“Retoma está a ser muito lenta”. CEO da TAP antecipa menor procura nos próximos meses

Ramiro Sequeira partilhou com os trabalhadores os dados da operação até setembro. Avisa que retoma está a ser "muito lenta" e está preocupado com o comportamento de procura para os próximos meses.

A pandemia deixou muitos aviões em terra nos últimos meses e a retoma da atividade “está a ser muito lenta”, avisa do novo CEO da TAP, Ramiro Sequeira, que se mostra preocupado com os níveis de procura para os próximos meses.

“Num contexto de elevada incerteza, a retoma está a ser muito lenta e a TAP, à semelhança das suas congéneres, terá de fazer o caminho da reestruturação para garantir a sua viabilidade”, afirmou o presidente da companhia aérea portuguesa, controlada agora pelo Estado, numa mensagem partilhada com os trabalhadores a que o ECO teve acesso e onde dá conta dos dados operacionais até setembro.

Os dados não deixam dúvidas sobre o impacto da pandemia na empresa portuguesa:

  • a TAP reduziu em 72% a sua capacidade (ASK available seat kilometer) em setembro de 2020, face a setembro 2019;
  • a TAP reduziu o número de voos em 68%, no mesmo período de análise.
  • a taxa de ocupação média (load factor) global dos voos TAP realizados entre maio e julho, após o período de paragem quase total, é de 60%, vinte pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019, apesar da redução da capacidade realizada.

Embora a maioria dos países já tenha aberto fronteiras e levantado restrições na circulação de pessoas após o primeira vaga da pandemia, o setor da aviação vai continuar sob pressão nos próximos anos. A IATA prevê que o tráfego mundial recupere os valores do ano passado apenas em 2024.

No caso da TAP, em particular, olhando para os próximos meses de inverno, o comportamento da procura deixa sinais de preocupação junto de Ramiro Sequeira. A procura atual encontra-se abaixo da dos meses de verão e as reservas são realizadas com cada vez menos antecedência, geralmente para o mês seguinte.

"Num contexto de elevada incerteza, a retoma está a ser muito lenta e a TAP, à semelhança das suas congéneres, terá de fazer o caminho da reestruturação para garantir a sua viabilidade.”

Ramiro Sequeira

CEO da TAP

“Teremos que continuar a adaptar o nosso planeamento de voos a esta nova dinâmica do mercado. A este cenário apenas será exceção o período das festas de fim de ano, durante o qual planeamos estar dimensionados para o ligeiro aumento da procura esperado”, frisa Ramiro Sequeira.

A TAP encontra-se em processo de reestruturação, depois de o Estado ter resgatado a companhia aérea com uma ajuda de 1.200 milhões este ano, sendo que o Governo prevê mais 500 milhões de euros no próximo ano. Cerca de 1.600 trabalhadores vão sair até final do ano. Ainda não se conhece o plano de reestruturação, que está ainda a ser trabalhado.

A operadora aérea nacional fechou o primeiro semestre com prejuízos de 582 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amazon estende teletrabalho até ao verão de 2021

Devido à progressão da pandemia nos EUA, a gigante do comércio eletrónico decidiu autorizar o trabalho remoto até junho de 2021, para as funções que assim o permitam.

A Amazon autorizou esta semana os trabalhadores a permanecer em trabalho remoto até 30 de junho de 2021, avança a CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês). De acordo com a empresa, esta decisão tem como objetivo salvaguardar a saúde e a segurança dos trabalhadores, face ao aumento de casos de Covid-19 nos EUA.

Em julho, a Amazon já tinha anunciado a extensão do período em trabalho remoto até janeiro do próximo ano.

A decisão da gigante norte-americana do comércio eletrónico segue a tendência de outras grandes empresas como a Google, o Facebook, a Uber, que decidiram adiar o regresso aos escritórios para 2021. Já o Twitter, foi das primeiras empresas do mundo a permitir o teletrabalho definitivo.

