Quanto valem os dois biliões da Apple? O mesmo que oito anos de PIB português

A viver um forte "rally", a fabricante do iPhone deixou as outras big tech para trás em capitalização bolsista. Comparando com a escala portuguesa, a diferença transforma-se num gigante fosso.

Nunca nenhuma empresa valeu tanto como a Apple: são 2.000.000.000.000,00 (ou seja, dois biliões) de dólares. Mas afinal quanto é isso? À escala nacional, não há qualquer empresa na bolsa de Lisboa que sequer se aproxime e, olhando para o produto interno bruto (PIB) do país, seriam precisos oito anos para Portugal inteiro gerar tanta riqueza.

A tecnológica tornou-se esta quarta-feira a primeira empresa cotada nos EUA com uma capitalização bolsista de dois biliões de dólares. A dona do iPhone tem vindo a valorizar de forma consistente desde o sell-off causado pela pandemia que atirou a cotação de cada ação para 212,61 dólares por ação no final de março. Desde então já ganhou cerca de 120% para o máximo histórico de 468,63 dólares por ação tocado no início da sessão.

Foi esta a cotação que lhe deu temporariamente a capitalização de dois biliões de dólares, o equivalente a cerca de 1,7 biliões de euros. Em termos comparativos, é 15 vezes superior à capitalização de mercado de todo o PSI-20, que acumula 114,6 mil milhões de euros. Em comparação com a única empresa do setor tecnológico no índice de referência nacional, a Novabase — uma das cotadas mais pequenas da bolsa, que vale apenas 102,5 milhões de euros — são mais… 16.390 vezes.

Fonte: Reuters | Nota: valores em euros

Como se chega aqui? A Apple tem aproveitado o rally acionista que tem sido especialmente expressivo no setor tecnológico, graças ao reforço da confiança na recuperação económica após a pandemia. Em simultâneo, depois da apresentação de resultados, os investidores têm aplaudido a diversificação do negócio, nomeadamente a diminuição da dependência da empresa nas vendas de iPhones a par de uma maior oferta de serviços.

Foi assim que conseguiu o que nenhuma outra empresa cotada tinha atingido. Se à escala nacional, parece a um fosso de distância, a nível internacional nem tanto. Até julho, havia outra empresa mais valiosa: a SaudiAramco. Penalizada pela instabilidade no setor, que tem vivido a tendência contrária à tecnologia, a petrolífera saudita vale agora 1,8 biliões de dólares, ou seja, menos 10% que a Apple.

E foi também assim que se afastou igualmente das restantes big tech, depois de, no início do ano, quatro das principais empresas do setor terem atingido o marco de valerem mais de um bilião de dólares. A Amazon vale 1,66 biliões, seguida de perto pela Microsoft com 1,6 biliões e pela Alphabet (empresa-mãe da Google) com 1,06 biliões. Das FAANG, só o Facebook e a Netflix não chegam a este limiar.

Criada na garagem de Steve Jobs em 1976, a tecnológica começou a negociar em Wall Street a 12 de dezembro de 1980 a 22,00 dólares por ação. Desde então, passou pela crise das dotcom, quando a cotação caiu abaixo da barreira dos cinco dólares, mas recuperou, tendo-se tornado uma das mais importantes tecnológicas do mundo e valorizado 2.028% em bolsa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Falhas de 24 horas vão dar borla na mensalidade das telecoms

Se ficar sem serviço de telecomunicações por 24 horas, contínuas ou em acumulado durante o mês, vai ter o direito a ser reembolsado. Falhas com mais de 15 dias dão direito a rescisão sem penalização.

Os clientes de telecomunicações que ficarem sem serviço por mais de 24 horas, contínuas ou em acumulado num dado período de faturação, podem vir a ter o direito ao desconto automático correspondente na fatura seguinte. Falhas por mais de 15 dias, por sua vez, darão o direito a rescindir unilateralmente o contrato, sem qualquer penalização

Estas propostas fazem parte do anteprojeto de lei que transpõe para a legislação nacional o novo Código Europeu das Comunicações Eletrónicas. O documento foi elaborado pela Anacom e entregue no início do mês ao Governo e à Assembleia da República.

