Altice lamenta que Anacom opte por avançar com migração remota da TDT

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

A Altice lamenta que a Anacom tenha optado por avançar com a migração da TDT através de ressintonia remota dos emissores, "desconsiderando" os impactos da pandemia.

A Altice Portugal lamentou esta segunda-feira que a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) tenha optado por avançar com a migração da TDT, essencial para o desenvolvimento do 5G, através de ressintonia remota dos emissores, “desconsiderando” os impactos da pandemia.

O presidente da Anacom, João Cadete Matos, disse esta segunda-feira que, devido às dificuldades de deslocação, resultantes da pandemia, dos técnicos que têm vindo a fazer a mudança de frequência dos emissores da TDT [televisão digital terrestre], esta será a partir de agora feita remotamente por parte da empresa alemã parceira da Altice.

Questionada pela Lusa sobre o tema, fonte oficial da Altice Portugal “lamenta que o regulador tenha optado por avançar com a migração da TDT através de ressintonia remota dos emissores e que continue a não olhar para este processo de forma ponderada, realista e séria, desconsiderando a evolução e os impactos da situação pandémica de covid-19, que levou à declaração de situação de calamidade em todo o território nacional continental”.

A dona da Meo refere que no início deste mês, “depois de ter conhecimento da posição adotada pelo fornecedor Rhode&Schwarz – de quenão iria autorizar a deslocação dos seus técnicos a Portugal Continental […] devido ao agravamento da situação pandémica no país”, a Altice Portugal “não só alertou as entidades responsáveis sobre as restrições do fornecedor, como apresentou uma alternativa segura para o processo de migração da TDT”.

A alternativa passava por antecipar a migração dos emissores da Região Autónoma da Madeira – atualmente prevista para o final do calendário, entre 14 e 18 de dezembro – “para as semanas 43 e 44 do projeto, isto é, para o período entre 19 de outubro e 30 de outubro”, explicou fonte oficial. “Hoje, por iniciativa do regulador, as regiões autónomas continuam a ser remetidas para último plano quase votadas ao esquecimento, o que é muito lamentável”, considerou a Altice Portugal.

“De forma insensível e pouco prudente, o regulador preferiu não ouvir quem lidera o processo tecnológico e decidir à margem de todas as recomendações, ignorando todos os riscos técnicos associados a esta operação”, apontou, referindo que “a ressintonia remota de emissores, sem a implementação prévia das medidas mínimas de mitigação de risco identificadas pela Altice Portugal, representam um risco enorme”.

A Altice Portugal salienta que “o não recurso à ressintonia remota não foi colocada em causa pela Anacom aquando da anterior suspensão da migração já no contexto da situação pandémica da covid-19”, pelo que “tornar hoje esta opção viável revela um total desconhecimento da realidade técnica aplicável”.

A migração da frequência da TDT, devido ao arranque da quinta geração (5G), foi suspensa em março devido ao impacto da pandemia. “Por tudo isto, a Altice Portugal reafirma que não aceitará qualquer responsabilidade por ressintonias mal ou inadequadamente realizadas que se traduzam, entre outras consequências, em interferências, inexistência ou má qualidade do serviço TDT, ou em qualquer utilização inadequada do espectro radioelétrico utilizado por estes emissores”, assevera a dona da Meo.

“A Altice Portugal é totalmente alheia a esta decisão, sendo a Anacom a única entidade responsável por uma decisão tão imprudente quanto insensível que vai contra o interesse e proteção dos portugueses”, concluiu a operadora.

“Foram ponderados os prós e contras de outras alternativas, mas considerou-se que era muito importante manter uma definição quanto ao calendário de migração da faixa dos 700 megahertz (TDT) para garantir que essa faixa fica atempadamente disponível para a atribuição de frequências do 5G”, referiu hoje João Cadete Matos, prevendo que o processo ficará “concluído dentro do calendário definido”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Região de Navarra em Espanha em confinamento durante 15 dias

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

A região de Navarra, em Espanha, vai ficar confinada a partir de quinta-feira e durante 15 dias, exceto para casos excecionais, como trabalho, serviços essenciais ou de emergência.

A região espanhola de Navarra, com cerca de 650 mil pessoas, no norte do país, vai ficar confinada a partir de quinta-feira e durante 15 dias, exceto para casos excecionais, como trabalho, serviços essenciais ou de emergência.

A presidente do Governo desta comunidade autónoma, María Chivite, anunciou as restrições à circulação de pessoas numa conferência de imprensa extraordinária, na qual reconheceu que a situação de saúde é “preocupante” devido à Covid-19, apesar de outras restrições já terem sido tomadas nas semanas anteriores.

“Trata-se de parar toda a atividade não essencial”, disse, anunciando, além do confinamento, o encerramento às 21h00 horas de bares, restaurantes e outros estabelecimentos desportivos e culturais, bem como a restrição de reuniões fora do agregado familiar.