 

A mais recente foi a Microsoft, que anunciou o teletrabalho permanente no pós-pandemia, desde que os trabalhadores tenham a aprovação dos seus superiores e as funções assim o permitam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE diz que é preciso assegurar opções de pagamento gratuitas e sem riscos para todos

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

Fabio Panetta, membro do comité executivo do BCE, apontou que o numerário continua a ser a principal forma de pagamento a retalho, mesmo que a sua utilização esteja a diminuir.

O Banco Central Europeu (BCE) e os bancos centrais nacionais têm a responsabilidade de assegurar opções de pagamento gratuitas e sem riscos para todos, incluindo o “acesso contínuo a numerário”, disse esta quinta-feira Fabio Panetta, membro do comité executivo do BCE.

Panetta, que falava esta quinta-feira na abertura de uma conferência sobre pagamentos na Europa e o euro digital, sublinhou que o numerário continua a ser a principal forma de pagamento a retalho, mesmo que a sua utilização esteja a diminuir. Apesar da queda da utilização de numerário para pagamentos, “a procura de notas de euro está a crescer a uma taxa anual de 10% e acelerou muito com o surgimento da pandemia”, disse Panetta.

O volume de transações em numerário diminuiu de 79% em 2016 para 73% em 2019 e em termos do valor das transações este caiu de 54% para 48% nos mesmos anos, de acordo com os números de Panetta.

Panetta precisou que o BCE detetou que o comércio eletrónico disparou durante os confinamentos resultantes da pandemia da covid-19, afirmando que “as vendas de comércio eletrónico, por exemplo, duplicaram na zona euro nos últimos seis anos e aumentaram um terço durante o confinamento em relação aos níveis pré-crise”.

“A tendência para pagamentos sem dinheiro foi acelerada pela pandemia”, disse Panetta, acrescentando que “houve um ‘boom’ nos pagamentos das famílias através da internet e uma mudança para pagamentos sem contacto nas lojas”.

Mais de 40% (41%) dos participantes num recente inquérito do BCE disseram ter reduzido a sua utilização de dinheiro e a maioria espera continuar a pagar menos com dinheiro quando a pandemia acabar. A expansão das transações sem numerário deve-se, principalmente, aos pagamentos com cartão, que aumentaram de 19% para 24% em termos de volume e de 39% para 41% em termos de valor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PEV decide dia 26 sentido de voto no OE 2021. Governo cedeu em algumas propostas

Os Verdes vão decidir na segunda-feira, 26 de outubro, como irão votar o Orçamento do Estado. Contudo, notam que o Governo mostrou disponibilidade para viabilizar algumas propostas do PEV.

Após a reunião desta quarta-feira com o Governo sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), o Partido Ecologista “Os Verdes” revelou esta quinta-feira que o Executivo mostrou disponibilidade para viabilizar algumas das propostas. Contudo, o sentido de voto do PEV só ficará decidido na segunda-feira, 26 de outubro, na reunião da comissão política.

Numa reação à reunião com o Governo, o deputado José Luís Ferreira adiantou aos jornalistas no Parlamento que o Governo irá dar uma resposta “definitiva” às reivindicações do PEV até esta sexta-feira.

Tendo em conta essa resposta, o partido irá tomar uma decisão sobre o sentido de voto na generalidade, cuja votação ocorrerá a 28 de outubro. A abstenção do PEV poderá ser essencial, a par do PCP e do PAN, caso o BE decida votar contra.

O PEV encontra-se a “aguardar pela resposta do Governo ao conjunto de contributos dos Verdes para o OE não ser tão insuficiente como está agora“, disse José Luís Ferreira, em declarações transmitidas pela RTP3. Entre esses contributos está a necessidade de investimento na produção nacional.

