Portugal concede moratória a Cabo Verde e a São Tomé sobre empréstimos diretos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O Governo anunciou que concedeu "uma moratória aos pagamentos vincendos, até 31 de dezembro de 2020, relativos aos empréstimos diretos concedidos à República de Cabo Verde e à República de São Tomé".

O Governo português concedeu uma moratória sobre os empréstimos diretos concedidos a Cabo Verde e a São Tomé e Príncipe, informa esta quarta-feira um comunicado conjunto dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Finanças.

“O Governo português concedeu uma moratória aos pagamentos vincendos, até 31 de dezembro de 2020, relativos aos empréstimos diretos concedidos à República de Cabo Verde e à República de São Tomé e Príncipe, na sequência dos pedidos apresentados por estes países“, lê-se numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo o executivo, “a adoção desta medida de suspensão do pagamento de capital e juros vai determinar uma negociação, até setembro próximo, de acordos de moratória” com os dois países africanos de língua oficial portuguesa e o “estabelecimento de novo plano e condições de empréstimos”.

A moratória concedida a Cabo Verde e a São Tomé e Príncipe, uma “autorização extraordinária do Governo português”, integra o “quadro de medidas de mitigação dos impactos económicos, sociais e sanitários provocados pela pandemia de Covid-19”, refere ainda a nota.

A medida do executivo liderado por António Costa responde ao repto lançado pelo Clube de Paris, entidade criada informalmente em 1956 para apoiar países em dificuldades económicas, e pelo G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, “a todos os credores bilaterais oficiais e privados, para uma mobilização mundial no apoio aos países menos desenvolvidos, através da ‘Iniciativa de suspensão do serviço de dívida’”, acrescenta a nota.

Cabo Verde registou até agora 27 mortes e 2.689 casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a atualização de hoje do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças. Em São Tomé e Príncipe, 15 pessoas já morreram devido à Covid-19, existindo 878 casos de infeção desde o início da pandemia, informou esta quarta-feira o Ministério da Saúde do país. A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Embraer regista prejuízo de 460 milhões de euros no primeiro semestre

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

A brasileira Embraer registou prejuízos quase 22 vezes maiores do que o resultado que tinha registado no primeiro semestre de 2019.

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer anunciou, esta quarta-feira, que terminou o primeiro semestre do ano com perdas de 2,9 mil milhões de reais (460 milhões de euros), resultado provocado pela pandemia e por um acordo frustrado com a Boeing.

As perdas atribuídas aos acionistas da Embraer são quase 22 vezes superiores ao resultado negativo de 134,6 milhões de reais (21,3 milhões de euros) que a empresa registou entre janeiro e junho do ano passado, segundo o balanço financeiro.

Contabilizando apenas o segundo trimestre, os prejuízos foram de 1,6 milhões de reais (250 milhões de euros), valor que contrasta com o lucro de 26,1 milhões de reais (4,1 milhões de euros) obtido no período homólogo do ano passado.

A empresa brasileira destacou que as entregas de aeronaves foram impactadas negativamente pela separação dos negócios e serviços relativos à aviação comercial (que seriam transferidos para uma joint venture com a Boeing) das restantes atividades da Embraer. A fabricante brasileira abriu negociações com a Boeing em 2018 para criar uma joint venture voltada para a fabricação de aviões comerciais, que teria 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. Contudo, em abril passado a Boeing encerrou as negociações e a aliança não foi efetivada.

A Embraer justificou ainda os resultados com os impactos da pandemia de Covid-19 e a incerteza da evolução desta, que levou a empresa a reagendar o lançamento de alguns modelos de aeronaves e a alterar cronogramas de entregas.

As perdas da Embraer também refletem a forte valorização do dólar face à moeda brasileira. O dólar valorizou cerca de 30% nos primeiros seis meses do ano face ao real. A faturação da Embraer no primeiro semestre foi de 5,7 mil milhões de reais (900 milhões de euros), menos 32,6% do que no mesmo período de 2019.

Em comparação com o primeiro semestre de 2019, o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA)desceu 4,13% entre janeiro e junho de 2020, para 1,1 mil milhões de reais (170 milhões de euros). Já a dívida da Embraer situou-se no primeiro semestre em 9,8 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros).

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo. A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.

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OMS desaconselha reabertura de escolas em países com elevado contágio

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

"Todos queremos que as crianças voltem às aulas", diz Michael Ryan, avisando que ainda assim a reabertura das escolas é desaconselhada nos países com elevado contágio.

A reabertura de escolas em países com elevado contágio pelo novo coronavírus “vai piorar a situação” associada à pandemia de Covid-19, avisou esta quarta-feira o responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan.

