Wall Street resiste a semana de conflito entre EUA e Irão

Apesar de a sessão ter fechado no vermelho, o balanço da semana -- marcada pelo conflito entre Irão e Estados Unidos -- é positivo.

Ataques, mortes e bombardeamentos marcaram a semana geopolítica, mas também nos mercados financeiros. A escalada de tensão entre Irão e Estados Unidos ameaçou deitar por terra o sentimento dos investidores — que procuraram refúgio no ouro –, mas o otimismo acabou por se revelar mais forte. Apesar de a sessão ter terminado no vermelho, o balanço da semana é positivo para Wall Street.

O Dow Jones perdeu 0,46% para 28.823,57 pontos, depois de ter ultrapassado pela primeira os 29 mil pontos. O S&P 500 cedeu 0,29% para 3.265,33 pontos e o Nasdaq recuou 0,27% para 9.178,86 pontos. Ainda assim, todos os índices registaram ganhos no acumulado de uma semana difícil.

Viveram-se dias turbulentos nas bolsas mundiais após a morte do general iraniano Qassem Soleimani a mando do presidente dos EUA Donald Trump, bem como da resposta militar por parte de Teerão, episódios que fizeram temer o início de um novo conflito de grandes dimensões no Médio Oriente. Com o discurso apaziguador de Donald Trump, os investidores suspiraram de alívio.

Com o Irão para trás, as atenções viraram-se para a China e a confirmação de que o vice-primeiro-ministro Liu He assinará, na próxima semana, um acordo comercial de “Fase 1” em Washington, ficando a faltar a “Fase 2”, que Trump quer começar já a negociar. O apaziguar dos receios em relação ao Irão e à China levou mesmo as principais praças norte-americanas a máximos de sempre.

Apesar disso, os números do emprego divulgados esta sexta-feira fizeram reavivar os receios em relação à desaceleração da economia norte-americana. O Labor Department anunciou que foram criados 145.000 empregos nos EUA em dezembro, abaixo da estimativa de 164.000 novos trabalhos, o que não permitiu às bolsas manterem os máximos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sabe o que aconteceu nos mercados na 6ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 10 Janeiro 2020

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Debate do OE durou 635 minutos. Leia este resumo em apenas cinco

Não teve tempo para seguir a maratona parlamentar do Orçamento do Estado? O ECO resumiu, numa leitura de poucos minutos, os 635 minutos da discussão.

Ao fim de 635 horas de debate, os deputados aprovaram o Orçamento do Estado (OE) para 2020. Mas se não pôde acompanhar a maratona parlamentar dos últimos dois dias, este é o resumo de que estava à procura.

O que disse o Governo?

O Governo socialista quis passar a mensagem de que o quinto OE que entregou à Assembleia da República (AR) é de “continuidade” das políticas seguidas na legislatura anterior. Por isso, a mensagem que mais se ouviu da boca dos governantes foi a de que este Orçamento é o melhor dos cinco apresentados. O executivo foi ainda unânime na defesa do excedente orçamental que está projetado.

Debate OE2020 - 10JAN20
Na tribuna, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.Hugo Amaral/ECO

O que disse o PS?

Tal como o Governo, o PS defendeu o excedente de 0,2% previsto para o exercício de 2020, considerando que é uma aposta para aliviar as gerações futuras. O PS também criticou a direita e recusou a ideia de que o OE vá produzir um aumento da carga fiscal: o aumento da receita com impostos, garantiu, tem a ver com a criação de emprego. Os socialistas destacaram também a melhoria da “credibilidade do país” e que a economia portuguesa “está melhor”.

Os 108 deputados do partido votaram a favor do OE.

Debate OE2020 - 10JAN20
Ana Catarina Mendes, líder da bancada parlamentar do PS.Hugo Amaral/ECO

O que disse o PSD?

O PSD não vê com maus olhos o excedente projetado para 2020, mas defende que esse saldo será conseguido à custa da subida dos impostos. Na visão do PSD, a trajetória para o país deveria ser de aumento do investimento público e de melhoria das condições para as empresas produzirem bens transacionáveis com valor acrescentado. O partido também criticou o que chamou de “falta de transparência” por o OE não explicar o caminho para uma revisão de 590 milhões de euros na despesa, além de considerar que o documento é feito de “medidas avulsas” para agradar a algumas franjas do eleitorado.

