Bolsa de Lisboa ganha quase 1% na “estreia” em 2020. BCP brilha

Metade das cotadas do índice nacional seguem com ganhos superior a 1% na primeira sessão do ano. O banco liderado por Miguel Maya, um dos mais penalizados no ano passado, lidera subidas.

Os festejos do novo ano ainda se fazem sentir, agora na bolsa. Após um ganho de 10% em 2019, o índice principal PSI-20 segue a ganhar 0,80% para 5.256,22 pontos, com nove das 18 cotadas a subirem mais de 1%. A estrela é mesmo o BCP — uma das cotadas penalizadas no ano passado — que dispara 4% para máximos de novembro.

O banco liderado por Miguel Maya é o título que mais sobe no PSI-20, tendo já chegado a negociar nos 21,35 cêntimos por ação na primeira sessão do ano, depois de ter desvalorizado 11,63% em 2019. Apesar dos lucros, o ano passado foi de dificuldades para o BCP devido aos juros em mínimos históricos do Banco Central Europeu e a multa da Autoridade da Concorrência.

Além do BCP, também as empresas do setor do papel e pasta de papel — que fecharam 2019 na linha de água — seguem em alta. A Altri avança 1,76%, enquanto a Navigator sobe 1,62% e a Semapa 1,02%. No retalho, a Jerónimo Martins (que foi a estrela do índice em 2019) soma 1,02% e a Sonae 0,93%.

A exceção em Lisboa é o setor da energia. A EDP Renováveis perde 0,76% (para 10,42 euros por ação), enquanto a EDP cede 0,31% (para 3,85 euros) e a Galp Energia segue inalterada nos 14,90 euros por ação.

PSI-20 segue em alta na primeira sessão do ano

O sentimento positivo no PSI-20 reflete a tendência internacional. “Entrámos com o pé direito no novo ano, após um 2019 altamente satisfatório tanto para as bolsas (Stoxx 600 +23,2%, S&P 500 +28,9%, Nasdaq 100 +38,0%, Nikkei 225 +18,2%) como para as obrigações (+8,9% EUA e +7,5% Europa)”, referem os analistas do Bankinter.

Apontam para o anúncio de que o banco central chinês cortou em 50 pontos base o coeficiente de reserva dos bancos, o que irá libertar 115 mil milhões de dólares para novos créditos à economia. Além disso, as praças asiáticas também receberam com entusiasmo as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a assinatura do acordo comercial com a China está prevista para 15 de janeiro.

Na Zona Euro é “um dia com poucas referências macroeconómicas”, onde o PMI Industrial final não traz surpresas. Neste cenário, o Stoxx 600 ganha 1%, enquanto o alemão DAX soma 0,75%, o francês CAC 40 avança 1,2% e o espanhol IBEX 35 sobe 1,5%. Também os futuros em Wall Street sinalizam o sentimento positivo.

As bolsas continuarão a ser o ativo mais atrativo, impulsionadas por uns resultados empresariais decentes e por menores incertezas (guerra comercial, Brexit…), num ano altamente condicionado pelas eleições norte-americanas (a 3 novembro)”, acrescenta o Bankinter.

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Crescimento da construção deverá abrandar para 5,5% em 2020

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2020

A produção no setor da construção deverá crescer 5,5% em 2020, representando um ligeiro abrandamento face ao ritmo de crescimento de 2019 (6%),

A produção no setor da construção deverá crescer 5,5% em 2020, representando um ligeiro abrandamento face ao ritmo de crescimento de 2019 (6%), segundo as previsões da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), divulgadas esta quinta-feira.

“Para 2020, as previsões da FEPICOP para a produção do setor da construção apontam para a manutenção de uma trajetória positiva, antecipando-se um crescimento de 5,5% para o total do ano”, lê-se no comunicado enviado pela federação.

Apesar do ligeiro abrandamento do ritmo de crescimento face a 2019, a FEPICOP considera, ainda assim, que as previsões confirmam a “continuação do ciclo de recuperação que se iniciou em 2017”, depois da “grave e longa crise” que o setor viveu a partir de 2002.