Depois de o ano letivo 2019/20 ter sido parcialmente interrompido pela pandemia, vários países continuam com dúvidas sobre a hipótese de reabrirem as escolas, e Ryan aconselhou que essa medida só deve ser adotada em locais onde os níveis de contágio sejam baixos e haja medidas de resposta a eventuais casos de infeção que surjam nas salas de aula. “Todos queremos que as crianças voltem às aulas. Elas e os professores devem fazer isso num ambiente seguro”, frisou o epidemiologista, numa sessão de perguntas e respostas transmitida pela OMS na Internet.

Questionado sobre a hipótese de pais de crianças com problemas de saúde anteriores levarem-nas à escola em caso de retoma das aulas, Michael Ryan salientou que isso depende dos planos de contingência de cada escola, aconselhando a consulta dos responsáveis escolares.

Já os professores com doenças crónicas ou outros problemas de saúde devem consultar os seus médicos sobre as precauções que devem ou não tomar ao irem trabalhar, acrescentou a responsável técnica da OMS pelo combate à covid-19, Maria Kerkhove.

A OMS pediu ainda aos jovens para assumirem as “suas responsabilidades” na contenção da transmissão do novo coronavírus. Michael Ryan lembrou que “os idosos foram muito cuidadosos em se protegerem” quando a Covid-19 foi inicialmente vista como uma doença que afetava os mais velhos ou pessoas com “certos problemas de saúde” e pediu esse cuidado aos mais jovens. “Os jovens têm uma grande oportunidade de reduzir a transmissão através de seus comportamentos. Eles devem ter em conta a responsabilidade que têm nesse sentido”, realçou o epidemiologista.

No final de julho, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já tinha alertado que os jovens não eram “invencíveis” e que, em alguns países, eram numerosos demais para “baixar a guarda”. O responsável etíope pediu então aos jovens que “tomassem as mesmas precauções que as outras pessoas para se protegerem do vírus e para proteger os outros”.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.740 pessoas das 51.848 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Keep Warranty promete redução de até 60% no seguro de crédito à habitação

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

A insurtech entra no ramo Vida com um seguro online associado ao crédito à habitação que promete uma poupança até 60% face à concorrência. O parceiro é a April, o maior grupo francês de corretagem.

A Keep Warranty (KW), insurtech com app especializada na distribuição de seguros, vai entrar no ramo Vida oferecendo um produto de seguro vida crédito. Construído em parceria com a filial portuguesa da corretora francesa April, é destinado a todas as pessoas que têm ou tencionam contrair um empréstimo à habitação. A empresa, que desde março transformou-se num canal de distribuição de seguros 100% digital, contava já com seguros de extensão de garantias, seguros para computador portátil, seguros para tablet e seguros para telemóvel, distribuindo através da sua app.

Liliana Nogueira, Filipa Silva, Romana Ibrahim e Dhiraj Shrestha. A equipa da keep Warranty está a negociar com outras seguradoras portuguesas a entrada de novos produtos.

Designado Seguro Vida Crédito Keep Warranty, o novo produto oferece o melhor preço do mercado e “uma poupança até 60% face às ofertas existentes”, afirma a KW. A oportunidade é a possibilidade de, mesmo que um cliente disponha um crédito à habitação e respetivo seguro de vida, poder contratar nova apólice, substituindo o seguro inicial por um novo. Esta solução da KW, permite que o cliente tenha acesso a uma atualização regular do capital em dívida, associado ao seguro de vida respeitante ao crédito à habitação, “o que nem sempre acontece noutros produtos similares”, diz a empresa.

Para além das coberturas convencionais como Cobertura por morte, invalidez total e permanente (ITP) e invalidez absoluta e definitiva (IAD), o produto da KW conta ainda com um apoio personalizado e serviço de apoio à saúde, que inclui consultas médicas para toda a família.

Romana Ibrahim, fundadora e CEO da Keep Warranty refere: “o aumento da oferta de seguros que podem ser contratados através da Keep Warranty, reforça a nossa revolução como canal de distribuição digital de seguros”. Quanto à parceria a CEO explica a ECOseguros que “a April trabalha com vários parceiros, no entanto a Keep Warranty é a única App com este produto que é contratado pela via digital, combinada com a via física, através de uma linha telefónica dedicada que apoia o consumidor e esclarece todas as questões inerentes ao seguro”. Acrescenta que o “o seguro vida crédito é um ótimo exemplo de uma solução que combina produto e serviço, e que permite ao consumidor uma poupança muito significativa”.

A April é o maior grupo de corretagem e mediação de seguros em França com um volume de negócios de 536 milhões de euros em 2018. Foi fundada em 1988, está cotada na Euronext desde 1997 e entrou em Portugal em 2008, distribuindo atualmente através de uma rede independente de 400 agentes e mediadores.

No entanto, a KW está a procura de alargar o portfolio. Romana Ibrahim revela estar a negociar com outras seguradoras portuguesas a entrada de novos produtos, sendo que o fator comum a todas elas é “aliar um serviço diferenciado ao produto oferecido ao utilizador, bem como estabelecer uma relação de proximidade com o mesmo”, conclui.