75 deputados do PSD votaram contra, três do PSD/Madeira abstiveram-se e um faltou.

Debate OE2020 - 09JAN20

O que disse o BE?

Os bloquistas foram muito críticos da decisão política do Governo de manter um excedente orçamental. Para o partido, o saldo deveria ser investido na melhoria dos serviços públicos. Além disso, o BE quer ir mais longe em algumas medidas e tentou rebater a ideia de que este é o melhor dos cinco Orçamentos do ministro das Finanças, Mário Centeno, garantindo que, enquanto os anteriores documentos andaram “um metro” de cada vez, este, apesar de estar mais avançado, anda apenas poucos “centímetros”. O partido garante que vai lutar por mais medidas de melhoria de rendimentos na especialidade.

Os 19 deputados do BE abstiveram-se, ajudando a viabilizar o OE.

Debate OE2020 - 10JAN20
Mariana Mortágua, deputada do BE.Hugo Amaral/ECO

O que disse o PCP?

O PCP também criticou o excedente e pediu mais medidas de valorização dos salários e das pensões dos contribuintes portugueses. O partido negou também que este seja o melhor OE, porque esse teria de ir “ao encontro das justas reivindicações do povo português” e “resolveria problemas em vez de os adiar”. Na especialidade, o PCP promete lutar pela gratuitidade das creches e pelo fim das taxas moderadoras no SNS.

Os 10 deputados do PCP abstiveram-se, ajudando a viabilizar o OE.

Debate OE2020 - 10JAN20
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa.Hugo Amaral/ECO

O que disse o CDS?

O CDS criticou a ausência de “reformas estruturais” no OE e acusou o Governo de continuar a aumentar a carga fiscal, sobretudo a manutenção de pesados impostos sobre os combustíveis, penalizando as famílias portuguesas. Do lado dos centristas, o debate ficou marcado pelo discurso de Assunção Cristas, o último da deputada no Parlamento. Cristas terminou esse discurso com uma mensagem clara: “Em democracia há sempre alternativa. Se não é hoje, é amanhã.”

Os 5 deputados do CDS votaram contra o OE.

Debate OE2020 - 10JAN20
Assunção Cristas, de saída da liderança do CDS, naquele que foi o último discurso no Parlamento.Hugo Amaral/ECO

O que disse o PAN?

Reforçado nas eleições do ano passado, o PAN garante que há medidas neste OE que surgem por incentivo do partido. Mas acusa o Governo de “falta de coragem” para ir mais além, nomeadamente por não apertar o cerco aos “monopólios energéticos” e por não apresentar medidas efetivas que contribuam para a descarbonização da economia. Por isso, para o PAN, este é o “Orçamento avestruz”. Um Orçamento em que o Governo esconde a cabeça debaixo da areia, considerou.

Os 4 deputados do PAN abstiveram-se, ajudando a viabilizar o OE.

Inês Sousa Real, líder da bancada parlamentar do PAN.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O que disse o Livre?

O Livre manteve o sentido de voto em segredo até à hora de votação do OE. O partido afirmou que não se vê “necessariamente” representado na proposta de Governo, porque é de “continuidade dos salários e rendimentos baixos”. Pede o fim das taxas moderadoras e de uma melhor política ambiental, com mais igualdade e justiça social.

A deputada única do Livre absteve-se, ajudando a viabilizar o OE.

Debate OE2020 - 10JAN20
Joacine Katar Moreira, deputada única do Livre.Hugo Amaral/ECO

O que disse a Iniciativa Liberal?

A Iniciativa Liberal acusou o Governo de manter uma elevada carga fiscal sobre os portugueses, garantindo que um português que ganhe o salário mínimo paga 21% do rendimento ao Estado em TSU e impostos sobre o consumo. O OE promove “um país parado, de mão aberta à espera do Estado”, um cenário ao qual o partido se opõe.

O deputado único da Iniciativa Liberal votou contra o OE.

João Cotrim Figueiredo, deputado único da Iniciativa Liberal.Hugo Amaral/ECO

O que disse o Chega?

O deputado único do Chega teceu duras críticas ao Governo e aos partidos da esquerda, denunciando o que considerou ser uma “encenação”. Para o deputado do Chega, estava tudo combinado nos bastidores. O partido traçou ainda um cenário sombrio sobre a falta de investimento nas forças de segurança e no SNS.

