Nomeados para os Óscares conhecidos hoje. Curta portuguesa está na shortlist

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2020

Nomeados para a 92.ª edição dos Óscares, os prémios norte-americanos de cinema, são anunciados esta segunda-feira. "Joker", "Era uma vez em... Hollywood" e "Parasitas" são os favoritos.

Os nomeados para a 92.ª edição dos Óscares, os prémios norte-americanos de cinema, são anunciados esta segunda-feira e entre eles poderá estar a curta-metragem portuguesa “Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias”, de Regina Pessoa.

O filme de animação de Regina Pessoa está entre as dez curtas-metragens finalistas a uma nomeação para os Óscares, ao lado de filmes como “Hair Love”, de Matthew A. Cherry, e “Kitbull”, de Rosana Sullivan, dos estúdios Pixar.

Em 2014, nesta categoria de melhor curta de animação esteve nomeado “Feral”, de Daniel Sousa, um realizador português, nascido em Cabo Verde e radicado nos Estados Unidos.

A narrativa de “Tio Tomás, A Contabilidade Dos Dias” apresenta um homem, numa rotina do dia-a-dia do trabalho, e uma menina a quem ensina a desenhar na parede junto à lareira, com um pedaço de madeira queimada.

O filme tem 13 minutos e foi feito em gravura animada, técnica habitual no trabalho de Regina Pessoa.

Em dezembro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tinha anunciado finalistas de nove categorias dos Óscares, perfilando-se entre eles alguns dos filmes já apontados como favoritos por vários media especializados.

São eles “Joker”, de Todd Phillips, “1917”, de Sam Mendes, “Era uma vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, “Parasitas”, de Bong Joon-Ho, todos eles premiados nos Globos de Ouro.

“Mulherzinhas”, de Greta Gerwig, “Marriage Story”, de Noah Baumbach, “O irlandês”, de Martin Scorsese, “Rei Leão”, de Jon Favreau, e “Vingadores: Endgame”, de Anthony e Joe Russo, também deverão chegar ao patamar das nomeações.

Para o Óscar de melhor longa de animação poderá ainda ser selecionado o filme “Klaus”, da espanhola SPA Studios, disponível na plataforma Netflix e que conta com o português Sérgio Martins na direção de animação.

O anúncio dos nomeados dos Óscares está marcado para as 13h18 (hora de Lisboa).

A cerimónia dos Óscares acontecerá a 9 de fevereiro em Los Angeles, Califórnia, e não terá um apresentador anfitrião, repetindo-se o que aconteceu em 2019.

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O que vai mudar no seu salário se o Governo concluir ajustamento das tabelas de retenção de IRS?

O Governo ainda não refletiu na totalidade os novos escalões de IRS nas taxas de retenção na fonte. Se concluir agora o ajustamento, os portugueses passam a receber mais dois a quatro euros por mês.

O Governo desdobrou os escalões de IRS em 2018, mas até agora não refletiu na totalidade tais alterações nas taxas de retenção na fonte aplicadas, todos os meses, aos rendimentos dos pensionistas e dos trabalhadores por conta de outrem. Esse ajustamento deveria ter ficado concluído no ano passado, mas tal não aconteceu. Se este ano o processo for concluído, deverá estar em causa um acréscimo salarial entre dois e quatro euros por mês, segundo as contas da EY.

Foi no quadro do Orçamento do Estado para 2018 que o Executivo de António Costa fez crescer o número de escalões de IRS de cinco para sete. Na altura, o Governo explicou que as consequências dessa mudança nas tabelas de retenção seriam sentidas gradualmente. Assim, apenas parte desse efeito foi sentido nas taxas de retenção aplicadas em 2018, estando prevista a concretização desse ajustamento em 2019.

Tal acabou, contudo, por não acontecer. “Conforme é possível constatar nos casos analisados, a redução nas taxas de retenção na fonte de IRS registadas em 2019 não refletiu de forma integral a redução no IRS resultante do desdobramento dos escalões de 2017 para 2018″, confirmou a EY ao ECO.

No mês passado e em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais assumiu isso mesmo, dizendo que, em 2020, as tabelas de retenção “vão continuar a espelhar o esforço de aproximação na fonte ao imposto final” começado há dois anos. António Mendonça Mendes garantiu, além disso, que as novas taxas serão conhecidas ainda este mês.