A incidência acumulada por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias nesta região espanhola, que faz fronteira com a França, o País Basco, Aragão e Rioja, era esta segunda-feira de 945 casos, a mais elevada do país que tem 312 de média.

Em Espanha, mais de 5,6 milhões de pessoas são já alvo de medidas idênticas, tomadas principalmente ao nível de municípios, como por exemplo as mais de 3,2 milhões na capital do país, Madrid.

Estas medidas, que afetam um total de 36 municípios, 16 dos quais em Madrid e nove em Castela e Leão, procuram evitar um regresso ao confinamento domiciliário, como aconteceu aquando da primeira vaga da pandemia de Covid-19, e vão na mesma linha da Europa, onde as restrições são reforçadas e o recolher obrigatório foi mesmo adotado em cidades como Paris.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS e PSD consensualizam regras para eleitores confinados votarem em 2021

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

PS e PSD acordaram um texto comum sobre as regras especiais para os eleitores em confinamento devido à pandemia de Covid-19 poderem votar. Divergem sobretudo no alcance temporal da medida.

PS e PSD acordaram um texto comum sobre as regras especiais para os eleitores em confinamento devido à pandemia de Covid-19 poderem votar, com o diploma a aplicar-se a todas as eleições e referendos que se realizem em 2021.

Nos projetos aprovados na generalidade, PS e PSD divergiam sobretudo no alcance temporal da medida: enquanto os socialistas pretendiam que o diploma se aplicasse exclusivamente à eleição do Presidente da República e aos doentes confinados devido à epidemia de Covid-19, os sociais-democratas defenderam um regime intemporal e aplicável a qualquer situação de grave risco para a saúde pública.

O texto comum, a que a Lusa teve acesso e que será debatido e votado na especialidade na terça-feira na Comissão de Assuntos Constitucionais, estabelece “um regime excecional e temporário de exercício de direito de voto antecipado aos eleitores a quem foi decretado confinamento obrigatório, no âmbito da epidemia SARS-CoV-2 e da doença Covid-19, no respetivo domicílio ou noutro local definido pelas autoridades de saúde que não em estabelecimento hospitalar, nas eleições e atos referendários a realizar no ano de 2021”, ano em que, além de presidenciais em janeiro, também estão previstas autárquicas para depois do verão.

O pedido de requerimento de voto antecipado por parte destes eleitores pode ser feito através de plataforma digital entre o décimo e o sétimo dias anteriores ao da eleição ou referendo e, como novidade, os partidos acrescentaram (para contemplar pessoas sem acesso a meios eletrónicos) a possibilidade de ser feito na junta de freguesia através de um representante, mediante procuração simples e cópia do documento de identificação do eleitor.

Este voto antecipado (a que se aplicam genericamente as regras atuais já existentes para presos e internados) pode ser pedido por eleitores em confinamento não só no concelho em que estão recenseados, sendo alargado no novo texto comum também aos que estejam em “concelho limítrofe”.

No texto de consenso entre PS e PSD, determina-se que as operações de votação ficam a cargo dos presidentes de câmara, vereadores ou funcionários municipais, mas acrescenta-se que, se estes também estiverem impedidos devido à pandemia, é possível recorrer a pessoal de outra autarquia ou até da administração central do Estado.

Tal como pretendia o PSD, ficou incluído no texto comum um processo de desinfeção e quarentena dos sobrescritos com os votos, que deverão respeitar recomendações a fixar pela Direção Geral de Saúde. “A presente lei tem vigência excecional e temporária, sendo aplicável aos atos eleitorais que se realizem no ano de 2021” e “entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação”.

PS e PSD chegaram também a um texto comum sobre o alargamento do voto em mobilidade, com base no texto dos socialistas aprovado na generalidade (o dos sociais-democratas juntava no mesmo diploma esta matéria com a do voto para os confinados), mas acrescentando algumas novidades.

Mantêm-se os principais objetivos da lei, que se aplicará em presidenciais, legislativas, autárquicas e referendos: aumentar o número de mesas para o voto em mobilidade (feito antecipadamente em qualquer ponto do país, mediante inscrição prévia, e sem necessidade de invocar qualquer razão) de uma por distrito para, pelo menos, uma por concelho e reduzir o número de eleitores por mesa, para um máximo de mil.

Como novidade, inclui-se no texto comum que a administração eleitoral disponibiliza, nas assembleias de voto constituídas no estrangeiro, cadernos eleitorais desmaterializados, de forma a evitar a impressão dos mesmos.

Para os cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, alarga-se também o prazo de inscrição no recenseamento: até agora a inscrição ficava inativa quando passavam 12 meses desde a validade do último documento nacional, período que passa para 24 meses (até devido aos atrasos na revalidação desses documentos por causa da pandemia).