A verificar-se este crescimento em 2020, aquela federação refere que o setor crescerá 23% entre 2017 e 2020, depois de uma queda acumulada de 60% registada entre 2002 e 2016.

A evolução mais significativa deverá observar-se no segmento da construção de edifícios residenciais, com um crescimento esperado de 9% para 2020, com a sua componente de construção nova a crescer 10%.

Ainda na parcela de construção de edifícios residenciais, a componente de reparação / manutenção deverá registar a evolução mais moderada das estimadas desde 2016, com um crescimento de 8%, depois de “vários anos” em que este tipo de trabalhos assumiu “o papel de motor de crescimento deste segmento”, diz a FEPICOP.

Espera-se também uma evolução positiva na construção de edifícios não residenciais (+2,4%), devido ao crescimento de 2% da componente privada, em 2020, e a manutenção esperada do ritmo de crescimento de 3% da componente pública.

Por último, os dados daquela federação apontam ainda para um aumento de 5% na produção do segmento dos trabalhos de engenharia civil em 2020 (tinha crescido 4,0% em 2019), resultante do “anunciado reforço do investimento público, refletido na proposta de Orçamento do Estado para 2020” e do “forte crescimento observado no mercado das obras públicas ao longo de 2019”.

A confirmar-se esta previsão, este segmento crescerá 18% entre 2017 e 2020, após a queda acumulada de 46% observada entre 2002 e 2016.

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Área Metropolitana do Porto foi única no Norte com independência financeira em 2018

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2020

Os municípios da Área Metropolitana do Porto foram os únicos do Norte a apresentar “independência financeira” em 2018, com receitas próprias a ultrapassar os 50%.

Os municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) foram os únicos do Norte a apresentar “independência financeira” em 2018, com receitas próprias a ultrapassar os 50%, revela esta quinta-feira um relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Na região do Norte, apenas a AMP revela independência financeira, uma vez que as receitas próprias ultrapassam 50% das receitas totais. A independência financeira é maior nos grandes municípios, considerando a sua maior capacidade para arrecadar receitas, nomeadamente as provenientes dos impostos municipais, ou seja, Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto Único de Circulação (IUC)”, descreve-se no relatório “Caracterização Financeira dos Municípios da Região do Norte Dados Prestação de Contas 2018” da CCDR-N, a que a Lusa teve acesso.

De acordo com o documento, “no extremo oposto”, em termos de “independência financeira”, estão “os municípios das sub-regiões do Douro e de Terras de Trás-os-Montes, com um rácio de 25 e 29%, respetivamente”.

O relatório refere ainda que, em 2018, “todos os municípios da região do Norte arrecadaram receitas correntes suficientes para pagar as despesas da mesma natureza, gerando assim uma poupança corrente positiva e assegurando equilíbrio orçamental”.

A CCDR-N constatou que “parte significativa das receitas geradas (38,6%) pelas autarquias nortenhas, cerca de 1.125 milhões de euros provém de transferências financeiras obtidas de terceiros”.

O destaque vai “para as transferências do Orçamento do Estado”, seja através do Fundo Equilíbrio Financeiro, do Fundo Social Municipal ou da Participação variável no IRS, acrescenta.

Os dados recolhidos revelam que “a segunda tipologia da receita mais significativa atinge os 806 milhões de euros (28%) e resulta do montante proveniente de impostos diretos”, como o IMI, IUC, IMT e Derrama.

Quanto à aplicação dos recursos financeiros, em 2018 as despesas de funcionamento corresponderam, em termos médios, a 57% do orçamento dos municípios da Região.

De acordo com a CCDR-N, o peso médio das despesas de investimento não ultrapassou cerca de 19% do total dos gastos municipais.

“A maior parcela dos recursos financeiros dos municípios, o equivalente a cerca de 715 milhões de euros, destinou-se a despesas com encargos com pessoal (28%), seguida da aquisição de bens e serviços correntes (26,6%) e com a aquisição de bens de capital (18,9%)”, descreve o relatório.