Ao não ter concluído o ajustamento em causa, o Estado tem retido, todos os meses, mais impostos do que deveria. Por isso, em 2020 e à semelhança do que aconteceu em 2019, os contribuintes vão ter direito a um reembolso mais elevado, no momento do acerto de contas com o Fisco.

Já em 2021, o reembolso pode ser menor, se o Executivo passar a refletir na totalidade as alterações nos escalões de IRS nas novas tabelas de retenção. Se assim for — isto é, se concluir o processo de ajustamento –, os portugueses passam, por outro lado, a ver os seus salários reforçados todos os meses.

No caso de um contribuinte solteiro, sem dependentes e que ganhe 1.000 euros mensais, a conclusão desse ajustamento significaria mais três euros no bolso todos os meses (42 euros, ao fim de um ano). Face à redução da taxa anual efetiva de IRS em 2018 de 11,3% para 10,2%, a taxa de retenção aplicável ao nível de rendimentos deste contribuinte deveria ser de 11,4%, calcula a EY, menos 0,3 pontos percentuais que aquela que esteve em vigor em 2019.

Já se o mesmo contribuinte receber 1.500 euros mensais, o ajustamento da retenção à taxa efetiva de IRS deverá significar um acréscimo de quatro euros no rendimento mensal (56 euros por ano). A taxa de retenção foi fixada em 17,8% em 2019, quando devia ter ficado nos 17,6% de modo a refletir as alterações nos escalões de IRS, indica a EY.

Se um contribuinte nas mesmas condições receber 2.000 euros mensais, o acréscimo decorrente da conclusão do processo em causa é menor: dois euros por mês. Ao fim do ano, são mais 28 euros (14 meses). A diferença é menos significativa neste caso, uma vez que o desajustamento entre a taxa de retenção aplicada em 2019 e a taxa que deverá ser aplicada para refletir o alargamento dos escalões é menor: apenas 0,1 pontos percentuais.

No caso dos contribuintes casados e com filhos, a lógica é a mesma. Um trabalhador com um filho e 1.500 euros de salário por mês passará a receber quatro euros a mais mensais, se a taxa for ajustada. No caso de um salário de 2.000 euros, o acréscimo será de apenas dois euros por mês.

Um trabalhador com dois dependentes e 2.000 euros de salário mensal obtém essa mesma poupança (dois euros), já que a diferença é de apenas em 0,1 pontos percentuais entre a taxa devida e aquela que foi aplicada em 2019.

As taxas de retenção servem para calcular o desconto mensal de IRS, sendo um instrumento que permite ao Estado garantir receita ao longo do ano.

No desenho destas tabelas — que devem ser conhecidas ainda este mês –, é tido em conta não só o aumento do salário mínimo (este ano sobe para 635 euros, valor que já era o mínimo na Função Pública, pelo que não deve ter grande efeito nas tabelas em questão), mas também o aumento do mínimo de existência decorrente da atualização do Indexante dos Apoios Sociais. Em 2020, o mínimo de existência aumentou de 653,64 euros mensais para 658,2 euros mensais, ficando acima do limite até ao qual não há lugar a retenção.

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“Rio tem a eleição ganha”, antecipa Marques Mendes

O antigo presidente do PSD considera que os resultados dos três candidatos à liderança do partido ficaram aquém das expectativas, mas "politicamente" tudo aponta para a vitória de Rio à segunda volta

Rui Rio não conseguiu a vitória à primeira volta nas eleições diretas do PSD, “ficou resvés”, mas a dinâmica de vitória é dele, defende Luís Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC. No entanto, os pesos pesados de Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro estão, neste momento, reunidos em Coimbra para “concertar posições de apoio conjugado”, revelou.

Rio ganhou e esteva a um palmo de ganhar” a maioria, mas faltaram 344 votos para garantir a vitória à segunda volta, Marques Mendes admite que pode acontecer “uma surpresa” na segunda volta — “aritmeticamente é possível, mas politicamente é muito difícil”, afirma. “Na segunda volta começa tudo de novo, não e um jogo que está no intervalo, mas Rui Rio está à frente. Tem uma dinâmica de vitória”, explica. “Só por um azar dos Távoras é que poderá não ganhar esta eleição“, acrescenta.

Mas, uma segunda volta traz sempre dificuldades, alerta o comentador. Desde logo garantir que os eleitores de Montenegro e Rui Rio vão todos votar no próximo dia 18 de janeiro. Por outro lado, “é natural que os votos de Miguel Pinto Luz passem para Montenegro, os defensores da mudança”, mas nada garante que a totalidade dos votos de um passe para para o outro apesar da reunião desta noite em Coimbra. Aliás Mauro Xavier, apoiante de Pinto Luz, na noite de sábado, em comentário aos resultados eleitorais do PSD, na TVI24, revelava que iria votar em branco na segunda volta.

