Rio e Montenegro vão à segunda volta para disputar PSD

Nenhum do candidatos conseguiu 50% dos votos. Militantes do PSD vão ter de escolher entre Rui Rio e Luís Montenegro numa segunda volta agendada para 18 de janeiro.

Ainda não foi desta que ficou definida a liderança do PSD. O partido vai voltar às urnas, numa segunda volta, a 18 de janeiro, para decidir se o próximo presidente do PSD será Rui Rio ou Luís Montenegro, já que nenhum dos candidatos conseguiu 50% dos votos.

Rui Rio conquistou 49,44% dos votos (15.301 votos) e Luís Montenegro 41,26% (12.767), de acordo com conselho de jurisdição do PSD, que anunciou os votos provisórios. Já Miguel Pinto Luz ficou com 9,3%, isto sem contar com os votos da Madeira que foram impugnados, por Alberto João Jardim e que não foram contabilizados por inconformidades no caderno eleitoral. O partido vai assim, pela primeira vez a uma segunda volta desde que os líderes do partido são eleitos por diretas.

Nesta eleição, que teve o menor número de eleitores de sempre (40604 mil) e na qual pela primeira vez se apresentaram três candidatos à liderança do partido, houve cerca de nove mil eleitores (8.885) em condições de votar que não foram às urnas. A questão agora que se coloca é se na segunda volta qual será a posição dos militantes que votaram em Pinto Luz (2.878 votos) e se aqueles que não foram às urnas este sábado, vão optar por fazê-lo no próximo.

No discurso ao final da noite, Luís Montenegro foi claro ao pedir o apoio dos militantes que escolheram Pinto Luz na primeira volta. “Se for eleito líder do PSD contarei com ele [Miguel Pinto Luz] para os desafios que temos de enfrentar“, disse, recordando que “foram mais os que votaram na mudança do que na continuidade”.

No mesmo sentido, Rui Rio disse que conta tanto com Miguel Pinto Luz como com Luís Montenegro. Num discurso cheio de bom humor, o atual presidente do PSD sublinhou que a diferença para conseguir a maioria absoluta é “pequenina” — “0,56%, uma coisinha de nada” –, por isso, “matematicamente, bastava alguns apoiantes do Miguel Pinto Luz não votarem e a percentagem passa para meu favor”. Mas Rui também lembrou que a unidade se faz “em torno do mais forte do que do mais fraco que tem menos votos”. Uma afirmação que considerou ser a sua primeira ação de campanha nesta segunda volta, que à partida não terá mais nenhum debate entre os candidatos, apesar de ser Montenegro assim o desejar.

Numas eleições marcadas por três impugnações — em Portalegre, Amadora e Madeira — a luta foi renhida já que nas quatro maiores distritais, que respondem por 57% dos votos, os resultados estavam distribuídos pelos vários candidatos: em Braga ganhou Luís Montenegro por 335 votos, no Porto ganhou Rui, com uma margem de 1456 votos, tal como em Aveiro, com 500 votos de margem, como anunciou Salvador Malheiro perto das 21h00 à chega ao Sheraton do Porto, onde se reuniram os apoiantes de Rio.

No quarto maior distrito o de Lisboa a vitória ficou nas mãos de Miguel Pinto Luz, tal como na Madeira, onde foi seguido de Rui Rio e Luís Montenegro, e Setúbal. Em Lisboa Pinto Luz venceu com 1.591 votos, Luís Montenegro ficou em segundo lugar com menos 229 votos e Rui Rio ficou em terceiro com 1.186 votos.

Em termos globais, Rui Rio venceu no Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Guarda, Porto, Aveiro, Santarém, Évora, Beja, Portalegre, Faro e Açores. Um resultado que traduz o facto de os militantes do PSD considerarem que Rio tem as melhores condições, entre os três candidatos, para ser candidato a primeiro-ministro que “tem provas no sua vida profissional e partidária de ter um projeto”, disse a antiga presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite em declarações na TVI24.

Luís Montenegro venceu em Braga, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Viseu, Lisboa Oeste.

Miguel Pinto Luz, o últimos dos três candidatos a votar, ficou em terceiro lugar e frisou que era bom haver várias opiniões no partido, embora o importante seja unir o PSD para as próximas eleições.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Rio na frente com 50,35% quando estão apurados 22 mil votos

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

Rui Rio estava à frente da corrida à liderança do partido, com 50,35%, num momento em que estavam apurados 22 mil votos.

O atual presidente do PSD, Rui Rio, mantinha-se na frente da corrida à liderança do partido, com 50,35%, num momento em que estavam apurados 22 mil votos, mais de metade do universo de inscritos.

De acordo com o portal oficial do PSD onde estão a ser divulgados os resultados destas eleições, pelas 22h30, estavam 182 secções apuradas e 22.038 votos contados, 50,35% dos quais em Rui Rio, seguindo-se Luís Montenegro a menos de dez pontos percentuais de diferença, com 42,55%, e Miguel Pinto Luz em terceiro, com 7,09%.