Já as transferências financeiras concedidas e subsídios, as despesas com serviço da dívida e outras despesas representaram, no seu conjunto, 26,4% do total dos pagamentos realizados pelos municípios.

Quanto às despesas, ascenderam a cerca de 2.552 milhões de euros.

As despesas correntes assumiram “maior expressão, representando, em média, 64% dos gastos realizados pelos municípios em 2018”.

“Em termos de natureza económica, a receita arrecadada em 2018 pelos municípios da Região rondou os 2.913 milhões de euros, correspondendo as ‘receitas correntes’ a 75% deste valor”, mostra o documento.

Quanto ao ativo líquido dos municípios da região do Norte, em 2018 ascendeu a cerca de 13 biliões de euros, representando o imobilizado cerca de 97% daquele valor.

O passivo dos municípios da região do Norte rondava, em 31 de dezembro de 2018, os 4.267 milhões de euros.

O relatório descreve que a região do Norte “é essencialmente constituída por municípios de pequena dimensão, sendo que, dos 86 municípios que a integram, metade (43) regista uma população inferior ou igual a 20 mil habitantes e apenas 10 possuem uma população superior a 100 mil habitantes (municípios de grande dimensão).

A AMP concentra o maior número de municípios de grande dimensão (seis), seguindo-se o Cávado e o Ave, respetivamente, com dois municípios cada.

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Airbus bate Boeing. É a maior fabricante de aviões no mundo

A Airbus conseguiu entregar um total de 863 aeronaves o ano passado, o que representa um número recorde para a empresa europeia.

A Airbus voltou a assumir o título de maior fabricante de aeronaves do mundo, após anos em que sucessivamente perdeu para a rival norte-americana. A companhia europeia bateu a Boeing, que foi forçada a parar as entregas do 737 MAX, num ano em que conseguiu entregar 863 aviões, um número recorde.

Enquanto a Airbus entregou 863, a Boeing ficou-se pelos 345, isto entre janeiro e novembro, segundo dados do El País (acesso livre).A empresa norte-americana, que liderava o mercado desde 2012, foi afetada pelos problemas com o 737 MAX, avião que foi proibido de operar depois de dois acidentes fatais.

A Airbus, que em 2018 tinha entregue 800 aviões, conseguiu aumentar a produção com mais trabalhadores, mas também horários mais longos, superando mesmo a meta que tinha estabelecido de 860 unidades.

As fábricas da Airbus páram, habitualmente, no Natal e no Ano Novo. Todavia para fazer face às encomendas, tanto as unidades de produção como os centros de entrega estiveram em pleno funcionamento até ao final do ano para que fosse possível alcançar este recorde.

A Airbus foi afetada por atrasos no A321neo, montado em Hamburgo, na Alemanha, o que fez com que dezenas destes e outros modelos fossem armazenados em hangares à espera de reconfigurações de última hora, mas também à chegada de mais mão-de-obra. Este constrangimento obrigou a empresa a trabalhar a todo o vapor na reta final do ano.

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Nos “copia” banca com ficha simplificada dos contratos

  • ECO
  • 2 Janeiro 2020

Enquanto os bancos têm a Ficha de Informação Normalizada para os produtos bancários, a Nos vai ter a Ficha de Informação Simplificada para que os clientes saibam os termos do seu contrato.

Há muitos anos que os bancos têm uma Ficha de Informação Normalizada (FIN) para darem a conhecer, de forma padronizada, os produtos que vendem aos seus clientes. Agora, a Nos vai “copiar” essa FIN, mas chama-lhe FIS, sendo que o objetivo é o mesmo: permitir, de forma simples e concisa, explicar os termos dos contratos aos clientes.

“A partir de hoje, a Nos passa a disponibilizar aos seus clientes a FIS – Ficha de Informação Simplificada – com o objetivo de partilhar de forma simples e curta toda a informação contratual relevante“, diz a empresa liderada por Miguel Almeida.