O objetivo é que a votação final global dos dois diplomas ocorra na sexta-feira, antes de os trabalhos parlamentares serem interrompidos para o debate orçamental, de forma a vigorarem já nas presidenciais previstas para janeiro.

Já o projeto-lei do PS que determina a perda de mandato para os eurodeputados que se inscrevam num partido diferente daquele pelo qual foram eleitos ainda não deverá avançar já para a especialidade por não haver urgência na sua aprovação final, segundo fontes das duas bancadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UNIQA paga 1000 milhões por ativos da AXA em 3 países europeus

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2020

A transação, em numerário, envolve o negócio AXA nos mercados polaco, checo e eslovaco, área P&C (seguros gerais), ramos Vida, poupança e reforma. É a maior aquisição de sempre da austríaca.

Todas as subsidiárias do grupo AXA na Polónia, República Checa e Eslováquia foram vendidas à UNIQA e o negócio é agora dado como concluído. Anunciada em fevereiro passado, a transação obteve as necessárias aprovações das autoridades competentes, com o processo a completar-se em oito meses, apesar das restrições impostas pela pandemia, nota a seguradora austríaca em comunicado.

O grupo UNIQA, líder de seguros na Áustria e um dos mais relevantes no mercado da Europa central e leste (Central and Eastern Europe – CEE), desembolsa 1000 milhões de euros para a sua maior aquisição de sempre e também a maior compra alguma vez concretizada por uma seguradora austríaca na região CEE.

Atual CEE (Central and Eastern Europe) inclui Polónia (PL) Rep Checa (CZ) e Eslováquia (SK). A região compreende países do antigo Pacto de Varsóvia e outros Estados do Báltico.


O UNIQA Insurance Group AG realça que, através do negócio, acede ao top5 do ranking CEE
. Com a aquisição dos ativos da AXA, a seguradora austríaca ganha cinco milhões de novos clientes, 800 milhões de euros em prémios e eleva a sua carteira de clientes para 15 milhões de segurados.

“Operamos há 20 anos com sucesso na região da Europa central e leste. Para nós, os mercados em crescimento da CEE são o nosso segundo mercado doméstico. Com a compra das empresas AXA, o negócio lucrativo de retalho e o mix de produtos equilibrado combinam perfeitamente com a nossa estratégia de crescimento a longo prazo, somos agora um dos principais grupos seguradores na região da CEE”, comentou Andreas Brandstetter, CEO do Grupo UNIQA, citado no comunicado.

A aquisição foi efetuada sem necessidade de qualquer aumento de capital, sendo financiada através de fundos próprios, complementados por uma emissão obrigacionista (senior bonds) por um montante de 600 milhões de euros, refere a mesma fonte indicando que os ativos adquiridos passarão a operar sob marca única, e a respetiva integração inicia-se de imediato.

De acordo com a informação da UNIQA Österreich Versicherungen AG, após esta transação, o rácio de solvência (SCR) do grupo situa-se na metade superior do intervalo 155% a 190%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas Seguros abre nova loja em Malta, Vila do Conde

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2020

O novo espaço comercial está totalmente adaptado à nova imagem de loja premium da marca.

A Ageas Seguros inaugurou um novo espaço e conceito de loja em Malta, nos arredores de Vila do Conde. O espaço comercial está totalmente adaptado à nova imagem de loja premium da marca, composto por uma equipa de dois profissionais, disponibiliza aconselhamento sobre uma vasta gama de serviços e seguros.

Segundo Filipe Marques, sócio gerente da loja “a Ageas Seguros garante uma equipa experiente, especializada e pronta a adaptar as soluções para acompanhar as necessidades de cada Cliente. A aposta na renovação do nosso espaço comercial reforça o posicionamento de uma relação cada vez mais transparente com os nossos Clientes e Consumidores e combina a arquitetura típica do local com o conceito de atendimento premium. “

Desta forma, salienta a companhia, a Ageas Seguros continua a apostar no plano de expansão de renovação de lojas de Norte a Sul do país, uma rede que conta mais de 150 lojas em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Restauração desafia Governo a apoiar rendas, incentivar consumo e reduzir IVA

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

A Associação Nacional de Restaurantes lamenta que o OE2021 não priorize o setor e considera ser “essencial” o “apoio às rendas, o incentivo ao consumo e a redução do IVA”.

A Associação Nacional de Restaurantes (PRO.VAR) lamentou esta segunda-feira que o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) não priorize o setor e desafiou o Governo a conceder apoios às rendas, a incentivar o consumo e a reduzir o IVA.

“A PRO.VAR lamenta que o Governo não tenha optado, neste OE por priorizar a ajuda a um dos setores que mais perde com a pandemia” de Covid-19, referiu, em comunicado, a associação.

A associação de restaurantes indicou que mais de metade das empresas do setor tiveram uma quebra de mais de 50% da faturação devido à pandemia, segundo um inquérito da PRO.VAR, realizado entre 12 e 19 de outubro, com respostas válidas de 748 estabelecimentos.