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Covéa vai investir 1,5 mil milhões em esforço de cooperação com família Agnelli

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

A companhia francesa assinou protocolos comprometendo-se a investir em conjunto com a holding familiar dos Agnelli (Exor Group) e a cooperar na área de resseguros com a Partner Re.

A Covéa, mutualista líder em França nos ramos de seguro automóvel e habitação, anunciou que investirá cerca de 1,5 mil milhões de euros em oportunidades de investimento exploradas em cooperação com o universo empresarial da Exor, holding familiar dos Agnelli, sendo que metade do envelope financeiro começa a ser aplicado, de imediato, em iniciativas de cooperação com Partner Re, resseguradora controlada pelo grupo Exor.

Segundo fonte da agência Reuters, o compromisso remedeia o recente falhanço do processo de aquisição da PartnerRe pelo grupo francês e tem como objetivo “normalizar” as relações entre as partes, evitando um caminho de controvérsias.

Em comunicado, a Covéa afirma que vai alocar 750 milhões, entre 2021 e 2023, para aplicar em oportunidades de investimento em parceria com o grupo Exor, cujas participações empresariais são diversificadas.

No âmbito de “acordo de cooperação” celebrado com a Partner Re, na área de resseguros, a Covéa aplicará outros 750 milhões de euros, ao longo dos próximos cinco anos, através de veículos de investimento que tenham por base ativos da Partner Re ligados à atividade de resseguro, detalha a instituição francesa presidida e dirigida por Thierry Derez (PdG).

No comunicado, a Covéa refere ainda que tenciona iniciar já os investimentos no campo dos resseguros, enquanto a componente de cooperação financeira com a Exor em novas oportunidades de investimento fica com arranque previsto para 2021.

 

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Disney anima Wall Street. Investidores de olho nos estímulos

A Disney apresentou resultados trimestrais melhores do que se estava à espera e deu alento aos investidores, na sessão desta quarta-feira. Os mercados norte-americanos registaram ganhos.

Esta quarta-feira ficou marcada por ganhos nos mercados norte-americanos, com os investidores animados face aos resultados da Disney — que superaram as expectativas — e aos sinais de que o Congresso dos Estados Unidos poderá estar perto de fechar um acordo em torno do novo pacote de estímulos à economia.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, valorizou 0,68% para 3.328,86 pontos. Também o Nasdaq e o Dow Jones ficaram acima da linha de água. O índice tecnológico somou 0,51% para 10.997,39 pontos e o índice industrial avançou 1,45% para 27.218,03 pontos.

Na sessão desta quarta-feira, destaque para as ações da Disney, que dispararam 8,8% para 127,61 dólares, depois da gigante do entretenimento infantil ter apresentado resultados melhores do que os investidores esperavam. A empresa surpreendeu os mercados também com o anúncio de que irá lançar uma nova plataforma de streaming em 2021, mais virada para os conteúdos generalistas, e pela revelação de que afinal o filme “Mulan” será disponibilizado na Disney+. Estas novidades deram alento aos investidores, ainda que a Disney tenha perdido mais de 4,2 mil milhões de dólares por ter fechado os parques de diversão face à pandemia de coronavírus.

Também acima da linha de água, ficaram os títulos da Square que subiram 7,10% para 146,55 dólares. Isto após esta empresa ligada ao processamento de pagamentos ter anunciado um aumento de 64% das receitas registadas no segundo trimestre do ano, em resultado da escalada das compras online motivada pela crise pandémica. Na tecnologia, os títulos da Amazon somaram 2,11% para 3.205,03 dólares e deram gás a Wall Street.

A animar os investidores estiveram também os sinais de que o Congresso dos Estados Unidos poderá fechar em breve o acordo em torno do novo pacote de estímulos à economia. Segundo a Reuters, um dos negociadores da Casa Branca presentes no Congresso e alguns senadores republicanos indicaram sexta-feira como data limite para fechar o acordo ou dar o processo por perdido.

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CGTP avisa que dados do desemprego não refletem “o grande aumento”

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

A CGTP afirmou que os dados oficiais do desemprego divulgados pelo INE “não refletem o grande aumento verificado” no segundo trimestre, e exigem medidas como a proibição dos despedimentos.

A CGTP afirmou esta quarta-feira que os dados do desemprego divulgados pelo INE “não refletem o grande aumento verificado” no segundo trimestre e exigiu ao Governo “medidas efetivas de relançamento da economia” como a proibição dos despedimentos.

“Os dados divulgados esta quarta-feira não refletem o grande aumento verificado, já que, apesar da gradual reabertura da atividade económica, muitos desempregados não são assim classificados pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] pelo facto de não fazerem diligências para procurar emprego, um fenómeno que tem atualmente maior relevância devido às restrições à mobilidade associadas à pandemia ocorridas no período em análise”, pode ler-se no comunicado da intersindical.

