Famílias voltam a reforçar depósitos na pandemia. Há 158,1 mil milhões nos bancos

Desde o início da pandemia que a tendência tem sido de crescimento dos depósitos das famílias nos bancos. Após um ligeiro recuo em agosto, o montante voltou a aumentar em setembro.

A pandemia está a levar as famílias a reforçar as poupanças nos bancos. Havia, no final do mês passado, 158,1 mil milhões de euros em depósitos de particulares nos bancos. Após um ligeiro recuo em agosto, o montante voltou a crescer em setembro.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 158,1 mil milhões de euros no final de setembro. A tva [taxa de variação anual] foi de 7,0%, valor 0,2 pp [pontos percentuais] acima do registado em agosto“, revelam os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

O máximo histórico foi registado em julho, com 159.210 milhões de euros nos bancos. Depois disso, houve um ligeiro recuo, em agosto poderá estar relacionado com o período das férias, mas também com a evolução da pandemia já que o medo de que a situação possa ainda agravar-se mais, penalizando os rendimentos, tem sido um fator chave para os comportamentos das famílias em Portugal em relação às poupanças.

Depósitos próximos de máximos

Fonte: Banco de Portugal

Já no que diz respeito aos empréstimos às empresas, também estes estão a crescer. Em setembro, os empréstimos a particulares para habitação subiu 2%, refletindo uma subida de 0,2 pontos percentuais face a agosto. Nos empréstimos para consumo, a taxa de variação anual situou-se nos 2,7%, mas revela um decréscimo de 0,9 pontos percentuais do que no mês anterior.

Já os empréstimos concedidos pelos bancos a empresas apresentaram uma taxa de variação anual de 8,4%, o que representa um aumento de 0,6 pontos percentuais do que o observado no mês anterior. “Destacou-se a evolução dos empréstimos às micro e às pequenas empresas, cujas tva aumentaram 0,7 pp e 1,3 pp, para 15,5% e 11,8%, respetivamente“, acrescenta o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h35)

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Máscara obrigatória na rua já saiu em Diário da República. Entra em vigor quarta-feira

Foi publicado em DR a obrigatoriedade do uso de máscara para o acesso ou permanência nos espaços e vias públicas, quando não é possível o distanciamento físico. Medida entra em vigor quarta-feira.

É oficial. Foi publicado no Diário da República a obrigatoriedade do uso de máscara para o acesso ou permanência nos espaços e vias públicas, “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”. A medida, que entra em vigor esta quarta-feira, vai vigorar durante 70 dias, sendo que poderá ser renovada.

“A presente lei determina, a título excecional, a obrigatoriedade do uso de máscara para o acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas.”, lê-se no diploma publicado esta terça-feira em Diário da República.

Neste contexto, vai passar a ser obrigatório o uso de máscara por pessoas “com idade a partir dos 10 anos” para o acesso ou permanência nos espaços e vias públicas, “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, acrescenta o diploma.

Ainda assim, o documento salvaguarda que pode haver dispensa da obrigatoriedade “em relação a pessoas que integrem o mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros” ou mediante a apresentação de um atestado médico de incapacidade multiusos ou declaração médica que ateste que a condição clínica ou deficiência cognitiva não permitem o uso de máscaras. Também não é obrigatório o uso de máscara quando tal “seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas se encontrem a realizar”.

A fiscalização do cumprimento desta medida “compete às forças de segurança e às polícias municipais” e o incumprimento do uso de máscara constitui contraordenação, sancionada com coima entre os 100 e os 500 euros. A medida, que entra em vigor esta quarta-feira, aplicar-se-á em todo o território nacional, durante 70 dias, sendo que pode ser reavaliada no final desse período.

Esta medida foi inicialmente apresentada pelo Governo, mas em conjunto com a obrigatoriedade de utilizar a aplicação de rastreio de contágio de Covid-19. Como a grande maioria dos partidos discordou com a medida relativa à app, o PSD avançou com uma proposta apenas referente ao uso de máscaras obrigatório, sendo essa que foi votada esta sexta-feira. Passou, com os votos favoráveis do PSD, PS e CDS, o voto contra da Iniciativa Liberal e a abstenção do Bloco, PCP, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

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Feirantes em crise podem pedir para pagar prémio de seguro dos veículos em prestações

O Governo publicou esta terça-feira a regulamentação do regime de apoio à retoma e dinamização da atividade dos feirantes e empresas de diversões itinerantes.