Esta “FIS será disponibilizada no momento de celebração do contrato, permitindo uma escolha mais informada e consciente do serviço a contratado, como as principais características dos serviços, as ofertas e descontos associados à fidelização, a duração do contrato e os encargos decorrentes da denúncia antecipada do contrato”, nota.

“A FIS será também disponibilizada, a pedido, antes da celebração do contrato, permitindo uma escolha mais informada e consciente do serviço a contratar”, acrescenta.

A Nos, que recentemente anunciou uma redução de 50% no valor da indemnização a pagar pelos clientes que interrompam o contrato antes do tempo, acredita que esta nova iniciativa de “autorregulação será extremamente benéfica para os seus clientes e para o setor das comunicações”, introduzindo mais transparência e simplicidade nos contratos.

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Dívida pública baixa, mas mantém-se acima dos 251 mil milhões de euros

O Banco de Portugal publicou esta quinta-feira novos dados sobre a evolução da dívida pública. Em novembro, a dívida pública encolheu pelo segundo mês depois do pico de maio.

A dívida pública recuou em novembro pelo segundo mês seguido, mas mantém-se acima da barreira dos 251 mil milhões de euros, revelam dados publicados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em novembro, a dívida pública ficou em 251,1 mil milhões de euros, depois de em outubro se ter situado em 251,4 mil milhões de euros, beneficiando do pagamento antecipado aos credores europeus. Assim, a redução foi de apenas 251 milhões de euros.

A instituição presidida por Carlos Costa explica que “para esta diminuição contribuiu essencialmente a redução dos títulos de dívida, a qual foi parcialmente compensada pelo aumento das responsabilidades em depósitos”.

Os ativos em depósitos das administrações públicas diminuíram 0,3 mil milhões de euros, pelo que a dívida pública líquida de depósitos não se alterou face ao mês anterior, mantendo-se em 234,3 mil milhões de euros.

Até setembro, o rácio da dívida pública em percentagem do PIB ficou em 120,5%. Este rácio foi revisto em ligeira baixa face ao valor revelado antes de 120,6% do PIB.

No Orçamento do Estado para 2020, entregue no Parlamento a 16 de dezembro, o Governo prevê que o o rácio da dívida pública tenha fechado o ano de 2019 em 118,9% do PIB, face aos 122,2% do PIB registados em 2018.

O Governo espera que a economia tenha crescido 1,9% em 2019, mas o desempenho do último trimestre ainda não é conhecido. A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o PIB vai ser divulgada a 14 de novembro. Esta informação permite calcular um rácio provisório para a dívida pública referente a 2019, já que nessa data o stock da dívida referente a dezembro já é conhecido.

Evolução da dívida pública no último ano

Fonte: Banco de Portugal; Valores em milhões de euros

(Notícia atualizada às 11h21 com mais informação)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 2 Janeiro 2020

As autoridades japonesas permitiram que Ghosn fugisse para o Líbano com um passaporte francês de reserva. Países nórdicos contra a implementação do salário mínimo europeu.

O Japão permitiu que o antigo presidente da Renault-Nissan fugisse para o Líbano com um passaporte francês sobressalente, quando os seus três documentos estavam sob fiança. Os países nórdicos alertam que a implementação de um salário mínimo igualitário para toda a UE pode prejudicar os seus sistemas de negociação entre a entidade patronal e os empregados. Milhões de clientes do Lloyds, Halifax e Banco da Escócia foram impedidos de aceder às suas contas online durante quase nove horas. A Google decidiu estabelecer toda a sua propriedade intelectual nos Estados Unidos e acabar com a via lucrativa de utilizar a Irlanda para pagar menos impostos.

