdings e Hyatt Hotels, a encerrarem com subidas entre os 2% e os 5%. Por sua vez, a Apple avançou mais de 12%, tendo sido uma das principais impulsionadoras do S&P 500.

No mundo dos combustíveis, o preço do barril de petróleo também valorizou. O Brent subiu 6,26% para 35,25 dólares, enquanto o WTI valorizou 6,19% para 33,45 dólares.

(Notícia atualizada às 20h31 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo aprova medidas do Governo sobre coronavírus. Adia decisão sobre Orçamento do Estado para a próxima semana

Presidente da República anunciou que irá dar por terminada a quarentena que está a fazer e, na próxima semana, irá já receber o primeiro-ministro presencialmente.

O presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa aprovou as medidas extraordinárias de combate ao coronavírus que foram anunciadas na madrugada desta sexta-feira pelo Governo. Mas a situação de exceção levou o presidente a adiar qualquer decisão sobre Orçamento do Estado para 2020, segundo uma nota publicada no site da Presidência da República.

“Atendendo à situação de alerta nacional em que o país vive, e na expetativa de subsequente ratificação parlamentar, o Presidente da República promulgou hoje [sexta-feira] o diploma do Governo que aprova as medidas extraordinárias e de caráter urgente de resposta à situação epidemiológica do novo coronavírus”, pode ler-se na nota da presidência.

O Conselho de Ministros decretou o “estado de alerta” em todo o país, colocando os meios proteção civil e as forças de seguranças “em prontidão”. Uma das principais medidas é o fecho das escolas para conter o coronavírus, sendo que o Governo anunciou ainda que os trabalhadores por conta de outrem que ficarem em casa a cuidar de filhos menores de 12 anos vão receber 66% do salário, pagos de forma composta.

O plano de contingência tem cerca de 30 medidas, que terão impacto orçamental. Só apoios excecionais às famílias, resultado direto do fecho das escolas, custará ao Estado, neste orçamento, 294 milhões de euros, revelou a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

E é exatamente devido à possível necessidade de um orçamento retificativo — que, caso seja necessário, já conta com o apoio dos restantes partidos — que Marcelo resolveu adiar a promulgação do Orçamento do Estado para 2020. “Tendo o Presidente da República comunicado que tencionava tomar uma decisão sobre o Orçamento do Estado para 2020 até ao fim da presente semana, atendendo à necessidade de analisar mais detidamente o contexto que rodeará a sua execução, entendeu dever adiar a sua decisão para a próxima semana“, anunciou agora.

O Presidente da República tem estado em casa, de quarentena, após ter tido contacto com um potencial elo de ligação a um paciente com coronavírus, mas anunciou que irá dar por terminado este tempo. “Também na próxima semana, a audiência semanal ao Senhor Primeiro-Ministro decorrerá já no Palácio de Belém, onde o Presidente da República estará a partir do termo do prazo de quinze dias contados desde a sessão com estudantes de Felgueiras no passado dia 3”, acrescenta a nota.

(Notícia atualizada às 20h00)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tranquilidade avisa comerciais que mantém objetivos de venda

  • ECO Seguros
  • 13 Março 2020

A seguradora não quer deixar a crise baixar a faturação e orientou a rede comercial e de mediadores a contornar o coronavirus. Turismo e transportes são os setores mais preocupantes.

A Tranquilidade dirigiu uma mensagem à sua rede comercial – a que ECOseguros teve acesso – salientando que não baixou os seus objetivos comerciais e aproveita o momento para impulsionar as relações digitais com os clientes e com mediadores. A companhia afirma aos parceiros comerciais que apenas “temos de mudar, face a condições extraordinárias e que esperamos de curta duração, a forma como nos relacionamos”.

Na mensagem é dado enfoque às cobranças aos clientes afirmando a companhia que os parceiros comerciais “devem estar especialmente atentos a situações de atraso de cobrança, já verificadas ou eminentes, especialmente nos setores económicos mais expostos aos efeitos desta crise”, acrescenta a companhia.