A terceira variável, que Marques Mendes considera a mais importante, é a dos militantes inscritos (8.8859) que pagaram as quotas mas não foram votar. O comportamento dessas nove mil pessoas pode alterar tudo, e não foi inocente a referência de Rui Rio às mesmas no seu discurso de sábado, tendo memos pedido “mais um esforço “aos militantes que têm de se deslocar novamente, no sábado, às urnas de voto.

“A dinâmica é clarissimamente favorável a Rui Rio, sejamos objetivos”, disse o comentador. “Mas a história das segundas voltas em Portugal é cheia de surpresas”, recordou dando como exemplo a segunda volta das presidenciais que opôs Freitas do Amaral a Mário Soares, em 1986, há 33 anos, e que apesar da vantagem inicial de Freitas, acabou por ser o candidato do PS que venceu as eleições.

No entanto, o comentador considera que “os resultados para os três candidatos ficaram todos um pouco aquém das expectativas”: Miguel Pinto Luz gostaria de ter ficado acima de 10%, mas, “acabou por ser vítima da polarização” nos últimos dias; Montenegro esperava ter ficado “ou à frente de Rio ou taco a taco, mas está cada vez mais longe de atingir o seu objetivo e Rui Rio, apesar de quase ter conseguido a vitória — faltou-lhe 0,56% para a maioria — acabou por não ter conseguido ganhar à primeira volta

(Notícia atualizada)

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Tribunal Constitucional dá razão ao Banco de Portugal. Houve gestão ruinosa no BES

Luís Marques Mendes revelou que o Tribunal Constitucional condenou Ricardo Salgado e Amilcar Pires por gestão ruinosa no BES. Está em causa uma contraordenação de 3,7 milhões de euros.

Luís Marques Mendes revelou que o Tribunal Constitucional decidiu, esta semana a favor do Banco de Portugal pondo assim fim ao primeiro grande processo no qual Ricardo Salgado e Amílcar Pires são condenados por gestão ruinosa no BES. Está em causa está uma contraordenação de 3,7 milhões de euros aplicada pelo regulador.

“Há-de vir a público, uma decisão do Tribunal Constitucional, de dia 8, que põe fim ao primeiro grande processo em que Ricardo Salgado e Amílcar Pires são condenados”, revelou Marques Mendes no seu espaço semanal de comentário na SIC.

O Banco de Portugal aplicou uma coisa de 3,7 milhões de euros aos dois gestores, mas depois houve uma sentença do Tribunal da Concorrência de Santarém, a que se seguiu um recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa que Ricardo Salgado, que o antigo presidente do Banco Espírito Santo perdeu e, agora no dia 8, houve um acórdão definitivo do Tribunal Constitucional a dar razão ao Banco de Portugal, elencou Marques Mendes.

“Conclusão, pelo menos um processo chega ao fim, pelo menos aqui há uma matéria de contraordenação e, sobretudo, neste caso, a Justiça considera que houve atos dolosos, ou seja, atos intencionais de gestão ruinosa”, frisou o advogado que lamento o facto de, no caso do BES, “a investigação criminal tem estado encravada”.

Pelo menos um processo chega ao fim, pelo menos aqui há uma matéria de contraordenação e, sobretudo, neste caso, a Justiça considera que houve atos dolosos, ou seja, atos intencionais de gestão ruinosa.

Luís Marques Mendes

“Com todos os atrasos no domínio criminal” esta questão reveste-se de uma enorme importância, porque é um primeiro passo para que Salgado e todos aqueles que foram responsáveis por aquela situação não passem “impunes”, explicou Marques Mendes, que deu os parabéns ao Banco de Portugal pelo facto de ter sido “célere” na sua atuação.

Marques Mendes explicou ainda a diferença ente o processo do Banco de Portugal e a investigação criminal e frisou que o Ministério Público não pode dar o processo por concluído porque está à espera de um conjunto de informações que vêm do estrangeiro, nomeadamente da Suíça.

(Notícia atualizada)

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Seguros pessoais: Chubb e Covéa distinguidas pelos corretores no Reino Unido

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2020

A Chubb e a filial local da francesa Covéa obtêm as melhores classificações de desempenho num inquérito realizado junto de corretores de seguros no Reino Unido.

