Galp testa serviço de “power banks” para carros elétricos no Algarve

A Galp lançou no Algarve um projeto piloto de "carregamento portátil" de baterias dos carros elétricos. É gratuito nesta fase, por 15 minutos, o suficiente para 35 quilómetros extra de autonomia.

A Galp está a testar o “carregamento portátil” de automóveis no Algarve.Galp Energia

Ficar sem bateria no telemóvel é uma fobia que afeta muita gente, mas é provável que ficar sem bateria no carro elétrico cause um transtorno bem maior. Quando acontece, chamar um reboque será o mais sensato… a não ser que esteja no Algarve, onde a Galp está a testar um novo serviço de carregamento portátil de elétricos, quase à semelhança das power banks.

A empresa aposta num “conceito pioneiro de carregamento portátil de veículos elétricos”, que permite aos clientes “requisitar o serviço em local e hora da sua conveniência”. A ideia já está em fase piloto na região sul do país, durante o qual “os carregamentos serão gratuitos e terão a duração de 15 minutos cada, o que permitirá uma autonomia de até 35 quilómetros, dependendo do modelo do veículo”, anunciou a Galp Energia em comunicado.

Assim, nesta primeira fase, “os condutores de veículos elétricos que estejam no Algarve vão poder recarregar as baterias dos seus automóveis com recurso a esta tecnologia agora em teste, que foi desenvolvida pela startup portuguesa AddVolt”, informa a Galp. Para já, o serviço estará disponível até 22 de agosto e pode ser solicitado por quem tenha estacionado na praia da Quinta do Lago, praia do Ancão ou Avenida Infante Sagres (Quarteira), ou ainda nas áreas de serviço Galp de Loulé na A22, e na avenida V6 em Portimão. Também há limitações de horários.

Da parte da Galp, o piloto permitirá “aferir o interesse dos consumidores por esta solução mais conveniente, que poderá complementar a atual rede instalada de carregadores”. O grupo entende ainda que a solução poderá “contribuir ao mesmo tempo para a mitigação de eventuais constrangimentos na rede, por excesso de procura”.

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DCIAP vai investigar vendas de imóveis do Novo Banco

Carta enviada por António Costa à PGR seguiu para o Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos e para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

As vendas de imóveis realizadas pelo Novo Banco vão ser investigadas pela justiça. Depois de ter recebido a carta enviada por António Costa por causa dos projetos “Viriato” e “Sertorius”, dois portefólios de imobiliário alienados em 2018 e 2019, o Ministério Público vai avançar com a investigação às operações de venda.

A carta do primeiro-ministro foi encaminhada para o Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos e para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para análise e sequência, no âmbito das competências dos referidos departamentos”, confirmou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ECO, depois da informação avançada pelo Jornal Económico.

O DCIAP é o responsável pela coordenação e direção da investigação. Este órgão é chamado a intervir em processos económico-financeiros altamente organizados ou de especial complexidade, como é o caso.

António Costa enviou, no final de julho, uma carta à PGR, pedindo a suspensão da venda de ativos do Novo Banco até à conclusão da auditoria da Deloitte. No seguimento da receção desta carta, foram solicitados documentos ao Novo Banco, os quais a instituição liderada por António Ramalho acabou por enviar quase de seguida.

A decisão de António Costa de enviar esta carta surgiu depois de no debate do Estado da Nação o presidente do PSD ter levantado suspeitas sobre os negócios do Novo Banco que têm gerado perdas avultadas, pedindo que o Ministério Público se “debruce” sobre a forma como o contrato de venda do Novo Banco ao Lone Star, em 2017, está a ser executado.

Na base das declarações de Rui Rio estavam operações com ativos imobiliários, nomeadamente os projetos “Viriato” e “Sertorius”, dois portefólios de imobiliário alienados em 2018 e 2019 que geraram avultadas perdas para o banco. Banco terá perdido 390 milhões, apresentado prejuízos que foram, em parte, compensados pelo mecanismo de capital contingente, com recurso a dinheiro do Fundo de Resolução obtido sob empréstimo do Estado.