Os setores de atividade especificados na mensagem são turismo e restauração, transportes de passageiros e mercadorias. A Tranquilidade recomenda ainda a opção pela comunicação digital com Clientes e a opção pelo débito em conta, para ultrapassar constrangimentos na expedição física de documentos contratuais e financeiros e eventuais atrasos de pagamento que possam daí advir.

A companhia reafirmou aos parceiros que tem implementado medidas de prevenção e contenção, em cooperação com a AdvanceCare e com a Europ Assistance e que colocou em prática o Plano de Continuidade de Negócio sempre ajustado por uma equipa de crise criada especificamente para a crise Covid-19.

A Tranquilidade revela na mensagem que está a querer transformar a crise numa oportunidade para testar novas formas de trabalho e comunicação com recurso a meios digitais. Refere que se vão manter as rotinas comerciais mas, em linha com as recomendações da DGS, “as visitas presenciais só serão realizadas em caso de absoluta necessidade, devendo usar-se meios remotos como telefone, email, skype ou whatsapp, meios que são igualmente recomendados para as relações com os clientes.

A companhia também se refere aos centros clínicos, reboques e rede de oficinas, afirmando não existirem alterações relativamente aos habituais procedimentos, ressalvando apenas a necessidade de adaptação a casos em que os fornecedores suspendam a atividade e em que os processos terão de ser encaminhados para outros.

“Sensibilizar os clientes no sentido de limitarem os contactos com a seguradora e com o mediador aos casos de estrita necessidade” é outra recomendação da mensagem, acrescentando que, internamente, a seguradora está a adotar parcialmente o teletrabalho, num modelo que não põe em causa a operação e atividade comercial.

Relativamente às questões relacionadas com a cobertura de determinados riscos, no atual contexto de declaração de pandemia, a Tranquilidade reafirma o seu alinhamento com o constante no comunicado hoje emitido pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump declara emergência nacional nos Estados Unidos

  • ECO e Lusa
  • 13 Março 2020

O Presidente norte-americano declarou o estado de emergência nacional nos Estados Unidos. Vai disponibilizar até 50 mil milhões de dólares para combater os efeitos do surto.

O Presidente norte-americano declarou o estado de emergência nacional nos Estados Unidos e anunciou que vai disponibilizar 50 mil milhões de dólares para ajudar a combater esta pandemia, para além de meio milhão de testes, avança o jornal britânico The Guardian.

“Para libertar todo o poder dos recursos do Governo federal, declaro oficialmente uma emergência nacional”, anunciou o Presidente norte-americano, elogiando o esforço que está a ser feito pelo Departamento de Saúde norte-americano.

Donald Trump anunciou ainda que vai disponibilizar até 50 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros) a cada Estado para ajudar a combater esta pandemia, para além de meio milhão de testes, embora tenha alertado para um controlo. “Não queremos que as pessoas façam o teste se acharmos que não devem fazê-lo. E não queremos que haja uma corrida os testes. Apenas se tiverem os sintomas certos”, disse.

Trump tem sido acusado de ter inicialmente minimizado a gravidade da crise global de saúde, mas procurou esta sexta-feira dar um “sinal de determinação” no combate à propagação do novo coronavírus, com uma série de medidas de emergência.

O Presidente disse que também dá às autoridades de emergência sob controlo do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, autorização para renunciar aos regulamentos e leis federais para dar aos médicos e hospitais flexibilidade no tratamento de doentes.

(Notícia atualizada às 21h19 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chamadas para a Linha SNS 24 passam a ser gratuitas por causa do surto de Covid-19

A partir de agora, ligar para a linha SNS 24 vai ser gratuito. Mecanismo de triagem foi reforçado com mais 112 enfermeiros, esta sexta-feira.

A partir de agora, ligar para a linha SNS 24 vai ser gratuito. O anúncio foi feito, esta sexta-feira, pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, que explicou que estas chamadas terão custo zero durante “todo o período de exceção que é este período de pandemia”. Ainda assim, Jamila Madeira apelou a que quem não tiver sintomas, mas esteja preocupado, procure primeiro informação no site. “O tempo de chamada é valioso”, disse a responsável.

