Subconcessionária do Baixo Alentejo vendida a fundo francês

A SPER foi vendida pelos seus acionistas a um fundo detido pelos franceses da Vauban Infrastructure Partners. A empresa detém a subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo até 2039.

A Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária (SPER) foi vendida a uma entidade detida por um fundo de investimento dos franceses da Vauban Infrastructure Partners. O montante envolvido na transação não foi revelado.

A SPER, detentora da subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo, era controlada por várias empresas, das quais se destacam os bancos portugueses Novo Banco e BCP, as portuguesas Tecnovia e Conduril, e as espanholas Iridium Concesiones e Desarrollo de Concesiones. Os vendedores foram assessorados pelo banco BBVA e pela sociedade de advogados PLMJ.

A subconcessão detida pela SPER abrange um total de 113,4 quilómetros de autoestrada que liga Évora, Beja e Castro Verde, sendo válida até 2039. A operação e manutenção da mesma é da responsabilidade da Planestrada.

Segundo o comunicado, a compradora, que gere cerca de 4.400 milhões de euros em ativos em mais de meia centena de operações, é “um investidor de longo prazo”. “A transação está sujeita a condições precedentes e a sua conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2021”, lê-se na mesma nota.

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Estaleiros de Peniche impugnam concurso da Transtejo

  • ECO
  • 23 Dezembro 2020

Concurso foi ganho pela empresa espanhola Astilleros Gondán por 52,44 milhões de euros, batendo os Estaleiros de Peniche que avançaram com uma proposta mais cara.

A compra de dez novos barcos elétricos para a Transtejo está suspensa porque os Estaleiros Navais de Peniche impugnaram, em novembro, o concurso por alegados problemas de segurança no carregamento das embarcações que vão fazer as ligações fluviais de Lisboa com Cacilhas, Montijo e Seixal, avança o Diário de Notícias (acesso pago)

O concurso foi ganho pela empresa espanhola Astilleros Gondán por 52,44 milhões de euros, batendo os Estaleiros de Peniche que avançaram com uma proposta mais cara (56,89 milhões). Mas além da diferença de preços, as propostas divergiam relativamente às soluções de carregamento: os espanhóis sugerem o carregamento manual dos barcos no fim de cada viagem e os estaleiros de Peniche um sistema de carregamento e de proteção automático, fornecido por uma empresa norueguesa.

O manuseamento de cabos rígidos e baterias pesadas pelo pessoal da Transtejo, por vezes em situações climatéricas adversas é visto como um risco potencial, mas fonte oficial da empresa, contactada pelo Diário de Notícias/Dinheiro Vivo não quis comentar a questão sublinhando apenas que “a solução apresentada na proposta vencedora, tal como a dos estaleiros de Peniche, já está a ser usada há alguns anos nos países do norte da Europa, pelo que não se conhecem quaisquer riscos nem para trabalhadores nem para passageiros”.

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EDP Renováveis bate novo recorde e CTT caem 3% com extensão da concessão

As bolsas europeias negoceiam com ganhos ligeiros, enquanto o BCP ampara Lisboa e a EDP Renováveis renovou um máximo histórico. Os CTT estão a perder mais de 3% com a extensão da concessão pública.

As bolsas europeias negoceiam com ganhos pouco expressivos nesta sessão que acontece antes da véspera do Natal. Os investidores estão a medir os riscos da nova variante do coronavírus e da ameaça do Presidente dos EUA de vetar o pacote de estímulos aprovado esta semana no Congresso, o que pode deitar por terra vários meses de negociações.

O britânico FTSE 100 destaca-se com uma queda de 0,18%, mas, enquanto isso, o Stoxx 600 ganha 0,21%, o francês CAC-40 soma 0,10%, o alemão DAX sobe 0,3% e o espanhol IBEX-35 avança 0,18%. O índice português PSI-20 regista uma subida de 0,17%, para 4.733,91 pontos, marcada pelo avanço das ações do BCP.

A instituição financeira liderada por Miguel Maya evita a passagem do índice para o vermelho ao ganhar 0,67%, para 11,98 cêntimos.

Mas a amparar a bolsa de Lisboa está ainda a valorização dos títulos da família EDP, nomeadamente a subida de 0,62% da EDP, para 5,006 euros, e da EDP Renováveis, que chegou a cotar num preço recorde, subindo 0,48%, para 21,1 euros cada título, mas que entretanto recuo e está agora na linha de água.

A pesar no índice está a queda de 0,49% da Nos, mas também o deslize de 3,62% dos títulos dos CTT. A empresa de correios perde 3,62%, para 2,265 euros por ação, depois de o Governo ter aprovado a prorrogação do contrato de concessão do serviço postal universal até setembro de 2021, por não ter sido possível concluir as negociações para um novo contrato que substitua o atual, que deveria expirar a 31 de dezembro.