A CGTP refere que no segundo trimestre estimam-se “749 milhares de pessoas nessa situação (mais 11% do que no ano passado) e que a taxa correspondente (taxa de subutilização do trabalho) fosse de 14%, também superior quer ao trimestre anterior (12,9%), quer ao homólogo (12,4%)”, salientando que “as mulheres são particularmente afetadas, com uma taxa de 15,3% face aos 12,7% entre os homens”.

Além disso, segundo a central sindical, “pouco mais de 1/3 do número real de desempregados tem acesso à proteção no desemprego, sendo o valor médio das prestações de desemprego de apenas 507 euros, pouco acima do limiar de pobreza”.

Face a esta situação a CGTP exige “medidas efetivas de relançamento da economia, que rompam com a política laboral de direita, que passam nomeadamente pelo reforço do investimento público, pelo pagamento integral dos salários aos trabalhadores, pela proibição dos despedimentos e pela estabilidade no emprego, pela efetivação do direito à contratação coletiva e pelo reforço da proteção social no desemprego”.

A taxa de desemprego foi de 5,6% no segundo trimestre, abaixo do primeiro trimestre e do período homólogo, enquanto a população inativa aumentou para 3,8 milhões de pessoas, na maior variação desde 2011, segundo o INE.

De acordo com o INE, entre abril e junho, “a taxa de desemprego foi 5,6%, valor inferior em 1,1 pontos percentuais ao do trimestre anterior [6,7%] e em 0,7 pontos percentuais ao do trimestre homólogo de 2019 [6,3%]”.

Já a população inativa (com 15 e mais anos) fixou-se em 3.886,7 mil pessoas no segundo trimestre, mais 5,7% face ao trimestre anterior e 7,5% em relação ao mesmo período de 2019, referindo o INE que “nunca antes, na série de dados iniciada em 2011, se havia registado variações trimestrais e homólogas tão elevadas”.

A taxa de inatividade das mulheres (48,2%) excedeu a dos homens (38,5%), ambas aumentando nas variações trimestral e homóloga.

O INE justifica com o “aumento da população inativa que, embora disponível, não procurou trabalho, estimada em 312,1 mil pessoas”, um aumento de 87,6% em relação ao trimestre anterior (145,7 mil pessoas) e de 85,6% relativamente ao período homólogo (143,9 mil pessoas).

Ainda segundo o INE, este aumento da população inativa deve-se, em parte, por 41,8% dos desempregados no primeiro trimestre terem transitado para a situação de inatividade no segundo trimestre.

O INE explica ainda que é este fluxo (de desempregados que passam a inativos) que explica “fundamentalmente” a redução da taxa de desemprego no segundo trimestre, “movimento que poderá ser invertido pela maior facilidade de mobilidade e interação social, e consequente procura de emprego, como indicia o aumento da taxa de desemprego de junho já publicada [7%]”.

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Saiba como aceder e usar o Reels, o novo “TikTok” do Instagram

  • Tiago Lopes
  • 5 Agosto 2020

O Facebook lançou o Instagram Reels, uma plataforma de vídeos que pretende concorrer com o TikTok. Este guia ensina a usar as novas ferramentas e a partilhar conteúdos divertidos com os amigos.

Os utilizadores do Instagram já podem criar e publicar Reels. A funcionalidade está disponível dentro da rede social através de uma ferramenta própria para a criação de vídeos com a duração máxima de 15 segundos. A plataforma é muito semelhante ao TikTok, sendo uma alternativa do Facebook à aplicação do momento.

Para quem já usava o TikTok, ou para aqueles que querem agora estrear-se neste mundo de pequenos vídeos repletos de filtros, máscaras e efeitos, o ECO preparou um breve guia sobre como usar o Instagram Reels. A novidade foi oficialmente anunciada pelo Facebook esta quarta-feira.

O que é o Instagram Reels?

Através do Reels, os utilizadores podem gravar vídeos de até 15 segundos, recorrendo a várias funcionalidades como ajustar a velocidade de um ou de vários vídeos, adicionar músicas presentes na biblioteca do Instagram, partilhar nas stories do Instagram ou enviar por mensagem privada para um ou mais contactos.

Como aceder ao Reels?

À semelhança do TikTok, no Instagram Reels é possível gravar uma sequência de vídeos curtos, um de cada vez ou todos ao mesmo tempo. Além disso, é também possível utilizar vídeos que estejam armazenados da galeria do telemóvel.