Os relatos de falhas e interferências na linha SNS 24 têm sido muitos nos últimos dias. No dia 2 de março, por exemplo, registou-se um máximo histórico, mas os enfermeiros só conseguiram atender um quarto das chamadas em tempo útil. Entretanto, o Executivo avançou com o reforço dos recursos humanos, tendo começado a trabalhar esta sexta-feira “mais 112 enfermeiros”, adiantou a secretária de Estado da Saúde.

Em declarações aos jornalistas, Jamila Madeira reconheceu os “constrangimentos” que se têm verificado nesse âmbito, e aproveitou para anunciar que a linha passará a ter chamadas gratuitas. Até agora era cobrado o custo de uma chamada local.

Além disso, a secretária de Estado anunciou a criação de um novo call center com mais 100 profissionais para ajudar a dar resposta ao crescente número de chamadas direcionadas à linha Saúde 24. Ainda assim, a responsável pediu aos cidadãos que não tenham sintomas, mas estejam preocupados, para procurarem informação primeiro no site da Direção-Geral da Saúde (DGS)

Durante a conferência de imprensa desta sexta-feira, Graça Freitas, líder da DGS, adiantou, por outro lado, que neste momento há cerca de seis mil pessoas em isolamento profilático e salientou que o plano de contingência em vigor será “adaptado às características desta epidemia”.

Freitas notou ainda que nem todas as pessoas infetadas com o novo coronavírus precisam de permanecer internadas, podendo ter alta se já não apresentarem sintomas. “Podem ir fazer convalescença para casa”, disse e acrescentou: “Vamos ter muitos doentes, mas felizmente a maior parte vai ter uma doença ligeira”.

A propósito, a responsável avançou que, depois do primeiro recuperado ter tido alta na quinta-feira, há já “mais casos recuperados” e há doentes a fazer convalescença em casa. Sobre a capacidade atual do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a diretora-geral de Saúde disse que o sistema “tem de se reinventar, tem de se tornar resiliente”.

Até ao momento, o novo coronavírus já fez quase cinco mil vítimas mortais e mais de 133 mil pessoas estão infetadas em todo o mundo. Em Portugal, os primeiros dois casos foram registados a 2 de março e atualmente já estão 112 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 20h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pingo Doce passa a fechar às 19h00 por causa do Covid-19

  • Lusa
  • 13 Março 2020

A Jerónimo Martins decidiu implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de coronavírus, "por tempo indefinido", com os supermercados Pingo Doce a fecharem às 19h.

O presidente da Jerónimo Martins disse esta sexta-feira à Lusa que o grupo vai implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de coronavírus, “por tempo indefinido”, com os supermercados Pingo Doce a fecharem “no máximo” às 19h00.

“Na sequência da ativação do estado de alerta em Portugal motivada pelo evoluir da pandemia Covid-19, o Grupo Jerónimo Martins decidiu implementar medidas extraordinárias por tempo indefinido, a aplicar nos seus escritórios centrais, e nas lojas e centros de distribuição em todo o país“, afirmou Pedro Soares dos Santos.

Assim, “a partir da próxima segunda-feira, 16 de março, as lojas do Grupo Jerónimo Martins em Portugal (Pingo Doce, Recheio, Bem-Estar, Hussel e Jerónymos) vão passar a ter um horário de funcionamento reduzido e metade dos colaboradores dos escritórios centrais passarão a trabalhar a partir de casa, de forma rotativa“, explicou.

“Os horários das lojas variam em função da cadeia e também das localizações, podendo ser consultados nos respetivos sites”, adiantou o gestor. “As lojas Pingo Doce fecharão no máximo às 19h00 e as lojas Recheio às 16h00”, disse Pedro Soares dos Santos. “Desta forma, contribui-se, por um lado, para a contenção da propagação da doença e, por outro lado, garante-se que existe sempre, em cada unidade ou área, uma equipa pronta a avançar caso se tenha de isolar outra equipa”.