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Donald Trump rejeita pacote de estímulos aprovado pelo Congresso

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2020

Sem dizer explicitamente que não assinaria o projeto, Trump pediu que lhe seja enviada uma lei "adequada" emendada.

O Presidente dos Estados Unidos rejeitou o pacote de estímulos à economia aprovado pelo Congresso, pedindo que fosse modificado.

“Apelo ao Congresso para que altere este projeto de lei e aumente os ridiculamente baixos 600 dólares para 2.000 ou 4.000 dólares para um casal. Também apelo ao Congresso para que se livre dos elementos desnecessários e dispendiosos desta lei”, exigiu, num vídeo publicado na rede social Twitter.

Sem dizer explicitamente que não assinaria o projeto, Trump pediu que lhe seja enviada uma lei “adequada” emendada.

Na segunda-feira, o Senado aprovou o projeto com 91 votos a favor e sete contra, horas depois de a Câmara dos Representantes ter votado 359 a favor e 53 contra.

O pacote de emergência foi incluído na lei de despesas para financiar a administração federal até setembro de 2021, num valor total de 2,3 biliões de dólares (1,8 biliões de euros).

Os pontos mais marcantes do pacote de estímulo são o pagamento de 600 dólares a todos os norte-americanos com rendimentos inferiores a 75.000 dólares por ano e subsídios de desemprego de 300 dólares por semana.

A sua entrada em vigor final estava pendente de ratificação pelo Presidente cessante, Donald Trump.

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Estado falha apoio a precários desprotegidos na pandemia

  • ECO
  • 23 Dezembro 2020

O Estado está a falhar o apoio a milhares de precários desprotegidos na pandemia. Depois de centenas de queixas por causa das pendências na Segurança Social, o dinheiro deverá começar a chegar.

O apoio destinado aos trabalhadores por recibo verde e outros trabalhadores precários sem proteção social, criado por causa da pandemia, tem milhares de pedidos pendentes na Segurança Social.

A situação é denunciada pelo Jornal de Notícias (acesso condicionado), referente ao designado “Apoio Extraordinário de Proteção Social para Trabalhador”. Há milhares de portugueses nesta situação à espera de seguimento do processo e há quem não receba um cêntimo desde julho, assegura o jornal.

Na terça-feira, porém, terá havido um desenvolvimento. Depois de centenas de queixas à provedora de Justiça, a grupos parlamentares e a órgãos de comunicação social, o Governo assegurou que serão feitas duas transferências até ao fim do ano. O jornal salienta que já esta quarta-feira serão pagos apoios a 17.500 beneficiários, num montante de 7,6 milhões de euros.

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Magistrados derrotados levantam suspeitas de vício na escolha de juízes-presidentes

  • ECO
  • 23 Dezembro 2020

Dois juízes derrotados na corrida ao cargo de juíz-presidente em várias comarcas do país tentaram travar no Supremo a nomeação dos vencedores, alegando suspeitas de vício no processo.

Dois magistrados que foram derrotados na corrida ao cargo de juiz-presidente em várias comarcas do país suspeitam de viciação no processo e tentaram travar a nomeação efetiva dos vencedores, avança o Público (acesso condicionado).

Rui Teixeira, que foi juiz de instrução do processo Casa Pia, e uma colega do Tribunal de Cascais, Marília Fontes, apresentaram uma providência cautelar no Supremo Tribunal de Justiça, alegando falta de fundamentação das mesmas, que foram justificadas apenas com uma frase genérica, igual para os 18 juízes selecionados no concurso do Conselho Superior da Magistratura.

Segundo o jornal, o processo interposto pelos magistrados foca-se nas nomeações para três comarcas de Lisboa e a de Bragança, mas não foi aceite pelo Supremo. No entanto, forçou o Conselho Superior a apresentar uma resolução fundamentada, invocando interesse público, para poder avançar com o processo. As posses estão agendadas para 5 de janeiro.

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Hoje nas notícias: Juízes, precários e moratórias

  • ECO
  • 23 Dezembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Dois juízes derrotados na corrida ao cargo de juiz presidente em diversas comarcas do país estão a tentar travar a nomeação dos vencedores, alegando existirem suspeitas de viciação das deliberações. Também em destaque na imprensa portuguesa, as moratórias deverão acabar mesmo em setembro de 2021, mais a notícia de que o apoio do Estado aos precários está a falhar.