Os resultados do «Personal Lines Survey», um dos relatórios produzidos pela publicação especializada no âmbito do mais amplo ‘Broker Service Survey’, distinguem a Chubb (com pontuação de 4.26) e a Covéa Insurance (4.21) como as melhores pelo segundo ano consecutivo, atribuindo-lhes ‘5 estrelas’, o máximo numa escala de um a cinco.

O estudo envolveu mais de 300 corretores (mediadores independentes) na avaliação do desempenho das seguradoras que atuam no mercado ‘personal lines’ (seguros de particulares nos ramos vida, acidentes pessoais, saúde, habitação e automóvel), tendo por base um conjunto de critérios que marcam a relação concreta com as seguradoras na atividade diária dos corretores.

Classificadas pelos corretores relativamente a indicadores como ‘rapidez e sentido de justiça na resolução das reclamações; experiência, flexibilidade e assistência prestada na subscrição das apólices; qualidade das coberturas; atendimento e gestão de processos’, aquelas duas companhias evidenciam, de acordo com a opinião dos mediadores, as melhores práticas.

Assim, as merecedoras de ‘5 estrelas’ posicionam-se à frente de concorrentes como a Hiscox (3ª do ranking), AXA, LV=, Ageas, Aviva, Home & Legacy, Zurich e a RSA, por esta ordem, com as duas últimas a fecharem a lista exibindo apenas duas estrelas.

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BHIB abre filial especializada em seguros para criativos

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2020

A corretora independente do mercado britânico que utiliza as seguradoras Hiscox e a Vitality, acaba de lançar uma filial especializada na oferta de apólices para freelancers das indústrias criativas.

A Create Insurance, nova marca do grupo BHIB Insurance Brokers, oferece seguros de responsabilidade civil e profissional à medida e para períodos de subscrição de uma semana a um ano, com cobertura de equipamento, de produto, indemnizações contratuais e propriedade intelectual.

A flexibilidade do serviço é assegurada pela agilidade de uma plataforma de contratualização e assistência online acessível 24 horas por dia/sete dias por semana, e pela experiência de uma equipa, ela própria constituída por antigos profissionais freelancers do setor criativo.

A plataforma tecnológica que operacionaliza o negócio da Create Insurance foi desenvolvida pela Brokertech, uma subsidiária de software do grupo BHIB, e as coberturas subscritas pela nova mediadora adequam-se à vida dos freelancers em território do Reino Unido, União Europeia e qualquer parte do mundo, qualquer seja a atividade do criativo (músico; artista de teatro ou cinema; fotógrafo; guia de turismo aventura; operador ou assistente de câmara; esteticista; designer ou copy).

Nos parceiros a montante, além do suporte da BHIB, a Create tem a Hiscox como seguradora responsável pela produção das apólices gerais, enquanto a Vitality fornece as coberturas opcionais (seguro Vida e rendimento profissional).

Em abril de 2019, a BHIB foi eleita ‘Employer of the Year’, uma distinção anual de âmbito regional (Leicester) patrocinada pela Growth Partners Plc.

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Travelex fica offline após ciberataque

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2020

A Travelex, uma rede britânica de câmbio de moedas que realiza 150 milhões de operações por ano em todo o mundo, foi alvo de um ciberataque de ransomware e obrigada a desligar tudo.

Com o sistema ‘em baixo’ e a sua página de internet inacessível depois de um ataque de ramsonware, a Travelex disponibilizou uma linha telefónica e atende os clientes através da rede de lojas tradicionais.

A empresa londrina que gere uma extensa rede operações de câmbio dentro e fora do Reino Unido foi obrigada a colocar todo o sistema offline, estando a sua página web preenchida com uma nota sobre a ocorrência e um número de telefone de apoio aos clientes que utilizaram a plataforma eletrónica para encomendar divisas.

Os hackers danificaram o sistema informático e pediram um resgate de 6 milhões de dólares, reporta imprensa adiantando ser ainda incerto que a Travelex tenha pago o dinheiro reclamado pelos piratas do ciberespaço. O ataque gerou caos entre os clientes que viajavam de férias por ocasião das celebrações de Ano Novo.

Na nota publicada no endereço eletrónico da entidade lê-se que a colocação do sistema em modo offline foi a medida reativa que permitiu conter o vírus informático. A Travelex acrescenta ainda que as investigações preliminares indicam que os dados de clientes não estão comprometidos.