Sobre a indisponibilidade do serviço, o anteprojeto de lei é claro. Caso haja uma falha de serviço que não seja da culpa do cliente, este tem o direito a “não pagar os serviços contratados”. O documento prevê ainda o reembolso aos clientes “dos custos em que tenham incorrido com a participação da indisponibilidade dos serviços”. É o caso, por exemplo, das chamadas para as linhas de apoio ao cliente, que, em várias operadoras, são cobradas mesmo aos clientes dessa operadora.

Apesar de o Executivo ter a última palavra a dizer neste processo, é assim o enquadramento em cima da mesa para substituir a atual Lei das Comunicações Eletrónicas. A transposição terá de ser concluída até ao fim do ano.

Proposta prevê reembolso mesmo sem pedir

A lei estabelece ainda, com mais detalhe, a forma de desconto e reembolso dos clientes que tenham ficado sem serviço devido a falhas que não sejam da sua responsabilidade. O reembolso deve ser automático, mesmo que não tenha sido pedido pelo consumidor.

“Sempre que, por motivo não imputável ao utilizador final, qualquer dos serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público […], que tenham sido por este contratados, se mantiverem indisponíveis por um período superior a 24 horas, consecutivas ou acumuladas por período de faturação, a empresa que oferece os serviços deve, independentemente do pedido do utilizador final nesse sentido, proceder ao crédito do valor equivalente ao preço que seria por este devido pela prestação do serviço durante o período em que o mesmo permaneceu indisponível”, lê-se no documento.

A forma de reembolso prevista é o “crédito na fatura seguinte a emitir pela empresa”, ou “crédito no saldo do utilizador final, no caso dos serviços pré-pagos”. Nos casos em que o contrato tenha terminado e esse reembolso não tenha sido processado, as operadoras deverão reembolsar o mesmo por “transferência bancária ou envio de cheque” num prazo máximo de 30 dias após a cessação do contrato.

A lei define ainda que “o período de 24 horas […] é contado a partir do momento em que a situação de indisponibilidade seja do conhecimento” da operadora. Está ainda prevista a possibilidade de serem reembolsados de qualquer custo em que tenham incorrido para participar a indisponibilidade à empresa, por exemplo, o custo da chamada para o apoio ao cliente.

Nos casos mais graves, em que haja indisponibilidade de serviço não imputável ao cliente final por mais de 15 dias, a proposta da Anacom prevê que o direito a “resolver o contrato sem qualquer custo”, mesmo que esteja sujeito a um período de fidelização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Certezza já mudou 6500 seguros de vida de crédito habitação

  • ECO Seguros
  • 19 Agosto 2020

Com propostas de redução de até 60% nos prémios de seguros de vida associados a créditos à habitação, a mediadora açoriana garante que a mudança compensa, mesmo com maior spread bancário.

Mais de 6500 famílias portuguesas efetuaram a mudança do seguro de vida do crédito habitação através da Certezza desde que em 2017 a mediadora açoriana adotou esta estratégia de abordagem ao mercado, afirma a empresa em comunicado que acentua ser resultado de apostar em soluções “que tenham impacto na poupança dos portugueses, numa altura em que é fundamental o equilíbrio dos encargos familiares e a diminuição dos seus custos fixos”, afirma.

Por isso a proposta é contratar seguro de vida fora da entidade bancária onde está o empréstimo à habitação. Segundo a Certezza a mudança pode significar uma redução de até 60% no prémio de seguro de vida associado ao financiamento bancário, ou seja, “uma poupança que pode significar 600 euros por ano, neste tipo de seguros”, informa o comunicado.