Suspeitas de vício na escolha de juízes presidentes

Dois magistrados candidatos a presidentes em diversas comarcas do país interpuseram uma providência cautelar no Supremo Tribunal de Justiça. Os dois juízes, Rui Teixeira e Marília Fontes, levantam suspeitas de viciação das deliberações, incluindo a fundamentação das nomeações, que apresenta uma frase genérica igual para os 18 juízes-presidentes selecionados no concurso do Conselho Superior da Magistratura.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Estado falha apoio a precários na pandemia

O apoio do Estado a milhares de precários afetados pela pandemia está a falhar. A medida, designada “Apoio Extraordinário de Proteção Social para Trabalhador”, criada para ajudar financeiramente os recibos verdes e outros trabalhadores sem proteção social, tem milhares de pedidos pendentes na Segurança Social há vários meses e há quem não receba um cêntimo desde julho. Depois de centenas de denúncias apresentadas esta semana, o Governo prometeu fazer duas transferências até 30 de dezembro.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Banca prepara clientes para fim das moratórias

Após várias prorrogações, as moratórias no crédito devem terminar mesmo em setembro do próximo ano. Alguns bancos estão já a oferecer estratégias de saída. É o caso do Santander, que está a alertar os clientes para a necessidade de prepararem o orçamento para quando as moratórias expirarem. Na terça-feira, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, adiantou também que o regime “será reavaliado nos próximos meses”. A adesão às moratórias continua a ser válida até março de 2021.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Rendeiro dá meio milhão para escapar à cadeia

A defesa do ex-presidente do BPP, João Rendeiro, apresentou um requerimento no Supremo Tribunal de Justiça no qual o antigo banqueiro admite ser condenado no processo principal. No entanto, Rendeiro está disposto a pagar 500 mil euros para não ser sujeito a pena de prisão efetiva. Em 2018, foi condenado a cinco anos de prisão por crimes de falsidade informática e falsificação de documento pelo tribunal de primeira instância, com pena suspensa se pagar 400 mil euros à associação Crescer.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Estaleiros de Peniche impugnam concurso da Transtejo

A compra de dez novos barcos elétricos para a Transtejo está suspensa porque os Estaleiros Navais de Peniche impugnaram, em novembro, o concurso por alegados problemas de segurança no carregamento das embarcações. O concurso foi ganho pela empresa espanhola Astilleros Gondán por 52,44 milhões de euros, batendo os Estaleiros de Peniche que propuseram 56,89 milhões. Os espanhóis sugerem o carregamento manual dos barcos no fim de cada viagem. Já os estaleiros de Peniche sugeriram um sistema de carregamento e de proteção automático.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Famílias poupam até 30 euros por ano na fatura da luz com dupla queda nas tarifas e no IVA

Segundo as simulações da ERSE para o ECO/Capital Verde, o efeito combinado da redução de 0,6% nas tarifas em 2021 e do IVA a 13% permite poupar entre 20 e 30 euros por ano na fatura de eletricidade.

Entre 1,69 euros, no caso de um casal sem filhos, e 2,45 euros por mês para uma família de quatro pessoas, duas delas crianças. Esta é a poupança total mensal que podem obter na sua fatura da luz os consumidores que ainda se encontram no mercado regulado a partir de 1 de janeiro de 2021, devido ao efeito combinado da redução das tarifas no mercado regulado (0,6%) e da descida da taxa de IVA para 13% nos primeiros 100 KWh consumidos.

As faturas vão ficar ainda mais complicadas de ler, mas o valor final a pagar pode vir a desder, segundo as simulações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para o ECO/Capital Verde entre 20 e quase 30 euros por ano, quer se trate de um agregado familiar de duas ou quatro pessoas.

Depois de ter proposto, em outubro, que as tarifas de eletricidade não deviam mexer um cêntimo em 2021, dois meses depois a ERSE veio afinal propor uma descida de 0,6% nos preços de venda a clientes finais para famílias e pequenos negócios. A descida não foi além deste valor por causa do aumento considerável dos Custos Económicos de Interesse Geral (CIEG), com especial destaque para o sobrecusto das renováveis. No entanto, a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis destacou também o peso ainda excessivo dos impostos e taxas nas faturas pagas pelos portugueses.

De acordo com a ERSE, entre 2017 e 2021, famílias e pequenos negócios tiveram uma redução acumulada dos preços da luz de 5,7%. A tendência de queda começou em 2018, com -0,2%. Em 2019 os preços baixaram 3,5%, em 2020 caíram 2,7% e, em 2021, voltam a reduzir, mas apenas 0,6%.