Reuters

Carlos Ghosn utilizou passaporte francês na fuga para o Líbano

As autoridades japonesas permitiram que o antigo presidente da Renault-Nissan fugisse para o Líbano com um passaporte sobressalente. Carlos Ghosn, que tem cidadania francesa, libanesa e brasileira, fugiu do Japão para o Líbano com um passaporte francês que tem, embora um dos advogados do executivo afirme que os três passaportes oficiais ainda estão sob a alçada das autoridades japonesas. Ghosn escapou às autoridades nipónicas com a ajuda de uma empresa de segurança privada.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Bruxelas enfrenta dificuldades na implementação de salário mínimo europeu

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está a enfrentar dificuldades em implementar um salário mínimo em toda a União Europeia. Os nórdicos alertam esta medida pode prejudicar os seus sistemas de longa-data de negociação entre a entidade patronal e os empregados. “Estamos preocupados que uma diretiva não contenha as isenções ou salvaguardas necessárias para o nosso sistema”, disse o ministro do trabalho da Dinamarca, acrescentando que “o princípio básico do modelo dinamarquês é não ter interferência política”.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado).

The Guardian

Sistemas bancários online do Lloyds, Halifax e Banco da Escócia colapsaram

Milhões de clientes do Lloyds, Halifax e Banco da Escócia foram impedidos de aceder às suas contas através do website e das aplicações durante quase nove horas. O problema começou por volta das quatro da manhã do dia de Ano Novo, mas já estará resolvido. “Sabemos que os nossos clientes estão a ter problemas com a internet e banco móvel. Lamentamos o incómodo e estamos trabalhar para voltar ao normal em breve”, publicaram as três marcas, que fazem parte do do Lloyds Banking Group, no Twitter. Os serviços bancários por telefone, pagamentos com cartão e transações em caixas automáticas não foram afetados.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

El País

Google põe fim ao sistema que permite fugir dos impostos nos EUA através da Irlanda

A partir deste ano a Google vai deixar de utilizar o chamado “duplo sistema irlandês”, que lhe permite reduzir o pagamento de impostos através da Irlanda e do qual se aproveitaram durante uma década as grandes companhias norte-americanas. “Estamos a simplificar a nossa estrutura empresarial e vamos estabelecer as licenças de propriedade intelectual a partir dos Estados Unidos”, afirmou um porta-voz da empresa à Reuters. A técnica permitiu à gigante da tecnologia adiar o pagamento de impostos nos EUA sobre ganhos internacionais por anos e pagar uma taxa de imposto mais baixa no exterior.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

El País

Barcelona inaugura zona de acesso exclusivo a veículos de baixas emissões

Ao fim de três anos de anúncios e preparativos, Barcelona tem finalmente uma Zona de Baixas Emissões: 95 quilómetros onde não podem circular automóveis poluentes, ou seja, que não tenham etiqueta ambiental. Esta nova medida afeta 85 mil carros e 30 mil motos, estimando-se que 170 mil pessoas passem a usar os transportes públicos. Apesar desta boa notícia para o combate às alterações climáticas, os habitantes da cidade estão reticentes, defendendo que Barcelona não tem uma rede de transportes públicos capaz de dar resposta a esta mudança.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Carlos Tavares: Pedro Leitão trará “confiança neste novo ciclo” do Montepio

Carlos Tavares diz que "2019 foi um ano difícil" para o Montepio. Numa carta enviada aos colaboradores, destaca as mudanças em 2020, a começar pelo CEO. Leitão trará "confiança neste novo ciclo".

Carlos Tavares reconhece, numa carta enviada aos colaboradores, que “2019 foi um ano difícil e desafiante” para o Banco Montepio, mas está otimista para este novo ano. “2020 será um ano crucial para reforçar o nosso posicionamento no mercado”, diz o chairman do banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral, salientando que Pedro Leitão, que acaba de obter autorização do Banco de Portugal para liderar o banco, trará “confiança neste novo ciclo” da instituição.

2019 foi um ano difícil e desafiante para o Grupo Banco Montepio, em que iniciámos a execução do nosso Plano de Transformação, que nos continuará a guiar nos próximos anos”, começa por referir Carlos Tavares. “Os resultados surgirão de forma proporcional à determinação que formos capazes de colocar na sua aplicação”, acrescenta.