Assim, a associação considerou ser “essencial” para a sobrevivência do setor o “apoio às rendas, o incentivo ao consumo e a redução do IVA”. De acordo com os dados da PRO.VAR, quase metade (43,7%) dos estabelecimentos estão com rendas desajustadas em função do contexto económico, “estando, em média, três vezes acima do valor que seria recomendável para este momento de pandemia”.

Neste sentido, a associação reiterou que o OE2021 deve contemplar uma verba para apoiar senhorios na isenção do pagamento do IRS ou IRC, desde que apresentem uma redução da renda em, pelo menos, 30% do seu valor.

Por outro lado, o estudo da associação apontou que, pelo menos, uma em cada três empresas não obteve qualquer tipo de apoio (39,1%), não conseguem pagar salários (37,4%) e vão fazer despedimentos se não receberem apoios (38,5%). “A PRO.VAR considera que as medidas anunciadas até então são escassas e que algumas ainda não saíram do papel, aguardando regulamentação, como é o caso do ADAPTAR 2.0 e do #TUPODES”, defendeu.

A associação disse ainda que os incentivos ao consumo ficaram aquém do esperado, sublinhando que o IVAucher, beneficia, sobretudo, os clientes. Para a PRO.VAR esta medida, apesar de “bem intencionada, deveria ser mais simples”, acrescentando que seria “bem mais útil” se esta tivesse como foco o consumo fora dos momentos de maior faturação.

O estudo da PRO.VAR conclui que um terço dos empresários elege como importantes apoios a redução das rendas, a isenção da TSU, os ‘vouchers’ e a descida do IVA na restauração, mas a grande maioria (79,8%) defende que a redução do IVA é a medida mais importante.

A PRO.VAR desafia o Governo a ‘jogar a cartada’ inteligente no OE2021 e, mantendo a linha de coerência da opção tomada há cinco anos, faça da redução do IVA da restauração, a bazuca que o setor precisa”, concluiu.

O Governo entregou, na semana passada, no parlamento, a proposta de lei do OE2021, na qual prevê, para este ano, uma recessão de 8,5% e que a economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, “ano em que se alcança um nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica”.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maria de Almeida Teixeira reforça equipa de arbitragem da CMS

A equipa de Contencioso e Arbitragem da CMS acaba de ser reforçada com a entrada da advogada Maria de Almeida Teixeira.

A equipa de Contencioso e Arbitragem da CMS acaba de ser reforçada com a entrada da advogada Maria de Almeida Teixeira. Com mais de 10 anos de experiência em contencioso e arbitragem, Maria de Almeida Teixeira integra assim a área de prática coordenada pelos sócios Nuno Pena e Miguel Esperança Pina. Para os Sócios coordenadores da CMS, “esta integração vem reforçar a aposta na excelência e qualidade dos serviços prestados pela CMS, associada a um espírito inovador e arrojado.”

Ao longo da sua carreira, Maria de Almeida Teixeira tem representado com sucesso alguns dos mais relevantes players, nacionais e internacionais, em complexos e desafiantes litígios.

O departamento de Contencioso de Arbitragem da CMS (Portugal) – distinguido como Law Firm of the Year pelo Best Lawyers Global Edition 2020 – conta atualmente com três sócios e 21 advogados, integrados num universo de mais 4.500 advogados.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE devia “promover o emprego” em vez de “subsidiar o desemprego”, alertam os empresários

Empresários e associações estão bastantes "decionados" com Orçamento para o próximo ano. Queixam-se que é um Orçamento focado no apoio social e que esquece as empresas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2021 apresentada pelo Governo não agradou os empresários e as associações de vários setores industriais. Para o ministro das Finanças, João Leão, este é um “OE certo para Portugal e para os portugueses”, mas para os empresários é uma “deceção”.

“Orçamento que esquece as empresas”. “Iniciativa privada foi completamente esquecida”. “Este não é o Orçamento que o país precisa”. “É dececionante e fica aquém para as empresas”. A opinião é unânime e o descontentamento notório. Empresários queixam-se que é um Orçamento orientado as questões sociais, que é “vazio” a nível de apoio às empresas.

Do têxtil ao setor automóvel, a grande maioria dos empresários e associações confessa que esperavam ver neste OE2021 mais medidas de apoio para dinamizar as empresas, como menos impostos, mais incentivos, principalmente num ano atípico como este em que os gestores viram as suas empresas de portas fechadas, encomendas estagnadas e o volume de negócios a sofrer um impacto brutal.

“Este não é o Orçamento que o país precisa, está muito longe disso. Face ao elevado nível de endividamento, se não tivermos uma economia a crescer de modo forte e sustentável, voltaremos a enfrentar problemas muito sérios”, destaca o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro.