O Executivo de António Costa publicou, esta terça-feira, em Diário da República a regulamentação que estava em falta para pôr em prática o apoio à retoma e dinamização da atividade dos feirantes e empresas de diversões itinerantes. Ao abrigo desse regime é possível pedir a flexibilização dos seguros dos veículos afetos à atividade, nomeadamente o pagamento do prémio em prestações e o prolongamento dos contratos em alguns casos.

“As atividades dos operadores económicos da diversão e da restauração itinerantes são merecedoras de particular atenção por parte do Governo, atendendo à importância que representam para um amplo conjunto de comunidades, devido, entre outros, aos postos de trabalho que asseguram e aos serviços que proporcionam aos demais cidadãos”, sublinha o Governo, no diploma conhecido esta manhã.

A portaria agora divulgada permite, em primeiro lugar, flexibilizar o pagamento do prémio de seguro das viaturas afetas às atividades da diversão e restauração itinerantes (como camiões, reboques e caravanas), desde que seja comprovada a paralisação da atividade.

O diploma detalha que o referido prémio pode ser pago no máximo em 12 prestações “de igual valor no caso de seguros anuais“. Isto desde que comprovada a paralisação da atividade, ou seja, quando o tomador do seguro esteja em crise empresarial ao registar “uma quebra abrupta e acentuada de, pelo menos, 40% da faturação, nos últimos três meses em face do período homólogo do ano anterior”.

Para tal, o beneficiário desta medida deve requerer tal flexibilização ao segurador e, caso este não responda ou recuse, está previsto que o seguro seja automaticamente prolongado por 60 dias a contar da data de vencimento do prémio ou da fração devida.

O diploma publicado esta manhã estipula, além disso, que é possível estender a validade dos seguros e dos certificados de inspeção dos veículos afetados às atividades em causa, durante o período de suspensão, e enquanto as viaturas não estiverem em circulação. Isto “sempre que fique salvaguardada a proteção por danos que possam, ainda assim, ocorrer a terceiros”, destaca a portaria.

No que diz respeito ao prolongamento dos seguros, o requerimento deve ser apresentado ao segurador no prazo de 15 dias úteis “anteriores à cessação do contrato”.

Já quanto a validade dos certificados de inspeção, a regulamentação agora publicada detalha que, em caso de nova suspensão por força de medidas adotadas em resposta à Covid-19, está previsto um prolongamento por um período idêntico “àquele em que a atividade esteve suspensa até ao limite máximo de cinco meses, desde que as viaturas não se encontrem em circulação”.

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José Mourinho confirmado no Web Summit. Vai receber prémio

O treinador vai estar presente na conferência de tecnologia. Vai ser distinguido com o Web Summit Innovation in Sport.

José Mourinho vai marcar presença na edição deste ano do Web Summit, a primeira 100% online. A presença do treinador português foi confirmada pela organização do evento, através de um comunicado.

O treinador português será distinguido com o Web Summit Innovation in Sport Award. O prémio é “uma distinção internacional de excelência na comunidade do negócio do desporto, reconhecendo pessoas e organizações que têm, com sucesso, incorporato a tecnologia na sua busca pela excelência. Os anteriores premiados incluem nomes como o de Ronado, quatro vezes ‘jogador do ano’ pela FIFA”, explica o Web Summit em comunicado.

“José é o melhor treinador de futebol do jogo moderno. Em termos de troféus, longevidade e consistente sucesso, ele não tem rivais. (…) Este ano, acredito que estamos a distinguir o melhor treinador de futebol de sempre”, justifica Darren Cleary, diretor de desporto no Web Summit.

O Web Summit 2020 decorre, pela primeira vez, em formato totalmente digital, e entre os dias 2 a 4 de dezembro.

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Centeno contra novo confinamento. Devemos “deixar a economia funcionar”

O governador do Banco de Portugal defende que a economia deve continuar a funcionar, dado que a utilização de máscaras e o distanciamento social podem substituir eficazmente o confinamento.

O governador do Banco de Portugal considera que, apesar do crescimento da pandemia, deve-se evitar novo confinamento e deixar a “economia a funcionar”.

“A resposta à crise sanitária está a ser eficaz sem um confinamento total. O distanciamento social não é sinónimo de confinamento. A utilização de máscara, a realização de testes e a identificação de surtos são substitutos muito eficazes e devemos utilizá-los”, disse Mário Centeno na abertura conferência “Banca do Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios.