O deputado único do Chega votou contra o OE.

 

Debate Quinzenal - 13NOV19

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IRS trama aumento das pensões. Segurança Social garante correção com retroativos em fevereiro

  • ECO
  • 10 Janeiro 2020

Casos são pontuais e serão corrigidos (com retroativos) já em fevereiro, garante a Segurança Social.

O aumento das pensões que começou, esta semana, a ser pago, afinal não chegou corretamente às contas dos pensionistas. É que os valores subiram, mas as tabelas de IRS ainda não foram atualizadas, fazendo com que alguns tenham visto o “cheque” encolher por terem subido de escalão. A Segurança Social promete corrigir a situação já no próximo mês.

“O Instituto da Segurança Social procedeu ao aumento das pensões em janeiro, com a atualização regular dos valores legalmente prevista. No pagamento do mês de janeiro foram aplicadas as tabelas de retenção de IRS em vigor, ou seja, as tabelas de 2019, explicou a Segurança Social, em comunicado publicado no seu site.

A partir deste mês, a maioria das pensões aumenta entre 0,24% e 0,7%. “Em alguns casos muito específicos, e tal como em anos anteriores, o aumento do valor bruto da pensão resultou numa mudança de escalão”, diz a Segurança Social.

Alguns pensionistas viram o valor da pensão encolher por terem subido de escalão, com base nas tabelas de IRS atuais. A Segurança Social prevê que “a situação seja corrigida com o pagamento da pensão no próximo mês com a atualização da tabela de retenção de IRS 2020, com efeitos a janeiro”.

Falta o reforço extra

Diz a lei que quando a média do crescimento do PIB nos últimos dois anos é superior a 2%, soma-se 20% desse valor (com um mínimo de 0,5 pontos percentuais) ao valor da inflação dos últimos 12 meses (sem habitação) para aferir a taxa de variação que será aplicada às pensões mais modestas, a partir de janeiro.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, a inflação a ter em conta ficou nos 0,24%, resultando daí uma variação de 0,7% para as pensões até 877,6 euros. Para as pensões entre os 877,6 euros e os 2.632,8 euros, a subida é de apenas 0,24%, ficando em linha com a inflação (isto é, não beneficiando do “bónus” decorrente do crescimento da economia). Já as pensões acima dos 2.632,8 euros ficam estagnadas, este ano.

Este aumento das pensões não inclui — pelo, menos por agora –, uma atualização extraordinária, como aconteceu no ano passado. O Bloco de Esquerda garante que fechou este “bónus” com o Governo, mas não adiantou quando produzirá efeitos na carteira dos pensionistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo confiante na aprovação final do OE. “As pessoas optam pelo bom senso”

Presidente da República disse não estar preocupado com a votação final do Orçamento do Estado para 2020. "O mundo não está para crises políticas", disse Marcelo.

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar confiante na aprovação final global do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), uma vez que “as pessoas optam pelo bom senso” e porque o mundo não está para crises políticas no país.

“Continuo a não estar preocupado em relação à votação final global, como não estava preocupado na votação na generalidade, por uma questão de bom senso”, começou por dizer o Presidente da República em declarações transmitidas pela RTP Notícias.

“Entre dois caminhos, o de bom senso e o da falta de bom senso, eu sou do mundo da razão, em que as pessoas optam pelo bom senso”, acrescentou Marcelo, manifestando o seu otimismo em relação às negociações que vão agora decorrer na especialidade em torno da proposta orçamental que passou esta sexta-feira o primeiro teste.

Segundo o Chefe de Estado, os partidos vão optar pelo bom senso e aprovar o documento final porque “não há sequer condições para pensar em crises políticas, económicas e financeiras tendo em conta como o mundo está”.

O OE foi aprovado com os votos a favor do PS e a abstenção do BE, PCP, PAN, Livre e três deputados do PSD. Votaram contra o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega. A proposta do Governo segue agora para a discussão na especialidade, no âmbito da qual deverá ser alvo de algumas alterações. Em fevereiro, o Orçamento volta a subir a plenário para a votação final global.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deputados do PSD Madeira furaram disciplina de voto “num documento essencial”, diz Rio. Arriscam processo disciplinar

Rio diz que vai levar os três deputados do PSD que furaram a disciplina de voto na votação do Orçamento do Estado ao Conselho de Jurisdição Nacional. Pode estar no horizonte um processo disciplinar.