Enquanto a Travelex sofre uma interrupção de serviço digital e vai atendendo ‘a papel e caneta’, operando apenas manualmente nas lojas tradicionais, a agência Reuters recorda que, num prospeto de bolsa, a Finablr, empresa-mãe da Travelex, declarou ser titular de um seguro contra risco cibernético.

A Finablr processa mais de 150 milhões de transações por ano através de sistemas informáticos. Desde o ataque, as ações da empresa desvalorizaram mais de 20%.

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Tensão no Golfo Pérsico ameaça agravar prémios de seguro marítimo

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2020

A crescente crise no médio oriente ameaça encarecer o prémio pago por operadores de navios, que cruzam o Estreito de Ormuz, em até 200 mil dólares por viagem.

O risco de guerra, normalmente considerado como cobertura adicional na subscrição de apólices de seguro para o transporte marítimo, ameaça encarecer o prémio pago pelos operadores de navios com rotas no Estreito de Ormuz.

Mesmo com os sinais mais recentes de alívio na tensão entre os EUA e o Irão, os armadores de navios-tanque (petróleo e GNL) que atravessam o Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, estão a preparar-se para um aumento da despesa com seguros.

Cerca de 21 milhões de barris por dia, ou o equivalente a 30% de todas as exportações mundiais de petróleo por via marítima são transportados através do Estreito de Ormuz (entre o sul do Irão e o norte de Oman).

Citado pela agência Reuters, Svein A. Ringbakken, da seguradora norueguesa Den Norske Krigsforsikring para Skib (DNK), fala de uma preocupação “óbvia”, com a tensão que condiciona toda a região (do Golfo). “O trânsito de navios na área já está há algum tempo sujeito a prémios adicionais de seguro contra riscos de guerra que podem aumentar à luz dos desenvolvimentos recentes”, afirma Ringbakken. A localização da Arábia Saudita, classicamente o maior exportador mundial de petróleo, e do Catar, líder nas vendas de GNL, ajuda a explicar o elevado número de petroleiros que transitam na zona.

Os armadores pagam uma cobertura anual pelo seguro de risco de guerra, além de um prémio adicional (AWRP na gíria do setor) para cobertura do risco de intrusão/violação quando as embarcações navegam em zonas mais perigosas. Esses prémios separados são calculados de acordo com o valor do navio, ou casco, por um período de sete dias, sendo suportados não pelo dono do navio, mas pelos operadores de transporte ou frete.

De acordo com a Reuters, que cita um corretor londrino, as seguradoras de navios cotaram a taxa de violação por sete dias em cerca de 0,35% dos custos de seguro, acima dos 0,15% em dezembro. Outro corretor de GNL sediado em Singapura calculou os custos extras como significativos. “Dependendo do tipo de navio, isso acresce cerca de 150.000 a 200.000 dólares (aos custos gerais) por viagem”.

Outras fontes do shipping (transporte marítimo de mercadorias) estão menos preocupadas com encargos financeiros extraordinários, afirmando que os preços atuais dos riscos do Golfo já incorporam o potencial de outro ataque ao transporte marítimo de mercadorias e, portanto, podem não mudar, a menos que a situação piore com uma escalada da tensão geopolítica.

Esta perspetiva mais conservadora sobre a evolução dos encargos (com custos do seguro e resseguro) decorre de o nível de risco ter sido revisto já em maio de 2019, quando foram noticiados os ataques a dois petroleiros sauditas, um norueguês e a outro dos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com o Joint War Committee (JWC), um organismo de referência que funciona no universo do mercado Lloyd´s de Londres em conjunto com representantes da International Underwriting Association (IUA), o nível de ameaça na região mantém-se elevado, mas não se prevê “qualquer alteração dramática [da situação] no Médio-Oriente”.

A posição do JWC foi anunciada depois da reunião realizada na passada terça-feira, para analisar o impacto da alegada ameaça de retaliação, por parte do Irão contra os EUA, depois do ataque norte-americano ao aeroporto de Bagdade, do qual resultou a morte do general Qasem Souleimani, considerado ‘nº 2’ do regime de Teerão.

Para os mercados de GNL, as crescentes tensões no Médio Oriente “significam que todos têm os olhos postos no risco de atravessar o Estreito de Ormuz”, observa Saul Kavonic, analista do Credit Suisse. “Um encerramento prolongado do Estreito de Ormuz pode fazer o preço spot de GNL disparar e abrir-se um cenário destrutivo no lado da procura”, disse.