É um Orçamento de Estado muito dececionante e não me parece que seja minimamente ambicioso naquilo que é o fundamental, a dinamização da atividade económica.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2021, o próximo ano poderá trazer novos apoios sociais, aumentos nos salários e pensões e mudanças nos impostos. Para os empresários, este é um Orçamento focado na componente social e que esquece que “são as empresas que criam riqueza”. “Governo preocupou-se apenas com a componente social e esqueceu-se das empresas. Este Orçamento está a esquecer que quem cria riqueza neste país são as empresas”, destaca com alguma indignação o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Mário Jorge Machado.

O vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, partilha a opinião do líder do têxtil e destaca que em vez de ser um orçamento projetado no crescimento da economia, “centra-se em prestações sociais”. “É um Orçamento de Estado muito dececionante e não me parece que seja minimamente ambicioso naquilo que é o fundamental, a dinamização da atividade económica. Quem cria riqueza são as empresas privadas este OE não incentiva investimento ou a criação de medidas estruturais para o crescimento da economia”. Acrescenta ainda que “um Orçamento que não serve à economia também não serve para os portugueses a curto prazo”.

O ECO ouviu os gestores da Danone Portugal, Olicargo e Riopele e do ponto de vista dos empresários este é um Orçamento que fica “aquém” daquilo que as empresas precisam neste momento — estímulo económico. Para o diretor-geral da Olicargo, Pedro Moreira, este é um “OE pouco ambicioso”. O gestor adianta que gostava de ver nesta proposta “mais incentivos às empresas em geral, mais estímulos direcionados a empresas que exportam e que produzem e criam riqueza efetiva”.

Os gestores da Danone e da Riopele queixam-se da falta de incentivos para as grandes empresas.”O Orçamento Estado está aquém. Não tem medidas para ajudar as grandes empresas, nem ao nível do investimento nem de ajudas fiscais. Este OE2021 só tem medidas para as micro e PME, para as grandes empresas isso não acontece”, lamenta o country manager da Danone Portugal, Ludovic Reysset. “O Governo podia incentivar as grandes empresas a investir mais em Portugal”, apela.

O presidente da Riopele, uma das mais antigas têxteis portuguesas e que emprega mais de mil pessoas em Portugal, corrobora a ideia e destaca que “as grandes empresas foram esquecidas” e que os incentivos foram para as PME. “As restantes empresas ficaram marginalizadas nesta proposta. Porquê que só se fala em PME?”, questiona o presidente da Riopele, José Alexandre Oliveira. “Não houve a coragem de dar incentivos para dinamizar as empresas não classificadas como PME”, afirma o líder do têxtil.

OE está aquém. O Governo podia incentivar as grandes empresas a investir mais em Portugal. Este Orçamento de Estado não tem medidas para ajudar as grandes empresas nem ao nível do investimento nem em ajudas fiscais.

Ludovic Reysset

Country Manager da Danone Portugal

O vice-presidente da associação dos metalúrgicos diz que para além de não existirem medidas de apoio às grandes empresas, “existe, pelo contrário, um ataque”. Rafael Campos Pereira refere-se à proibição de despedir por parte das empresas que recebam apoios públicos, “uma medida contrária ao que seria lógico”.

Proibição de despedir inibe o crescimento e vai aumentar o desemprego

A medida que prevê que as grandes empresas com resultados líquidos positivos este ano e que recebam apoios públicos não podem despedir trabalhadores está a causar bastante descontentamento entre os empresários e as associações. Para a Associação Empresarial de Portugal esta é uma medida “inaceitável, inibidora do investimento privado e da gestão normal de recursos humanos, agravando a enorme rigidez já existente para a atividade empresarial. O presidente da associação considera que, na prática, ao penalizar o investimento, a medida poderá mesmo ter o resultado oposto ao anunciado.

O vice-presidente da AIMMAP partilha da ideia e destaca que esta “é uma medida populista, chavista, que ataca as empresas e vai ter um efeito contrário. Esta medida que é lamentável e absurda vai aumentar o desemprego. Quem propôs esta medida quer destruir o país”. Conclui que, na prática, “é uma medida para ir ao encontro de alguns partidos, nomeadamente dos partidos da extrema-esquerda.

Para o setor do vestuário, que regista perdas há sete meses e não tem esperança numa rápida retoma, esta é uma medida inibidora de crescimento. “Como é que as empresas de podem reestruturar ou readaptar a uma nova realidade se houve uma redução do consumo a nível mundial, as empresas estão com dificuldades e a lutar pela sobrevivência e o Governo ainda impõe que as empresas não se podem reestruturar como é que uma economia saudável pode vingar?”, questiona o presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário (ANIVEC), César Araújo.

“Este OE2021 está a discriminar as empresas com mais de 250 trabalhadores. Grande parte das empresas do cluster do vestuário são tratadas como grandes empresas. Uma empresa do vestuário que tem 300 trabalhadores e fatura dez milhões de euros não pode ser considera como a Galp e uma EDP. O Estado tem que diferenciar as coisas”, alerta César Araújo.