“A resposta em V — que eu chamaria quase perfeito — que a economia deu à redução parcial do confinamento deve ser lida como um alento a adaptarmos as medidas nesta fase, deixar a economia funcionar sem perder de vista a nossa segurança”, acrescentou o governador do Banco de Portugal.

Mário Centeno adiantou ainda que as autoridades orçamentais e financeiras devem analisar com cuidado o timing da retirada dos apoios às empresas e famílias, como os mecanismos de lay-off, as moratórias ou as linhas de crédito com garantia pública. Por um lado, retirá-los precocemente representa sérios riscos face ao contexto de incerteza que as economias ainda assistem. Por outro, mantê-los por muito tempo poderá comprometer a recuperação dado que empresas inviáveis continuarão a ser suportadas.

Sobre os bancos, o governador salientou que se encontram “com posições de liquidez e capital mais sólidas do que na anterior crise” que permite dizer que eles “fazem hoje parte da solução, ao contrário de 2008, quando foram parte do problema”. “Devemos estar orgulhosos disso”, sublinhou.

Ainda assim, Centeno disse que o sistema financeiro também enfrenta tempos desafiantes por causa da crise. E “tudo deve ser feito para que este choque verdadeiramente exógeno e sem precedentes possa contar com os bancos entre as suas vítimas”, referiu.

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Navigator antecipa pagamento do subsídio de Natal a mais de 3.200 trabalhadores

A Navigator vai antecipar o pagamento do subsídio de Natal, das férias e das folgas não gozadas e reforçar com uma gratificação extra. Quer apoiar os trabalhadores e reconhecer o esforço na pandemia.

A The Navigator Company vai antecipar e reforçar os benefícios dos seus colaboradores para os apoiar a fazer face às dificuldades causadas pela pandemia. A empresa decidiu antecipar o pagamento do subsídio de Natal a todos os seus trabalhadores, das férias não gozadas, das folgas acumuladas a 31 de dezembro de 2019, e ainda de uma gratificação extraordinária, anunciou em comunicado. O subsídio de Natal será pago já este mês e a gratificação será calculada com base nos indicadores de mérito individual.

A empresa vai adicionar 10 milhões de euros aos 25 milhões de euros atribuídos anualmente em benefícios. De acordo com a empresa, esta decisão é também uma forma de “reconhecer o esforço comum e o desempenho durante a pandemia“.

“Apesar do forte impacto económico que a empresa tem sofrido, a sua robustez financeira e a confiança com que encara o futuro permitem a aplicação desta medida de partilha com os seus 3.200 trabalhadores e respetivas famílias”, refere a empresa em comunicado.

Estes novos benefícios juntam-se às medidas implementadas com efeitos a janeiro deste ano, através de um aumento intercalar anual de 2,5% aplicado a técnicos operacionais posicionados nos níveis mais baixos da estrutura de remunerações, um programa de promoções e progressões, a aplicação da cláusula de anti-estagnação e, ainda, o programa de mérito para quadros.

Anualmente, a Navigator distribui apoios no valor aproximado de 25 milhões de euros, referentes a seguro de saúde, seguro de vida, fundo de pensões, subsídio de infantário, subsídio de livros escolares, bolsas de estudo, subsídio para filhos portadores de deficiência, cantina e formação, assegura a empresa em comunicado.

A empresa é a terceira maior exportadora portuguesa, representa aproximadamente 1% do PIB nacional e 2,4% das exportações nacionais de bens, sendo a que gera o maior Valor Acrescentado Nacional.

*Notícia atualizada às 10h51 com mais informação

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Ministra Mariana Vieira da Silva acusa BE de não tentar “caminho de aproximação”

  • ECO
  • 27 Outubro 2020

A ministra do Estado e da Presidência diz que uma abstenção é "sinal de que queremos continuar a fazer o caminho", enquanto um voto contra "significa dizer que [o OE2021] nem na generalidade passa".

Mariana Vieira da Silva acusa o Bloco de Esquerda (BE) de não tentar um “caminho da aproximação” nas negociações do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). Em entrevista à TSF, a ministra do Estado e da Presidência afirma que votar contra a proposta apresentada pelo Executivo, tal como os bloquistas já anunciaram que vão fazer, significa querer que o documento não passe sequer na generalidade.