“Há a ideia errada que retirar o seguro de vida de crédito habitação do banco implica um enorme aumento da prestação mensal por causa do aumento do spread”, refere a Certezza acrescentando que “a verdade é que a poupança obtida com a alteração do seguro de vida é muito superior a esse aumento de spread”.

A empresa adianta que também não é real “a perceção de que é altamente desgastante e burocrático o processo de procura e alteração de um seguro de vida fora da entidade bancária” e, para agilizar o processo de mudança de seguro do crédito habitação lançou, este ano no seu site, um comparador de seguros de vida “onde em poucos minutos, qualquer pessoa poderá perceber se existem melhores alternativas ao seu atual seguro de vida e pedir à Certezza para tratar da mudança de seguro e assim reduzir os encargos mensais”.

A Certezza é uma mediadora com base nos Açores que se está a expandir a todo o território nacional prevendo este ano atingir uma carteira de 7 milhões de euros em prémios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ganhos do BCP e recuo da Galp deixam Lisboa na linha de água

A energia penalizou o índice nacional, que fechou a sessão na linha de água, com uma subida de 0,01%. No Velho Continente, o dia foi de ganhos.

A bolsa nacional fechou o dia pouco alterado, com ganhos ligeiros, evitando a quinta sessão consecutiva de perdas. A REN e o BCP ajudaram a impulsionar a praça lisboeta, enquanto a Galp Energia e a EDP pesaram no outro prato da balança. Pela Europa, o dia foi positivo, com a generalidade das praças a valorizar, nesta que é a terceira sessão da semana.

O PSI-20 subiu 0,01%, para os 4.407,71 pontos. Entre as 18 cotadas do índice de referência nacional, sete encerraram a sessão a valorizar, dez registaram perdas e uma – a Mota-Engil – ficou inalterada.

Nos ganhos, destaque para a REN, que avançou 1,02%, para os 2,47 euros, bem como para o BCP, que subiu 0,96% para os 0,1052 euros. A ajudar o índice encontra-se também a EDP Renováveis, que somou 0,43% para os 13,86 euros.

Em contrapartida, a Galp Energia pesou no PSI-20, com uma queda de 1,06%, para os 9,32 euros. Também a EDP penalizou, ao perder 0,60%, para os 4,30 euros. Em “terreno” vermelho encontra-se também os CTT, cujos títulos caíram 0,88%, e a Corticeira Amorim, que recuou 0,57%.

Na Europa, o dia foi de ganhos, depois dos recordes nos EUA. O europeu Stoxx 600 subiu 0,6%, bem como o britânico FTSE 100, enquanto o francês CAC-40 valorizou 0,7% e o alemão DAX avançou 0,8%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Futuro do trabalho é remoto e a FoW também. Conferência arranca online a 3 de setembro

Dias 3 e 4 de setembro, a FoW - Future of Work Portugal quer ajudar profissionais e empresas a dar os primeiros passos no mundo do trabalho remoto em Portugal. Conferência é gratuita e 100% virtual.

A segunda edição da FoW Portugal, anteriormente designada por Nómada Digital Summit, vai decorrer a 3 e 4 de setembro, em parceria com a Startup Madeira, num ambiente 100% digital. A conferência acontecerá no site oficial da iniciativa, onde os participantes poderão encontrar salas virtuais onde estarão a decorrer os vários painéis, dedicados à liderança e gestão de equipas remotas.

Durante dois dias, os participantes podem aprender mais sobre como transitar para o trabalho remoto, como implementar uma estratégia para trabalho remoto, liderar equipas no digital e como contratar remotamente, ou ainda saber mais sobre qual será o futuro das startups e da inovação.

Entre os convidados, estarão representantes de empresas como a Gitlab, Doist, Zapier, Talkdesk, Remote, Red Angels, Workana, Landing Jobs, Fujitsu, Startup Madeira, Infraspeak ou a Bold by Devoteam, distribuídos em 16 painéis. Pode consultar a programação completa aqui.