O Orçamento do Estado para 2020 foi aprovado, esta sexta-feira, com a abstenção não só das bancadas mais à esquerda, mas também dos três dos deputados madeirenses do grupo social-democrata. Estes parlamentares furaram a disciplina de voto e Rui Rio garante que vai agora levar o caso ao Conselho de Jurisdição Nacional, ao qual compete avaliar se avança ou não um processo disciplinar.

“Tenho a obrigação de comunicar ao Conselho de Jurisdição Nacional, que é o órgão próprio para avaliar se move um processo disciplinar ou não aos três deputados”, disse Rui Rio, em declarações aos jornalistas, à saída do debate.

O líder parlamentar do PSD disse “compreender a posição dos deputados”, face à pressão que foi “exercida pelo PSD Madeira, pela comissão política regional da Madeira”. Ainda assim, frisou: “Foram eles que protagonizaram aqui a quebra da disciplina de voto num documento importante onde há sempre disciplina de voto“.

Com eleições no seio do partido laranja à porta, Rio salienta que não deixará este assunto nas mãos de um eventual próximo líder, confirmando que enviará o caso para o Conselho de Jurisdição Nacional para a semana. “Admito que o Conselho de Jurisdição que vai avaliar nem seja este, mas o que resultado do congresso em fevereiro“, detalhou, além disso, o social-democrata.

Esta manhã, o presidente do PSD Madeira anunciou que os três deputados madeirenses na Assembleia da República se iriam abster na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2020. “A nossa posição será uma posição de abstenção na generalidade, uma vez que está consubstanciado no Orçamento uma das obras mais importantes para a história da Madeira que será o cofinanciamento do novo hospital”, disse Miguel Albuquerque.

O Orçamento do Estado foi votado, esta tarde, na Assembleia da República, tendo sido aprovado com os votos a favor do PS e a abstenção do BE, PCP, PAN, Livre e dos três deputados do PSD em causa. Votaram contra o PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega. A proposta do Governo segue agora para a discussão na especialidade, no âmbito da qual deverá ser alvo de algumas alterações. Em fevereiro, o Orçamento volta a subir a plenário para a votação final global.

(Notícia atualizada às 17h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ponto por ponto, o que vai mudar em Lisboa em ano de Capital Verde Europeia

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

A autarquia elegeu as áreas verdes, a água e as energias renováveis como três elementos em que “o caminho é ambicioso”, antecipando que até 2030 a cidade terá nestas áreas uma "boa performance".

A cidade de Lisboa é, ao longo de 2020, Capital Verde Europeia, tendo o município estabelecido um conjunto de metas que vão para lá deste ano.

Os principais objetivos anunciados pela Câmara Municipal de Lisboa são:

Energia e emissões

– Redução de 60% nas emissões de dióxido de carbono até 2030.

– Atingir a neutralidade carbónica até 2050.

– Poupança energética: 60% de redução do consumo energético (30% nos edifícios municipais; 20% no consumo geral residencial e de serviços; 10% na indústria).

– Iluminação pública: 67% de redução do consumo energético.

– Energia solar: atingir os 103 megawatts de produção de energia solar fotovoltaica oriunda de painéis solares instalados em toda a cidade.

– Erradicação da “pobreza energética” até 2050.

– Conclusão de uma central fotovoltaica para abastecimento de frota elétrica da Carris.

Resíduos urbanos

– Redução em 50% dos resíduos indiferenciados enviados para valorização energética até 2030 (reciclagem).

– Implementar em toda a cidade até 2030 a recolha seletiva porta a porta de biorresíduos.

– Atingir 50% de recolha seletiva de resíduos do total de resíduos produzidos até 2030 (atualmente a taxa de recolha seletiva é de 28%).

– Atingir 60% na taxa de reciclagem e preparação para reutilização até 2030 (atualmente o valor é de 34,4%).

– Redução da produção de resíduos per capita em 15% até 2030.

Transportes e Mobilidade

– 410 novos autocarros de elevado desempenho ambiental até 2023.

– Duplicação da frota de elétricos rápidos.

– Mais 40% de oferta de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa.

– Expansão da rede do Metropolitano e renovação da frota da Transtejo.