O primeiro passo para utilizar esta nova plataforma é selecionar a opção Reels na parte inferior da câmara dentro da aplicação Instagram. Após selecionar esta opção, surgirá um conjunto de ferramentas de edição no lado esquerdo do ecrã, que permitem a criação e edição dos vídeos. As funcionalidades disponíveis são as seguintes:

  • Áudio — Aqui pode pesquisar as várias músicas que estão disponíveis na biblioteca de músicas do Instagram, à semelhança do que já acontece nas stories. Se não encontrar a música que quer e preferir escolher um áudio original, também o pode fazer. Para isso basta gravar um vídeo e utilizar o áudio original.
  • Efeitos de inteligência artificial — A nova plataforma do Instagram vem equipada com uma série de efeitos desenvolvidos por vários criadores de todo o mundo. Um dos efeitos disponíveis é o efeito “Green Screen”, que permite aos utilizadores mudarem o plano de fundo de uma determinada gravação.
  • Temporizador e contagem regressiva — Através do menu “temporizador” pode programar a gravação um Reel. Depois de selecionar esta opção, surge no ecrã uma contagem regressiva até começar a gravação do vídeo. Permite pousar o telemóvel num dado sítio e ter tempo de se posicionar no plano.
  • Alinhamento — É possível criar transições entre os vídeos. Para isso, basta alinhar os clipes do vídeo gravado anteriormente.
  • Velocidade — Na gravação de Reels também vai poder alterar a velocidade do vídeo. Pode acelerar ou desacelerar o vídeo, ou apenas um segmento do mesmo, fazendo o efeito de câmara lenta.

Terminei o meu Reel. E agora?

Depois de terminar a edição do vídeo, é altura de o partilhar. Para além de o poder partilhar com amigos, também é possível descobrir Reels de outras pessoas através do campo de pesquisa.

  • Se tem uma conta pública — Pode partilhar o Reel com toda a comunidade, onde pode ser descoberto por qualquer pessoa, sendo que também pode partilhar o Reel no feed e apenas para os seus seguidores. Quando partilhar Reels com determinadas músicas, hashtags ou efeitos, o seu próprio Reel pode aparecer em páginas dedicadas a músicas ou hashtags específicas.
  • Se tem uma conta privada — A criação de Reels obedece às várias regras de privacidade que têm como objetivo proteger os utilizadores que querem que os seus conteúdos sejam vistos apenas pelos seus contactos. Assim, pode partilhar um Reel apenas com os seus seguidores ou pessoas específicas, e somente estas terão acesso ao conteúdo.

Depois de terminar a gravação de um Reel, pode alterar uma série de elementos, como a imagem de destaque. Pode também adicionar uma descrição ao vídeo, adicionar hashtags e identificar amigos para que o seu Reel alcance uma audiência maior. Se ainda assim não estiver pronto para publicar, pode sempre deixar o Reel em rascunho e, mais tarde, voltar a trabalhar nele.

Quando terminar todos os pormenores, pode então passar à partilha do vídeo, que vai ficar disponível num separador dentro do perfil onde os seus seguidores poderão encontrar todo o histórico de vídeos que já fez. É possível ver as reações e os comentários e quantas visualizações têm um Reel, tal como no TikTok.

Depois de criar e partilhar um Reel, pode ainda partilhar o mesmo nas suas histórias do Instagram, quer seja com amigos próximos ou através de uma mensagem privada. Neste caso, e tal como acontece nas stories, o conteúdo fica visível durante 24 horas.

Como descobrir Reels de outras pessoas?

O sistema de pesquisa de Reels funciona com base nas tendências do momento. Pode descobrir uma seleção de Reels criada por qualquer pessoa no Instagram, através de um feed vertical personalizado para cada perfil. Se gosta de um Reel, pode comentar ou partilhar o vídeo com os amigos.

Tal como na pesquisa do Instagram, em que encontramos fotografias e vídeos que são destacados por uma equipa de curadores, a lógica de funcionamento do Instagram Reels tem as mesmas regras.

Caso o seu Reel seja destacado por esta equipa de curadores, vai receber uma notificação com essa informação. O Instagram refere que “a equipa de curadoria do Instagram é marcada pela diversidade, composta por pessoas de formações e conhecimentos diferentes, especializados em vídeo, jornalismo e curadoria”. Nestes casos, a audiência deverá ser bem maior.

Segundo o Facebook, o objetivo é selecionar Reels que estejam alinhados com os seguintes critérios:

  • Oferecer uma experiência significativa e divertida.
  • Contar uma história de relevância cultural e global.
  • Valorizar a diversidade e inclusão.
  • Inspirar a criação através da originalidade e empatia.
  • Manter uma comunidade segura e respeitadora.

Antes do anúncio formal, a rede social quis garantir que a nova plataforma seria atrativa, propondo acordos que terão chegado a alcançar, alegadamente, as centenas de milhares de dólares a alguns dos utilizadores mais populares do TikTok, no sentido de os convencer a mudarem para a app concorrente, segundo reportou o The Wall Street Journal, na altura.