Apesar de assinalar que “neste momento está tudo em aberto como estava antes” em relação ao sentido de voto, o deputado do PEV admitiu que na reunião “houve alguma disponibilidade do Governo para viabilizar algumas das nossas propostas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AHRESP pede isenção de taxas de esplanadas até ao final de 2021

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

Associação que representa os restaurantes pede aos municípios para isentarem comerciantes das taxas cobradas às esplanadas até ao final do próximo ano, como fez Câmara de Lisboa.

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apelou aos municípios portugueses para isentem os comerciantes das taxas cobradas às esplanadas de cafés e restaurantes até ao final de 2021.

“A AHRESP defende que todos os municípios do país deveriam seguir o exemplo da Câmara de Lisboa, que decidiu prolongar a isenção de taxas, até ao final de 2021, a esplanadas de cafés e restaurantes, para incentivar os espaços ao ar livre, face à situação que se vive com a pandemia de covid-19”, pode ler-se num comunicado da associação.

Apela-se a todos os municípios para que agilizem o licenciamento, “tendo em conta a adequação das esplanadas a um funcionamento permanente”, e para que concedam “apoios a esses investimentos”.

"A AHRESP defende que todos os municípios do país deveriam seguir o exemplo da Câmara de Lisboa, que decidiu prolongar a isenção de taxas, até ao final de 2021, a esplanadas de cafés e restaurantes, para incentivar os espaços ao ar livre, face à situação que se vive com a pandemia de covid-19.”

AHRESP

Comunicado

Na terça-feira, durante o “debate anual sobre o estado da cidade” na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, anunciou querer prolongar a isenção de taxas para esplanadas até ao final de 2021 e criar uma bolsa de 100 mil euros para apoiar a adaptação dos espaços existentes ao funcionamento durante todo o ano.

Também na terça-feira, o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, assinou um despacho que elenca um conjunto de 34 medidas de apoio, entre as quais está o prolongamento do prazo da autorização especial para ocupação do espaço público com esplanadas, assim como a isenção de taxas, ambas até outubro de 2021.

O município de Coimbra deliberou, em 12 de outubro, prorrogar a isenção das taxas de ocupação do espaço público (para esplanadas) em todos os estabelecimentos comerciais do concelho até 31 de março de 2021.

Já a Câmara de Santo Tirso prolongou até 31 de dezembro as medidas de apoio económico no âmbito do combate à pandemia da covid-19, adiantando que “o comércio e as empresas locais vão continuar a usufruir da suspensão dos pagamentos de licenças de esplanadas, no caso dos estabelecimentos ligados à restauração, bem como de licenças de exploração de publicidade”.

“As esplanadas criadas aquando da reabertura de cafés, pastelarias e restaurantes após o período de confinamento podem, também manter-se”, foi anunciado pela autarquia.

Também pelo menos a Câmara de Évora e o município de Soure vão continuar a isentar a ocupação do espaço público com esplanadas no concelho até ao final deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Semana de trabalho de três dias e reforma aos 75 anos. É a proposta de Carlos Slim para superar a crise

O magnata mexicano acredita que a redução da semana de trabalho e o aumento da idade da reforma pode ajudar a combater o desemprego e a salvar as empresas da crise económica causada pela pandemia.

O magnata mexicano Carlos Slim afirmou esta quarta-feira, durante um encontro da Confederação Espanhola de Diretores e Executivos (CEDE), ter a solução ideal para ultrapassar a crise económica causada pela pandemia da Covid-19: reduzir a semana de trabalho para 11 horas, e apenas três dias, e aumentar a idade de reforma dos 65 anos para os 75 anos, avança o El País (conteúdo em espanhol, acesso livre). O dono da gigante de telecomunicações América Móvil acredita que estas medidas permitiriam combater o desemprego e salvar as empresas da crise.

De acordo com o jornal espanhol, já em 2015, o empresário mexicano tinha considerado a idade de reforma “insustentável para o sistema”, e proposto a redução para 33 horas de trabalho semanais, em três dias semana.