“Em tempos de crise, o abastecimento alimentar assume uma importância estratégica, pelo que o objetivo passa por manter em funcionamento a cadeia logística, assegurar a disponibilidade de produtos nas lojas e reduzir o risco para colaboradores e clientes“, referiu Pedro Soares dos Santos, apontando que “o grupo está permanentemente a avaliar a evolução da situação e a introduzir os ajustamentos que, a cada momento, forem necessários”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cofina faz ultimato à Prisa. Considera que não tem de pagar 10 milhões da caução

A Cofina deu à Prisa um "prazo de sete dias" para que o contrato de compra e venda da Media Capital seja renegociado. Considera também que não tem de pagar os 10 milhões de euros da caução.

A Cofina considera que não tem de pagar dez milhões de euros à Prisa como caução no negócio da compra da Media Capital, porque os mesmos “não são devidos”, informou à CMVM. No “entendimento” do grupo de Paulo Fernandes, o negócio da compra da TVI ainda está vivo, pelo que a empresa dá um “prazo de sete dias” à Prisa para que o contrato de compra e venda seja renegociado.

O grupo que controla o Correio da Manhã considera que o contrato de promessa de compra e venda da Media Capital, dona da TVI, não caducou pelo falhanço da operação de aumento de capital esta semana. Posto isto, em mais um revés nesta operação, a Cofina considera que quem está a violar o contrato é a própria Prisa, embatendo de frente com a empresa liderada por Manuel Mirat.

Esta sexta-feira, dia em que apresenta os resultados de 2019, a dona do Correio da Manhã informou a CMVM de que enviou uma carta ao grupo espanhol, dando-lhe um “prazo de sete dias” para que ambas as empresas se sentem à mesa das negociações, no sentido de alterar o contrato e “restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme com os princípios da boa-fé”.

Caso a Prisa recuse, a Cofina considera o contrato sem efeito, além de defender que não tem de pagar a soma de dez milhões de euros que, apurou o ECO, estará depositada numa escrow accountuma conta bancária controlada pelas duas empresas enquanto uma transação se encontra em andamento.

Esta é a mais recente reviravolta num negócio que chegou a ser dado como concluído, numa altura em que, inclusivamente, todos os órgãos de comunicação social da Media Capital já estão em nome da Cofina nos registos da ERC. Nesta quarta tentativa, tudo apontava para que a Prisa conseguisse, finalmente, vender a Media Capital, numa operação que, com a fusão da Cofina com a TVI, daria origem ao maior grupo de media do país, com presença em todos os segmentos, da televisão à rádio, passando pelos jornais, revistas e digital.

Contudo, os efeitos da pandemia do coronavírus nos mercados financeiros trocaram as voltas à realidade e levaram a Cofina a anunciar, esta semana, que a operação caiu por terra. O grupo argumentou que falhou o aumento de capital necessário para financiar parcialmente a operação, revelando mais tarde que o insucesso da operação se deveu à falta de um montante inferior a três milhões de euros.

Perante este desfecho, que apanhou o mercado de surpresa, a Prisa decidiu não dar o braço a torcer. A empresa, que se mantém dona da TVI, anunciou, também esta semana, que vai tomar todas as “medidas” para tentar obrigar a Cofina a adquirir a Media Capital. A empresa considera que foi a Cofina que violou o contrato de compra e venda.

Ora, perante as últimas informações, está instalado um braço-de-ferro entre os dois grupos que promete não ficar por aqui. Para já, fica a promessa da Cofina de revelar, “oportunamente”, os “fundamentos” que a poderão levar a rasgar definitivamente o contrato, mas fica também a ideia de que a Cofina ainda não deu o negócio como perdido.