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Pentágono admite não ter provas de que Soleimani planeava ataques a embaixadas

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2020

O secretário da Defesa norte-americano admitiu não ter visto qualquer “prova” concreta de que o general iraniano, morto pelos EUA há uma semana, estaria a planear ataques a embaixadas dos EUA.

O secretário da Defesa norte-americano admitiu não ter visto qualquer “prova” concreta de que o general iraniano Qassem Soleimani, morto numa ação militar ordenada por Washington, estaria a planear ataques contra embaixadas norte-americanas, como avançou Donald Trump.

“O Presidente (norte-americano Donald Trump) não referiu uma prova em concreto e eu não vi nenhuma, no que diz respeito às quatro embaixadas”, admitiu Mark Esper, numa entrevista ao canal norte-americano CBS News.

O chefe do Pentágono (Departamento de Defesa) esclareceu, no entanto, que apoia as declarações de Trump, concordando na probabilidade de os iranianos atacarem embaixadas “porque são um ponto de destaque da presença dos EUA num país”.

Esta entrevista a Mark Esper vem acrescentar mais dúvidas sobre as declarações feitas por Donald Trump na passada sexta-feira a um outro canal de televisão norte-americano. Numa entrevista ao canal Fox News, Trump tentou justificar a ação militar contra o general iraniano, tendo afirmado que acreditava que o Irão pretendia atacar, a par da embaixada norte-americana em Bagdad, outras três representações diplomáticas dos EUA.

Inicialmente, o governante disse que o general iraniano planeava ataques indefinidos contra alvos norte-americanos, tendo posteriormente especificado que o alvo era a representação diplomática dos EUA em Bagdad.

Mais tarde, Trump voltou a acrescentar informações e falou em ataques contras outras missões diplomáticas.

O importante general Qassem Soleimani, emissário da República Islâmica no Iraque, foi morto em 03 de janeiro num ataque em Bagdad ordenado por Washington.

Em retaliação, o Irão lançou uma salva de mísseis sobre bases com militares norte-americanos no Iraque.

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Aon France faz aquisição para liderar seguros de novas tecnologias

  • ECO Seguros
  • 12 Janeiro 2020

A Aon France, subsidiária da Aon Plc, anunciou a aquisição da Apollo Conseil et Courtage, uma mediadora líder local no mercado de seguros dirigidos ao setor de novas tecnologias.

A Aon France vai comprar a Apollo Conseil et Courtage e justifica a operação com a sua estratégia de investimento para crescer em nichos de mercado com elevado potencial. Não foram divulgados os montantes envolvidos na operação.

A Apollo Conseil et Courtage (Apollo Courtage) é consultora e mediadora de seguros, especialista em responsabilidade civil para empresas de novas tecnologias (startups e PME de segmentos diversificados como IoT, medtech, desenvolvedores de software, SaaS e outros). Contando com cerca de 600 clientes em França, dispõe já de uma forte presença internacional.

Christophe Gautié (CEO da Apollo Courtage), citado no comunicado, congratula-se com a vinculação à Aon, pelo que isso representa em termos de notoriedade, suporte e incremento de soluções, salientando que, no futuro, a Apollo manterá a sua autonomia operacional.

Por seu lado, Robert Leblanc, presidente da Aon France, refere que o nível de especialização demonstrada pela Apollo encaixa de forma ideal no projeto de desenvolvimento do grupo britânico e a aquisição vai reforçar a qualidade das respostas do grupo segurador junto do setor tecnológico.

No quadro da integração, Gautié acumula as funções de responsável pela área de desenvolvimento do setor de novas tecnologias na Aon France, acrescenta a fonte.

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Saiba quanto vai poupar na sua fatura da luz em 2020

No mercado liberalizado, as principais comercializadoras de eletricidade falam em descontos entre os 0,4 e os 2,5%. Por ano a poupança na fatura da luz poderá chegar aos 15 euros.

O início do ano traz boas notícias para os cerca de cinco milhões de consumidores de eletricidade que já mudaram para o mercado livre. Depois de a ERSE ter ditado uma descida de 0,4% nas tarifas reguladas que abrangem um milhão de clientes em Portugal — cerca de 18 cêntimos por mês numa fatura média de 44 euros — as principais elétricas confirmaram ao ECO que também vão fazer cair as tarifas para as respetivas carteiras de clientes. Por ano, a poupança pode oscilar entre três e 15 euros nos gastos com energia elétrica.