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Ministra do Trabalho diz que já leu os relatórios sobre lar de Reguengos

"Naturalmente, conheço o teor dos relatórios, li todos os relatórios", garante a ministra do Trabalho, após polémica em torno do surto de Covid-19 num lar de Reguengos.

A ministra do Trabalho e da Segurança Social garante que já leu o relatório sobre o surto de Covid-19 num lar de Reguengos de Monsaraz. Este fim de semana, em entrevista ao Expresso, Ana Mendes Godinho admitiu não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre esse caso em particular, o que acabou por gerar polémica e até pedidos da sua demissão.

“Naturalmente, conheço o teor dos relatórios, li todos os relatórios. Pedi [à minha equipa técnica] para fazer uma análise minuciosa. Aliás, aproveito para dizer que, logo no dia 12 de julho, pedi à Segurança Social que fizesse uma avaliação e desencadeasse toda uma análise do que se passava em Reguengos. E no dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação, que foi enviado para o Ministério Público”, assegurou a governante, esta terça-feira, em declarações aos jornalista.

Na entrevista publicada no sábado, Ana Mendes Godinho admitiu não ter lido o relatório, tendo dito que pediu que o analisassem. “Não o li pessoalmente, mas a Ordem [dos Médicos] fez-me chegar o relatório e já pedi que o analisassem”, disse a responsável, referindo que esta é uma matéria da Saúde pelo que se escusou a fazer mais comentários.

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho salientou ainda que os lares têm sido uma prioridade do Governo desde o início da pandemia de coronavírus. “Quero voltar a frisar que, desde o início, os lares têm sido uma prioridade total de todos nós, atendendo ao risco e à idade das pessoas [que aí estão]”, afirmou. Mendes Godinho revelou, nesse sentido, que tem uma task force dedicada a esta matéria.

A governante aproveitou ainda para sublinhar que já foram colocadas seis mil pessoas para reforçar os meios dos lares e lembrar que, em 2019, foram encerrados 137 lares ilegais.

Em reação às declarações da ministra do Trabalho publicada este fim de semana, o CDS e o Chega pediram a sua demissão. Também Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se crítico. “Eu li. Li vários relatórios. É preciso ver que é preciso lê-los todos”, disse o chefe de Estado. “É evidente que todos os relatórios são importantes. São muito técnicos, mas são importantes”, rematou o Presidente da República.

Em reação, o primeiro-ministro atirou, esta terça-feira, que estas “polémicas são artificiais”. “Ao Ministério do Trabalho cabe fiscalizar e apoiar os lares”, disse o chefe do Executivo, garantindo que não há qualquer desvalorização do assunto.

(Notícia atualizada às 12h43)

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Água concessionada a privados é sempre mais cara que a das autarquias

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

O preço da água em municípios que concessionam o fornecimento de água a privados é sempre mais elevado do que no caso das autarquias que prestam publicamente o serviço, concluiu o JN.

As autarquias asseguram o fornecimento de água aos cidadãos sempre a preços mais acessíveis do que as empresas concessionárias. A conclusão foi noticiada pelo Jornal de Notícias (acesso condicionado), com base em dados de 2019 da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Dez metros cúbicos de água em Santo Tirso/Trofa podem custar seis vezes mais do que o mesmo consumo no Peso da Régua. A diferença é significativa: uma família no primeiro caso paga 265,49 euros, enquanto no segundo paga 43,20 euros, indicam os cálculos publicados pelo jornal.

A diferença está no facto de, em Santo Tirso/Trofa, o fornecimento de água ser concessionado a uma empresa privada, enquanto, no segundo, o serviço é assegurado pela autarquia. Os cálculos não contemplam outras tarifas que mexem com o valor final da fatura, como o saneamento de resíduos sólidos.