Olhando para o novo ano, a primeira nota do chairman vai para a definição na liderança do banco. “O ano de 2020 começa com mudanças relevantes no governo da instituição. Na próxima semana, juntar-se-á a nós o Dr. Pedro Leitão, já autorizado pelo Banco de Portugal a exercer funções executivas na administração do Banco Montepio e cuja nomeação como presidente da Comissão Executiva proporei de imediato ao Conselho de Administração”, diz.

"2019 foi um ano difícil e desafiante para o Grupo Banco Montepio, em que iniciámos a execução do nosso Plano de Transformação, que nos continuará a guiar nos próximos anos.”

Carlos Tavares

Chairman do Banco Montepio

“Estou certo de que as suas qualidades pessoais e profissionais e o seu espírito de missão são motivos que nos animam e dão confiança neste novo ciclo”, afirma Tavares, que já tinha elogiado Pedro Leitão anteriormente, afirmando que seria, assim que obtivesse a “luz verde” do supervisor, um elemento que ajudaria na estabilização do banco.

Recorde-se que o Montepio está sem presidente executivo efetivo desde a saída de José Félix Morgado, apesar dos vários nomes que já foram apontados e indicados: Nuno Mota Pinto, Dulce Mota e, mais recentemente, Pedro Alves.

2020 será um ano crucial para reforçar o nosso posicionamento no mercado e erguer os valores que nos distinguem e que fazem do Banco Montepio uma instituição sem par na banca portuguesa.

Carlos Tavares

Chairman do Banco Montepio

Tavares prossegue, afirmando que “2020 será um ano crucial para reforçar o nosso posicionamento no mercado e erguer os valores que nos distinguem e que fazem do Banco Montepio uma instituição sem par na banca portuguesa”. E diz acreditar que será possível fazê-lo “com uma equipa trabalhadora, motivada e coesa, que fale a uma voz. A voz do Grupo Banco Montepio”.

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Depois de arresto, Isabel dos Santos admite no Instagram risco de fecho de empresas

  • ECO
  • 2 Janeiro 2020

O arresto de bens feito pelo tribunal de Luanda representa um risco de encerramentos para as empresas em causa, disse a empresária, admitindo que "pedir um esclarecimento teria sido o melhor caminho".

Depois de ter reagido no Twitter ao arresto de contas bancárias e participações em empresas decretado por um tribunal de Luanda, afirmando que se trata de um “ajuste de contas” contra a sua família, Isabel dos Santos recorreu ao Instagram dar mais esclarecimentos, afirmando que todo este processo pode obrigar ao fecho de empresas.

Isabel dos Santos esteve em direto mais de 20 minutos no Instagram onde respondeu a questões e dúvidas que iam sendo colocadas pelos seus seguidores. Um dos temas falados foi, claro, o arresto decretado pelo tribunal. Afirmando desconhecer se os tribunais são obrigados a notificar as empresas nestes casos, a empresária angolana disse, ainda assim, que deveria ter tido oportunidade para se defender.

“Não sei se eles são obrigados a notificar ou não, talvez não. Mas vejamos o seguinte, quando estamos a falar de tantas pessoas, tantos trabalhadores, penso que pela atenção a todas estas pessoas, se calhar chamar e pedir um esclarecimento teria sido o melhor caminho e não teria criado este nível de ansiedade. Dar oportunidade a alguém e dar às empresas a chance de apresentarem factos não é um luxo, é um dever”, afirmou.

A filha de José Eduardo dos Santos disse ainda que foi contactada por diversos trabalhadores preocupados, mas que pediu às empresas para continuarem a trabalhar normalmente, dentro dos possíveis, porque é preciso “pagar equipamentos, salários e fornecedores”. “Queremos pôr Angola a trabalhar, mas agora com as contas congeladas eu não vou poder investir nem abrir empresas”, disse.