Referindo que o OE proposto pelo Governo “é capaz de responder à crise”, Mariana Vieira da Silva afirma ser “compreensível que cada um apresente as propostas em que acredita”. Contudo, diz que uma abstenção é vista como “um sinal de que queremos continuar a fazer o caminho”, enquanto um voto contra “significa dizer que [o OE2021] nem na generalidade passava”.

Sobre uma possível rutura com o Bloco, a ministra diz que “não se ganha muito nesse tipo de reflexão”. “O que está em causa é um conjunto de partidos que nas crises anteriores disseram que era possível dar uma resposta diferente e agora não participam nessa resposta”, concluiu.

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PEV vai abster-se na votação do Orçamento do Estado na generalidade

PEV junta-se ao PCP e ao PAN ao abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2021, cuja aprovação já está garantida.

O PEV vai abster-se na votação na generalidade do Orçamento do Estado para o próximo ano, anunciou esta terça-feira o deputado José Luís Ferreira. Com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PCP, PAN e do PEV, a proposta apresentada pelo Governo tem a aprovação garantida, na votação marcada para o próximo dia 28.

“Aquilo que interessa agora é que Os Verdes se vão abster na generalidade, esperando que o Governo e o PS manifestem uma postura de abertura para acolher outras preocupações d’Os Verdes”, anunciou José Luís Ferreira, numa conferência de imprensa transmitida pelas televisões.

Apesar de considerar que este “não é um bom” OE, o grupo parlamentar vai viabilizá-lo esperando que o Governo assuma alguma abertura relativa a outras questões, como o reforço dos serviços públicos e o investimento nos transportes públicos, em particular a ferrovia.

Questionado sobre a votação final global do Orçamento do Estado, o deputado do PEV disse estar “tudo em aberto” e notou que é “prematuro adiantar qualquer sentido de voto”, já que o documento deverá sofrer diversas alturas durante a discussão na especialidade.

O Executivo de António Costa apresentou a 12 de outubro no Parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2021, estando a votação na generalidade marcada para o próximo dia 28.

Com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PCP, PAN e PEV, já está garantida a aprovação desse documento. Do lado dos votos desfavoráveis, estará não só a direita (PSD, CDS-PP, IL E CH), mas também o Bloco de Esquerda. Tal posição dos bloquistas já levou a trocas de acusações e críticas entre as partes, com o Governo a dizer-se “perplexo” com essa decisão.

O Orçamento do Estado para 2021, como foi proposto pelo Governo, fica marcado pela criação de um novo apoio social, pelo aumento do limite mínimo do subsídio de desemprego, pelo lançamento do IVAaucher, pela baixa das taxas de retenção na fonte de IRS e por uma subida extraordinária das pensões.

Algumas destas propostas deverão, contudo, ganhar novos contornos na negociação da especialidade. Por exemplo, o Governo já assegurou que pretende pagar a partir de janeiro, e não de agosto, o aumento extra das pensões até 658 euros. E a ministra do Trabalho adiantou, na segunda-feira, que estão previstas alterações ao novo apoio social que farão aumentar em 80 mil o número de potenciais beneficiários. O custo deverá subir pata 633 milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h30)

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Do chuveiro às janelas eficientes, assim poupam os portugueses na água, luz e gás

A Deco quis conhecer as preocupações dos portugueses com os gastos de água e energia e descobriu que para 75% dos inquiridos os hábitos de consumo doméstico são influenciados por aspetos económicos

Reduzir as faturas da água, da eletricidade e do gás não só é possível, como há opções no dia-a-dia e pequenos gestos que fazem toda a diferença, garante a Deco Proteste. Desde comprar eletrodomésticos e outros equipamentos com maior eficiência (que não são necessariamente mais caros e ainda permitem poupar), desligar as luzes quando se sai de uma divisão, utilizar as máquinas de lavar roupa e loiça com carga completa, optar por iluminação de baixo consumo, como lâmpadas LED, ter extensões e tomadas múltiplas com interruptor, instalar janelas energeticamente eficientes (com vidro duplo ou triplo ou corte térmico), isolar paredes exteriores e interiores, ter autoclismos, torneiras e cabeças de chuveiro eficientes.

Somam-se ainda outras dicas de eficiência energética que se traduzem em poupanças no orçamento familiar como utilizar o estendal, em vez da máquina de secar roupa, não guardar comida quente no frigorífico ou congelador, separar a roupa por cores na hora de a lavar ou ter tarifa bi ou tri-horária e concentrar o uso dos aparelhos elétricos quando é mais barato.