O TikTok, que conquistou centenas de milhões de utilizadores nos EUA e na Europa em poucos meses e será concorrência direta desta nova plataforma, está neste momento para ser vendido. A Microsoft está em negociações para adquirir a aplicação, sendo que o presidente dos EUA já deu “aprovação informal” ao negócio. Donald Trump reiterou que o TikTok terá de encerrar as operações nos EUA a 15 de setembro, a não ser que a empresa chinesa ByteDance decida, até lá, vender a aplicação à Microsoft ou a outra empresa.

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Joe Biden não estará presencialmente na convenção do Partido Democrata

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O candidato à Casa Branca Joe Biden anunciou que não aceitará presencialmente a sua nomeação na convenção do Partido Democrata, “para proteger a saúde pública”.

O candidato à Casa Branca Joe Biden anunciou que não aceitará presencialmente a sua nomeação na convenção do Partido Democrata, “para proteger a saúde pública”, perante a pandemia de covid-19, disseram os organizadores.

O Partido Democrata realiza a sua convenção entre 17 e 20 deste mês, em Milwaukee, no estado de Wisconsin, onde Joe Biden será nomeado para ser o candidato adversário do republicano Donald Trump, atual Presidente norte-americano, nas eleições presidenciais dos EUA, marcadas para 03 de novembro.

Após “consultas com autoridades e especialistas em saúde pública, que destacaram o agravamento da pandemia”, os organizadores decidiram que seria melhor Biden não comparecer presencialmente. “Os intervenientes na convenção, incluindo o ex-vice-presidente Biden, não viajarão para Milwaukee, para proteger a saúde pública”, afirmaram os organizadores do evento, num comunicado.

Assim, Joe Biden fará o seu discurso de aceitação da nomeação a partir de sua casa, no estado de Delaware, num gesto inédito que torna a convenção meramente virtual, com os principais discursos a serem transmitidos online durante as noites do evento.

O seu rival republicano, Donald Trump, disse esta quarta-feira que planeia fazer o seu discurso a partir da Casa Branca, sem também participar na convenção do seu partido. Mas se Trump continua a ter um palco privilegiado, nos seus discursos e conferências de imprensa presidenciais, a ausência de Biden da convenção democrata retira-lhe um espaço importante de campanha, a poucas semanas das eleições.

Nenhum dos dois principais candidatos tem estado muito ativo nas iniciativas de campanha e as atenções mediáticas têm sido dirigidas para as sondagens, onde Biden continua com alguma vantagem sobre Trump, e sobre as competências mentais e físicas de ambos (Biden tem 77 anos e Trump tem 74).

Biden anunciou que se recusará a fazer um teste cognitivo, para refutar as alegações do Presidente Trump, de que não está em condições para ocupar o lugar na sala oval. O democrata mostrou-se mesmo irritado quando um jornalista televisivo lhe colocou a questão, numa recente entrevista.

“Se eu fiz um teste? Porque diabo faria eu um teste?!”, respondeu o candidato, remetendo o problema para o seu adversário político. “Bem, se ele não consegue descobrir a diferença entre um elefante e um leão, não sei de que estará a falar”, declarou Biden, referindo-se a um exame clínico que Trump anunciou ter realizado, para testar a sua memória.

Nessa ocasião, Donald Trump gabou-se de ter tido “um tremendo desempenho” nesse teste de memória, conseguindo repetir, por ordem, uma série de palavras que lhe tinham sido ditas alguns minutos antes.

Biden adiantou que está mais preocupado em conseguir realizar debates com o atual presidente. “Estou ansioso para ter a oportunidade de me sentar com o Presidente num debate”, afirmou Biden, dizendo que essa ocasião poderá demonstrar o seu “estado físico e mental”. Em ambas as campanhas, as “gaffes” de cada candidato têm sido aproveitadas para tentar demonstrar junto do eleitorado as fraquezas dos adversários, em termos de habilitações de raciocínio.

Trump deverá fazer discurso de aceitação a partir da Casa Branca

O Presidente dos EUA, Donald Trump, pondera fazer o seu discurso de aceitação de candidatura na convenção Partido Republicano a um segundo mandato a partir da Casa Branca.

Depois de ver frustradas as suas duas tentativas de realizar uma convenção presencial, Trump pondera agora aparecer apenas online no evento que foi transferido desde a Carolina do Norte para a Florida e que se realizará entre os dias 24 e 27 de agosto.

“É fácil e acho que será um cenário bonito. Estou a ponderar isso. É certamente uma das alternativas”, disse Trump, durante uma entrevista televisiva, referindo-se à possibilidade de fazer o discurso de aceitação da candidatura a partir da Casa Branca.

A convenção começou por estar marcada para Charlotte, na Carolina do Norte, até Trump entrar em rota de colisão com o governador, que colocou entraves a receber um evento daquela dimensão em tempo de pandemia.