Veja que consumidor-tipo é e quanto pode poupar na sua fatura

“A variação de -0,6% divulgada pela ERSE é a variação média para a BTN (Baixa Tensão Normal) no mercado regulado. A poupança observada na fatura de eletricidade de cada consumidor do mercado regulado vai depender do seu consumo médio“, explica a ERSE, apresentando, a título de exemplo, a poupança na fatura mensal de eletricidade para dois dos consumidores tipo do simulador de preços de energia, com tarifa simples no mercado regulado.

Consumidor Tipo I

  • Casal sem filhos
  • Consumo anual de 1.900 kWh
  • Potência contratada de 3,45 kVA
  • Tarifa Simples

Segundo as contas do regulador, este consumidor observará uma redução de 24 cêntimos (-0,7%) na sua fatura mensal sem IVA, apenas devido à redução das tarifas no mercado regulado.

Somando ainda a redução do IVA para a taxa intermédia de 13% nos primeiros 100 kWh consumidos em cada mês, para todos os consumidores com uma potência contratada inferior ou igual a 6,9 kVA, neste caso contribui para uma redução adicional de 1,45 euros na fatura (-3,7%).

“Devido ao efeito combinado da redução das tarifas no mercado regulado e do IVA, a fatura com IVA observa uma redução de 1,69 euros (-4,5%)”, conclui a ERSE.

Fonte: ERSE

Consumidor Tipo II

  • Casal com dois filhos
  • Consumo anual de 5.000 kWh
  • Potência contratada de 6,9 kVA
  • Tarifa Simples

Feitos os cálculos, a ERSE apurou que esta família conseguirá uma redução de 81 cêntimos (-1,1%) na sua fatura mensal sem IVA, devido à redução das tarifas no mercado regulado anunciadas para 2021.

Já a redução do IVA está a contribuir desde o passado dia 1 de dezembro para uma redução de 1,63 euros na fatura da luz (-1,6%) deste consumidor.

“Devido ao efeito combinado da redução das tarifas no mercado regulado e do IVA, a fatura com IVA observa uma redução de 2,45 euros (-2,7%)”, diz a ERSE.

Fonte: ERSE

 

O que vai acontecer em 2021 aos preços da luz no mercado livre?

Com a esmagadora maioria dos portugueses já no mercado liberalizado de eletricidade — de um total de seis milhões, menos de um milhão mantém-se ainda no mercado regulado e é responsável por cerca de 5% do consumo total — está ainda por apurar o que vão decidir os comercializadores que operam em mercado livre.

Quanto ao IVA a 13% estão já a aplicar esta decisão do Governo desde 1 de dezembro de 2020, sendo que a partir de março de 2021 a situação vai complicar-se com uma majoração até 150 kWh para as famílias numerosas (5 ou mais elementos).

Quanto aos preços da energia, as empresas têm já vindo a baixar os seus tarifários ao longo deste ano, espelhando assim o que foi a decisão extraordinária da ERSE de revisão das tarifas e a tendência de forte queda nos mercados grossista, em virtude da crise pandémica e da redução na procura e no consumo de energia elétrica.

De acordo com a ERSE, no mercado livre o impacto nos preços depende das tarifas de Acesso às Redes, mas também da componente de energia adquirida por cada comercializador. Em 2021, o impacte médio das tarifas de Acesso às Redes na fatura final dos consumidores do mercado liberalizado será de 3,6% em Baixa Tensão Normal.

“Dependendo da estratégia de aprovisionamento de energia elétrica de cada comercializador, é possível que, face a preços historicamente baixos do mercado grossista de energia elétrica, o acréscimo das tarifas de Acesso às Redes em Baixa Tensão em 2021 seja compensado pela componente de energia à semelhança, aliás, do que se verifica nas tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais que observam uma redução”, refere o regulador em comunicado, apelando aos comercializadores em mercado livre para que sigam a tendência de queda dos preços ditada pela ERSE.

Num artigo de opinião publicado na passada sexta-feira, no Jornal de Negócios, também o secretário de Estado da Energia, João Galamba, fez o mesmo apelo: “Funcionando a tarifa regulada como um referencial de preço para o mercado livre, é expectável que os mais de cinco milhões de consumidores, designadamente os pequenos negócios e as famílias que já se encontram no mercado livre, possam beneficiar também de uma redução nas faturas, por efeito da descida dos preços de energia elétrica”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta quarta-feira são divulgados vários indicadores económicos: o défice orçamental do terceiro trimestre, o endividamento da economia de outubro e a poupança em certificados de novembro.

Esta quarta-feira marca o arranque das exceções do período do Natal. Neste dia, nos concelhos de risco muito elevado e de risco extremo, será permitida a circulação na via pública a partir das 23h para quem esteja em viagem. Destaque para as várias estatísticas nacionais que são divulgadas esta quarta-feira, entre elas o défice do terceiro trimestre.