Num contexto de queda acentuada nas audiências, e com a Media Capital a passar de lucros a prejuízos de 55 milhões de euros num ano, Paulo Fernandes poderá querer renegociar o preço com a Prisa. Até aqui, o negócio assentava num enterprise value da Media Capital de 205 milhões de euros, que já tinha sido revisto em baixa em 50 milhões. Para comparação, a Impresa, dona da SIC, estação líder de audiências, tem um enterprise value de 191,84 milhões, inferior ao da Media Capital.

(Notícia atualizada às 19h28 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Itália regista 250 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. Já são 1.266

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O número de mortes por coronavírus em Itália já atingiu as 1.266 desde que o surto começou. Naquele que é o país europeu mais fustigado, há 14.955 infetados.

As mortes por coronavírus em Itália atingiram esta sexta-feira 1.266, o que representa um aumento de 250 nas últimas 24 horas, segundo o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.

O número de infetados em Itália, o país europeu mais fustigado pelo surto de coronavírus, é 14.955, mais 2.166 em relação a quinta-feira, enquanto os doentes curados são agora 1.439, mais 181 nas últimas 24 horas. O número total de infeções desde a deteção do surto em Itália, no final de fevereiro, é de 17.660, incluindo os doentes, falecidos e curados.

O novo coronavírus foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia. O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Itália começou por impor quarentena ao norte, mas rapidamente a alargou a todo o país. Foi uma questão de dias até decretar o encerramento de escolas e serviços não essenciais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp reforça stock nas lojas e tem parte dos colaboradores em regime remoto

  • Lusa
  • 13 Março 2020

Galp anuncia maior stock nas suas lojas e compromete-se a implementar medidas “que garantam o regular funcionamento de infraestruturas para o país”, onde se inclui rede de postos e áreas de serviço".

A Galp anunciou esta sexta-feira que, face à evolução da Covid-19, reforçou o seu plano de contingência, disponibilizando, por exemplo, um maior stock nas suas lojas e sublinhou que metade dos colaboradores de instalações não industriais está em trabalho remoto.

“Em função da evolução da situação relativa à pandemia Covid-19 e das medidas ontem [quinta-feira] decretadas pelo Governo, a Galp atualizou e reforçou o seu plano de contingência com três objetivos prioritários – o bem-estar e a segurança dos colaboradores, a resiliência de todas as operações e o regular funcionamento das infraestruturas críticas e a resposta às necessidades dos consumidores e das empresas”, indicou, em comunicado, a empresa.

Assim, além das medidas “que garantem o regular funcionamento de infraestruturas críticas para o país”, onde se inclui a rede de postos e áreas de serviço, a Galp tem em curso um plano de resposta às necessidades dos cidadãos, por exemplo, através do reforço de stocks nas suas lojas.

A petrolífera referiu ainda que, desde a passada sexta-feira, pelo menos 50% dos seus colaboradores de instalações não industriais estão em regime de trabalho remoto.

No final de fevereiro, a empresa já tinha tomado um conjunto de medidas preventivas, onde se inclui a suspensão das viagens previstas para as áreas afetadas pela agora pandemia, a restrição de viagens a casos de estrita necessidade, “prevalecendo o uso da teleconferência” e a introdução do regime de home office (teletrabalho), por duas semanas, para as pessoas regressadas de áreas afetadas.

Na sessão desta sexta-feira da bolsa, as ações da Galp subiram 1,42% para 8,57 euros.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta sexta-feira o número de infetados e registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte, com 53 infetados, continua a ter o maior número de casos confirmados, seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas, há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.

O Governo decidiu declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Migração da TDT suspensa devido ao Covid-19

A suspensão do processo decorre da "prévia articulação" entre a Anacom e a Meo e teve o apoio do Governo.

O surto de coronavírus levou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) a suspender a migração da rede Televisão Digital Terrestre (TDT). O supervisor anunciou que a decisão foi tomada com operadores e Governo e que os emissores que iriam ser alterados a partir da próxima segunda-feira já não irão mudar de frequência.