No encontro desta quarta-feira, Carlos Slim defendeu a simplificação das estruturas empresariais e a redução dos níveis hierárquicos. Referiu-se ainda a uma “mudança civilizacional da sociedade industrial para uma nova civilização tecnológica“, destaca o El País.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/horas-de-trabalho-por-semana/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”479″ slug=”horas-de-trabalho-por-semana” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/horas-de-trabalho-por-semana/thumbnail?version=1567072968351&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

A empresa de Carlos Slim parece ter ficado imune à pandemia, tendo registado um aumento de quase 45% nos lucros no terceiro trimestre do ano, relativamente a 2019. De acordo com a Reuters, a empresa registou vendas de 260.2 mil milhões de pesos, o equivalente a 104 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não há nenhum interesse por parte do Bankinter” no Novo Banco, diz a CEO do banco espanhol

Portugal contribuiu com 33 milhões de euros para o resultado do Bankinter. Banco espanhol diz não ter interesse na aquisição do Novo Banco nem do EuroBic.

O Bankinter descartou qualquer interesse na aquisição do Novo Banco em 2021. Também adiantou que não olhou para a operação do EuroBic, mantendo-se apostado em crescer de forma orgânica.

O setor bancário europeu iniciou uma nova vaga de fusões e aquisições, com destaque para o mercado espanhol. Em Portugal, o EuroBic está em processo de venda, enquanto o Novo Banco poderá ser um dos grandes negócios dos próximos anos.

Num caso como no outro, o Bankinter não está interessado. “Sobre a possibilidade de comprar o Novo Banco em 2021, confirmo que não há nenhum interesse por parte do Bankinter”, reiterou a conselheira delegada do banco, María Dolores Dancausa, na conferência de apresentação de resultados. Antes, o diretor financeiro Jacobo Diaz havia posto de parte o EuroBic.

Mesmo em Espanha, os analistas têm deixado o Bankinter à margem do processo de consolidação. “Somos um banco capaz de gerar rendimentos, sólido e independente, e assim queremos continuar. Os analistas deixam-nos fora das fusões porque não queremos participar nelas”, explicou Dolores Dancausa.

“O Bankinter nunca teve a ambição de ser muito grande, mas de ser rentável. Estamos confortáveis com o nosso tamanho, queremos continuar a crescer de forma orgânica, gerar rendimentos, que é o que interessa”, disse.

Portugal contribuiu com 33 milhões de euros para os resultados de 220 milhões de euros do Bankinter, um desempenho que, apesar da queda de 36% face ao mesmo período do ano passado, deixou María Dolores Dancausa satisfeita. A margem de juros em Portugal subiu 10% para 70 milhões de euros e o resultado antes de provisões disparou 60%.

O diretor financeiro do banco adiantou que as moratórias concedidas no mercado português totalizam os mil milhões de euros, correspondendo a 14% do total do crédito em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalho remoto em alto mar? Este cruzeiro foi feito para nómadas digitais

O cruzeiro Crypto Cruise Ship quer ser um espaço para empreendedores, startups e até YouTubers. Os quartos começam a ser leiloados em novembro e os primeiros hóspedes podem entrar em janeiro de 2021.

O Crypto Cruise Ship, da empresa OceanBuilders, promete ser o próximo destino para o trabalho remoto, em alto mar. Tal como sugere o nome, o cruzeiro foi construído a pensar nos amantes e investidores da criptomoeda, mas também quer ser um espaço para empreendedores, nómadas digitais ou startups, refere o Business Insider (acesso gratuito, conteúdo em inglês). Os camarotes poderão começar a ser ocupados em janeiro de 2021.

O cruzeiro tem capacidade para acolher duas mil pessoas nos 777 camarotes e conta com uma área de mais de 400 mil metros quadrados. Os hóspedes poderão usufruir de ginásio, aulas de ioga e meditação, piscina e até de uma pista de corrida.