INE divulga impacto da pandemia no défice do terceiro trimestre

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta quarta-feira o défice orçamental do terceiro trimestre, estimando o impacto de mais três meses de crise pandémica nas contas do Estado. No segundo trimestre, o défice subiu para os 10,5% do PIB, o valor trimestral mais elevado desde a intervenção no BES no verão de 2014, que levou o défice nesse trimestre para os 16%. No conjunto do primeiro semestre, o défice foi de 5,4% do PIB. A meta do Governo para o conjunto do ano é de 7,3%.

Endividamento da economia em novo recorde?

O endividamento da economia subiu pelo terceiro mês consecutivo em setembro. A dívida acumulada por famílias, empresas e Estado aumentou cerca de 1,5 mil milhões de euros naquele mês, tendo fixado um novo recorde nos 738,025 mil milhões de euros. Esta quarta-feira o Banco de Portugal divulga a evolução em outubro deste indicador, o qual tem sido impactado pelo maior endividamento fruto da crise pandémica. Será que atinge um novo recorde?

BdP revela poupança em certificados do Estado

Os aforradores portugueses continuam a direcionar as aplicações para produtos de poupança do Estado em plena pandemia. Em outubro, o investimento em certificados aumentou um total de 88 milhões de euros, acumulando nove meses consecutivos de crescimento. Esta quarta-feira o Banco de Portugal revela os dados relativos a novembro.

Começam as exceções do período natalício

Esta quarta-feira começam as exceções às restrições implementadas por causa da pandemia. Na noite do dia 23 (quarta-feira) para o dia 24 (quinta-feira) é criada uma exceção ao confinamento obrigatório às 23h (até às 5h) nos concelhos que estão no escalão muito elevado e extremamente elevado, mas esta permissão de circulação na via pública só se aplica a quem se encontre em viagem.

Eurostat divulga dados sobre o uso de energia renovável nas casas

O Eurostat irá divulgar esta quarta-feira os dados de 2019 sobre o uso de energia renovável no aquecimento e no arrefecimento de edifícios. Em 2018, segundo os dados divulgados em fevereiro deste ano, a energia renovável correspondia a 21% da energia total usada para o aquecimento e o arrefecimento de edifícios na União Europeia. No caso de Portugal, a percentagem era de 41%, quase o dobro. A Suécia estava no topo com 65% e a Holanda e Irlanda na cauda da Europa com 6%.

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Do carro aos transportes públicos, isto é o que muda nos preços em 2021

Novo ano, novos preços. É sempre assim, e 2021 não será diferente. Mas desta vez, nem tudo fica mais caro. Em muitos casos, ir do ponto A ao B vai custar o mesmo, ou até permitir algumas poupanças.

Em 2020, foram muitas as restrições à circulação por causa da pandemia. Em 2021, algumas vão manter-se, mas a perspetiva é que a vacina possa, a prazo, permitir voltar à vida normal. As deslocações vão aumentar, seja de carro, seja recorrendo a transportes públicos. Há preços que sobem, como é hábito, caso dos combustíveis, mas o novo ano traz também muitos preços que não mexem e até algumas descidas, como é o caso das portagens.

Combustíveis mais caros à custa do ambiente

O Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) que recai sobre a gasolina e gasóleo não vai sofrer alterações, em si, embora continue em vigor no próximo ano o adicional à taxa, tal como tem acontecido nos últimos anos.

O facto de não haver mudanças no ISP, em si, não quer dizer que os valores pagos pelos consumidores na hora de atestarem o depósito se mantenham. Na realidade, vão subir. Isto porque há uma taxa associada ao ISP que vai ficar mais cara: a taxa de carbono.

Por decreto-lei, o Governo definiu que a taxa do adicionamento sobre as emissões vai passar de 23,619 euros por tonelada de CO2 para 23,921 euros por tonelada de CO2. Comparando com os valores praticados este ano, de 53,65 euros e 58,45 euros, no caso da gasolina e do gasóleo, respetivamente, percebe-se que o impacto da atualização realizada será reduzido para os consumidores, mas deverá implicar um agravamento inferior a um cêntimo por litro em cada um dos combustíveis.

Há ainda outra alteração que deverá ter impacto nos valores pagos na “bomba”. O Governo aprovou a revisão das metas de incorporação de biocombustíveis para 2021, fixando-a em 11%, contra os 10% atuais. Os biocombustíveis tendem a fazer aumentar a fatura dos consumidores, mas falta saber ainda qual o impacto ao certo que terá nos valores por litro.

“Selo do carro” não mexe

O Imposto Único de Circulação (IUC) não vai sofrer alterações, mantendo-se o custo que os proprietários de veículos têm de suportar com o “selo do carro”.