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Estoril acolhe etapa final do Mundial de Superbikes substituindo Misano

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

A etapa do Estoril vai ser a oitava corrida da época, entre 16 e 18 de outubro, encerrando a temporada.

O Campeonato do Mundo de Superbikes vai terminar no Estoril, em 18 de outubro, em substituição da corrida de Misano, em Itália, anunciou esta terça-feira a Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

“O calendário revisto do campeonato conta com um segundo evento em Portugal e o regresso do Estoril ao Mundial de motociclismo de velocidade”, lê-se no sítio oficial da competição na Internet. O Mundial de Superbikes arrancou em 1 de março, em Phillip Island, na Austrália, tendo estado interrompido, devido à pandemia de covid-19, até 2 de agosto, quando foi retomado em Jerez de La Frontera, em Espanha.

A terceira corrida foi disputada no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, em 09 de agosto, pelo que Portugal vai receber “dois eventos do Mundial pela primeira vez na história”, de acordo com a FIM.

A etapa do Estoril vai ser a oitava corrida da época, entre 16 e 18 de outubro, encerrando a temporada, no regresso ao circuito cascalense, que já recebeu a competição de motas derivadas das de série – as de MotoGP também estão limitadas a 1.000 cc, mas são protótipos – em 1988 e 1993 e o Mundial de MotoGP entre 2000 e 2012.

“Estou orgulhoso por ter sido possível juntar uma segunda prova em Portugal e por ver o Mundial de Superbikes regressar ao circuito do Estoril, que já tinha acolhido este campeonato tão competitivo no ano da fundação, em 1988, e depois em 1993”, afirmou o presidente da FIM, o português José Viegas.

O responsável pelo circuito do Estoril, Jaime Andrez, partilhou o entusiasmo, ambicionando que “este evento contribua para a divulgação desta modalidade em 2020 e nos próximos anos”.

“A inclusão de uma segunda etapa do calendário em Portugal é muito importante para o crescimento das Superbikes na Península Ibérica e, especialmente, em Portugal. Vai adicionar um desafio ao ‘paddock’, cuja maioria não conhece esta pista, conferindo uma dinâmica extra para o campeonato”, referiu Gregorio Lavilla, o diretor-executivo da competição.

De acordo com a organização do campeonato, a presença de público na competição “ainda não está decidida”, mas será definida a tempo, mediante os protocolos sanitários em vigor.

Após três corridas, o Mundial de Superbikes é liderado pelo britânico Jonathan Rea (Kawasaki), pentacampeão mundial, com 136 pontos, mais quatro do que o compatriota Scott Redding (Ducati). Na sequência das alterações nos calendários devido à covid-19, Portugal, com o circuito de Portimão, já tinha entrado nos campeonatos de Fórmula 1, em 25 de outubro, e de MotoGP, em 22 de novembro.

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Oracle negoceia compra do TikTok nos EUA e é alternativa à Microsoft

A multinacional Oracle também está na corrida pela compra do TikTok, sendo uma alternativa para um potencial negócio caso falhem as negociações entre a ByteDance e a Microsoft, revelou o FT.

A Oracle também está na corrida pela compra do TikTok. A multinacional tem mantido negociações preliminares com a chinesa ByteDance e está a considerar “seriamente” a aquisição da popular aplicação de vídeos, segundo o Financial Times (acesso pago).

Segundo o diário britânico, a Oracle está a explorar uma possível compra em conjunto com alguns investidores norte-americanos que já têm posições na ByteDance. Entre os parceiros está a General Atlantic, mas também a gigante de private equity Sequoia Capital.

Em causa estão as operações do TikTok no mercado norte-americano, mas também no Canadá, Austrália e Nova Zelândia. É público que também a Microsoft está a negociar a compra deste ativo, e que também o Twitter chegou a sondar uma possível “combinação”, noticiou nas últimas semanas a imprensa internacional.