Contudo, quando questionada sobre a possibilidade de estas empresas fecharem, Isabel dos Santos confirmou. “Sim, há essa possibilidade. Estamos num momento de crise económica e, assim sendo, se as empresas não são acompanhadas muito de perto e não têm o apoio do acionista, de quem as criou, seguramente o risco está sempre aí”.

Sublinhando que foi “apanhada de surpresa” com esta notícia, Isabel dos Santos afirmou que já falou com o pai sobre o assunto. “O meu pai está preocupado, mas acredita que em Angola tem de vencer a verdade. Falei com ele e ele disse-me que a luta continua“.

Esta segunda-feira, o Tribunal Providencial de Angola decidiu o arresto preventivo de participações em nome de Isabel dos Santos e do seu marido, Sindika Dokolo, e do gestor Mário Silva, em empresas como a Unitel, o BFA, o Bic Angola e a ZAP. Este arresto será feito através das “contas bancárias dos requeridos (pessoais) nos bancos BFA, BIC, BAI e Banco Económico” e ainda a partir das participações sociais.

Depois desta notícia, a empresária angolana reagiu no Twitter para comentar o assunto, apelando tranquilidade das equipas de gestão das empresas envolvidas. “O caminho é longo, a verdade há de imperar”, escreveu.

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Pedro Leitão já tem “luz verde” do Banco de Portugal. É nomeado CEO Montepio a 7 de janeiro

Banco de Portugal concedeu autorização para o exercício de funções de Pedro Manuel Moreira Leitão a 21 de dezembro.

Pedro Leitão já tem “luz verde” do supervisor da banca para liderar o Montepio. O Banco de Portugal concedeu a autorização para o exercício de funções dias antes do Natal, ficando agora a faltar apenas a reunião de conselho de administração do banco, agendada para 7 de janeiro, para que passe a ser CEO do banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral.

“Em 21 de dezembro de 2019, o Banco de Portugal concedeu autorização para o exercício de funções de Pedro Manuel Moreira Leitão enquanto vogal executivo do Conselho de Administração para o mandato 2018/2021”, revelou o Montepio em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Mais se informa que será submetida proposta para a sua nomeação [de Pedro Leitão] como Presidente da Comissão Executiva em reunião do Conselho de Administração que terá lugar no próximo dia 7 de janeiro“, remata o banco.

No Banco Atlântico Europa, onde entrou em agosto de 2016, Pedro Leitão foi responsável pela transformação digital do banco de capitais angolanos, assumindo também os “pelouros” do marketing, da tecnologia e ainda os negócios de private banking.

Antes disso, foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atântico), em Angola, entre 2011 e 2014, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. E foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011.

Agora, Leitão vai assumir os comandos do Montepio, banco que está praticamente sem presidente executivo efetivo desde a saída de José Félix Morgado, isto apesar dos vários nomes que já foram apontados e indicados: Nuno Mota Pinto, Dulce Mota e, mais recentemente, Pedro Alves.

Por uma razão ou por outra, nenhum destes nomes chegou a ficar com o cargo que é ocupado interinamente por Dulce Mota, enquanto vice-presidente da instituição, desde que a solução temporária de ter Carlos Tavares como chairman e CEO em simultâneo expirou em fevereiro deste ano.

Tavares acredita que Leitão vai permitir estabilizar o Montepio. “Estamos convencidos de que vamos finalmente ter uma estabilização do governo do banco Montepio, para que possamos trabalhar para que o banco possa desenvolver-se e corresponder àquilo que são as expectativas dos clientes e dos nossos acionistas, os 600 mil associados da associação mutualista que precisam que o banco seja rentável, eficiente e que sirva bem os seus clientes”, disse recentemente o chairman.

O Banco Montepio chegou ao final dos primeiros nove meses de 2019 com lucros de 17,7 milhões de euros, valor que representou uma quebra de 21% face ao mesmo período de 2018.