A Associação de Defesa do Consumidor quis conhecer as preocupações dos portugueses com os gastos de água e energia e para isso realizou um questionário online. Os resultados agora apresentados e revelam que para 75% dos inquiridos os hábitos de consumo doméstico são muito influenciados por aspetos económicos. De acordo com a Deco Proteste, a maioria diz estar bem informada quanto aos equipamentos que permitem poupar água e energia, mas 65% defendem ainda que a sua instalação é cara. Já 47% pensa que a potencial poupança alcançada compensa o investimento necessário.

Nos vários equipamentos que existem em casa, o estudo revelou que a opção por lâmpadas economizadoras e extensões elétricas ou tomadas com interruptor são as mais comuns, adotadas por 86% e 57% das famílias, respetivamente. No entanto, no segundo caso, esta opção só ajuda a baixar a fatura da eletricidade se as extensões ou tomadas múltiplas com interruptor forem desligadas quando os aparelhos não são usados (porque só assim se consegue baixar o consumo em stand by), algo que só 38% dos inquiridos fazem.

No caso das janelas eficientes do ponto de vista energético, com vidros duplos ou triplos (cuja instalação é agora apoiada pelo Fundo Ambiental) quase 50% assinalam esta opção. “Os vidros duplos ou triplos e o chamado corte térmico ajudam a isolar melhor as casas, evitando a perda de calor ou frio. Assim sendo, além de melhorarem o conforto térmico, ajudam a poupar energia, quando se usam aparelhos para aquecer ou arrefecer as habitações” escreva Deco Proteste. E se nas janelas há maior cuidado com as versões mais eficientes, no caso das paredes só 21% têm as paredes exteriores ou interiores isoladas.

O inquérito revelou ainda que “os apartamentos são o tipo de habitação mais mal equipado em matéria de elementos que permitem poupar água ou energia”.

Ao nível dos comportamentos, escreve a Deco Proteste, apenas quatro são adotados por mais de metade dos inquiridos: desligar as luzes à saída de uma divisão 67%), secar a roupa no estendal (61%), evitar guardar alimentos quentes no frigorífico ou no congelador (59%) e optar pela carga completa ao lavar a roupa na máquina (59%).

Já a utilização dos programas mais económicos das máquinas de lavar roupa ou loiça é uma opção apontada por cerca de 60% dos inquiridos.

Lavar a loiça na máquina apenas com a carga completa (48%), desligar o interruptor de tomadas ou extensões múltiplas, para evitar o consumo em stand by (38%) e concentrar a utilização dos aparelhos nas horas em que a eletricidade é mais barata, para quem contratou a tarifa bi ou tri-horária (41%), são outros comportamentos com igual impacto na poupança doméstica, mas não têm a adesão da maioria.

No que diz respeito à etiqueta energética, 79% dos inquiridos consideram que aparelhos mais eficientes permitem poupanças importantes na fatura da água e da eletricidade, mas 65% ainda acha que os eletrodomésticos eficientes são mais caros. Os frigoríficos e as arcas congeladoras são os aparelhos para os quais a informação da etiqueta é mais levada em conta: 51% revelou que pesou bastante no momento da compra. “Esta atitude deve-se provavelmente ao facto de se tratar de aparelhos sempre ligados à eletricidade. Na aquisição de máquinas de lavar roupa e loiça, também quase metade dos inquiridos [48%[ considerou, de facto, os dados da etiqueta energética”.

A Deco Proteste lembra que em março de 2021, a etiqueta energética dos aparelhos vai mudar: a nova legislação comunitária ditou o fim das classes A+, A++ e A+++ e passará a estar em vigor uma escala mais simples de interpretar, de A (mais eficiente) a G
(menos eficiente). A afixação desta nova etiqueta começará por ser obrigatória para televisores, frigoríficos e arcas congeladoras, máquinas de lavar loiça, de lavar roupa e de lavar e secar roupa. Entre novembro de 2020 e março de 2021 decorre um período transitório, durante o qual os novos equipamentos à venda podem incluir, no interior da embalagem, ambas as etiquetas.