A ByteDance tem estado a negociar uma venda apressada (flash sale) do TikTok naqueles mercados para evitar a morte anunciada da aplicação. Donald Trump, presidente dos EUA, tem-se oposto vocalmente à empresa, com as autoridades norte-americanas a temerem que o serviço seja um veículo de espionagem da China. A empresa nega estas acusações.

Na semana passada, o chefe de Estado assinou uma ordem executiva que estabelece formalmente o prazo para esta venda, dando 90 dias à ByteDance para vender o ativo. O prazo para a conclusão de um negócio termina assim em novembro, sendo cerca de dois meses superior ao prazo inicial dado pelo presidente, que terminaria em setembro.

Se o TikTok não for vendido até lá, a aplicação poderá ser banida por lei. Empresas ficarão legalmente impedidas de anunciar na aplicação e Google e Apple terão de remover a app das duas principais lojas de aplicações, dificultando ou impossibilitando o download.

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Draghi vê na emissão de dívida da UE a “base” para um Ministério das Finanças europeu

O ex-presidente do Banco Central Europeu considera que a emissão de dívida da Comissão Europeia, em nome da UE, pode ser a "base" de um Ministério das Finanças comum, o que beneficia o euro.

O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) afirmou esta terça-feira que, ao criar o precedente de emitir dívida comum, o Fundo de Recuperação europeu pode ser a “base” da estrutura de um Ministério das Finanças (ou Tesouro) comum na União Europeia. Num discurso em Rimini (Itália), Mario Draghi considera que a Europa pode emergir “reforçada” da crise pandémica, após ter demonstrado capacidade de chegar a acordo, apesar das duras negociações.

“A Próxima Geração UE (Fundo de Recuperação europeu) enriquece o arsenal europeu de políticas”, afirmou Draghi numa conferência realizada esta terça-feira, assinalando que a ação dos Governos é possível pela segurança que a política monetária do BCE dá aos Estados-membros. Anteriormente, durante o seu mandato, o italiano pediu diversas vezes aos Estados-membros da Zona Euro para usarem a política orçamental de forma a contribuírem para o crescimento da economia europeia.

Para Draghi, “o reconhecimento desse papel que um orçamento europeu pode ter na estabilização das nossas economias, e o precedente de emitir dívida conjunta, são importantes e podem formar a base de uma estrutura de um Ministério das Finanças comum“, o que iria beneficiar a estabilização do euro. O ex-presidente do BCE, que foi sucedido por Christine Lagarde, elogia também o facto da Comissão Europeia, que vai emitir dívida em nome da União Europeia, estar “no coração da ação” neste Fundo de Recuperação europeu, enquanto braço executivo da UE.

As palavras do italiano sugerem que vê a possibilidade de um Ministério das Finanças europeu a concretizar-se no futuro: “Está na natureza do projeto europeu evoluir gradualmente e de forma previsível, com a criação de novas regras e instituições“, disse, assinalando a introdução do euro após a criação do mercado único. “A criação de um orçamento europeu — que é a direção natural da evolução da nossa arquitetura institucional — irá um dia corrigir a falha que ainda existe”, concluiu, referindo-se a falta de um poder orçamental a nível europeu.

Além da crise pandémica e do projeto europeu, Draghi deu destaque no seu discurso ao investimento nos mais jovens e em educação. Para o ex-presidente do BCE a situação atual tornou “mais urgente” a necessidade de um “investimento massivo” nesta área. Mais: “existe um imperativo moral em fazer esta escolha e fazê-la bem”, diz, referindo que a dívida criada pela crise pandémica não tem precedentes e será reembolsada maioritariamente pelos que são jovens agora.

“É nosso dever equipá-los com os meios para pagarem a dívida”, avisa, criticando um “egoísmo coletivo” que levou os Governos a focarem-se nas iniciativas que têm retorno político imediato. “Isto deixou de ser aceitável hoje”.

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Finangeste compra Trindade Domus no Porto por mais de 40 milhões de euros

A Finangeste adquiriu este empreendimento imobiliário no Porto em "joint venture" com um investidor institucional britânico.