“Estamos desiludidos e esquecidos por não termos uma medida específica para o setor, é impressionante.

Rodrigo Ferreira da Silva

Presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel

O diretor geral da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), Gualter Morgado, concorda com o presidente do vestuário e considera que devia existir um método para avaliar se uma emprega tem ou não condições de despedir. “Devia existir um critério qualitativo que permita avaliar se a empresa usou benéficos e está injustificadamente a despedir pessoas. Se for justificado, isto não faz sentido. Estamos a penalizar o bom empresário em detrimento do mau empresário“, conta ao ECO, Gualter Morgado.

Para a grande maioria das empresas, este OE ajuda o desemprego, mas não cria emprego. O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, já se pronunciou, alertando que este OE apoia muito o desemprego, mas não apoio o emprego”. O diretor geral do mobiliário defende que se parte do problema é desemprego “a única forma de resolverem este problema é criar emprego”. Acrescenta ainda que gostava de ver nesta proposta de OE medidas “focadas em estímulos para as empresas e a criação de emprego”, diz.

Para o vice-presidente da AIMMAP, em vez de se estar a “privilegiar subsidiar o desemprego”, devia eram ser criadas medidas que “promovam o emprego”. “Existem muitos apoios sociais, mas não existe um esforço sério para relançar a economia. Se não estimularmos a economia a muito curto prazo nem temos capacidade sequer de manter as prestações sociais”, alerta Rafael Campos Pereira.

O que querem os empresários? Menos impostos e mais estímulo

A grande maioria das associações e empresários ouvidos pelo ECO quer mais medidas para as empresas, queixam-se que, mais uma vez, foi adiada a reforma fiscal que o país necessita com urgência. “Precisamos que o IRS baixe de forma a aumentar os rendimentos dos trabalhadores e estimular o consumo. Precisaríamos que o IRC baixasse para aumentar a competitividade das empresas e o investimento”, sugere o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira.

Para o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, o Governo ao tornar as leis do trabalho mais rígidas vai colocar uma dificuldade acrescida ao crescimento da economia. “As leis do trabalho portuguesas são das mais rígidas da OCDE”, recorda Mário Jorge Machado. O responsável sugere um “incentivo fiscal ao investimento pela parte das empresas e a simplificação da carga burocrática”. “São duas componentes muitos críticas para as empresas conseguirem crescer e criar riqueza. Portugal começa a ficar na cauda dos países que crescem”, alerta Mário Jorge Machado.

“OE devia ser mais focado na criação de emprego, manutenção dos postos de trabalho e habilitar as empresas para que tenham capacidade para competir a nível europeu”, é a sugestão do presidente da ANIVEC numa altura em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a taxa de desemprego em Portugal deverá atingir os 8,1% em 2020, nas suas últimas previsões económicas.

À semelhança do têxtil, a produção automóvel que caiu pelo sétimo mês consecutivo, pede para não ser esquecida neste Orçamento de Estado. “Estamos desiludidos e esquecidos por não termos uma medida específica para o setor, é impressionante. Neste momento deveria ser estimulada a retoma de um setor que representa 20% das receitas fiscais em Portugal, 19% do PIB português e emprega cerca de 200 mil pessoas”, conta ao ECO, Rodrigo Ferreira da Silva, presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN).

Face ao colapso do mercado, à falta de incentivos e à “carga fiscal elevadíssima”, a associação automóvel sugere que todas as viaturas deviam ter redução de ISV, um estímulo à procura, com 50% de apoio até o limite 2500 euros, nos carros de gama pequena e média e utilitários. A ARAN ressalva ainda que esta “é uma medida necessária para estimular consumo e a renovar o parque automóvel envelhecido (veículos ligeiros de passageiros têm em média 13 anos), muito pouco amigo do ambiente, ajudar as empresas a transformar a mercadoria em liquidez”.

Limitação do agravamento das tributações autónomas deixa muito a desejar

As micro, pequena e médias empresas que tenham registado lucros nos últimos anos e que, perante a situação de pandemia, venham a registar prejuízos este ano e no próximo vão escapar ao agravamento das tributações autónomas. Outra medida insuficiente na ótica das associações empresariais.

“As tributações autónomas deviam mesmo ser eliminadas para que o sistema fiscal fosse mais transparente. Não há ninguém que saiba no início do ano quanto vai pagar deste imposto, a tributação autónoma é a pior coisa que existe. Não faz sentido nenhum”, defende o vice-presidente dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos. As críticas da AEP vão além desta medida e abrangem de forma mais alargada o OE que, dizem, deixou a iniciativa privada “completamente esquecida”. Defendem que não há estímulo à atividade produtiva e mesmo as medidas que existem — como a eliminação do agravamento das tributações autónomas para as PME com prejuízo devido à pandemia ou o IVAucher — são vistas como “pouco expressivas e com limitações”.