Nesta altura, havia ainda 136 secções por apurar. Se nenhum dos candidatos obtiver hoje uma maioria absoluta dos votos validamente expressos, haverá uma segunda volta entre os dois mais votados, no próximo sábado, dia 18.

Pelas 21h00, estavam apuradas 102 secções apuradas e Rui Rio seguia na frente com 50,01% dos votos, seguido por Luís Montenegro, com 44,03% e Miguel Pinto Luz, com 5,07%.

Estavam em condições de votar nas eleições de hoje cerca de 40 mil militantes com quotas em dia.

Rui Rio foi eleito presidente do PSD há dois anos, com 54,15%, derrotando Pedro Santana Lopes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministros em carros elétricos, mergulhos no Tejo e hidrogénio verde em Sines. As promessas de Costa e Medina para a neutralidade carbónica

Debaixo de acusações por parte de manifestantes do movimento estudantil criado por Greta Thunberg, o primeiro-ministro e o presidente da Câmara de Lisboa garantiram neutralidade carbónica em 2050.

A cerimónia oficial de distinção de Lisboa como Capital Verde Europeia em 2020 ficou marcada pelos protestos de representantes portugueses do movimento estudantil Fridays for Future (lançado pela sueca Greta Thunberg em 2018), que confrontaram o primeiro-ministro António Costa e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, com palavras de ordem contra a distinção da Comissão Europeia atribuída à cidade, a primeira do sul da Europa eleita para receber o galardão e que sucede a Oslo, capital da Noruega.

Lisboa Capital Verde Europeia 2020 - 11JAN20
O protesto do movimento estudantil Fridays for Future defende que afinal Lisboa não é assim tão “verde”.Hugo Amaral/ECO

Envergando t-shirts com o mote “Capital (que não é) Verde”, os jovens mostraram cartazes acusando: “este Governo não é verde”; “porto para cruzeiros não é verde”; “expansão da Portela não é verde”; “Tejo poluído não é verde”; “gás natural nos autocarros não é verde”.

Em resposta direta, e incidindo sobretudo nas críticas à expansão do aeroporto da Portela e ao novo projeto do Montijo, António Costa garantiu aos protestantes que, mesmo com a conclusão destes dois projetos, Portugal conseguirá atingir as metas a que se propôs no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC2050) e no Plano Nacional de Energia e Clima 2030, já entregue a Bruxelas no início do ano.

Por ano, e em conjunto, a expansão da Portela e o novo aeroporto do Montijo emitirão dois milhões de toneladas de dióxido de carbono, já contabilizadas nos 13 milhões de toneladas de CO2 que Portugal prevê estar a emitir em 2050, disse o primeiro-ministro. Antes disso, tinha já anunciado que Portugal conseguiu reduzir em 9% as suas emissões poluentes, três vezes mais do que a União Europeia.

“Até 2030 queremos reduzir em 50% as emissões face a 2015. Mas, em 2019, ainda temos 36% das emissões por reduzir”, reconheceu o líder do Executivo, garantindo que o encerramento das centrais a carvão do Pego e de Sines, em 2021 e 2023, vai permitir reduzir mais 17% as emissões nacionais. Além disso, num gesto simbólico, Costa anunciou que, a partir de 1 de fevereiro, todos os ministros só circularão em Lisboa e na área metropolitana em viaturas elétricas.

Outra “prenda” do Governo para a cidade de Lisboa, disse o primeiro-ministro, passa pela total neutralidade carbónica da sua residência oficial, o Palácio de São Bento, que por ano emite 85 toneladas de CO2. Estas serão agora compensadas pelo sumidouro de carbono atribuído às arvores do jardim, pela produção locar de energia renovável e por medidas de eficiência energética, um “investimento recuperável em cinco anos” e autorizado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

Também Medina se insurgiu contra os protestos dos jovens, garantindo que o Tejo está hoje menos poluído do que no passado (e lembrou o célebre mergulho de Marcelo Rebelo de Sousa no rio, há cerca de 30 anos, quando foi candidato a presidente da autarquia), registando-se a presença de espécies como “corvinas e golfinhos”. “Em breve poderemos voltar a mergulhar no Tejo sem restrições”, prometeu Medina. Desde 2008 foram investidos 210 milhões de euros na despoluição do Tejo, refere a autarquia, sendo que 99,7% da água residual descarregada no rio é tratada.

“Neutralidade carbónica não significa emissões zero. Não vai ser possível eliminar a 100% as emissões de gases poluentes. Portugal precisa de um novo aeroporto. Não podemos deixar de ter meios aéreos e não os podemos substituir pela ferrovia, como outros países do centro da Europa. Portugal é o país europeu que mais depende do transporte aéreo. E, desculpem, mas não alinho no discurso de alergia ao turismo“, rematou António Costa.

Lisboa Capital Verde Europeia 2020 - 11JAN20
“Este Governo não é verde”, uma das frases do protesto.Hugo Amaral/ECO

O primeiro-ministro garantiu que a neutralidade carbónica poderá ser atingida em Portugal através da aposta continuada nas energias renováveis — eólica, hídrica e, sobretudo, solar — e destacou o projeto já em curso com o Governo holandês (anunciado recentemente pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba), com vista à criação de uma unidade industrial de produção de hidrogénio verde em Sines, que poderá depois ser exportado para outros países europeus em navios, via Porto de Sines, ou transportado por gasoduto para o território nacional e para Espanha.