“Desde a Madeira para o mundo, vamos ter na conferência os maiores especialistas em Portugal de empresas 100% remotas ou que se encontram no processo transição, bem como líderes de diferentes equipas que vão ensinar e partilhar as melhores práticas de gestão do trabalho remoto adequadas ao mercado português”, refere a organização, no site oficial.

Rui Barreto, secretário regional da Economia da e anfitrião do evento, elogia a iniciativa e lembra “que este também é o momento de olharmos para a formação, que deve ser contínua, e perceber que muito vai nascer após esta pandemia. Perceber que hoje a transição digital, a inovação e novas tecnologias, a possibilidade de atrair recursos e pessoas para, por exemplo, poderem viver nesta ilha e a partir dela desenvolverem a sua atividade profissional em diversas geografias, deve constituir um desafio”.

“A Madeira tem excelentes condições para acolher nómadas digitais. O desafio das nossas startups, dos empreendedores, tanto na Madeira como no Continente, passa por continuar a procurar novas oportunidades de negócio e soluções face à quarta revolução industrial e tecnológica. Na Startup Madeira, valorizamos e incentivamos a capacidade de concretizar e desenvolver soluções que venham acrescentar valor ao ecossistema regional”, sublinha Carlos Soares Lopes, presidente da Startup Madeira, citado em comunicado.

Além das conferências, o evento contará também com salas virtuais de networking, às quais podem aceder através da aplicação da FoW Portugal.

A FoW – Future of Work nasceu da vontade de três nómadas digitais portugueses Diogo Reffóios Cunha, João Mendes e Gonçalo Hall, em partilhar a sua experiência e inspirar outros profissionais e empresas sobre as potencialidades do trabalho remoto. A participação na FoW – Future of Work é gratuita, mediante reserva no site da organização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa sugere que desempregados do turismo passem para o setor social

O primeiro-ministro sugeriu esta quarta-feira que os desempregados do setor do turismo, um dos mais afetados pela crise pandémica, podem converter-se em profissionais do setor social.

António Costa considera que os milhares de profissionais do setor do turismo que estão no desemprego por causa da crise pandémica podem ser convertidos em profissionais do setor social. A opinião foi deixada pelo primeiro-ministro num evento sobre o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), onde o Governo anunciou a contratação de mais 15 mil trabalhadores até ao final deste ano para as IPSS, mutualidades, misericórdias ou cooperativas.

“Permitam-me uma palavra final sobre o emprego: como todos sabemos, um dos setores mais atingidos por esta crise económica e que de forma mais duradoura vai ser atingido é, por exemplo, o setor do turismo. Ora, muitas das milhares de pessoas que estão neste momento a perder o emprego no turismo são pessoas que já têm uma formação de base e uma experiência de cuidado pessoal e relacionamento pessoal que são um recurso fundamental para, com formação naturalmente, serem facilmente convertidas para continuar a trabalhar com pessoas agora nas instituições [do setor social]“, afirmou o primeiro-ministro num evento no Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, em declarações transmitidas pela RTP3.

O evento teve como objetivo lançar a terceira geração do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) com um investimento de mais 110 milhões de euros para o “alargamento da rede de equipamentos, requalificação e melhoria da nossa capacidade coletiva de resposta social, dando prioridade a respostas sociais de apoio a idosos, creches e apoio à deficiência“, segundo a ministra Ana Mendes Godinho. Mais tarde, Costa disse ser preciso mais creches por causa do equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, e mais cuidados domiciliários para diminuir o nível de institucionalização dos idosos, cuja população vai crescer.

Durante a realização do evento, foi publicada em Diário da República a portaria que criar essa terceira geração do PARES, um programa que é financiado com verbas provenientes dos resultados líquidos da exploração dos jogos sociais. O PARES já colocou 6.200 desempregados, trabalhadores em lay-off e outras pessoas elegíveis a desempenhar trabalho social em mais de mil instituições, segundo a Lusa. Mendes Godinho fez questão de assinalar que esta medida “não esgota” o horizonte da ação do Governo no setor.