“Se não estimularmos a economia a muito curto prazo nem temos capacidade sequer de manter as prestações sociais”, alerta o vice-presidente da AIMMAP, Rafael Campos Pereira. O Executivo de António Costa já veio dizer que o Governo está disponível para negociar e “introduzir melhorias” no Orçamento de Estado para 2021. Para o presidente da AEP, ainda é possível aplicar medias mais rígidas para o tecido empresarial português: “Ainda estamos a tempo de modificar políticas e com isso restabelecer a confiança dos agentes económicos, em prol da rápida recuperação e da prosperidade duradoura dos portugueses”, apela Luís Miguel Ribeiro.

Apesar de todas as dificuldades que o tecido industrial português está a enfrentar fruto desta pandemia, o diretor geral da Olicargo, lembra a resiliência da indústria. “Os empresários portugueses são resilientes e se houvesse uma alavanca por parte do Governo neste OE, acredito que as empresas iam conseguir superar o desafio”, concluí o gestor desta operadora logística que emprega 170 pessoas em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📈 Portugal demorou cinco meses para atingir 50 mil casos de Covid-19 e apenas três para os duplicar

Entre os primeiros casos de Covid-19 até à barreira dos 50 mil passaram 146 dias. Mas bastaram mais 85 dias para atingir o dobro.

Os dois primeiros casos do novo coronavírus foram anunciados, pelas autoridades de saúde, a 2 de março. Chegaram importados de Itália e Espanha, e rapidamente se espalharam deixando o país confinado, em poucos dias. Foi em julho, quase cinco meses depois, que Portugal registou 50 mil casos totais de Covid-19. Em outubro, dobrou a marca e ultrapassou a linha dos 100 mil contágios.

Número total de casos de Covid-19

Fonte: DGS

No dia 26 de julho, o relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) dava conta de 50 mil casos totais do novo coronavírus. Hoje, passado 85 dias, o mesmo documento reportava que, em Portugal, existiram desde março 100 mil casos de infeção. Fazendo as contas, significa que, em menos de três meses, o país sofreu mais 50 mil novos contágios, o que anteriormente demorou cinco meses a acontecer.

Evolução de casos ativos de Covid-19 no último mês

Fonte: DGS

O avolumar rápido de casos tem vindo a ser fonte de preocupação para as autoridades de saúde e para o Governo. A semana passada, à saída da reunião do Conselho de Ministros, António Costa anunciou novas medidas de contingência e elevou a situação do país para estado de calamidade. As propostas de lei que o Executivo apresentou para implementar a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços exteriores e o uso da app StayAway Covid geraram polémica quase de imediato. Mas, mesmo com os dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge a apontar para um agravamento da situação — já se fala em cegar aos quatro mil casos diários em novembro –, a ministra da Saúde defende que estes cálculos podem ser invertidos com “medidas eficazes”. No entanto, Marta Temido não admite um possível recolher obrigatório porque a medida não compete apenas ao Ministério que tutela.

O último relatório da DGS revelava a existência de 39.696 casos ativos, o número máximo desde o início da pandemia.

Número total de mortos causados por Covid-19

Fonte: DGS

O primeiro morto causado pela pandemia em Portugal foi registado a 17 de março, três dias depois do primeiro recuperado. O número máximo de mortes foi no dia 11 de abril, com 35 óbitos decorrentes da doença.

Desde o início desta segunda vaga, o máximo atingido foram 21 mortes, no dia em que o país atingiu o recorde de 2.608 novas infeções diárias por Covid-19. Até agora, há a lamentar 2.198 óbitos causados pela pandemia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Morais Leitão assessora Batipart Immo na compra do portefólio “Alma”

A Batipart e Covéa acabam de comprar 80% da estrutura que integra o capital do portfólio “Alma” ao Grupo Adeo, numa operação do tipo sale and leaseback no valor de 500 milhões de euros.

A Batipart e Covéa acabam de comprar 80% da estrutura que integra o capital do portfólio “Alma” ao Grupo Adeo, numa operação do tipo sale and leaseback. Esta operação incluiu a compra de sociedades e aquisição de 42 ativos imobiliários localizados em Portugal, Espanha, França e Itália, arrendados pela Leroy Merlin, Bricoman e Bricomart.

A Morais Leitão esteve ao lado dos compradores, que concretizaram a operação por 500 milhões de euros.

Esta foi mais uma assessoria internacional que em Portugal contou com a participação de uma equipa multidisciplinar da Morais Leitão, destacando-se a participação de Rita Ferreira Vicente (sócia de Imobiliário), Pedro Gorjão Henriques (sócio de Bancário e Financeiro), Bruno Santiago (sócio de Fiscal), Pedro Soares da Silva (advogado sénior de Fiscal), Diana Ettner (consultora de Público, Urbanismo e Ambiente) e Maria Carolina Gonçalves (associada de Imobiliário).