A empresa de cruzeiros destaca ainda que o navio poderá ser uma opção segura devido à pandemia: “Bem gerido, pode ser o lugar mais saudável e seguro do mundo para se viver”, lê-se na página oficial.

The Crypto Cruise Ship (D.R.)D.R.

“O MS Satoshi é um ambiente focado no negócio onde poderá relocalizar a sua empresa ou estabelecer um novo negócio num ambiente de empreendedores. Todos, desde nómadas digitais até YouTubers, startups ou negócios, serão recebidos com espaços de escritório preparados para os receber e às suas equipas”, convida a empresa no site oficial.

Os preços variam entre os 20.000 e os 40.000 euros e os primeiros quartos começam a ser leiloados a 5 de novembro. As inscrições podem ser feitas na página oficial. O navio ficará atracado na costa do Panamá e os primeiros hóspedes do cruzeiro podem começar a fazer as mudanças já em janeiro do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo vai ensinar operadores a beneficiarem do aumento da procura no interior

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

O Turismo de Portugal vai criar um programa para empreendedores aprenderem a qualificar a oferta turística, adaptando-a à identidade de cada território.

O Turismo de Portugal (TP) lança no sábado, em Portalegre, um programa para empreendedores aprenderem a qualificar a oferta turística, adaptando-a à identidade de cada território, através da valorização dos produtos e dos serviços endógenos, foi anunciado esta quinta-feira.

O objetivo, segundo um comunicado do TP, passa por “preparar empreendedores para o interior de Portugal, que saibam aproveitar o aumento de procura turística que estes territórios registaram no último verão, na sequência da pandemia”. Trata-se do programa Green Up, promovido em parceria com a empresa Territórios Criativos, dirigido a escolas de Hotelaria e Turismo de todo o país, para ensinar a valorizar os produtos e os serviços endógenos, a sustentabilidade dos territórios e a promover a economia circular.

O interior de Portugal tem revelado um conjunto de regiões quase imune à pandemia, o que aumentou a sua competitividade enquanto território e lhe valeu uma primavera e um verão com uma procura histórica em termos de turismo e de restauração”, salienta Luís Matos Martins, diretor executivo da Territórios Criativos.

Para o responsável, “esta mais-valia sanitária tem de ser posta ao serviço da fixação de pessoas nos seus territórios de origem e da aceleração da economia local, criando novas oportunidades no setor do turismo: que é exatamente isso que o Green Up irá promover e desenvolver”. “O aumento de procura turística no interior só será bem aproveitado por novos empreendedores se os investimentos potenciarem os produtos e os serviços locais, ou seja: se qualificarem a oferta turística adaptando-a à identidade de cada território”, sublinhou.

Segundo Luís Matos Martins, “isso implica lógicas de economia circular e de sustentabilidade, seguindo os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, pois só com essas lógicas se conseguirá qualificar uma oferta turística que seja competitiva e sustentável nos tempos em que vivemos”.

O Green Up é apresentado no sábado na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, a partir das 11:00, e, entre 02 e 30 de novembro, irá circular por mais 11 escolas de Hotelaria e Turismo para selecionar 70 empreendedores. Para as equipas que se formarem segue-se um “campo de treino” em Alvaiázere, no distrito de Leiria, entre 10 e 11 de dezembro, constituído por dois dias intensivos de aconselhamento e formação.

Depois, até meados de janeiro, as equipas serão acompanhadas e apoiadas na construção de 35 projetos de investimento, dos quais serão selecionados um grupo de finalistas. Os vencedores serão apurados em Coruche, a 7 de fevereiro, na Grande Final.