– Infraestrutura ciclável que ligue toda a cidade.

Espaços Verdes e Biodiversidade

– Mais 100 hectares de zonas verdes até 2021 (atualmente existem 250 hectares).

– 25% da cidade com espaços verdes até 2022.

– Ter, até 2021, 90% da população do município a viver a menos de 300 metros de um espaço verde com pelo menos 2.000 metros quadrados.

– Criação de sombras para combater as ondas de calor: plantação anual de 25 mil árvores e arbustos.

– Resiliência à escassez de água: 75% de aumento da área de prados de sequeiro biodiversos.

Água

– Instalação de uma rede de distribuição de água para reutilização que irá entrar em funcionamento na sua totalidade em 2025.

– Poupar 25% de água através de um programa de eficiência hídrica nas vertentes de racionalização do consumo e reutilização.

– Investir na drenagem da cidade, nomeadamente com várias bacias de retenção naturais para minimizar os efeitos das cheias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DCIAP investiga nova queixa da ex-eurodeputada Ana Gomes contra Isabel dos Santos

  • ECO e Lusa
  • 10 Janeiro 2020

Ana Gomes entregou em novembro uma queixa à Procuradoria-Geral da República que visa operações de Isabel dos Santos. A denúncia da ex-eurodeputada está a ser investigada pelo DCIAP.

A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes entregou uma queixa à Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa que visa as operações financeiras da empresária angolana Isabel dos Santos e que está a ser investigada pelo DCIAP.

A PGR confirmou à Lusa a receção da queixa de Ana Gomes, dizendo que a mesma foi remetida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). A notícia foi avançada inicialmente pelo Jornal Económico.

A queixa da antiga eurodeputada, que já tinha dito publicamente que iria apresentar novos elementos à PGR sobre os negócios de Isabel dos Santos, foi também enviada à diretora-geral da Autoridade Tributária (AT). Ana Gomes publicou a carta que enviou à PGR e ao Fisco no seu site onde dá conta das operações que deixam dúvidas e merecem ser investigadas.

Ana Gomes pediu investigações judiciais e tributárias à origem dos fundos com que Isabel dos Santos adquiriu a Efacec e reembolsou ou reembolsa o empréstimo concedido pelo EuroBic a Sindila Dokolo, marido da empresária angolana.

A antiga eurodeputada também pediu que fossem investigadas transferências, que ascenderão a mais de 100 milhões de euros, em nome da Sonangol, para várias sociedades de Isabel dos Santos sediadas no Dubai, envolvendo o banco português de que a angolana é acionista.

Na mesma carta, datada de 12 de novembro, Ana Gomes revelou que o Banco de Portugal abriu uma investigação-relâmpago ao EuroBic no final de outubro. “A gravidade do que lá foi encontrado terá determinado a realização de uma inspeção mais aprofundada, que estará em curso”, adiantou.

Segundo Ana Gomes, Isabel dos Santos e “outros cleptocratas angolanos” utilizam a banca portuguesa para “branquear” fundos desviados de Angola, em prejuízo do povo angolano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE2020 aprovado na generalidade com abstenção do BE, PCP, Verdes, PAN, Livre e PSD/Madeira

O Orçamento para 2020 foi aprovado na generalidade com a abstenção da esquerda, do PAN, Livre e do PSD/Madeira. O documento vai agora para a especialidade. Mário Centeno não quer maiorias negativas.

O Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) passou na generalidade esta sexta-feira com o apoio do BE, PCP, Verdes, PAN, Livre e PSD/Madeira, que com a abstenção deram ao Governo minoritário de António Costa o número de votos suficientes para ver aprovado o primeiro Orçamento com uma previsão de excedente.

O documento passa agora para uma nova fase de especialidade, onde os partidos que o viabilizaram esperam conseguir aproximações do Governo às suas propostas. A votação final global do documento está marcada para 6 de fevereiro. Até lá haverá negociações no Parlamento.

No primeiro dia de debate na generalidade, Costa avisou a esquerda que este é apenas o primeiro Orçamento de uma legislatura de quatro anos, sinalizando assim que os partidos não poderão contar com tudo já. No segundo e último dia foi a Mário Centeno quem coube os avisos. “O país não precisa de maiorias negativas”, disse o ministro das Finanças num claro alerta para o trabalho em especialidade.