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Maioria dos eleitores quer OE viabilizado pela esquerda e Governo a manter-se em funções

  • ECO
  • 27 Outubro 2020

Uma sondagem da Aximage para a TSF e Jornal de Notícias concluiu que 67% dos inquiridos não querem que o Governo se demita se o OE for chumbado. Há preferência pela esquerda a viabilizar o documento.

A maioria dos portugueses considera que o Governo não se deve demitir de funções caso o Orçamento do Estado (OE) para 2021 seja chumbado no Parlamento. A conclusão é de uma sondagem da Aximage para a rádio TSF e Jornal de Notícias, já depois de o primeiro-ministro ter dito que não voltaria as costas ao país caso o documento não passe, em que 67% dos inquiridos assumem essa posição.

Segundo o estudo, analisando por intenções de voto nos diferentes partidos, têm a mesma posição (de que o Governo não deve cair com um eventual chumbo) 83% dos inquiridos que admitem votar na CDU, bem como 82% dos presumíveis eleitores do BE e 64% dos inquiridos que querem votar no PSD. Em sentido inverso, 17% dos portugueses inquiridos neste estudo defendem que o Governo deve demitir-se se o Parlamento rejeitar a proposta de OE do Executivo socialista.

A sondagem concluiu ainda que a ideia de que a esquerda deve viabilizar este OE é apoiada por 68% dos eleitores do BE e 61% dos eleitores comunistas — ou seja, apesar do cartão vermelho já anunciado pelos bloquistas, esta segue em contraciclo com o resultado da sondagem. O trabalho de campo decorreu entre 22 e 26 de outubro e envolveu 624 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de 3,7%.

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Nas notícias lá fora: Juíza, Volkswagen e patrões

  • ECO
  • 27 Outubro 2020

Juíza conservadora Amy Coney Barrett confirmada para o Supremo Tribunal dos EUA. Líder do grupo Volkswagen não vê necessidade de mais estímulos ao setor. Itália indemniza empresas por causa da Covid.

Os EUA concluíram o preenchimento de uma vaga livre no Supremo Tribunal com a confirmação da nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett. Nas notícias lá fora, destaque ainda para uma declaração do líder da Volkswagen, que considera que o setor automóvel não precisa de mais estímulos. No Reino Unido, os patrões apoiam regras laborais mais rígidas para protegerem o emprego e, em Itália, há um pacote de subsídios de 5.000 milhões de euros para indemnizar as empresas afetadas pelo recolher obrigatório à noite por causa da Covid-19.

The New York Times

Senado confirma juíza Amy Coney Barrett no Supremo Tribunal

A nomeação da juíza Amy Coney Barrett foi confirmada no Senado e, uma hora depois, foi empossada na Casa Branca por Clarence Thomas, considerado o juiz mais conservador do Supremo Tribunal. “Trabalharei sem medo ou favor. Fá-lo-ei independentemente dos poderes políticos ou das minhas próprias preferências”, disse Barrett, num breve discurso em que agradeceu a Donald Trump e aos senadores republicanos. A confirmação de Barrett no Senado veio pôr fim a um processo apressado e controverso, iniciado em 18 de setembro com a morte, aos 87 anos, da carismática juíza Ruth Bader Ginsburg, um símbolo do feminismo e do progressismo. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

Líder da Volkswagen diz que indústria automóvel não precisa de mais estímulos

“Se não enfrentarmos um segundo confinamento ou uma nova crise económica, diria que não há necessidade de mais incentivos às compras.” A declaração é do presidente executivo do grupo Volkswagen, Herbert Diess, que considera assim que a indústria automóvel não precisa de mais estímulos perante uma recuperação maior do que a esperada das vendas de automóveis na Europa e na China. Apesar de o mercado europeu de automóveis ter contraído quase 30% este ano, as vendas da Volkswagen na Europa ocidental dispararam 10% em setembro, tendo entregado mais de 300 mil automóveis na região. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Patrões britânicos defendem mais proteções para os trabalhadores

Os empresários britânicos apoiam regras laborais mais apertadas e um salário mínimo mais alto no Reino Unido de forma a proteger os trabalhadores da exploração e da pobreza durante a segunda vaga da Covid-19. Um inquérito a 600 patrões concluiu que 64% apoiariam regras laborais mais rígidas e 40% admitem sentir maior agora uma responsabilidade para assegurar contratos de trabalho não precários em resposta à crise da Covid-19. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Politico