Trump decidiu então realocar a convenção para Jacksonville, na Florida, mas acabou por cancelar também a sua presença no evento, quando os números da pandemia de covid-19 se tornaram mais preocupantes, naquele Estado.

O cancelamento da componente presencial do presidente obriga agora a rever todos os planos e Trump admitiu que fazer o discurso a partir da Casa Branca será a solução “mais fácil do ponto de vista da segurança”, além de que é também a opção mais económica, já que não obriga a um esquema de segurança à volta do candidato. Trump diz que a decisão final sobre o local do seu discurso apenas será tomada mais tarde e não recusa outras possibilidades.

O presidente disse ainda que os jornalistas terão permissão para fazer a cobertura da convenção, depois de relatos de que o evento partidário seria realizado à porta fechada, como medida de prevenção por causa da pandemia. Trump esclareceu que a convenção terá uma mistura de eventos virtuais e de discursos ao vivo.

As convenções partidárias são, tradicionalmente, momentos importantes de lançamento das campanhas para as eleições presidenciais, mas este ano, por causa da pandemia, também o candidato democrata, Joe Biden, anunciou que fará o seu discurso de aceitação a partir de casa, não estando presente em Milwaukee, no Wisconsin, para participar no evento do seu partido.

(Notícia atualizada às 19h51 com mais informação)

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Genworth indemniza AXA, contabiliza prejuízos e anseia por dinheiro da China

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2020

Depois de resolver disputa legal relacionada com ativos que a AXA lhe comprou em 2015, a Genworth teve mais de 440 milhões de prejuízo trimestral e agora anseia por dinheiro da China Oceanwide.

A Genworth Financial, entidade licenciada em Portugal como LPS através de filial britânica da companhia norte-americana, apresentou prejuízo superior a 440 milhões de dólares no segundo trimestre, refletindo o impacto de custos relacionados com os efeitos da pandemia, mas também por causa de indemnização acordada ao grupo AXA no quadro de um processo judicial que vem de 2017.

Ainda, para assegurar o seu futuro, a Genworth aceitou prolongar o prazo para que a China Oceanwide Holdings Group consiga a transferência de fundos referentes à fusão acordada entre as partes, também há três anos.

No reporte de resultados do segundo trimestre, a companhia que opera seguros hipotecários e outras linhas do ramo Vida e saúde apresentou perdas líquidas de 441 milhões de dólares, uma quebra superior a 360% face aos 168 milhões de lucro apurado em igual período de 2019. O resultado foi penalizado por custos relacionados com o impacto da pandemia, aumento do desemprego nos EUA e pela volatilidade nos mercados.

Já o resultado operacional ajustado saldou-se por perdas de 21 milhões de dólares (contra ganho de 178 milhões no segundo trimestre de 2019), penalizado sobretudo por resultado negativo de 70 milhões no negócio de seguros Vida nos Estados Unidos e apesar do bom andamento nos prémios de seguros hipotecários.

A resolução do processo com a Axa representou 100 milhões de libras esterlinas (125 milhões de dólares) nas contas do trimestre. O contencioso tem origem em vendas de produtos financeiros irregulares (planos de poupança) concebidos por duas subsidiárias da Genworth que a Axa adquiriu em 2015 por 465 milhões de euros. As vendas enganosas no retalho (entre 2015 e 2017) geraram reclamações e custos superiores a 270 milhões de responsabilidades legais que a Axa cobriu. Em consequência, a seguradora francesa moveu ação judicial contra a Genworth e, no desenvolvimento do processo, uma decisão judicial anunciada já em dezembro de 2019 impôs à Genworth a obrigação de indemnizar a Axa por 90% das perdas incorridas.

Em janeiro de 2020, a Genworth começou a pagar o reparo e, a 21 de julho, foram acordados e fixados os montantes que em falta para sanar a disputa, com uma primeira parcela de 125 milhões de dólares em pagamento imediato e o restante através de nota promissória (com ativos do negócio hipotecário dados como garantia), para mais duas prestações diferidas, somando mais 317 milhões de libras esterlinas.

Assim, por conta do litígio com a Axa, a Genworth inscreveu nas contas trimestrais 516 milhões de dólares de perdas resultantes de atividades descontinuadas, detalha a instituição norte-americana em comunicado.

Por fim, a fusão com o grupo China Oceanwide (Oceanwide) – por aquisição da norte-americana pela chinesa por 3,8 mil milhões inicialmente anunciada há, pelo menos, dois anos e com boa parte de aprovações das autoridades já obtidas – segue pendente da transferência de fundos que a adquirente não tem conseguido retirar da China, por culpa de atrasos associados às restrições de saída de divisas decretadas pelas autoridades de Beijing, no quadro da pandemia.