No discurso de encerramento da cerimónia oficial, e já depois da passagem de testemunho do presidente-governador da Câmara de Oslo, Raymond Johansen, Fernando Medina anunciou que as obras para a construção de um novo espaço verde com cinco hectares na Praça de Espanha começam já na próxima segunda-feira, 13 de janeiro, sublinhando também outras medidas bandeira da autarquia implementadas ao longo do ano: a construção de uma rede de água reutilizada, que prevê reduzir em 10% o consumo de água na cidade de Lisboa quando estiver concluída; 90% de redução de emissões da frota da Carris; a criação de uma zona de emissões reduzidas na Baixa Chiado, com a “redução da circulação automóvel ao mínimo indispensável” nesta parte da cidade; e ainda a construção de 3.000 casas com emissões zero, sendo que as primeiras 130 estarão prontas já em 2021.

Lisboa Capital Verde Europeia 2020 - 11JAN20
Fernando Medina responde ao protesto.Hugo Amaral/ECO

Sobre o novo aeroporto, também Medina disse que “não é possível viver sem aviões” e que “os portugueses não estão preparados para fazer esta escolha”. O presidente da Câmara prometeu não piorar a situação dos voos noturnos na cidade.

“Há países a aumentar as suas emissões e a inaugurar novas centrais a carvão. E depois há países como Portugal, que estão a reduzir as suas emissões além das metas a que se comprometeu. Lisboa não pode compensar as emissões dos Estados Unidos ou de outros grandes poluentes, mas faremos a nossa parte para compensar o que não foi feito”, disse o autarca.

A cerimónia oficial de lançamento de Lisboa como Capital Verde Europeia 2020 contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, do primeiro-ministro, António Costa, do vice-presidente da Comissão Europeia, Franz Timmermans, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. Estiverem também presentes os ministros do Ambiente e Ação Climática, da Economia, da Educação e da Agricultura.

Lisboa Capital Verde Europeia 2020 - 11JAN20
Guterres, Costa, Marcelo e Medina no cimo do Parque Eduardo VII em Lisboa.Hugo Amaral/ECO

No Jardim Amália Rodrigues, no alto do Parque Eduardo VII, junto à Bandeira de Portugal, realizou-se a cerimónia de abertura com o ato solene do hastear da primeira bandeira nacional 100% reciclada e sustentável, produzida em Santo Tirso com detritos de plásticos retirados do mar e transformados em poliéster.

Depois da breve caminhada dos líderes da autarquia, do Governo, da União Europeia e da ONU pelo Parque Eduardo VII (também marcada por várias ações de protesto), teve lugar no Pavilhão Carlos Lopes a cerimónia de passagem da distinção de Oslo para Lisboa, protagonizada pelo comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, pelo presidente-governador da Câmara de Oslo, Raymond Johansen, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. O evento ficou concluído com uma conversa com quatro estudantes portugueses e ainda um espetáculo musical.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP vai propor aumento mínimo de 10 euros para todas as pensões a partir de janeiro

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

Numa reforma de 275 euros, o PCP propõe um aumento de 3,6%, “muito acima dos 0,7% que decorre da aplicação do mecanismo de atualização anual”. Para uma pensão de mil euros, a proposta de aumento é 1%.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse este sábado que vai propor, no debate na especialidade do Orçamento do Estado, um aumento mínimo de dez euros para todas as pensões a partir de janeiro deste ano.

“A proposta de um aumento mínimo de dez euros para todas as pensões visa assegurar que quanto mais baixo é o valor da pensão maior é o aumento percentual”, afirmou Jerónimo de Sousa numa intervenção feita hoje durante um encontro com reformados, pensionistas e idosos, em Lisboa.

A proposta de um aumento mínimo de dez euros para todas as pensões visa assegurar que quanto mais baixo é o valor da pensão maior é o aumento percentual.

Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP

Segundo exemplificou, numa reforma de 275 euros, o PCP propõe um aumento de 3,6%, “muito acima dos 0,7% que decorre da aplicação do mecanismo de atualização anual”.

Para uma reforma de 1.000 euros, a proposta de aumento será de 1%, “acima dos 0,24% que resulta do mecanismo de atualização”, acrescentou.

“Esta proposta do PCP assume uma opção política de fundo claramente distinta da que é defendida pelo PS. É uma opção que, dando especial atenção à valorização das pensões mais baixas, assegura ao mesmo tempo a valorização de todas as que resultam de descontos para a Segurança Social”, afirmou.

O líder comunista recordou que o valor da pensão mínima para pensionistas com mais de 30 anos de descontos se situa nos 395,57 euros. No entanto, sublinhou, “o PCP apresentará uma proposta no debate na especialidade visando assegurar que durante o ano de 2020 sejam criados dois novos escalões de valor mínimo das pensões mínimas para quem tem 36 a 40 anos e mais de 40 anos de descontos para a Segurança Social”.