A EDP fala em preços entre 0,4 e 0,9% mais baixos e a Goldenergy avançou com uma queda de 1% nos valores cobrados pela energia elétrica fornecida. Na Galp Energia, em termos médios, as faturas dos clientes observarão uma redução próxima dos 0,4%, aplicável ao segmento residencial e a micro negócios para todos os consumos desde 1 de janeiro de 2020.

Já a Iberdrola não revela a sua política de preços para este ano, com fonte oficial a dizer apenas que a empresa “apresenta sempre ofertas competitivas, no início de cada ano”. Tal como em 2019, este ano a Endesa é a elétrica com maior percentagem de desconto: 2,5%. Há um ano, no início de 2019, a Endesa ia mais longe e dava conta de uma descida média de 6,3% nos preços da eletricidade para a sua carteira de clientes “apesar da constante subida do custo da eletricidade nos últimos anos”.

Quanto às restantes empresas a operar no mercado livre de eletricidade, a Galp anunciou no ano passado uma descida média de 2,6% em 2019, seguida pela EDP (menos 3,5% nas tarifas para 90% dos clientes domésticos) e pela Goldenergy (-4%). Já a Iberdrola garantia “menos 10% no valor final da fatura” para 2019. No mercado regulado, as tarifas baixaram no ano passado 3,5%.

Conheça em detalhe os descontos nos preços da eletricidade no mercado liberalizado

  • EDP baixa preços entre três e 15 euros nas faturas anuais

Fonte oficial da EDP Comrcial revelou que a empresa “irá reduzir os preços de eletricidade para as famílias em 2020: a descida será, em média, de 0,4%”.

“A redução de preços para 2020, quando aplicada aos perfis ERSE, traduz-se em descidas entre 3 euros por ano e 15 euros por ano na fatura anual do cliente”. De acordo com a elétrica, a redução média de 0,4% verifica-se para todos os níveis de potência e todas as opções horárias da carteira EDP e resulta de uma combinação da variação do preço da potência e da energia, aplicada ao consumo do cliente. A queda nos preços decorre também do aumento das tarifas de acesso às redes publicados pela ERSE a 16 de dezembro e da evolução em baixa dos preços da eletricidade no mercado grossista.

“Por exemplo, na tarifa simples, existe um aumento médio da potência contratada e uma descida da componente de energia que, combinadas, resultam numa descida de preço de 0,4%. Tomando como exemplo um cliente Perfil 1 da ERSE (tarifa simples com potencia 3,45kVA e consumo anual de 1900kWh), o impacto da atualização dos preços na fatura anual do cliente, resulta numa redução de menos 0,9%”, conclui fonte da EDP.

  • Endesa avança com redução de 2,5%, seis vezes mais do que o mercado regulado

De acordo com a elétrica espanhola liderada em Portugal por Nuno Ribeiro da Silva “a Endesa transferirá para os seus atuais clientes as variações do Índice de Preços no Consumidor e dos componentes regulados”.

Ou seja, para quem já é cliente da Endesa os preços não mexem, mas “para os novos clientes os preços de venda cairão 2,5%, ou seja, seis vezes mais que o da Tarifa Regulada”. “Todas as tarifas da Endesa implicam descontos significativos em relação à Tarifa Regulada”, garante a elétrica.

  • Galp com redução próxima dos 0,4% para domésticos e micro negócios

Já a Galp Energia vai aplicar uma redução de preços que reflete a variação das tarifas de acesso aprovadas pela ERSE e a redução dos custos de energia. Desta forma, “em termos médios, as faturas do clientes observarão uma redução próxima dos 0,4%”.

Esta redução, diz a comercializadora, “aplica-se aos clientes do segmento residencial e a micro negócios para todos os consumos a partir de 1 de janeiro de 2020”.

  • Goldenergy promete menos 15 euros na fatura anual

Ao ECO, fonte da Goldenergy disse que a empresa que integra o universo do grupo suíço Axpo “vai reduzir o custo do consumo de energia em 1% para todos os seus clientes, em 2020. Ou seja, o KWh consumido será 1% mais barato. Assim, devido ao aumento também aprovado pela ERSE em termos de acesso regulamentado para 2020, a Goldenergy consegue uma diminuição do preço final 35% superior à que foi aprovada para o Mercado Regulado”.

Em 2019, garante a empresa, as tarifas de eletricidade da Goldenergy geraram uma “poupança total para os nossos clientes de mais de dois milhões de euros. Em 2020, com as novas tarifas essa redução pode aumentar até 15 euros por ano”, diz fonte oficial.