Medicare e Medicaid vão cobrir custos com a vacina para a Covid-19

A Administração norte-americana vai anunciar esta semana um plano para cobrir os custos das vacinas para a Covid-19 a milhares de norte-americanos beneficiários da Medicare ou Medicaid. De acordo com os planos citados pelo Politico, os sistemas de Medicare e Medicaid vão agora cobrir as vacinas que receberem autorização da Food and Drug Administration (FDA). As mudanças poderão ser anunciadas ainda esta terça ou quarta-feira. O plano também deverá abranger outras questões relacionadas com a Covid-19, como aumentar a flexibilidade para os beneficiários da Medicaid que procurem tratamento para o coronavírus. Leia a notícia completa no Politico (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Economista

Itália tem 5.000 milhões de euros em subsídios para indemnizar empresas

Itália aprovou no domingo a implementação de um toque de recolher obrigatório à noite, mais uma medida de combate à Covid-19, tendo agora em mãos 5.000 milhões de euros para indemnizar as empresas mais afetadas por este novo tipo de confinamento. Com o encerramento de teatros, cinemas, ginásios e piscinas e a imposição de um limite horário de funcionamento até às 18h00 aos bares e restaurantes, este montante, a distribuir em transferências diretas às empresas, visa minimizar o impacto destas restrições na economia em alguns dos setores mais expostos. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Investimento direto estrangeiro mundial cai 49% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 27 Outubro 2020

"Os fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) mundial na primeira metade de 2020 baixaram 49% comparados com 2019", indica a UNCTAD.

O investimento direto estrangeiro a nível mundial diminuiu 49% no primeiro semestre do ano face a 2019, segundo um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) divulgado esta terça-feira.

Os fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) mundial na primeira metade de 2020 baixaram 49% comparados com 2019 dado que os confinamentos pelo mundo abrandaram os projetos de investimento existentes e a perspetiva de uma recessão profunda levaram as empresas multinacionais a reavaliar novos projetos”, pode ler-se no documento da UNCTAD divulgado esta terça-feira.

Segundo a organização, o total do IDE mundial até ao segundo semestre foi de 399 mil milhões de dólares, cerca de 337,7 mil milhões de euros.

O mesmo documento indica que “o declínio deu-se em todas as formas de IDE”, com a criação de subsidiárias a descer 37%, as fusões e aquisições transfronteiriças a caírem 15% e novos projetos financeiros transfronteiriços a registarem uma quebra de 25%.

“As economias desenvolvidas registaram a maior queda, com o IDE a atingir uma estimativa de 98 mil milhões de dólares [cerca de 82,9 mil milhões de euros] no primeiro semestre de 2020 – um declínio de 75% comparado com 2019”, um valor que só tem paralelo com o ano de 1994, segundo o organismo das Nações Unidas.

De acordo com a UNCTAD, “a tendência foi exacerbada para fluxos negativos acentuados nas economias europeias com fluxos de veículos [financeiros] significativos“, e os fluxos para a América do Norte diminuíram 56% para 68 mil milhões de dólares (cerca de 57,5 mil milhões de euros).

No caso exclusivo da Europa, os fluxos foram negativos pela primeira vez na história, sendo-os em sete mil milhões de dólares (cerca de 5,9 mil milhões de euros).

Os fluxos para a União Europeia desceram 29% para 133 mil milhões de dólares (cerca de 112,5 mil milhões de euros), com os Países Baixos a registarem uma queda de 86 mil milhões de dólares (72,8 mil milhões de euros), com o impacto do desinvestimento em 70 mil milhões de euros (59,2 mil milhões de euros) em ações, e a Itália reduziu os fluxos para 2 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros).

Pelo contrário, os fluxos para a Irlanda registaram uma subida de 65 mil milhões de dólares em ações (55 mil milhões de euros), e o IDE na Alemanha subiu 15% para 21 mil milhões de dólares (17,7 mil milhões de euros).

As projeções mundiais para o ano apontam para uma queda de 30% a 40% do investimento direto estrangeiro, segundo este organismo da ONU sediado em Genebra, na Suíça, mas nas economias desenvolvidas a taxa de declínio “deverá estabilizar dado que parece haver uma subida em alguma atividade de investimento no terceiro trimestre”.

“A perspetiva permanece altamente incerta, dependendo da duração da crise de saúde e da eficácia das intervenções de medidas políticas para mitigar os efeitos económicos da pandemia”, com os “riscos geopolíticos” a terem lugar nos riscos, segundo a UNCTAD.

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