O PCP apresentará uma proposta no debate na especialidade visando assegurar que durante o ano de 2020 sejam criados dois novos escalões de valor mínimo das pensões mínimas para quem tem 36 a 40 anos e mais de 40 anos de descontos para a Segurança Social.

Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP

Além disso, adiantou Jerónimo de Sousa, o partido “apresentará também uma proposta visando a eliminação da obrigatoriedade de apresentação dos rendimentos dos filhos na consideração dos recursos dos idosos para acesso ao complemento solidário, prestação do regime não contributivo”.

O combate à pobreza dos reformados passa, sublinhou Jerónimo de Sousa, por salvaguardar o sistema público de Segurança Social como instrumento de repartição do rendimento nacional, mas tem de ser assegurado “o respeito pelo princípio da justiça contributiva” e “acautelar a garantia de aumentos anuais para todas as pensões, valorizando-as e garantindo a recuperação do poder de compra com a definição de um valor mínimo de aumento anual”.

Por isso, os comunistas vão propor um aumento mínimo de dez euros para todas as pensões a partir de janeiro “e de 40 euros ao longo desta legislatura”.

Jerónimo de Sousa defendeu ainda ser preciso eliminar a negação do direito a aceder a equipamentos como lares, seja “porque existe lista de espera ou porque o idoso e a sua família não têm rendimento para suportar a mensalidade”.

A elevação dos rendimentos dos reformados e o combate às pensões mais baixas exige medidas concretas, disse, nomeando a redução para 20 euros do valor dos passes sociais para os cidadãos a partir dos 65 anos.

O PCP quer ainda criar medidas como “o desagravamento dos rendimentos do trabalho em sede de IRS e a redução do IVA da eletricidade e da botija do gás”, a eliminação das taxas moderadoras na saúde, a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes, o reforço das unidades de cuidados continuados e a criação de uma rede pública de cuidados continuados e paliativos.

O partido quer ainda introduzir no Orçamento um reforço das equipas de apoio domiciliário, o acesso garantido a todos os medicamentos, com dispensa gratuita no SNS e nas farmácias para doentes crónicos e famílias com carência económica e para os doentes com mais de 65 anos.

A Assembleia da República aprovou na sexta-feira, na generalidade, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

O PS foi o único partido a votar a favor do Orçamento, que mereceu as abstenções do BE, PCP, PAN, PEV, Livre e dos três deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira. Votaram contra a proposta do Governo o PSD e o CDS-PP, bem como os deputados únicos do Chega e da Iniciativa Liberal.

O PCP anunciou, ainda na sexta-feira, que vai apresentar já na segunda-feira, na especialidade, um conjunto de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020, um documento que o partido não considera ser o melhor ou sequer de continuidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cinco candidatos vão passar à segunda fase da venda da Brisa

Os Mello e a Arcus estão a vender 80% do capital da Brisa e, na próxima semana, será escolhida uma short-list com cinco candidatos para apresentarem ofertas vinculativas. Espanhóis são candidatos.

A venda da Brisa, um dos grandes negócios de 2020, vai entrar na segunda fase. Já na próxima semana, deverão ser escolhidos os candidatos que vão passar à segunda fase do concurso para a venda de 80% do capital da maior concessionária de autoestradas do país. E desta vez serão propostas vinculativas, como revelou ECO Insider, a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes.

Há umas semanas, já tínhamos revelado que a venda da Brisa tinha mais de uma dúzia de candidatos. Fundos de infraestruturas, Fundos de pensões e operadores do setor, como os espanhóis da Abertis e da Globalvia, dois dos mais fortes candidatos. A Abertis, de resto, já tem em Portugal a concessão da A23. Agora, passarão cinco candidatos à segunda fase, para a apresentação de propostas vinculativas, isto é, já com um cheque efetivo em cima da mesa. E os espanhóis são dos mais fortes candidatos, dizem fontes de mercado. De acordo com outras fontes, o valor global da empresa, neste negócio, deverá ultrapassar os três mil milhões de euros.

Este negócio decorre em paralelo com outro que pode ser uma pedra no sapato do grupo Mello e do fundo Arcus, que têm em conjunto cerca de 80% do capital. É que o acordo da Brisa com os credores da Douro Litoral e da Brisal está ‘pendurado’ nas mãos de Pedro Nuno Santos, o ministro das Infra-estruturas, porque é um acordo em torno de concessões do Estado. E o ministro considera que aquele acordo não protege os interesses do Estado como concedente de autoestradas.

Aquele acordo tinha sido anunciado com estrondo: Depois de meses de guerra, a Brisa e os credores das concessões das autoestradas Douro Litoral (AEDL) e Litoral Centro (Brisal) tinham chegado a um acordo no final de agosto. O acordo previa a desistência dos processos legais e mantinha a Brisa como dona da Brisal, enquanto a Douro Litoral passava para o controlo dos fundos, mas foi travado pelo Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), o regulador que depende do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Agora, enquanto este tema não estiver ultrapassado, a venda da Brisa fica, ela própria, em risco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jardim impugnou eleições no PSD porque caderno eleitoral da Madeira é “ilegal”

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

“O caderno eleitoral que está aqui [Madeira] a servir de base é ilegal”, disse Alberto João Jardim, mandatário regional da candidatura de Rui Rio.