Neste reforço da ajuda do Estado junto do setor social, António Costa revelou também que irá canalizar os futuros fundos comunitários, seja do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 seja do Fundo de Recuperação europeu, para as instituições do setor social. “Temos de utilizar com inteligência o pouco dinheiro que temos“, disse, assinalando que a prioridade é reativar a economia e recuperar o emprego.

“Temos de fazer das tripas corações” para aplicar dinheiro que vem da Europa, assumindo, referindo que Portugal terá de executar em quatro anos aquilo que normalmente executa numa década. Uma tarefa que “implica muitos mais braços” e, por isso, o Governo espera ter a colaboração destas instituições “para utilizar o poder de fogo da bazuca europeia” e para que este dinheiro “não fique só pelos centros urbanos”, descentralizando-o.

Numa declaração indireta, António Costa voltou também a falar da polémica à volta da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. “Há falhas? Não é possível que não haja falhas. Em cada falha aprendemos e temos que ter uma vontade acrescida de as superar, prevenir, evitar”, disse, após ontem ter defendido a ministra que admitiu que não tinha lido um relatório sobre a situação do lar de Reguengos de Monsaraz.

“Como cidadão, e não como primeiro-ministro, não posso aceitar esta forma como têm vindo a ser crucificados na praça publica, de uma forma tão injusta, aqueles que dão o melhor do ponto de vista solidário, para responder às necessidades, seja das crianças, seja dos idosos, seja dos deficientes, seja de todos aqueles que estão a cargo das IPSS”, acrescentou o chefe de Governo, sem se referir diretamente a Mendes Godinho.

(Notícia atualizada às 17h12 com mais declarações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Américo Pinheiro é o novo CEO da Castelbel

Américo Pinheiro, que geriu marcas de luxo como Louis Vuitton Moët Hennessy e Givenchy, é o novo CEO da Castelbel.

A Castelbel, icónica marca portuguesa de artigos perfumados, escolheu Américo Pinheiro para ocupar o cargo de presidente da comissão executiva. O gestor foi diretor de marcas como Louis Vuitton Moët Hennessy e Givenchy.

“Américo Pinheiro tem colaborado com algumas das mais ilustres marcas no setor do luxo e possui um historial de sucesso no que toca a crescimento e rentabilidade, o que faz dele a escolha acertada para liderar a Castelbel nesta nova etapa”, afirmou Pedro Gonçalves, presidente do conselho de administração da Castelbel, em comunicado.

Com um percurso sólido na indústria do luxo e uma vasta experiência no ramo em que a empresa opera, o novo CEO irá contribuir para o fortalecimento da presença das marcas da Castelbel nos mercados internacional e nacional.

No currículo de Américo Pinheiro destaca-se ainda o seu papel enquanto diretor das subsidiárias europeias e latino-americanas da Louis Vuitton Moët Hennessy Fragrance Brands, sediada em Paris, bem como a sua passagem pelo cargo de diretor geral da Givenchy Parfums em Espanha, com sede em Madrid.

Marta Araújo, que ocupada o cargo de CEO desde 2018, permanecerá na empresa enquanto diretora de marketing, comunicação e vendas, passando a administradora não executiva. O presidente do conselho de administração da Castelbel, agradece o contributo da ex CEO no “crescimento substancial da Castelbel nos últimos anos, tanto no mercado nacional como no internacional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portuguesa Vortal vendida a fundo britânico

A Vortal, empresa portuguesa de contratação eletrónica, foi comprada pelo fundo Stirling Square Capital Partners.

A Vortal, empresa portuguesa de contratação eletrónica, foi vendida à DOCU Nordic, que é detida pela Stirling Square Capital Partners, anunciou a Vallis Capital Partners em comunicado.