O Orçamento do Estado para 2020 é o primeiro da segunda legislatura de António Costa e prevê um excedente de 0,2% do PIB, que será o primeiro em democracia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energia leva bolsa de Lisboa a liderar ganhos na Europa

O PSI-20 subiu pela segunda sessão consecutiva animado pelo avanço de mais de 1% das ações da Galp Energia e da EDP. Na Europa, os índices oscilaram entre ganhos e perdas ligeiras.

A bolsa nacional encerrou esta sexta-feira com o pé direito, a recuperar da instabilidade gerada pela tensão no Médio Oriente que marcou o arranque da semana. O PSI-20 avançou pelo segundo dia, encabeçando os ganhos na Europa, animado pela Galp Energia, EDP e EDP Renováveis. Os três títulos somaram mais de 1%.

O índice de referência da praça bolsista lisboeta valorizou 0,55% para os 5.257,92 pontos, com 11 títulos no “verde”, um inalterado — a Semapa nos 13,34 euros por ação — e os restantes seis no vermelho. Já o Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas da Europa, perdeu uns ligeiros 0,1%, enquanto os restantes índices europeus oscilaram entre ganhos e perdas ligeiras.

Coube à Galp Energia encabeçar as subidas do PSI-20, com a suas ações a recuperarem das recentes desvalorização, encerrando esta sessão com ganhos de 1,66%, para os 15,655 euros.

Ações da Galp lidera subida do PSI-20

Os títulos do universo EDP ocuparam as restantes posições do pódio dos melhores registos bolsistas da última sessão da semana.

As ações da EDP valorizaram 1,49%, para os 3,87 euros, ganho que acontece um dia depois de a elétrica liderada por António Mexia ter informado o mercado que dois dos seus principais acionistas reforçaram no respetivo capital: a BlackRock e a Elliot. Já a sua participada EDP Renováveis registou uma subida de 1,38%, para os 10,30 euros por ação.

A impedir ganhos mais acentuados estiveram os títulos dos CTT e da Sonae. As ações dos Correios perderam 2,9%, para os 3,28 euros, enquanto as da retalhista caíram 1,51%, para os 88,35 cêntimos. Também o recuo de 0,15% dos títulos do BCP, para os 20,42 cêntimos, travaram os ganhos na bolsa de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Áreas verdes, água e energias renováveis em destaque na Lisboa Capital Verde Europeia 2020

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

O vereador Sá Fernandes reconheceu que há ainda problemas a resolver na capital, nomeadamente ao nível dos transportes, apesar do “salto muito qualitativo” já dado.

Lisboa recebe este sábado o ‘testemunho’ de Oslo para ser a Capital Verde Europeia 2020, assumindo um conjunto de “compromissos credíveis” para os próximos anos que passarão pela ação do município, mas também por “pequenos gestos e pequenas coisas”.

“Todos nós podemos fazer mais, pequenos gestos, pequenas coisas, podemos fazer mais. Todos nós temos de fazer escolhas, é como se estivéssemos num labirinto e temos uma porta boa e uma porta má. Temos de ir pela porta boa, porque já não há maneira, se formos pela porta má isto vai piorar. Temos de escolher a porta boa”, disse à agência Lusa o vereador da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelos pelouros do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes, numa antecipação da abertura oficial da programação da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, marcada para sábado.

Falando da atribuição da distinção como “um reconhecimento do trabalho que tem sido feito”, mas também pelos compromissos que a autarquia de Lisboa tem para o futuro, Sá Fernandes resistiu a destacar alguns deles, porque “as coisas não podem ser feitas isoladamente” e é preciso ter “uma visão geral da cidade”.

Contudo, o autarca acabou por eleger as áreas verdes, a água e as energias renováveis como três elementos em que “o caminho é ambicioso”, mas credível, antecipando que até 2030 a cidade terá nestas três áreas “uma muito boa performance”.

"Finalmente há uma capital do Sul da Europa que ganhou. Não é por ser melhor, não é melhor que as outras, não é melhor que muitas outras”

José Sá Fernandes, Vereador da CML

O verde da cidade foi, aliás, segundo Sá Fernandes, “uma peça fundamental” para Lisboa ganhar o prémio que até agora tinha distinguido “aquelas que são referência sempre que se fala de sustentabilidade e ambiente”, como Copenhaga, Estocolmo e Oslo.