  • Iberdrola fala em “ofertas competitivas”

Ao contrário de todas as outras, a espanhola Iberdrola prefere não tecer comentários sobre a sua política de preços para 2019, dizendo apenas que “apresenta sempre ofertas competitivas, no inicio de cada ano, e neste sentido, este ano não será exceção”.

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Trabalhadores da Portway em greve no Porto, sindicato estima 20 voos cancelados

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2020

Os trabalhadores da empresa de handling Portway iniciaram este domingo, às 16h00, uma greve no aeroporto do Porto, que deverá cancelar 20 voos.

Os trabalhadores da empresa de handling Portway iniciaram este domingo, às 16h00, uma greve no aeroporto do Porto, que deverá cancelar 20 voos, disse à Lusa fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC).

Fernando Simões, do SINTAC, avançou que os trabalhadores de handling (assistência em terra nos aeroportos) da Portway no Porto estão em greve desde as 16h00 de hoje, à semelhança do que aconteceu entre 27 e 29 de dezembro passado.

Os trabalhadores decidiram, num ato inesperado, e com grande surpresa para nós, fechar as operações desde as 16h00, pelo que são cancelados os 20 voos programados para hoje”, disse Fernando Simões, acrescentando que a gare do aeroporto do Porto se encontra “totalmente lotada com passageiros a querer saber mais informações”. Segundo o sindicalista, serão afetados cerca de 3.800 passageiros.

A Lusa consultou a página online do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e constatou, pelas 16h45, que se encontravam já cancelados nove voos, com destino a Paris, Luxemburgo, Dusseldorf, Madeira, Basileia, Genebra e Londres.

Os trabalhadores da Portway estão em greve sobretudo pela falta de progressão das carreiras e por a empresa não ter chegado a acordo na reunião que teve, juntamente com os sindicatos, na semana passada no Ministério do Trabalho.

“A reunião foi muito rápida porque a empresa chegou e quis revogar o acordo de empresa. Não quer negociar a progressão nas carreiras nem negociar”, disse o sindicalista, acrescentando que a Portway se sentiu “incomodada” por a reunião decorrer no Ministério do Trabalho, “onde há atas que referem a verdade dos acontecimentos”.

Segundo o sindicalista, a empresa, durante a reunião, demonstrou “um total desrespeito por todos ao vir dizer que tem de ser um acordo novo e que quem não o aceita não é bem-vindo”. De acordo com Fernando Simões, a Portway “ameaçou os trabalhadores que se fizessem greve iam ser despedidos”.

Em 20 de dezembro transato, o SINTAC anunciou um pré-aviso de greve na Portway para os dias 27, 28 e 29 de dezembro nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal e para o trabalho aos fins de semana, entre 01 de janeiro e 31 de março.

Na altura do pré-aviso de greve, o SINTAC, em comunicado, indicou que decidiu avançar para a greve, porque a empresa, “através dos seus administradores pertencentes ao grupo Vinci, “não cumpriu o devido descongelamento de carreiras no passado mês de novembro conforme tinha assinado em 2016“.

A Portway é a empresa de handling da ANA – Aeroportos de Portugal, dona dos aeroportos nacionais que foi privatizada e ficou nas mãos do grupo Vinci.

Entretanto, em comunicado hoje divulgado, a Portway revela que o SINTAC “inviabilizou uma solução de diálogo” proposta pela empresa, no passado dia 08 de janeiro.

“Esta proposta, para retomar o diálogo construtivo interrompido em novembro pelo SINTAC, constituía um compromisso da empresa para a obtenção de consenso global com as estruturas sindicais no mais curto período de tempo. Este compromisso foi recusado pelo SINTAC. Este sindicato decidiu dar seguimento à greve e inviabilizar uma solução de diálogo”, pode ler-se no documento.

No comunicado, a Portway reafirma a sua postura “construtiva e socialmente responsável”, recordando que, em março de 2016, para evitar o despedimento coletivo, após decisão de montagem de operação de “self-handling” por parte de um importante cliente, “a empresa negociou um Acordo de Empresa (AE), introdução de regras de flexibilidade na organização do trabalho e congelamento da progressão dos salários e carreiras”.

A empresa refere também que em novembro passado fez “a atualização de tabelas, carreiras, anuidades e restantes condições remuneratórias”, conforme previsto no AE, “representando um aumento médio global de remunerações de cerca de 8%”.

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