O ex-presidente do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, anunciou ter impugnado as eleições internas nacionais do partido considerando que o caderno eleitoral da região é ilegal. “O caderno eleitoral que está aqui [Madeira] a servir de base é ilegal”, disse o também mandatário regional da candidatura de Rui Rio.

Jardim informou: “Já está na mesa de Santa Luzia e vou neste momento já impugnar as eleições para Lisboa”.

Acho isto um episódio lamentável porque o PSD aqui está a dar um ar perante o país de continuar-se no tempo das ‘chapeladas’ e da Francisquinha que paga 200 quotas a um. Isto não é um partido assim”, argumentou.

O ex-líder social-democrata madeirense, que esteve à frente do partido cerca de quatro décadas, sustentou que a situação “tem que entrar nos eixos, já começou a nível nacional, tem que começar a nível regional”.

Alberto João Jardim considerou que esta é “obviamente uma forma de tornar mais transparentes os processos eleitorais nos partidos”. “E acho bom que se faça em todos os partidos para cada indivíduo ser responsável pela sua militância, não haver mais o poder do dinheiro dentro dos partidos”, sublinhou.

A polémica surge devido a uma divergência em matéria de contabilização do número de militantes na Madeira relacionada com o modo de pagamento das quotas.

Segundo um regulamento de quotizações aprovado pelo Conselho Nacional do partido em novembro, este só poderá ser feito por multibanco (através de referência aleatória), cheque, vale postal (apenas autorizado para militantes com 60 anos ou mais), débito direto, cartão de crédito ou MB Way.

A maioria dos militantes na Madeira paga as quotas diretamente na sede, sendo que apenas 104 cumprem os requisitos do novo regulamento.

Jardim rejeitou a argumentação do atual presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, de que os processos eleitorais decorrem da mesma forma na Madeira há 40 anos, invocando a autonomia estatutária.

“Não é verdade, porque este regulamento só vem de agora. Nunca foi assim, porque eu fui sempre o candidato único até 2012” e chegou à conclusão “que era uns a pagar quotas de outros”.

“Um partido não pode andar à mercê do poder do dinheiro e, portanto, tem que se encontrar um processo, que foi encontrado agora a nível nacional, de cada militante ser responsável pelo pagamento da sua quota”, realçou.

Para o antigo líder madeirense, se não houver este processo, “quem tem mais dinheiro é que ganha eleições dentro dos partidos”. “Essa de dizer que sempre foi assim é um ‘bluff’”, vinca, assegurando que “nunca foi assim” durante a sua liderança.

Também aponta que “não gostaria que o PSD nacional” tivesse a ideia de que a Madeira foi “tomada por organizações secretas”.

Jardim garante que não está “em confronto direto” com a liderança regional do PSD/Madeira, acrescentando rejeitar que o partido “seja governado por dinheiro”. “Gostaria que [as eleições] não fossem uma aldrabice”, enfatiza, instando quem discorda da sua decisão a “ir para tribunal”.

O caso concreto da Madeira promete ensombrar a votação para a liderança do partido, já que o PSD/Madeira insiste que podem votar hoje 2.500 militantes, apesar de a secretaria-geral contabilizar pouco mais de cem com quotas pagas à luz do novo regulamento.

A divergência entre a estrutura regional e nacional está no modo de pagamento das quotas, que deve permitir a identificação do militante, enquanto a maioria na Madeira paga as quotas diretamente na sede, em numerário, tendo o Conselho de Jurisdição Nacional – o ‘tribunal’ do partido – reiterado que “os regulamentos aprovados não preveem exceções”.

Nesta corrida à liderança do PSD estão três candidatos, o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE pede a Teerão “total cooperação” após reconhecimento de derrube de avião ucraniano

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse este sábado que a União Europeia "reconhece" a assunção de responsabilidades do Irão no derrube do avião civil ucraniano na passada quarta.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse este sábado que a União Europeia (UE) “reconhece” a assunção de responsabilidades do Irão no derrube do avião civil ucraniano na passada quarta-feira, pedindo a Teerão uma “total cooperação”.

“A UE reconhece as declarações feitas pelas autoridades iranianas nas quais se assumem responsáveis pelo incidente do voo PS752 da Ukraine International Airlines (UIA)”, indicou um porta-voz do Alto Representante para Política Externa da UE, num comunicado.

A mesma nota informativa acrescentou que a UE espera, e perante os compromissos assumidos pelo Presidente iraniano Hassan Rohani, que “o Irão continue a cooperar totalmente” e “realize uma investigação integral e transparente” sobre este caso, processo esse que “deve cumprir os padrões internacionais”.

“Devem ser tomadas medidas apropriadas para garantir que um acidente tão horrível não volte nunca mais a acontecer”, frisou o comunicado, que ainda lamenta a morte “de tantas pessoas de diferentes países” e reitera as “sinceras condolências” às famílias das vítimas.

Um Boeing 737 da companhia aérea privada ucraniana UIA despenhou-se na quarta-feira perto da capital do Irão, Teerão, provocando a morte de todas as 176 pessoas que seguiam a bordo.