Quem tem automóvel a gasóleo vai continuar a suportar um custo extra com o IUC. “Em 2021, mantém-se em vigor o adicional de IUC (…) aplicável sobre os veículos a gasóleo enquadráveis nas categorias A e B previstas, respetivamente, (…) no Código do IUC”, refere a proposta de OE2021.

Esta taxa extra para os proprietários de carros com motores a gasóleo foi introduzida em 2014, preparando-se para completar, assim, o sétimo ano de existência. A taxa adicional varia em função da cilindrada, mas também da idade do veículo.

ISV mantém-se. Baixa nos importados

Tal como o IUC, também o Imposto Sobre Veículos (ISV) vai manter-se em 2021. Ou seja, quem for comprar carro novo em 2021 não terá, pela parte fiscal, de suportar um custo superior ao atual.

Contudo, há novidades no que respeita a este imposto. Os veículos usados importados vão pagar menos aquando do processo de legalização na chegada a Portugal.

Com a aprovação, no Parlamento, da proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2021 ficou definida não só a redução do número de escalões do ISV aplicado como o “reajustamento das suas taxas, para que a tabela possa ser mais facilmente articulada com a tabela de descontos aplicável à componente cilindrada do ISV”.

Desta forma, põe-se fim à discriminação que havia entre o ISV aplicado a veículos novos e os usados provenientes de outros países, passando o cálculo do imposto a ser idêntico.

Híbridos vão ter menos benefícios fiscais

O Governo vai continuar a apoiar a compra de veículos elétricos no novo ano. O incentivo à introdução no consumo de veículos de baixas emissões manter-se-á válido, sendo que a dotação da medida é a mesma deste ano: quatro milhões de euros.

Ou seja, quem quiser comprar um elétrico vai ter apoio, já quem pretender um híbrido ou híbrido plug-in vai ter de gastar um pouco mais para o adquirir.

Os híbridos convencionais deixam de contar com a taxa intermédia no ISV. Aqueles que não apresentem uma autonomia em modo elétrico superior a 50 quilómetros e emissões oficiais abaixo dos 50 gramas de dióxido de carbono por quilómetro passarão a pagar a totalidade do imposto no momento da compra de um automóvel, em vez do desconto de 40%. Os PHEV que não alcançarem este nível de desempenho também vão deixar de beneficiar da taxa intermédia, de 25% do ISV.

No caso das empresas, há mudanças nas taxas de tributação autónoma aplicadas aos PHEV. Os veículos que não alcançarem os 50 km de autonomia ou a redução de 50% no nível de emissões passam a contar com as taxas aplicadas aos restantes automóveis, perdendo o benefício fiscal. Ou seja, de 10% para carros de valor inferior a 27.500 euros, 27,5% para aqueles com um valor entre 27.500 e 35.000 euros, e 35% para automóveis de valor superior a 35.000 euros.

Portagens não mexem, mas vêm aí muitos descontos

O preço da generalidade das portagens das autoestradas, mas também das pontes sobre o Tejo, vai manter-se inalterado em 2021, à semelhança do que já aconteceu este ano.

Contudo, há algumas portagens que vão ficar mais baratas. No final de outubro, o Executivo anunciou um desconto de 25%, aplicado desde o oitavo dia de utilização mensal, para os veículos de classe 1 e 2 em algumas portagens, a partir de 1 de janeiro de 2021.

Esta redução de 25% para os veículos de classe 1 e 2 incidia sobre determinados lanços ou sublanços de 10 vias: A22 – Algarve; A23 – IP; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A28 – Norte Litoral; A4 – Subconcessão AE transmontana; A4 – Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Subconcessão do Pinhal Interior. Aqui estavam incluídas a A22, A23, A24 e A25, que passam agora a ter descontos maiores.

Depois, nas propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2021, depois de muita confusão nas votações no Parlamento, ficaram definidos descontos ainda maiores:

  • Nas autoestradas A22, A23, A24 e A25, que integram, respetivamente, as concessões do Algarve, da Beira Interior, do Interior Norte e da Beira Litoral/Beira Alta, os descontos entram em vigor em janeiro. São eles:

– Desconto de 50% no valor da taxa de portagem, aplicável em cada transação;

– Desconto de 75% no valor da taxa de portagem aplicável em cada transação para veículos elétricos e não poluentes.

  • Nas autoestradas da Costa de Prata, Grande Porto e Norte Litoral as reduções entram em vigor a 1 de julho de 2021. São elas:
    • Desconto de 50% no valor da taxa de portagem, aplicável em cada transação;
    • Desconto de 75% no valor da taxa de portagem, aplicável em cada transação, para veículos elétricos e não poluentes.