Segundo o TP, Portalegre, Alvaiázere e Coruche integram as principais etapas do programa Green Up por serem municípios com estratégias exemplares de promoção de produtos endógenos. “O Museu das Tapeçarias de Portalegre, o Festival Gastronómico do Chícharo, em Alvaiázere, ou o Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche, são exemplos de qualificação e sustentabilidade da oferta turística”, realça o comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Défices da Zona Euro e UE batem recordes com a pandemia. Superam os 11%

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

Atingiram-se valores de défice recordes, em relação ao PIB. E as dívidas também dispararam, tudo por causa da pandemia.

O défice público atingiu recordes de 11,6% na Zona Euro e 11,4% na União Europeia no segundo trimestre, sendo também o maior aumento trimestral da série e que atingiu todos os Estados-membros, dada a pandemia. As dívidas também dispararam.

Segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat, o défice da Zona Euro agravou-se para o valor recorde de 11,6%, face ao de 2,5% dos primeiros três meses do ano e ao de 0,5% do trimestre homólogo.

O Eurostat lembra que o segundo trimestre foi marcado por medidas de confinamento ligadas à Covid-19 em todos os Estados-membros.

Na União Europeia (UE), entre abril e junho, o défice avançou para os 11,4%, também o mais alto desde o início da série cronológica, em 2002, face aos 2,6% do trimestre anterior e aos 0,4% do homólogo.

Segundo o Eurostat, o segundo trimestre de 2020 é não só o de valores de défice recordes, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), mas também o que registou a maior subida trimestral desde o início da série.

Entre abril e junho, destaca ainda o Eurostat, todos os Estados-membros registaram défices orçamentais, com a Polónia a presentar o mais alto (19,8% do PIB) e a Dinamarca o mais baixo (-3,5%).

Face ao trimestre anterior, a Áustria foi o país que apresentou um maior agravamento do défice (16,3 pontos percentuais) e a Roménia o menor (3,2 pontos).

Em Portugal o défice atingiu os 9,2% do PIB, face aos 0,3% do trimestre anterior e aos 0,6% homólogos, uma variação em cadeia de -8,9 pontos.

Dívidas disparam. Chega a 95% do PIB na Zona Euro

A dívida pública aumentou para 95,1% do PIB na Zona Euro e 87,8% na União Europeia (UE) no segundo semestre, subida que o Eurostat justifica com necessidades de financiamento pelo impacto das medidas de combate à Covid-19.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, na zona euro, a dívida pública atingiu os 95,1% do Produto Interno Bruto (PIB), quer na variação em cadeia (86,3% nos primeiros três meses do ano) quer face ao trimestre homólogo (86,2% do PIB).

Na UE a dívida pública agravou-se para os 87,8% do PIB no segundo trimestre, face aos 79,4% do primeiro e aos 79,7% do homólogo.

Os rácios mais elevados da dívida pública em relação ao PIB registaram-se na Grécia (187,4%), Itália (149,4%), Portugal (126,1%), Bélgica (115,3%), França (114,1%), Chipre (113,2%) e Espanha (110,1%) e os mais baixos na Estónia (18,5%), Bulgária (21,3%) e Luxemburgo (23,8%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santa Casa pode perder concessão exclusiva dos jogos de fortuna ou azar na Internet

Conclusão surge em processo que envolve IOE e Sportingbet. Em causa está uma "regra técnica" que devia ter sido comunicada à Comissão Europeia.

A concessão exclusiva do Estado português para a exploração dos jogos de fortuna ou azar na Internet da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa poderá ser ultrapassada, devido ao incumprimento de uma obrigação de comunicação à Comissão Europeia. Esta conclusão surge no seguimento de um processo entre a Santa Casa, a Internet Opportunity Entertainment Limited (IOE) e a Sportingbet, que gerem um site que explora jogos de fortuna ou azar.

Em causa está a interpretação de que a a exploração exclusiva de determinados jogos de fortuna ou azar atribuída a uma entidade pública para todo o território nacional inclui a exploração efetuada na Internet constitui uma “regra técnica”. Os Estados‐Membros têm a obrigação de comunicarem à Comissão qualquer projeto de regra técnica, para fiscalização.