(Notícia atualizada às 8h52 com mais informação)

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Apostas no futebol português movimentam 13,5 mil milhões por ano

  • ECO
  • 2 Janeiro 2020

Os asiáticos são quem mais apostam online no futebol português, principalmente nas partidas da I Liga. A nível mundial, mercado de apostas online movimenta cerca de 1,69 biliões de euros por ano.

As apostas feitas no futebol português movimentaram cerca de 13,5 mil milhões de euros em 2019, com os asiáticos a liderarem a maior parte do investimento feito. De acordo com os dados da Sportradar, a I Liga foi a competição preferida dos apostadores, enquanto a Liga Revelação de sub-23 despertou mais interesse do que nas épocas anteriores.

Em todo o mundo, o mercado de apostas desportivas online movimenta cerca de 1,69 biliões de euros anuais, estima a Sportradar, uma empresa que monitoriza as apostas online, citada pelo Público (acesso pago). Contudo, este número pode facilmente ascender aos 2,7 biliões de euros devido ao jogo ilegal, de acordo com uma conferência promovida pela ONU e pelo Centro Internacional de Segurança no Desporto (ICSS) em abril de 2015.

Em Portugal, foram apostados 13,5 mil milhões de euros, com a I Liga a captar a maior fatia: 8,5 mil milhões de euros. Atrás aparece a II Liga (2,9 mil milhões de euros), a Taça de Portugal (1,1 mil milhões de euros), a Liga Revelação de sub-23 (800 milhões de euros) e o Campeonato de Portugal (dois milhões de euros).

A maior parte (78,5%) do investimento total feito no futebol português saiu dos bolsos dos apostadores orientais: 6,8 mil milhões de euros na época passada, uma média de 22 milhões de euros por partida.

Mas o interesse oriental também se alastrou aos jogos da II Liga (2,3 mil milhões de euros), à Taça de Portugal (910 milhões de euros), à Liga Revelação de sub-23 (507 milhões de euros) e ao Campeonato de Portugal (74 milhões).

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Depois de subir mais de 10% em 2019, Lisboa entra em 2020 a ganhar

Praça portuguesa entrou com o "pé direito" no novo ano. Segue a tendência positiva da generalidade dos mercados acionistas europeus, com o setor da pasta e papel a puxar pelo PSI-20.

Lisboa avança no novo ano. Depois de uma valorização de mais de 10% em 2019, a entrada em 2020 faz-se com ganhos, com o PSI-20 a seguir a tendência positiva da generalidade dos índices do Velho Continente. Setor da pasta e papel está a ajudar ao comportamento positivo numa sessão em que a liquidez continuará a ser reduzida dada a ausência de muitos investidores neste período de festas.

O PSI-20 ganha 0,41% para 5.235,98 pontos, com 15 das 18 cotadas em alta e apenas três em queda. Na Europa, o Stoxx 600 soma 0,3%, mas o destaque vai para as praças espanhola e francesa, registando ganhos de 0,8% e 0,6%, respetivamente. O DAX, da Alemanha, contraria a tendência ao registar uma desvalorização de 0,1%.

Navigator e Altri destacam-se nas subidas em Lisboa, registando ganhos perto de 1%, estando ambas a ser animadas pelo anúncio por parte de Donald Trump de que a Fase 1 do acordo comercial com a China vai ser assinado a 15 de janeiro na Casa Branca. As duas empresas do setor da pasta e papel exportam a quase totalidade da sua produção, sendo mais sensíveis à “guerra” entre EUA e China.

A Mota-Engil lidera as subidas, somando 1,28%, mas é o BCP que está a ser determinante para a dimensão da subida da bolsa nacional ao somar 0,94% para os 20,47 cêntimos por ação.

Nota positiva também para a Nos, bem como para a Jerónimo Martins, a estrela do PSI-20 em 2019. A Galp Energia ganha 0,67% para 15,00 euros, enquanto a EDP e a EDP Renováveis impedem uma subida mais expressiva da bolsa ao registarem quedas de 0,05% e 0,38%, respetivamente.

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