Para Rita Ferreira Vicente “esta foi uma grande operação, não apenas pelo valor envolvido, mas pelas várias áreas do direito envolvidas e pelo facto de os ativos se encontrarem distribuídos por vários países, o que exigiu a coordenação de várias equipas com diferentes expertises dentro da ML, concorrendo assim para o sucesso da operação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gás natural usado para produzir eletricidade bate recorde histórico em outubro

Em termos acumulados, o consumo de gás natural para abastecimento das centrais termoelétricas registou ao final do mês de setembro um crescimento de 7% face ao ano anterior.

A REN – Redes Energéticas Nacionais revelou esta segunda-feira que o consumo de gás natural para abastecimento das centrais termoelétricas do sistema nacional atingiu, a 16 de outubro, o valor diário mais elevado de sempre, com 136,5 GWh. Este valor ultrapassa o anterior máximo, registado a 17 de agosto de 2017, com 134,5 GWh, revelam os dados da REN

Já em termos acumulados, o consumo de gás natural para abastecimento das centrais termoelétricas registou ao final do mês de setembro um crescimento de 7% face ao ano anterior.

Já o Boletim de Eletricidade Renovável da APREN, relativo a setembro, revela que neste mês a energia fóssil foi responsável pela maioria (58%) da eletricidade produzida em Portugal, como gás natural a dominar como principal origem da energia elétrica (36%), seguido nas fósseis pelo carvão (12,7%) e pela cogeração fóssil (9%). Do lado das renováveis (42% da eletricidade gerada), dominou a eólica (18%) e a hídrica (15%), e só depois a biomass (6,4%) e a solar (2,8%).

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, o gás natural foi responsável por 26% da eletricidade produzida no país, ainda assim abaixo da energia hídrica (28%). Até setembro, as renováveis foram responsáveis por 61% da eletricidade gerada e 39% teve origem em energias fósseis.

A REN tinha já dado conta que em setembro o consumo de gás natural em Portugal disparou 13,3% por comparação com o período homólogo. Isto porque, com a saída do carvão do mix energético nacional, o gás natural foi mais utilizado para produzir energia elétrica (mais 19,5% em setembro). No segmento convencional, que engloba os restantes consumos de famílias e empresas a subida foi de 8,4%.Ainda assim, diz a REN, “no consumo acumulado do ano, o registo é negativo em 1,5%, com o segmento convencional a apresentar uma variação negativa de 6%, enquanto o segmento de produção de energia elétrica ganhou 6,9%.

Este cenário explica-se, respetivamente, com o forte abrandamento da economia portuguesa por causa da pandemia de Covid-19, o que levou empresas e indústrias a consumirem muito menos gás, e com a quase paragem das centrais a carvão de Sines e do Pego, que obrigou as centrais a ciclo combinado a trabalharem mais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energia e retalho atiram PSI-20 para terreno negativo em dia de correções na Europa

A bolsa de Lisboa fechou no vermelho, num dia que ficou marcado por problemas técnicos nas plataformas da Euronext que levaram a que a negociação fosse interrompida durante a manhã.

O dia foi de correções para as principais praças europeias e Lisboa não foi exceção. Com os pesos-pesados da energia e do retalho em terreno negativo, o PSI-20 fechou no vermelho, tendo perdido 0,23% para 4.218,50 pontos. A sessão ficou ainda marcada por problemas técnicos, que afetaram as plataformas da Euronext levando que a negociação fosse interrompida temporariamente durante a manhã.

As bolsas arrancaram o dia positivas, entusiasmadas pela perspetiva de estímulos nos EUA e a possibilidade de haver uma vacina contra a Covid-19 nos próximos meses. Mas os ganhos moderados acabaram por não durar e apenas o espanhol IBEX 35 se manteve em terreno positivo no fecho da sessão, tendo valorizado 0,15%. O Stoxx 600 recuou 0,16%, enquanto o alemão DAX cedeu 0,42% e o francês CAC 40 perdeu 0,15%.

Lisboa foi contagiada e acompanhou as perdas, especialmente devido ao grupo EDP. A casa-mãe tombou 1,16% para 4,498 euros, enquanto a eólica EDP Renováveis desvalorizou 2,12% para 16,64 euros, num movimento de correção após os fortes ganhos da semana passada. Também a Sonae (que perdeu 0,38% para 0,526 euros) e a Jerónimo Martins (que recuou 0,34% para 14,525 euros) pesaram no índice.

Em sentido contrário, as cotadas do papel — mais expostas à possibilidade de estímulos nos EUA — lideraram os ganhos. A Semapa subiu 2,26% para 7,25 euros, a Altri avançou 1,99% para 3,80 euros e a Navigator ganhou 0,88% para 2,062 euros. Em simultâneo, também os ganhos da Nos (1,69%), do BCP (0,39%) e da Galp Energia (0,12%) evitaram perdas superiores do PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.