“Estamos entusiasmados em fazer parte da DOCU Nordic e ter o apoio da Stirling Square, sendo uma oportunidade para conduzir a empresa ao próximo nível, combinando o crescimento orgânico através de uma proposta de valor ampliada e liderando a consolidação do mercado de eTendering público na Europa”, explica em comunicado Miguel Sobral, presidente executivo da Vortal, empresa detida pelo Fundo Vallis Sustainable Investments I, Netcorp, Pathena e Meo.

O CEO da DOCU Nordic partilha a mesma emoção e destaca que estão “entusiasmados para trabalhar com a equipa da Vortal e continuar o crescimento do negócio como parte do nosso grupo. Vemos um grande potencial na expansão geográfica de nossos dois modelos de negócios complementares, apresentando a oferta da Vortal na região Nórdica e levando a nossa oferta para os mercados domésticos da Vortal”, conta Stefan Lindqvist, líder da DOCU Nordic, em comunicado.

Nos últimos cinco anos a Vortal duplicou a sua atividade, tendo expandido as suas operações a nível internacional com especial enfoque na Europa e América Latina. Conta com escritórios em Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e América Latina.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple é a primeira a superar a fasquia dos dois biliões de dólares em Wall Street

Com cada ação a tocar os 468,63 dólares, a Apple atingiu uma capitalização de mercado nunca vista em Wall Street.

A Apple tornou-se esta quarta-feira a primeira empresa cotada nos EUA com uma capitalização bolsista de dois biliões de dólares. O marco foi alcançado de forma temporária numa altura em que os investidores de Wall Street estão a afastar com a recessão económica no país.

A dona do iPhone tem vindo a valorizar de forma consistente desde o sell-off causado pela pandemia que atirou a cotação de cada ação para 212,61 dólares por ação no final de março. Desde então já ganhou cerca de 120% para o máximo histórico de 468,63 dólares por ação tocado na sessão desta quarta-feira.

A Apple tem aproveitado o rally acionista que tem sido especialmente expressivo no setor tecnológico, graças ao reforço da confiança na recuperação económica após a pandemia. Em simultâneo, depois da apresentação de resultados, os investidores têm aplaudido a diversificação do negócio, nomeadamente a diminuição da dependência da empresa nas vendas de iPhones a par de maior oferta de serviços.

Graças aos fortes ganhos dos últimos meses, a Apple destronou mesmo, em julho, a Saudi Aramco como cotada mais valiosa do mundo. A petrolífera saudita, que entrou no ano passado em bolsa com a maior capitalização de mercado de sempre, tem sido penalizada pela instabilidade no mercado petrolífero e vale agora “apenas” 1,8 biliões de dólares.

Criada na garagem de Steve Jobs em 1976, a tecnológica começou a negociar em Wall Street a 12 de dezembro de 1980 a 22,00 dólares por ação. Desde então, passou pela crise das dotcom, quando a cotação caiu abaixo da barreira dos cinco dólares, mas recuperou, tendo-se tornado uma das mais importantes tecnológicas do mundo e valorizado 2.028% em bolsa.

Na crise das dotcom, ação valia menos de cinco dólares

Fonte: Reuters

(Notícia atualizada às 16h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Supervisor dos seguros alivia prazos de reporte de informações

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

Alargando alguns prazos, a ASF determina que outros regressam à situação pré-pandemia e retoma em setembro as ações de supervisão nas sedes dos operadores.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) aliviou hoje alguns prazos de reporte de informação, no âmbito da pandemia de covid-19, por parte das seguradoras, em face da retoma da atividade do setor.

“A ASF entende que o progressivo regresso da atividade económica após o período de confinamento, com a normalização das operações por parte dos operadores supervisionados, justifica que algumas medidas adotadas no âmbito de flexibilização de requisitos regulatórios e de supervisão sejam revertidas”, pode ler-se numa nota de informação divulgada pela ASF.