A maioria das vítimas tinha nacionalidade iraniana e canadiana, mas também estavam a bordo cidadãos da Ucrânia, Suécia, Afeganistão, Alemanha e do Reino Unido.

O Irão admitiu este sábado responsabilidades no derrube do aparelho, tendo informado que o avião civil ucraniano tinha sido abatido inadvertidamente por militares iranianos que o confundiram com um míssil de cruzeiro devido ao estado de alerta decretado por causa da recente escalada de tensão entre Washington e Teerão.

A declaração de Teerão surge depois de informações avançadas por alguns países, nomeadamente os Estados Unidos e o Canadá, terem indicado, na quinta-feira, que o aparelho poderia ter sido abatido, inadvertidamente, pelo sistema de defesa antiaéreo iraniano.

Na sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, numa reunião extraordinária em Bruxelas convocada para analisar a escalada das tensões no Médio Oriente, não conseguiram alcançar uma posição unânime em relação ao caso do Boeing 737.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joacine Katar Moreira fora da lista candidata à direção do Livre

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

A lista de candidatos à próxima direção foi divulgada este sábado pelo Livre na sua página na internet sem o nome da única deputada à Assembleia da República eleita pelo partido.

Joacine Katar Moreira não integra a lista única de candidatos à direção do Livre, partido que elege no IX Congresso, nos dias 18 e 19, os novos órgãos nacionais.

A lista de candidatos à próxima direção foi divulgada este sábado pelo Livre na sua página na internet sem o nome da única deputada à Assembleia da República eleita pelo partido.

Na lista de 68 nomes hoje publicados mantém-se o de Rui Tavares, mas sem integrar o Grupo de Contacto [direção], composto por 15 efetivos e dois suplentes.

Os novos órgãos nacionais do Livre para o mandato do biénio 2020/2022 serão eleitos no IX Congresso do partido, nos próximos dias 18 e 19 em Lisboa.

O prazo para a apresentação de candidaturas decorreu até sexta-feira, podendo candidatar-se e participar na votação dos órgãos nacionais os membros do Livre com inscrição feita até 20 de dezembro de 2019 e cujas quotas do ano passado estejam liquidadas.

Para a Assembleia pode candidatar-se qualquer membro que cumpra os requisitos, enquanto para o Grupo de Contacto – a direção do partido – e o Conselho de Jurisdição têm que ser apresentadas listas, devendo em ambos os casos ser respeitada a paridade.

No caso do Grupo de Contacto, as listas candidatas, que devem ser compostas por 15 efetivos e dois suplentes, “devem ser acompanhadas de um Plano de Trabalho e de uma Moção de Estratégia Geral”.

As moções específicas ao congresso podem ser apresentadas por qualquer membro ou apoiante do Livre, mas para “irem à votação no congresso precisam de ser subscritas por um mínimo de cinco membros e apoiantes”, apesar de poderem ser apresentadas “sem esse número mínimo” e depois, até ao dia do congresso, recolherem as subscrições necessárias.

O Livre conseguiu eleger, pela primeira vez, uma deputada à Assembleia da República nas últimas eleições legislativas, Joacine Katar Moreira, que integra o Grupo de Contacto ainda em funções.

No final do mês de novembro, na sequência da abstenção de Joacine Katar Moreira num voto no parlamento sobre a Palestina, gerou-se um conflito e troca de acusações entre o Grupo de Contacto, a deputada e o seu gabinete, que chegou mesmo a obrigar a Comissão de Ética e Arbitragem a elaborar um parecer sobre esta polémica.

Na sequência desse parecer, o partido decidiu não aplicar qualquer sanção disciplinar à sua deputada única devido a esta polémica, mas lamentou as declarações públicas de Joacine Katar Moreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria dos portugueses defende aprovação do OE. PAN supera CDS

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2020

Uma maioria de 69% dos portugueses entende que o parlamento deve aprovar Orçamento de Estado para 2020. Sondagem coloca ainda o PAN à frente do CDS no que toca a preferências partidárias.

Uma maioria de 69% dos portugueses entende que o parlamento deve aprovar Orçamento de Estado para 2020 e 11% defende o seu chumbo, segundo um estudo da Eurosondagem para o jornal Sol e o Porto Canal divulgado este sábado.

Sobre o que deverá fazer a Assembleia da República face à proposta orçamental, 20% afirma ter dúvidas ou não responde à questão.

A maioria dos inquiridos manifesta-se contra a subida do IVA nas touradas, embora a uma curta distância dos que estão a favor. À questão se o IVA das touradas deve aumentar, 33% considera que sim, 37,3% que não e 29,8% tem dúvidas ou não responde.

Quanto às preferências partidárias, o estudo da Eurosondagem dá um resultado semelhante ao das legislativas de 06 de outubro de 2019, embora o PAN ultrapasse o CDS por uma décima de ponto percentual.

O PS surge na frente (37,2%), seguido do PSD (26,5%), BE (9,6%), CDU (6,6%), PAN (3,6%), CDS (3,5%), Chega (2,2%), Iniciativa Liberal (1,3%) e Livre (0,6%).