O incumprimento dessa obrigação é considerado um “vício processual” essencial na adoção das regras técnicas, que tem como punição a inaplicabilidade dessas regras, de forma a que não são oponíveis aos particulares. Os particulares podem assim invocar a inoponibilidade perante o juiz nacional, a quem incumbe recusar a aplicação de uma regra técnica nacional que não foi notificada em conformidade com a Diretiva, segundo o acórdão do Tribunal de Justiça proferido esta quinta-feira.

É de sublinhar que o Tribunal de Justiça não resolve o litígio nacional, sendo que cabe ao órgão jurisdicional nacional decidir o processo em conformidade com a decisão do Tribunal.

Este processo começou quando a Santa Casa intentou uma ação contra o Sporting Clube de Braga e o Sporting Clube de Braga — Futebol SAD e a IOE e a Sportingbet, depois de ser celebrado um contrato de patrocínio do clube com as empresas, para as épocas de 2006/2007 e 2007/2008. A ação tinha vista, entre outras coisas, a nulidade do contrato de patrocínio, a declaração da ilegalidade da atividade da Sportingbet em Portugal e da publicidade a essa atividade e a condenação no pagamento de uma indemnização correspondente aos prejuízos sofridos com as referidas atividades ilícitas.

No desenrolar do processo, o órgão jurisdicional de primeira instância decidiu declarar a nulidade dos contratos de patrocínio e a ilegalidade da atividade da IOE e da Sportingbet e condená-las a absterem-se de explorar, por qualquer forma, jogos de lotarias e apostas mútuas, e de efetuar qualquer publicidade ou divulgação do site ou às próprias empresas.

O Tribunal da Relação de Guimarães negou o recurso à IOE e pela Sportingbet e o órgão jurisdicional de recurso decidiu mesmo que a atividade destas
era ilícita. A IOE e a Sportingbet decidiram então recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, para que este submetesse questões prejudiciais ao Tribunal de Justiça, com este a responder, depois de um reenvio, com o acórdão referido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 75% dos alunos portugueses seguem eventos globais pelas redes sociais

Os estudantes portugueses destacaram-se entre os mais conscientes para assuntos globais, bem como para questões de saúde pública, como pandemias, no estudo da OCDE.

Os estudantes nacionais confiam no telemóvel para acompanhar a atualidade internacional. Mais de 75% dos alunos portugueses seguem os eventos globais pelas redes sociais, revela o sexto volume do estudo sobre a literacia dos estudantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Portugal encontra-se assim entre os países em análise onde os estudantes mais recorrem às redes para saber o que se está a passar pelo mundo, um grupo que também inclui Hong Kong, Lituânia, Malta, Filipinas, Rússia, Escócia, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, segundo o “Programme For International Student Assessment” (PISA) de 2018, que se debruça sobre os alunos de 15 anos.

Para além disso, os estudantes portugueses destacaram-se também entre os mais conscientes para assuntos globais, bem como para questões de saúde pública, como pandemias. Isto quando os dois tópicos com os quais os alunos inquiridos neste estudo estavam menos familiarizados eram questões de saúde bem como conflitos internacionais.

O estudo conclui ainda que, “independentemente da origem socioeconómica, os pais podem transmitir certos interesses e conhecimentos para os filhos e reforçar atitudes que os filhos desenvolvem através de atividades e experiências de aprendizagem na escola”. Portugal é um dos países onde existe uma maior associação entre os interesses dos pais e filhos, no que diz respeito a temas globais, bem como no interesse em aprender sobre outras culturas.

O PISA analisa também a capacidade dos estudantes avaliarem toda a informação a que têm acesso atualmente, tendo concluído que menos de um em cada dez alunos nos países da OCDE foi capaz de distinguir entre facto e opinião, com base em pistas implícitas relativas ao conteúdo ou fonte das informações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.