Nesta condição, fazendo fé de que a Oceanwide desbloqueie os fundos, a Genworth Financial acordou, a 30 de junho, esperar mais três meses por cerca de 1 000 milhões de dólares. Por conseguinte, o prazo para que prossiga a fusão com o grupo chinês foi prolongado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2020, indica a empresa americana.

Citado no comunicado da Genworth, Lu Zhiqiang, presidente do grupo chinês, afirma: “A compra da Genworth é uma operação estratégica importante e prioritária para a China Oceanwide. Por causa do impacto económico e do confinamento provocado pela pandemia, processo de financiamento tem atrasado, mas mantemos o compromisso de assegurar os fundos necessários para a concretização de transação logo que possível”.

Entretanto, enquanto anseia pelo dinheiro do parceiro chinês [ou para prevenir a falta dele] e, por forma a cumprir responsabilidades vincendas e cobrir outros riscos, a Genworth considera uma emissão de dívida com maturidade em 2021 e pondera também a eventual venda em bolsa de cerca de 20% do capital da sua unidade de crédito hipotecário (U.S. Mortgage Insurance), adianta a companhia norte-americana.

A China Oceanwide, fundada em 1985 por Lu Zhiqiang, cresceu e tornou-se conhecida como promotora de grandes projetos imobiliários, também fora da China. Atualmente é um conglomerado com interesses largados à banca, seguros, energia, tecnologia e media, detendo ativos e investimentos que somam mais de 20 mil milhões de dólares.

Lu é o multimilionário à frente da holding matriz do grupo e, em 2016, estava entre os 10 mais ricos da China, sendo o quinto mais forte no imobiliário chinês.

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FC Porto e Benfica disputam a Supertaça em 23 de dezembro

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O jogo da Supertaça, que vai opor o FC Porto ao Benfica e que deveria abrir a temporada 2020/21, vai disputar-se em 23 de dezembro, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Futebol.

O jogo da Supertaça, que vai opor o FC Porto ao Benfica e que deveria a abrir a temporada 2020/21, vai disputar-se em 23 de dezembro, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Em comunicado, a FPF informou que os dois clubes, juntamente com o organismo federativo, “acertaram esta data para a disputa do troféu que tradicionalmente marca o início oficial da época”, sendo que o local e horário do encontro serão “divulgados oportunamente”.

As três partes tinham acordado, no início de julho, suspender a Supertaça, de forma a aliviar o calendário das equipas portuguesas envolvidas nas competições europeias.

O encontro vai colocar frente-a-frente o FC Porto, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, e o Benfica, finalista vencido da ‘prova rainha’.

Na terça-feira, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou que a I Liga portuguesa terá início no fim de semana de 19 e 20 de setembro.

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Samsung lança novos Galaxy Note 20, relógios Watch3 e auscultadores Buds Live

  • ECO
  • 5 Agosto 2020

A Samsung apresentou uma nova gama de produtos, desde os telemóveis Note 20 aos relógios Watch3, passando pelos novos auscultadores Galaxy Buds Live.

Num evento virtual e em plena pandemia, a Samsung apresentou esta quarta-feira uma nova gama de produtos para a próxima temporada. Entre eles estão os novos topo de gama Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra, uma linha que se diferencia dos restantes modelos da marca por incluir a caneta S Pen integrada.

Os novos telemóveis da Samsung já estão em pré-venda em Portugal e, segundo um comunicado da operadora Nos, o preço do Note 20 começa nos 989,99 euros e do Note 20 5G nos 1.089,99 euros, ambos com 256 GB de armazenamento. No caso dos Note 20 Ultra 5G, “os modelos com 256 GB e 512 GB de memória interna chegam aos clientes da operadora pelos valores de 1.339,99 euros e 1.439,99 euros”.

A marca sul-coreana também lançou duas versões do novo relógio Galaxy Watch3, fabricados em aço inoxidável e com “todos os detalhes de um verdadeiro relógio de luxo”, nas palavras da própria Samsung. É ainda 14% mais fino, 8% mais pequeno e 15% mais leve do que o modelo original, nas contas da empresa.

O Galaxy Watch3 de 41mm com Bluetooth tem um preço recomendado de 429,9 euros, enquanto a versão com conectividade 4G LTE custa 479,9 euros. A versão mais musculada do relógio (45mm) com Bluetooth custa 459,9 euros e a versão 4G LTE custa 509,9 euros.

Além dos telemóveis e dos relógios, a Samsung também voltou a apostar nos auscultadores sem fios. Os novos Galaxy Buds Live “apresentam o novo formato de uns verdadeiros earbuds, que primam pelo seu design elegante e ergonómico e pela sua tecnologia de excelência ao nível sonoro”, indica a Samsung. À semelhança dos modelos anteriores, os novos auscultadores da marca recorrem a tecnologia da conceituada marca AKG. Os auscultadores custam 190,9 euros.

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