“Finalmente há uma capital do Sul da Europa que ganhou. Não é por ser melhor, não é melhor que as outras, não é melhor que muitas outras. Mas, evoluiu muito nos últimos 12 anos nos parâmetros todos, nuns muito, noutros assim-assim, mas evoluiu”, salientou.

E, segundo o autarca, “o verde” é precisamente uma das áreas em que “praticamente está tudo feito” e, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos munícipes terão a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados, “o que numa cidade consolidada, antiga, é muito bom”.

“Vamos ter 350 hectares em área verde, estamos a falar de metade de Monsanto”, precisou, estimando que em 2022 “25% da cidade seja verde”.

Em relação à água, o autarca admitiu a necessidade de Lisboa começar “a pensar que é uma cidade do Sul da Europa” e que tem de se “preocupar com a escassez”.

Portanto, referiu, está a ser criado um sistema para a rega e lavagem das ruas com água reutilizada para que, em 2025, praticamente toda a cidade tenha “uma rede de água reutilizada”.

Quanto à energia, há que adaptar a cidade e aproveitar o sol para que exista energia renovável produzida localmente.

Nesse sentido, irá ser construída uma central fotovoltaica em Carnide para abastecer os autocarros elétricos da Carris e há um grande incentivo para duplicar o número de instalações de painéis fotovoltaicos em edifícios.

Apesar destes projetos, o vereador reconheceu que há problemas a resolver, nomeadamente ao nível dos transportes, apesar do “salto muito qualitativo” que foi dado com a criação do passe único, a utilização de bicicletas e os carros elétricos.

Agora, acrescentou, há também que esperar pelo arranque das obras do metro para se ter uma cidade “ainda mais abrangente” e apostar na ferrovia.

“Uma grande aposta que penso que é decisiva é a ferrovia, a que já existe e uma que tem de ser ligada – não compete à Câmara, mas tem de se ligar a linha de Cascais à linha de Cintura”, defendeu.

Ao nível do urbanismo e da construção, Sá Fernandes preconizou a erradicação da “pobreza energética” para existir “conforto nas casas”, considerando que os próximos 10 anos são decisivos para a “batalha” do aproveitamento energético e do conforto térmico das habitações.

“É um problema que não é só de Lisboa, é de todos os sítios, é um problema da construção civil – que materiais é que usamos e que materiais é que devemos usar”, disse.

Por outro lado, embora o Plano Diretor Municipal (PDM) aprovado em 2012 já preveja o Plano Verde e já não se construa em vales, há que fazer “uma adaptação em relação à previsível subida das águas” e “arranjar maneiras de evitar mais construções na frente ribeirinha” depois dos chamados “projetos especiais” da Fundação Champalimaud, do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, e do Terminal de Cruzeiros.

“Apesar de tudo, agora tem de se evitar que se faça mais coisas nessa frente ribeirinha, porque as pessoas também não querem, apoderaram-se do sítio”, salientou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acordo comercial entre Washington e Pequim divulgado quarta-feira na íntegra

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2020

Documento será assinado em Washington por Trump e pelo vice-ministro chinês, e significará uma trégua na guerra comercial entre as duas potências económicas mundiais.

O acordo comercial preliminar entre os EUA e a China será divulgado na íntegra na quarta-feira, durante a assinatura do documento em Washington, anunciou o executivo norte-americano.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, devem assinar o texto, que significa uma trégua na guerra comercial sino-americana, durante uma cerimónia na Casa Branca. “O documento completo será divulgado na quarta-feira”, indicou o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, aos jornalistas.

“Haverá uma cerimónia maravilhosa”, acrescentou Kudlow referindo-se a um jantar na véspera da assinatura e a um almoço no mesmo dia.

Sem entrar no conteúdo do texto, Kudlow reiterou, em resposta às críticas, que os EUA obtiveram inúmeras concessões. “Nunca fizemos isso antes, é histórico”, salientou Kudlow.

Desde março de 2018, Pequim e Washington impuseram tarifas recíprocas a produtos no valor de milhares de milhões de dólares nas trocas comerciais anuais, o que afeta severamente a economia chinesa e retarda a economia mundial.

Segundo Washington, o acordo inclui avanços nas transferências de tecnologia impostas a empresas estrangeiras com sede na China, assim como melhor acesso ao mercado chinês para empresas do setor financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.