A Finangeste comprou o Trindade Domus, um empreendimento imobiliário no Porto, por mais de 40 milhões de euros. A compra, assessorada pelo Departamento de Capital Markets da JLL, foi realizada pela empresa de recuperação de créditos e gestão de ativos imobiliários em joint venture com um investidor institucional sediado no Reino Unido.

O empreendimento, que se localiza junto à Câmara do Porto, tem, no total, “20.000 metros quadrados de área bruta locável, conjugando escritórios (60%) e uma galeria comercial (40%), além de possuir estacionamento para 496 viaturas”, adianta a JLL, em comunicado. Tem sete pisos acima do solo e três em cave.

Os escritórios do Trindade Domus, de 12.000 metros quadrados, são ocupados por empresas como a Randstad, Mindera, Armatis e as Viagens Abreu. Já na componente de retalho, concentra maioritariamente comércio e serviços de conveniência, como o ginásio Fitness Hut e o supermercado Froiz.

O processo de venda do ativo foi concorrido, com a JLL a receber mais de uma dezena de propostas, mas acabou assim por passar para as mãos da Finangeste. Este investimento “incrementa a nossa presença na cidade do Porto, cidade em que fortemente acreditamos e onde mantemos uma relevante intensão de investimento num futuro próximo”, refere a administração da empresa, citada em comunicado.

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França pressiona Reino Unido impondo quarentena a viajantes ingleses

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

"Uma fronteira tem de ser administrada da mesma forma dos dois lados", afirmou Jean-Baptiste Lemoyne, que reconheceu que decisão serve também para pressionar Governo britânico.

As autoridades francesas querem que o Reino Unido suspenda a quarentena imposta no sábado aos viajantes com origem em França, tendo adotado medidas semelhantes para mostrar que os britânicos também têm interesse em manter a livre circulação.

Não podemos ficar impassíveis perante decisões unilaterais”, disse o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Jean-Baptiste Lemoyne, também responsável pelo turismo, em entrevista ao canal BFMTV, divulgada esta terça-feira.

Além do argumento de “coerência”, já que “uma fronteira tem de ser administrada da mesma forma dos dois lados”, Lemoyne justificou a adoção de medidas recíprocas com a necessidade de ter peso nas negociações com o Governo britânico. “Queremos pôr fim a esses obstáculos à liberdade de movimento o mais rápido possível”, mas, para isso, “as autoridades britânicas têm de ter interesse em tomar essa medida”, disse.

O governante francês lembrou que, por norma, 10 milhões de britânicos viajam anualmente para França apenas por motivos turísticos, pelo que a quarentena de 14 dias que Londres impõe a todos os que chegam de França (como de outros países europeus, como Portugal, Espanha, Bélgica ou Países Baixos) – para combater o aumento de infeções da Covid-19 – está a causar prejuízos significativos ao setor do turismo francês.

Para compensar, o Governo vai tentar prolongar a temporada turística, quer para os franceses quer para estrangeiros. Lemoyne reconheceu que a capital francesa e a sua região sofrem uma “situação particularmente preocupante” pelo facto de este ano não haver turistas de outros continentes e, em geral, poucos visitantes estrangeiros. Por isso, as esperanças de recuperação nos próximos meses estão apontadas a eventos como feiras e congressos.

No resto do país, a situação é desigual, mas, de acordo com o secretário de Estado, “o mês de julho foi bom” e o agosto também deverá ser, já que houve um elevado nível de ocupação dos alojamentos rurais e parques de campismo, embora, ainda assim, se estime uma queda de cerca de 20% na ocupação destes locais em relação a 2019.

O secretário de Estado também se referiu ao dispositivo especial que França criou para juntar, no seu território, os casais que ficaram separados durante semanas ou meses devido ao encerramento de fronteiras, tendo assegurado que os primeiros encontros deverão acontecer nos próximos dias. Jean-Baptiste Lemoyne salientou que o procedimento foi “simplificado ao máximo” para que os pedidos e a apresentação de documentos possam ser feitos online e a avaliação não demore mais de oito a 10 dias.

A Covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios desde que foi detetado o primeiro caso em dezembro, na China, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A pandemia foi combatida em muitos países com um confinamento que durou vários meses e obrigou a maior parte dos países a fechar as fronteiras e suspender as viagens.

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Vírus como o da gripe podem propagar-se através do pó e partículas, revela estudo

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

Vírus transmitidos pelo ar como o da gripe (influenza) podem propagar-se através do pó, fibras e outras partículas microscópicas, revela uma investigação da Universidade de Califórnia.

Vírus transmitidos pelo ar como o da gripe (influenza) podem propagar-se através do pó, fibras e outras partículas microscópicas, segundo uma investigação da Universidade de Califórnia divulgada esta terça-feira, com implicações na transmissão do novo coronavírus.

“É realmente chocante para a maioria dos virologistas e epidemiologistas que partículas de pó transmitidas pelo ar, ao invés de gotículas de respiração, possam transportar o vírus ‘influenza’ com capacidade para infetar animais”, disse, citado em comunicado, o professor William Ristenpart, da Universidade da Califórnia, um dos investigadores que liderou o estudo da Universidade da Califórnia e da faculdade de Medicina Icahn School of Medicine do Hospital de Monte Sinai publicado esta terça-feira no boletim científico Nature Communications.

“A suposição implícita é sempre que a transmissão por via aérea ocorre com base em gotículas respiratórias emitidas pela tosse, espirros ou a falar. A transmissão por via de poeiras abre uma série de novas áreas de investigação e tem profundas implicações na forma como interpretamos as experiências laboratoriais, assim como na investigação epidemiológica de epidemias”, disse.

Acredita-se que o vírus da gripe se propague por vários meios diferentes, como gotículas exaladas do trato respiratório, ou através de objetos secundários onde se possa alojar como maçanetas ou lenços usados. Estes objetos secundários são denominados ‘fómites’. Ainda se sabe pouco sobre qual das vias possa ser a mais importante e a resposta pode ser diferente para diferentes estirpes do vírus influenza ou outros vírus respiratórios, incluindo coronavírus, como o novo SARS-CoV2, que provoca a doença covid-19.

No novo estudo, Ristenpart e a estudante de engenharia Sima Asadi, Universidade da Califórnia, juntaram-se a um grupo de virologistas liderado por Nicole Bouvier, no hospital Monte Sinai, para perceber de que forma partículas minúsculas e de origem não respiratória a que chamaram “fómites aerossolizados” podem transportar influenza entre porquinhos da Índia.

Com um recurso a um medidor de partículas automatizado para contar partículas transmitidas pelo ar, concluíram que porquinhos da Índia não infetados emitiam picos de até mil partículas de pó por segundo enquanto se moviam na gaiola. As partículas emitidas pela respiração dos animais permaneceu a uma taxa constante muito mais baixa.

Porquinhos da Índia imunizados e com o vírus influenza espalhado no pelo podiam transmitir o vírus através do ar para outros porquinhos da Índia suscetíveis à infeção, demonstrando que o vírus não precisava de ter origem direta no trato respiratório para ser infeccioso.

Os investigadores testaram ainda se fibras microscópicas de um objeto podiam transportar vírus infecciosos. Aplicaram em lenços de papel faciais o vírus influenza, deixaram secar, e depois amassaram-nos em frente ao medidor de partículas automatizado. Amassar os lenços libertou até 900 partículas por segundo numa área suficientemente vasta para permitir a sua inalação.

Os investigadores conseguiram também infetar células com as partículas libertadas pelos lenços de papel contaminados com o vírus.

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Anacom propõe vales de desconto para net e serviço universal

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

O regulador propôs ao Governo medidas para que quem tenha baixos rendimentos possa também ter internet. Entre as propostas está a criação de uma espécie de serviço universal e a introdução de vales.