Transportes públicos custam o mesmo

Também os preços do transporte público coletivo de passageiros vão manter-se inalterados em 2021, de acordo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

“A taxa de atualização tarifária, no âmbito da atualização tarifária regular para o transporte público coletivo de passageiros, a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2021, e que tem como valor máximo a taxa de variação média do Índice de Preços no Consumidor, exceto habitação, nos 12 meses que decorrem entre outubro do 2019 e setembro de 2020, ou 0 quando esta taxa for negativa, é, nos termos dos dados publicitados pelo Instituto Nacional de Estatística, de 0%”, revelou em comunicado.

CP aumenta preço das viagens de Alfa Pendular em 0,5%

Enquanto os preços dos Intercidades, InterRegionais, Regionais, Urbanos de Lisboa, Urbanos do Porto e Urbanos de Coimbra “não terão alterações”, a CP decidiu agravar os valores cobrados nas viagens nos Alga Pendular.

Os preços das viagens no Alfa Pendular vão aumentar 0,5%, revelou recentemente a CP – Comboios de Portugal. “Informamos que a partir de 1 de janeiro de 2021 entram em vigor novos preços para os títulos de transporte do serviço Alfa Pendular, registando um aumento de 0,5%”.

Voos e cruzeiros com taxa de 2 euros, mas só em julho

Viajar vai ficar mais caro, mas não já. Depois de aprovada no Orçamento do Estado para 2021, a taxa de carbono a aplicar aos passageiros de voos internacionais e navios cruzeiro chegará já em meados do novo ano.

O Governo vai avançar em janeiro com a regulamentação da taxa de carbono, mas esta só será aplicada a partir de 1 de julho, disse o Ministério das Infraestruturas. “A regulamentação, que será feita pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação, avançará já em janeiro de 2021”, mas “a data de 1 de julho para aplicação da taxa é aquela que ficou definida no OE2021”.

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Agências de rating avaliam esforços de Portugal para reduzir dívida recorde. Veja o calendário

As quatro maiores agências de notação financeira já publicaram as datas em que vão avaliar a dívida portuguesa em 2021. Após atingir dívida recorde, Portugal tentará regressar ao caminho de redução.

Portugal vai ser alvo de oito avaliações de rating distribuídas por seis meses do ano de 2021. Como é costume, o país vai voltar ao exame das agências de notação financeira, que estarão especialmente atentas ao regresso ao caminho de redução da dívida após os recordes atingidos em 2020. Apesar de terem agido no início da pandemia, cortando as perspetivas, as principais agências acabaram por não descer o rating de Portugal devido ao impacto do surto.

No espaço de uma semana, em abril, Fitch e Standard & Poor’s reviram em baixa o outlook para a dívida portuguesa, que sinaliza para onde poderá ser alterado o rating nos 12 meses seguintes. Sem terem sequer avaliações marcadas, os cortes inesperados colocaram, em ambos os casos, a perspetiva em “estável”, do anterior nível “positivo”.

As duas decisões foram o ponto alto de 2020 no que diz respeito às avaliações internacionais à dívida nacional. O stress nos mercados acabou por acalmar, graças à bazuca do Banco Central Europeu (BCE), ninguém desceu o rating nacional e Portugal continuou a ser visto como investimento de qualidade. A canadiana DBRS é a que tem a avaliação mais elevada, em BBB (high), três níveis acima de investimento especulativo. A Standard and Poor’s e a Fitch têm ambas a avaliação em BBB — dois degraus acima de “lixo” –, com perspetiva “estável”. Já a Moody’s coloca Portugal apenas a um nível desse limiar, em Baa3, mas com perspetiva “positiva”.

O programa de compra de dívida do BCE não só ajudou a manter a confiança na capacidade do país em cumprir obrigações financeiras, como foi determinante para a quebra dos juros da dívida a 10 anos, que chegaram mesmo a negociar abaixo de 0%. Isto apesar de Portugal se estar a endividar como nunca.

Após vários anos em que o país tem vindo a reduzir o endividamento público, a pandemia obrigou a inverter a tendência com o Estado a reforçar o financiamento junto dos mercados para fazer face às necessidades acrescidas. Para 2020, a estimativa do Governo é que a dívida se situe em 134,8% do PIB, um máximo histórico para o país.

Já em 2021, a projeção aponta para 130,9%. A quebra (acompanhada de uma diminuição dos gastos com gestão da dívida) deverá acontecer mesmo que o valor nominal da dívida aumente já que a principal razão deverá situar-se na economia. A estimativa das Finanças é que o PIB cresça 5,4%, após uma recessão de 8,5% deste ano.