O processo de migração da rede de TDT está suspenso devido aos constrangimentos associados ao COVID-19. A suspensão do processo decorre da prévia articulação entre a Anacom e a Meo, operador da rede de TDT, e mereceu a necessária concordância do Governo”, anunciou a Anacom em comunicado.

“Esta decisão justifica-se por um conjunto de dificuldades referidas pela Meo, devido ao impacto das medidas de proteção civil e de saúde pública adotadas ou a adotar, em face das recomendações da Direção Geral de Saúde para o Covid-19. Neste contexto, a empresa refere ainda o recurso a equipas técnicas de fornecedores estrangeiros”.

A migração da TDT é necessária para libertar a faixa dos 700 MHz, que inclui frequências necessárias para a transição da atual rede 4G para a rede 5G, esperando-se as primeiras ofertas comerciais até ao fim do ano. O processo tem sido feito de forma faseada, sendo que a terceira fase, que deu início à primeira mudança com impacto na região da Grande Lisboa, tinha arrancado no início de março.

Esta sexta-feira, ainda foi feita a mudança de frequências dos emissores do Couço (Alto Alentejo), da Trindade e da Estrela (Lisboa). Assim, e para assegurar que ninguém fica sem ver televisão, a Anacom continuará nos próximos dias a auxiliar as populações através da linha de atendimento gratuita 800 102 002 e das equipas no terreno.

“O processo será retomado assim que as condições associadas à pandemia o permitam”, acrescentou a Anacom.

(Notícia atualizada às 18h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Suíça encerra escolas devido ao coronavírus. Oferece até dez mil milhões às empresas

  • Lusa
  • 13 Março 2020

O país adotou medidas excecionais face ao novo coronavírus e encerrou escolas, proibiu ajuntamentos de mais de 100 pessoas e prometeu uma ajuda de urgência económica.

A Suíça adotou esta sexta-feira medidas excecionais face ao novo coronavírus e encerrou escolas, proibiu ajuntamentos de mais de 100 pessoas e prometeu uma ajuda de urgência económica até dez mil milhões de francos suíços (9,5 mil milhões de euros).

“A situação é difícil mas possuímos os meios de a enfrentar no plano médico e financeiro”, garantiu a Presidente suíça, Simonetta Sommaruga, em conferência de imprensa. O primeiro caso de coronavírus foi detetado no final de fevereiro no cantão de Tessin, junto à fronteira com a Itália, o país mais atingido na Europa. Em menos de 20 das, mais de 1.125 pessoas foram contaminadas na Suíça pelo coronavírus e sete morreram.

A Suíça, que não é membro da União Europeia (UE), mas integra o espaço Schengen, decidiu hoje reintroduzir “com efeito imediato e caso a caso, controlos Schengen em todas as suas fronteiras”. Em simultâneo, a entrada na Suíça a partir da Itália apenas será autorizada “aos cidadãos suíços, às pessoas que tenham autorização de residência na Suíça e às que viajem para a Suíça por motivos profissionais”.

O trânsito e transporte de mercadorias permanecem autorizados. “Não existe motivo para ter medo, a situação é séria mas sabemos como responder da melhor forma”, indicou o ministro da Saúde, Alain Berset, em conferência de imprensa que decorreu em Berna, a capital federal. “As medidas decididas esta manhã apenas serão eficazes se forem aplicadas por todos”, acrescentou.

Perante a rápida propagação do novo coronavírus, presente na quase totalidade dos 26 cantões do país, a Suíça adotou medidas para favorecer o “distanciamento social”. Neste âmbito, até ao final de abril estão proibidas concentrações com mais de 100 pessoas. Esta regra é também válida para locais de lazer, museus, centros desportivos, piscinas e estâncias de esqui.

Os restaurantes, bares e discotecas não poderão acolher em simultâneo mais de 50 clientes. As escolas também não poderão dar aulas diretamente aos alunos até 4 de abril, uma medida já aplicada em diversos países europeus. No entanto, o Governo pediu aos pais para não deixarem os seus filhos com os avós para evitar riscos aos mais idosos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.