O documento remete para a carta-circular 7/2020, que atualiza a 2/2020, divulgada no final de março, e que previa um regime extraordinário de reporte de informação, por parte das seguradoras, devido à pandemia de Covid-19.

De acordo com a ASF, encontram-se “reunidas as condições para alargar a periodicidade do reporte extraordinário”, incluindo-se, segundo a nova carta-circular, “o prazo de resposta a interpelações da ASF”.

Na supervisão, “os prazos de resposta a interpelações da ASF devem regressar à sua normalidade anterior ao surto pandémico e, de igual modo, cessa a partir deste momento o prazo excecional de 20 dias úteis para as empresas de seguros responderem aos reclamantes e à ASF“, pode ler-se na carta circular assinada pela presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar, e pelo vogal Manuel Caldeira Cabral.

De acordo com a carta circular divulgada hoje, “a ASF retomará, a partir do próximo mês de setembro, as ações de supervisão ‘on-site’ [no local], prudenciais e comportamentais, que se encontravam planeadas para 2020″, uma medida que “não prejudica que não se procure, quando possível, evitar o contacto presencial”.

Noutros casos de reporte de informação, a decisão foi tomada por a ASF considerar “que as empresas de seguros e os grupos de seguros se encontram, neste momento, em condições de cumprir com os prazos previstos na legislação e na regulamentação emitida pela ASF“, pelo que não se justifica, “para os próximos trimestres, a dilação ou flexibilização de prazos de reporte”, sem prejuízo de ajustamentos em caso de agravamento da situação pandémica.

Já acerca do agregado de “informação extraordinária que tem vindo a ser reportado periodicamente pelas empresas de seguros, com vista a permitir à ASF monitorizar a evolução da situação no quadro atual”, a ASF também entende que “se encontram reunidas as condições para alargar a periodicidade do reporte extraordinário”.

O alargamento, no caso do reporte extraordinário, diz respeito aos itens de “monitorização da solvência”, “custos com sinistros vida”, “indicadores covid-19 comportamental seguros” e “monitorização do plano de liquidez“, que devem ser feitos com periodicidade mensal.

“Todas as medidas e recomendações constantes da carta-circular n.º 2/2020 que não sejam diretamente mencionadas na presente carta-circular devem considerar-se atuais e em vigor”, conclui o documento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Indústria, carros e multibanco. São estes os sinais positivos na recuperação da economia

Em julho, a economia continuou aquém dos níveis anteriores à crise pandémica, mas já foi visível uma recuperação mais intensa. O INE dá destaque à indústria transformadora.

Após uma quebra recorde de 16,3% do PIB no segundo trimestre, a chegada de julho trouxe boas notícias para a recuperação económica de Portugal, com o Instituto Nacional de Estatística (INE) a identificar uma “redução menos intensa da atividade económica”, em contraste com a “redução intensa” que descrevia os meses anteriores. O terceiro trimestre começa assim num tom positivo, mas de onde chegam esses sinais?

A recuperação da economia é transversal a todos os setores, mas destaca-se a indústria transformadora. Há ainda sinais positivos na venda de carros, nas operações em multibanco e no consumo de eletricidade.