Vales de desconto para acesso à internet, ou mesmo um serviço universal de banda larga com o prestador escolhido por concurso. Estas são duas das soluções propostas pela Anacom para garantir que todos os portugueses e organizações têm acesso a uma oferta de internet que assegure um “conjunto mínimo de serviços”, como usar o email, consultar sites de informação ou procurar emprego.

O Público (acesso condicionado) revela o teor do anteprojeto de transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas, que foi entregue pelo regulador ao Governo e ao Parlamento no passado dia 4 de agosto. O Governo terá toda a liberdade para adicionar ou subtrair partes ao diploma final e o processo de transposição deverá ser concluído até ao fim do ano.

Com efeito, a proposta da Anacom é a de monitorizar os preços praticados pelas operadoras no mercado no que toca aos serviços que devem ser disponibilizados a toda a sociedade e economia. Se as condições não permitirem que as pessoas com rendimentos mais baixos tenham internet acessível, poderão ser propostos vales de desconto ou um serviço universal de banda larga completo. Quanto às zonas do país em que não haja cobertura de redes de comunicações, a proposta é a de o Governo designar um prestador para “satisfação de todos os pedidos razoáveis de acesso”.

Como o ECO noticiou no início de agosto, a proposta da Anacom para o diploma que deverá substituir a atual Lei das Comunicações Eletrónicas inclui ainda outras medidas, como a limitação das “multas” que as operadoras podem cobrar por rescisão de contratos com fidelização pelos clientes. Outra proposta é a nomeação do presidente da Anacom e Conselho de Administração por concurso público.

A par destas propostas, é já conhecida uma das medidas que está a ser preparada pelo Governo. Trata-se da tarifa social de internet, para baixar o preço do serviço às famílias com menores rendimentos. Se as condições forem equivalentes às da tarifa social de eletricidade, como sinalizou recentemente o secretário de Estado Adjunto das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, a medida poderá beneficiar mais de 700 mil famílias.

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Isenção nos prémios da Champions chega na véspera da final

Proposta de lei foi aprovada em Conselho de Ministros no final de junho, mas só agora foi publicada em Diário da República. Final é no domingo.

O Governo já tinha aprovado o diploma que determina que os prémios da Liga dos Campeões, que se realiza em Lisboa, ficarão isentos de impostos. Foi no final de junho que a proposta de lei recebeu “luz verde” em Conselho de Ministros, mas só agora foi publicada em Diário da República, na véspera da final da competição milionária.

“À semelhança do que tem vindo a ser estabelecido em situações análogas, o Governo propõe a aprovação de um regime fiscal específico, consagrando a isenção de IRC e de IRS para os rendimentos auferidos pelas entidades não residentes associadas a estas finais”, lia-se na proposta de lei aprovada a 29 de junho.

Esta terça-feira, 18 de agosto, mais de um mês e meio depois, a proposta passou a lei. A isenção é aplicada aos “rendimentos relativos à organização e realização da prova UEFA Champions League 2019/2020 Finals, auferidos pelas entidades organizadoras das finais, pelos seus representantes e funcionários, bem como pelos clubes de futebol, respetivos desportistas e equipas técnicas, nomeadamente treinadores, equipas médicas e de segurança privada e outro pessoal de apoio, em virtude da sua participação na referida competição”, lê-se no diploma publicado, em Diário da República.

A lei que isenta de impostos aquela que é conhecida como a “liga milionária” entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação“, ou seja, esta quarta-feira, dia em que se disputa a segunda meia-final da prova em Lisboa.

Esta terça-feira, 18 de agosto, o Leipzig vai defrontar o Paris Saint-Germain no Estádio da Luz, sendo que o segundo lugar na final será discutido entre o Lyon e o Bayern, no Estádio José Alvalade, depois de os alemães terem imposto uma goleada de 8-2 ao Barcelona. A final da competição disputa-se no domingo, dia 23 de agosto.

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