O regresso ao caminho de redução da dívida deverá ser um dos fatores chave para onde as agências estarão a olhar em 2021. As avaliações ao rating da dívida portuguesa arrancam a 26 de fevereiro, pela agência DBRS. A seguinte é a Standard & Poor’s, a 12 de março, e a Moody’s uma semana depois, a 19 de março. A Fitch é a última a realizar a primeira avaliação (de duas por cada instituição), no dia 14 de maio.

Na segunda volta, a ordem será a mesma. A DBRS agendou para 27 de agosto, a Standard & Poor’s para 10 de setembro, a Moody’s para 17 de outubro e a Fitch fecha o ciclo a 12 de novembro. Apesar de serem obrigadas pela regulação a apresentar um calendário, as agências não têm, no entanto, de divulgar relatórios pelo que as datas são apenas indicativas.

Avaliações ao rating de Portugal em 2021

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Conselheiros da ADSE exigem que seja Estado a pagar as isenções

O Governo colocou um travão nas isenções da ADSE. Mas o presidente do Conselho Geral e de Supervisão defende que as isenções são uma "política social" do Governo, que devia assumir os custos.

O Governo anunciou esta terça-feira que a isenção das contribuições dos beneficiários da ADSE vai deixar de estar indexada ao salário mínimo, fixando-se ao invés num valor fixo, de 635 euros. O presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS), João Proença, diz que esta é uma medida “positiva”, mas “não resolve a questão de fundo”: o Governo devia assumir os custos desta “política social”.

Até agora, as pessoas que têm ADSE ficavam isentas quando, com a aposentação e o desconto da ADSE, ficassem com um salário inferior à Remuneração Mínima Mensal Garantida. A alteração vem no sentido desta isenção “deixar de acompanhar o aumento sucessivo dos salários mínimos futuros”, explicou a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, na conferência após o Conselho de Ministros.

Esta mudança vem então travar a evolução das isenções de contribuições para a ADSE, cujo limite fica estabelecido nos 635 euros. Para o presidente do CGS, esta medida é “positiva, não resolve é a questão de fundo”, diz, em declarações ao ECO. É uma “medida de política social do Governo”, cujos custos são assumidos pelos beneficiários e o “Governo não paga”.

“Devia ser o Governo a assumir custos, nem que seja os custos dos descontos que beneficiários não estão a fazer”, que são de cerca de 15 milhões de euros por ano, indica João Proença. Como estes beneficiários são idosos, acabam por ter encargos mais elevados, em termos dos serviços de saúde que utilizam, levando os custos a rondar os 40 milhões de euros, acrescenta.

Esta é aliás uma reivindicação que o CGS tem vindo a fazer nos últimos, e que foi também incluída nas recomendações do Tribunal de Contas. Num relatório do ano passado, o tribunal recomenda “determinar que encargos já suportados pela ADSE relativos à isenção de contribuição de beneficiários com baixos rendimentos, sejam financiados pelo Estado, tendo em conta que esta política foi definida pelo Governo quando a ADSE ainda era maioritariamente financiada pelo Estado”. Neste sentido, o “Governo tem fugido às responsabilidades”, reitera João Proença.

Alargamento a contratos individuais “melhora sustentabilidade da ADSE”

Esta terça-feira, o Governo avançou ainda com outra medida para o alargamento da ADSE aos trabalhadores com contratos individuais de trabalho, o que abrange um universo de cerca de 100 mil trabalhadores. João Proença aplaude a medida, dizendo que “finalmente Governo dá seguimento a proposta da ADSE que nasceu no CGS”.

Um dos principais problemas para a sustentabilidade da ADSE é o envelhecimento da população, o que se relaciona com a renovação dos quadros da Administração Pública. “Este alargamento beneficia nesse aspeto”, aponta o presidente do CGS, já que vem trazer trabalhadores “mais jovens que a idade média dos trabalhadores no ativo que são beneficiários da ADSE”.

Este alargamento era algo que já tinha vindo a ser reivindicado pelos trabalhadores e pelo CGS nos últimos tempos. O Conselho Diretivo da ADSE tinha já avançado com uma proposta neste sentido, em setembro, mas enfrentou resistência do CGS, nomeadamente porque previa a necessidade de realizar um acordo com as entidades empregadoras para os beneficiários se poderem inscrever.

João Proença aponta que essa proposta de uma nova visão para o alargamento era “absurda e faria com que muito poucos trabalhadores pudessem aderir”, nomeadamente porque as entidades empregadoras “não estariam disponíveis”. Tal já não acontece na modalidade aprovada esta terça-feira, que coloca a decisão nos trabalhadores, o que é “claramente positivo”, defende o presidente do CGS.

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