Em termos de popularidade, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lidera com 65% (72% positivo e 7% negativo), seguido pelo primeiro-ministro, António Costa, 35,8% (57,8% – 22%). O líder do PSD, Rui Rio, tem 8,7% (42,1% – 33,4%).

Com nota negativa surge apenas a presidente demissionária do CDS, Assunção Cristas, (-2%), e os deputados únicos do Chega, André Ventura, (- 13,1%), Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, (-12%), e do Livre, Joacine Katar Moreira, (-26,9%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Falta de concentração? Estas cinco convicções podem estar a matar a sua produtividade

Quer concretizar uma tarefa importante e não consegue? Estes cinco pensamentos estão a impedi-lo de estar mais concentrado e, assim, ser mais produtivo.

Já sentiu que esteve durante horas no escritório, à frente do computador, mas não conseguiu concretizar nada do que tinha planeado? Nem sempre é possível fazer com que todos os dias sejam produtivos da mesma forma. Contudo, a maioria dos trabalhadores quer cumprir tarefas, ser eficiente e alcançar os objetivos com organização e método.

Um estudo da RescueTime, um software que monitoriza a forma como é despendido o tempo, e citado pela mesma publicação, revela que a maior parte das pessoas só consegue ter 12 minutos de trabalho sem interrupções num dia inteiro de trabalho. A Harvad Business Review identifica cinco pensamentos que podem ser prejudiciais para a concentração, e consequentemente, para a produtividade no local de trabalho.

1. Sobrestimar o tempo disponível

Segundo o estudo, apenas 26% dos profissionais consegue completar o que tinha planeado para o seu dia de trabalho. Se tem uma grande tarefa em mãos é provável que se sinta otimista, e acredite que conseguirá dedicar algumas horas de trabalho – e talvez o dia todo – para as completar. Contudo, as distrações ao longo do dia sucedem-se, entre emails, reuniões, telefonemas, conversas com colegas ou interrupções, e o tempo vai-se esgotando, alerta a publicação.

Mesmo as tarefas mais complexas vão exigir passos mais simples, como fazer contactos, pedir conselhos ou pesquisar informação suplementar. A solução, sublinha a Harvard Business Review, é tirar proveito dos momentos “mortos” para concluir as tarefas que não exigem tanta concentração. O ideal é ser realista em relação ao tempo que terá disponível para concretizar uma tarefa com total atenção, sem ser interrompido. Estipule prazos e defina prioridades reais para que consiga concluir uma tarefa em tempo útil, durante o dia de trabalho.

2. Ignorar métodos por serem demasiado simples ou aborrecidos

Planear o dia, escrever os objetivos numa lista, ter os materiais necessários ou diminuir o número de tarefas e decisões para reduzir a fadiga mental são alguns dos conselhos mais básicos para a autogestão e aproveitamento do tempo. Contudo, a maior parte dos trabalhadores tende a ignorar os métodos que facilmente reconhece e sabe que funcionam, por serem “conselhos antigos”.

Ignorá-los pode ser “fatal” para a produtividade. Assim, para cada projeto defina a próxima ação e prefira as soluções simples, em vez das mais complexas.

3. Pensar na mudança de forma radical

O pensamento pode ser traiçoeiro. Muitas vezes suspeitamos que uma certa mudança de hábito nos ajudaria a ser mais produtivos, mas a resistência à mudança impede-nos de avançar. Sabe que dormir mais horas o ajudaria a ter um melhor desempenho mas prefere deitar-se tarde? Tente automatizar as luzes de sua casa para escurecer mais cedo ou planear o dia de trabalho ao fim da tarde, em vez de o fazer à noite. O segredo é fazer pequenas alterações, que poderão ter resultados significativos.

4. Esquecer-se de algumas tarefas, por serem pouco frequentes

Se há alguma tarefa no trabalho que só precisa de fazer uma ou duas vezes por ano, é natural que possa esquecê-la. Para evitar perder tempo para realizar este tipo de tarefas, a solução é escrever as instruções numa folha, ou no computador, e guardá-lo para a próxima vez. Guarde-as num local onde facilmente as possa encontrar novamente. Esta é uma forma de evitar perder tempo que poderá ser precioso para conseguir cumprir as tarefas que tem prevista para o seu dia de trabalho.

5. Subestimar as consequências do tempo (e energia) que desperdiça

Os dez minutos que perde a responder a um email que não precisava de uma resposta imediata, ou os minutos que despende à procura de informação que não é urgente, podem ter consequências mais sérias do que pensa. Em muitos casos, essa “quebra” de concentração pode interromper o fluxo de trabalho e consumir energia desnecessária.

Não deve subestimar a perda de energia em pequenas tarefas mas sim criar métodos de organização para decisões desnecessárias, simplificar tarefas, agrupar, automatizar ou usar listas de verificação, que vão evitar perdas de tempo. Para além disso, estas interrupções levam à falta de motivação, insatisfação e consequente mal-estar no seu local de trabalho.