  • Indústria transformadora confiante: Entre os setores, a indústria transformadora é a que mais se destaca na recuperação económica. “O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou entre junho e julho, recuperando parcialmente das diminuições observadas nos quatro meses anteriores, que resultaram no mínimo histórico da série atingido em maio”, explica o INE, referindo que a evolução positiva deve-se a todas as componentes (stocks, procura e produção).
  • Venda de carros acelera: “As séries quantitativas disponíveis para julho relativas às vendas de veículos apontam para recuperações significativas face aos três meses anteriores”, assinala o INE, revelando que as vendas de ligeiros já só registam uma queda homóloga de 17,6% (74,8% e 56,3% em maio e junho) e as de comerciais ligeiros de 19,4% (variações de -51,3% e -36,0% em maio e junho).
  • Mais operações no multibanco: De acordo com a informação relativa às operações realizadas na rede multibanco, disponível para julho, o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou uma diminuição de 9,7% em termos homólogos. Esta representa um abrandamento face à quebra de 14,4% registada em junho, o que sinaliza que há um aumento na circulação de pessoas e dinheiro.
  • Consumo de eletricidade sobe: O consumo médio de eletricidade em dia útil registou uma variação homóloga de -3,4% em julho, o que compara com taxas de -13,2% e -8,7% em maio e junho, respetivamente, outro sinal de que a atividade económica está a retomar.
  • Mais empresas a funcionar: De acordo com o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), promovido pelo INE e Banco de Portugal, 99% de empresas estavam em funcionamento na primeira quinzena de julho. Tanto o setor da construção como o do comércio e dos serviços recuperaram nos indicadores de confiança. Contudo, é de assinalar que face à situação que seria expectável sem pandemia, 58% das empresas registaram uma redução do volume de negócios na primeira quinzena de julho.

Por outro lado, o turismo, a confiança dos consumidores e o consumo de gasóleo não recuperaram de forma significativa. Aliás, o desemprego até continua a aumentar.

E o que ainda está mal?

  • Turismo deprimido: A atividade turística manteve forte redução, mas menos intensa devido ao turismo de residentes, tal como já tinha sido revelado pelo INE. Apesar da recuperação através da procura interna, o turismo continua muito aquém dos níveis anteriores, como revela o facto de cerca de 46,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico estarem encerrados ou não registarem movimento de hóspedes.
  • Confiança dos consumidores caiu: No caso dos consumidores, o indicador de confiança diminuiu em julho, invertendo da recuperação registada em maio e junho. O mesmo acontece na Zona Euro com a confiança dos consumidores europeus a deteriorar-se em julho, apesar de o indicador de sentimento económico ter continuado a recuperar.
  • Consumo de gasóleo desce: Pode ser um sinal de circunstância, mas a verdade é que os números do INE apontam que o consumo de gasóleo rodoviário e de gasolina registou variações homólogas de -20,0% e -19,5% em julho, respetivamente, após taxas de -14,2% e -17,5% observadas no mês anterior.
  • Desemprego continua a aumentar: Mais claro é o número de desempregados inscritos nos centros de emprego, o qual não para de aumentar. No final de julho, no Continente, havia 382 mil desempregados, mais 38,8% do que no mesmo mês do ano passado. No dia 12 de agosto, o número já ia nos 392,4 mil indivíduos, segundo os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal poderá receber 6,9 milhões doses de vacinas contra o coronavírus através da UE

  • ECO
  • 19 Agosto 2020

A TVI e a TSF avançam que Portugal poderá receber 6,9 milhões doses de vacinas contra o coronavírus através das compras centralizadas que a Comissão Europeia está a fazer.

A Comissão Europeia fechou nas últimas semanas várias acordos com farmacêuticas para a aquisição de milhões de doses de vacinas contra o coronavírus assim que uma provar que é eficaz e segura. Esta quarta-feira, a TVI e a TSF avançam que Portugal poderá receber 6,9 milhões de doses de uma potencial vacina nos próximos anos, começando já em 2020 e 2021.

Segundo a TSF, este número, que poderá permitir vacinar cerca de dois terços da população residente em território nacional, corresponde à quota que cabe a Portugal do lote de 300 milhões de vacinas acordadas entre a Comissão e o laboratório francês Sanofi-GSK. A UE tem também acordo com a AstraZeneca, para mais 300 milhões de doses, e com a Johnson & Johnson, para mais 400 milhões de doses.

A aquisição das vacinas será financiada pelo Instrumento de Apoio de Emergência que a Comissão Europeia criou durante a pandemia, sendo que ainda não se conhecem os preços.

Nos comunicados que divulgou, Bruxelas apenas informou que as vacinas serão para os 27 Estados-membros e para doações a países com rendimentos mais baixos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.