Há quem defenda que as frequentes interrupções possam estar entre as desvantagens das tendências dos escritórios do futuro, tal como o open space, onde as pessoas trabalham todas no mesmo espaço, e produzem mais ruído.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O best seller chegou. Clio está mais refinado

Aspeto mais clean diferencia-o do antecessor. No interior é um mundo novo, sendo que ao volante o 1.3 a gasolina da gosto de conduzir nesta versão RS Line.

Não deve ser fácil para uma fabricante de automóveis que tem um modelo bem-sucedido lançar um novo. Foi isso que a Renault teve de fazer com o seu utilitário, o Clio, que há anos é a referência no segmento, sendo mesmo o mais vendido por terras lusas. Mas tinha de ser… e a marca francesa mostrou o savoir faire com um modelo mais refinado. É bastante mais tecnológico.

As linhas não mudaram do dia para a noite. Nem fazia sentido, tendo em conta o sucesso da geração lançada em 2015, entretanto alvo de ligeiros aperfeiçoamentos. Mas está nova geração é automaticamente reconhecível quando passa na estrada.

As óticas em LED, com um desenho mais ao estilo do irmão mais velho, o Mégane, rebaixam a frente, onde se destaca uma enorme grelha que lhe confere um aspeto mais desportivo — mesmo tendo desaparecido os plásticos protuberantes nas laterais. Mas foi a traseira que ficou a ganhar, apresentando-se agora mais “limpa”, com farolins mais esguios, mas também mais inclinados, apontando para o lettering que revela o nome. Como se fosse preciso para um modelo que já se passeia entre nós há quase 30 anos.

Mundo novo lá dentro

Se a estética exterior manteve a fórmula de sucesso, no interior houve uma revolução, no bom sentido. Mesmo fazendo uso da plataforma modular CMF-B desenvolvida pela Aliança, que encolheu o utilitário francês, há a sensação de que há mais espaço a bordo, tanto para condutor como para os restantes ocupantes. Vão todos bem sentados, com os da frente “amarrados” pelos bancos com reforço lateral no caso da versão RS Line.

Os restantes materiais a bordo melhoraram substancialmente, notando-se o cuidado tido pela marca no desenvolvimento deste novo modelo. Desde as portas até ao tablier onde agora sobressai um ecrã de grandes dimensões na vertical que agrega rádio, comunicações e GPS. Isto além de permitir ver as definições do Clio. O Multi-Sense permite ajustar o carro ao seu estilo de condução.

Leve, leve e… rápido

O Confort é o modo do dia-a-dia. E está bastante bem equilibrado, permitindo uma condução suave mas com garantia de resposta quando se pisa o acelerador, mas o pequeno Fórmula 1 que se passeia no GPS deste RS Line — com um preço de 23.920 euros — pede o Sport. E surpreendentemente, não sendo o Clio um desportivo, o 1.3 a gasolina acaba por ser bastante convincente.

Este motor de 130 cv, desenvolvido em parceria com a Daimler, tem muita alma. A caixa automática EDC de sete velocidades com patilhas no volante, é uma grande ajuda para puxar por todos os cavalos à disposição. Não há rotações excessivas… É fluida. Da vontade de acelerar, sendo que o baixo peso juntamente com um chassis bem afinado são garantia de diversão em trajetos com muitas curvas e contracurvas. E nem gasta assim tanto combustível para o desempenho. Média em torno dos 7 litros é perfeitamente aceitável para quando se anda sem preocupações, com alguns exageros aqui e ali.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Americanos da Lone Star dizem que não vendem Novo Banco antes de 2021

  • ECO
  • 11 Janeiro 2020

O fundo norte-americano adiantou que pretende concluir a reestruturação do banco onde detém 75% do capital, processo que prosseguirá no próximo ano a ano e meio.

Os americanos da Lone Star garantem que não tencionam vender a sua posição no Novo Banco a curto prazo, isto numa altura em que crescem os rumores de que a instituição financeira poderá ser alvo de um processo de consolidação durante o ano de 2021.

Em declarações ao jornal Dinheiro Vivo (acesso livre), o fundo norte-americano adiantou que pretende concluir a reestruturação do banco onde detém 75% do capital, um processo que prosseguirá no próximo ano a ano e meio.

A Lone Star não tem planos para vender a posição no Novo Banco no curto prazo“, disse a Lone Star. “Estamos confiantes de que a fase de reestruturação do banco poderá ser concluída nos próximos 12 a 18 meses, aproveitando as condições atraentes do mercado para acabar com o restante legado do BES”, adiantou.

Quando comprou o banco, em outubro de 2017, ficou acordado que o Lone Star não poderia vender a sua posição durante três anos, um prazo que se esgota este ano. Os restantes 25% são detidos pelo Fundo de Resolução. Um dos cenários mais apontados é o de uma fusão do Novo Banco com o BCP.

Nas mesmas declarações, a Lone Star sublinhou que “o banco recorrente é viável e está a crescer, e seus resultados positivos têm conseguido absorver parte das perdas do legado do BES“. “Até ao momento, o banco cumpriu os planos acordados com a Comissão Europeia e Portugal no momento da aquisição pela Lone Star e permaneceu dentro das necessidades de capital esperadas relacionadas com o legado do BES”, acrescentou ainda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.